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sábado, 11 de julho de 2020

O Abade de Baçal

O Abade de Baçal
Nome sonante e sobejamente conhecido. Trata-se de Francisco Manuel Alves, nascido em Abril de 1865 e falecido em Novembro de 1947, fazendo este ano de 2017 setenta anos do seu falecimento, 152 anos do seu nascimento, em 5 de Abril.
Baçal é uma aldeia de Bragança que fica numa das ligações de Bragança à fronteira espanhola pelo lado de Portelo ou Rio Onor, isto é para o lado norte.
Esta aldeia fica situada na margem do rio Baçal, daí que não conhecemos se foi o rio que deu nome à povoação, que é pequena, pouco maior que a Aldeia de Dem, de Caminha, de mais ou menos com cerca de 400 habitantes.
O Abade de Baçal, ordenado em 1889, ficou memorável não só pela sua vida de pároco da aldeia onde nasceu, mas pelos seus livros e registos antropológicos, etnológicos, arqueológicos e históricos da sua região, assim como etimológicos e toponímicos.
O seu trabalho foi tão notório e importante para a Região de Bragança que a cidade fundou em 1935 o Museu com o nome do Abade de Baçal, que é um espaço cultural muito importante para quem visita Bragança. Este Museu foi feito em homenagem ao referido abade; na região é fácil entrarem testemunhos deste padre em sua homenagem.
O Abade escreveu bastantes livros sobre a região e a cidade em si. Várias reedições estão todas esgotadas, daí o interesse para o passado brigantino e melhor interpretação no presente da cultural da região.
Também a Escola de “Abade do Baçal” com origem em 1890, começou a designar-se por Escola Secundária de Abade de Baçal desde 1992.
O topónimo Baçal faz-me lembrar a presença de água e aí está, é uma povoação banhada pelo rio Baçal. A origem desta palavra é difícil, mas não terá nada a ver com bacalhau, nem com bacalla italiana, ou o bacalao espanhol, nem espinheta de bacalhau mais conhecida pelo calão punheta que hoje ainda é conhecida entre os luso-descendentes na Malásia, mais concretamente no Bairro dos portugueses em Malaca.
Alguns referem que Baçal terá origem na palavra bacanal, o que não será provável porque então teria origem em rituais pagãos da iniciação própria da adolescência perante a divindade Baco.
A morfologia deste topónimo pode beneficiar esta interpretação, mas o local de lutas celtas ou anteriores, de Viking, não se deve pôr de lado, de outras línguas anteriores épocas romanas, línguas mais primitivas.




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