AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

domingo, 1 de dezembro de 2024

 










APONTAMENTOS E PROCURA DE SIGNICAÇÕES BASEADA EM DICIONÁRIOS E LIVROS DA MINHA BIBLIOTECA.

NÂO É TRABALHO ACABADO, É APENAS UMA PRIMEIRA ABORDAGEM JÁ EM TEMPOS QUE DEIXO À CONSIDERAÇÃO DOS QUE PUDEREM ACRESCENTAREM OU MELHORAR ESTE TRABALHO SOBRE MAZAREFES.

 

Açafrão - Topónimo

Açafrão - Planta bulbosa dos Irídeos.

Do Ár. Az-za'afran.

O açafrão propriamente dito - crocus sativus L. - é uma planta da Ásia Menor, vinda até nós através da Itália. Os estigmas filamentosos da sua flor usam-se na culinária como condimento bastante apreciado. Apresentam-se de cor alaranjada e esse produto dá um paladar muito apreciado e de aroma característico. É evidente que se apresenta em pó.

Durante muito tempo, o açafrão só se adquiria nas farmácias; hoje aparece em pequenos sacos de plástico em qualquer mini-mercado.

Talvez este topónimo tenha origem no cultivo desta planta que seria utilizada nas caldeiradas de enguias, para lhes dar, além da cor amarelada, o seu sabor característico. As enguias era peixe utilizado na alimentação nesta terra. Junto da Lagoa e a Lagoa abaixo das Fontainhas.

 

Agra - Topónimo - 1598

Agra - campo, género de insectos. Brejo, pântano. É um topónimo frequente em Portugal e Galiza. Fica entre o Passal e a Fábrica de Serração.

 

Agrinhas - Topónimo

Agrinha - Topónimo em Braga, Sto. Tirso, V.N. de Famalicão, Porto, Lugo e Galiza.

Situa-se nesta terra sobre o Termo, junto do limite com Vila Franca. Junto de Lamas no caminho que vai da Regadia para Vila Franca.

 

Aguinha – Topónimo

Topónimo em Odemira

 

Alfatorra – Alcunha – 1711

Igual a cousa livre, do árabe Alhorra.

Aparece «o Alfatorra», como alcunha.

 

Alferes – Topónimo

Alferes - oficial do exército, alcunha, topónimo em Belmonte, Elvas, Lisboa e Vila do Conde.

Do Ár. Al-faris

Entre nós significou, durante muito tempo, o porta-bandeira. Actualmente, designa o oficial subalterno, de posto imediatamente inferior ao de tenente.

Em sentido irónico usa-se na região de Coimbra dizendo-se de um rapaz que começa a aproximar-se de uma rapariga, com atitudes de lhe pedir namoro, fazendo “pé-de-alferes”.

Frei João de Sousa regista o termo, derivado do Ár. Alferes, com o significado de oficial que leva o Estandarte, ou Bandeira. Junto das Coutas.

 

Alto – Topónimo

Alto - elevação de terreno, poderoso nobre, importante.

Alto-topónimo frequente. Existe em V.N. Famalicão, Em Mazarefes é bem alto em relação ao lugar do Ermígio.

Alto - alcunha, apelido.

 

Altozinho – Topónimo

Trata-se aqui de um nome topográfico, porque o local é um alto, devido à elevação do terreno. Daí que não terá aqui a ver com nenhum antroponímico como Aldozinho. Em português talvez correspondesse a Montezelo.

 

Alvorada – Topónimo

Alvorada - crepúsculo matutino, juventude, toque de trombetas e tambores...

Topónimo no Brasil: Paraná. Conheci a Casa das Alvoradas, perto do Ribeiro que deu o nome ao sítio das Alvoradas.

 

Ameal/Amial – Topónimo

Lugar plantado de amieiros. Topónimo frequente representado na toponímia portuguesa; na Galiza, em Pontevedra -. Situa-se a caminho da Veiga. Por baixo das Pereiras.

 

Amieiros – Topónimo

Amieiros - espécie de salgueiro, tamancos, socos.

Topónimo frequente na Galiza. Aparece em Góis, Oliveira de Azemeis, S. Pedro do Sul. Na mesma zona do Amial.

 

Apruma – Alcunha

Altivo, pôr prumo, endireitar.

 

Areia Cega – Topónimo

Topónimo frequente em Portugal e Brasil.

"Areias" - muito representado na toponímia. "Areia e areias" - aparecem como apelidos. Em Darque há o "lugar da Areia", o apelido "Areias" e a "Senhora das Areias" muito antigo.

Fica na Veiga, perto do sítio de Lisboa e dos Boldrões. Na Ponte da Veiga, junto de Vila Franca.

 

Arjão/Arijão – Topónimo

Arjão - pau que ampara as videiras, ervilhas, os feijões, etc...

Almeida Fernandes escreveu nos Cadernos Vianenses: "Certamente o genitivo Ardilani ou Argilani sc. «villa de Ardila (ard+ suf. Ila) ou de Argila (arg «mau» ou harjis, e o mesmo sufixo). Só uma forma antiga poderia vir a decidir entre um destes hipocorísticos masculinos. O i de uma das formas é suarabáctico, e não etimológico".

Junto aos Areais. Por baixo do Capador.

 

Atafona – Topónimo

Existe este topónimo na região da Bairrada.

s.f. - Do Ár. At-tahuna.

Moinho privado, existente em algumas casas de lavradores, essencialmente montado em madeira de sobro e movido por força animal. Pela sua constituição, tornava-se uma máquina bastante pesada e, por isso, chegou a ser substituída pela atafona de peças de ferro, muito mais leve.

Também pode ser moinho movido por homens, ou por bestas.

 

Aterro – Topónimo

Aterro - processo utilizado para eliminar lixos cobertos; porção de terra ou entulho destinada a nivelar ou altear um terreno. Junto ao Altozinho, lugar onde se tirou terra e pedra para dar lugar à linha férrea e que serviu para aterrar na zona de Lamas em Vila Fria e alterar o terreno para a mesma linha férrea. Tem tantos anos como o Caminho de Ferro, na Linha do Minho.

 

Azenha – Topónimo

s.f. - Do Ár. As-sania.

Trata-se de um tipo de moinho de técnica mais ou menos complexa, posto em movimento pelo aproveitamento da energia hidráulica, isto é, pela água conduzida pelo rego, pela açude até cair nos copos da galga ou roda grande.

Frei João de Sousa regista o vocábulo azenha, do Ár. Assanha, que indica ser moinho de água que serve para trigo. Diz que há também azenha para moer azeitona, e se chama lagar, afimando que, no foral concedido à cidade de Coimbra, se encontra escrito, sem corrupção assania.

Alberto Sampaio, no I volume dos seus "Estudos Económicos", informa-nos que o engenho introduzido pelos romanos foi o que se chama moinho (turbina primitiva) que conserva a raiz latina (molinus, a, um), enquanto a roda hidráulica nesta aplicação pelo menos, foi empregada muito mais tarde, pois azenha, nome técnico, deriva do árabe.

 

Baba – Alcunha – 1649

Isabel Alves, a Baba

 

Baeta – Topónimo

João Rodrigues, o Baeta.

Baetas - pano felpudo de lã.

Baeta – no Brasil é apelido levado de Portugal. É top. no Brasil e em Portugal.

Gonç. Rod. Filho de João Rodrigues, o Baeta e de M.ª Alves, sepultada no adro da Igreja velha de Viana em 1669. Seu filho Antº R. Baeta, em 1670.

 

Baixo – Topónimo

Baixo - apelido e antiga alcunha. Entra na composição de muitos topónimos de Portugal e do Brasil.

Baixo, isolado em Esposende, Melgaço, Ponte de Lima e Valença... como aqui.

 

Baixo – Topónimo – 1605

Gonçalo Alves, de Baixo.

 

Bandulha – Alcunha – 1650

Maria Miranda, a Bandulha

 

Bargiela ou Barziela ou Varziela – Topónimo

Barziela - Topónimo em Braga. Varziela - pode estar derivado de Várzia, Varze e Várzea. Varziela - Top. frequente no Norte, Arcos de Valdevez, Ponte de Lima e Serra d'Arga... Na Conchada.

 

Barrolo – Apelido e alcunha – 1651

Domingos da Costa Barrolo - 1684

Domingos Pires, o Barrolo, marido de Maria Pires - em 1679.

Maria Rodrigues, a Barrola - em 1764

 

Bate-Estacas – Topónimo

Aparelho para cravar estacas. Situa-se na Conchada e refere ainda a altura da construção da linha férrea.

No lugar da Conchada.

 

Beltram – Apelido

Beltram ou Beltran - apelido derivado do espanhol Beltran equivalente ao português Beltrão.

Beltrão - hoje quase só usado como apelido. Corresponde ao nortenho Bertrand com origem germânica, de "bert" (brilhante) e "rand" (escudo).

Beltrão – top. na Covilhã.

 

Bernardas – Topónimo

Bernarda - revolta, motim. Bernarda – Topónimo, em Bragança e outras localidades. Existe o topónimo Travessa das Bernardas em Lisboa. Aqui vem da Bernarda, e das filhas? Junto ao Miguel Forte.

 

Bértola – Apelido – 1979

Bértolo - Redução pop. de Bartolomeu, apelido também em feminino (Bértola). Topónimo em Freixo de Espada à Cinta.

Junto ao Caminho do Conde.

 

Betoca – Topónimo

Topónimo também em Freixo de Espada à Cinta. Junto ao limite com Darque?

 

Bica – Alcunha – 1920

Apolinário Rodrigues, o Bica

 

Bicho/Bichos – Alcunha

Bicho - verme, insecto, pessoa feia...

Topónimo em Belmonte e Caldas da Rainha. No plural "Bichos", topónimo em Almada e Lisboa... A Quinta do Bicho, no lugar do Ermígio. 

 

Bispa – Topónimo

Bispa - remote de calmo, variedade de fruta...

Topónimo muito frequente. Na Regadia.

 

Boas-Novas – Topónimo

Boa-Nova - borboleta branca.

Apelido. Top. frequente em Portugal e Brasil.

Em Vila do Conde. Em Mazarefes deve ter a ver com boa notícia. Era usado epistolarmente nos testamentos e em registo de boas novas como boas notícias. Não foi difícil passar este nome à Senhora dos Prazeres, no Olival...

Boas Novas - Top. que tem origem na Senhora das Boas Novas.

 

Boavista – Topónimo

Boa Vista - Topónimo muito frequente em Portugal e Brasil. Junto às «Boas Novas».

 

Bois – Topónimo

Boi - espécie de ruminante da família dos bovídeos, alimentação do homem, instrumento musical, prostituta, marafona...

Do latim bos, bobis “boi”, que lhe seria aplicado por ser de grandes proporções, ou por ser zona de pastagens dos bois.

Pode significar elevação no antigo europeu: bhou=inchar ou crescer.

Bois - Topónimo com um caso em Alcobaça também chamado Monte de Bois.

Almeida Fernandes diz que “Boi poderá ser também o próprio nome pessoal Bonoi, cuja terminação -oy aparece em numerosos antropónimos de origem germânica; mas não descubro o tema ou raiz bom - com esta origem (se bem que o antropónimo deve bastar para a garantir). Pode também ser a alcunha zoonímica documentada já no séc.XII”. (No CV tomo VI, pág. 289)

Finalmente, também explicaria este topónimo o genitivo Avoli sc. «villa» de Avolus, que não creio de origem latina mas germânica (raiz av- de que falo em Aboria), ou mesmo Avoy (aquela raiz e a terminação -oy muito vulgar, a que há pouco me referi. Só a documentação antiga do topónimo poderia decidir- o que apenas acontece com o caso das ff. Moreira - Santa Leocádia, no séc. XVII Aboi.

Apesar da falta de documentação para os outros dois casos e aparte a possibilidade da alcunha zoonímica, é de admitir também neles o nome pessoal Avoy, a solução para os três mais natural. Na f. Sopo (C.V. N. de Cerveira), temos também este topónimo 1258 Avoy IS 353: cp. 1258 Avoco IS 592, outro topónimo antroponímico com a mesma raiz (av+suf. Oco), e 1258 Avel IS 343 (av + el

 

Boldrão – Topónimo

Aparece Goldrões e se esta é a escrita correcta, então terá a ver com Goldres, apelido espanhol - Golderez. Junto à Areia Cega.

“A forma portuguesa de Beltrano. O topónimo não deve ser anterior ao séc. XII. Creio ser seu plural Boldrões = Beltrões, nesta mesma localidade”, ainda A. Fernandes.

 

Boldrões – Topónimo

Também se diz assim. Idem.

 

Bolha – Alcunha – 1761

Bolha - Vesícula sobre a pele, patetice, mania, pancada... Bolhas - Topónimo na Lourinhã. Aqui trata-se de uma alcunha que desapareceu.

 

Bomburro – Alcunha – 1680

Manuel Rodrigues, pai do Padre Gonçalo Rodrigues, que abandonou...

 

Borralheira – Topónimo

Borralha – Cinzas. Lugar onde se junta a borralha.

Topónimo frequente em Cabeceiras de Basto, Guimarães e Galiza. Entre a Capela da Senhora das Boas Novas e a antiga casa dos Galhofas.

 

Borras – Topónimo – 1659

Maria, a Borras. Alcunha.

Borra - pequeno pássaro; soltura, diarreia, designação vulgar e antiga de certos frades...

Existe o topónimo Borras na Anadia.

Borra - Apelido, alcunha e top. em Felgueiras, Torres Vedras e Espanha.

Possivelmente, Borras no plural deve designar também sítio para onde corriam os restos da lavagem do linho ou os resíduos, neste caso menos provável, os desperdícios da fiação da seda.

Na zona das Lavandeiras.

 

Borre – Alcunha – 1662

Ana Rodrigues Borre – será Borra?

 

Bouças – Topónimo

Bouça - Apelido, Alcunha. Top. muito frequente em Portugal e na Galiza.

Junto ao limite com Vila Fria.

 

Boucinha – Alcunha

Boucinha - Apelido, Alcunha. Diminuitivo de Bouça do Espanhol Bouciña de origem topónimica Pontevedra e Corunha.

 

Branca – Topónimo – 1730

Abranca (Celta).

 

Breias – Topónimo

Breias - Breia (vreia?), veredas, antigos caminhos reais, vias romanas.

Breias - Topónimo em Braga. Existe também como apelido. Junto ao limite de Mazarefes com Darque. Estrada antiga entre Viana e Braga.

 

Brilhante – Alcunha

Era um cavalo de pelagem luzidia para Leite Vasconcelos. Olhos brilhantes.

 

Broeira – Topónimo

Broeira - planta, pessoa que tem corcunda...

Broeiro - pessoa que vende broas.

Broeira – No Alentejo e aqui como topónimo. No lugar do Monte.

 

Cabacinha – Topónimo – 1648

Ana Pires, viúva. Maria Rodrigues Cabacinha - em 1669.

Cabacinha - bolo de cera; brincos das orelhas...Topónimo. A noroeste da Casa do falecido João Cunha.

 

Cabaço – Topónimo

Cabaço - nome de peixe, virgindade, faltar à promessa de casamento, aprendiz de caixeiro...

Cabaço - Topónimo em Caldas da Rainha, Loures, Lourinhã, Portimão e aqui.

 

Cabanos – Topónimo

Cabano - Boi cujas pontas são horizontais ou voltadas para baixo, alpendre, telheiro...

Cabanos - Topónimo.

 

Cabecinha – Alcunha

Cabecinha - farinha que fica na peneira...

Apelido, Alcunha, topónimo frequente. Aqui aparece Cabacinha e cabecinha (?).

 

Cabreiras – Topónimo

Cabreira - mulher que guarda cabras, planta leguminosa. Kabreira, séc.XII.

Cabreiras - Top. em Guimarães. Na Regadia, junto ao limite com Vila Franca e Vila Fria.

 

Cachada – Topónimo

Cabreira - mulher que guarda cabras, planta leguminosa. Kabreira, séc.XII.

Cabreiras - Top. em Guimarães. Na Regadia, junto ao limite com Vila Franca e Vila Fria.

 

Cachadinha – Topónimo

Cachadinha - Topónimo frequente no Norte (Minho). Alcunha de família em Viana do Castelo. Apelido também.

Cachadinhas em Amarante, Barcelos e Galiza.

 

Cagão – Topónimo

Cagão - Topónimo em Évora. Alcunha tornada topónimo.

 

Caguelha – Alcunha – 1764

Maria Vaz, a Caguelha - 1764. Viúva de João Rodrigues Pisco.

 

Caipora – Alcunha

Caipora - De origem brasileira? Terá a ver com os povos Cáporos, raça céltica na zona de Pontevedra.

"Ka'a pora" morador no mato, místico ou "Kai pora" - o que tem fogo, o que queima.

Os Cáporos ou Capóros era um dos povos indígenas mais poderosos na Galiza, em Lugo, possivelmente de origem Celta.

 

Calçada – Topónimo

Calçada - Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Calçada –“ O topónimo é frequente em diversas terras”.

 

Calvário – Topónimo

Calvário – Topónimo frequente nas terras portuguesas. Aqui é na Conchada.

 

Calvete – Topónimo

Topónimo também na Figueira da Foz.

Calvet - Apelido de origem francesa.

Junto aos Raindos.

 

Camelo – Alcunha

Camelo - Apelido, Alcunha.

 

Camilo – Apelido

Camilo - Topónimo em Vila Franca de Xira, apelido.

 

Campinho – Topónimo

Campinho - Topónimo frequente em Portugal e Brasil. Apelido, alcunha. Também no plural. Junto às Moradas. Junto do Capador???

 

Campos – Topónimo – 1725

Isabel Rodrigues, viúva de Domingos Afonso Rato. Lugar dos Campos. Apelido.

 

Cangosta – Topónimo

Cangosta - Terrenos lavradios, campos de milho e vinhas; mas o mais interessante era ser caminho antigo, fundo, murado dos dois lados e estreito.

Junto ao “Mira”, à Carniçaria, no Souto e nos Catrinos.

 

Capareiros – Alcunha – 1747

Boaventura Azevedo (Capareiros)

Maria de Miranda, dos Capareiros – em 1750

Capareiros – Topónimo em Viana do Castelo.

 

Capela – Topónimo

António Rodrigues, o Capela.

Capela - Topónimo muito frequente em Portugal e Brasil, apelido... alcunha por viver junto à Capela.

 

Capelo – Alcunha – 1601

António Rodrigues, o Capelo. Francisco Rodrigues - 1654

Capa pequena (1355) e a meia capa de S. Martinho = Capela que deu ermida.

 

Capota – Alcunha

Capota - Apelido, alcunha, topónimo. Também aparece Capote (José Gonçalves, o Capote, no lugar do Souto, avós do Carriço).

 

Caraças

(Raça de boi, como o boi cabano...) ou como o boi escarchado, isto é, com as hastes abertas.

 

Caramuja – Topónimo – 1740

Caramuja - Topónimo em Portugal e no Brasil. Existiu o apelido Caramuja em Maria Rodrigues Caramuja, em princípio do séc. XVIII. Molusco. Há Caramuja na Póvoa de Varzim.

Depois do Vermoim, não longe do Rio Lima.

 

Carapita – Alcunha – 1651

Maria Alves, a Carapita

 

Cardosa – Topónimo

Cardosa - Top. em Aveiro, Braga, Évora...

Cardosas - Aparece em  Alçácer do Sal, Arruda dos Vinhos, Beja...

“Junto dos Muros”.

 

Carnacuo – Alcunha – 1775

Martim Gonçalves, o Carnacuo

 

Carnaquo – Alcunha – 1670

Domingos Gonçalves, o Carnaquo – 1679.

Celta ou precelta Carn. Carr, Kar.

Karn = pedra / rochedo (Pré-indoeuropeu?)

Também daria Carreg = pedra em Celta. Carrasco = erva que nasce nas pedras e panasco, terreno algado onde nasce erva. Karnacum = monte de pedras - Lugar Sagrado?

Carnaque - Top. no Egipto - Aldeia no Egipto...

 

Carniçaria – Topónimo – 1530

Carniçaria – Topónimo em Lisboa. Razão.

Junto à Igreja.

 

Carniceiro – Alcunha – 1617

Pedro Francisco, o Carniceiro.

Carniceiro - Topónimo em Odemira.

 

Carnoto – Alcunha – 1746

Monte de Pedras (Celta)?

Carnoto - Tribo Gaulesa, Carnutos topónimo.

Bosque dos Carnutos - Centro Religioso de toda a Gália. Celebravam aí os druidas as reuniões anuais. Terá sido construida a Catedral de Chartre sobre o Santuário Céltico. Os Carnutos foram um povo gaulês, cuja a capital era a actual cidade de Chartres.

 

Carrapato – Alcunha – 1735

Manuel Fernandes Carrapato, Maria Ribeiro, viúva, no lugar do Souto. Deviam ser carpinteiros - agarrado à madeira.

Carrapato - Topónimo em Caminha e no  Brasil.

 

Carraxel – Alcunha – 1759

Francisco Gomes, o Carraxel, lugar do Monte.

Carraxel – Carrascal/Carrasco – Topónimo de freguesia em Portugal, Galiza e Brasil.

 

Carrega – 1689

Domingos Gonçalves, Carrega - 1698

Manuel Rodrigues Carrega, Lugar da Namorada - em 1737.

Carrega - Top. no Brasil (Carregas) Apelido em Fundão. Ver Carnaquo.

 

Carriço – Topónimo

Carriço - Topónimo frequente em Viseu, apelido, alcunha. O Carriço é erva dura e carrapatosa, do latim "macarrónico", "carriceu", ou pássaro, carriça.

 

Carvalhais – Topónimo

Quinta dos Estivadas.

 

Casa do Forno

 

Casal – Topónimo

Casal - Topónimo frequente em Portugal e Galiza, apelido, alcunha.

Casalia - Era o lugar dos casarii. Os casarii eram os caseiros. Casalia toma, por vezes, o nome de casales. Fica quase sempre nos extremos da freguesia. Junto à Mata.

 

Castelas – Topónimo

Castelas – Apelido.

Castela - Topónimo emigrado de Espanha?

Para aqui terá vindo do Castelo do Neiva. Junto à Estrada de Cima.

 

Castelhana – Alcunha – 1663

Isabel Gonçalves – Castelhana

 

Castelhanos – Alcunha – 1761

No Tombo.

 

Catrinos – Alcunha

Catrino não sei a razão, mas Leite Vasconcelos diz que alguém ficou com o nome Catrino por ter levantado nos cornos, ou galhos, uma vendedeira de leite que se chamava Catarina.

 

Catruc – Alcunha

Séc. XIX. Alcunha dada pelo “Abade Velho”, Pe. Matos aos “Catrinos”

 

Cavalo – Alcunha – 1720

Cavalo - Apelido - usava-se em 1258, hoje desconhecido...

Topónimo em Portugal e no Brasil.

 

Cavezinha – Topónimo

Estará por Cabecinha ...

 

Caxiones – Alcunha

Caraças. Ver Caraças.

 

Cebe

Cebes - gr. Rebés (nome do discípulo de Sócrates. Em 1978 publicou-se em Portugal "Cebes Thebeno - quadro da vida humana" ou Tábora de Cebes Thebano, filósofo platónico).

 

Cerqueira – Topónimo

Cerqueira – Topónimo em Setúbal, Viana do Castelo, Galiza. Apelido e Alcunha. Top. também no Brasil, na Baía e São Paulo. Na Conchada.

 

Cetra

Cetra - Arma particular dos antigos Lusitanos. Era um certo género de broquel de ferro ou metal que tocando-se resultava um som marcial.

Almeida Fernandes diz:

“ como a expressão toponímica actual Bouça do Cetra (a que se subordinou o antigo topónimo Cetre) pode, pois, sugerir coisa mais ou menos fantasisosa (qualquer coisa a que se deve o artigo, como em tantos casos), direi que será preciso, para eu abandonar a minha opinião, que se me prove essa mesma coisa.

Enquanto não, eu entenderei em Cetra o mesmo que Cetre anterior (com assimilação), ou seja, o genitivo Caeteri sc. «villa» de Caeterus – do lat. Caeterus aplicado pessoalmente com intenção carinhosa: o último nado, por exemplo. Isto numa hipótese genitiva: no final, exporei a não genitiva.

No que respeita à expressão actual «o Cetra» em complexo toponímico, realçarei que não é raro que alguma coisa de indefinido paire na imaginação de um ou outro dos utentes de um topónimo e o leve a aplicar a este artigo, de harmonia com a ideia que lhe liga (vaga ou precisa, mas naturalmente errónea), quando não mesmo a alterar-lhe a forma. Daí casos em que as leis fonéticas dir-se-iam frustradas como tais.

Cetre (>Cetra) emparceira perfeitamente com o genitivo Caeterini, de Caeterinus (o diminutivo de Caeterus), origem do topónimo Cedrim (f. do c.Sever do Vouga,964 Ceterin DC 87, um «villa», de facto) e com o topónimo romano, ou seja, muito anterior, da «villa» 1113 Cedriniana DP 460> Caeteroniana villa, de Caeteronius (antropónimo ainda usado no séc. IX-X, 867-912 Cetronio DC 8), na região de Coimbra».

 

Chastre – Topónimo

Chastre - Apelido de origem toponímica do francês Chastres.

Referindo-se Almeida Fernandes a este topónimo diz:

“Como no caso de Belindra, deve existir um grupo consonântico não originário, isto é, Chastre por, anteriormente, Chaste. O topónimo não vigora, mas existia ainda no séc. XVII.

Creio poder admitir duas soluções antroponímicas genitivas: uma, germânica, o genitivo Flaciti sc. «villa» de Flacitus (séc.III Flaccitheus NG 20), gót. thlaqus, com síncope do -i- postónico que impedisse a sonorização da consoante anterior (como no caso de Cetra); outra, latina, o genitivo Placidi sc. «villa» de Placidus, também com o mesmo fenómeno de síncope (que evitou a elisão do -d-, como seria normal: cp. 1059 Placia DC 420

Na Veiga, junto a Darque.

 

Chossas

 

Chouso – Topónimo – 1599

João Alves do Chouso - 19.03.1599

Chouso – Topónimo frequente Sousos, Chousos - o mesmo que "tapada" ou ainda fechado (clausum) = (clausa) = (chousa).

Sousos,Chousos – O mesmo que “tapada” ou ainda fechado. Daí que (clausum) = (clausa) = (chousa) (latim) deu o português arcaico chousa e chousos que também apareceu nestas formas em documentos antigos nesta freguesia. Normalmente são topónimos que podem significar um pomar fechado, ou ainda, com significação semelhante a “cortinhas”.

 

Claras – Alcunha

Clara – Topónimo e apelido derivado do adj. Clara. Casa dos Claras, na Conchada.

 

Codeçal ou Codessal – Topónimo

Codeçal - Terreno lavradio, seco e bastante rochoso; bom para os codeços crescerem. Junto ao Barrolo. Codessal - Topónimo frequente no Norte de Portugal e Galiza.

 

Coita – Topónimo – 1804

Coita – Topónimo em Viana. Na Conchada.

 

Coivindos – Topónimo – 1665

Ana Rodrigues de Coivindos e Gonçalo Rodrigues de Coivindos. Junto ao acesso da IC 1.

 

Coixo – Alcunha

Maria Rodrigues, a Coxa, em 1804.

António Rodrigues Barbosa, o Coxo – em 1838.

 

Comendador – Topónimo

Comendador – feitor, provedor, director...

Comenda – Topónimo frequente, apelido, alcunha. Junto aos Dias?

 

Comporta – Alcunha

Comporta – Topónimo em Alcácer do Sal, Grândola e no Brasil – Paraíba. Apelido, Alcunha.

 

Conde – Alcunha – 1689

Francisco Dias do Monte, o Conde

José Dias Novo, falecido em 1888.

Conde – Topónimo frequente em Portugal e no Brasil.

 

Conde – Caminho

“Este topónimo deve atribuir-se ao Conde Telo Alvites, que viveu na segunda metade do séc.X. Este mesmo prócer, deve ter sido também o causador do topónimo Conde (f. Do c. Guimarães), inicialmente São Martinho 1009 DC 212 e já São Martinho de Conde em 1059 DC 420 (até que, hoje, apenas Conde): São Martinho do Conde e Caminho do Conde são, pois, topónimos com origem na mesma pessoa – e congéneres de muitos outros, que a outros magnates se devem (Vila do Conde, Vale do Conde, Oliveira do Conde, etc.)”.

Sendo as terras de Mazarefes do Conde D. Telo de Alvites e doadas por ele aos Monges de Santiago de Compostela em 985, é perfeitamente aceitável. Localiza-se no lugar do Monte.

 

Cordas – Alcunha – 1699

Cordas – Apelido

Topónimo no Brasil, Guimarães, Sta. Catarina, São Paulo e na Galiza.

Cordoeiro – Alcunha

Cordoeiro – Também apelido e topónimo. Uma alcunha como muitas outras de origem profissional. Consta que viviam os cordoeiros de negócio de cordas. Eles negociavam cordas trazidas por espanhóis de barco até ao Poço trangerinho.

Cordoaria – top. no Porto.

 

Corgas – Topónimo

Corgas – apelido, alcunha, topónimo.

Corga – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Junto ao Passal onde há uma sucata.

 

Cortinha – Topónimo

Cortinha – Terreno de cultivo, fértil, húmido, perto de casa. Em frente à minha casa, por exemplo, mas geralmente, fica por baixo.

Topónimo frequente na Galiza: Lugo, Orense.

 

Cortinhais – Topónimo

Cortinhais – Topónimo nos Arcos de Valdevez, Barcelos, Braga, Melgaço, Paredes de Coura, Mesão Frio, Ponte de Lima, V. N. De Cerveira, etc... em frente à fábrica de serração.

 

Costenha – Topónimo

Costinha – apelido. Topónimo frequente em Portugal e Galiza e no Brasil.

 

Couta – Topónimo – 1734

Maria Rodrigues, a Couta, viúva de António Barbosa. Na Conchada.

Couta – “coutada” e couteiro; na Conchada.

 

Coutada

Coutada – Topónimo frequente na Galiza e Coutadas.

 

Covo – Topónimo

Covo – Topónimo frequente utilizado como adjectivo nos Arcos de Valdevez e em Barcelos. Limite de Mazarefes com Darque. Localiza-se a poente e junto à Veiga. Rio Covo.

 

Castra – Alcunha – 1659

Maria Rodrigues (Crasta)

 

Cu de Ceda

 

Cuca – Alcunha – 1632

Maria Alves, a Cuca. Se foi topónimo seria de origem Celta com significado de monte ou elevação (Ken-K, de raiz).

 

Curta – Topónimo – 1771

Domingos Francisco Curto – Lugar da Fonte Branca, casado com Catarina Rodrigues

Curta – “Apelido – alcunhas das melhores antes de chegar ao apelido”.

 

D´Alem – Alcunha – 1670

Catarina Gonçalves, d’Além

 

Damarta – Topónimo

Campo. Em 1802 morreu em Mazarefes, Joana Rodrigues Damarta, no lugar da Torre. Será este campo que se situa junto ao caminho de ferro e à estrada camarária que liga a N 202? à N 203? conhecido por Damarta por causa desta senhora.

 

Deiras

 

Devesa – Topónimo

Devesa – Apelido. Topónimo frequente no Minho.

 

Do Souto – Alcunha – 1647

Justa Rodrigues, viúva, do Souto.

 

Domingos Vaz

Junto à Camgosta dos Burros.

 

Donana – Topónimo

Domna – Topónimo em Melgaço, em 1258

Segundo A . F. no CV tomo VI, pág.296:

“O topónimo não vigora actualmente, mas usava-se ainda do séc. XVII para o XVIII, de antiguidade. Isto provaria, só por si, nada ele poder ter com Don’Anna (Dona Ana), pois que o uso deste nome hebreu é pós-medievo, largamente.

Trata-se de um nome pessoal muito usado Donnanna (germânico, certamente), que apresenta formas em –i e em –e, qualquer delas podendo Ter originado o topónimo – isto é, ou imediatamente Donnanna, ou então Donnanne (Donnanni) > Donanna: 927 Donnani DC 28 (978 Donani DC 124), ou 958 Donnane DC 156, ou 1075 Donanam DC 530 (certamente mal lido).

Também se pode tratar de Domna Nanna: cp. Séc. X-XI «domna Nanna», com haplologia: cp. 1258 Nana (Nanna)  IS 1470-1471”. CV tomo VI, pág.296

 

Eira – Topónimo

Eira – Topónimo frequente em Guimarães e Famalicão. Apelido.

Eira –Normalmente é terreno ajacente ou próximo de casa, (eirinha e eirado) espaço destinado a malhar as espigas, a secar o milho, pátio de serviço... Ainda espaço livre entre o quinteiro ou eido e o lavradio do quintal, onde está o palheiro... Esta palavra vem do latim “area” = espaço livre, lugar para trilhar, pátio, como eirado (areactu).

O sítio do Eirado e o lugar da Eira existiu noutros tempos nesta freguesia e hoje há famílias que são conhecidas como d’Eira ou d’Eiras. Localizar este topónimo lugar da Eira e Eirado não é assim tão fácil. É possível, mas não será para agora. No entanto, é possível que este topónimo tenha surgido no lugar das Penas, zona de pedra abundante. Algumas casas de habitação estão até construídas sobre pedras megalíticas. É uma zona alta e soalheira onde, em tempos recuados, haveria uma grande eira comum aos “Casales”, “Casalia” ou “Casares” que também, por sua vez deram o topónimo “Casal” existente em muitas terras. Os moradores junto deste topónimo receberam-no como apelido e assim surgiram apelidos como “Casal” e “Eira”. Houve “Deira”, apelido, vindo de Anha, mas já cá existia ao menos como alcunha «d’eiras». Eira comum dos caseiros. Os agricultores das Vilas romanas.

 

Eirado

Eirado – Topónimo frequente na Galiza.

Há Eirados também em Monção.

 

Entre-Bouças

 

Ermígio – Topónimo

Ermígio – Topónimo em Guimarães, Sta. Marta de Penaguião e aqui.

Ermígio – Ermigius ou Hermigius, antroponímico de origem germânica. Antigo lugar de Mazarefes.

 

Escampado – Topónimo

Escampado – Descampado, campo vasto desimpedido de vegetação.

Escampar – estiar. No escampado pode deitar-se o junco ou a junça para secar e fazer as esteiras...

Topónimo nos Arcos de Valdevez, em Barcelos, Guimarães, Monção e Pontevedra.

 

Espadanal – Topónimo

Espadanal – Topónimo frequente na Galiza (Lugo). Alcunha. Da flora como Junqueira. Junto aos Ameais, a nascente.

 

Espadaneira – Podónimo

Espadaneira – Topónimo frequente, apelido, alcunha.

 

Espinhal – Alcunha

Espinhal – Apelido, alcunha, topónimo frequente na Galiza. Significa elevação.

Espinhais em Reguengos de Monsaraz.

 

Estacada – Topónimo

Topónimo de campos alagados. Veiga com estacas. Na Veiga de S. Simão.

 

Estacadinha – Topónimo

Estacadinha – Topónimo, diminuitivo de estacada. Veiga de S. Simão.

 

Esteira – Topónimo

Esteira – Topónimo brasileiro. Sulco, resto, albarda de junco, tecido de junco... Fica na Veiga.

 

Esteiradas – Topónimo

Porrada ou corpo deitado na esteira.

 

Estira – Alcunha

Estira – Topónimo em V. N. De Famalicão.

Destirar – esticar, dilatar, alongar..

Do grego Styra.

 

Estivadas – Topónimo

Estivadas – Topónimo nos Arcos, Ponte de Lima, Sto. Tirso, Viana do Castelo e Galiza. Tem a ver com a  estiva.

A sul do Vermoim. Aparece em 1258 nas inquirições.

 

Estrada Velha – Topónimo

Por ter sido a estrada que ligava Viana a Braga. Também conhecida por Caminho Velho ou ainda pelo Caminho Grande. Ainda em relação à estrada nova, dos nossos dias.

 

Exposto – Topónimo – 1748

António, filho de António Araújo, o exposto

 

Faneira – Alcunha – 1647

Margarida Gonçalves, a Faneira

 

Fernande – Topónimo

C.V. tomo V, pág. 166

Nos dois casos, o genitivo Fredenandi sc. «villa» de Fredenandus (fridus+nanths), esta em Anha, pois o outro deve referir-se ao «porto».

Quanto ao primeiro, é corrente a transformação –e> -a do genitivo, na toponímia; no que toca ao segundo, que hoje não vigora, notar-se-á que era um local onde existia uma passagem do Lima (um «porto», que havia sido (se já não era então) uma tão notável passagem no rio, que ficou agregado à designação «portus» o n. Pessoal (certamente do proprietário ou do instituidor do serviço de barcas), tal como 1086 «porto Ariulfi» DC 658, e tal como acontecia (quanto ao antropónimo) com uma «villa», ou um prédio notável análogo.

 

Ferrais – Topónimo

Ferrais – plural de adjectivo ferral, derivado de ferro. Ferral – Topónimo em Montalegre, Marco de Canavezes, Vila Franca de Xira e Pontevedra. Lugar da Freguesia.

 

Ferreiro – Alcunha – 1602

João Pires, o Ferreiro

 

Fontaínhas – Topónimo

Fontaínhas – Apelido, alcunha, topónimo.

Fontaínha – Topónimo frequente no norte e na Galiza. A norte de Vermoim.

 

Fontam – Topónimo

Fontan – Apelido do espanhol Fontán, de origem toponímica (Corunha, Pontevedra). Tem a ver com Fonte como Fontaínhas e Fontelas. Grande volume de nascente de água. Junto às Cabreiras.

 

Fonte – Topónimo

Fonte – Topónimo muito frequente em formas simples e compostas, apelido, alcunha.

Fonte Branca – Topónimo

O adjectivo é de origem germânica pelo latim alba (branca). Poderá ser também de origem Celta, branca? Junto à Quinta do Bicho.

 

Fonte dos Anjinhos – Topónimo

Após a Fonte Branca, a também conhecida por Fonte do Ermígio.

 

Fontela – Topónimo

Fontela, Fontinhas (Fontaínhas) – São lugares de fontes e são diminutivos de Fontana. Ficam todos à margem esquerda e direita da estrada nacional de Viana a Ponte de Lima. Fontão fica a Sul, no lugar de Redondelo.

Topónimo frequente no Norte e Galiza. A nascente do Vermoim de Cima.

 

Fontela de Baixo – Topónimo

Idem, a norte, do lado do rio e depois da estrada nacional.

A nascente de Vermoim.

 

Fontela de Cima – Topónimo

Idem, a norte, do lado do rio e depois da estrada nacional.

A nascente de Vermoim.

 

Fontinhas – Topónimo

Fontinhas a norte e Fontão a Sul. Fontela.

A norte dos Vermoins.

 

Fontões – Topónimo

Fontão – Topónimo frequente no Norte e Galiza, apelido. Significando pequeno riacho ou ribeira. Junto das Penas, fontes com grandes jorros de água.

 

Formiga – Topónimo

Apelido, Alcunha, Topónimo frequente em Portugal, Brasil e Galiza (Pontevedra).

Zona de cabras?

É dificil determinar se a alcunha deu o apelido, se o apelido deu a alcunha e se o topónimo deu o apelido ou a alcunha, ou se estes deram o topónimo, assim José Francisco Formiga está dada como apelido, Francisco Martins, o Formiga é a alcunha e o que é certo é que como topónimo também  existe.

Quem foi o primeiro? No lugar do Monte

 

Formom – Topónimo

Formão – Topónimo em Amarante, Guimarães. Origem obscura.

 

Forneira – Topónimo

Forneira – Topónimo em Mafra, V. N. De Gaia e Ilha da Madeira.

 

Frade – Alcunha – 1715

+1731, Manuel Martins Frade, viúvo de Ana Rodrigues.

Frade – Topónimo frequente em Portugal e Brasil, Galiza (Pontevedra).

 

Fraldeca – Alcunha – 1662

Catarina Gonçalves, a Fraldeca

 

Franco – Alcunha

Franco – Apelido , alcunha, topónimo em Alandroal, Cabeceiras de Basto, Estremoz, Figueira da Foz, Lousã, Mirandela, Penafiel, Sto. Tirso; na Galiza: Corunha, Lugo; no Brasil: Amapé, Ceará, Minas Gerais, Paraná, São Paulo. Francos.

 

Franjós – Topónimo

Franjoso – Topónimo Estremoz. Apelido, Alcunha.

 

Fritoza – Topónimo

Fritoso – Apelido, Alcunha, do verbo fritar.

 

Funfuns – Alcunha

 

Fura-Mundo – Alcunha – 1756

Domingos Martins – Lugar do Monte, o Fura- mundo, marido de Maria Rodrigues.

 

Gabriel – Topónimo

Gabriel – latim “Arcanjo da Anunciação” significa “homem de Deus”, “Varão de Deus”, Apelido, Topónimo em Alenquer, Lisboa, Odemira, Pinhel, Salvaterra de Magos, no Brasil (Baía, S. Paulo...)

 

Gaia/Gaio – Alcunha – 1710

Domingas Gonçalves, a Gaia (+ 1739). Lugar das Boas-Novas.

Gaio – Topónimo e Apelido. Alegre, folgazão, fino.

 

Galante – Alcunha – 1685

Manuel Rodrigues, o Galante, de Anha, esposa Joana Gonçalves, já viúva, 1747.

Galante – Apelido no Brasil e em Portugal. É de origem italiana.

 

Galega/Galego – Alcunha – 1719

António Gonçalves, o Galego – em 1728

Galega – Topónimo fundado por Galegos.

Galego é alcunha, apelido e topónimo.

 

Galhofa – Apelido

Galhofa – Gracejo, risota, brincadeira, zombaria.

 

Galo – Alcunha – 1657

Francisco Miranda, o Galo

 

Gamela – Topónimo

Gamo (fauna). Configuração de uma gamela. O Poço da Gamela na Veiga.

 

Ganhador – Alcunha – 1622

António Rodrigues, o Ganhador

 

Ganhão – Alcunha – 1635

António Rodrigues Ganhão

 

Ganhão – Alcunha – 1740

António Rodrigues Carvalho, o Ganhão.

O mesmo foi pastor. Pastor da Veiga?

1755 – Alcunha

 

Ginete – Apelido

Ginete – Topónimo brasileiro e nos Açores.

Gineto – animal carnívoro.

Ginete – apelido em linhas de Elvas, tipo de Carvalho, combatente montado em Ginete.

Do Ár. Zanala

Trata-se de um cavalo pequeno, esbelto e ligeiro.

Todavia, na Bairrada existe esta palavra usada por alguns para chamar aos filhos ainda pequenos, mas irrequietos.

 

Goldroins/Goldrões – Topónimo

Goldra (1258) – Topónimo em Faro, Loulé e na Galiza (Pontevedra).

Goldora – No séc. XIV, Goldara, Guldres – 1090

Golderes, em 989.

Goldres – Topónimo em Barcelos.

 

Grande – Alcunha – 1724

Grande – Topónimo

Alcunha no séc. XV, quer dizer “Velho” em relação a moço.

 

Gregótios/Gregórias – Topónimo

Gregório – significa vigilante, acordado

982 – Gregoriuo – Gregorio – Grigório

1480 – Guerigorio Gomez – 1980 – Gregória

Apelido e topónimo no Brasil

Gregórios – Castro Verde, Pombal, Silves.

 

Grou – Topónimo

Relativo aos gróvios (povos de entre o Lima e Minho) vizinhos dos límicos?

Topónimo em Alenquer, Anadia, Cantanhede, Cinfães, Leiria e Pombal...

Séc. XVI – Domingos Luís Grou – 1575 (Apelido)

Fr. João Grou – 1633 e 1635. É um dos topónimos mais antigos. É pré-romano.

Grou = muitos e gro = areia, na língua Celta.

 

Guingão – Alcunha – 1692

Guingão – tecido de algodão, borra da seda, excremento do bicho da seda.

 

Homem – Alcunha – 1772

 

Horta – Topónimo

Horta – Cidade na Ilha do Faial, topónimo (Portugal e Galiza), apelido.

Orta – 1066, 1086 e 1140.

 

Infesta – Topónimo – 1737

Vivia neste lugar Manuel Alves Xastre e Vitória Pereira.

Infesta – Topónimo em Amarante, Arouca, Arruda dos vinhos, Esposende...

Há Enfesta na Corunha – 1258 e Infestas em Amarante e Cinfães.

 

Junqueira – Topónimo – 1598

Topónimo frequente em Portugal e Galiza. 1220 – Pio da Junqueira – 1258 Junqueiros (Galiza). Origem na flora. Zona de junco.

João Rodrigues, o Junqueira (1598). Há Junqueira como topónimo junto ao Rio Covo, na Veiga a fazer limite com Darque. Zona de muito junco.

 

 

Junqueirinha – Topónimo

Na Veiga por baixo das Cachadas. Prados e junco ainda assim conhecido.

 

Labarda – Alcunha – 1632

Isabel Rodrigues, a Labarda

 

Lagoa – Topónimo

Lagoa – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. 1141 – Lacona, 1090, 1037, 1057. 1141 – Lacunam Ouium. 1167 – Lacunam de Gonsalvo Diaz. 1220 – Lagoa – apelido, alcunha.

 

Lamas – Topónimo

Topónimo frequente no Norte e Galiza. Ausente no Sul. Também em 981 – 1050 – 1112, aparece como apelido e alcunha, 1745. Regadia.

 

Lameiro – Apelido

Lameiro – topónimo frequente Norte e Galiza

Lamario – 1258 e Lamedeiro e Lameiro.

Lameiros – frequente no Norte, Centro e Galiza (Corunha, Lugo, Pontevedra).

 

Laranjal – Topónimo

Topónimo frequente no Brasil, sobretudo em Minas Gerais.

Laranjais aparece em Guimarães.

 

Lavandeiras – Topónimo

Lavandeira – o ofício da lavadeira, vem do conhecido latim lavare “lavar”, do gerúndio lavandus. É zona de águas.

Topónimo frequente no Norte e Galiza. Também há labandeira na Corunha e Orense. Alavandeira em Cinfães e Valpaços.

Lanuandeiran em 1008; Lavandaria em 1090; Lavandeira em 1220 e 1258; Levandaria – 1258.

 

Lavradio – Topónimo

Significa “terreno que se pode lavrar” topónimo de Algezur, Barreiro, Caldas da Rainha, Pena Cova, Torres Vedras, na Galiza labradio (Lugo). Também é apelido, alcunha. Na Veiga.

 

Leites – Apelido – 1613

Francisca Antónia Leites

 

Lenha – Alcunha – 1665

Ana Rodrigues, a Lenha

 

Lima – Apelido

Lima – Topónimo frequente em Portugal como nome de pátios, quintas, moinhos.

Limia – 1081, 1114, 1124, 1125, 1129, 1130, 1132, 1136, 1140, 1141, 1258 e 1262.

Lima – apelido em 1258, está por Limia. Forma Castelhana e Galega. Na mitologia é uma Divindade romana, feminina, que vigiava as soleiras das portas.

 

Limão – Topónimo

Do Ár. Laimun, limun.

Assim se chama ao fruto do limoeiro. Esta palavra relaciona-se com lima.

É um fruto muito ácido; por isso, bastante usado na culinária, em refrescos e também para limpar objectos de cobre.

O sumo de limão substitui, com grande vantagem para a saúde humana, o vinagre que contém ácido acético e que é prejudicial. No limite com Darque, na zona da Conchada.

 

Limoeiro – Topónimo

Limoeiro – Topónimo em Coimbra, Fafe, Lisboa, Marco de Canaveses, Ponte de Lima e no Brasil (Ceará, Pernambuco...)

1979 – apelido, alcunha. No lugar da Regadia.

 

Lisboa – Topónimo

Lisboa – Topónimo cidade de Portugal, origem pré-romana. Na Veiga com o limite de V. Franca.

 

Madonas

Madona – Nossa Senhora, estatueta, imagem que a representa – Do latim Meo Domna (Minha Senhora)

Modorra – prostração mórbida, sonolência, apatia, indolência.

 

Magano – Alcunha

Maganão – Alcunha – 1590. De Magana do século XI. Maganos em Guimarães. Magães em Marco de Canaveses. Maganus, nome pessoal, em Lugo, 947.

 

Magna – Alcunha – 1600

Maria Rodrigues, a Magna. Maria Rodrigues, casamento em 4.09.1596.

Magno – latim “magnus” (grande) – 1024 – 1047

Apelido, cognome de imperador, reis.

 

Mainarte – Alcunha – 1740/4

Lugar das penas e Lugar do Ribeiro

Manuel Gonçalves Mainarte (+ 1789).

 

Maldisposto – Alcunha – 1711

 

Malhada – Alcunha – 1722

 

Malhado – Alcunha

Malhado – Apelido – 1980. Alcunha, do adjectivo que tem molhos ou monchos. Topónimo em Lisboa e Mafra.

 

Mamalina – Alcunha – 1657

 

Mangana – Alcunha

Mangana – alteração de Magana?

 

Mangoa – Alcunha – 1656

Justa Pires, Mangoa

Domingos Mangoa – em 1673

 

Maquário – Alcunha

Maquário por Macário (Macarius, de origem Grega (séc. IV), feliz, bemaventurado. Sto. Macário foi Anacoreta.

 

Maqueiro – Alcunha – 1597

António Rodrigues, o Maqueiro, falecido em Castela.

 

Mariana – Topónimo

Inicialmente “relativo a Mário” depois “relativo a Maria” – 1805 apelido, topónimo em Beja e Lisboa.

 

Marinheiras – Alcunha

Topónimo em Arruda dos Vinhos, Castro Daire, Lisboa, Oliveira do Hospital, nome de ave.

 

Marta

Nome da irmã de Lázaro e Maria Madalena, apelido – 1980, topónimo em Lisboa e Santa Marta; é frequente em Portugal – 1109, 1148, 1180.

 

Martelo – Alcunha

Apelido frequente na Galiza.

 

Masmorra

s. f. – Do Ár. Matmura.

Trata-se de um cárcere ou de uma cadeia subterrâneos. Frei João de Sousa regista o termo mazmorra, do Ár. Matsmora com voz africana e com significado de casa, cova ou prisão subterrânea à maneira de uma grande cisterna, sem ar, nem claridade, mais do que lhe entra pela porta ou boca, a qual se fecha com um alçapão.

 

Mazarefes – Topónimo

Mazaral, Mazarel, Mazarefes – Topónimo

Maçarefes – topónimo em Viana do Castelo

Mazarefes – 1258. Nome da Freguesia.

 

Meal – Topónimo

Sob as Pereiras e sobre a Veiga de S. Simão

 

Meia-Cara – Alcunha

 

Melo – Topónimo

Topónimo. Merlo e Merloo em 1258, Melo em 1479, topónimo em Alcácer do Sal, Campo Maior, Lisboa, Torres Novas... e aqui. Limite com Vila Franca.

 

Menana – Alcunha

Menana – apelido de origem espanhola

Menona – deve estar relacionado com Menano

 

Miguel – Topónimo

Miguel – Topónimo em Alandroal, Beja, Celorico de Bastos, Fafe, Guimarães e Rio Maior...

Formas antigas – Migael em 1047, Migahel em 1083, Micael em 1098, Miguel em 1265. Campo de Miguel, nas Boas Novas.

 

Milheira – Topónimo

Vendedeira de milho? Será de Milhão? Diz A.F. que «milhão» designa o milho grosso.

 

Milheiros – Alcunha

Topónimo em Oeiras.

 

Moleca – Topónimo

Moleca – Moleque

Moleque – indivíduo sem palavra ou sem seriedade, canalha, velhaco, patife...

 

Moninho – Topónimo

Topónimo em Celorico da Beira, Melgaço, Pampilhosa e S. Pedro do Sul. Munniu em 985. Munnio em 1013. Monneo em 1037. Moneonis entre 850-866. Muneonis em 928. Moneoniz 985...

 

Monte – Topónimo

Topónimo frequente sobretudo no Norte e na Galiza. Entra em Topónimo composto, alcunha muitas vezes “do Monte”. Lugar da Freguesia.

 

Montezelo – Topónimo

Montezelo – Topónimo em Barcelos, Braga, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Penafiel, Ponte de Lima e V. N. de Famalicão.

Montezelos – Topónimo em Guimarães, Vila Real e na Galiza (Corunha, Lugo e Pontevedra). Na Conchada.

 

Morada – Topónimo

Morada – Topónimo Barcelos, Lisboa, Miranda do Corvo, Penacova, Vieira do Minho, Brasil (Morada Nova – Ceará, Minas Gerais).

Moradas – apelido, alcunha. Na Regadia.

 

Morta

Topónimo Alenquer, Montemor-o-Novo, Arga.

Mortos – Topónimo Cabeceiras de Basto.

 

Mouro – Topónimo

Mouro – Cognome romano hoje desaparecido. Apelido, alcunha. Topónimo frequente, isolado e em compostos. Mouros – Topónimo Alcoutim, Almodôvar, Arouca, Arraiolos, Cinfães, Penafiel, Lisboa, na Galiza: Corunha e Pontevedra.

C. V. Tomo V, pág. 204

Não incluo aqui topónimos como Fonte dos Mouros, etc., pois significam apenas antiguidade (o modo popular de considerar esta materialmente), pelas razões por que foram incluídos no capítulo arqueonímico. Somente o caso da f. Alvarães, com o triplo complexo Alto da Moura, Calçada da Moura e Pulho da Moura, referentes a locais diferentes de um mesmo sítio, o da Moura, parece dever reconsiderar-se aqui à luz demonímica, e não arqueonímica.

Esta toponímia pode respeitar a estabelecimentos de Mouros, se é que não mesmo de moçárabes ou cristãos arabizados (o contrário do anterior topónimo, Moldes, os árabes cristianizados), podendo muito naturalmente ser escravos, ou prisioneiros de guerra. Topónimos mais importantes que estes, como 1071 Villare de Mauris IC 494 (f Vilar de Mouros, c. Caminha) e 1057 Sancto Martino de Mauris, é a tais populações que se referem. Na Veiga de S. Simão.

 

Mudo – Alcunha – 1632

Pedro Rodrigues, o Mudo

 

Muro – Topónimo

Topónimo frequente. Muros – Topónimo Alijó, S. João da Pesqueira; Torres Novas. Mures = ribeiro. Mûr = areias, indo-europeu ou iraniano? Almuro, olm = corrente de água. Alm + nuir = água parada (Celta). No lugar de Ferrais.

 

Namorada – Topónimo – 1676

Francisco Alves, da Namorada

Isabel Alves, chamada a Namorada – 1683

Topónimo em Évora e Viana do Castelo

Namorados – Topónimo Castro Verde, Mértola, Santiago do Cacém... Cantigas de Amigo? Antigo Lugar da Freguesia.

 

Novas – Topónimo

Nova – Topónimo Arronches, Arruda dos Vinhos, Cabeceiras de Basto, Espinho, Lagos, Lisboa.

Novas – Apelido, alcunha

Novos – Topónimo em Alenquer, Elvas...= Notícias=Novidades?

 

Olival – Topónio – 1670

Topónimo frequente. Há na Regadia e na Conchada. Relativo à existência de Oliveiras.

 

Paço – Topónimo

Palatiu (palácio), topónimo frequente em Portugal e Galiza. Apelido inicialmente atribuído a pessoas que frequentavam ou exerciam funções no Paço. A presença do Palatiu dos Pereiras e dos Azevedos deu o nome ao lugar.

 

Panasca – Alcunha – 1649

Isabel Alves, a Panasca

 

Paraca – Alcunha – 1786

Francisca, exposta, a Paraca. Paracha – Topónimo, alcunha tornada top. Em Sousel – o Monte da Paracha...

 

Pascoal – Topónimo

Derivado do Latim Pasqualis (relativo à Páscoa). Topónimo em Évora, Ponte de Lima e Viseu. Topónimo “Monte Pascoal” no Brasil. Na Veiga.

 

Passal – Topónimo

Topónimo frequente.

Passais – Feira, Paredes, Penafiel, V. N. de Famalicão em 1258.

Por cima da Veiga, a sul de S. Simão.

 

Passos Freitas

 

Patriarca – Alcunha – 1677

Pedro Gonçalves, o Patriarca

 

Paúlla – Alcunha – 1635

Ana Rodrigues, a Paúlla, irmã de António Rodrigues, o Ganhão

 

Pedrinha – Topónimo

Pedrinha – Topónimo em Braga, Melgaço, Póvoa de Varzim e Galiza (Corunha, Lugo, Orense, Pedriña). Resulta do latim petrínea (pedra), apelido, alcunha.

Pedrinhas – Também como topónimo em Amarante, Oliveira de Azemeis e na Galiza.

 

Pelotes – Topónimo – 1258

Pelote – Topónimo em Castelo Branco. Apelido, alcunha em 1394.

 

Penas – Topónimo

Penas – Topónimo frequente Norte e Galiza, apelido, alcunha.

Penas – é um nome Celta (penn/pinn), de rocha, pedra. Antigo lugar da freguesia.

 

Pereiras – Topónimo – 1656

Pereira – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Pera em 973, 978 e 1002, Pereira em 1115 e 1139.

Pereiras – Do latim Pirun, Pira, Pera, ligado ao fruto.

 

Péres – Topónimo

Peres – Topónimo em Évora, Lisboa, Melgaço, e na Galiza (Corunha, Pontevedra). Apelido Peres ou Pires não foi uma evolução geral, mas um tratamento especial incapaz de eliminar a forma Peres.

 

Pericas – Alcunha

Perico, para Leite Vasconcelos, era burro.

 

Perneira – Alcunha – 1647

Engrácia Rodrigues, viúva.

 

Pernica – Alcunha – 1647

Isabel Afonso, viúva

 

Perua – Topónimo

Peru – Topónimo - País da América do Sul. Topónimo em Torres Novas. Perus – Topónimo em Lamego. Peruão – Topónimo em Elvas.

 

Pimpão – Alcunha

Pipeon em Galego, nas cantigas de Amigo, ou moeda pequena em Castela. Pombo e bobo em Português (pifopionis).

 

Pinhais – Topónimo

Pinhal – Topónimo frequente no Brasil e Galiza (Pinel – Pontevedra e Pinan em Lugo).

Pinhais – Existe em Leiria e Viana do Castelo.

 

Pintor – Alcunha – 1600

António Rodrigues, o Pintor

 

Pisca – Alcunha – 1789

Pisca – Topónimo em Guimarães, Lamego, Porto e Santarém.

 

Pisco – Alcunha

O “boi pisco” deve ter dado a alcunha.

Topónimo também em Perre.

 

Piza Barro – Alcunha – 1774

Manuel Gonçalves, o Piza Barro.

No lugar da Regadia existia a Casa da Piza, sinal de trabalhos ligados ao barro para a costução de fornos, ou pequena fábrica artesal de louça, ou ...?

Esta casa era de Manuel Alves Salgueiro e Andreza Rodrigues, pelos fins do séc. XVIII.

 

Plotes … ver Pelotes – Topónimo

Plotas – Topónimo do Grego Plotai (ilhas flutuantes – estrofodes), pelo latim plotos.

 

Poderoso – Alcunha – 1634

Maria Rodrigues, do Poderoso

 

Porta da Couta – Topónimo

 

 

Portos ver Fernande – Topónimo

Portos – Topónimo em Amarante, Celorico de Basto, Melgaço, Miranda do Douro, Ponte de Lima, Viana e na Galiza (Lugo e Pontevedra).

Porthos, nome de um d’os três mosqueteiros tendo origem obscura. Na Veiga, junto à Areia Cega.

 

Possa – Topónimo – 1667

Ana Miranda da “Possa”

 

Possa/Poça – Topónimo – 1679

Manuel Velho da Poça – 07/05/1679.

Poço – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Poços – Topónimo frequente na Galiza (Pozos) em 1258, apelido, alcunha existente no séc. XVIII. Possas – Apelido. Na Regadia.

 

Prado – Topónimo

Prado – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Prado em 959, 1220, 1258. Apelido, Alcunha em 1443 e 1533. No Ermígio.

 

Preguinho

Topónimo em Cinfães e S. Pedro do Sul. Está relacionado com Preguin da Galiza (Corunha).

 

Prezas – Topónimo

Preze – apelido

Preso – Apelido, alcunha, topónimo frequente em Portugal e Galiza, em 1258.

 

 

Pulgas – Alcunha – 1980

Pulga – Topónimo em Alijó, Évora e Seia.

Pulgas – Aparece em Évora e Setúbal.

 

Pusca – Alcunha – 1642

Justa Rodrigues, a Pusca

 

Queimada – Topónimo

Queimada – Topónimo frequente, existente no Brasil. Alcunha de homem.

Topónimo em Alenquer, Grândola, Lisboa, Ilha da Madeira e no Brasil (Baía, Paraíba).

 

Quinta – Topónimo

Quinta – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Quintia em 1132. Apelido, alcunha em 1681.

 

Raboja ou Ramboia – Alcunha – 1677

Manuel Miranda, o Raboja ou Ramboia

Tem a ver com raça de vacas.

 

Raindos – Topónimo

Raindos – Topónimo em Barcelos e na Galiza (Corunha). Origem obscura. Rayindo em 1258. Será Galindus, povo godo do Báltico? Já vi escrito em documento antigo Gavindos.

 

Raposeira – Topónimo

Raposeira – Topónimo frequente na Galiza (Corunha, Lugo e Pontevedra). Deriva de raposa no sentido de lugar onde há raposas em 1238, apelido, alcunha. Há em Lisboa. Na Veiga.

 

Rata – Alcunha – 1766

Joana Casada, a Rata, Lugar da Conchada.

Topónimo em Beja, Castelo de Paiva, Espinho, Maia, Melgaço, Murça, Santarém, na Galiza (Corunha) e no Brasil. Para Leite Vasconcelos era também uma mula de cor  cinzento – escuro.

Ratos – Topónimo (ilhote na Ria de Faro), alcunha, são os alunos do 1º ano na gíria do Colégio Militar de Lisboa.

 

Rata molhada – Alcunha

 

Rato – Apelido – 1851

Manuel Gonçalves Rato, casou em 1851 em Mazarefes, era sobrinho do Pe. Manuel Afonso Franco, natural de Sta. Marta, a irmã do Padre e mãe do sobrinho era Inácia Alves Franco. Em 1863, filha de 81 anos morreu no Lugar da Namorada.

Rato – Topónimo frequente na Galiza (Lugo). Pode derivar de Reptus – Ralfts. Rrato em 1499.

Ratos – Topónimo em Pombal, Torre de Moncorvo, Torres Novas e Viana do Castelo. Pode-se tratar de referência a pessoas de famílias locais com o apelido Rato.

 

Redondelo – Topónimo

Ana Ribeiro – 1801

Manuel Rodrigues Carvalho e Maria Ribeiro em 1793.

Redondelo – Topónimo em Amares, Arcos de Valdevez, Caminha, Chaves, Fafe, Guimarães, Ponte da Barca... e na Galiza.

Rotundelo em 1038 – Redondelo em 1093 e 1258. Pode derivar deste Rondelo em 1258.

Redondelo – Prédios de lavradio e erva, húmidos e de regadios. São autênticos prados. Ficam junto ao estremo com Vila-Franca e a nordeste do Beco de José Liquito.

 

Regada – Topónimo

Regada – Topónimo frequente no Norte e Galiza, em 1208. Apelido, Alcunha em 1979.

Ragadas – Topónimo frequente no Norte e Galiza, em 1220 e 1258. Junto aos Couvindos ?

 

Regadia – Topónimo

Regadia – Topónimo Carregal do Sal, Peso da Régua, Ponte de Lima, Viana do Castelo, V. N. de Famalicão,  (de terra que é regada) em 1258. Lugar da Freguesia.

 

Renda (Bouça da…) – Topónimo

Renda – Topónimo frequente no Norte e Galiza (Pontevedra). Talvez de origem germânica, apelido, alcunha, em 1884.

 

Rendilha – Alcunha – 1781

Maria Soares, a Rendilha, Lugar do Ermígio.

Renda – Render, tecido de malhas abertas, com textura delicada, cujos fios entrelaçados formam desenhos.

Render – Entregar-se, retribuir, dar em troca. Latim rendere (class. Reddere) com influência de prendere.

 

Repeidada – Topónimo – 1749

Manuel Dias – 1749; Bernarda – 1802; José Dias – 1810; Martins, Meira, Conde.

O Francisco Dias era do Lugar do Monte (+1758).

O Domingos Dias do Souto era do Lugar do Monte – (1752).

Repiadade – Topónimo em Guimarães.

Revinhade – Topónimo em Felgueiras.

Este topónimo encontra-se extinto, mas vigorava do séc. XVII para o XVIII.

Nada tem a ver com Ribadade = Riba de Aade (n. Comum «aade» lat. Anate, n. Esse que era o de uma espécie de pato), tudo, em meu ver, indicando o genitivo Reparati sc. «villa» de Reparatus. É n. Latino que se repete na nossa toponímia (1220 Reparadi IS 31, e 1258 Reparadi IS 1427) e na galega (1122 Reparadi DR 60)

A série fonética teria sido Reparati > Reparadi > Repedade > Repeidade (simples assimilações e dissimilações).

 

Retorta – Topónimo

Retorta – Topónimo frequente em Portugal e Galiza. Em relação com características das povoações ou aos caminhos ou cursos de água em 960, 1169, 1258. Apelido, alcunha em 973.

Arretorta – Topónimo sopal em Faro

 

Ribeiro – Topónimo

Ribeiro – Apelido, alcunha, topónimo frequente na Galiza: Corunha, Lugo em 1220.

Ribeiros – Topónimo em Fafe, Figueira de Castelo Rodrigo, Marco de Canavezes, Monforte, Oliveira do Hospital, Penafiel, Viana do Castelo, Vila de Rei...

 

Rio Covo – Topónimo

Rio Covo Topónimo em Águeda, Barcelos, Mealhada, Monção Pombal e Viana do Castelo, em 1220. Riocobo – Galiza (Corunha, Lugo) Riocovo – Galiza (Lugo). No limite de Mazarefes e Darque.

 

Roi Orelhas – Alcunha

 

Roicacos – Alcunha

 

Roleira – Alcunha – 1659

Maria Alves, Roleira

 

Roleiro – Alcunha – 1626

António Araújo

 

Roncal – Topónimo

Ronca – Topónimo em Santiago do Cacém, Torres Vedras. Apelido, Alcunha.

Ronco – Topónimo de Vila Nova de Gaia.

 

Ruça – Alcunha

??????, sobre loira.

 

S. Bento – Topónimo

Bento – divergente de Benedito, apelido, Topónimo em Caminha, Chamusca, Coimbra, Leiria e Lisboa.

S. Bento – Topónimo frequente no Brasil (Maranhão). Junto à Igreja Paroquial.

 

S. Joane – Topónimo

Veiga

 

S. Simão – Topónimo

Pela presença duma Igreja Antiga sob a invocação de S. Simão.Veiga.

 

Safrões – Topónimo

Sanfrins – Topónimo em Paços de Ferreira

Safra – Topónimo em Guimarães, Marvão, Pampilhosa da Serra, Portalegre. Em Espanha (Alicante, Badajoz, Cuenca, Orense).

Diz A. Fernandes:

“Creio que se trata de topónimo antroponímico arábico – nada de surpreender em Mazarefes: certamente o plural de um n. Pessoal a que corresponde o bem documentado n. De mulher 1059 Zahara DC 420, isto é, Çáfara: 907 «mancipias meas Mariamen et Sahema et Zafara» DC 16. Note-se que também Mazarefes é um plural: não admira, pois, sê-lo Çafarões.”

 

Sapagal – Topónimo

Veiga

 

Saloa – Topónimo

Salo – Apelido de origem toponímica (região da Lombardia). Saloia – Topónimo de Grândola. Saloio – Topónimo em Caldas da Rainha, Évora, Óbidos, Salvaterra de Magos. Apelido, alcunha.

Sales – Topónimo Caldas da Rainha, Cartaxo, Espinho, Lisboa, Montemor-o-Novo, Oeiras. Topónimo na região de Seia em 919.

C.V. tomo VI, pág. 315

Pode ser o feminino Sallõa da alcunha Sallom: 1258 Martino Salom IS 344 é, por exemplo, um morador na f. Facha, não muito longe. Cp. Melõa (f. Ucanha, c. Tarouca), feminino de Mellom.

 

Salta – Alcunha – 1693

Maria Rodrigues Salta, viúva de Tomé Rodrigues – 1741.

Salta – apelido, alcunha, topónimo, parece relacionar-se com saltar.

Topónimo em Valongo e Viana do Castelo.

 

Santa Marta – Topónimo

Zona da Veiga onde os Santamartenses têm muitas propriedades e a nordeste de S. Simão.

 

Santoínho – Topónimo

Na Conchada. Limite com Darque.

 

Sarda – Alcunha – 1651

Isabel Casada, a Sarda

 

Seixal – Topónimo

Topónimo frequente em 1514, apelido, alcunha de Seixal. Vem de seixo, do latim saxum. Junto ao Calvete.

 

Senhora – Topónimo

Senhora – Topónimo em Baião, Barcelos, Lagos, Lousada e Miranda do Corvo.

Aparece em muitos top. compostos a invocação de Nossa Senhora. Nome dado à zona da Capela da Senhora dos Prazeres e depois da Senhora das “Boas Novas”.

 

Senhorinha – Apelido

Semiorinus (senhorim) e Senhorinha  de Semiorina.

 

Senhorinha – Topónimo

Santa Senhorinha do séc. X – religiosa sepultada na Igreja de Basto.

Topónimo em Reguengos de Monserraz e Vila Franca de Xira. Desaparecido aqui.

 

Senras – Topónimo

Senras em Arouca, Castelo de Paiva, Ponte de Lima e V. N. De Famalicão.

Serra – Topónimo frequente no Norte e Galiza. Apelido, alcunha em 933, 943. Junto das Lavandeiras.

 

Simoa – Alcunha?

Feminino de Simão (959 Simon DC 76). No entanto – embora menos de crer -, pode tratar-se de uma forma «alongada» do próprio nome Simom (forma arcaica de Simão), ou mesmo de 915 Sanmom DC ou até 928 Salomon DC 34.

Como topónimo nada poderemos estabelecer acerca da sua antiguidade, mas é de crer seja medieval. Aqui parece ter sido alcunha duma filha do Simão.

 

Sol – Topónimo

Sol – nome de estrela, divindade em várias religiões. Do latim Sole. Cidade do Egipto, ilha perto de Taprobana. Topónimo em Arruda-dos-Vinhos, Évora, Lisboa, Lousada, Monção, Ponte de Lima, Porto, Póvoa de Lanhoso e Seia. Na Galiza (Corunha) e no Brasil (S. Luís do Maranhão). Apelido em 1695. Existe agora o Bairro do Sol.

 

Sorrobada – Topónimo

 

Sousa – Alcunha – 1598

Maria de Sousa. Sousa, Topónimo frequente no Brasil. Apelido também frequente.

 

Sousos – Topónimo

Souso – Topónimo de Pedrógão Grande. De Sousa, com mudança de género, por se julgar fem. Apelido Sousa.

 

Souto – Topónimo – 1596

Francisco do Souto, em 16.11.1596 – o Gonçalo Rodrigues do Souto, em 5.2.1679, Manuel Gonçalves do Souto – 1676.

Souto é topónimo frequente em Portugal e Galiza (Soto em Lugo e Orense), Souto em 906, 950, 1014 e 1059. Solto em 1182, Souto em 1127, 1169. Apelido, alcunha em 1279.

Soutos – Covilhã, Guarda e Guimarães.

Regadio de Soito em Viseu.

 

Souto D´Abade – Topónimo

Pomar ou zona de castanheiros cujo o seu proprietário seria o Abade. Fica junto ao nó de acesso à IC1.

 

Souto Tapado – Topónimo

Na Regadia

 

Soutovado – Topónimo

Na Redadia

 

Sujo – Alcunha – 1655

Sebastião Rodrigres, o Sujo

 

Sula

Sul = teónimo (Celta)

 

Tagarela – Alcunha – 1617

Na Bairrada aparece este topónimo: Do Ar. Takallan.

Diz-se de uma pessoa que fala muito.

 

Tamanqueiro – Alcunha

Tamanqueiro – Alcunha, Apelido, Topónimo

 

Tapada – Topónimo

Tapada é topónimo frequente, assim como, Tapades. Aparece tamabém como apelido e alcunha.

 

Técula – Topónimo

Ligado a uma família.

 

Teima – Topónimo

Campo

 

Teima – Alcunha

Teimão é apelido, alcunha, variedade de Timão.

Timão é topónimo na Ilha Graciosa.

 

Termo – Topónimo

Termo – limite, ponto final, fronteira, marco que assinala o fim, o limite do território, remate.

Termo – do francês Terme, do latim Terminus (Deus dos marcos dos limites). Topónimo em Braga, Guimarães, Peso da Régua e Ponte de Lima. Pode ser Termio de 1258.

“Termos” é topónimo em Loulé, Odemira, Silves.

É no limite de Mazarefes com Vila Franca.

 

Terra – Topónimo

Terra – Planeta onde vivemos, Globo Terrestre, do latim Terra (Divindade). Topónimo em Felgueiras, Marco de Canaveses entra em vários compostos nacionais e estrangeiros. Apelido, alcunha.

 

Terra Velha – Alcunha – 1759

Antónia Ribeiro, a TerraVelha – em 1762.

 

Terra Velhaca – Alcunha – 1752

 

Testados – Topónimo

Testado é topónimo em Barcelos, Caminha e Ponte de Lima.

 

Tetos

Teto – Topónimo do latim Tetu (Rio Narbonense).

 

Tiro – Topónimo

Tiro – Latim Tyru ou tiro (nome da liberdade de Cícero). Do Grego Tyro pelo latim Tyro (filho de Salmoneu). Topónimo cidade e ilha da Fenícia.

 

Togueira – Alcunha – 1651

Justa Gonçalves, a Togueira (erro de escrita?)

 

Tojeira – Alcunha – 1677

Manuel Gonçalves, o Tojeira (erro de escrita?)

 

Tomé – Topónimo

Tomé – forma popular de Tomás. Topónimo em Barcelos, Tomar, Viana do Alentejo. S. Tomé é freguesia em Vila Real e Santomé na Galiza. Sancti Tome em 1050 e Santo Tome em 1081.

 

Tomom – Topónimo

Almeida Fernandes nos C.V. tomo V, pág. 194, diz:

(convém reparar que encontro na Galiza um «mons» 569 Timoni LF 553, pré-romano, nome que evoluiria no nosso romanço em Timom, Temom, Tomom, certamente; e o mesmo com Timom, nome de um santo de Corinto ou, portanto, grego, celebrado a 19 de Abril, nome esse que ainda se usa entre nós no séc. XIII, 1220 «Dom Timon» IS 17. No entanto, por mais conforme com a fonética que os casos se nos apresentem, trata-se de mera paronímia a excluir in limine perante o caso indubitável da nossa forma antroponímica local 1258 Toymundi IS 315).

 

Torre – Topónimo – 1623

Torre – Topónimo frequente em nomes simples e compostos em Portugal e Galiza. Turre em 1062, Turrem em 1112 e Torre em 1112.

Também no plural. Pode significar ruina Castreja. Antigo Lugar da Freguesia.

 

Torto – Alcunha – 1707

Torto é alcunha, “Vesgo”, tornada topónimo.

Torto – Apelido, Alcunha do adj. Torto (de pernas ou olhos) em 1339. Topónimo Ribeiros, afluentes dos rios Degebe, Tejo, Mira, Douro...

Francisco Alves, o Torto (1707).

 

Toureiro – Alcunha – 1725

Domingos Casado, o Toureiro, do Lugar do Monte, morreu-lhe a mulher Violante Pereira.

 

Travessa – Topónimo

Travessas – Topónimo frequente na Galiza (Corunha, Lugo, Orense). Limite de Mazarefes com Vila Fria.

 

Tristeza – Alcunha – 1920

Regadia, veio de Vila Franca do Lima.

 

Troiano – Alcunha – 1751

Troiano – Latim Tardio Trojanu.

 

Troino – Alcunha – 1734

Ana Gonçalves, a Troina, viúva de Manuel Fernandes – 1769.

Troino – Topónimo de Setúbal, origem obscura liga a Troia.

 

Turesmas – Topónimo

Junto às Castelhanas.

 

Valadares – Topónimo

Valadares – Topónimo Abrantes, Monção, Viana do Castelo, V. N. De Gaia em 1100. Apelido, alcunha em 1274. Na Galiza (Corunha, Lugo e Pontevedra) e Valadares.

 

Veiga – Topónimo

Toda a zona baixa da margem esquerda de S. Simão.

 

Veiga de S. Simão – Topónimo

O nome vem da Capela erguida sobre as antigas ruinas da Igreja de S. Simão que foi paroquial da freguesia de S. Simão da Junqueira de Mazarefes.

 

Veigas – Topónimo

Veiga – Topónimo frequente no Norte e Galiza em formas compostas e simples, Veige em 960, Veiga em 1059, Vaige em 1134 e Veyga em 1155.

Veigas – frequente no Norte e Galiza.

 

Velho – Apelido – 1597

Maria Velha – 18/XII/1597

 

Velho – Alcunha – 1674

Domingos Miranda Xastre, o Velho

 

Velho – Topónimo

Topónimo frequente no Centro e Sul em nomes simples e compostos em 911.

Topónimo também em Belmonte, Chaves, Lagos, Monforte, Óbidos, Ansião...

Velhos – Topónimo em Alcoutim, Lisboa, Monção. No Brasil é rio (em Minas Gerais) em 1711.

 

Vendeiro – Alcunha

José Francisco, vendeiro, faleceu-lhe a mulher

 

Vermoim – Topónimo

Vermoim – Topónimo na Maia, Oliveira de Azemeis, Paredes de Coura, Penafiel, Santo Tirso, V. N. De Famalicão. Vermui em 994, 1129, 1220. Vermuy em 1258.

Bermoim – Paredes de Coura, na Galiza Bermuin (Corunha).

Almeida Fernandes explica:

Vermuim, com a escrita «oficial» mal orientada Vermoim (como quase tudo o que é oficial, sobretudo na toponímia), é um topónimo bastante frequente no Norte, o que concorda com a própria frequência do uso do respectivo antropónimo.

Trata-se do genitivo Veremundi sc. «villa» de Veremundus (baira + munths), nada tendo com um diminutivo Vermudinus, como do acento se poderia julgar.

Notável que a documentação exposta, com inversão cronológica que demonstra a oscilação que a evolução sofria ainda entre os séc. IX e o XI (neste parece que concomitantemente com a própria evolução, já plenamente romance, Vermuu > Vermuo), nos assevera as fases da evolução fonética: Veremundi > Veremudi > Vermudi (> Vermui> Vermuim).

 

Vinha D´Agra – Topónimo

 

Vinha de Riba – Topónimo

 

Violeiro – Alcunha

Violeiro – Topónimo Évora. Alcunha tornada topónimo.

 

Xedas – Alcunha

 

Zabumda – Alcunha

Rosa Violante – nascida em 1804

Topónimo Chamusca. Apelido em 1868, alcunha

 

Zé das Vacas – Alcunha

 

Zinão – Alcunha

Zinão – fúria, Zina - fúria, Zenão - nome Grego (2 filósofos).