Artur Coutinho
Sempre fui uma pessoa hiperativa desde criança e um doente de todas as coisas até à descoberta da fibromialgia em que comecei a tomar medicação que me acalmou a ansiedade das coisas imediatas, a dormir melhor, a não ser tão sofredor e mais parado na minha vida. É que afinal para as minhas doenças tinha encontrado um nome e um controle.
Hoje, apesar de tudo, embora mais parado vai girando à minha volta a compreensão dos amigos e vai andando como de umas penas de um rodízio de moínho bem agarradas e sem parar porque ao centro se encontra um visual obscuro para os outros, mas que para mim é o mistério da minha fé, do empenho que ponho em todas as coisas que faço.
Sinto-me muito feliz e acredito que este mistério é algo tão profundo na minha vida que por ele tenho conseguido algo que me faltava.
Depois vem o meu nome: a estrela dos Coutinhos, a cruz em diagonal, dos Rodrigues (de origem normalmente judaica?), a Águia a tentar a galinha, dos Araújos e a cabeça do negro com o gorro à volta da cabeça, como um judeu ou árabe, dos Amorins (também de origem judaica?).
Serei descendente de judeus convertidos?
Depois veio o coração que inflama e está por cima que se apaixona bem trespassado ou atravessado por uma cruz que conduz a uma chama que vai com fervor erguer os braços com os outros e com todos aponta a cruz que leva ao Céu.
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