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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

OS ORATÓRIOS

OS ORATÓRIOS

Os lugares apropriado para a oração nas casas eram conhecidos por Oratórios.
Nas casas mais antigas e nas de agora, há quem conserve um local com um sinal religioso, um oratório, um crucifixo, uma imagem de Nossa Senhora, ou o Santo de devoção da família.
Antigamente não havia casa em que não houvesse um oratório que era como uma pequena capela para o crucificado, para S Jerónimo ou uma Santa Bárbara, ou outros Santos que nas horas de aflição mais recorria a família.
Era o local mais digno da casa, normalmente na sala onde se recebiam as visitas ou se faziam as festas, os banquetes para a família ou amigos, almoços de bodas, ao lado do quarto destinado aos noivos. Quando a sala era pequena, então era feita a boda debaixo de uma latada…








Eram sinais simbólicos que muitas vezes até serviam de decoração e de gosto.  À frente do oratório colocavam uma, duas velas, ou/e flores.
Em situações difíceis da família, em frente ao oratório, rezava-se para obter as graças que pediam. Alguns enriqueciam o oratório com estampas de santos e santas, de várias invocações de nossa senhora. E as graças lá vinham!...
Hoje, com a materialização da sociedade estão em queda livre.
Algumas casas nem um simples sinal religioso têm, apesar de pedirem ao sacerdote a bênção da casa. Quer dizer que não estão alheios de todo à religião, mas talvez com uma fé pouco esclarecida, pouco coerente ou com preconceitos em se afirmar.
Tenho viajado por quase todo o mundo e encontro oratórios dentro de casa, ou à porta. Vi em países budistas e hindus pequenos altares, como símbolo da sua religião no logradouro da casa, à sua frente. À frente da entrada tinha o seu significado religioso, embora diferente do nosso.














Também há muitas casas por este mundo fora que dentro tinham ou têm um oratório e têm até junto a uma das janelas da casa alguma estampa em azulejo ou algum oratório embutido na parede de casa ou no muro do quintal.
Esta iniciativa é mais velha que “a sé de Braga”, mas no entanto, foi na idade média que começou a ser vulgar. Um armário, era uma minicapela.
Umas mais simples outras mais artísticas, conforme as posses da família.
Agora continuam-se a vender com novas formas, com novos materiais e melhores preços porque oratórios antigos em madeira hoje custariam muito dinheiro.
O oratório era como o sacrário da casa, da família, mas sem santíssimo.
Hoje já se vê como decoração do oratório o crucificado, o ressuscitado e lugar de uma bíblia.

No século XVI tiveram grande implementação através da Congregação do Oratório, “ fundada por São Filipe de Néri. Assim como S Inácio de Loiola da companhia de Jesus e os  irmãos hospitaleiros de S João de Deus, os Florentinos… como resposta aos protestantes colaboraram na incrementação desta iniciativa, através dos oratórios que não precisam de licença  do ordinário Diocesano, do Bispo. Apareceram também as capelas privadas que precisavam dessa licença, ou capela semipúblico, isto é, privadas com culto aberto ao público. Também existem oratórios que são documentos históricos importantes. Alguns estão recolhidos em museus, mas também não existem registos nem religiosos, nem civis destes documentos familiares. O mesmo se diga a propósito de algumas capelas particulares cheias de arte, vandalizadas para perderem o valor documental e consequentemente o seu valor material, às vezes com interesses inexplicáveis.

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