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Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

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sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Notas e mais notas

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO I

 

A IGREJA ABERTA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IGREJA PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

 

 

1. A sua história

 

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima fazia parte de um antigo Convento das Carmelitas, conforme facilmente podemos depreender pelos vários sinais carmelitanos que ela conserva.

Foi em1778 que, a pedido do Dr. Correia Seixas, D. Maria I concedeu licença para se construir uma nova casa para as Carmelitas Descalças, o Convento do Desterro de Jesus Maria José. A mesma autorização foi dada pelo Arcebispo de Braga, D. Gaspar, e pelo Frei João de S. Joaquim (N.M.R.V. Geral).

Em 1779, o Padre Frei Manuel de S. João Evangelista deslocou-se de Coimbra a Viana e, depois de vencidas inúmeras dificuldades, adquiriu um terreno na Rua da Bandeira, local solitário, não distante da igreja do Carmo, apressando-se a construir o novo Carmelo. Foi arquitecto o irmão Frei Luís de Santa Teresa, tendo os trabalhos principais acabado em 1785. A 19 de Julho desse ano fixava-se a primeira comunidade, mesmo sem a obra se encontrar totalmente concluída.

A igreja, de notável beleza e gosto arquitectónico, foi benzida a 18 de Dezembro de 1792, ainda por acabar.

As primeiras religiosas que para cá vieram eram de Coimbra, Aveiro e Porto. Ao todo contavam-se oito entre professas e noviças. O fundador, o Cónego Correia Seixas, faleceu um ano depois, a 14 de Novembro de 1786.

A comunidade aqui instalada foi sempre exemplar e bem querida pela população. No entanto, a 19 de Março de 1804, devido às Invasões Francesas, receberam ordens para abandonar Viana, o que fizeram de imediato mas com muita dificuldade, pois a população quis se opor à partida das religiosas.

Durante a viagem de Viana até Lisboa, muitos foram os maus bocados por que tiveram de passar. Já em Lisboa foram recebidas no Convento da Estrela.

A 19 de Julho regressaram a Viana, tendo chegado a 27 do mesmo mês, depois de derrotadas as tropas francesas. As lágrimas da população na despedida converteram-se em alegres orações. Foi festa rija.

Um facto digno de registo é que os Franceses, tendo permanecido em Viana durante uns meses, nunca entraram no Convento, pelo que foi considerado um “milagre”.

Segundo o Padre José Luís Zamith, como o falecimento da última freira aquela comunidade foi extinta. O edifício foi então concedido ao Asilo de Órfãs e Desamparadas que até essa altura se encontrava instalado na mesma Rua da Bandeira, num local que depois passou a ser a Associação Nun’Alvares e onde hoje é o Centro de Cultura da Diocese de Viana do Castelo.

Com a permissão de benfeitores do Asilo, ainda permaneceram por muito tempo, numa dependência isolada do resto do pessoal, algumas pupilas (meninas do coro, professas clandestinas?). Mas, com a expulsão das religiosas em 1910, a igreja foi fechada ao público. Apesar disso, a Irmã Maria José conseguiu manter a chama, permanecendo naquele local até à sua morte em 1934, com 92 anos de idade. Este foi considerado um milagre da Madre da Conceição, segundo o Padre Zamith.

A igreja esteve muitos anos abandonada, fechada ao público e em completa degradação, desde a espoliação dos bens à igreja. No entanto, habitantes da Bandeira não conseguindo esquecer que tinham nascido à sombra da espiritualidade carmelita e à volta daquela igreja de portas trancadas, e movidos pela fé e pela saudade, abriram a igreja e trataram dela. Levaram a efeito alguns actos de culto, festas e, mais tarde, passaram a fazer dela um centro de catequese, a celebrar missa ao Domingo até à criação da Paróquia.

Era a “Comissão da igreja das Carmelitas” que tinha o livro de actas, que fazia as celebrações de primeiras comunhões, que organizava festas e que, à sombra desta igreja, animavam a fé e a vida, sobretudo a partir de 1949.

Em 1967, D. Francisco Maria da Silva - arcebispo Primaz de Braga - cria uma Paróquia sob a invocação de Nossa Senhora de Fátima, devido ao crescimento do aglomerado populacional desta zona este da cidade de Viana do Castelo. Nomeou, para o efeito, como Pároco o Padre António da Costa Neiva.

De acordo com vários documentos, podemos afirmar que o terreno para o convento e quinta anexa custaram dois milhões seiscentos e quarenta e nove mil reis.O risco de tribuna foi pago em 1784, assim como a planta que custou vinte e cinco mil e novecentos e dez reis. O total da obra do convento e da igreja importou em quarenta milhões trezentos e doze mil setecentos e trinta reis (40 312 730 reis).

Esta nova Paróquia celebrou condignamente os seus 25 anos de existência com grandes celebrações e foi confirmada pela provisão de D. Armindo Lopes Coelho em 18 de Outubro de 1985.

 

 

* A sua arquitectura

 

A igreja Paroquial de Nossa Senhora de Fátima caracteriza-se por apresentar uma mistura arquitectónica entre o estilo Barroco e o Neoclássico, próprio da época de D. Maria I.

A porta de entrada é encimada por um frontão triangular sobre o qual se rasga uma graciosa janela de múltiplos caixilhos, resguardada por forte gradeamento. No tímpano do grande frontão que remata todo o enquadramento da fachada encontra-se um brasão com as armas da Ordem: o monte Carmelo, a cruz e três estrelas.

O interior do templo, formado por uma só nave abobadada, produz no seu conjunto uma agradável sensação de elegância, com as esbeltas colunas e dourados do altar-mor, os seus valiosos retábulos e imagens de talha.

Ao entrarmos a porta principal, verificámos que existe realmente uma mistura de estilos: há linhas rectas e elementos rocailles muito simplificado, ao estilo de D. Maria; algumas grinaldas neoclássicas muito pobres, mísulas e remates com características de D. João V e de D. José e ainda elementos barrocos. Como exemplo dessa conjunção de estilos temos os retábulos onde podemos observar decorações neoclássicas, com remates tipicamente rocailles.

A igreja tem três altares laterais: ao entrar, do lado direito, aparece-nos o altar da Senhora do Carmo, cuja imagem se encontra ao centro sobre um mausoléu de Santa Filomena, dos lados estão as imagens de N.ª Senhora da Incarnação e de S. João da Cruz; depois do arco do cruzeiro, encontra-se, do lado esquerdo, o altar de N.ª Senhora das Dores, sentada junto ao crucifixo e ladeada por Santo Antão e S. Brás; ainda do lado direito, está o altar da Sagrada Família com as imagens de Jesus, Maria e José, S. Joaquim, Santa Ana, Santa Rita de Cássia, Santa Luzia e Santa Teresinha.

No retábulo principal, encontram-se duas valiosas imagens de grande vulto: a de Santa Teresa e a de S. José.

Todas as imagens são dos séculos XVIII e XIX à excepção da padroeira - Senhora de Fátima - que também se ergue em local de destaque sobre um plinto.

A fechar a tribuna, encontra-se um reposteiro em tela, pintado por um pintor popular e representando a fuga para o Egipto.

Na capela-mor, do lado direito, existe um grandioso parlatório e, junto deste, um comungatório. Esta capela tem três arcos torais e um outro brasão, o do padroeiro - Domingos Monteiro Albergaria (Cónego da Sé de Coimbra) -, na chave do arco do cruzeiro. Do brasão constam o Monte Carmelo, a Cruz e três estrelas.

Perfeitamente enquadrados no estilo da talha, que, apesar de não ser bem definida, é harmoniosa e dá uma certa beleza à igreja, existem dois púlpitos. Para lá chegar, entra-se pelo interior das bases do arco do meio.

O coro, com ligação para o Lar de Santa Teresa, antigo convento das Carmelitas, contém na sua abertura um arco em cantaria com motivos Joaninos e de D. José. No seu interior, ainda existe um rodapé em azulejos de origem.

Uma torre, bastante pequena em relação à altura da igreja, ergue-se do lado nascente, sensivelmente a meio, e um pouco mais alta que o templo. Embora tenha cinco sineiras, só lá existem dois sinos.

Hoje em dia, a igreja encontra-se assoalhada, tornando-se mais cómoda, pois aquilo que a prejudica é ser fria. No seu traço original, o chão era, como em tantas outras, em lajedo, com algumas pedras tumulares e um gradeamento, em forma de braços abertos, que separava a capela-mor até ao final dos altares laterais.

O contraste entre o corpo do edifício, destinado às religiosas, de construção sólida, austera e pesada, e o esplêndido lavrado da igreja, corresponde ao desejo tantas vezes manifestado por Santa Teresa: «para as suas carmelitas a pobreza e a simplicidade, para o seu Deus todo o lustre e riqueza que lhes fosse dado conseguir».

Assim temos descrita, muito sumariamente, esta igreja sede da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. Uma igreja sem cantos nem esquinas, airosa e oferecendo ao culto uma sensação de grandeza na sua verticalidade e horizontalidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO II

 

ALGUNS DADOS BIOGRÁFICOS

DO PADRE ARTUR COUTINHO

 

 

 

     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PADRE ARTUR RODRIGUES COUTINHO

 

Ser humano por excelência, alcançou a notoriedade pública, a admiração, o respeito e a estima dos seus paroquianos e concidadãos por fazer o Bem sem olhar a quem; por saber Ver as carências e os problemas que o rodeiam procurando sempre uma solução para eles; por pautar toda a sua actividade apostólica numa continuada e filantrópica atenção pelos outros.

É de realçar que essa sua actividade apostólica não se reduz apenas a actos de solidariedade social. Com efeito, o P.e Artur Coutinho consegue arranjar tempo para as mais variadas actividades desde o magistério; a investigação histórica, social e etnográfica; passando pelo incentivo a viagens e peregrinações aos mais diversos locais; pela organização e dinamização de seminários, jornadas, espectáculos, concursos; até à publicação de vários livros.

Todos o seu trabalho tem vindo a receber, ao longo dos anos, o devido reconhecimento por parte da Cidade de Viana do Castelo e não só.

 

 

Perfil Biográfico

 

* 07 de Janeiro de 1947 – Nascimento em Mazarefes, Viana do Castelo, filho de Manuel Ribeiro Coutinho, já falecido, e de Deolinda Rodrigues Araújo Amorim.

* 10 de Outubro de 1959 – Curso de Humanidades do Seminário Menor de Braga.

* 10 de Outubro de 1964 – Curso de Filosofia do Seminário de Santiago de Braga.

* 01 de Outubro de 1967 – Curso de Teologia do Seminário de Conciliar de Braga.

* 01 de Setembro de 1971 – Diácono cooperador em Balazar, Póvoa de Varzim.

* 04 de Outubro de 1971 – Conclusão do curso de Teologia do Seminário Conciliar de Braga.

* 01 de Fevereiro de 1972 – Director Interino da Casa dos Rapazes de Viana do Castelo.

* 09 de Julho de 1972 – Ordenação Sacerdotal na Igreja Paroquial de Apúlia, Viana do Castelo, pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Francisco Maria da Silva.

* 13 de Agosto de 1972 – Missa Nova no adro da Capela de Nossa Senhora das Boas Novas, em Mazarefes.

* 09 de Setembro de 1972 – Pároco das freguesias de Arga de Cima, Arga de Baixo, Arga de S. João e Dem, no concelho de Caminha.

* 01 de Setembro de 1973 – Funda duas Telescolas, uma em Dem e outra em Arga de Baixo.

* 1975 / 1976 – (ano lectivo) Frequência do 1º ano do curso de História, da Faculdade de Letras do Porto.

* 03 de Maio de 1978 – Exame  "AD HOC" em Linguística Portuguesa I na Universidade de Coimbra.

* 05 de Junho de 1978 – Exame "AD HOC" em Introdução aos Estudos Históricos e em Literarura Portuguesa V e VI na Universidade do Porto.

* 02 de Setembro de 1978 – Pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima em Viana do Castelo.

 

 

Profissionalização

 

* 10 de Outubro de 1973 a 30 de Setembro de 1978 – Professor Monitor do Instituto de Tecnologia Educativa.

* 01 de Outubro de 1978 a 31 de Agosto de 1991 – Professor Provisório de Relegião e Moral na Escola Secundária de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo.

* 1990 – (desde) Representante do Grupo de Educação Moral e Religiosa Católica.

* 01 de Setembro de 1992 – Professor do Quadro de Nomeação Definitiva de Educação Moral e Religiosa Católica na Escola Secundária de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo.

* 01 de Setembro de 1992 a 31 de Agosto de 1993 – Representante ao Conselho Pedagógico.

 

 

Actualização Cientifica e Pedagógica

 

* Conclusão dos seguintes cursos:

Ø Curso de Estudos em Psicologia Aplicada.

Ø Curso de Estudos Teológicos da Universidade Católica Portuguesa.

Ø Curso de Parapsicologia do Prof. Dr.Oscar Quevedo.

Ø Curso de divulgação Parapsicologia do Prof. Dr. Oscar Quevedo.

Ø Curso de Pastoral Social, organizado pela Cáritas do Porto (1 a 3 de Março de 1984).

 

* Participação nos seguintes Seminários,Simpósios e Conferências:

Ø Ética e Sociedade Contemporânea, promovido pela Universidade Católica Portuguesa , em Lisboa.

Ø Ética da Sexualidade em 27-02-1986, promovido pelo CPF.

Ø Iº Fórum dos Jovens Cristãos do Alto Minho subordinado ao tema "Juventude e Vocação no Futuro do Alto Minho", realizado entre 4 e 5 de Maio de 1995, em Viana do Castelo.

Ø Semana de estudos Teológicos subordinado ao tema "Visão Cristã da Solidariedade", levado a cabo pela Faculdade de Teologia de Braga, da Universidade Católica ,de 12 a 14 de Fevereiro de 1990.

Ø Semana de Relegião e Moral da Escola Secundária de S. Maria Maior, promovido pelo grupo de Relegião e Moral,em 1989.

Ø Iª Semana de estudos Teológicos subordinado ao tema "Nova Evangelização, Novos Pastores" promovido pela Faculdade de Teologia de Braga da Universidade Católica Portuguesa, entre 25 e 28 de Janeiro de 1993.

Ø IIª Semana de Estudos Teológicos subordinada ao tema "O Regresso dos Deuses", levado a efeito pelo Instituto Católico de Viana, em 1993.

Ø IIª Semana de Estudos Teológicos subordinado ao tema "Família e Igreja", promovido pela Faculdade de Teologia de Braga da Universidade Católica Portuguesa, em 1994.

Ø IIIª Semana de Estudos Teológicos subordinado ao tema "Boa Nova da Família", promovido pelo Instituto Católico de Viana, em1994.

Ø XIª Semana Nacional da Pastoral subordinada ao tema "Sida" , promovido pelo Secretariado Nacional da Acção Social e Caritativa,em Fátima, em1994.

Ø Acção de Formação Psicopedagógica promovida pelo Departamento do Ensino Relegioso nas Escolas, da Diocese de Viana.

Ø "A Arte e a Igreja, Ruptura ou Comunhão?" promovido pela Faculdade de Teologia de Braga da Universidade Católica Portuguesa.

Ø Seminário subordinado ao tema "Da Europa dos Cidadãos à Europa das Famílias".

Ø Seminário subordinado ao tema "Toxicodependências", promovido pelo Serviço de Prevenção e Tratamento da toxicodependência em 4 e 5 de Abril de 1995, em Lisboa.

 

* Organização das seguintes Jornadas:

 

Ø Jornadas da Família, no Ano Internacional da Família, de 24 de Março a 01 de Maio de 1994.

Ø Jornadas do Idoso, no Ano Europeu do Idoso, de 03 a 08 de Maio de 1993.

Ø Jornadas subordinadas ao tema "Tolerância Juventude", no Ano Internacional da Tolerância, em 1995.

Ø Jornadas "25 Anos de Paróquia", realizadas no âmbito do Jubileu da Paróquia de Nª. Sª. de Fátima, em 1992.

 

* Participação nas seguintes Jornadas e Congressos:

 

Ø Jornadas Nacionais de Acção Social, em Braga, promovidas pela Direcção Geral de Acção Social na Universidade do Minho, de 6 a 9 de Novembro de 1991.

Ø Jornadas Inter-Escolas subordinadas ao tema Viva a Escola, que decorreu na Escola C+S da Abelheira em Viana do Castelo, em 16 de Novembro de 1994.

Ø Jornadas sobre "O Papel da Família na Prevenção das Toxicodependências" levada a efeito em Coimbra de 16 a 18 de Junho de 1994.

Ø Congresso das Instituições Particulares de Solidariedade Social realizado entre 10 e 12 de Novembro de 1995.

Ø Congresso sobre Religiosidade Popular, em Couto de Ornelas, Boticas, entre 19 e 20 de Janeiro de 1985.

 

 

Actividades Pedagógicas

 

* Actividades docentes na área-escola:

 

Ø Orientação e Coordenação do trabalho subordinado ao tema "A Simbologia da Água", que foi apresentado em público pelos alunos perante os Pais, Professores e Colegas...

Ø Organização da Exposição de Cruzes e Crucifixos, na Escola.

Ø Organização do Colóquio sobre o Símbolo da Cruz, pelo Dr. Lourenço Alves.

Ø Estudo e apresentação de um Projecto para a Escola, como área extra--curricular, para três anos, subordinado ao tema “Educação para o Desenvolvimento” de carácter global e abrangendo acções interdisciplinares de todas as disciplinas.

 

Ø Orientação e organização, com alunos da Escola, das seguintes Viagens de Estudo:

-          Lisboa;

-          Santiago de Compostela;

-          Românico da Ribeira Lima;

-          Madrid, Salamanca, Sevilha

-          Picos da Europa;

-          Intercâmbio entre a Escola de St.ª Maria Maior e a Escola de Korschembroich.

 

Cargos diocesanos

 

* Membro do conselho Presbiteral da Diocese de Viana do Castelo, em Maio de 1979.

* Membro do Conselho de Consultores do Bispo de Viana do Castelo, de 28 de Abril de 1979 a 1983.

* Assistente Espiritual das Conferências Vicentinas, desde 20 de Janeiro de 1983.

* Membro da Cáritas Diocesana de Viana do Castelo, desde 01 de Abril de 1984.

* Director do Secretariado da Acção Sócio-Caritativa, desde 01 de Janeiro de 1984

* Eleito e nomeado Arcipreste de Viana, em 16 de Fevereiro de 1985 até Dezembro de 1987.

* Assistente Diocesano da Obra Kolping,  em 1986.

* Eleito e nomeado Arcipreste de Viana em 01de Janeiro de 1988 até 1990.

* Nomeado Representante da Igreja na Equipa Distrital do Projecto Vida, em 1990

* Capelão contratado, na Cadeia de Viana, durante 14 anos.

 

 

Participação em acções internacionais

 

Ø Participação, como Convidado pelo Estado de Korschembroich, numa mesa redonda no dia do Alemão, em 03 de Outubro de 1993, subordinada ao tema "A Unificação da Alemanha".

Ø Participação, como convidado pela Igreja Alemã, no Katholikentague (Congresso Católico Alemão), que se realizou entre 10 e14 de Setembro de 1986.

Ø Participação, em Roma, na festa de Canonização da fundadora das Irmãs Doroteias, Paula Franssinet, como convidado da respectiva congregação.

 

 

Fundação de Obras de Benificência

 

* Centro Social e Paroquial de Nª Srª de Fátima.

 

Ø Centro de Convívio;

Ø Centro de Dia para Idosos;

Ø A.D.I. (Assistência ao Domicílio Integrada);

Ø Centro de Deficientes "O Samaritano";

Ø S.A.D. (Serviço de Apoio ao Domicílio)

Ø Infantário de Nª Srª de Fátima;

Ø Berço de Nª Srª das Necessidades para Acolhimento de Bebés e Crianças Abandonadas ou de Alto Risco;

Ø OZANAN Centro de Juventude;

Ø Restaurante Social;

Ø ATL;

Ø Centro de Formação Artesanal;

Ø Refeitório Social para Vagos e Passantes;

Ø Posto Médico e de Enfermagem;

Ø CECAN/RD (Centro Comunitário de Apoio ao Necessita-do),  recolha e distribuição;

 

 

Intervenção em Obras de carácter Geral e/ou Social

 

* Restauro da Igreja de Arga de Baixo, em 1973.

* Estrada entre Arga de S.João e Arga de Cima,em 1974.

* Restauro da Igreja Paroquial de Arga de S.João, em 1974.

* Restauro da Capela de Nª Srª da Rocha, em 1976.

* Colaboração na cobertura da rede eléctrica na Serra D'Arga, em 1974.

* Restauro da Igreja de Arga de Cima, em 1975.

* Restauro da capela de Nª Srª das Neves, Dem, em 1976.

* Colaboração na cobertura da rede de telefones da Serra D'Arga, em 1976.

* Restauro da Capela de S.João de Arga, em 1977.

* Restauro da Capela de Santo Antão, Arga de Cima, em 1978.

* Construção da Residência Paroquial de Nª Srª de Fátima, em 1981.

 

 

Campos de Férias

 

* Todos os anos na Serra d’Arga com uma média de 50 jovens da paróquia e alunos da Escola, desde 1979.

 

 

Encontros e Viagens de Intercâmbio

 

* Organização de várias viagens de Intercâmbio com uma Paróquia Alemã.

* Acolhimento e organização de Intercâmbio em Portugal para dois grupos da Paróquia Alemã.

* Encontros de fim-de-senana para Jovens no Centro Paulo VI e Apúlia.

* Natal dos Sem Família, pelas 19 horas do dia 24, desde 1988

 

 

Organização de Peregrinações

 

* Lourdes;

* Terra Santa;

* Roma;

* Santiago de Compostela;

* Israel e Egipto;

* Fátima.         

            * Covadonga;

            * Virgem Macarena;

            * Lisieux;

            *Ávila;

            * Guadalupe;

            * Monserrat

 

 

Organização de Viagens Nacionais

 

* Madeira e Açores;

* Évora;

* Algarve;

* Mosteiro de Lorvão;

* Serra da Estrela;

* Trás-os-Montes;

* Amendoeiras em Flor;

* S. João d’Arga;

            * Portalegre.

            * Todo o Alto e Baixo Alentejo;

            * Beiras.

 

 

Organização de Viagens Internacionais

 

* Lurdes e Andorra;                                                      * Barcelona;

* Madrid, Salamanca, Tordesilhas e Ávila;                     * Salamanca;

* Macarena, Ávila e Sevilha;                                         * Andaluzia;

* Astúrias e Covadonga;                                              * Ceuta;

* Santiago de Compostela;                                          * Marrocos;

* Roma;                                                                      * Grécia;

* Polónia;                                                                    * Austria;

* Dinamarca;                                                               * Londres;

* Roménia e Bulgária;                                                  * Turquia;

* Praga;                                                                      * Tunísia;

* Malta;                                                                       * Paris;

* Luxemburgo;                                                             * Londres e Escócia;

* Rússia;                                                                     * Suécia;

* Alemanha;                                                                 * Holanda;

* Bélgica;                                                                    * Suiça;

* Hungria;                                                                    * Jugoslávia;

                * Paraguai;                                                                  * Uruguai;

* Argentina;                                                                 * Brasil;

* USA.

 

 

Louvores e Condecorações

 

* Louvado pela Assembleia de Freguesia de Dem, acta de 03 de Setembro de 1979.

* Louvor à obra social pelo Lions Clube de Viana, em13 de Maio de 1995.

* Condecorado com a Medalha de Cidadão de Mérito de Viana do Castelo, em 11 de Julho de 1997.

 

 

Membro das Seguintes Associações

 

* Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Alto Minho;

* Associação Portuguesa de Escritores com o Nº 861;

* Associação Portuguesa de Escritores e Livreiros Nº95188;

* Liga dos Amigos do Hospital Distrital de Viana do Castelo;

* Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo;

* Sócio-Fundador do Centro de Estudos Regionais, com o Nº 17;

* Sócio-Fundador da Conferência de S. Vicente de Paulo, na Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, com o Nº185;

* Sócio-Fundador da Sociedade Recreativa e Cultural de Mazarefes, fundada em 11 de Setembro de 1966;

* Sócio da Escola Desportiva de Viana do Castelo;

* Sócio do Clube do Coleccionador, com o Nº33865;

* Sócio do Lar de Santa Teresa, com o Nº740;

* Sócio da Casa do Minho, em Lisboa, com o Nº3505.

 

 

Actividades no Jornalismo

 

* Direcção:

 

Ø Director de "O Nosso Jornal", na Telescola, em Arga de Baixo, no concelho de Caminha,1974.

Ø Director do "Serra e Vale", de 1974 a1978.

Ø Director do "Paróquia Nova", desde 1993.

 

* Redacção:

 

Ø Redactor do "Serra e Vale", em 1972.

Ø Redactor do "Notícias de Viana", 1983.

 

* Outras:

 

Ø Corrector de Provas do "Notícias de Viana", de 1971 a 1972.

Ø Colaborador do "Serão", publicado em rodapé , dirigido por José Rosa Araújo, no Notícias de Viana.

Ø Várias entrevistas para a Rádio Renascença, Rádio Geice, Rádio Alto Minho,Rádio Vaticano e para a Rádio Televisão Portuguesa.

 
 
Obras publicadas

 

* Livros publicados:

 

Ø “Cancioneiro da Serra d'Arga”, 1ª e 2ª edição em 1982; 3ª edição em 1996;

Ø “Cidade de Viana, no Presente e no Passado, da Bandeira à Abelheira”, em 1986;

Ø “Paróquia, 25 Anos”, em 1992;

Ø “Oração em Família”, 1ª em 1994 e 2ª edição em 1995.

Ø “Mosaicos da Serra d’Arga”, em 1997.

 

* Trabalhos publicados:

 

Ø Trabalhos de Investigação publicados no espaço "Serão", no rodapé do Notícias de Viana, dirigido por José Rosa Araújo, subordinado aos seguintes temas:

-          As Inquirições em Mazarefes;

-          Os três Padroeiros de Mazarefes;

-          A Toponímia de Mazarefes;

-          A Casa das Marinheiras;

-          O Passal de Mazarefes ;

-          A Casa do Cirugião;

-          A Quinta do Bicho;

-          A Cestaria e o Artesanato de Mazarefes;

-          Os Pereiras de Mazarefes;

-          A Igreja Paroquial de Mazarefes;

-          A Residência Paroquial de Mazarefes;

-          Vários estudos Etnográficos;

-          Trabalho sobre a "Igreja Paroquial de Arga de S. João", publicado na Revista Caminiana Nº 12, em Dezembro de 1985.

-          Trabalho apresentado nas Jornadas da Família e publicado no Jornal Paróquia Nova, subordinado ao tema "A Paróquia como Espaço   de Apoio à Família".

-          Trabalho sobre o tema "Diagnóstico Social, Carências e Exclusões", apresentado na semana da Diocese, em 08 de Novembro de 1995.

 

 

Arte e Cultura               

 

* Espectáculos:

 

Ø Participação na organização do espectáculo "Marcos 9.37", Inserido no Ano Internacional da Criança, em 1979, que esteve em cena durante 11 sessões.

Ø Cânticos a Deus pelos Ciganos, em 30 de Março de 1985.

 

* Realização das seguintes exposições:

 

Ø Exposição de Medalhística, de 27 de Janeiro a 03 de Fevereiro de 1979.

Ø Exposição Filatélica, com carimbo do Iº Dia, de 24 de Novembro a 08 de Dezembro de 1979.

Ø Exposição de Fotografia, de 27 de Dezembro a 03 de Janeiro de 1982.

Ø Exposição, subordinada ao tema Ecumenismo em 10 de Setembro  de 1982.

Ø Exposição de Medalhas, Objectos e Imagens Marianas, de 13 a 20 de Setembro de 1985.

Ø Exposição Etnográfica,de 07 a 12 de Maio de 1992, no lugar da Abelheira.

Ø Exposição Retrospectiva 25 Anos de Paróquia, que decorreu entre 06 a 12 de Maio de 1992.

Ø Exposição de Selos e Postais Marianos, de 04 a 08 de Dezembro de 1992.

Ø Exposição Filuminaria, de 13 a 20 de Junho de 1994.

 

* Concursos:

 

Ø Concurso de Fotografias, em 1984, subordinada ao tema "PAISAGENS" do Minho.

Ø Concurso Quadras Populares, a nível Nacional, subordinadas ao tema "Redenção", em 1983.

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO III

 

ALGUNS DOCUMENTOS EPISCOPAIS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

D. JÚLIO TAVARES REBIMBAS, POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA, ARCEBISPO-BISPO DE VIANA DO CASTELO. ----------------------------------------------------------------------

..................................................................................................................................................................

Aos que esta Nossa Provisão virem, Saúde, Paz e Bênção.

..................................................................................................................................................................

FAZEMOS SABER que sendo necessário prover à cura de almas da paróquia de NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, do Arciprestado e cidade de Viana do Castelo, havemos por bem confiá-la aos cuidados pastorais do presbítero Artur Rodrigues Coutinho, que nomeámos pároco da mesma, com os direitos e obrigações inerentes a este múnus, segundo a Lei da Igreja e o que circunstâncias especiais aconselharem. Por mais este título, o consideramos nosso especial colaborador e asseguramo-lhe a confiança e auxílio indispensáveis ao bom desempenho da sua missão, assim como a estabilidade no ofício, que o bem das almas requeira. ----------------------------------------------------

Exerça ele de tal modo o seu ministério de ensinar, santificar e governar, que os fiéis e toda a comunidade paroquial se sintam, de facto, membros vivos da igreja diocesana e universal. Seja a sua actividade pastoral sempre penetrada de espírito missionário, para abranger, como deve, quantos vivem na paróquia. -------------------------------------------------------------------------------------------------

No desempenho do múnus de ensinar, pregue a Palavra de Deus a todos os fiéis, para que estes, fundados na fé, na esperança e na caridade, cresçam em Cristo e, reunidos na comunhão da Igreja, ofereçam ao mundo o testemunho de amor, que o Divino Mestre recomendou (cf. Jo. 13, 35). Seja diligente em garantir a todos uma adequada formação catequética e apostólica, e não descure a evangelização dos que ainda não conhecem Cristo. --------------------------------------------------------------

No trabalho de santificação das almas, procure que a celebração do Sacrifício Eucarístico seja o centro e o ponto culminante de toda a vida da comunidade cristã. --------------------------------------

Esforce-se ainda por que os fiéis se alimentem no espírito pela Graça de Deus, recebendo com devoção e frequência os Sacramentos e participando, de modo consciente e activo, na Liturgia.

No cumprimento do dever pastoral, procure conhecer bem o próprio rebanho e, sabendo-se ao serviço da Igreja, promova o progresso da vida cristã quer nos indivíduos, quer nas famílias, quer nas associações sobretudo de apostolado, quer ainda em toda a comunidade paroquial. Visite as famílias e as escolas, segundo as exigências do seu múnus pastoral; atenda diligentemente os adolescentes e os jovens; manifeste especial predilecção pelos pobres e pelos doentes, e seja sinal de amor de Cristo para com os mais desprotegidos e necessitados. --------------------------------------------

Mantenha-se unido aos outros sacerdotes e sinta-se co-responsável pelo bem de toda a Diocese. Lembre-se de que os bens materiais, adquiridos no exercício da sua missão, andam intimamente ligados ao múnus sagrado. Socorra, pois, generosamente as necessidades materiais da Igreja, segundo as próprias disponibilidades e as indicações superiores. --------------------------------------

Finalmente, esperamos que os paroquianos o recebam, como legítimo pastor, e o auxiliem no bom desempenho da sua missão. Todos se lhe devem unir, pela oração e pela actividade apostólica. Concorram para a sua côngrua sustentação, de modo que, liberto de absorventes preocupações económicas, possa dedicar-se inteiramente ao serviço evangélico da comunidade paroquial. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Esta nossa carta será lavrada em duplicado. Um exemplar servirá de título ao pároco e outro será arquivado na Cúria Diocesana. --------------------------------------------------------------------------------------

 

Dada em VIANA DO CASTELO, aos 2 do mês de Setembro do ano de 1978.

 

E eu P.e Gaudêncio José Gigante, Secretário da Câmara Eclesiástica, a subscrevi. -------------

 

 

D. JÚLIO TAVARES REBIMBAS, POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA, ADMINISTRADOR APOSTÓLICO DE VIANA DO CASTELO.

------------------------------  ×  ------------------------------

           Fazemos saber que, atendendo ao que Nos fora proposto pelo Rev.do Padre Artur Rodrigues Coutinho, Pároco de Nossa Senhora de Fátima, da freguesia de Santa Maria Maior, desta cidade de Viana do Castelo, por iniciativa da  “Fábrica da Igreja Paroquial” e mediante autorização do Ordinário, é criado o “CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA”.--------

······················································ ASSIM ·······················································

           HAVEMOS POR BEM, no uso da nossa jurisdição ordinária e nos termos do cân.100 §1º e do artigo 3º, alínea 1ª da Concordata firmada em 7 de Maio de 1940 entre Portugal e a Santa Sé, ERIGIR O “CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA”, da cidade, concelho e distrito de Viana do Castelo, o qual se propõe promover e entreajudar todos os habitantes da freguesia.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

APROVAR os respectivos Estatutos por que se há-de reger de futuro o sobredito Centro, os quais foram achados conforme às leis canónicas aplicáveis, constam de quatro Capítulos e vinte e sete artigos, dactilografados nos dois lados de cinco folhas de papel selado, numeradas, rubricadas e autenticadas com o selo branco em uso na Cúria Diocesana.---------------------------------------------------

Devem, todavia, ser feitas as seguintes alterações: o Artigo 2º do Capítulo I redigir-se-á do seguinte modo: “o Centro Social Paroquial poderá federar-se noutros organismos congéneres da Diocese, através dos quais conjuga a sua acção e procura orientação com as outras instituições de índole sócio-caritativa.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------

A alínea a) do Artigo IV do Capítulo I ficará assim redigida: “A natureza  unitária da pessoa humana e o respeito pela sua dignidade, segundo os princípios cristãos”. -------------------------------------

Para constar, Mandamos passar o presente Decreto de Erecção e Aprovação de Estatutos, que vai ser assinado e autenticado com o selo branco em uso  na Cúria Diocesana. ----------------------

 

VIANA DO CASTELO, sob o Sinal do Chanceler – Secretário Geral da Diocese, aos 26 de Março de 1982. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIOCESE DE VIANA DO CASTELO

          CÂMARA ECLESIÁSTICA

 

 

 

Rev.mo Senhor

Padre Artur Rodrigues Coutinho

Pároco de Nossa Senhora de Fátima

4900 VIANA DO CASTELO

 

 

 

Levamos ao conhecimento de Vossa Reverência, para os devidos efeitos, que tendo em atenção a sua proposta de 8 de Julho de 1983, -----------------------------

 

Havemos por bem confirmar a nomeação dos Senhores abaixo indicados, que formarão a COMISSÃO INSTALADORA DO CENTRO PAROQUIAL SOCIAL de Nossa Senhora de Fátima:

           

            Presidente: - Padre Artur Rodrigues Coutinho

            Outros membros: - Mário Rodrigues Peixoto Magalhães

  - Abílio Orlando F. Borja Serafim

   - José de Sousa Carneiro Martins

   - Henrique F. Marques Dias da Balinha.        

 

 

Com os melhores cumprimentos.

 

 

VIANA DO CASTELO, 8 de Agosto de 1983

 

 

                                                                      O Vigário Geral

                                  

                                               ( Monsenhor Carlos Francisco Martins Pinheiro)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

D. ARMINDO LOPES COELHO, POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA, BISPO DE VIANA DO CASTELO.------------------------------------------------------------------------------------------

 

..................................................................................................................................................................

 

FAZEMOS SABER que, atendendo ao que Nos requereram por parte do CENTRO PAROQUIAL SOCIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA,  com sede na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, freguesia de Santa Maria Maior, cidade e concelho de Viana do Castelo, erecto em pessoa moral, de harmonia com o Artigo III da Concordata firmada em 7 de Maio de 1940 entre a Santa Sé e a República Portuguesa, aos 29 dias do mês de Março de 1982,---------------------------------

HAVEMOS POR BEM os seu Novos Estatutos, pelos quais se vai reger de futuro, os quais constam de cinco Capítulos e de trinta e três Artigos, que estão dactilografados em ambos os lados de cinco folhas de papel selado, numeradas, rubricadas pelo Pároco actual P.e Artur Coutinho e pelo Monsenhor Carlos Pinheiro, Vigário Geral da Diocese, e autenticadas com o selo branco em uso na Cúria Diocesana. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Para constar, Mandamos passar o presente Decreto de Aprovação de Estatutos, que vai ser assinado pelo M. Rev. do Vigário Geral e que levará o selo branco que contém as Nossas Armas. ----

 

VIANA DO CASTELO, 24 de Agosto de 1983.

 

 

 

          

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


D. ARMINDO LOPES COELHO, POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA SÉ APOSTÓLICA, BISPO DE VIANA DO CASTELO.------------------------------------------------------------------------------------------

 

..................................................................................................................................................................   Aos que esta Nossa Provisão virem, Saúde, Paz e Bênção.

..................................................................................................................................................................

 

FAZEMOS SABER que, tendo-Nos sido requerida pelo Reverendo Padre Artur Rodrigues Coutinho, Pároco de Nossa Senhora de Fátima, cidade de Viana do Castelo, a aprovação dos órgãos sociais de “OZANAN – CENTRO DE JUVENTUDE”, e ----------------------------------------------------

De harmonia com os Estatutos deste Centro, ---------------------------------------------------------------

HAVEMOS POR BEM aprovar como Membros dos órgãos sociais de “OZANAN – CENTRO DE JUVENTUDE” os Senhores:--------------------------------------------------------------------------------------------           DIRECÇÃO:

Presidente: - Dr.ª Maria da Piedade Gonçalves Miguéis Cachadinha Araújo Gonçalves; -------

Vice-Presidente: - Rosa Fernandes Parente; ---------------------------------------------------------------           1ª Secretária: - Isabel da Conceição Aguiar Amorim Laranjo; ------------------------------------------       2º Secretário: - José Mendes Rodrigues Machado; -------------------------------------------------------       Tesoureiro: - José Alberto Martins Ferreira da Silva;------------------------------------------------------

CONSELHO GERAL:

Presidente: - P.e Artur Rodrigues Coutinho; -----------------------------------------------------------------

1ª Secretária: - Conceição Maria Carvalhido da Silva.----------------------------------------------------

 

VIANA DO CASTELO, sob o sinal do M. R. Vigário Geral, 18 de Março de 1988.

 

 

E eu _________________________________________________  Pelo Chanceler a subscrevi.-------

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

UFFICIO DELLE CELEBRAZIONI LITURGICHE

DEL SOMMO PONTEFICE

 

 

      

 

SACRARIUM APOSTOLICUM

 

 

Universis has litteras inspecturis fidem facimus Nos ex authenticis Reliquiis, quae apud Sacrarium Apostolicum servantur, extraxisse particulas ex

 

LIGNO CRUCIS SS.mi D. N. IESU CHRISTI

 

 

Easque in theca, crystallo munita, filo serico rubri coloris et sigilo nostro obsignata, collocasse.

Quas in ecclesia paroeciali Beatae Mariae Virginis de Fátima in oppido v.d. Viana do Castelo, dioecesis Vianensis Castelli, ad publicam venerationem exponi concedimus.

 

 

In quorum fidem has litteras a Nobis subscriptas et sigilo nostro munitas dedimus.

 

 

Ex Aedibus Vaticanis, die 19 Iulii 1995.

 

 

 

 

 

PETRUS MARINI

CELEBRATIONUM LITURGICARUM PONTIFICALIUM MAGISTER

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Caixa de texto: Dom José Augusto Martins Fernandes Pedreira

Bispo de Viana do Castelo


Fazemos saber que  tendo em conta o pedido que Nos foi proposto aos 06 de Junho de 1999 pelo Reverendo Padre Artur Rodrigues Coutinho, Pároco de Nossa Senhora de Fátima, do arciprestado de Viana do Castelo, e --------------------------------------
	de harmonia com o Artigo 10º, alínea 2 dos Estatutos do Centro Social Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, aprovados pelo Bispo Diocesano de Viana do Castelo aos 26 de Março de 1982, --------------------------------------------------------------------------------------------
	HAVEMOS POR BEM APROVAR A DIRECÇÃO e o CONSELHO FISCAL do CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, nos termos do Artigo 13º dos respectivos Estatutos, que ficarão assim constituídos: --------------------------
	DIRECÇÃO:
	Presidente: - P.e ARTUR RODRIGUES COUTINHO; ------------------------------------------
	Vice-Presidente: - Dr. JOSÉ FRANCO DE CASTRO--------------------------------------------
	Secretário: - Dr.ª NATÁLIA FERNANDES CASTELEJO; --------------------------------------
	Tesoureiro: - Eng.º ANTÓNIO VALERIANO ABREU MOTA; ---------------------------------
	Vogais: - EDITE BAPTISTA ALVES MARTINS; --------------------------------------------------
		 - Dr.ª MARIA TERESA RIBEIRO SALGUEIRO ALVES BARROSO; ------------
		 - Dr.ª MARIA AUGUSTA CADILHA XAVIER GONÇALVES MANSO. ----------
	CONSELHO FISCAL:
- Dr. MÁRIO RIBEIRO PEIXOTO MAGALHÃES; ------------------------------------------------
	- JOSÉ DE SOUSA CARNEIRO MATIAS; ---------------------------------------------------------
	- GASPAR FERREIRA DE SOUSA. -----------------------------------------------------------------
	VIANA DO CASTELO, Cúria Diocesana, 24 de Maio de 1999.
O VIGÁRIO GERAL:
( Monsenhor Dr. Sebastião Pires Ferreira)
	E eu ______________________________________________ , Chanceler da Cúria a subscrevi. -----------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 
Caixa de texto: Dom José Augusto Martins Fernandes Pedreira

Bispo de Viana do Castelo


Fazemos saber que  tendo em conta o pedido que Nos é feito pelo Reverendo Padre ARTUR RODRIGUES COUTINHO, Pároco de Nossa Senhora de Fátima, do concelho e arciprestado de Viana do Castelo, por requerimento datado de 10 de Outubro de 2000.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
	De harmonia com os Estatutos do OZANAN - CENTRO DE JUVENTUDE, devidamente aprovados,-------------------------------------------------------------------------------------
	HAVEMOS POR BEM APROVAR OS CORPOS SOCIAIS DO OZANAN - CENTRO DE JUVENTUDE, que durante o triénio de 2000/2002 ficarão assim constituídos: ----------
	DIRECÇÃO:
	PRESIDENTE: - Dr.ª Maria Piedade Cachadinha Gonçalves Araújo Gonçalves;--------
	VICE-PRESIDENTE: - P.e Artur Rodrigues Coutinho; ------------------------------------------
	SECRETÁRIO: - Rita Gonçalves Guerreiro; ------------------------------------------------------
	TESOUREIRO: - Abílio Orlando Fontaínha de Borja Serafim; -------------------------------
	Vogal: - José Mendes Machado. ---------------------------------------------------------------------
	CONSELHO GERAL:
	PRESIDENTE: - Dr.ª Conceição Carvalhido da Silva; ------------------------------------------
	SECRETÁRIO: - Rosa Gonçalves Parente. -------------------------------------------------------
	VIANA DO CASTELO, Cúria Diocesana, 16 de Outubro de 2000.
O VIGÁRIO GERAL:

( Monsenhor Dr. Sebastião Pires Ferreira)
	E eu ______________________________________________ , Chanceler da Cúria a subscrevi. -----------------------------------------------------------------------------------------------------

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 
Caixa de texto: Dom José Augusto Martins Fernandes Pedreira
Bispo de Viana do Castelo

PROVISÃO

Fazemos saber que, tendo em conta o pedido que Nos é feito pelo Reverendo Padre Artur Rodrigues Coutinho, Pároco de Nossa Senhora de Fátima, da cidade e concelho de Viana do Castelo, por requerimento datado de 17 de Dezembro de 2000, e --------------
de harmonia com as Normas do Direito Canónico, ----------------------------------------
HAVEMOS POR BEM APROVAR, para o triénio de 2001 a 2003, os MEMBROS DO CONSELHO PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, que serão os seguintes:
- P.e Artur Rodrigues Coutinho; -----------------------------------------------------------------
- P.e Manuel da Costa; ----------------------------------------------------------------------------
- P.e Joaquim Pereira Sequeiros; ---------------------------------------------------------------
- P.e Joaquim Teixeira; ----------------------------------------------------------------------------
- Arq.º Luís Viana; ----------------------------------------------------------------------------------
- Eng.º Manuel Veiga de Oliveira; --------------------------------------------------------------
- Eng.º Joaquim Flores; ---------------------------------------------------------------------------
- Hugo Santos; --------------------------------------------------------------------------------------
- Dr.ª Maria de Lurdes Vieira; -------------------------------------------------------------------
- Júlia Cerqueira; -----------------------------------------------------------------------------------
- Joaquim Gomes; ----------------------------------------------------------------------------------
- José Martins; ---------------------------------------------------------------------------------------
- Dr.ª Piedade Gonçalves; ------------------------------------------------------------------------
- Rita Guerreiro; -------------------------------------------------------------------------------------
- José Machado; ------------------------------------------------------------------------------------
- Conceição Martins; -------------------------------------------------------------------------------
- Joel Carvalho; -------------------------------------------------------------------------------------
- José Simões; --------------------------------------------------------------------------------------
- Francisco Viana; ----------------------------------------------------------------------------------
- Fernanda Gomes; --------------------------------------------------------------------------------
- Pedro Castel Branco; ----------------------------------------------------------------------------
- Dr.ª Natália Castelejo; ---------------------------------------------------------------------------
      - Dr. Albino Ramalho; ------------------------------------------------------------------------------

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


          

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caixa de texto: - Emílio Rodrigues; --------------------------------------------------------------------------------
- Dr. Armando Sobreiro; --------------------------------------------------------------------------      
- Fernando Pereira; --------------------------------------------------------------------------------       - Ilda Belo; ------------------------------------------------------------------------------------------- - Rosário Esteves; ---------------------------------------------------------------------------------
      - Aníbal Esteves; ----------------------------------------------------------------------------------  - Felisberto Eira; ------------------------------------------------------------------------------------ Dr. Salvador Peixoto; ---------------------------------------------------------------------------- 
- Elsa Fernandes. ----------------------------------------------------------------------------------
E, para constar, Mandamos passar a presente Provisão, que será assinada pelo Ilustríssimo e Reverendíssimo Senhor Vigário Geral da Diocese e autenticada com o selo branco que contem as Nossas Armas. ------------------------------------------------------------
            VIANA DO CASTELO, Cúria Diocesana, 28 de Dezembro de 2000.
O VIGÁRIO GERAL

(Monsenhor Dr. Sebastião Pires Ferreira )
E eu ___________________________________________ , Chanceler da Cúria a subscrevi. -----------------------------------------------------------------------------------------------------
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


CAPÍTULO IV

 

A PARÓQUIA E A CATEQUESE

 

 

 

            Do sucesso da Catequese depende todo o futuro da jovem Paróquia de Nossa Senhora de Fátima: só uma Catequese dinâmica pode gerar, no futuro, uma comunidade activa e cativante... É que não podemos esquecer que as crianças que hoje frequentam a Catequese serão, um dia, adultos que, na sua maioria, só contribuirão para este dinamismo comunitário se lhes forem incutidos, desde tenra idade, os valores cristãos.

            Na área da formação infantil e juvenil, a Catequese é uma área que interessa muito particularmente ao P.e Coutinho. Ora vejam lá que até promoveu vários concursos, nas Escolas Primárias, dos quais registamos alguns.

            Naturalmente, por este meio ele atinge as crianças que não frequentam a Catequese.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
CATEQUESE

 

 

“SEMINÁRIO – JUVENTUDE- VOCAÇÕES

NO ANO INTERNACIONAL DA TOLERÂNCIA”

 

 

 

1994-1995

PARÓQUIA DE N.ª Sr.ª DE FÁTIMA

 

 

 

 

 

 

PROGRAMA DA CATEQUESE

 

Objectivos Gerais

 

1.º  Sensibilizar todos os catequistas para o tema “Educação da fé na Família”.

2.º Consciencializar os pais do seu dever como educadores na fé e na vida social.

3.º Desenvolver actividades na catequese que suscitem a participação dos pais e um maior empenho das crianças.

 

Tema Central: “Seminário – Juventude - Vocações dentro do Ano Internacional da Tolerância”.

 

 

1º- Sensibilização

 

* Ampliar as possibilidades de realização das reuniões dos grupos dos catequistas tendo em conta as mais diversas hipóteses de acção (semanalmente, quinzenalmente, ...).

* Investir na formação permanente dos catequistas nas seguintes áreas: Pedagógica – Psicológica – Teológica.

*   Fomentar um maior diálogo entre pais e catequistas.

 

2º- Consciencialização

 

* Consciencializar as Famílias da sua importante posição enquanto suporte básico de transmissão de valores tais como o respeito pelo outro, a capacidade de convivência e a solidariedade.

*  Oração Familiar nos tempos fortes: Advento, Quaresma, Páscoa, etc.

*  Suscitar interesse e participação nos dias dedicados às Missões e Vocações.

 

3º- Actividades

 

* Despertar nas crianças e adolescentes da catequese o interesse sobre os seguintes temas:

· Racismo – Xenofobia – Meio Ambiente;

· Descoberta da presença “religiosa” no nosso meio;

· Respeito pelas diversas culturas inseridas na mesma comunidade

* Reuniões de formação para os pais (Como ajudar os pais para poderem realizar o acompanhamento na fé dos seus filhos).

* Apresentar um desdobrável com o essencial das características das crianças e adolescentes, nas suas diferentes etapas, dentro do campo da psicologia, religião, social e na catequese.

*  Convívios e passeio da catequese pais – crianças – catequistas.

· Maior empenhamento dos catequistas na animação da Eucaristia;

·  Participação das crianças no ensaio dos cântico com o coro dos  jovens;

·   Participação e preparação das leituras;

·   Participação preparação das diferentes festas da catequese.

 

 

1º Encontro com os Pais:

           

* Pré, 1º, 2º – Tema: “Orientação e acompanhamento dos pais na iniciação da fé nas crianças”;

            * 3º, 4º, 5º, 6º – Tema: “Os pais enquanto forte testemunho de vida na caminhada da fé dos filhos”;

            * 7º, 8º, 9º, 10º – Tema: “Família lugar de encontro e de participação de diferentes visões de um mesmo mundo”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Caixa de texto: CATEQUESEEDUCAÇÃO

 

 

            PARÓQUIA N.ª Sr.ª de FÁTIMA

                   VIANA DO CASTELO

 

 

 

 

 

 

 

ASPECTOS DE NATUREZA PSICOLÓGICOS

        

 

 

Aos Pais das Crianças da Catequese

 

Aquilo que se pretende é dar a conhecer algumas características do funcionamento cognitivo, sócio/moral e de personalidade, das crianças dos diferentes grupos etários que frequentam a catequese. Deve salientar-se que o que aqui é apresentado se refere a comportamentos da generalidade das crianças, não tendo que ser obrigatoriamente assim. O nosso objectivo é ajudar o educador a ser um facilitador do desenvolvimento harmonioso da criança.

 

Para facilitar esta exposição, dividiremos as crianças em três grandes grupos etários:

 

 

 

2 – 6/7 anos

 

 

- Neste período o pensamento da criança está fundamentalmente dominado pela percepção e pelo egocentrismo, daí que  toda  a interpretação  da  realidade  seja  de algum modo limitada.

- Do ponto de vista social tem grande  dificuldade em obedecer às regras sendo-lhe difícil compreender a razão da existência das mesmas.

- Para estas crianças a autoridade do adulto é absoluta sendo os seus comportamentos baseados no desejo de evitar a punição.

- Os actos são julgados pelas suas consequências e não pelas intenções .

 

 

 

 

Jesus é o amigo - Catequese

 

7 – 12 anos

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- Estamos perante um período de grandes mudanças cognitivas em que a criança já é capaz de operações mentais.

- Todo o pensamento da criança é baseado em factos e situações concretas.

- Em termos sociais, a criança já é capaz de cumprir regras.

- Mas a sua compreensão de regra é literal e concreta.

- Assim, a regra é entendida de uma forma rígida, arbitrária e não modificável.

 

 

Ser Cristão é seguir Jesus - Catequese

 

- Este é um período de transformações acentuadas dada a natureza e quantidade de mudanças (físicas, intelectuais, morais e sociais) a viver pelo adolescente.

- Neste período, sendo capaz de pensar sobre hipóteses e de se abstrair, o adolescente vai “deslumbrar-se” com as suas novas capacidades.

- Ao contrário do que seria de prever, esta situação vai dificultar as suas relações com os outros, principalmente com o adulto por quem se sente incompreendido.

- Outro aspecto importante destas idades é o relevo que, em termos de socialização, tem o grupo de companheiros ou amigos.

 

 

Jesus Amigo e Modelo que responde às inquietações e com Ele se compromete pessoalmente – Catequese.

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


     CRESCER

é um processo contínuo de desenvolvimento físico e cultural, que avança, fase após fase, numa sequência ordenada. A educação tem como objectivo ajudar a desenvolver plenamente as qualidades e capacidades da criança e do jovem permitindo a construção de uma personalidade equilibrada e adulta.

 

     NA FÉ

o crescimento é um processo contínuo de desenvolvimento espiritual. A formação moral da consciência faz-se a partir dos primeiros anos. A criança aprende observando os outros. Ela imita os adultos, especialmente, os pais. É com eles que aprendem a ser honestos, trabalhadores, amigos dos outros, a frequentarem a igreja, a participar na missa dominical, a receberem os sacramentos...

A formação da criança e do jovem na sua integridade – corpo e alma – proporciona a síntese que os ajuda a integrar os valores cristãos e a vida.

 

 

     CATEQUESE

é o ensino ordenado das verdades fundamentais da Fé; conduz ao entendimento do plano de Deus na vida do Homem, criando gradualmente o alicerce para as várias dimensões da vida cristã na fé adulta.

 

 

     NA PARÓQUIA

célula da Igreja, formada pelos crentes que vivem em comunidade, ligados entre si pela Fé, amadurecendo-a pela Palavra de Deus, que se manifesta na vida de partilha, serviço e caridade, e que tem 6 fases:

 

1ª fase – Iniciação ao Mistério Cristão;

2ª fase – Ser discípulo de Jesus;

3ª fase – Aprofundamento da Fé;

4ª fase – Procura do sentido cristão da vida;

5ª fase – Compromisso cristão

6ª fase – Aprofundamento, actualização e vivência.

 

 

Consulte programas específicos para crianças, adolescentes e adultos.

 

 

Secretariado da Catequese Paroquial com a colaboração de Carlos Loureiro, Floriza Alves e Augusta Manso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Caixa de texto: CATEQUESE
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


“O 3º Milénio uma aposta cristã

para formar e dignificar o Homem”

 

1995-1996

PARÓQUIA DE N.ª S.ª DE FÁTIMA

 

 

 

PROGRAMA DA CATEQUESE

 

Objectivos Gerais

 

1.º  Sensibilizar todos os catequistas para o tema “Educação da fé na Família”.

2.º Consciencializar os pais do seu dever como educadores na fé e na vida social.

3.º Desenvolver actividades na catequese que suscitem a participação dos pais e um maior empenho das crianças.

 

Tema Central: “O 3º Milénio uma aposta cristã para formar e dignificar o Homem”.

 

 

1º- Sensibilização

 

* Ampliar as possibilidades de realização das reuniões dos grupos dos catequistas tendo em conta as mais diversas hipóteses de acção (semanalmente, quinzenalmente, ...).

* Investir na formação permanente dos catequistas nas seguintes áreas: Pedagógica – Psicológica – Teológica.

*   Fomentar um maior diálogo entre pais e catequistas.

 

2º- Consciencialização

 

* Consciencializar as Famílias da sua importante posição enquanto suporte básico de transmissão de valores tais como o respeito pelo outro, a capacidade de convivência e a solidariedade.

*  Oração Familiar nos tempos fortes: Natal e Páscoa.

*  Suscitar interesse e participação nos dias dedicado ao Vicentino e à Cáritas.

* Estudar com os Vicentinos a hipótese da fundação de uma Conferência Vicentina para catequisandos.

 

 

3º- Actividades

 

* Despertar nas crianças e adolescentes da catequese o interesse sobre os seguintes temas:

· Pobreza, Marginais e Excluídos Sociais;

· Descoberta da presença “religiosa” no nosso meio;

· Respeito pelas diversas culturas inseridas na mesma comunidade.

 

* Reuniões de formação para os pais (Como ajudar os pais para poderem realizar o acompanhamento na fé dos seus filhos).

* Apresentar um desdobrável com o essencial das características das crianças e adolescentes, nas suas diferentes etapas, dentro do campo da psicologia, religião, social e na catequese.

*  Convívios e passeio da catequese pais – crianças – catequistas.

 

·   Maior empenhamento dos catequistas na animação da  Eucaristia;

·  Participação das crianças no ensaio dos cântico com o coro jovem;

·   Participação e preparação das leituras;

·   Participação preparação das diferentes festas da catequese.

·   Utilização de meios audiovisuais na ilustração dos temas.

 

 

1º Encontro com os Pais:

           

* Pré, 1º, 2º – Tema: “O seu filho e os conteúdos da catequese para a 1ª comunhão”;

            * 3º, 4º, 5º, 6º – Tema: “Conheça o seu filho no crescimento da fé e à entrada na adolescência”;

            * 7º, 8º, 9º, 10º – Tema: “O jovem e a família na maturidade cristã”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CATEQUESE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JUBILEU DA PAZ

A PARTIR DA EUCARISTIA

 

1999/2000

PARÓQUIA DE N.ª Sr.ª DE FÁTIMA

 

 

PROGRAMA DA CATEQUESE

 

Objectivos Gerais

 

1.º  Sensibilizar todos os catequistas para o tema “Jubileu da Paz a partir da Eucaristia”.

2.º   Consciencializar os pais do seu dever como educadores dos filhos.

3.º  Promover actividades na catequese que suscitem a participação dos pais e um maior empenho das crianças.

   Ajudar os catequistas a desenvolver as aptidões, a adquirir mais formação, a aprofundar os seus conhecimentos para melhor viver e testemunhar.

 

Tema Central: “Jubileu da Paz”.

 

A) Despertar

 

* para a assiduidade nas reuniões de catequistas e/ou outros meios de comunicação tendo em vista a realização de um trabalho em conjunto;

* para uma auto-avaliação do catequista (princípios, opções de vida, intervenção na comunidade, ...);

* para formação e reciclagem dos catequistas nas diversas ciências humanas e religiosas;

* para a colaboração activa dos pais na catequese.

 

B) Criar

 

 Situações de catequese em campo:

* Actividades com base no contacto com a Natureza;

* Actividades a partir da contemplação da Natureza;

* Caminhadas;

* Sessões ao ar livre;

* Momento de oração em contacto com a natureza;

* Celebração da Eucaristia ao ar livre.

C) Descobrir

 

 Sendo a família a primeira célula de formação espiritual de um indivíduo, a catequese vem sugerir programas que de alguma forma colmate a sua ausência:

* promover a descoberta de modelos educacionais

* criar novos tecidos de inter-relação, inventando novas redes familiares, desenvolvendo relações saudáveis e gratuitas a partir da Eucaristia.

 

D) Viver

 

  A Catequese em campo:

 

a) Experiência de fé pessoal:

* envolver-se na imagem de Deus Pai, que ama até ao fim;

* aprender a interpretar a maravilhosa Criação de Deus: o Universo;

* respeitar a Natureza e envolver-se com ela;

* perceber a importância dos nossos comportamentos ambientais;

* assumir responsabilidades próprias;

* revisitar dentro de nós próprios;

* amadurecer atitudes.

 

b) Experiência de fé comunitária:

* relacionar-se com... mais do que pensar sobre...;

* olhar de outro modo o que nos rodeia: dar um sentido novo às pequenas coisas;

* ligar-se ao tempo, à Natureza, aos outros, ...;

* abandonar os restos e valorizar o essencial;

* libertar-se de amarras secundárias;

 

c) Oração familiar e partilha nos tempos fortes: Natal, Páscoa e Mês Pequenino

* encontro com os pais, catequistas e pároco;

* convívio - passeio da catequese com os pais, crianças e catequistas;

* celebração das Festas do Natal, Páscoa e Fim de Ano, pelos diversos sectores da Catequese: primeira Comunhão, Comunhão Solene e Crisma.

 

d) Animação extensiva a todas as idades

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 


Paróquia de N. Sr.ª de Fátima

4900 Viana do Castelo

Tel.: 23029-24722

 

 

 

 

CONCURSO

 

            A Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima vai promover um Concurso subordinado ao tema “Natal e Família”, nos termos do regulamento em anexo, para as escolas do Ensino Básico da área paroquial.

            Trata-se de uma iniciativa enquadrada na esfera da catequese paroquial, na área escolar, em colaboração com as escolas, e de muito interesse para estímulo à expressão plástica das nossas crianças, a propósito dum tema muito querido para os cristãos.

 

REGULAMENTO

 

  1. Podem concorrer todas as crianças das 1ª e 2ª fases das escolas do Carmo e da Abelheira, ou de outras escolas da cidade desde que sejam crianças que morem nesta paróquia.

 

  1. Os trabalhos serão apresentados em folhas de papel A4, ou de papel cavalinho, e corresponderão apenas a desenho e pintura com uma frase sobre algo que relacione o NATAL e FAMÍLIA.

 

  1. Os trabalhos só serão identificados no verso com o nome do aluno, idade, fase, ano e escola.

 

  1. Todos os trabalhos deverão ser entregues até ao dia 10 de Dezembro, no cartório.

 

  1. De 10 a 15 de Dezembro,  os trabalhos serão classificados por um júri especializado que atribuirá o 1º, 2º e 3º prémio a cada fase.

                 

  1. a) De 15 a 20 de Dezembro, os trabalhos serão todos expostos numa das salas do Ozanan – Centro de Juventude.

b) Os premiados serão anunciados a 19 de Dezembro.

 

7.  Os prémios serão entregues no dia 10 de Janeiro.

 

8.   Às escolas será atribuído um prémio de participação, como no ano anterior.

 

9.   A decisão do júri é soberana e não admite recurso.

 

    10.   Os trabalhos ficarão na posse da Paróquia.

 

    11.   Cada participante poderá concorrer com 3 trabalhos, no máximo.

 

12.  Os casos omissos neste regulamento serão analisados e posteriormente esclarecidos pela organização deste concurso.

 

CONCURSO

 

 

            A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima vai promover um Concurso subordinado ao tema “Páscoa e Tolerância”, nos termos do Regulamento em anexo, para as escolas de ensino da área paroquial.

            Trata-se de uma iniciativa enquadrada na esfera da catequese paroquial, na área escolar, em colaboração com as escolas, e de muito interesse para estímulo à expressão plástica das nossas crianças, a propósito dum tema muito querido para os cristãos.

            Como o tema da pastoral paroquial - “Seminário, Juventude e Vocação no Ano Internacional da Tolerância” - é um tema de difícil compreensão, na sua globalidade, para as crianças, pareceu-nos razoável que a história bíblica de Zaqueu (Lc.19,1 – 10) fosse uma imagem fácil para enquadramento dos aspectos mais importantes da temática: por um lado um jovem, um pecador, um convertido e, por outro, o amor misericordioso, a tolerância, a mudança de qualidade de vida...

            Apresentamos, de seguida, alguns aspectos introdutórios e psicopedagógicos que poderão auxiliar os senhores professores na motivação das crianças para o trabalho.

                        * Toda a vida de Jesus foi revelação do amor de Deus que é misericordioso, clemente e compassivo. Muitas vezes afirmava que não são os sãos que precisam de médico mas sim os doentes. Escolheu para o grupo dos Seus amigos mais íntimos um que era considerado pecador público: Mateus, o publicano. A Sua convivência com os pecadores escandalizava os puritanos do Seu tempo, mas o acolhimento que lhes fazia era ponto de partida para a sua conversão. É este o caso da Samaritana, de Maria Madalena... que descobrem em Jesus o amor misericordioso de Deus. É este também o caso de Zaqueu.

                        * A presença de Jesus em casa de Zaqueu desperta nele um desejo de mudança de vida. Perante o amor de Deus não se pode ficar indiferente. É isto que provoca a conversão: Deus vem ao encontro do pecador, este acolhe-O e a sua vida muda.

                        * O episódio de Zaqueu não é um acontecimento isolado na vida de Jesus. Acontece o mesmo com a mulher adúltera a quem Jesus pergunta se ninguém a condenou e acrescenta: “nem Eu te condeno. Vai e doravante não tornes a pecar” (Jo 8,11).

* Sendo o pecado entendido como recusa do amor de Deus, a conversão será exactamente o acolhimento desse amor. Isto significa que o poder do amor de Deus vence, de uma vez por todas, o pecado do Homem. Se o pecado nasce do coração do Homem, o amor brota do coração de Deus.

* Toda a história da salvação se resume nisto mesmo: Deus vem ao encontro do pecador para que ele se converta e viva.

 

 

Texto Evangélico: Lc. 19,1–10

 

“Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade. Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava ver Jesus e não podia por causa da multidão, por ser de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a um sicómoro para O ver, porque Ele devia passar por ali. Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu, desce depressa, pois tenho de ficar em tua casa». Ele desceu imediatamente e recebeu-O cheio de alegria. Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-Se em casa de um pecador. Zaqueu de pé, disse ao Senhor: «Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres, e, se defraudei alguém em qualquer coisa, devolver-lhe-ei quatro vezes mais». Jesus disse-lhe: «Veio hoje a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido».

           

* Este anúncio da acção libertadora do amor de Deus, pode ajudar a cultivar a esperança na força redentora de Jesus. Apesar de sermos pecadores, Deus ama e perdoa. Se Deus faz assim connosco, com que direito somos nós intolerantes, intransigentes?

* Se manifestarmos atitudes de tolerância e amor, sem acepção de pessoas, as crianças verão nisso uma imagem que revela o amor de Deus. Isto facilitará que entre as crianças haja também a capacidade de perdão, amizade e relacionamento fraterno, como é próprio dos filhos de Deus.

* A criança vai desenvolvendo a capacidade racional e o sentido crítico. Começa a aperceber-se da realidade de bem e mal que existe em si mesma e nos outros. O ambiente que a rodeia é decisivo na aquisição de critérios de discernimento. Assim, um ambiente de acolhimento, compreensão e amor gera atitudes de serenidade, bem e paz; um ambiente contrário provoca agressividade e mal.

* O episódio de Zaqueu e a análise das atitudes de Jesus para com ele, ajudam a tomar consciência do mal que existe no coração humano e favorecem a grande compreensão do amor de Jesus para com o pecador.

* Depois da apresentação do texto Evangélico, fazer por atingir alguns objectivos de perdão, tolerância (a aceitação dos outros: pobres, deficientes, culturas, raças e religiões diferentes), compreensão, amor, fraternidade...

* Centrar a ideia no Zaqueu, na árvore, o motivo que o levara a subir à árvore, o que disse Jesus a Zaqueu, o que nos diz hoje a nós, o pecado e o pecador.

 

 

 

REGULAMENTO DO CONCURSO

 

 

  1. Podem concorrer todas as crianças das 1ª e 2ª fases das escolas do Carmo e da Abelheira, ou de outras escolas da cidade desde que sejam crianças que morem nesta paróquia.

 

  1. Os trabalhos serão apresentados em folhas de papel A4, ou de papel cavalinho, e corresponderão apenas a desenho e pintura com uma frase sobre algo que relacione o Páscoa e Tolerância.

 

  1. Os trabalhos só serão identificados no verso com o nome do aluno, idade, fase, ano e escola.

 

  1. Todos os trabalhos deverão ser entregues até ao dia 21 de Março, no cartório.

 

  1. De 21 a 30 de Março, os trabalhos serão classificados por um júri especializado que atribuirá o 1º, 2º e 3º prémio a cada fase.

 

6.  a) De 01 a 05 de Abril, os trabalhos serão todos expostos numa das salas do Ozanan – Centro de Juventude.

      b) Os premiados serão anunciados a 01 de Abril.

 

7.   Os prémios serão entregues no dia 9 de Abril.

 

8.   Às escolas será atribuído um prémio de participação, como no ano anterior.

 

9.   A decisão do júri é soberana e não admite recurso.

 

    10.   Os trabalhos ficarão na posse da Paróquia.

 

    11.   Cada participante poderá concorrer com 3 trabalhos, no máximo.

 

12.   Os casos omissos neste regulamento serão analisados e posteriormente esclarecidos pela organização deste concurso.

 

 

 

          Secretariado Paroquial da Catequese

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 Paróquia de N. Sr.ª de Fátima

4900 Viana do Castelo

Tel.: 23029-24722

 

 

 

 

 

CONCURSO

 

“Um tema para o ano de Pastoral de 1995 /1996”

 

 

O programa de actividades pastorais duma Paróquia deve envolver o máximo de paroquianos. É por isso que existe um Conselho Pastoral, com cerca de 30 elementos eleitos e representativos, que se reúne e reflecte sobre a orientação a dar à pastoral duma paróquia.

Este ano, o Conselho Paroquial de Pastoral já reuniu a fim de reflectir sobre o programa de pastoral a iniciar em Setembro. Nessa reunião algo foi lançado como peça importante a ter em conta na determinação do Conselho para o próximo ano: o problema do 3º Milénio e a Erradicação da Pobreza.

Por tudo isto, e tendo em conta que os organismos da Paróquia estão em reflexão para a programação do próximo ano de pastoral, o Pároco, inspirado num concurso sobre “Um slogan para Viana”, tomou a iniciativa de o(a) consultar sobre o tema da pastoral que presidirá às actividades a incluir no referido programa de pastoral.

Tendo em conta o que tem lido, ouvido, visto na televisão e, dum modo especial, toda a informação e orientação do Papa sobre o 3º Milénio e ainda sobre a Celebração Internacional da Erradicação da Pobreza, participe criando ou sugerindo um tema que envolva a Paróquia, o 3º Milénio e a Erradicação da Pobreza, e, se puder, justifique-o com um texto, escrito à máquina, utilizando apenas uma página duma folha A4.

Esta é uma forma de participar na organização do programa de Pastoral para o próximo ano.

Assim, no intuito de implementar a participação numerosa de paroquianos, a Comissão Fabriqueira promove este Concurso cujo regulamento é o seguinte:

 

1 - Decorre até 24 de Junho, aberto a todos os Paroquianos, um concurso intitulado: “Um tema para o Ano de Pastoral de 1995/1996”.

 

2-    O trabalho consiste na sugestão dum tema que envolva a Paróquia, o 3º Milénio e a Erradicação da Pobreza, e um texto justificativo de uma página dactilografada numa folha A4.

 

3-  Cada concorrente poderá apresentar 2 trabalhos, no máximo.

 

4-    O Conselho Paroquial de Pastoral, com a ajuda de um júri, atribuirá até 30 de Junho três prémios.

 

5- Os trabalhos assinados sob pseudónimo serão entregues no Cartório, até 24 de Junho, em envelope fechado e endereçado ao Concurso “Um tema para o ano de Pastoral 1995 / 1996”. Dentro do envelope, contendo os trabalhos, será introduzido outro envelope com o pseudónimo, nome, telefone ou morada do concorrente.

 

6-    O Júri não atribuirá prémios se faltar aos trabalhos qualidade e originalidade, e os trabalhos serão pertença da Organização, que resolverá também casos omissos que apareçam.

 

 

1996

 

 

                                                           A Comissão Fabriqueira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Paróquia de N. Sr.ª de Fátima

4900 Viana do Castelo

Tel.: 23029-24722

 

 

 

 

 

Ex.mo(a) Senhor(a):

 

Pretende a Comissão Executiva das Comemorações dos 25 Anos da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima levar a efeito um concurso a nível dos Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico subordinado  ao tema “A Paróquia vista pelas crianças”.

Este concurso tem como objectivo: Sensibilizar as crianças para o Património Cultural, Artístico e Religioso da região e, mais concretamente, desta área da cidade correspondente à Paróquia de Nossa de Fátima.

Vimos, por isso, formular ao corpo docente dessa Escola, colaboração e empenho na motivação das crianças para a elaboração dos trabalhos a apresentar a concurso.

 

 

Regulamento do Concurso

 

1.     Trabalhos individuais em: 

- Expressão Plástica ( aceitam-se todas as técnicas usadas);

- Expressão literária ( Prosa e/ou Poesia).

 

2.     Apresentação dos trabalhos em formato A4 (quer para texto, quer para expressão plástica).

 

3.     Identificação do trabalho no verso de cada folha (nome, idade, sexo e fase).

 

4.     Entrega dos trabalhos até 20 de Maio de 1992 no escritório da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.

 

5.     A Comissão entregará para avaliação ao júri no dia 21.

 

6.     A Comissão reserva-se o direito sobre o trabalho.

 

7.     Atribuição de prémios até ao 3º classificado, em cada modalidade e em cada fase, sendo ao todo 12 prémios:

 

* 1º Prémio – Rádio/Gravador

* 2º Prémio – Gravador

* 3º Prémio – Rádio

 

8. A escola será contemplada com um prémio de participação.

 

9.     Exposição dos trabalhos:

- Abertura: dia 1 de Junho de 1992 ( Dia Mundial da Criança)

- Local: Ozanan-Centro de Juventude.

 

10. Entrega dos prémios:

- Dia 1 de Junho de 1992, pelas 16h00, no local da exposição.

 

11.  Serão excluídos todos os trabalhos que não correspondam aos requisitos deste regulamento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Contribuinte n.º 501 171 762

Rua da Bandeira,  n.º 639

4900 VIANA DO CASTELO

  

 Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722

  Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538

 

 

 

                Ao Notícias de Viana

 

 

“A Paróquia vista pela Criança”

 

 

No âmbito das comemorações jubilares da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, foi levado a efeito, nas Escolas do Ensino Básico da área da Paróquia, um concurso subordinado ao tema: “A Paróquia vista pela Criança”. Depois de apurados os trabalhos, dos cerca de 200 concorrentes, o júri composto por: Henriqueta Santos e Albino Ramalho, atribuiu prémios aos trabalhos dos seguintes alunos:

 

1ª Fase – 1º Prémio – António Pedro Andrade, da Escola do Carmo.

                2º Prémio – Pedro Miguel Guerreiro, da Escola da Abelheira.

                3º Prémio – Diana Torres, da Escola da Abelheira.

 

2ª Fase – 1º Prémio – Ana Patrícia Gonçalves, da Escola da Abelheira.

                2º Prémio – Ana Cristina Rocha, da Escola da Abelheira.

                3º Prémio – Susana Ribeiro, da Escola do Carmo.

 

No dia 1 do corrente mês – DIA MUNDIAL DA CRIANÇA – os trabalhos dos concorrentes foram expostos na biblioteca do OZANAN-2, sendo a exposição aberta pelo Director Escolar e pelo Monsenhor Reis Ribeiro, Vigário Episcopal para a Cultura e Educação na Fé, pelas 15h30, com a presença de muitas crianças, alguns professores e familiares.

A Exposição do certame estará aberta ao público no horário normal do OZANAN, até ao dia 8 às 17h00.

Na continuação das comemorações, a Comissão executiva está agora a trabalhar para o teatro-revista dos 25 anos, a realizar no Teatro Sá de Miranda, a 10 de Outubro, assim como na organização da exposição etnográfica, em Setembro, integrada nas festas de Nossa Senhora das Necessidades, na Abelheira.

 

01/06/1992

 

 

 

 

 

 

 

 

O ESCUTISMO ...

         A PARÓQUIA E A CATEQUESE

 

 

O Padre e Professor Dr. Jorge Barbosa, assistente regional do Escutismo, esteve presente nas comemorações do 10º aniversário da fundação do Escutismo e sobre ele se dirigiu aos presentes com o tema em epígrafe, que achamos por bem reproduzi-lo.

O escutismo é um movimento de âmbito mundial que visa a formação integral da pessoa humana, nomeadamente na infância e na juventude. Pela sua natureza e por vontade fundacional de Baden-Powell, trata-se de um movimento que implica uma vivência religiosa, embora não seja expressamente confessional. Assim sendo, é importante que todo o escuta tenha uma religião, segundo o exemplo do fundador que era um homem de confissão protestante com profundas vivências e convicções. No caso do escutismo português temos duas situações: uma, a dos Escuteiros de Portugal (A.E.P.) que se apresenta como aconfessional; outra, que é o caso presente do Corpo Nacional de Escutas (C.N.E), por definição e por opção fundacional, um movimento da Igreja Católica.

 

1.     O Escutismo como proposta educativa

 

A missão do escutismo é educar através da acção, pelo que se trata de um movimento que visa actividades essencialmente práticas, através das quais a criança e o jovem vão descobrindo o mundo, a sociedade dos homens e seus relacionamentos, seu lugar e a própria acção de Deus no mundo e na sociedade dos homens. Embora o lado visível do escutismo seja, em muitos casos, o de um grupo constituído por jovens fardados que aparecem em grandes manifestações religiosas e sociais, o escutismo não é a “tropa do senhor prior”, não serve para adornar nem garantir a segurança ou a organização de procissões, não serve para alimentar fanfarras, nem muito menos se limita a fazer acampamentos e caminhadas (“raids”) pelas montanhas. Como diz Baden-Powell, em carta dirigida aos pais dos escuteiros, o escutismo “não é uma ocupação de tempos livres para meninos desocupados cujos pais não sabem o que fazer deles”. É verdade que muito do que acabámos de dizer pode fazer parte da actividade escutista, mas não constitui, de facto, o mais importante, e sua essência. O escutismo é “uma escola de formação humana integral empenhada no desenvolvimento das capacidades que se encontram em cada pessoa, sobretudo se se trata de jovens, de adolescentes ou de crianças porque são as personalidades a abrir e a florir para a vida”.

O enquadramento do escutismo num projecto educativo, nas circunstâncias e condicionantes da sociedade actual, encontra-se claramente definido no documento da Conferência Episcopal Portuguesa que afirma: “os jovens estão na idade de construir o futuro e de definir um projecto pessoal de vida. Nessa fase de determinação do rumo da existência, são influenciados pelos modelos apresentados pelos adultos, pelos valores veiculados pelo ambiente social e pela orientação das instituições educativas. Ora a influência do ambiente social e cultural é hoje muito complexa e diversificada. Anos atrás a orientação educativa vinha predominantemente da família, da escola e da igreja. Nos últimos tempos, porém, a juventude adquiriu maior autonomia face a estas instituições e tornou-se muito mais dependente da moda, dos grupos, da televisão e do ambiente social. A família, ameaçada pela dispersão, nem sempre se apresenta capaz de transmitir valores e referências éticas. A escola, que se prolonga por um leque etário mais amplo, não resolve completamente a educação moral. A catequese paroquial, só por si, apesar do esforço de renovação, não alcança todos os frutos desejados. A televisão exerce uma influência mais profunda, mas nem sempre positiva”.

“Variadas análises sociais chamam a atenção para a crise de valores da actual cultura massificada: o hedonismo, o culto do corpo e da aparência exterior, o prevalecer dos direitos individuais sobre os deveres, a tentação do dinheiro fácil, a febre do consumismo, o imediatismo, a tendência para o erotismo e para o luxo. Este ambiente cultural favorece o aparecimento de um tipo de pessoa com algumas características predominantes: a superficialidade, o narcisismo, a frivolidade, o vazio de referências éticas, a contestação da autoridade, a permissividade moral.”

Em contraposição, ao praticar uma pedagogia activa, o escutismo conduz os seus membros a tornarem-se protagonistas do seu próprio crescimento. É pelo contacto, pelo convívio, pelo estímulo à acção, pela vida e actividade em equipa, pelo sistema de patrulhas, pelo exemplo dos mais velhos, a começar pelos dirigentes, que o escutismo se propõe como itinerário educativo que acompanha tanto a infância como a adolescência e a juventude e os orienta para a adesão a um ideal caracterizado por grandes valores éticos, humanos e cristãos: a solidariedade caracterizada na “boa acção” quotidiana e no serviço gratuito; a vida em comunidade, na alcateia, no bando, na patrulha, na equipa onde se aprende a viver em sadio relacionamento; a fraternidade universal sem distinção de classes, raças, credos ou ideologias; o espírito de observação e de criatividade; a consciência da dignidade e da liberdade pessoais; a vivência da fé através de uma descoberta do outro e de Deus, no contacto com a natureza e os seus valores, e de uma vivência em comunidade que desperta para o conhecimento do próximo que os leva a descobrir também o amor de Deus. O método educativo atrai os jovens, pois valoriza o jogo no sentido de desenvolver as atitudes do ideal escutista codificado na Lei e na Promessa que lhe dá vida.

O escutismo “surge como oportunidade de desenvolvimento de capacidades físicas e virtudes de carácter, pela exigência que caracteriza as suas mais típicas actividades e pela disciplina que pede aos seus membros. Afirma-se como escola de cidadania pela educação para a participação, para o serviço e para a solidariedade, na correcta articulação com a liberdade e a responsabilidade do indivíduo e do grupo que constitui uma experiência primária na prática escutista. O respeito pela natureza e o cultivo de uma sadia consciência ecológica são tónicas fundamentais do seu ideário e da sua acção, constituindo um dos principais atributos da imagem do escutismo. A referência ética constante a um quadro de valores e a abertura espiritual e religiosa que lhe são próprias conferem, também, à sua acção educativa um alcance inquestionável nas actuais circunstâncias”.

Deste modo, o escutismo, para além de oferecer uma metodologia e uma proposta adequada às exigências educacionais do mundo de hoje, apresenta-se, pelas suas características profundamente humanas, aliadas a uma valoração das dimensões espirituais, como um movimento de fronteira entre a Igreja e o mundo actual: se por um lado ajuda o adolescente e o jovem a descobrir os valores espirituais, através do contacto com o mundo seja pelo contacto com a natureza, seja pela utilização dos recursos do desenvolvimento técnico e tecnológico, seja pelo contacto com os homens na sua normal actividade, por outro lado ajuda ainda a dar uma dimensão prática adequada às exigências e aspirações dos homens de hoje dos principais valores da fé propostos pelo evangelho. Por isso mesmo, como continua o mesmo documento “na práxis educativa, os valores intrínsecos ao espírito escutista hão-de receber uma iluminação cristã que lhes confira um horizonte de transcendência e uma referência cristológica e eclesial capaz de oferecer, mais que uma mundividência, uma espiritualidade”.

 

2.     O ideal escutista e o Cristianismo

 

O projecto escutista é portador de um ideal que o torna capaz de oferecer a um mundividência caracterizada, como vimos, pelos valores humanos que dialogam com os valores da fé. O cristianismo, por sua vez, defende não só a fidelidade a Deus, mas também orienta para a fidelidade ao homem. Está ao serviço da verdadeira fraternidade e da liberdade responsável, quer educar na convivência pacífica e justa de todos os homens para além das raças e dos grupos étnicos. Dá origem à vida comunitária assente no diálogo, na partilha fraterna e no serviço mútuo. Ora, todos estes valores se apresentam também como característica essencial da proposta escutista como afirma a Carta Internacional Católica do Escutismo. O método escuta, pela sua pedagogia comunitária, a sua educação pela acção, pelo exercício da responsabilidade, pelo compromisso da promessa e pelo progresso pessoal, coincide com as preocupações educativas da Igreja.

Esta convergência natural supõe, no escutismo católico, uma articulação intencional entre o ideal deste movimento e o cristianismo. Concretamente, o ideal de “servir” que é a característica primeira do escutismo torna-se mais perfeito quando o escuteiro se identifica com Jesus Cristo que “veio para servir e não para ser servido” (Mt. 20, 27-28) e o mandato da caridade como razão e fundamento do seu cumprimento. Da mesma forma, o respeito pela natureza e a consciência ecológica adquirem outro alcance e outro apoio se entendidos e vividos no contexto da teologia da criação e da responsabilidade co-criadora do homem pelo cosmos (Gén. 1, 28-30) e alimentadas pela esperança escatológica de “novos céus e nova terra” (Ap. 22,1).

Mas se a fé cristã ilumina e solidifica os valores próprios do escutismo, também o escutismo oferece um método educativo que permite vivenciar a mesma fé e fazer a experiência das atitudes e dos comportamentos da fé ao longo do crescimento da pessoa, conduzindo deste modo a um efectivo processo de crescimento e amadurecimento cristão. A Promessa escutista e o cumprimento da Lei afirma-se como possibilidades de ensaiar a adesão ao Deus da Aliança e ao compromisso ético dela decorrente. A “boa acção diária” torna-se educação para a caridade gratuita e para a imitação de Jesus Cristo, o Servo. O acampamento e o contacto com a natureza servem como aprendizagem de Deus criador e do cuidado com a criação como tarefa de fé, e ao mesmo tempo como exercitação da austeridade e da capacidade de sacrifício. O Sistema de patrulhas permite a experiência da comunhão, da co-responsabilidade, não só na perspectiva do empenhamento social, mas também da pertença à comunidade eclesial. A experiência da fraternidade mundial escutista é mediação para experimentar a catolicidade da Igreja, para o diálogo ecuménico e inter-religioso e para crescer nas atitudes da tolerância e da solidariedade internacional. O Progresso (conjunto de provas para cada idade) ajuda a entender a existência cristã como caminho de aperfeiçoamento integral continuado e nunca concluído. O Projecto (método de planificação e realização de actividades) desenvolve a consciência da vida como resposta a uma vocação e suscita e desenvolve as atitudes fundamentais de liberdade e responsabilidade.

 

3.     O Escutismo como movimento da Igreja

 

Vimos a profunda ligação do escutismo com a doutrina cristã, e particularmente a sua articulação com a pedagogia da fé. Falar-se do Corpo Nacional de Escutas como movimento da Igreja Católica significa, antes de mais, que a Igreja se identifica com os ideais de formação preconizados pelo movimento escutista, e mais ainda significa que o movimento escutista desenvolve, por si mesmo, o sentido de comunidade e eclesialidade que o constituem como verdadeiro movimento construtor de Igreja, um movimento eclesial. Como diz a Carta Apostólica “Chistifideles Laici”, é sempre na perspectiva da comunhão e da missão da Igreja e não, portanto, em contraste com a liberdade associativa, que se compreende a necessidade de claros e preciosos critérios de discernimento e de reconhecimento das agregações laicais, também chamados “critérios de eclesialidade” que são: o primado da vocação à santidade, manifestando nos frutos da graça que o Espírito Santo produz nos fiéis; a responsabilidade de professar a fé católica acolhendo e testemunhando a verdade sobre Jesus Cristo, sobre a Igreja e sobre o Homem em obediência ao magistério da Igreja que autenticamente a interpreta; a conformidade e a participação na finalidade apostólica da Igreja que é a evangelização e santificação dos homens e finalmente o testemunho de uma comunhão sólida e convicta em relação filial com o Santo Padre como centro perpétuo e visível da unidade da Igreja universal e com o Bispo Diocesano “princípio visível e fundamento de unidade da igreja particular” e na “estima recíproca entre todas as formas de apostolado na Igreja”. Tudo isto implica uma sintonia com os ensinamentos da Igreja, implica um enquadramento nos projectos e programas pastorais de uma Diocese, implica uma articulação com as actividades de uma paróquia.

 

4.     Escutismo e Paróquia

 

Como movimento eclesial, o C.N.E. deve integra-se na pastoral de conjunto da Paróquia e da Diocese, em articulação e complementaridade com outros organismos que colaboram na missão da Igreja, sobretudo na evangelização dos jovens. Uma dimensão importante de fé cristã que o escutismo católico precisa de cultivar nos seus membros é a comunhão eclesial e a consciência de pertença à Igreja. Jesus Cristo continua presente na história e vem ao encontro das pessoas de todos os tempos através da Igreja. A própria organização escutista assume as diferentes dimensões da vida da Igreja, numa articulação com os diversos níveis da hierarquia, quer enquanto movimento mundial com as suas estruturas próprias, que se identifica com a própria catolicidade da Igreja, quer a nível nacional, ao nível das Regiões que se articulam com a dimensão diocesana dos movimentos apostólicos, quer ainda ao nível dos Núcleos onde as necessidades geográficas exigem a constituição de zonas pastorais, quer, finalmente, ao nível dos Agrupamentos que devem coincidir com as paróquias e integrar a sua actividade nos respectivos programas pastorais. Em todos esses níveis, o escutismo pode e deve integrar-se e colaborar mesmo com outros grupos, dentro de um reconhecimento recíproco da pluralidade dos organismos e das formas agregativas dos fiéis. Daqui deriva uma relação particular com as estruturas da paróquia e uma colaboração dentro de um plano pastoral da responsabilidade do Pároco que é normalmente o Assistente do Agrupamento.

 

 

4.1   – A relação do Escutismo com o Pároco e com a Paróquia

 

A comunhão eclesial não termina na fraternidade de cada unidade ou agrupamento, mas realiza-se também na pertença a uma paróquia. É na paróquia que o Escutismo católico faz habitualmente a experiência da eclesialidade, de ligação ao povo de Deus. Na paróquia encontra o espaço físico (sede), a possibilidade de uma formação cristã de base (catequese), a celebração dos sacramentos, o ambiente eclesial e os vários serviços comunitários em que pode colaborar (acção socio-caritativa, liturgia, catequese, etc.). É ainda na paróquia que pode encontrar os dirigentes responsáveis e bem formados. Ao mesmo tempo um projecto pastoral bem organizado e definido pode ser assumido e integrado na “pedagogia do projecto” característico da metodologia escutista. É por isso que devem as paróquias fazer um esforço por organizar no seu seio e apoiar o escutismo católico, pois este movimento constitui um fermento de vitalidade e dinamismo eclesial. A educação humana e cristã das novas gerações é a melhor garantia do futuro da paróquia.

 

4.2   – Participação do Agrupamento na Pastoral de conjunto

 

Como foi afirmado anteriormente, a pedagogia do Projecto pode perfeitamente articular as actividades e a formação dos escuteiros com a actividade pastoral de uma paróquia. É por isso que a Conferência Episcopal Portuguesa sugere que cada Agrupamento procure desenvolver em todos os seus membros o sentido de pertença e de colaboração empenhada na paróquia, orientando-os nomeadamente:

a) para a frequência do itinerário completo da catequese que estrutura a formação cristã de base e conduz ao complemento de iniciação cristã. Isto implica não apenas uma participação nas actividades da catequese por parte dos mais jovens (Lobitos e Exploradores) como implica uma participação dos Pioneiros e Caminheiros na caminhada de formação cristã que não deve terminar nunca com a Primeiras Comunhão ou na Profissão de Fé, o que permite seguir a verdadeira “pedagogia do progresso” escutista ao nível do crescimento na fé. Esta mesma caminhada catequética e “progresso” escutista desenvolve-se e orienta-se por sua vez.

b) Para a participação activa na celebração dominical da Eucaristia, fonte e centro da vida cristã, e encontro festivo com Deus e com a comunidade. Os agrupamentos do C.N.E. devem considerar a Eucaristia dominical como o polo à volta do qual se ordenam as outras actividades. Isto quer dizer que o escuta deve ser um dos primeiros a exercer uma activa, habitual e frutuosa participação na Eucaristia, não apenas como membro da Assembleia cristã dominical, mas colaborando ao nível dos diferentes ministérios que lhe são proporcionados: Leitor, Cantor, Acólito. Quer isto dizer que a presença do escuteiro na Eucaristia dominical não deve limitar-se de modo nenhum aos dias de Reunião de Piedade, aos momentos em que, fardado, participa em lugar especial na Eucaristia, nem muito menos quer dizer que quando os escuteiros participam e animam a Eucaristia dominical, esta se tenha de orientar apenas e só por critérios de mística escutista. A participação na Eucaristia orienta todos os cristãos, e muito particularmente os escuteiros.

c) Para a presença activa e responsável nos grandes acontecimentos da vida da família paroquial. Estar presente nos grandes acontecimentos não significa apenas participar nas procissões com fanfarras e tudo o mais, mas sobretudo assumir uma presença colaborante nas grandes iniciativas ao nível da paróquia sejam elas de carácter socio-caritativo, litúrgico, celebrativo, elaboração e funcionamento das estruturas da mesma paróquia, etc.

 

4.3   – O papel do Chefe de Agrupamento como garante da eclesialidade

 

Toda esta actividade e integração do Agrupamento na Paróquia depende da acção de duas entidades principais: o chefe de Agrupamento e o Assistente que é o Pároco, na maior parte das vezes. O Chefe de Agrupamento é, em virtude do perfil exigido pela própria estrutura do escutismo, uma personalidade que deve impor-se pela preparação e pela experiência, embora se deva inserir dentro do quadro dos demais dirigentes. É destes dirigentes que depende de maneira preponderante a capacidade de formação e de evangelização do C.N.E, como diz C.E.P. que continua: “são eles que dão forma concreta à pedagogia do escutismo católico exercem uma influência marcante no estilo e nos frutos de cada Agrupamento”.

A formação sólida dos Chefes de Agrupamento integra concretamente: a formação cristã de base que fundamenta a identidade cristã, mas inclui também uma formação especializada em ordem a conhecer por dentro o projecto educativo do escutismo (C.I.P. para todos os dirigentes; C.A.P. para todos os chefes de unidade ou secção e C.A.L. para os Chefes de Agrupamento) podendo-se mesmo acrescentar a formação permanente que conduz a um aperfeiçoamento contínuo das capacidades educativas (C.A.F. que integra o nível da formação de formadores e aprofundamento da formação pessoal).

Como orientadores de um movimento católico, os Chefes de Agrupamento são chamados a participar activa e responsavelmente na missão da Igreja e a situar-se na renovação pastoral exigida pela nova evangelização. As sua acção como dirigentes e uma participação no apostolado dos leigos como refere a Carta Católica do Escutismo, n.º 6: “Os chefes católicos que assumem esta tarefa educativa colaboram na missão confiada por Cristo à sua Igreja. Exercem a sua responsabilidade de acordo com o seu Bispo e colaboram com os Assistentes. Esta tarefa dá-lhes um lugar no apostolado dos leigos”. Compete particularmente ao Chefe de Agrupamento esta articulação com os demais agentes da acção pastoral da comunidade cristã, na medida em que, por um lado representa o Agrupamento nas instituições da paróquia como o Conselho Pastoral, por exemplo, ao mesmo tempo que serve de ponte entre as mesmas instituições e organismos e o Agrupamento com as suas diferentes actividades e os demais Dirigentes escutitas.

 

4.4   – O Assistente como Animador da Educação dos jovens

 

Se é verdade que a missão educativa do escutismo, mesmo ao nível religioso, pertence aos Dirigentes leigos, há uma figura fundamental em qualquer Agrupamento e na actividade escutista que se constitui como um ponto de referência: o Assistente. Enquanto membros da equipa de chefia de um Agrupamento ele não se reduz à figura de um capelão que “injecta um algo de religioso” nas actividades escutistas, mas a sua missão é “revelar o sentido da fé e viver ele próprio a experiência da comunhão”.

Mais do que isso, a garantia de eclesialidade na actividade dos Agrupamentos depende em grande parte da articulação do Chefe de Agrupamento com o respectivo Assistente, pelo que este deve sentir-se muito próximo da vida e acção do Agrupamento e da sua articulação com as demais actividades da paróquia. Ao Assistente compete ser o sinal que dá ao Agrupamento aquele sentido de comunidade mais alargada, onde ele pode relacionar-se com Jesus Cristo. Como diz a Nota Pastoral dos Bispos Portugueses, “os Assistentes eclesiásticos desempenham no C.N.E, a formação adequada dos dirigentes leigos são alguns dos aspectos que precisam do apoio, da presença e do cuidado pastoral do Assistente. A renovação do escutismo católico em ordem aos desafios da nova evangelização depende em grande parte da preparação e da dedicação dos Assistentes eclesiásticos tanto a nível paroquial como diocesano e nacional. Neste momento, os Assistentes são chamados a prestar especial atenção ao crescimento da dimensão espiritual, à educação para os valores humanos e cristãos, à renovação e actualização dos rituais para os momentos celebrativos, e a velar, sobretudo, pela formação dos Dirigentes, actualizando e acompanhando os cursos destinados a este fim. Esta amplitude de tarefas e responsabilidades dos Assistentes reclama da parte destes um trabalho em equipa tanto a nível nacional como a nível regional”.

A participação dos Assistentes na vida do Agrupamento passa efectivamente por uma proximidade tão grande quanto possível, das actividades do mesmo. Para tal, pretende-se que o Assistente seja capaz de nutrir um grande amor pela juventude, compreendendo os jovens tais quais são para os levar a ser o que devem ser; esse amor e interesse implicam uma presença frequente tanto na sede como nas actividades de exterior e mesmo nos acampamentos. Deve participar nas reuniões de Dirigentes onde tem lugar por direito próprio, bem como nas reuniões de pais, tanto no sentido de dar apoio, como de lhes proporcionar a adequada formação ao nível da fé de tal modo que os Dirigentes e Pais a possam transmitir depois aos mais jovens. A necessária autonomia e liberdade que deve caracterizar as actividades das associações de leigos e, em particular, o escutismo católico, não deve degenerar num desinteresse ou alheamento dos Assistentes para com as actividades do mesmo escutismo. Sabemos das particulares limitações e dificuldades dos Agrupamentos em responder às novas exigências da educação dos jovens e da necessidade premente de uma preparação dos Chefes e Dirigentes para uma eficaz pedagogia aos diferentes níveis, incluindo o crescimento na fé. Daí que se torne urgente exigir dos Párocos e Assistentes uma nova consciencialização para as responsabilidades que assumem ao ter o Escutismo na sua paróquia, ao mesmo tempo que lhes asseguramos, como escuteiros, uma cooperação eficaz e actualizada bem como uma fiel colaboração numa das tarefas mais prementes de toda a actividade paroquial: a educação integral e a valorização da pessoa humana e particularmente da juventude bem como a edificação de uma base sólida para a formação do sentido de comunidade, de solidariedade, de cooperação, de dinamismo, de iniciativa, de altruísmo, de entrega desinteressada ao serviço dos outros.

 

5.     Conclusão

 

Numa análise pertinente aos problemas de que sofre a sociedade portuguesa actual, a Conferência Episcopal publicou, em Maio passado, uma Nota Pastoral “Crise de Sociedade, crise de Civilização”, particularmente comentada pela sua pertinência e mesmo contundência de linguagem. Aí se afirma, entre outras coisas, que: “na nossa sociedade sente-se cada vez mais que as regras inspiradoras dos comportamentos, as próprias leis, e o sentido global da vida individual e comunitária deixaram de se inspirar em padrões éticos de valores, num quadro cultural que defina um projecto e um ideal, na linha da nossa tradição cultural e decorrem ao sabor de critérios imediatistas e pragmáticos onde não se escondem intenções de alguns grupos de provocar rupturas fracturantes em relação à tradicional cultura portuguesa, ou mesmo em relação à influência da doutrina da Igreja na sociedade; (...) a toxicodependência e a delinquência juvenil alertam para uma crise de juventude cuja solução é dificultada pela falta de apoio e protecção à família e pela ausência de uma ousada e inovadora concepção da política de educação; a globalização acentuada com a mediatização da vida fez surgir novos poderes fragilizando aqueles em que tradicionalmente assentava a harmonia da sociedade; o poder político está fragmentado e enfraquecido; há sintomas preocupantes de perda de confiança nas instituições, há cada vez mais margem para a ilegalidade e para a anomia.”

Ao mesmo tempo, a situação de desequilíbrio e instabilidade internacional provocada pelos atentados de 11 de Setembro contra as “Torres Gémeas” de Nova York, para além das fragilidades de um sistema que colocava a América como centro do mundo e referência única dos padrões de comportamento ao nível global, onde o poder do dinheiro dominava todos os outros valores, vem revelar uma sociedade e uma cultura ocidental assente “numa Europa amorfa, lente, gordurosa de palavras e raquítica de carácter, que, enquanto tal, só existe nos tratados e nos directórios europeus, mas que não existe na sociedade e deixou de fazer história.” Fala-se à saciedade de taxas, de percentagens, de moeda, de quadros comunitários de apoio, de regiões, de coesão e de programas. Ao mesmo tempo minguam as referências éticas, valorativas, geracionais, familiares – coisas por certo antiquadas para alguns – e definha o caudal que gerava lideres capazes de unir, robustecer, encorajar e orientar as pessoas. Asfixiadas por um indiferentismo que adormece, anestesia, fere e até deixa matar, as sociedades democráticas, livres e abertas não estão preparadas para combater o mal nas suas mais insidiosas e paradoxalmente mais artesanais cobardias.

À perplexidade dos analistas, perante a incapacidade em responder a estas novas situações, dada a falência dos sistemas de educação e de construção da sociedade, respondemos nós, escuteiros, com a capacidade mobilizadora do escutismo como escola de educação da juventude, com a capacidade de formação de lideres capazes de entusiasmar os mais jovens face aos valores da solidariedade e do serviço. Apresentamos um ideal de vida e um movimento que não deixou de modo nenhum morrer os valores por que pode e deve orientar-se a formação dos jovens; um movimento que sempre lutou contra a inércia e o indiferentismo, um movimento para quem continuam sagrados os ideais da cidadania porque “o escuta é bom cidadão”, os valores de cada povo porque “o escuta é filho de Portugal”, os valores da família porque “o dever do escuta começa em casa”, valores estes expressos nos Princípio e na Lei que constituem a base da formação do escutismo; um movimento que, face ao relativismo religioso e perante a anomia ou falta de referências éticas, leva a que os jovens “se orgulhem da sua fé e por ela orientem toda a sua vida”.

Seguindo o desafio que Baden-Poowell nos deixou como testamento, vivemos o ideal e o programa de vida de “deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos”, assumimos a responsabilidade de, como movimento da Igreja católica, contribuir para o crescimento na fé e na caridade daqueles com quem trabalhamos e no meio em que nos inserimos. Cremos que as paróquias muito podem esperar dos escuteiros, mas também esperamos que as mesmas paróquias e outras instituições da Igreja assumam as suas responsabilidades para que, nesta igreja-comunhão, possamos realizar as nossas tarefas uns com os outros, em ordem aos objectivos que nos propomos: ser homens melhores, ser cristãos mais conscientes, ser afinal mais santos como Deus quer de nós.

 

Jorge Alves Barbosa, 

Assistente Regional do C.N.E.

 

 

 
 Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Contribuinte n.º 501 171 762

 

 

Ao Chefe de Agrupamento

N.ª Sr.ª de Fátima

Eng. Joaquim Flores

 

Assunto: Frequência da Catequese.

 

Conforme é de conhecimento geral, o Escutismo não substitui a Catequese, nem a Catequese o Escutismo. São coisas completamente diferentes.

O facto de um jovem estar no escutismo católico não o dispensa de frequentar a catequese, após os 14 anos, porque, segundo as normas o escutismo, deve acompanhar o ritmo normal da catequese, que são 10 anos, até ao Crisma e não até aos 14 anos, como era antes.

Aquilo que eu tenho exigido é que não haja progressão no Escutismo se não houver frequência normal de catequese, ainda que não seja nesta Paróquia. Essa frequência deve ser certificada, por escrito, pelo pároco para não haver equívocos e acontecer o que já me atiraram à cara... Seja em que idade for!

Acontece, porém, que o mesmo pode não acontecer a quem não faz promessa ou avança de posto. Aceita-se, naturalmente, uma renovação de compromisso que não vai ter valor na progressão do escuta, isto é, se quiser avançar no futuro não o poderá fazer só porque fez renovação, terá de ter o certificado do Crisma, pois qualquer escuteiro, e muito mais um dirigente compromete-se, perante a Igreja, a ser formador na fé, isto é, assume compromissos de ser participante no Apostolado dos Leigos, dando exemplo de prática religiosa, dominical, etc., ...

Portanto, há tarefas apostólicas que os escuteiros assumem. Por esse facto tem de seguir o ritmo normal da catequese desde o 1º ano até ao Crisma.

Fique certo: Uma renovação pode ser feita em qualquer altura, mesmo sem frequência da catequese, até para acolher. Além do mais, deve ter sabido antes as regras...

A propósito dos divorciados. Ainda não li porque teria de andar à procura da revista. Apeteceu-me falar logo, mas os divorciados “recasados” (divorciados diferentes de anulações)têm de ser afastados do escutismo.

Particularmente penso que um divorciado que apenas o está de facto, ou até de direito, mas mantêm-se ambos vivendo como solteiros – não “recasados” -  (ou só o escuteiro), que as coisas poderão ser diferentes em relação ao que está de novo casado.

Quanto ao exemplo, por hipótese, que o Veiga apresentou, se a mulher foge de casa e ele fica em casa. Se ele volta a casar, afasta-se do escutismo. Se não se casasse outra vez poderia ser dirigente, quer houvesse ou não consumação de facto ou de direito. Esta é a minha opinião, salvo outras orientações de especialistas em Moral e Direito Canónico.

É tudo o que me parece dizer sobre a reunião.

Pareceu-me que o Eng.º Flores estava também dentro deste espírito, por isso, eu disse concordar “in genere” com ele, mas gostaria de repensar melhor sobre o que ouvi.

Se não fui claro, posso esclarecer, mas dado a Ângela me ter pedido a resposta no outro dia, no fim da missa, é porque talvez tivesses pressa nela. Aí vai com um grande abraço de respeito, admiração e gratidão.

  Acerca da minha saída  em Julho deve ser por volta do 30 ou 31, daí que as promessas possam ser mesmo no Campo. É ponto assente? Já escrevi na LUZ.

 

06/05/2003

                                                                                              P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

CAPÍTULO V

 

A PARÓQUIA E A LITURGIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LITURGIA

 

 

            A propósito desta vertente de pastoral da Igreja, transformou-se, em 1979, o modo de realização das celebrações, quer a nível geral, quer a nível de catequese.

            A Liturgia é a expressão da fé vivida na Comunidade. Para o efeito, procuramos sempre que, para além da formação catequética, se realizassem acções de formação litúrgica, domingo a domingo. Por aí começou a nossa grande renovação.

            Primeiramente, uma equipa de liturgia reunia todas as semanas.

            Depois, apareceu a “Luz Dominical” a dar alguma informação escrita, no decorrer das celebrações eucarísticas, em relação aos cânticos, às leituras e aos tradicionais “avisos” dominicais.

            Realizarem-se encontros de animação de Leitores (neste momento vai já no 5º Curso de Leitores), trabalhos partilhados, formação de Ministros da Comunhão, formação de Acólitos seniores e juvenis, Cantores, Ostiários, Zeladores, uma equipa de acolhimento à porta da igreja.

            Criaram-se momentos de oração em épocas sensíveis como a Quaresma.

            Valorizam-se festas de comunhões com rituais mais adequados, festas de Catequese, assim como a Liturgia do Sacramento do Baptismo e do Matrimónio.

            Cunharam-se medalhas, em bronze, prata e ouro, apropriadas às celebrações do Casamento, Bodas de Prata e Bodas de Ouro Matrimoniais.

            No Dia da Sagrada Família, anualmente, celebramos o 1º aniversário de casamento dos matrimónios feitos naquele ano e Bodas de Prata e de Ouro.

            Organizam-se procissões de velas, Vias-Sacras, na Igreja ou nas ruas da Paróquia, onde se empenham jovens e crianças. Nas Sextas-feiras da Quaresma tem sido exposto o Santíssimo Sacramento à devoção dos fiéis que desejam.

            Valoriza-se a missa da Catequese, às 11 horas, e a missa da Juventude, às 12 horas.

            Para o efeito, equipamos a Igreja com vídeo, vídeo-projector, projector de slides, retroprojector e equipamento para data-show.

            A participação das crianças, jovens e adultos nas celebrações e na organização de momentos fortes nas celebrações tem sido também estimulada.

            Para a animação da Liturgia temos, neste momento, três corais aos quais poderíamos chamar da seguinte forma: o Coral Litúrgico (sénior) dirigido por Joaquim Gomes, o Coral Juvenil dirigido pela Dr.ª Célia Novo e o Coral do Jovens (tipo música clássica, por terem frequentado a Academia de Música) liderado pelo estudante Rui Felgueiras.

            Os paroquianos, para além da formação dada na Paróquia, têm participado em encontros nacionais e diocesanos de pastoral litúrgica, dum modo particular o Joaquim Gomes que tem participado em todos os encontros nacionais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

ADMISSÃO DE LEITORES

 

 

* Liturgia da palavra do dia com escolha de uma leitura apropriada.... por exemplo (Ez.2,7-3,3)

 

* Homilia

 

* Chamada pelo nome,

  Cada um responde “presente”

 

* Profissão de fé

 

* Oração de Bênção

Oremos:

Confirmai, senhor, com a Vossa benção mais paterna, a decisão deste Vossos filhos que estão dispostos s subir ao Ambão para ler as Sagradas Escrituras e para que nunca lhes falte a coragem e saibam saborear a Vossa palavra afim de a ler com alegria, entusiasmo e vida.

Por nosso Senhor.....

 

* Entrega do Directório Litúrgico

  Recebe o Directório Litúrgico para que este te possa ajudar a cumprir a missão com dignidade

 

* Podem comungar sob as duas espécies

 

* Benção final

O celebrante, voltando para os leitores, conclui dizendo:

Deus, que em Cristo manifestou a sua caridade e verdade, faça de vós leitores dignos da sua palavra e testemunho do seu amor no mundo.

 

R. Amém

 

Nosso Senhor Jesus Cristo, que prometeu estar presente na sua Igreja até ao fim dos tempos, confirme as vossas obras e as vossas palavras.

 

R. Amém

 

O Espirito do Senhor esteja sobre vós, para que possais servir a assembleia lendo para ela a palavra de Deus

 

R. Amém

 

Por fim abençoa todos os presentes dizendo:

E a vós todos aqui presentes, abençoe-vos Deus todo-poderoso,

 

Pai, Filho e Espírito Santo.

 

MINISTÉRIO DO LEITOR

 

 

1- Conhecer e compreender o texto.

 

* Quem fala no texto? A quem fala? Com que finalidade?

* De que género de texto se trata? Um relato? Uma exortação? Um diálogo?

   Uma oração? Uma censura?

* O que sentem as personagens que aparecem no texto?

* Há palavras difíceis de compreender? Que significam?

* O texto é divisível em partes? Onde começa e acaba cada parte?

 

 

2- Preparar uma leitura expressiva

 

* Quais as palavras mais importantes e as expressões ou frases principais que importa sublinhar?

* Onde fazer pausa, breve ou prolongada?

* Onde evitar a pausa?

* Qual o tom de voz (ou tons de voz) adequado ao texto?

* Qual o ritmo (as acentuações, os encadeamentos) e o movimento (acelerado, rápido, espaçado, lento) que se deve usar, no texto ou nas partes?

* Articular e pronunciar bem cada palavra e cada sílaba (não negligenciar as consoantes).

* Não deixar cair demasiado o tom de voz, mesmo nos pontos finais (o verdadeiro ponto final está no fim do texto e que, em nosso entender, salvo poucas excepções, não tem muito lugar na proclamação litúrgica).

* O leitor mais habilitado nunca descuida a preparação antecedente, com exercícios parcelares e com o texto completo, várias vezes em voz alta.

 

 

3- Exprimir os sentimentos do autor e das personagens

 

* A celebração litúrgica actualiza a palavra. O texto escrito torna-se palavra viva hoje, naquele lugar e para aquela assembleia.

«Deus fala hoje ao seu povo».

* Não se trata de dramatizar, ou melhor dito, de criar uma ilusão, mas de reproduzir ou tornar vivos um texto e um acontecimento. Não se trata de atrair a atenção para a pessoa do leitor, mas para a Palavra e Acção divinas.

* O leitor tem a responsabilidade de, usando os seus dotes oratórios, a sua técnica refinada e a sua arte de dizer, promover o encontro vital e a comunhão entre Deus e os ouvintes.

 

 

4- Examinar algumas minúcias antes da celebração

 

* O leccionário está no ambão (não uma revista ou jornal, ou folhetos)? Está aberto na página própria?

* O microfone está ligado? O volume, o tom e a altura estão correctos (Evite-  -se o seu ajuste durante a celebração, mediante o sopro ou os dois toques de dedos da praxe, ou outros ruídos perturbadores).

* A que distância deve estar a boca para que a voz seja audível e expressiva?

 

 

5- Saber deslocar-se para o ambão

 

* Situar-se, desde o começo da celebração, num lugar não muito afastado do ambão.

* Não avançar para o ambão antes de estar concluído o que precede cada leitura (oração, canto, admonição).

* Caminhar com um passo normal, sem ostentação nem precipitação, sem rigidez nem displicência, mas com uma digna e ritmada naturalidade.

 

 

6- Postura

 

* Pés bem assentes, levemente afastados e firmes. Não balancear-se, nem cruzar os pés, nem estar apoiado apenas num pé, com pés cruzados ou um à frente e outro atrás.

* Não debruçado sobre o ambão, nem com os braços cruzados ou as mãos nos bolsos. Os braços poderão manter-se pendentes ao longo do corpo, ou dobrados para permitir um leve e discreto apoio das mãos na orla central do ambão (evitando tocar o Leccionário a fim de não o danificar com a adiposidade corporal).

 

 

7- Apresentação

 

* Não trajar algo que possa distrair ou ofender os presentes, se por ostentação, seja por desleixo pouco conveniente ou ridículo (camisetas de anúncios, vestuário desalinhado ou sujo, cabelo «espetado»...). ter critério e apresentar-se como pessoa educada e normal.

 

 

8- Antes de começar

 

* Guardar uma breve pausa para olhar a assembleia, a fim de registar na mente, pois é para ela que se dirige e também para estabelecer com ela contacto directo antes de iniciar a proclamação.

* Respirar calma e profundamente.

* Esperar que toda a assembleia esteja sentada e tranquila e se tenha criado um ambiente de silêncio e escuta.

 

 

9- Título

 

* Ler só o título bíblico. Nunca se leia 1ª ou 2ª leitura ou salmo responsorial ou a frase a vermelho que precede a leitura.

* Após a leitura do título, faça-se uma pausa para destacar o texto que vai ser proclamado.

 

 

10- Ler devagar

 

* O ouvinte não é um gravador, mas uma mente humana que requer tempo para sentir, reagir, ouvir, entender, coordenar e assimilar. Geralmente, lê-se depressa e não se fazem as pausas adequadas, como pede o texto lido (a pontuação oral nem sempre coincide com a pontuação escrita). A leitura rápida pode cortar o contacto com a assembleia.

 

 

11- Ler com a cabeça levantada

 

* A cabeça deve estar direita, no prolongamento do corpo. Com a cabeça levantada, a assembleia contacta um rosto e, a própria voz ganha em clareza e volume e o leitor exprime um texto dirigido à assembleia e não devolvido ao livro.

* Se o ambão é baixo, será sempre melhor suster o livro nas mãos que baixar a cabeça.

* O olhar deverá manter o contacto com a assembleia sem ser necessário os constantes e perturbantes  exercícios de levantar e baixar a cabeça.

 

 

12- Concluir a Leitura

 

* Fazer uma pausa após a última frase e antes de dizer: «Palavra do Senhor».

* Dizer só «Palavra do Senhor» e nada mais. Trata-se de uma aclamação e não de uma explicação.

* Seria mais expressivo que esta aclamação fosse cantada (pelo leitor, primeiramente, ou, em caso de necessidade, por outra pessoa). Não sendo cantada, deveria ser dita em tom de voz mais elevado (entenda-se, não necessariamente num volume mais forte).

* Não abandonar o ambão antes da resposta da assembleia.

* Deixar o Leccionário aberto na página do Salmo responsorial ou da 2ª Leitura, para que fique pronto para o leitor que se segue.

* Regressar ao lugar com calma e naturalidade, em passo normal e firme.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CURSO DE LEITORES

 

 

Temática

 

I Parte: Bíblia

 

* Bíblia, Palavra de Deus

* Géneros literários e leitura diacrónica e sincrónica

 

II Parte: Liturgia

 

* Ministério do leitor ao longo da história e na liturgia de hoje

* A Palavra de Deus na Liturgia (tipos de linguagem)

* A espiritualidade do leitor

 

III Parte: Aspectos Práticos

 

* Fases da preparação de uma leitura

* Técnicas de leitura

* Exercícios práticos

 

 

Celebração da Palavra

 

 

Calendário: Todos os sábados, de 15 de Janeiro a 12 de Fevereiro, das 16h00 às 17h50, com um intervalo de 10 m.

 

 

Destinatários: Leitores da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e da Comunidade do Carmo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ACOLHIMENTO

 

 

Monitor:

Viemos para a Ceia do Senhor.

Deixámos tantas preocupações e juntamo-nos para a festa do Pai, do Filho e do Espírito Santo e para comungarmos, pela primeira vez, o Corpo de Jesus. Jesus está connosco, pois estamos reunidos em Seu nome. Cantemos todos, com alegria:

 

Cântico de Entrada     

 

Festa é Festa da Comunhão

Tenho alegria, no coração. (bis)

 

      P‘ra Te receber, eu venho Senhor

      E agradecer o Teu grande amor;

      Como estou contente;

      Ó meu Bom Jesus, Bom Jesus;

      Guia-me p‘ra sempre com a Tua luz, Tua luz

 

Minha veste branca eu quero guardar,

Pela vida fora sem nunca  a manchar;

Como estou contente

Ó meu Bom Jesus, Bom Jesus;

Guia-me p‘ra sempre com a Tua luz, Tua luz

 

 

Saudação

 

Monitor:

Ditosos os convidados para a Ceia do Senhor.

Sacerdote:

O Senhor esteja convosco.

Todos:

Ele está no meio de nós.

 

 

Rito do Perdão

 

Monitor:

Para celebrarmos a Ceia do Senhor, temos de estar em graça. Por isso,  vamos pedir perdão a Deus e aos irmãos, de todos os nossos pecados.

 

JESUS MEU AMIGO

 

Jesus, meu Amigo,

olha dentro do meu coração

Com carinho, com ternura

Vem-me dar o Teu perdão

Com carinho, com ternura

Vem-me dar o Teu perdão             

 

Sacerdote:

Oremos ao Senhor nosso Deus e Pai.

(Silêncio)

Deus, nosso Pai, Vós nos chamastes aqui para nos reunirmos à Vossa  mesa, como uma Família se reúne no amor.

Fazei que sejamos cada vez mais irmãos uns dos outros.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo

 

 

Liturgia da palavra

 

1º Leitura

 

Monitor:

Jesus ama-nos e, por isso, nos juntamos aqui a fazer esta festa - sinal de vida de Deus em nós. Ouçamos o que nos diz S. João.

 

Leitor:

«Caríssimos,

Se Deus nos amou assim, devemos nós também amar-nos uns aos outros.

Se nos amarmos uns aos outros, Deus está connosco e o amor é perfeito. Por isso, conhecemos que estamos n'Ele e Ele em nós: porque nos comunicou o Seu Espírito Santo.

Nós vimos e testemunhamos que o Pai enviou o Seu Filho para  ser o Salvador do mundo. Todo aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está n'ele e ele em Deus.»

 

Palavra do Senhor.

 

           

Aclamação

 

ALELUIA

Aleluia, Aleluia, Aleluia

Jesus vai falar, eu vou escutar

E guardar no coração

Aleluia, Aleluia, Aleluia

 

 

 2ª Leitura

 

Monitor:

Jesus é o Pão da Vida. Ele o disse a uma grande multidão que O seguia para O escutar. Ouçamos, agora, a leitura do Evangelho de S. João.

 

Narrador:

« Jesus levantou os olhos sobre aquela grande multidão que vinha ter com Ele e disse a Filipe:

Jesus:«- Onde compraremos pão, para que todos estes tenham  que comer? Eu sou o Pão da Vida. Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o Pão que desceu do Céu, para que não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o Pão vivo que desci do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão, que Eu  hei-de dar, é a Minha Carne para a salvação do mundo.»

Narrador: A estas palavras, os judeus começaram a discutir, dizendo:

Judeus: «- Como pode este homem dar-nos de comer a Sua carne?

Narrador: Então Jesus disse-lhes:

Jesus: «- Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a Vida eterna; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Pois a Minha Carne é,  verdadeiramente, uma comida e o Meu Sangue, verdadeiramente, uma bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele.»

 

Palavra da Salvação.

 

 

Oração do Fiéis

 

Celebrante:

O Senhor convidou-nos para esta festa que é a nossa Primeira Comunhão. Vamos unir-nos num só coração, pensando em todos os nossos familiares e amigos.

 

Um Pai:

Por todo o Povo de Deus, disperso pelo mundo, que hoje se reúne como nós, junto do altar.

Oremos ao Senhor.

 

Uma Mãe:

Pelo Santo Padre, pelos Bispos e pelos Sacerdotes, para que sejam como o Senhor quer.

Oremos ao Senhor.

 

Um menino:

Pelos nossos pais e irmãos e também pelos nossos amigos que connosco vivem esta hora de alegria, para a qual a todos Jesus convidou.

Oremos ao Senhor

 

Uma menina:

Pelos meninos pobres, pelos meninos órfãos e pelos meninos doentes, para que Jesus nos ajude a compreendê-los e  a auxiliá-los e a todos ampare.

Oremos ao Senhor.

 

Um menino:

Por todos os pais reunidos nesta festa, para que Jesus esteja sempre com eles.

Oremos ao Senhor.

 

Uma menina:

Por todos os meninos e meninas que não têm pais, para que vejam em Jesus o Amor do pai e da mãe.

Oremos ao Senhor.

 

Celebrante:

Deus nosso Pai, escutai a nossa oração e ajudai-nos a celebrar esta Ceia do Senhor, como bons filhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Todos:

Amém.

 

 

Ofertório

 

Cântico: JESUS É BOM

 

Jesus é Bom! É Bom! É Bom!

É meu amigo, eu bem o sei;

E eu, também, gosto muito dele,

Porque ele é Deus e é meu Rei!

 

      Deixai vir a mim as criancinhas,

      Disse Ele um dia em Jerusalém.

      Eu quero estar sempre perto d‘Ele,

      Para O escutar e   fazer o bem.

 

Jesus quis ficar sempre entre nós,

Nosso alimento na Eucaristia.

Não temos medo, pois não estamos sós,

Deu-nos por mãe a Virgem Maria.

 

      Viva Jesus que é o nosso irmão!

      Viva Jesus que é Nosso Senhor!

      Alimentado nesta comunhão

      Vou semear a paz e o amor.

 

Flores:

Aceita, Senhor, esta flor, símbolo da pureza destas crianças que fazem a 1ª Comunhão.

Ela fará este altar mais belo e a nossa vida mais alegre.

 

Pão:

Aceita, Senhor, este  Pão que te oferecemos como fruto do nosso trabalho.

São as mãos do Sacerdote que o vão transformar no Teu Corpo.

Faz-nos dignos d'Ele.

 

Vinho:

Aceita, Senhor, este vinho que te oferecemos como fruto da terra e do trabalho do homem...

Ele será o Teu Sangue para  remissão dos nossos pecados...

Aceita-o como prova da nossa humildade e vontade de sermos mais fortes e unidos na Tua Igreja.

 

 

Oração sobre os dons

 

Celebrante:

Aceitai, ó Deus, o pão e o vinho que  todos nós Vos oferecemos para que se transformem no Corpo e Sangue do Vosso Filho Jesus Cristo.

Vós que sois Deus na unidade do Espírito Santo.

 

Todos: Amém.

 

Sac. : ... cantar-vos a nossa alegria.

Ass. :... Glória a Vós, Senhor, que tanto nos amais.

Sac. : ... este mundo grande e belo:

Ass. : ...Glória a Vós, Senhor, que tanto nos amais.

Sac. : ...para nos guiar até junto de Vós.

Ass. :...Glória a Vós, Senhor, que tanto nos amais.

Sac. : ... como filhos de uma só família.

Ass. :...Glória a Vós , Senhor, que tanto nos amais.

Sac. :...cantamos com alegria:

 

 

Santo             

Santo, Santo, Santo!

Santo é o Senhor.

Por isso eu vou cantar:

                                  

Hossana, hossana ao Senhor!(bis)

Bendito que vem em nome do Senhor!

Por isso eu vou cantar:

Hossana, hossana ao Senhor!(bis)

 

  

Sac.: ...para podermos viver da Vossa Vida.

Ass.: ...Bendito O que vem em nome do Senhor.

        Hossana nas alturas.

Sac.: ...que será entregue por vós.

Ass.: ...Jesus Cristo entregou-se por nós.

Sac.: ...Para remissão dos pecados:

Ass.: ...Jesus Cristo entregou-se  por nós.

Sac.: ...e nos levar até junto de Vós

Ass.: ...Nós Vos louvamos. Nós Vos bendizemos. Nós Vos damos graças.

Sac.: ...todos os que trabalham pelo Vosso povo

Ass.: ...Somos a Igreja de Cristo, para Vossa Glória

Sac.: ...e recebei-os com amor na Vossa Glória.

Ass.: ...Somos a Igreja de Cristo, para Vossa Glória

Sac.: ... Por Cristo ...

Ass.: ... Amém.

 

 

Rito da Comunhão

 

Monitor:

O pão de cada dia nos dai  hoje.

Que pão?

Sobre tudo, o Pão da Eucaristia, que

mata a fome de vida, para sempre.

 

Sacerdote:

Com confiança, cantemos, de mãos dadas.

 

PAI NOSSO:

Junto ao mar eu hoje ouvi

Senhor tua voz que me chamou

E me pediu que me entregasse

A meu irmão

Essa voz me transformou

A minha vida ela mudou

E só penso agora Senhor

Em repetir-te

                                     

              Pai Nosso em Ti cremos

              Pai Nosso Te oferecemos

              Pai Nosso nossas mãos

              De irmãos

 

Rito da Paz

 

Monitor:

Livrai-nos, Senhor, das guerras entre as nações.

Livrai-nos das guerras pequenas que acontecem entre nós e ajudai-nos a  ser amigos dos  nossos pais. Dai-nos a Vossa Paz, dai-nos a união.

 

Sacerdote:

A Paz do Senhor esteja sempre connosco.

 

 

Todos: O amor de Cristo nos uniu.

 

Sacerdote:

Saudemo-nos na Paz de Cristo.

 

 

Cântico da Paz:

 

Minha Luz é Jesus

Minha Luz é Jesus

E Jesus me conduz

Pelos Caminhos da Paz                

Fracção do Pão

 

Monitor:

O Pão que se reparte é Jesus Ressuscitado, que se oferece para nos dar a  Sua Vida.

      "Cordeiro de Deus"...

 

Sacerdote: 

Felizes os que querem estar em comunhão com Jesus.

Eis o cordeiro de Deus  que tira o pecado do mundo.

 

 

Comunhão

 

Cântico: Deixa Deus Entrar

 

Deixa Deus entrar

Na tua própria casa

Deixa-te tocar pela sua graça

Dentro em segredo

Reza-lhe sem medo

Senhor, Senhor,

Que queres que eu faça

 

Só no fundo do ser eu vou encontrar

As razões de viver, as razões de amar

É bem dentro de nós que está a raiz

Que nos faz amar, e ser feliz.

 

Tanta coisa me impede de O escutar

Me desvia da mete que me propus

Eu vou Ter a coragem de O deixar entrar

Vou seguir o clarão, da sua luz.

 

 

Depois da comunhão

 

Monitor:

Cada vez que comemos deste Pão, o Corpo de Cristo, nós recebemos a Sua Vida, a Vida d'Aquele a Quem amamos.

Ficai connosco, Senhor, como um amigo acompanha o seu amigo, ao longo de toda a caminhada. Dai-nos a Vossa Vida em abundância.

 

 

Consagração

 

Senhora de Fátima, nossa Mãe,

nós, criancinhas vimos aos Teus pés oferecer-Te o nosso trabalho na Escola, na Família e tudo o que temos e somos.

Aceita, ó Mãe, esta nossa oferta ajuda-nos a crescer na fé em Jesus e no amor aos outros.

Cântico: QUERO SER COMO TU

 

Quero ser como tu, como tu, Maria

Como tu, um dia, como tu, Maria

Quero  aprender a amar como tu Maria

Como tu, um dia, como tu, Maria

Quero dizer meu sim, como tu, Maria

Como tu, um dia, como tu, Maria

 

 

Despedida

 

Sacerdote:

Oremos:

Senhor nosso Deus, Vós nos destes o Vosso Filho, que é nosso alimento e nossa fortaleza. Que este Pão que recebemos nos conduza ao Céu.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo

 

Todos: Amém.

 

 

Compromisso

                       

Comungamos a Jesus  Ressuscitado, pela primeira vez.

Vamos lembrar  todos os dias que Ele está em nós e nós n'Ele.

Ele  caminha connosco.                                          

 

Cântico Final: Um coração bonito

 

Eu quero ter um coração bonito.

Igual ao de Jesus. Igual ao de Maria

Igual ao de José

Eu quero ter um coração amigo

Que chore com quem chora,

Que ria com quem ri,

Que brinque com quem brinca

E aberto para Deus.

Eu quero ter um coração amigo,

Que lute com quem luta,

Que ande com quem vai,

Que sonhe com quem sonha

E aberto para o Pai.

 

 

Sacerdote:

Ide em Paz e o Senhor vos acompanhe.

 

Todos:

Graças a Deus.

ACOLHIMENTO

 

 

Celebrante:     

Irmãos,

Com alegria vivestes no seio da vossa família o nascimento de uma menina. Com alegria vindes agora à Igreja dar graças a Deus e celebrar o novo e definitivo nascimento pelo Baptismo. Todos nós aqui presentes nos alegramos neste momento, porque se vai aumentar o número dos baptizados em Cristo.

Disponhamo-nos a participar activamente.

 

Celebrante:

            Que  nome escolhestes para esta  menina?

 

Os Pais:

Catarina Isabel.

 

Celebrante:

Que pedis à Igreja para a vossa filha?

 

Os Pais:

O Baptismo.

 

Celebrante:

Ao pedir o Baptismo para a vossa filha, sabeis que vos obrigais a educá-la na Fé, para que ela, guardando os Mandamentos de Deus, ame o Senhor e o próximo, como Cristo nos ensina no Evangelho?

 

Os Pais:

Sim, sabemos.

 

Celebrante:

E vós, Padrinhos, estais dispostos a ajudar estes pais nesta tarefa?

 

Padrinhos:

Sim, estamos dispostos.

 

Pai/Mãe:

Senhor, aqui tendes a nossa filha. É o melhor que temos.

Tu no-la deste para que a amemos com o mesmo amor com que Tu nos amastes a nós mesmos.

Tu sabes que, a partir de agora, viver, será para nós amar esta filha.

Ao apresentá-lo, queremos pedir-Te que se manifeste nela todo o amor e esplendor com que Tu a amas.

Faz que ela corresponda também ao Teu amor e ao nosso amor, amando a todos os homens, seus irmãos. Se Jesus o fez, também o faremos nós para ser Teu povo e Tua família.

Tu, Senhor, serás tudo para nós, em Jesus Cristo, que vive Contigo pelos séculos dos séculos. Amém.

Celebrante:

Catarina Isabel: Como teus pais te receberam em família, a comunidade cristã te acolhe, hoje, com grande alegria. Eu, em seu nome, te faço o Sinal da Cruz na fronte, para que o leves sempre em teu coração. Depois de mim também teus pais e padrinhos te farão o mesmo sinal da redenção de Jesus Cristo.

 

 

Oremos

Senhor Deus, que por meio do Baptismo fazes crescer a Tua Igreja, dando-lhe sempre novos filhos; concede a quantos renasceram na fonte baptismal viver sempre de acordo com a Fé que professaram.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo ...

 

 

Leitura

Evangelho, segundo S. João 3,1-6 - "quem não renascer  da água e do espírito santo não pode entrar no reino de deus".

 

“Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos chefes dos judeus. Veio ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: «Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de deus, pois ninguém pode fazer os prodígios que tu fazes, se deus não estiver com ele».

Respondeu-lhe Jesus: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo, não pode ver o reino de deus».

Disse-lhe Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Poderá, acaso entrar novamente no seio da sua mãe e renascer?».

Jesus retorquiu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer pela água e pelo espírito, não pode entrar no reino de deus. O que nasceu da carne, é carne; e o que nasceu do espírito, é espírito».”

 

 

Homilia: (Breve alocução).

 

 

Oração dos fiéis:

 

- Oremos agora, irmãos, ao Pai do Céu por esta menina que hoje receberá a graça do Baptismo e pelos pais e padrinhos, e por todos os homens.

 

- Para que o Baptismo faça que esta menina chegue a ser filha de Deus e o Senhor a encha da Sua ternura e da Sua graça.

 

- Para que tenha fortaleza para vencer as tentações deste mundo.

 

- Para que ame o Senhor com todo o seu coração e ao próximo como a si mesmo.

- Para que, ajudado pela palavra e pelo exemplo de seus pais, padrinhos e desta comunidade cristã, cresça como membro activo da Igreja.

 

- Para que todos os que sofrem a solidão, a fome e a doença... encontrem em nós solidariedade e ajuda.

- Para que o Senhor abençoe com o Seu Amor as nossas famílias.

 

- Para que os nossos defuntos alcancem a glória e tenham a Vida Eterna.

 

- Para que todos os que hoje partilham desta celebração renovem a graça do seu Baptismo e dêem sempre testemunho da sua fé.

 

- Santa Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja

- São João Baptista, percursor e mártir

- São José, esposo de Maria

- São Pedro e São Paulo, apóstolos

- Santa Filipa

- Todos os Santos e Santas de Deus que  caminharam antes de nós.

 

 

Unção dos catecúmenos

 

Celebrante:

Para que o poder de Cristo Salvador te fortaleça, te ungimos com este óleo de salvação em nome do mesmo Jesus Cristo, Senhor nosso, que vive e reina pelos séculos dos séculos.

 

 

Renúncia e profissão de fé

 

Celebrante:

Queridos pais e padrinhos,

Baptizar uma criança não pode ficar-se só num rito ou numa cerimónia. Sem dúvida, é uma festa, pelo seu nascimento, é uma oração, para que Deus vele por ele e o proteja; mas é, ao mesmo tempo, também uma promessa e um compromisso da nossa parte. Esta menina está nas nossas mãos: grande parte do seu futuro dependerá do que nós façamos.

Por isso, agora, afirmamos com fé, em voz alta, este compromisso que sentimos na alma.

 

 

Renúncia do mal

 

- Renunciais ao pecado para viver na liberdade dos filhos de Deus?

- Sim, renunciamos.

- Renunciais a todas as seduções do mal,  para que não

domine em vós o pecado?

- Sim, renunciamos.

- Renunciais a Satanás, pai e príncipe da mentira

- Sim, renunciamos.

 

 

Profissão de fé

 

- Credes em Deus, Pai Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra?

- Sim, cremos.

- Credes em Jesus Cristo, Seu Único Filho, Nosso Senhor que nasceu da Virgem Maria, morreu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?

- Sim, cremos.

 

- Credes no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na Comunhão dos Santos, no perdão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?

- Sim, cremos.

 

Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja que nos gloriamos de professar em Jesus Cristo, Senhor Nosso.

 

 

Baptismo

 

Celebrante:

Quereis, portanto, que a Catarina Isabel seja Baptizada na fé da Igreja que todos convosco acabamos de professar?

 

Pais e Padrinhos:

Sim, queremos.

 

Celebrante:

Catarina Isabel, eu te Baptizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

 

 

Admonição aos ritos complementares

 

Esta criança iniciou, hoje, um caminho, recebeu uma vida nova.

Na antiguidade, quando um rei iniciava o seu mandato, era ungido com azeite para indicar assim a sua dignidade; em Israel, também eram ungidos os profetas que recebiam uma missão. Agora, ungiremos esta criança para expressar a sua dignidade cristã e a missão que lhe é confiada de continuar a obra de Jesus Cristo.

Depois, será revestida com um vestido novo, branco, para destacar essa vida nova que hoje começou a viver.

E, finalmente, o pai acenderá a vela, no Círio Pascal, este círio que a todos ilumina, recordando-nos Jesus Cristo, Luz do Mundo.

Que Ele ilumine esta criança recém-baptizada ao longo de toda a sua vida.

 

 

Unção do crisma

 

Celebrante:

Deus Todo Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos libertou do pecado e nos deu uma vida nova pela Água e pelo Espírito Santo, te consagre com o Crisma da Salvação, para que entres a formar parte do Seu Povo e sejas sempre membro de Cristo, Sacerdote, Profeta e Rei.

 

Todos:

Amém.

Imposição do vestido branco

 

Catarina Isabel, és nova criatura e estás revestida de Cristo. Esta veste nova seja sinal da tua dignidade cristã. Ajudado pela palavra e exemplo de todos, conserva-a sempre imaculada até à vida eterna.

 

Todos:

Amém.

 

 

Rito do círio

 

Recebei a Luz de Cristo.

Uma vela acesa é um desejo, um augúrio. Que tu, Catarina Isabel, possas ter sempre a teu lado, já nos primeiros anos da tua vida, os pais, os padrinhos e amigos que te guiem, te iluminem com um conselho, uma Palavra de Jesus, um gesto de amor. Que nunca permaneças na solidão, alheada do bem e da verdade. E que vós, pais e padrinhos, não o deixeis nunca para trás, mas que, do mesmo modo que esta vela dá luz, saibais dar também à vossa filha a luz e a claridade de Jesus e o Seu Evangelho.

 

 

"Effeta"

 

O Senhor Jesus, que faz ouvir os surdos e falar os mudos, te conceda, a seu tempo, a graça de escutar a Sua Palavra e proclamar a fé, para louvor e glória de Deus Pai. Amém.

 

 

Conclusão

 

Irmãos:

Acabamos já esta celebração. E finalizá-la-emos, dizendo juntos a oração que Jesus Cristo nos ensinou para nos dirigirmos a Deus, nosso Pai: o Pai Nosso.

Jesus ensinou-o aos Apóstolos. Desde então, de geração em geração, os cristãos o têm ido passando como um sinal que nos identifica.

Agora, esta criança não o pode recitar; mas, depressa o há-de aprender, porque vós, seus pais, o ensinareis e assim poderá rezá-lo a Deus, como Jesus o ensinou.

Por isso, agora, em nome desta criança e cheios de fé, digamos todos: Pai Nosso...

 

 

Benção final

 

Que o Deus do amor abençoe a tua mãe, o teu pai, os teus padrinhos e a todos os que aqui estão. A bênção de Deus Todo Poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, desça sobre vós e fique convosco para sempre. Amém.

 

 

 

 

 

DIA NACIONAL VICENTINO

BÊNÇÃO DO PÃO

 

 

 

Oração dos Fieis

 

Nosso Senhor Jesus Cristo, tomando sobre Si as nossas enfermidades e sofrimentos, passou fazendo o bem, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os nossos passos. Confiados no seu amor infinito, invoquemo-lo dizendo:

 

R. Ensinai-nos, Senhor a servir os irmãos.

 

 

Senhor Jesus Cristo,

Que por nosso amor Vos fizestes pobres e viestes ao mundo, não para ser servido mas para servir,

 

    Ensinai-nos a amar os nossos irmãos

e a ajudá-los nas necessidades. R.

 

 

Senhor Jesus Cristo,

Que pela vossa redenção inaugurastes um mundo novo,

Para que nele os homens se tornem solidários entre si e se amem como irmãos,

 

  Fazei que também nós colaboremos com diligência para instaurar na terra um modo de viver autenticamente evangélico. R.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BÊNÇÃO DO FOGO

Missa da catequese

 

 

Ritos iniciais

 

a)     Suporte para uma pequena fogueira que está preparada na sacristia e aparece após a homilia.

b)    13 ou 14 velões

c)     12 pessoas convidadas, dos mais responsáveis da comunidade

d)    ritual

e)     Água benta

 

 

Introdução

 

Reunidos à volta desta pequena fogueira e no calor e luz que dela se irradia queremos experimentar um outro calor; o calor recebido de Cristo, sempre que nos reunimos para o louvar e alimentar a chama de fé incendiado no Baptismo.

Todos os dias experimentamos a força e utilidade do fogo nas nossas vidas : ele ilumina, aquece, purifica, consome e destroi. Por isso, o tomamos hoje para significar a presença de Deus no nosso meio. Também Ele nos aparece como a Moisés na sarça ardente, ou como aquela coluna de fogo que guiava o povo na saída do Egipto. É o próprio Jesus Cristo que nele está presente é Jesus vem lançar fogo à nossa comunidade para a purificar dos seus pecados e a iluminar e a fortalecer, tal como o fez no dia de Pentecostes ao derramar o seu Espírito em línguas de fogo sobre os Apóstolos. É um fogo purificador  do pecado, um fogo que dá vida nova, fogo do amor de Deus que transforma todas as coisas. Queremos que hoje seja um novo Pentecostes, onde vamos encontrar Jesus a proclamar: ”Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12)

Neste ambiente de festa vamos reviver a passagem das trevas para a luz, do pecado para a graça, reacendendo a chama da nossa fé n’Aquele que, uma vez mais, se nos vai revelar como a “luz da Vida”, para n’Ele nos tornarmos “filhos da luz”.

Num mundo de ideias apagadas e tenebrosos, a luz e o calor do bem e da verdade, o fogo do amor, devem aquecer os nossos corações arrefecidos e brilho em todos os espíritos, para que o possamos levar a todo o mundo, iluminando todos os seus cantos escuros e aqueles que caminham nas trevas.

 

Oremos

 

Senhor nossos Deus, dignai-Vos abençoar-nos e abençoar este fogo; guiai os nossos passos neste mundo com a luz da esperança em Vós, para podermos viver alegremente convosco para sempre na luz da eterna glória. Por Cristo Nosso Senhor. Amen.

 

Cristo está connosco! Ele oferece-nos a sua luz! Quem não a quererá receber?

(o sacerdote acende o seu velão na fogueira e transmite o fogo, dizendo:)

 

“Recebe a Luz de Cristo”

 

Cântico:

Esta luz pequenina, vou deixá-la brilhar.

Vou deixá-la, vou deixá-la, brilhar

Profissão de fé

(o mais novo colocará o seu círio junto do sacrário e o sacerdote dará a explicação)

 

Acendemos as nossas velas nesta luz que é Cristo, a verdadeira luz que nos ilumina desde o baptismo. Que nos enche da Sua claridade! Esta é a fé do nosso Baptismo. É isto que nós queremos professar agora mesmo. Respondei pois:

 

1 – Credes em Deus Pai que tanto nos ama e nos envia o Seu Filho Jesus Cristo para que sejamos salvos?

                  TODOS: Sim, creio

 

2 – Credes em Jesus Cristo que é nossa luz e nos ensina a caminhar no amor?

                  TODOS: Sim, creio

 

3 – Credes em Jesus Cristo que nos ama tanto, que deu a vida por nós na cruz?

                  TODOS: Sim, creio

 

4 – Credes em Jesus Cristo que nos acabou de falar e pelo seu Espírito nos ilumina, para vivermos como irmãos uns dos outros?

                  TODOS: Sim, creio

 

Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja que temos muita alegria em professar.

 

(Opção)

 

* Senhor Jesus, luz que ilumina as nossas trevas. Senhor, tende piedade de nós.

* Cristo, Rei de humildade, que partilhas as nossas alegrias e tristezas. Cristo, tende Piedade de nós.

* Senhor, estreia que nos guia nos nossos passos, sobre os caminhos do reino . Senhor tende piedade de nós.

 

 

Oremos

 

 

Liturgia da Palavra

Salmo 26

 

Refrão: O senhor é minha luz e salvação a quem hei-de temer?

 

 

Aleluia

 

(Nesta altura o diácono, ou quem proclamar o Evangelho, encaminha-se para o lugar onde está o Círio e o Evangelho, e serão acesas duas tochas, no círio benzido junto ao sacrário, por dois acólitos, e o acompanharão até ao ambão)

 

 

Evangelho

(Fogo Mc 9, 42-50; Mt 7, 19-Io, 12; Lc 12,49; Mt 3,1I.)

Homilia

 

 

Compromisso da Comissão Fabriqueira

 

Nesta celebração realizar-se-á o compromisso dos membros da nova Comissão Fabriqueira:

“Prometo a Deus e à Comunidade observar fielmente os meus deveres, como membro da comissão Fabriqueira da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. Assim Deus me ajude!”

 

 

Preces

Irmãos: Invoquemos a misericórdia de Deus para esta criança e todos nós que hoje, aqui, revivemos o grande dia do nosso Baptismo, e digamos:

Senhor, dai-nos a Vossa luz:

 

1 – Para que estas crianças se deixem cativar por Jesus Cristo e vivam como Seus discípulos à semelhança dos primeiros discípulos André e Simão Pedro, oremos ao Deus da luz e da vida.

 

2 – Para que estas crianças vivam cada vez mais como filhos da luz e assim testemunhem o Evangelho pela sua vida e palavra, oremos ao Deus da luz e da vida.

 

3 – Para que os país destas crianças, catequistas e toda a nossa comunidade vivam como filhos de Deus e possam ser para elas exemplo de fé e amor, oremos ao Deus da luz e da vida.

 

4 – Para que nós aqui presentes nos deixemos revestir, cada vez mais, da luz de cristo para podermos ajudar outros na sua caminhada para Deus, oremos ao Deus da luz e da Vida.

 

 

Oração

 

Senhor, nosso Deus,

Concedei-nos os dons que vos pedimos

Para podermos ser hoje a luz do mundo, como é da vossa vontade.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho

Na Unidade do Espírito Santo

Amen

 

 

Bênção Final

 

O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.

 

Deus todo poderoso afaste de vós toda a adversidade

E derrame sobre vós a abundância das suas bênçãos.

R. Amém.

 

O Senhor ilumine os vossos pensamentos com a luz da Palavra divina,

Para que possais alcançar felicidade eterna.

R. Amém.

 

Deus vos ajude a compreender o que é bom e justo,

Para que, percorrendo sempre os caminhos dos seus mandamentos,

Tomeis parte na herança dos santos no céu.

R. Amém.

 

Abençoe- vos Deus todo poderoso,

Pai, Filho e Espírito Santo.

Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

R. Graças a Deus.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CATEQUESE

 

 

Jesus no Domingo de Ramos

 

Jesus entrava no monte das Oliveiras, em Jerusalém. À Sua passagem, a multidão estendia capas e ramos de árvores pelo caminho. Aplaudiam-n’O deste modo: “Bendito O que vem em nome do Senhor. Eis Jesus de Nazaré.”

 

Jesus na Agonia

 

Jesus, afastando-Se dos discípulos, com uma grande tristeza, rezou desta maneira: “Meu Pai, se é possível, que se afaste de Mim este cálice. Mas, faça-se a Tua vontade e não a Minha.”

 

Jesus Preso – Beijo de Judas

 

Judas, um dos doze apóstolos, tinha avisado a multidão desta maneira: “Aquele que eu beijar é Quem deveis prender.”

Judas, aproximando-se de Jesus, beijou-O, dizendo: “Adeus, Mestre.”

E a multidão prendeu Jesus.

 

Jesus diante de Caífás

 

Os que tinham prendido Jesus, levaram-n’O à presença de Caifá.

Depois de ter arranjado testemunhas falsas, Caifás disse a Jesus: “Não respondes nada?” Mas Jesus estava calado.

Então, Caifás rasgou a roupa de Jesus.

 

Jesus Maltratado pelos criados de Caifás

 

Uns cuspiram-lhe no roto, outros deram-lhe punhadas, bofetadas e outros ainda faziam falsas acusações de Jesus.

 

Jesus diante de Pilatos

 

Jesus foi entregue a Pilatos que Lhe perguntou: “Tu és o Rei dos Judeus?”

Jesus respondeu-lhe: “Sou.”

Pilatos disse de novo: “Tantas coisas que dizem contra Ti e Tu não respondes?”

Mas, Jesus continuava calado e Pilatos estava admirado.

 

Barrabás ou Jesus? Barrabás

 

Em cada festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar um preso, aquele que a multidão desejasse. Nessa altura, estava preso um famoso homem chamado Barrabás.

Pilatos, reunido com a multidão, perguntou: “Quem quereis que solte: Barrabás ou Jesus que é chamado o Messias?”

Eles responderam: “Barrabás.”

Pilatos perguntou de novo: “Então o que se vai fazer a Jesus?”

E responderam: “Seja crucificado.”

Pilatos soltou Barrabás e entregou Jesus para ser crucificado.

 

Coroação de Espinhos

 

Levaram Jesus, despiram-n’O e puseram-Lhe um manto encarnado. Colocaram-Lhe uma coroa de espinhos na cabeça e na mão direita uma cana.

 

Flagelação

 

Faziam troça de Jesus, dizendo: “Salvé o Rei dos Judeus.”

Cuspiram-lhe, pegaram na cana e bateram com ela na Sua cabeça. Tiraram-  -Lhe o manto e vestiram-Lhe a roupa, levando-O para O crucificarem.

 

Jesus a caminho do Calvário

 

Jesus caminhava com a pesada cruz às costas para o monte calvário. Simão ajudava-O a levar a cruz.

Chegados ao calvário, deram-lhe a beber vinho misturado com fel.

Depois de O terem crucificado, puseram-lhe um letreiro na cabeça, que dizia: “Este é Jesus, Rei dos Judeus.”

 

Jesus crucificado entre dois ladrões

 

Com Jesus foram crucificados dois ladrões que estavam um do lado direito e outro do lado esquerdo de Jesus. Eles também insultaram Jesus.

Quando Jesus estava a morrer, deram-lhe vinagre.

Jesus, dando um forte grito, morreu.

 

 

Palavra da Salvação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VIA SACRA DA PARÓQUIA

 

Os Passos de Cristo nos passos da Comunidade

 

 

 

Introdução

 

Já vai sendo costume, na quadra da Páscoa, oferecer-se aos Paroquianos algo para a cultura e a vivência da fé.

O tema da Paróquia para o ano pastoral de 95/96 - "O 3º Milénio, uma aposta cristã para formar e dignificar o Homem" - ajudará a sensibilização da comunidade e a consciencialização do seu dever como protagonista no desenvolvimento de actividades adequadas a nível da Catequese, da Liturgia e da Acção Social e Caritativa, a caminho da "Erradicação da Pobreza", tema do Ano Internacional, por proposta da ONU.

A erradicação da pobreza é uma linguagem poética porque a sua concretização no sentido material é quase utópica... No entanto, é possível a educação ou a formação do Homem para uma maior sensibilidade aos problemas dos outros e maior dignidade humana, respeito e solidariedade e menos pobreza. O Homem, centro do desenvolvimento precisa de quem o liberte de situações que o humilham.

A Via Sacra na Paróquia ou os Passos de Cristo nos Passos da Comunidade tem por fim comprometer e avivar a responsabilidade da fé nas obras de cada dia e em cada lugar.

A Comunidade Paroquial não pode alhear-se das situações difíceis e a fé compromete-a solidariamente pelo bem de cada um e de todos, em segurança, dignidade, força e bem-estar.

Este é o melhor caminho para a erradicação da pobreza. Se, por um lado, é um caminho difícil, caminho de sofrimento, de renúncia, por outro lado, é um caminho que conduz ao Alto, isto é, à Felicidade.

A Comunidade enquanto peregrina vai percorrendo os Passos de Cristo porque são eles que devem marcar o ritmo da Paróquia no caminho para a dignidade humana e erradicação da pobreza.

Oxalá este livrinho a todos leve momentos de reflexão, de meditação e a esperança na ressurreição.

 

 

1ª Estação: Agonia de Jesus no Jardim

 

"...Então, Jesus chegou com os discípulos a um lugar chamado Getsemani e disse-lhes: «Ficai aqui, enquanto Eu vou orar. A minha alma está numa tristeza de morte... Meu Pai, se é possível, passa de Mim este cálice, todavia, não seja como Eu quero, mas como Tu queres...»" (Mc 14, 32-36).

 

Senhor do Alívio, queremos orar Contigo, estarmos perto de Ti e, se possível, pedir ao Pai que alivie os corações amargurados pelas vicissitudes da vida, daqueles corações que moram aqui ao lado, junto de Ti, e que passam todos os dias, de manhã, à tarde, à noite, por Ti e, quantas vezes, por distracção, não Te saúdam e desconhecem que Tu os chamas para estares um pouco com eles... Como somos egoístas, Senhor! Como menosprezamos o Teu chamamento!... Perdoa-nos esta nossa fraqueza e vamos estar Contigo no Jardim...

Irmanados na Tua agonia, vamos fazer com que o mundo se torne, mais e melhor, misericórdia, amor perdão! Que o mundo descubra que valeu a pena o que sofreste, que valeu a pena a Tua agonia!...

Vamos dar as mãos e, Contigo, agradecer ao Pai a dádiva sublime da liberdade que nos torna mais irmãos, mais filhos, mais pais, tanto na ajuda mútua como na compreensão que orienta a Paz!...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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2ª Estação: Jesus, atraiçoado por Judas, é preso

 

"...O traidor tinha combinado com eles este sinal: «Aquele a quem cumprimentar com um beijo, é Esse mesmo. Prendei-O.»" (Mt. 26, 46).

 

Senhor, quantas vezes Te beijamos e Te traímos logo a seguir! Quantas vezes não Te respeitamos, sabendo que todos os Domingos ensinas no Templo, na esperança da nossa remissão! Quantas vezes, mesmo assim, continuamos empedernidos e apáticos, pela avalanche dum urbanismo que mata o nosso ambiente e os nossos projectos?!...

Senhor, queremos redimirmo-nos perante Ti e também perante Nossa Senhora das Necessidades, patrona querida do lugar da Abelheira, e prometermos, com coragem, sermos mais fortes e lutadores contra os que nos querem convencer de que a  ecologia não está para os nossos dias!...

Não nos abandones, Senhor, nesta cruzada de amor e perdoa-nos tantas vezes Te termos traído como Judas e permite que Nossa Senhora das Necessidades ajude o povo da Abelheira, neste lugar, perante as traições do mundo e contra a miséria, a fome e as injustiças sociais e edifiquemos uma Família unida, plena de heróis...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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3ª Estação: Jesus é condenado pelo Sinédrio

 

«- És Tu o Messias, Filho de Deus Bendito?

  - Sou, respondeu Jesus, e vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e a vir sobre as nuvens do céu.

  - Que necessidade temos ainda de testemunhas? Que vos parece?»

E todos sentenciaram que Ele era réu de morte." (Mt. 26, 63-66).

 

Senhor, que queres para nos penitenciarmos do que fizemos? Condenamos- -Te todos e tudo ouviste em silêncio, sem Te ofenderes...

Olha, Senhor, para este Berço que está aqui mesmo à nossa frente... Será o berço aonde, um dia, Tu nasceste?

Estas criancinhas que aqui se abrigam, estão protegidas pelo carinho de muitos, longe de maldades e longe da ignorância que tantas vezes nos afastam de Ti, Senhor...

Que culpas têm as Mães destas crianças que as abandonaram e que caem, por vezes, numa vida de prostituição?

Estarão elas sozinhas nas culpas? Ou as culpas também serão nossas, Senhor?

Há Mães destas que são umas verdadeiras heroínas porque preferem "dar" os seus filhos do que matá-los!

Preferem dar um lar condigno aos seus filhos do que alimentá-los numa vida de droga, assassínio e morte!

Ajudai, Senhor, as Mães do mundo inteiro e dai-lhes um crescimento físico e moral para que, um dia, não haja mais a necessidade de Berços como este, mas sim um futuro promissor, alicerçado na compreensão dos homens...

Que, quando vieres, Senhor, de entre as nuvens do céu, possas dizer: «Vinde, benditos de Meu Pai...»

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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4ª Estação: Jesus renegado por Pedro

 

"Estando Pedro em baixo, no pátio, chegou uma das criadas e, vendo Pedro a aquecer-se, fixou nele os olhos e disse-lhe: «Tu também estavas com o Nazareno, com Jesus.»

Ele, porém, negou, dizendo: «Não sei nem entendo o que dizes.»

A criada, vendo-o de novo, começou a dizer aos que ali estavam: «Este é dos tais.»

Mas ele negou segunda vez. «És com certeza um deles, pois também és Galileu.»

 Pedro começou, então, a dizer imprecações e a jurar: «Não conheço esse homem que dizeis.»" (Mc 14, 66-71).

 

Senhor, somos, às vezes, como Pedro provocando atitudes de indisponibilidade e prejudicando quem sinceramente precisa  da nossa ajuda... Somos tantas vezes fracos que, por comodismo, Te desgostamos...

Senhor, acarinhai os professores deste Infantário que têm o dom do ensino e o empregam a ensinar, sobretudo, com espírito de sacrifício, imitando-Te na tolerância, para se tornarem verdadeiros instrumentos de amor, união, fé, esperança, luz e alegria.

Senhor, ensina-nos, também, a nós e a eles, a dar-Te a conhecer e dá-nos o entendimento suficiente para executarmos um projecto divino na educação dos filhos.

Todos juntos, Senhor, seremos capazes de jamais Te renegarmos, mas de relevarmos o nosso egoísmo para segundo plano, jurando-Te:

Conhecemos-Te, Senhor, em qualquer lugar que estejas, mesmo na rua, na prisão ou nos lares infelizes...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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5ª Estação: Jesus julgado por Pilatos

 

"Jesus foi conduzido à presença de Pilatos, que lhe perguntou: «És Tu o Rei dos Judeus?»

Jesus respondeu: «Tu o dizes

Disse-Lhe, então, Pilatos: «Não ouves tudo o que dizem contra Ti?»

Jesus retorquiu: «Todo aquele que é da Verdade ouve a Minha Voz.»

Disse-Lhe Pilatos: «Que é a verdade?».

Pilatos, vendo que nada conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos em presença da multidão, dizendo: «Estou inocente do sangue deste justo: isso é convosco.».

Respondeu o povo: «Que o Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos.»”

 

Senhor, a comunidade, aqui presente, quer homenagear aqueles que lutam pela vida ao ar puro, longe das azáfamas poluídas da cidade...

Os Escuteiros consideram-se "reis" da natureza e sentem o Teu apoio, apesar de muitas vezes passarem despercebidos por aqueles que somente "compram" os espaços livres para os ocupar com grandes prédios e olvidam que precisamos de relva verde e  de jardins!

Eles, Senhor, são também evangelizadores porque levam o Teu nome e desfazem muitas dúvidas orientando-se pela Verdade que, ao longo dos séculos, ainda há quem se interrogue: Que é a Verdade?

Os Escuteiros sabem, nós também sabemos, que a Verdade, Senhor, está patente em Ti que nos convocas, todos os dias, para a unidade, não lavando as mãos como Pilatos, mas sentindo-nos interessados numa vida sã e pura que transmita aos inocentes que os filhos de amanhã precisam de espaços verdes!...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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6ª Estação: Jesus flagelado e coroado de espinhos

 

"Os soldados levaram-No para dentro do átrio e convocaram toda a corte.

Revestiram-No de um manto de púrpura e cingiram-Lhe uma coroa de espinhos. Depois, começaram a saudá-Lo: «Salvé, ó Rei dos Judeus!» Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiram-Lhe e, dobrando os joelhos, prostavam-se diante d'Ele. Em seguida, depois de O terem açoitado e escarnecido, tiraram-Lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as Suas vestes." (Mc 15, 16-21).

 

Senhor, ao recordarmos a Tua flagelação e coroação de espinhos, os nossos pensamentos e aspirações voltam-se para os Vicentinos da Comunidade e para a nossa pequenez perante a Tua grandeza...

Este Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado está devidamente motivado, graças a Ti, Senhor, pelas nossas intenções rectas e por atitudes conscientes, dignas de respeito...

Procuramos, Senhor, criar um ambiente de diálogo, de compreensão e de amor, para podermos esquecer as vezes que Te cuspimos no rosto ao abandonarmos irmãos, outrora, no infortúnio...

Queremos, agora, dar as mãos e marcar presença cristã, tanto entre os amigos como na nossa Sociedade de consumo, onde o dinheiro é o sujeito massificado que empurra o homem para a ruína moral...

Senhor, não nos deixes desanimar e ajuda-nos a construir Centros Comunitários, Centros organizados de vida cristã e de ambientes generosos e perseverantes!...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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7ª Estação: Jesus carrega a Cruz às costas

 

"Seguiram-No uma grande massa de povo... E levavam também dois malfeitores para serem executados com Ele." (Lc 23, 27 e 32).

 

Senhor, deram-Te o instrumento do Teu martírio e mandaram que carregasses com ele...

Queremos também carregar Contigo a Cruz para que este Centro de Dia, onde há fracos que "choram", onde há quem precise do nosso amparo, onde há cruzes de pesos diferentes - a idade, a saúde, a solidão - não caia, mas continue a cruzada de bem-fazer...

Haverá quem empurre para o chão as nossas iniciativas e haverá, também, quem goze com as nossas quedas, mas, Tu, Senhor, estende-nos as mãos e dás-nos coragem para nos levantarmos...

As crianças e os jovens que, aqui iniciam um programa de música, para fazerem a vida mais alegre, os alcoólicos anónimos que aqui procuram o alívio, os idosos que aqui encontram alguma paz, todos eles, permanecem impacientes porque querem mais compreensão e mais apoio da Comunidade. Ajuda-nos, Senhor, a conseguirmos esse afecto tão necessário, a fim de que a nossa caminhada não seja tão áspera e seja mais compreensiva...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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8ª Estação: Jesus ajudado por Cireneu a levar a Cruz

 

"Quando iam a caminho, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão e obrigaram-no a levar a Cruz de Jesus." (Mt 27, 32).

 

Senhor, quantos de nós Te aliviariam e tomariam sobre os ombros o peso da Cruz? Teríamos ficado impassíveis a ver-Te passar com a desculpa de sermos fracos?

É hora, Senhor, de abrirmos os olhos e constatarmos que à nossa volta ainda há quem precise dos nossos cuidados e dos nossos braços: os desamparados, os deficientes, os dependentes, os sem lar, enfim, todos aqueles que, neste Samaritano 1, esperam que nos precipitemos a levar a Tua Cruz!...

Senhor, nós entendemos que não possuímos a mesma coragem e amor que Tu tiveste mas, com a Tua ajuda, não desviaremos os olhos desta obrigação premente porque queremos honrar o caminho até ao Calvário e não sermos obrigados a empurrar a Cruz para os outros...

Se há alguém em dificuldades nos nossos dias, a nossa missão é aliviar a dor, dar alegria aos pobres, contribuir para uma vida mais bela e transformarmo-nos em prisioneiros dos deficientes, dos drogados, dos desiludidos e dos sem fé!...

Senhor, queremos ser Cireneus sem obrigação, queremos estar interessados na promoção humana, pondo em  prática a santificação que todos os dias Tu nos pedes:

«O que fizerdes ao mais pequenino, a Mim o fazeis...»

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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 9ª Estação: Jesus fala às mulheres de Jerusalém

 

"Ia também uma grande multidão em que se viam algumas mulheres que choravam e se lamentavam por causa d'Ele. Jesus voltou-se, então, para elas e disse: «Mulheres de Jerusalém, não chorem por Mim, chorem antes por vocês e pelos vossos filhos.» (Lc 23, 27-29).

Senhor, que admirável amor nos deixaste:

 

* Não chorar por Ti, mas por nós e nossos filhos! Tu, Senhor, somente queres o nosso compromisso e a nossa disponibilidade para sermos capazes de resolvermos os problemas que, dia a dia, nos são propostos e darmos o nosso melhor contributo àqueles que construíram um meio ambiente mais fraterno e mais humano: o Samaritano 2!

 

* Aqui, Senhor, os Idosos mais dependentes e o Pólo Juvenil se interligam: ambos merecem a nossa admiração e simpatia! - Quem não sente carinho por aqueles Idosos que pretendem a nossa atenção, o nosso gesto e o nosso olhar para as suas carências?

Estes Idosos são como crianças que solicitam um brinquedo e requerem de nós mais paciência, mais compreensão e maior tarefa que não podemos entregá-la a quaisquer, mas a responsáveis como nós!...

 

* A presença dos Jovens neste Centro é a prova de que o Amor não tem idade, nem fronteiras... O que seria da 3ª Idade, sem o valor da juventude?

Aqui está o Pólo Juvenil que, com o seu dinamismo natural, consegue transmitir essa alegria dum Cristo vivo e centralizar as aspirações diversas dos Jovens para sucessivas actividades na Paróquia.

Senhor, estes Jovens não podem ter medo nem receio de enfrentarem quem quer que seja até conseguirem o seu único e digno objectivo: luta na caminhada de inter-ajuda!

São eles, Senhor, os pólos deste mundo onde se repartem os indecisos e os mais dependentes que tanto anseiam por um espaço que lhes criem a ilusão da realidade passageira neste vale de lágrimas...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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10ª Estação: Crucifixão de Jesus

 

"...Conduziram-No ao lugar do Gólgota, que quer dizer Lugar do Crânio. Queriam dar-Lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não o quis beber. Depois crucificaram-No e repartiram entre si os Seus vestidos, sorteando-os para verem o que levava cada um. Era a hora terceira quando O crucificaram. Na Inscrição, que indicava o motivo da condenação, lia-se: «O Rei dos Judeus»." (Mc 15, 22-27).

 

Senhor, nós quisemos tudo até as Tuas vestes... As vestes que serviram como um troféu de quem vai à caça e quer ficar com uma recordação!... Não bastava quererem matar-Te como também quiseram que permanecesses insignificante na Tua nudez... Os cravos trespassaram-Te, Senhor, rasgaram a Tua carne e fizeram correr o Teu sangue...

Assistimos a tudo, Senhor, e só os firmes na Tua Doutrina não Te abandonaram... Quisemos não crucificar-Te mas o peso dos nossos pecados, das nossas ofensas ao Pai, foi mais forte...

O sofrimento dilacerante da crucifixão é, hoje, recordado como o abraço da Paz, do Conhecimento, da Cultura: o "Humanitus Fórum"!

Este Centro de Cultura, onde se fazem  reuniões, é centro de índices de educação e avaliação... É um contacto permanente com os pais, os filhos, os educadores e os catequistas para se espraiarem nas areias do interesse e conseguirem sobreporem-se a uma Sociedade, mais humana e mais espiritual.

Senhor, para isso, é necessário que nos dês as mãos, apesar de estarem cravadas à Cruz, mas com o nosso querer, encontraremos soluções que dignifiquem os objectivos deste Centro.

Não queremos, Senhor, pais e educadores que fujam aos deveres de cristãos, mas pais e educadores que se empenham no melhor para si mesmos e para os seus filhos e educandos...

Não podemos, Senhor, deixar que a preguiça ensombre o futuro e nos deixemos estar sentados no sofá ou na cadeira de baloiço, impávidos e serenos à espera que a desgraça nos venha bater à porta!...

Senhor, este Centro precisa ser o encontro das famílias que exigem projectos mais íntimos e ínfimos para uma nova vida e para novos horizontes...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

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11ª Estação: Jesus promete o Seu Reino ao bom ladrão

"...Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo que as nossas acções mereciam, mas Ele nada praticou de condenável». E acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim quando estiveres no Teu Reino».

Ele respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje mesmo estarás Comigo no Paraíso»." (Lc 23, 40-43).

 

Senhor, ao prometeres o Teu Reino ao bom ladrão, prometes, hoje, o perdão por acções que merecem um castigo... Quantas coisas praticamos de condenável?

Apesar de tudo, queremos redimirmo-nos e pedir-Te:

* Lembra-Te de nós quando vieres do Teu Reino! Esta prece, Senhor, tem a ver com este Centro de Juventude- Ozanan, que procura um lugar mais propício ao ânimo e à valentia. Torna-se um Centro apostólico para marcar uma presença que seja o Teu sinal no mundo e na vida dos Jovens...

Senhor, estes Jovens querem mais e mais... Querem consolidar a sua estadia e converter este local em ambiente mais sadio. Aproximar mais as crianças e as camadas jovens, criando novas partilhas de convívio, de divertimento, de diálogo, de união entre famílias...

Seria bom, Senhor, que as nossas ilimitadas fraquezas se convertessem em fidelidade ao Teu amor, buscando, acima de tudo, uma solução que permita marcar uma presença digna neste Centro de Juventude, que é nosso, mas que,  perante os sacrifícios, tem de subsistir com a ajuda de todos quantos ainda andam afastados das realidades...

E a realidade mais premente, Senhor, é condicionar este local ao centro do mundo, só imaginado pelos Jovens e amparados pelos seus pais!...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

* * * * * * * * * *

 

12ª Estação: Jesus na Cruz, a Mãe e o discípulo

 

"...Ao ver Sua Mãe e, junto dela, o discípulo que Ele amava, Jesus disse à Sua Mãe: «Mulher, eis aí o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis aí a tua Mãe». E, desde aquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa." (Jo 19, 26-28).

 

Senhor, esta Mãe que nos deste, a Senhora do Carmo, a Senhora do Escapulário, é a Nossa Rainha...

Por isso, todas as casas a recebem e se comprometem a empreenderem um caminho que conduza à felicidade verdadeira, àquela felicidade que não se lê nos livros, não se vê nos ideais e não se encontra em partidos, mas, que se lê, que se vê e que se encontra no íntimo do coração: A Palavra MÃE.

Senhor, os Carmelitas podem, talvez, melhor testemunhar esta Mãe, esta Senhora, que não se cansa de nos avisar dos perigos da ingratidão e da injustiça que alastram pelo mundo: assassínio e morte!

Ela, Senhor, está presente na antiga Jusgoslávia aonde os seus filhos sofrem e aonde a humanidade não se entende... Ela chora, Senhor! Nós vêmo-la chorar!

Quantas vezes, Senhor, ela Te segura o braço para que não dê início ao fim da ingratidão dos homens?

Quantas vezes, Senhor, a sentimos falar: «Filho, tem mais um pouquinho de paciência. Lembra-Te dos que ainda Me são fiéis e todos os dias pedem pela paz!».

Senhor, não somos dignos desta Mãe, nem merecemos que Ela sofra!...

No entanto, ainda podemos pedir perdão e oferecer-Vos, Senhor, o nosso humilde arrependimento pelos fracassos na vida...

Queremos apresentar-Vos, diante do Sacrifício, diante da Cruz, as nossas oferendas de valentia, de heroísmo e de conquista, que conduzam à verdadeira amizade e à honra de termos como Mãe, Nossa Senhora do Carmo!...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

* * * * * * * * * *

 

13ª Estação: Jesus morre na Cruz

 

"...Por volta da hora sexta, as trevas cobriram toda a terra, até à hora nona, por o sol se ter eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio, e Jesus exclamou, dando um grande grito: «Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito». Dito isto, expirou." (Lc 23, 44-46).

 

Senhor, o grito que deste, entregando nas mãos do Pai o Teu espírito, faz-nos acordar para que deixemos de torturar e matar os nossos irmãos que sofrem nas Américas, na África, no Oriente e na Europa...

O asilo das Meninas Órfãs e Desamparadas quis honrar Santa Teresa, a nobre Missionária Carmelita, tendo-lhe dado o nome de Lar de Santa Teresa. É testemunho vivo das necessidades de muitas Meninas criadas, precisamente, pela luxúria e pelo ódio da humanidade...

Santa Teresa, Senhor, não estará muito contente pelo que se passa ainda em algumas partes do mundo, mas está, certamente, satisfeita com o trabalho que este Lar desenvolve em prol dos mais carenciados, minimizando as dificuldades e, sobrepondo-se, à injustiça que alastra pelo mundo: abandono, fome, maus tratos, mortes, espancamentos!...

Tudo isto, Senhor, são palavras que as crianças não gostam de ouvir, mas que permanecem latentes quando lêem jornais e ouvem a Comunicação Social...

Senhor, ajudai este lar de Santa Teresa na luta a favor dos direitos do homem e dos direitos das meninas, adolescentes e jovens, dando-lhes o afecto que precisam para que, um dia, possam dizer: Ressuscitamos para a vida!...

Que a Senhora das Carmelitas se sinta feliz no Céu pelo trabalho deste Lar que prepara todas as crianças para uma vida de educação e protecção, incutindo-lhes no espírito os passos seguidos pela "Freirinha de Viana"...

 

- Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...

 

* * * * * * * * * *

 

14ª Estação: Jesus é encerrado no sepulcro

 

"...José tomou o Corpo, envolveu-O num lençol limpo e depositou-O num túmulo novo, que tinha mandado talhar na rocha. Depois, rolou uma grande pedra para a porta do sepulcro e retirou-se." (Mt 27, 59-61).

 

Olhando o Seu Filho morto, Maria, recorda os tempos de meninice e juventude d'Aquele que nasceu para os humildes de coração, os valente...

 

Mãe,

O Teu Filho - morto, inerte

Acaba como vês...

Olha-O, vem aí

Num lençol moldurado

Para ser sepultado...

Não é Ele?

Sim, é Ele que caminha

Mas devagar...

Num último esgar,

Tudo o que Ele tinha

Nasceu do tempo

Até ao sepulcro!...

Olha-O...

Consola-O...

Porque... será que é verdade?

Sim, Mãe, Tu sabes

Que Ele não morreu,

Somente adormeceu

No Teu regaço.

Que cansaço!

Mexeu-se? Não!

Era só o acariciar da Tua mão!...

Olha, Mãe, os mirones... Que olham eles também?

Estão do lado de quem?

Da amargura de O teres perdido

Ou de O terem confundido

Quando um outro qualquer?

Se alguém, hoje, quer

Compreender os filhos teus,

Terão de primeiro morrer

E, então, compreenderão a Deus

Do Céu terem de merecer!...

Mas Teu Filho Jesus

A redenção prometeu...

A todos quis salvar

E também comemorar

Que o Calvário valeu.

A longa caminhada

Das Estações até aqui,

Foram um hino a Ti,

Mãe querida, Mãe amada!

Só por isso Te ofereceu

A maior surpresa:

Te deu o sorriso

Da maior beleza,

Que ninguém no mundo

Foi mais capaz

De ter oferecido

Com devoção,

Com convicção,

Com perdão,

Com servidão,

Com recordação,

Com compreensão,

Com solidão,

Com admiração,

Com paixão:

- A SUA RESSURREIÇÃO!!!...

 

"Bem-aventurados sereis, quando, por Minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo disserem todo o mal de vós. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos Céus a vossa recompensa." (Mt 5, 3-12).

 

 

 

Cântico: Bem-aventurados...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA EM FAMÍLIA

 

 

Abrir a porta à cruz é abrir a família à relação do anúncio mais espectacular da História da Humanidade – a Ressurreição.

Esta iniciativa ainda é possível graças a voluntários da comunidade cristã...o mais nobre, por isso, parece tratar-se de juntar a família e os amigos e receber o respectivo compasso pascal...

Quando por qualquer motivo isso se torna difícil, pois não é hora própria, ou não há condições favoráveis a uma relação afectuosa, isto é, com vida e alma, então...meu caro irmão, aconselhava-o a usar este ritual pequenino que junto nesta folha.

Não deixe de celebrar a Páscoa que é esperança, é causa da nossa fé e motivo de todos os nossos actos de amor, que desejámos, em Jesus Cristo Ressuscitado, sejam instrumentos e garantias para uma vida eterna, no céu.

 

 

Nota: A família reúne-se à volta de uma mesa para o almoço ou para o Jantar.

 

Sobre a mesa coloque uma toalhinha branca (conforme o tamanho do crucifixo) com um crucifixo e com um círio da Vigília Pascal aceso.

 

 

Saudação (pelo Pai ou pela Mãe de Família)

 

“Aleluia! Jesus ressuscitou verdadeiramente!

Ele é a nossa Páscoa! Aleluia!”

 

Todos respondem: Aleluia! Aleluia! Aleluia!...

 

 

Leitura do Evangelho

 

«Jesus de Nazaré, o Crucificado, ressuscitou»

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos (lido por um dos presentes).

 

“Depois de passar o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus. E, no primeiro dia da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol.

 Diziam umas às outras: «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?»

Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida; e era muito grande.

Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado direito, vestido com uma túnica branca, e ficaram assustadas. Mas ele disse-lhes: «Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado? Ressuscitou: não está aqui. Vede o lugar onde O tinham depositado. Agora ide dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai adiante de vós para a Galileia. Lá O vereis, como vos disse»

 

Palavra da salvação.

 

 

Todos- Aleluia! A Vida venceu a Morte, Aleluia!...

 

Todos dão um beijo no crucifixo que o Pai ou a Mãe apresenta aos presentes (durante este acto poderão cantar “Ressuscitou...” ou pôr-se uma música de fundo apropriada).

 

 

Oração da família

 

Pai ou Mãe –  Nesta Páscoa em que Jesus nos deu a alegria com a certeza de que é possível dar novo sentido à nossa vida, apresentemo-lhe as nossas intenções:

 

1- Abençoai o nosso lar, a nossa família, os nossos amigos, a nossa comunidade.

 

R: Abençoai-nos, Senhor, Aleluia!...

 

2-     Dá-nos força e coragem para testemunhar o Teu Amor...

 

R: Dá-nos força, Senhor, Aleluia!...

 

3-     Ajudai-nos a confrontar Todos os que sofrem de qualquer mal para que não percam a esperança...

 

R: Ajudai-nos, Senhor, Aleluia!...

 

4-     Dai-nos Capacidade para amar mais, para compreender, para perdoar.

 

R: Dai-nos Capacidade, Senhor, Aleluia!...”

 

 

“Pai Nosso”

 

Oremos:

Deus, nosso Pai, ao celebrarmos com alegria a Ressurreição do Vosso Filho, concedei-nos, pela fé, a Graça de sermos fiéis aos vossos ensinamentos para que um dia possamos viver com Ele na Glória eterna.

Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. “

 

Todos: Amém, Aleluia!

 

Cântico apropriado ou música gravada e adequada.

 

 
Santas Páscoas

 

A Páscoa é festa porque nos traz mudanças de atitudes que se prolongam para a vida eterna!...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NATAL 2000

 

Celebram-se os aniversários de ano a ano e faz-se mais festa quando se festejam 25 ou 50 anos de alguma coisa e ainda quando são celebradas festas centenárias e milenárias.

A festa de Natal deste ano é maior. Há 2000 anos nasceu Jesus. Não é há um século, mas há vinte séculos.

Nasceu Jesus. Nasceu de família humilde e pobre.

Jesus cresceu como todos os bebés, foi criança, adolescente e jovem. Viveu o tempo necessário para concluir um projecto tão grande que não tem fim, e ainda hoje é possível celebrar o aniversário do seu nascimento ocorrido há 2000 anos.

Celebramos o seu nascimento e não a sua morte, porque Ele está vivo no coração de todos os homens de boa vontade.

Conforme foi crescendo, foi cumprindo as regras sociais da sua época e foi apresentado no templo. Naturalmente, como um bom Judeu, ao sábado frequentaria o templo. Um dia foi o leitor. Outro dia entrou no templo e, aí, zangado mostrou que não era lugar para negócio, mas sim um lugar sagrado.

Jesus esteve presente numas bodas, assistiu com emoção à morte de amigos, sentiu fome e sede, chorou e gostava do monte para orar, também admirava a natureza e louvava o Pai em todo e qualquer lugar, mas procurava lugares de muito silêncio e de elevação, em momentos mais difíceis.

Nos últimos 3 anos da sua vida, dedicou-se à Boa Nova. Falou das coisas do Pai, dos mandamentos e fez ver a todos que o principal mandamento era Amar a Deus e ao próximo... Ele próprio, disso, deu testemunho e nunca o vemos noutro lado que não seja à beira do pobre, do desprotegido, do oprimido, do doente, do triste, do só, do marginal, do pecador, do abandonado, do desprezado...

Tinha bons sentimentos e procurou dar resposta aos problemas que encontrava: Ressuscitou o filho da viúva; acalmou tempestades; matou a fome à multidão; chorou perante a morte do amigo Lázaro; deu vista aos cegos; pôs os coxos a andar e os mudos a falar; curou da lepra e perdoou; entregou-se por Amor e por Amor morreu numa Cruz, onde novamente voltou a perdoar.

Jesus, afinal, não morreu porque, com o exalar do último suspiro no alto da Cruz, apenas nos quis dizer que daquela maneira tinha acabado o seu projecto terreno, como peregrino deste mundo e como qualquer ser mortal.

Apareceu aos discípulos, voltou a fazer milagres. Subiu ao céu e enviou o espírito paráclito.

De facto Jesus continua manifestamente vivo nas boas obras de todos os que O ama, continua vivo no coração de todos os que, como Ele, se entregam em gestos de solidariedade e de amor.

Jesus sempre viveu, pelos séculos dos séculos, no coração de todos os que se esforçaram por amarem ao jeito d’Ele. Jesus Cristo continua vivo num terço da população da humanidade, em mais de 1 900 milhões de habitantes deste planeta.

Hoje celebramos este Natal de Jesus!

Perante esta celebração, dão-se situações e reacções diversas: os indiferentes e os que se incomodam com estas coisas; outros que exultam de alegria, vibram e fazem realmente festa porque para além das luzes, das cores, da música, das prendas, dos cartões de boas-festas, dos pinheiros e dos azevinhos e do convívio no aconchego familiar, sentem que uma grande LUZ nasceu para nos conduzir a uma maior dignidade, responsabilidade e paz.

Esta LUZ é Jesus!

Coragem irmãos...é Natal!

Parabéns porque esta Luz continua hoje viva. Esta luz trouxe-nos aqui e nos reuniu como uma família que acredita neste Deus feito Homem.

Parabéns, Parabéns e Cantemos todos de pé, Parabéns.

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Sachola e Foice“Senhor, esta sachola e esta foice foram instrumentos do nosso trabalho no campo. Com eles, a terra foi preparada, a semente foi lançada e os frutos saciaram a fome do mundo.”

Uma Pá e uma gamela da broa – “Estes instrumentos ajudaram-nos a preparar o pão de cada dia com o suor do nosso rosto. Aceita-os, Senhor, como gesto de gratidão pela benção que de vós recebemos.”

Canga – “Senhor, esta canga representa o esforço dos animais que puseste ao nosso alcance para nos ajudar nos trabalhos da vida. Aceita-a, Senhor, como símbolo da nossa obra nascida das tuas mãos.”

Serra – “Esta serra, senhor, foi o instrumento que nos ajudou a tirar da natureza tantas coisas que nos eram necessárias no nosso dia-a-dia! Que o homem, ao transformar o mundo, o respeite como obra da criação.”

Vassoura – “Esta vassoura simboliza o esforço quotidiano de tantas mulheres que à limpeza e ao asseio do lar dedicaram toda a sua vida. Aceita-a, Senhor, como lembrança do nosso desejo de purificação interior.”

Mala – “Esta mala, senhor, lembra-nos todos aqueles que deixaram as suas terras em busca de melhores condições de vida. Aceita-a como sinal de agradecimento por nos teres acompanhado nesta dolorosa situação.”

Toalha Regional – “Esta toalha lembra-nos os momentos festivos da família. Com ela embelezamos também a mesa do senhor e partilhamos a comunhão. aceita-a como expressão do nosso amor.”

Acordeão – “Com ele te oferecemos o entusiasmo e dedicação de todos os que, pela música, nos tornaram a vida mais agradável.”

Bengala – “Esta bengala, Senhor, simboliza o suporte que tantas vezes precisamos para nos ajudar a caminhada. Ensina-nos a sermos também bordão de sabedoria e amor para os outros...”

Pão – “O pão é mantimento indispensável à vida e sinal de alimento espiritual pela vivência da palavra e dos valores cristãos. Recebe-o como fruto do nosso trabalho e gesto de adesão à tua mensagem.”

Vinho – “O vinho traduz a alegria, a amizade e a comunhão de sentimentos entre os irmãos. Aceita-o como o nosso desejo de construção da paz e união entre os homens.

Cálice – “O cálice é sinal da partilha. Aceita-o, Senhor, como fonte de esperança e alento para todos os que sofrem.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

RITUAL

 

 

Entrada dos adolescentes na igreja

 

* Cântico de entrada - FESTA NA CIDADE

 

Há muita gente pelas estradas

A cidade por encanto amanheceu

Todos se falam com alegria

Toda a tristeza e rancor desapareceu

 

Refrão

            É festa em toda a cidade

                        é grande a vontade de cantar

                                   é o dia mais belo pr’a descobrir

                       a amizade que existe entre nós

                        as luzes brilhando com fulgor

                        ainda é maior nossa alegria

                        é festa e o sol há-de brilhar

                        sempre mais dentro do nosso coração                   

                       

Quando amanhã for trabalhar

Voltará a mesma vida da cidade

Mas se em todos vir um amigo

Esta alegria novamente encontrarei

 

 

Saudação do presidente

* Feito pelo Sr. Padre Coutinho

 

 

Apresentação pelos pais

                                                                      

PAI - Pai Santo, fonte de toda a vida, trazemos à Vossa presença estes filhos que nos destes. São eles a nossa alegria, a nossa consolação, o nosso tesouro, a nossa vida.

MÃE - Criancinhas ainda, já os entregávamos à Vossa Igreja pelo Baptismo. Agora, tendo experimentado a vida de fé, eles querem comprometer-se também com a mesma fé, para que possam professá-la e receber a plenitude do Espírito Santo, no Crisma.

Alegremo-nos ao vê-los entusiasmados com a fé que lhes destes.

 

 

Apresentação por um catequista

                                                                      

Catequista - Nós caminhamos juntos na fé durante este ano de catequese. Estais dispostos a continuar esta caminhada e a preparar-vos para receber o Crisma?

Nós, catequistas, alegramo-nos por esta  vossa decisão e prometemos dar o apoio que precisarem.

Acto penitencial

                                                                      

Senhor, sabemos que queres para nós uma vida feliz, em paz e amizade; queres que os pobres tenham as suas oportunidades, e que ninguém seja excluído da vida. Perdoa os nossos desencontros, o egoísmo que leva à guerra e à violência.

 

Senhor tem piedade de nós

Somos o teu povo pecador

Toma a nossa vida de pecado e dor

Enche o nosso espírito de amor

Cristo tem piedade de nós

Somos ....

 

Senhor tem piedade de nós

Somos ...

                                                                      

PAIS - Cristo, sabemos que os nossos filhos esperam descobrir nos nossos olhos, nas nossas palavras e gestos, e no nosso amor, o amor com que Tu os amas. Nós somos, muito amiúde, impacientes, desalentadores, pouco  disponíveis.  Perdoa-  -nos a falta de verdadeira caridade e a nossa dificuldade em partilhar.

           

Cristo tem piedade de nós....

 

SACERDOTE - Senhor, sabemos que a Tua Igreja está aberta a todos os homens. Pela nossa pequenez de coração, pela nossa vaidade, pela nossa dificuldade para falar com simplicidade... Perdoa as nossas infidelidades.

 

Senhor tem piedade de nós.....

 

 

Leituras

                                                                      

Leitura dos Actos dos Apóstolos

 

“Naqueles dias, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, a Icónio e a Antioquia. Iam fortalecendo as almas dos discípulos e exortavam-nos a permanecerem firmes na fé, «porque - diziam eles - temos de sofrer muitas tribulações para entramos no reino de Deus». Estabeleceram anciões em cada Igreja, depois de terem feito orações acompanhadas de jejum, e encomendaram-nos ao Senhor, em quem tinham acreditado. Atravessaram então a Pisídia e chegaram à Panfília; depois, anunciaram a palavra em Perga e desceram até Atalia. De lá embarcaram para Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para a obra que acabavam de realizar. À chegada, convocaram a Igreja, contaram tudo o que Deus fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé.”

 

Palavra do Senhor.

 

Cântico: Aleluia

 

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo S. João

 

“Naquele tempo, estavam, junto à cruz de Jesus, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.

Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho».

Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe».

E, a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.”

 

Palavra da salvação.

 

 

Homilia

 

 

Propósitos e Profissão

(Às perguntas que vão ser feitas pelo celebrante, só respondem os meninos e as meninas que quiserem. É melhor não responder, que responder falsamente).

                                                          

ADOLESCENTE - Vivemos juntos estes anos de catequese. Procurámos entender-nos e ajudar-nos uns aos outros a compreender a nossa vida e a escolher a Nosso Senhor Jesus para mudar de conduta. Connosco estiveram os nossos catequistas, os nossos pais, familiares e amigos, e o nosso pároco. Reconciliámo-nos uns com os outros.

 

SACERDOTE - Ao viver esta experiência, vivestes algo do que se chama a Igreja. Obtivestes ajuda do Espírito de Deus. Descobristes que somos solidários com os santos e santas que vivem para  sempre. Por isso, eu  vos  pergunto  agora: Acreditais no  Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão  dos Santos, no perdão  dos  pecados,  na  ressurreição dos mortos e na vida eterna?

 

Cada um responde: SIM CREIO

 

SACERDOTE - Quereis continuar com  os vossos  encontros de catequese para que o Espírito de Deus vos ajude a viver, segundo os ensinamentos de Jesus?

 

Cada um responde: SIM, QUERO

                                                                      

ADOLESCENTE - Nós observamos e escutamos Jesus. A Jesus que arrastava os homens a segui-l’O, que se fez servo de Seus amigos, que perdoava a Pedro e punha nele Sua confiança, que depois de morto, fez que O reconhecessem vivo, pelo modo de partir o pão.

 

SACERDOTE - Com tudo isto, vos  familiarizastes  mais  com  Jesus Nosso Senhor e nosso irmão. Por isso, eu vos pergunto agora: Acreditais em Jesus Cristo, Filho único de Deus, Nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, sofreu a paixão, foi sepultado  e ressuscitou de entre os mortos e está vivo na glória do Pai?

           

Cada um responde: SIM CREIO

 

SACERDOTE - Quereis procurar viver de acordo com as palavras de Jesus, e encontrar-vos, de novo, com Ele na Eucaristia?

 

Cada um responde: SIM, QUERO

 ADOLESCENTE - Admiramos a variedade que tem a natureza e as muitas formas que há de vida. Nós compreendemos, ainda, que  para viver  em  amizade,  fraternalmente,  há que reconhecer que Deus é nosso Pai, como o fez Jesus.

 

SACERDOTE - Deus é para nós um Mistério. Mas todas estas chamadas de vida e das palavras de Jesus  vos  aproximaram  deste Mistério.  Por isso, vos  pergunto: Acreditais em Deus, Pai Todo  Poderoso  que,  por amor , criou o céu e  a terra, que nos  mostrou o Seu amor em Jesus Cristo, e que conta connosco, Seus Filhos?

 

Cada um responde: SIM CREIO

 

SACERDOTE - Quereis ser fiéis em rezar a Deus, nosso Pai, e em dar perante os outros, na vida de cada dia, testemunho do amor que nos tem?

           

Cada um responde: SIM, QUERO

 

 

Oração universal

                                                                      

ADOLESCENTE - Pelo Santo Padre, que na deslocação a Fátima nos apontou o caminho da santidade no exemplo dos Pastorinhos, para que toda a Igreja os acolha em seu coração e ganha a força e a humildade das crianças, que em toda a parte são escolhidas para se revelarem os mais admiráveis desígnios de Deus,

           

OREMOS, IRMÃOS.

                                                                      

ADOLESCENTE - Pelos pais de todo o mundo, por todas as famílias para que juntamente com os catequistas e demais educadores, contribuam para a transmissão aos mais novos dos autênticos valores do Evangelho, a paz, o amor, a concórdia; sejam como Cristo o Bom Pastor, que sempre acompanha e vela pelo seu rebanho,

 

OREMOS, IRMÃOS.

                                                          

Pai - Senhor,  como  no dia de Pentecostes,  começaram os  Apóstolos  a aceitar as suas responsabilidades, nossos filhos encontram-se a ensaiar  responsabilidades  que gradualmente as vão assumindo para uma vida de cristãos adultos.  Que Ele nos ensine a dar testemunho da nossa fé, nas nossas famílias, e a suster assim a fidelidade dos nossos filhos.

 

OREMOS, IRMÃOS.

                                                                      

ADOLESCENTE - Por toda esta comunidade de Nossa Senhora de Fátima que solenemente celebra e renova a sua Profissão de Fé com estas crianças; para que Cristo, o Bom Pastor, não deixe que nenhuma das suas ovelhas se perca nos silvados dos mundo e confie as suas vidas à Senhora de Fátima, para sempre nossa Mãe e Padroeira,

 

OREMOS, IRMÃOS.

                                                                      

CATEQUISTA - Senhor, nós, os catequistas, Te pedimos por  estes adolescentes que se preparam para uma profissão de fé adulta, no Crisma. Têm que chegar a ser livres; cremos que o serão de verdade, se se mantiverem dóceis ao Teu Espírito. Que o seu compromisso de hoje seja um ponto de partida no viver com Cristo, como adolescentes.

           

OREMOS, IRMÃOS.

 

 

Ofertório solene

 

*Cântico Ofertório - SÃO DIAS QUE PASSAM

 

      São dias que passam, são horas que vão

      São lábios que cantam,  são mãos que se dão

      E deixam saudade de não ser assim

     Toda a vida, a vida de agora

 

      É tempo, é tempo de aprender a ser

      Subindo por dentro e sempre a crescer

      Pisando caminho, esquecendo talvez

      O deserto de ontem sozinho

                

      Tudo quanto penso, tudo quanto sou

      É grande é imenso, é tudo o que dou

      E ao dá-lo recebo e fico maior

      Do que sou quando me nego

 

      Criança era ontem, cresci, aprendi

      A aposta da vida ganhei e perdi

      O risco me trouxe até o que sou

      Nunca basta a vida que foi  (bis)

 

 

LUZ – O Círio como sinal de Luz                                 

 

A luz é uma fonte de vida, é uma bússola que nos indica  bom caminho e nos faz reflectir nas coisas erradas.

Sem a luz nós não existíamos e tudo ficaria escuro e triste.

A luz também nos revitaliza, dá-nos força para enfrentarmos o dia a dia e muita alegria. 

           

VIDA – As flores como sinal de vida                           

 

É como uma flor que nasce, vive e morre, como um rio que tem um destino, como uma peça de uma máquina que tem a sua função... Um labirinto de sentimentos, maus e bons onde só queremos uma coisa, o caminho certo.

É como um puzzle, por cada peça que montamos descobrimos sempre uma nova coisa.  É um mar de surpresas...

           

ALEGRIA - O CD como sinal de alegria.                      

 

A alegria existe na nossa vida e é partilha com os outros.

Nos momentos mais felizes da nossa vida apetece-nos cantar e sorrir para toda a gente. A música é uma alegria para a alma.

 

ABERTURA - As chaves como abertura do Coração    

 

A  abertura do nosso coração aos outros começa, quando o abrimos  a nós próprios. Temos o desejo sincero de abrir de par em par o nosso coração para dar lugar a Cristo e à sua mensagem.

           

TEMPO - O relógio como sinal do tempo.                   

 

O tempo voa. Quantas vezes não o conseguimos controlar.

Queremos fazer tudo e não temos tempo para nada. Temos o desejo de amar os irmãos a tempo inteiro; porque é este o mandamento novo que de Vós recebemos.

           

LIBERDADE –O desatar da corda como sinal de liberdade

 

A liberdade é uma coisa que se deve usufruir com medidas...

Toda a gente tem direitos mas também tem deveres, o que deve lembrar e cumprir.

Muita gente não a sabe usar, pensando que só tem direitos e não tem deveres. Essas são aquelas pessoas gananciosas que só pensam nelas!

A liberdade é como um copo que quando se excede na quantidade, transborda!...

 

PAZ – A pomba símbolo da Paz                                 

 

A paz é uma coisa que o mundo actual precisa e que infelizmente pouca gente a espalha e compreende. A paz quando invade o nosso coração faz-nos sentir bem, e põe-nos felizes para o resto do dia!...

Quem dá paz às outras pessoas também é  retribuído com paz, e está a proporcionar um modo de vida melhor, o que é gratificante e faz com que nos empenhemos nela.

           

PÃO – Pão como alimento                                          

 

Neste pão, oferecemos-Te, Senhor, o trabalho de cada dia, o alimento que a muitos falta na má distribuição da humanidade. Que este pão transformado no Teu Corpo nos leve a saber partilhar com os outros a abundância dos teus dons e sejam eles o alimento que nos dá a força e a coragem do gesto que salva.

Que estas crianças que hoje te querem receber na sua Comunhão Solene, partam para o mundo sem esquecer que só Tu podes saciar a fome de paz, justiça e  unidade. 

 

VINHO – Vinho como sinal de trabalho            

 

O vinho que apresentámos será transformado no Sangue com que remiste a humanidade. Com ele estabeleceste a definitiva aliança, apontando a todos a salvação que está derramamento de sangue pelo irmão.

Apaga a sede de quantos te procuram e ainda não te encontraram e ajuda-os a compreender que nem sempre sofrer é morrer.         

           

PARTILHA – As ofertas como partilha             

 

Nestes dons queremos manifestar a alegria que nos deixaste em saber partilhar. Ajuda-nos a saber partilhar tudo quanto nos dás para que a ninguém falte a alegria do dar e receber.

 

 

Eucaristia

(Anáfora II das crianças)

           

O Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós.

Corações ao alto.

Todos: O nosso coração está em Deus.

Dêmos graças ao Senhor, nosso Deus.

Todos: É nosso dever, é nossa salvação.

 

Pai, que sois tão bom, sentimos grande alegria em estarmos aqui reunidos, junto de Vós. Queremos agradecer-Vos e, com Jesus, Vosso filho, cantar-   -Vos a nossa alegria.

Todos: Glória a Vós Senhor, que tanto nos amais.

Vós sois tão nosso amigo, que criastes para nós este mundo grande e belo.

Todos: Glória a Vós Senhor, que tanto nos amais.

 

Vós sois tão nosso amigo, que nos dais o Vosso Filho, Jesus, para nos guiar até junto de Vós.

Todos: Glória a Vós Senhor, que tanto nos amais.

Vós sois tão nosso amigo, que em Jesus, reunis todos os homens como filhos de uma família.

Todos: Glória a Vós Senhor, que tanto nos amais.

Porque sois tão nosso amigo, ó Pai, queremos dar-Vos graças; e, com os Anjos Santos que vos adoram, no Céu, cantamos com alegria:

 

Santo, Santo é o Senhor Deus

Deus do Universo, Deus do Universo

Cheios estão os céus e a terra

Da Tua glória, Hossana

Hossana Hossana Hossana Nos céus        (repete)

Bendito o que vem

Em nome do Senhor, Hossana nos céus Hossana

Santo, Santo...

 

Sim, ó Pai, bendito seja Cristo Jesus, que Vós nos mandastes; o amigo dos pequeninos e dos pobres.

Ele veio para nos mostrar  como  podemos amar-Vos e amarmo-nos uns aos outros.

Ele veio para tirar do coração dos homens toda a maldade que não nos deixa ser amigos, que não nos deixa ser felizes.

Ele prometeu que o Espírito Santo estaria connosco todos os dias para podermos viver da Vossa vida.

Todos: Bendito o que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas!

 

Em seguida, tomou o cálice com vinho, fez, de novo, uma oração para Vos dar graças; depois entregou o cálice a cada um, dizendo:

“Tomai e bebei todos: este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos os homens, para remissão dos pecados.”

Todos: Jesus Cristo entregou-Se por nós.

 

            E disse-lhes, ainda:

            “Fazei isto em memória de mim”.

 

Por isso, ó Pai, que sois tão bom, lembramos, agora, a morte e a ressurreição de Jesus, o Salvador do mundo: Jesus deu-Se a nós para ser agora a nossa oferta e nos levar até junto de Vós.

Todos: Nós Vos louvamos, nós vos bendizemos, nós vos damos graças.

 

Escutai-nos, Senhor, nosso Deus; dai o Vosso Espírito de amor a todos nós que participamos nesta refeição par ficarmos cada vez mais unidos na Vossa Igreja, em união com o Papa, João Paulo II, o nosso Bispo, José Augusto, e com todos os outros Bispos do mundo inteiro e com todos os que trabalha pelo Vosso Povo.

Todos: Somos a Igreja de Cristo, para Vossa glória.

 

Lembrai-Vos, ó Pai, de todos os nossos amigos (...) e também daqueles de quem não gostamos tanto.

Lembrai-Vos daqueles que já partiram deste mundo (...) recebei-os, com amor, na Vossa glória.

Todos: Somos a Igreja de Cristo, para Vossa glória.

 

Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai Todo Poderoso, toda a honra e toda a glória, agora e sempre na unidade do Espírito Santo.

Todos: Amén.

 

* Cântico: PAI NOSSO

 

Junto ao mar eu hoje ouvi,

Senhor Tua voz que me chamou

E me pediu que me entregasse

A meu irmão

Essa voz me transformou

A minha vida ela mudou

E só penso agora Senhor

Em repetir-te

 

Paz

 

* Cântico: PAZ AOS HOMENS

           

Ouvi uma criança a cantar

Baixinho pr’a ninguém ouvir

Brilhando no seu olhar

A mensagem que queria transmitir.

 

   Refrão:

Paz aos homens

Paz aos homens

Paz aos homens

De toda a terra

Olhou-me com ternura e a sorrir

Porém não parava de cantar

Sua voz fez-me sentir

Vontade de também cantar.

 

Comunhão sobre as duas espécies

 

* Cântico: CANTAREI

 

Se crês em Deus

Se acreditas que Ele há-devoltar

Segue o caminho que Jesus nos veio ensinar

Então verás que a vida se pode tornar melhor

 

   Refrão:

Cantarei, Cantarei

O que Deus no veio ensinar:

Que a maneira de chegar ao Céu,

É amar, é amar, é amar, é amar

O pobre o rico e o pecador

E tudo o que nesta vida é querido do Senhor

 

Se Deus quiser,

Hei-de deixar de pensar em mim,

E assim roubar tempo ao tempo para O adorar,

Serei feliz, e comigo será tudo o que cantar

 

* Poema                                                                                

Senhor, eu te ofereço tudo o que sou.

É muito pouco, mas é toda a minha riqueza.

A minha voz para continuares a falar aos homens.

Os meus pés para que te possas aproximar de quem caiu

As minhas mãos para continuares a acariciar, a curar, a levantar.

O meu coração para continuares a amar e a perdoar setenta vezes sete.

Senhor, eu te ofereço tudo o que sou.

para que a tua mensagem de salvação chegue a toda a gente.

Enche a minha ignorância com a tua claridade,

o meu cansaço com a tua fortaleza,

o meu egoísmo com o teu amor,

a minha desilusão com a tua esperança,

as minhas sombras com a tua luz

o meu pecado com a tua misericórdia.

Senhor, eu te ofereço tudo o que sou

e te digo com humildade e alegria:

“Conta comigo! ”                                                                                                                                             

Cântico: DE ACÇÃO DE GRAÇAS

 

Fica entre nós, Senhor neste dia

Fica entre nós, em paz viveremos

 

Refrão:

     Fica entre nós, dá-nos tua luz

     a noite jamais há-de vir

     fica entre nós, dá-nos tua luz

     nos caminhos do mundo, senhor

 

Juntos iremos nós pelos mundo,                                               

Juntos iremos ter com os homens

Quero Senhor as minhas mãos dar-te

Quero Senhor meu ser entregar-te

 

 

Benção final

 

* Cântico: SOU AINDA MUITO JOVEM

 

Refrão:

Sou ainda muito jovem mas eu sei

Que o homem que amanhã eu quero ser

Vai crescer, vai crescer dentro de mim

É como a flor que eu cuido com amor no meu jardim

 

E que o mundo tem direito a colher

É como a flor que eu cuido com amor no meu jardim

E que o mundo tem direito a colher

 

Tenho vontade de dizer e de cantar

Dá-me um pouco de atenção só pr’a dizer:

Que a vida é dom há que cuidar

Todo o homem tem direito a viver

 

Tenho vontade de dizer e de cantar

Dá-me um pouco de atenção só pr’a dizer:

“Que a paz é flor, a desabrochar

Mas só no coração pode nascer”.

Tenho vontade de dizer e de cantar

Dá-me um pouco de atenção só pr’a dizer:

“Que a esperança é fogo, é chama, é luz

Que é urgente neste mundo acender”.

 

 

Procissão Solene da Padroeira

 

 

ORDEM DA PROCISSÃO DE N.ª SRA. DE FÁTIMA

11/05/2003

 

 

* Fanfarra – Fragoso

* Escuteiros (se os houver)

* Guião

* Bandeira N.ª Sr.ª de Fátima

* Figurado (se houver)

* Bandeira N.ª Sr.ª das Necessidades

* Figurado (se houver)

* Bandeira da Legião de Maria

* 2 Figurados (se houver)

* Bandeira de S. Vicente de Paulo

* Figurado (se houver)

* Bandeira do Sagrado Coração de Jesus

 

* Catequese – Pré

* Catequese –  

* Catequese –  

* Catequese –  

* Catequese –  

* Catequese –                                     João Dias e Ricardo Bragança            

* Catequese –  

* Catequese –  

* Catequese –  

* Catequese – 10º

 

* Pastorinhos

* Andor

* 7º Ano da Catequese – Comunhão Solene

 

* Cruz – Veiga, Rui Castelejo, Ramos

* Turíbulo – Conceição Meira, Felisberto Eira

* Pálio – P.e Brito, Simões e Cachulo

* Juízes – José Martins e Fernando Amado

* Autoridades – Presidente da Junta(?), Presidente ou Representante da Câmara

* Comissão de Festas – Comissão Fabriqueira

* Povo

 

* Lanternas do Pálio – Fernando Dias, Bento Ferreira Viegas, Manuel Meira e João Vieira Ferraz

 

* Pálio (Varas) – Eng.º José Carlos Silva, Dr. Paulo Gigante, Dr. Armando Sobreiro, Dr. José Carlos Loureiro, Dr. António Viana Cunha, João Carlos Salgado

 

* Andor (Lanternas) – José Alberto Ferreira Silva, Fernando Pereira, José Galvão e João Miguel Gomes

 

 

* Varas do Juiz – José Martins (1º Juiz) e Fernando Amado (2º Juiz)

 

* Bandeira da Senhora de Fátima – João Passos Fernandes, Francisco Viana, Manuel Mota (genro do Puga)

 

* Bandeira Sagrado Coração Jesus – Domingos Fornelos, Saúl Carvalho e Cesário Lima

 

* Bandeira N.ª Sr.ª das Necessidades – Victor Rosário, Pedro Silva e Aníbal Silva

 

* Bandeira de S. Vicente Paulo – Carlos Alberto Braga, António Puga e Fernando Mendes

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BENÇÃO DA POUSADA DE JUVENTUDE DE VIANA DO CASTELO

20 de Agosto de 1999

 

 

Ritos iniciais

 

Presidente: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Todos: Amém.

Presidente: Reine nesta Pousada e em todos os que, de futuro, a procurem, a paz do Senhor.

Todos: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo

 

 

Introdução

 

Elevemos, irmãos, a nossa fervorosa oração a Jesus Cristo, que quis nascer da Virgem Maria e habitou entre nós, para que se digne entrar nesta Pousada e abençoá-la com a sua presença.

Nosso Senhor Jesus Cristo esteja aqui no meio de vós, alimente fraternalmente a vossa juventude, tome parte nas vossas alegrias e vos conforte nas tristezas.

E vós, seguindo os mandamentos e exemplos de Cristo, procurai, acima de tudo, viver de tal modo que esta Pousada seja lugar onde reine a hospitalidade sadia, e donde se difunda ao longo e ao largo a suave fragância de Cristo.

 

 

Evangelho

 

Leitura do Evangelho segundo são Lucas (Lc. 10, 5-9)

 

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: “Quando entrardes nalguma casa, dizei primeiro: «Paz a esta casa» . E se lá houver homens de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará convosco. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.

Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: «Está perto o reino de Deus»”. Palavra do Senhor.

 

 

Salmo

 

Salmo 126 (127)

 

Refrão: O Senhor edifique a nossa casa

 

Se o Senhor não edificar a casa,

Em vão trabalham os que as constroem.

Se o Senhor não guarda a cidade,

Em vão vigiam as sentinelas.

 

Refrão

É inútil levantar-vos antes da aurora

E trabalhar pela noite dentro,

Para comer o pão dum trabalho duro,

Porque Ele o dá aos seus amigos, até durante o sono

Refrão

Os filhos são uma benção do Senhor

O fruto das entranhas, uma recompensa:

Como flechas nas mãos de um guerreiro,

Assim os filhos nascidos na juventude.

Refrão

Feliz o homem que encheu a aljava:

Não será confundido,

Quando enfrentar os inimigos às portas da cidade.

Refrão

 

 

Preces

 

Nosso Senhor Jesus Cristo, tomando sobre si as nossas fraquezas e sofrimentos, passou fazendo o bem, deixando-nos o exemplo para que sigamos os seus passos. Confiando no Seu amor infinito, invoquemo-l’O, dizendo:

 

“Ficai connosco, Senhor...”

 

  1. Senhor Jesus Cristo, que com Maria e José santificastes a vida doméstica, dignai-vos habitar nesta Pousada, de modo que Vos sintamos sempre como nosso hóspede e vos honremos como nosso Mestre e Senhor.

 

Todos: “Ficai connosco, Senhor.”

 

  1. Senhor Jesus Cristo, em quem todo o edifício bem construído cresce para formar templo santo, fazei com que todos os que usufruam desta Pousada, sejam morada de Deus pelo Espírito Santo.

 

Todos: “Ficai connosco, Senhor.”

 

  1. Senhor Jesus Cristo, que ensinastes os vossos fiéis a construir a sua casa sobre rocha firme, fazei que a vida nesta Pousada se apoie firmemente na Vossa palavra e, evitando a divisão e a discórdia, Vós sejais servido de coração sincero e espírito generoso.

 

Todos: “Ficai connosco, Senhor.”

 

  1. Senhor Jesus Cristo, que, não tendo morada própria, aceitastes com a alegria da pobreza a hospitalidade dos amigos, fazei com que todos os viajantes e peregrinos encontrem nesta pousada.

 

Todos: “Ficai connosco, Senhor.”

 

  1. Senhor Jesus Cristo, que na família de Nazaré encontrastes a plenitude do amor fazei que também nesta pousada todos possam viver a experiência da dignidade humana.

Oremos

 

Todos: “Ficai connosco, Senhor.”

 

 

Benção do edifício

 

Assisti Senhor, os vossos servos, que, ao ignorar hoje esta pousada, imploram humildemente a vossa benção, para que, nela estando, encontrem em Vós um refúgio, ao saírem, Vos tenham por companheiro, ao regressarem, Vos sintam como hóspede, até que um dia cheguem felizmente à morada para eles preparada na casa do vosso Pai.

Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

 

Todos: Amém.

 

Cântico: “Avé Maria”, de Schubert

 

 

Conclusão

 

A paz de Cristo reine nos nossos corações, a palavra de Cristo habite em nós com abundância, de modo que tudo o que fizermos, por palavras ou por obras, seja tudo em nome do Senhor.

 

Todos: Amém

 

 

 

 

                          

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO VI

 

A PARÓQUIA E A ACÇÃO SOCIAL

 

 

 

      Alguns trabalhos que ele apresentou ou escreveu para o Jornal “Paróquia Nova” que dirige.

            Se há alguma coisa que apaixona verdadeiramente o P.e Coutinho é a acção social, o serviço aos outros. Isso se vê nos apelos que fez ao voluntariado e às obras que criou. Sinal de que, para ele, não se pode pregar a “estômagos vazios”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE

 

como expressão de Caridade ou Solidariedade numa Comunidade

 

 

1. Boa Nova de Jesus Cristo

 

“Dou-vos um mandamento novo: que vos amais uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como que vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” (João 14, ou 16...)

            Quando esta Boa Nova atinge os corações ela é aceite, isto é, a adesão e o compromisso modelam, forçosamente, o agir humano ao jeito da pessoa de Jesus Cristo.

 

a) A Fome e a Miséria

 

            Ninguém pode descansar enquanto não forem erradicados problemas como a fome e a miséria. É a fome e a miséria que têm de ser combatidas para que a salvação se dê na globalidade do corpo e da alma: o ser físico, mental e espiritual. Caso contrário, constituirão sempre um bloqueio a essa salvação. Essa miséria vai desde a fome, privação de bens essenciais à sobrevivência do ser humano até aos sem abrigo, marginalidade, etc.. 

 

            b) A atitude de Jesus

 

            A opção de Jesus Cristo foi sempre muito clara. Logo após o seu nascimento, ele voltou-se para a gente simples e abandonada, e durante a vida sempre optou pelos pobres a quem muitas vezes matou a fome. (Mt. 14, 13-21).

            Não vemos Cristo a ocupar outro lugar. Está sempre ao lado dos pobres e dos que precisam, dos aleijados, dos estropiados, dos doentes, dos pecadores e dos pecadores públicos, dos que passam fome e sede...

 

c) A nossa atitude

 

            A atitude dos crentes também não pode ser outra na vida. Não devemos estar tão preocupados com o aparato e as grandes obras. Quando Jesus nos diz que “Vejam as vossas obras e louvem o vosso Pai do Céu” (Mt. 5,6), é para que sejamos grandes realizadores com meios simples e humildes, pois só na humildade e na simplicidade é que seremos capazes de descobrir sinais de Deus.

Tanto hoje, como ontem, numa região com o menor poder de compra do país, onde  encontramos  pessoas que nos batem à porta esfomeadas, também Jesus nos diz, como aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmo de comer!” (Mt. 14,16).

 

 

2. Na história da Igreja

 

            No princípio da Igreja “pôr em comum os bens” era normal. Sobretudo era esse o testemunho que mais cativava... “Olha como eles se amam”. Depois, na época patrística, aparecem também testemunhos claros de preocupação pelos pobres como, por exemplo:

           

* S. Gregório de Nissa (335-394): “O tempo actual apresenta-nos uma quantidade de nus e de sem abrigo. Há multidões de escravos junto de cada porta. O estrangeiro e o emigrante também não faltam. Por toda a parte mãos estendidas buscando auxílio” (Os padres da Igreja e a questão social, 25).

 

            * S. Gregório de Nazianzo (330-390): “... mas, e aqueles, num sofrimento enorme, enquanto nós bem abrigados em casas luxuosas... e os míseros, tremendo de frio, nos seus farrapos grosseiros... quem não se angustia com estes lamentos? Que olhos são capazes de ver este espectáculo?” (idem, 43).

               

* S. João Crisóstomo (345-407): “Age com misericórdia e bondade: socorre a penúria, mata a fome, afasta as tribulações. Recomendo que aos necessitados se dê com abundância” (idem, 79).

               

Depois, na Idade Média, começou-se a desenvolver a liturgia e tudo o que envolve esta acção, como seja, a arte. Por isso, houve na história da Igreja, tempos em que a acção sócio-caritativa não era considerada missão da Igreja ou, pelo menos, era relegada para último lugar. E no mesmo sentido se afirmava que a função essencial da Igreja era ser missionária: “Ide e ensinai todos os povos” (Mt. 28, 19-20). Pregar e baptizar era a sua particular missão.

Ainda hoje, a função da Igreja continua a ser objecto de algum tabu ou de algum medo. Falta muitas vezes a coragem de S. Paulo: Fazer tudo, para a todos levar a Cristo. Isto significa risco e ser cristão é um risco.

 

 

3. O Concílio Ecuménico

 

            Este Concílio ajudou-nos a não esquecer, a partir das missões de Jesus Cristo como Sacerdote, Profeta e Rei, que ser Rei era servir e servir era amar, era dar a vida pois não basta celebrar a fé e proclamá-la, é preciso também vivê-la.

Em Jesus Cristo, fomos baptizados nesta tríplice missão e se Cristo era o Caminho, a Verdade e a Vida, temos, como pessoas de fé e comprometidas com Cristo, também nós de ser sacerdotes para santificar, profetas para proclamar a verdade e reis para abrirmos caminhos de felicidade aos que dela precisam. Isto diz-se para os ministérios ordenados e não ordenados, realçando-se não a responsabilidade, mas a co-responsabilidade.

 

           

4. A Instituição Particular de Solidariedade Social

 

            Uma I.P.S.S. é uma iniciativa unicamente de leigos ou de leigos comprometidos na Igreja, com estatutos próprios e com objectivos definidos e aprovados pelo Bispo da diocese. Mas a I.P.S.S. pode ser fundação de um outro movimento eclesial, a nível diocesano ou  paroquial, desde que aprovado pelo Bispo. Tem de ser autónoma para cumprir 3 objectivos fundamentais na comunidade, como sua mandatária: expressar a generosidade individual, articular a generosidade e equilibrar ou coadjuvar a organização social com os serviços do Estado. Esta autonomia é-lhe concedida pela comunidade, reconhecida pelo Bispo e também, se for o caso, pelo Estado. Não resulta da lei, nem da autoridade estatal, resulta da iniciativa generosa e espontânea da comunidade. Ela é  um meio pelo qual a Igreja exerce parte da sua missão  socio-caritativa para com os Homens. É um meio eficaz para o exercício, permanente e obrigatório, da caridade, pois não basta a pregação e a oração, é preciso testemunhar por meio de obras para que façamos parte da Luz que, por excelência, é Jesus.

Uma I.P.S.S. deve ser, numa diocese ou numa paróquia, um lugar de comunhão fraterna, um espaço onde a comunidade ou as comunidades exercem o Amor e a Solidariedade entre as pessoas.

A grande força moral e a riqueza do serviço aos outros deve resultar do facto da I.P.S.S. ser um serviço de leigos da Diocese ou da Paróquia, onde a co-responsabilidade laical pode ser mais notória, visto abrir as portas da integração e participação a pessoas com várias sensibilidades. A I.P.S.S., neste caso, é apenas uma oportunidade criada pela comunidade, presidida pelo Bispo, para servir de suporte a todos os que assumem a estrutura comunitária e institucional para as necessidades encontradas, envolvendo voluntários, na resolução das necessidades da Igreja.

Quem trabalha por esta causa dá provas de saber o que quer, saber fazer com fé, justiça e verdade, passando teimosamente por cima de muitas contrariedades.

 

 

5. Necessidade de Informação e Formação.

 

Como obra da Igreja não podemos falar de Identidade sem falar de Espiritualidade.

Algumas questões poderão ser levantadas em relação à formação de voluntários, para uma colaboração orgânica e articulada, de acordo com as capacidades de cada um. Poderá ainda a I.P.S.S., numa  Comunidade, colaborar com outros serviços e movimentos como a Cáritas, Vicentinos, a Legião de Maria e por aí fora..., para dar uma perspectiva social que também os deve nortear.

Desnecessário é dizer que a solidariedade cristã, para cristãos confessos, tem de ser iluminada pela fé. Não pode ser uma opção puramente humana. Daí a necessidade da Igreja lutar pela formação dos voluntários e trabalhadores assalariados das nossas obras sociais, nas  I.P.S.S.. Há que apostar em equipas profissionais multi-disciplinares e com habilitações próprias, com características humanas e de formação cristã adequadas à missão de qualidade exigida a respostas sociais que damos.

É importante o estudo da acção social e da sua relação com a missão da Igreja, da Comunidade, da vida de fé, esperança e caridade. É importante o estudo dos textos da Doutrina Social da Igreja, da vocação do cristão, da nova evangelização, do compromisso social como exigência da fé dos baptizados.

Os problemas da pobreza, da marginalidade, das diversas carências da fome, da deficiência, da doença, da velhice, dos isolados e ainda das crianças abandonadas ou vítimas de maus tratos, são todos objecto da acção I.P.S.S.. Visto se tratar de grupos vulneráveis, têm de ser objecto do Amor de Deus através da Igreja e essa Igreja é constituída por todos nós.

 

 

6. I.P.S.S. - Espaço de liberdade e globalidade.

 

Uma I.P.S.S. tem uma exigência legal diferente dos outros movimentos e grupos de acção da mesma Igreja, pelo facto de se envolver em acções em que o Estado pode e deve, por justiça, colaborar com o que hoje fazemos por caridade ou solidariedade. E quando o Estado o fizer por justiça, nós, I.P.S.S., faremos outra coisa...

A Instituição dá a cara em nome da Igreja, de um donativo, de uma partilha e até de um serviço. Deste modo, garante a liberdade do beneficiário e do beneficiado e, ao mesmo tempo, pode memorizar a oferta do benfeitor prolongando a sua memória. É uma forma de oferecer e garantir a estabilidade e eficácia da acção de quem dá, de quem se dá sem se comprometer e que quer fazer bem sem mostrar o rosto. É uma questão de liberdade! A luz põe-se sobre o alqueire, mas em nome duma Comunidade pode ser mais forte!... Pode iluminar mais... e ir mais longe.

A I.P.S.S. tem por isso personalidade jurídica, canónica e civil, e é responsável administrativamente, perante a Igreja e perante o Estado, pelo que faz, e como faz. Ela tem, sobretudo, a obrigação de prestar contas, à Igreja hierárquica, sobre a qualidade dos serviços que presta à Comunidade.

Ao Estado pode interessar o tecnicismo; à Igreja, mais do que o tecnicismo, interessa a técnica iluminada pelo  amor, o modo como se faz para que outro não sofra, ou sofra menos. O Amor está sempre, na Igreja, acima da lei e da técnica.

 

 

7. Conclusão

 

Muitos leigos, com capacidades excepcionais, permanecerão afastados de certas práticas de solidariedade Cristã, ao serviço da Comunidade, por desconhecimento do que é uma I.P.S.S. e qual o seu objectivo.

Na Diocese tem de haver lugar para Cáritas, Vicentinos, Legião de Maria, Centro de Cristandade, Serviços de Doentes e também para as I.P.S.S. que, animadas pela Doutrina Social da Igreja, podem ir mais longe em relação aos mais pobres, vulneráveis, desprotegidos, que são os predilectos do Senhor.

Diz S. Paulo aos Romanos (14,47) que o Reino de Deus não é uma questão de comida ou bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo.

A I.P.S.S. deve ser cada vez mais Serviço aos Pobres, serviço à Comunidade, que, por missão, tem de cumprir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A IGREJA E OS CENTROS SOCIAIS PAROQUIAIS

 

 

O serviço do padre Artur Coutinho, em relação à Igreja, sempre se pautou por um serviço social e de há vários anos para cá, como pároco de Nossa Senhora de Fátima, continuou a desenvolver esse seu serviço no Centro Social Paroquial, criado na comunidade desde que lá chegou.

Ele realiza este trabalho na linha da "opção pelos pobres", apontada pelo Concílio Vaticano II.

A Boa Nova de Jesus Cristo só atinge os corações quando as mentes são esclarecidas e, para que isso aconteça, é preciso vencer primeiro a fome e a miséria para que a salvação se dê na globalidade do corpo e da alma, o ser físico, mental e espiritual.

 

A Igreja e a opção pelos Pobres

 

A opção pelos pobres foi sempre a atitude tomada por Cristo pois sempre se voltou para a gente simples e abandonada e à qual teve de matar muitas vezes a fome (Mat. 14, 13-21).

Não vemos Cristo a ocupar outro lugar. Está sempre ao lado dos pobres, e dos que precisam, dos aleijados, dos estropiados, dos doentes, dos pecadores e dos pecadores públicos, dos que passam fome e sede...

Não nos preocupa tanto o aparato e as obras grandes, porque quando Jesus nos  diz "vejam as vossas obras e louvem o vosso Pai do Céu" (Mat. 5,16) é para que sejamos grandes realizadores com meios simples e humildes.

Hoje, como ontem, numa região das mais pobres do País onde nos encontramos e diante de populações esfomeadas que nos cercam, também Jesus nos diz, como aos seus discípulos: "Dai-lhes vós mesmo de comer!" (Mat. 14,16).

 

Um dever da Igreja

 

Durante algum tempo se ensinou que a acção caritativa não era missão da Igreja. Nesse sentido, se afirmava que a função essencial da Igreja era ser missionária: "Ide e ensinai todos os povos" (Mat. 28, 19-20). Pregar e baptizar era a sua particular missão.

O Concílio Ecuménico levou-nos a não esquecer as outras dimensões da fé cristã, a partir das missões de Jesus Cristo que é Sacerdote, Profeta e Rei.

Em Jesus Cristo fomos baptizados, por isso, participamos neste Jesus Cristo Sacerdote, Profeta e Rei, ou seja, neste Cristo que é Vida, Verdade e Caminho. Como sacerdotes a Igreja, que somos todos nós os baptizados, tem de vivificar, santificar; como Profetas cabe à Igreja a missão de proclamar a verdade, anunciá-la e como Caminho temos de ser luz, exemplo a seguir por todos...

Por isso, um Centro Social é um meio pelo qual a Igreja exerce parte da sua missão para com os homens. O Centro Social é o meio para o exercício da caridade de modo eficaz, permanente e obrigatório, pois fazem parte da tríplice missão de Jesus Cristo manifestada nas obras. Não basta oração e  pregação, é preciso o testemunho para que sejamos parte da Luz que, por excelência, é Jesus.

 

Força unificadora da Paróquia

 

O nome de "Centro", que se deu a esta Obra Social da Paróquia, evidencia a função que lhe cabe: uma força unificadora. Se a Paróquia é uma porção do Povo de Deus, uma Comunidade de comunidades, um lugar de comunhão fraterna, o Centro Social ajuda a Comunidade Paroquial a encontrar-se, pois é o Centro Social que exerce o amor e a Solidariedade entre as pessoas.

Centro Social e Paróquia

 

A grande força moral e a riqueza do serviço aos outros deve resultar do facto de esta Instituição ser um Centro Social paroquial, portanto um serviço de Leigos na Paróquia. ´E através da sua integração e da sua participação na vida da Paróquia - da qual faz parte - que o Centro Social paroquial atinge toda a sua dimensão na Igreja local que o criou e que lhe dá suporte.

O Centro não pode ser uma estrutura à parte da Paróquia. O Centro é uma resposta Institucional da Paróquia às necessidades encontradas e deve envolver os paroquianos - voluntários - no processo de resolução dessas mesmas necessidades.

Neste campo, levantam-se algumas questões quanto à necessidade de informação e de formação de voluntários para que todos possam colaborar duma forma orgânica e articulada de acordo com as capacidades de cada um; simultaneamente, o Centro poderá também colaborar com os outros serviços e movimentos da paróquia dando-lhes a perspectiva social que também os deve nortear.

É importante que seja clara, para todos, a ideia que se tem da acção social e da sua relação com a missão da Igreja, da Paróquia e da vida de fé, de esperança e de caridade. É importante encontrar meios de estudar certos textos da Doutrina Social da Igreja, da vocação do cristão, da nova evangelização, do compromisso social como exigência da fé de baptizados.

É importante movimentar o Centro Social Paroquial para que faça cada vez mais parte da Igreja local e Paroquial, e que a Paróquia e o Centro vivam, em conjunto, as respostas a dar à comunidade. Os problemas da pobreza, da marginalidade, das diversas carências, da fome, da deficiência, da doença, da velhice isolada e ainda das crianças abandonadas ou vítimas de maus tratos, constituem os grupos sociais com o qual o Centro Social Paroquial normalmente trabalha.

Estes grupos devem ter, na Paróquia, um lugar predilecto e devem ser uma preocupação constante, exactamente porque são os mais vulneráveis de entre todos os paroquianos.

Além dos meios materiais e humanos a Paróquia tem ainda de dar prioridade à oração por todos aqueles que trabalham nos seus Centros, para que o que façam seja de uma forma cada vez mais humana e cada vez mais fiel ao Espírito da caridade cristã.

 

Dirigentes, voluntários e técnicos

 

O Centro Social paroquial é dirigido, por exigência legal, civil e canónica, por um conjunto de pessoas que constituem os órgãos sociais dirigentes da Instituição. Estes são voluntários de entre os paroquianos que estejam dispostos a desenvolver os conhecimentos que têm, na perspectiva do exercício da Acção Social e da Solidariedade Cristã.

Mas não é só de voluntários dirigentes que o Centro Social Paroquial precisa. Muitas outras actividades, eventuais ou mais ou menos regulares, poderiam vir a beneficiar as pessoas que delas precisam se mais Leigos voluntários dessem algumas horas dos seus tempos livres ao serviço destes irmãos. Para isso, estamos agora a implementar mais uma vez o serviço de voluntários. E não esqueçamos que Frederico OZANAN, jovem universitário, começou por juntar lenha para os pobres se aquecerem e não passarem frio. O P.e Américo acolheu e promoveu a pessoa humana. O P.e Adolfo Kolping promoveu o trabalho comunitário. O P.e Cardijn lutou por maior dignidade da classe operária. O P.e Óscar Romero foi assassinado por defender os direitos dos explorados. A Madre Teresa de Calcutá acolheu os moribundos abandonados. Monsenhor Airosa fundou uma obra para "Regeneração" das raparigas da rua. O P.e Abel Varzim criou uma obra de raparigas marginais. Mons. Moreira das Neves e Maria Luísa Ressano Garcia fundaram a obra do “Ardina“. Frei Bartolomeu dos Mártires deu tudo o que pôde para salvar da peste de 1570 e da carestia de 1574. João de Deus (S.) deu a vida pelos doentes.

Muitas pessoas com capacidades excepcionais permanecerão afastadas de certas práticas de Solidariedade Cristã, ao serviço da Paróquia e do Centro Social, por desconhecimento do que é o Centro e qual o seu objectivo.

Dizemos solidariedade cristã porque, para paroquianos confessos, esperamos que esta seja iluminada pela fé, que seja uma questão de opção cristã e não apenas por opção puramente humana.

É de salientar que o Centro Social Paroquial, à medida que cresce o âmbito da sua acção e que assume exigências de qualidade comprovada, tem de integrar na sua equipa profissionais com habilitações próprias e com características humanas e de formação cristã adequadas à missão que desempenham e ao cariz da Instituição que representam. Daí o nosso esforço na melhoria da qualidade das respostas sociais que damos.

A Paróquia atinge a sua dimensão de Igreja na medida em que vive conscientemente a missão de louvor, anúncio e serviço em união com Cristo e com a sua Igreja, na Eucaristia.

 

Lugar do Centro Social Paroquial na missão eclesial da Paróquia

 

Se há lugar para Vicentinos, Legião de Maria, Serviço de Doentes e muitos outros, há, por certo, também um lugar próprio para o serviço, de uma forma regular, contínua, estruturada e organizada segundo normas e indicativos técnicos comummente aceites pelos Serviços Oficiais e pela Doutrina Social da Igreja, aos mais pobres, vulneráveis e desprotegidos, pois são os predilectos do Senhor.

S. Paulo afirma: "O Reino de Deus não é uma questão de comida ou bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rom. 14,47).

O Centro Social Paroquial deve ser cada vez mais o SERVIÇO aos Pobres, serviço que a Paróquia, por missão, tem de cumprir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A VISIBILIDADE DA IGREJA ATRAVÉS DA INTERVENÇÃO SOCIAL

 

 

A Igreja e os sinais de Caridade

 

Os sinais de Caridade são os únicos e inequívocos sinais de visibilidade da acção pastoral da Igreja por vontade de Jesus Cristo. Como pessoa divina, assim reconhecido pelos Magos no Presépio, proclamado no seu baptismo e reconhecido como tal  nos diversos milagres que acompanharam a sua acção e, como pessoa humana que concomitantemente reunia na sua essência, sempre se manifestou sensível, muito humano, a participar das alegrias e das tristezas dos seus comtemporâneos, nas Bodas de Caná ou na morte de Lázaro e, quer num quer noutro acontecimento, surgem dificuldades. Apesar de tudo, Jesus está atento e transmite sempre a alegria. Fez o milagre da transformação da água em vinho para que os noivos não ficassem mais preocupados e menos alegres ao verem os seus convivas bem. Restituiu a alegria às irmãs e aos amigos de Lázaro, ao dar de novo a vida a um corpo morto e já fétido...

Os Apóstolos entenderam bem esta mensagem pelo que, desde a primeira hora, após a Ressurreição de Jesus e a sua subida ao Céu, logo realizaram comunhão de vida e se dedicaram ao serviço fraterno.

Fomentaram entre os primeiros cristãos verdadeiras e autênticas comunidades que interpelavam os estranhos, sobretudo pela comunhão de vida a partir dos bens. Por isso, os estranhos exclamavam “Vêde como eles se amam”. Formando-se assim em comunidades verdadeiramente modelares porque não eram obras do poder, mas obras do Espírito.

Criaram tradição. Este é o património deixado pela tradição apostólica. Ainda hoje é regra de ouro na actualização permanentemente das orientações pastorais e na vivência cristã da Igreja.

Depois dos Apóstolos somos nós, a igreja de hoje que tem de continuar esta tradição, esta comunhão de vida e este serviço fraterno. É por isso que dizemos que a nossa missão, a partir do baptismo, é uma missão tríplice porque é participação da mesma missão de Jesus Cristo, como sacerdote, profeta e rei, ou seja, há que conhecer estudando e partilhando saberes, há que celebrar pontualmente as alegrias do Mistério que se nos é revelado e há que servir, na vivência com os outros, as exigências dos mesmos mistérios para que este serviço seja luz do mundo, isto é, se transforme em luz que se coloca sobre o alqueire, em sal da terra para que deixe de ser insípida, em fermento na massa para que a levede, em semente que morre na terra para dar fruto.

Isto é visibilidade.

 

A Lei do Amor e o distintivo das nossas obras

 

Isto não é outra coisa senão o AMOR que atinge o coração de qualquer homem da sociedade contemporânea. Arde por dentro e nos projecta para a transformação total em Jesus Cristo. “Amai-vos uns aos outros...”

Segundo Santo Agostinho: “O Amor a Deus é o primeiro na ordem do preceito, mas o amor ao irmão é o primeiro na ordem da acção...”; “ Ama o próximo e examina, esse amor pelo outro. Naturalmente encontrarás a causa de Deus. Então reparte o teu pão com o faminto, abre a tua casa ao que não tem abrigo, veste o nú e não desprezes a nenhum dos que são da tua raça humana.”

Só o Amor é capaz de gerar solidariedade e fraternidade e de nos conduzir a vencer em comunidade a fome e a miséria para que a salvação se dê na globabilidade do corpo e da alma: o ser físico, mental e espiritual.

A nossa missão é por isso Caridade, Amor e Acção. Amor sem Caridade não é Amor. Serviço fraterno sem Amor não é Caridade. Aqui está o segredo da nossa competência, imprimir uma certa disciplina social à nossa vida, fundada sobre os valores humanos de justiça, responsabilidade e solidariedade. Esta Caridade comprometida é símbolo dum Amor soberano, pessoal e colectivo, foco irradiante da essência cristã.

“É escandaloso a pretensão de exercer a caridade sem promover a justiça e a luta por ela” dizem os nossos Bispos na Instrução Pastoral sobre a Acção Social da Igreja.

Jesus continua hoje a dizer quando nos lamentamos da miséria, do sofrimento, dos marginais, dos drogados, dos toxicodependentes, dos alcoólicos, da presença dos imigrantes de Leste: “Dai-lhes vós mesmo de comer!” (Mt.14,16).

Pregar e Baptizar já não é missão única para a Igreja. Esse tempo já passou.  A “Rerum Novarum”, de Leão XIII, em 1891, é um exemplo de que não basta matar a fome é preciso humanizar as estruturas e fazer o mundo mais humano, como concluía Paulo VI. Doutrina que todos os Papas têm proclamado nas diversas encíclicas sociais até aos nossos dias. O culto não pode estar antes da justiça e da solidariedade para com os que sofrem. “Eu detesto as vossas festas...e não gosto dos vossos cultos...(cf. Amós 5) “ O jejum que eu aprecio é este: abrir as prisões injustas, desatar os nós do jugo, deixar ir  livres os oprimidos, quebrar toda a espécie de jugo...” Só quando isto acontecer, a tua luz surgirá como a aurora e as tuas feridas cicatrizarão. (cf. Isaías 58)”A nossa missão vai mais longe...

 

A Paróquia célula visível da comunidade

 

A Paróquia é um espaço de comunhão bem curto, bem pequeno. A comunhão começa na família, estende-se ao conjunto de famílias, à Paróquia, às Paróquias, isto é, à Diocese, que coordena a Comunhão máxima da Igreja local, em relação à Igreja Universal.

Por isso, na Paróquia, o espaço próprio para o encontro da identidade cultural e social dum grupo de famílias que se conhecem mutuamente e pelo nome, onde a Comunhão é mais viável e evidente, encontramos o espaço onde a visibilidade da Igreja se torna sacramento mais fácil e eficaz.

Para a concretização ordenada desta missão eclesial, existe um Conselho Paroquial de Pastoral, o meio pelo qual a Igreja exerce parte da sua missão para com os homens. O exercício da Caridade é exercido de modo mais eficaz, permanente e espontâneo, mas obrigatório.

É na Paróquia que mais facilmente nos envolvemos de uma forma integral na vida íntima duma comunidade, isto é, na comunhão com os outros enraizada na fé de Jesus Cristo, ressuscitado, que está sempre vivo, presente e actuante no meio da mesma. É na Comunidade onde nos  identificamos com mais facilidade e podemos também, com facilidade, exercer a Caridade de Jesus Cristo, que ilumina a solidariedade humana nos deveres para com as pessoas singulares ou colectivas. Dissolvendo protagonismos, brilhará mais longe a Grande Luz, a primeira que inspirou a Comunidade  a reunir a generosidade individual para dar corpo à acção do espírito.

Esta Luz faz com que as nossas obras tornem a Igreja visível porque fará das nossas obras ofertas preciosas de Amor e nisto serão obras diferentes das do Estado. É na visibilidade do Espírito que os outros encontrarão a diferença e nos apontarão... “Vêde como eles se amam!”.

Esta competência e missão da Igreja numa sociedade altamente competitiva, de violência e de luta de classes, manifestar-se-á através dos leigos como bons profissionais, bons políticos, bons companheiros de trabalho e bons membros de família. Nesta competência estão as denúncias públicas de injustiças sociais, as respostas às situações mais diversas de pobreza, tendo em conta que o conceito de pobreza da Igreja é diferente do conceito de pobreza dum político. Uma vez que, segundo a lógica Cristã, o rico pode ser pobre e o pobre pode ser rico.

A nossa própria linguagem tem de ser sinal de caridade e criar novidades para que as nossas obras ultrapassem o domínio das de origem política ou de puro altruísmo. O que estamos a fazer, aqui e agora, é procurar que, nesta semana, aprendamos a dar um sentido novo à vida. A vida no Amor...

 

Opção preferencial pelos pobres

 

Cristo fez uma opção preferencial pelos pobres, foi uma atitude clara e sempre se voltou para a gente simples, abandonada, e marginal, à qual teve muitas vezes de matar a fome (Mat. 14, 13-21). Não vemos Cristo a ocupar outro lugar. Está sempre ao lado dos pobres e dos que precisam, dos aleijados, dos estropiados, dos doentes, dos pecadores e dos pecadores públicos, dos que passam fome e sede. Não basta, no entanto, pôr as obras de misericórdia em dia porque muita outra gente é capaz de dar de comer também aos famintos, mas que as nossas obras sejam distinguidas  pelas razões com que as fazemos.

A pobreza em si é um mal para o homem. Deus criou o homem para ser feliz e criou os bens da terra para os pôr à disposição dos homens, de todos os homens, segundo a justiça, inseparável da caridade para que por eles fossem administrados, trabalhados e os mesmos dessem frutos (Gen. 1,28...e cf. G. S. 69)

As promessas de Deus incluem bem-estar material: “A geração dos justos será abençoada, haverá em sua casa abundância e bem-estar” (Salmo, 112,3).

O grito dos pobres ultrapassa as nuvens e não descansa enquanto não chegar a Deus. O pobre não se consola enquanto Deus não o atender e o juiz justo lhe fará justiça. (cf. Ecl. 35)

Deus revela-se como o Deus de todos, pobres e ricos, mas vêmo-lo na pessoa do seu Divino Filho ao lado de quem sofre.

Embora sendo o Pai de todos, Deus ama o rico, mas repudia os seus bens injustos e, no amor ao pobre, pede solidariedade e exige  justiça para com ele.

Jesus nasceu pobre, é acolhido pelos pastores, gente pobre. Vive uma vida pobre e humilde, em Nazaré. Começa sua vida pública aliando-se nas filas dos que se reconheciam pobres pecadores ao  procurar o perdão pelo baptismo de João. Este procedimento era visto com desdém pelos fariseus, ricos e “justos”.

Em Nazaré, declara-se cumpridor precisamente da promessa messiânica aos pobres: “o Espírito do Senhor me ungiu para levar a boa nova aos pobres, para proclamar a libertação aos cativos, dar  vista aos cegos, libertar os oprimidos, anunciar o ano de graça do Senhor” (Lc. 4, 16 ss).

Só o Amor consegue compreender esta dicotomia de pobres e ricos e Deus, que não quer a pobreza, sendo criador, é Pai de todos; a todos ama com justiça e com bondade.

Está longe de viver a fé cristã quem diz que não há pobres. “Na minha paróquia não há pobres”, tantas vezes se ouve dizer. Quem assim  fala não entende nada do que é o sentido da Caridade cristã, da mensagem de Jesus de Nazaré.

É urgente, onde este tipo de comportamentos existe, fazer uma revolução. Não uma revolução de armas, mas uma revolução onde o paradigma seja amor.

Em primeiro lugar, é preciso conhecer a realidade comunitária em relação à vida e à dor dos que sofrem o esquecimento, a solidão, a opressão, as inquietações de injustiça, de fraude, de isolamento que todos os dias envenenam a convivência social, da ignorância, dos que sofrem a marginalização...

Em segundo lugar, Amar e amar segundo Jesus Cristo é criar atitudes e comportamentos de honradez, austeridade de vida, de solidariedade com todos os pobres que sofrem a miséria e a fome, abrir caminhos e descobrir causas passíveis de solução, criar consciência em toda a comunidade de que a dimensão sócio- caritativa é fundamental para ela, e de que o serviço da  Caridade deve implicar uma resposta comunitária visível.

 

Organigrama duma Comunidade Visível

 

A organização paroquial tem de ser visível, como prova do Amor que pulula nos corações dos aderentes e que interpela os alheios e os indiferentes.

Desse modo a Comunidade tem de contar com o padre,  com o Bispo e com as estruturas que com eles governam ou gerem a coordenação pastoral e que incluem leigos responsáveis, comprometidos que devem ser testemunho de vivência de fé, preocupados com as diversas dimensões da teologia pastoral, isto é, a Catequese, a Liturgia e a Acção Social e Caritativa.

No sector da catequese dirigida às famílias, idosos, trabalhadores, jovens e crianças tem de haver catequistas e escolas.

No sector da Liturgia dirigida ou destinada à celebração alegre de todos, conta com leitores, acólitos, cantores, animadores, etc..

No sector Social e Caritativo destinada a todos e não só aos carentes, aos pobres. Quem não é pobre aos olhos de Deus? Todos precisamos da Caridade e todos precisamos na Igreja de usar de Caridade. Ela é a alma visível através do nosso comportamento na comunidade e, por ela, os outros poderão abandonar a indiferença e o seu alheamento, para aderirem à fé de Jesus Cristo e integraram-se na Comunidade- igreja visível.

Tem, como as outras dimensões da Igreja, de contar com animadores através dos movimentos próprios, como os Centros Sociais, os Vicentinos ou Cáritas, os grupos voltados para os doentes, para a integração social, para a juventude...

É grato aos Bispos de Portugal testemunhar aqui o seu apreço pela actividade altamente meritória que tantas Instituições, grupos e Cristãos em geral vêm desenvolvendo em todo o País e nos mais diferentes domínios de acção social. (cf. I. P. De Episcopal Portuguesa, 1997).

Da visibilidade através da  intervenção social da Igreja, pelo que expus, parece-me não restarem dúvidas. Quanto aos sinais vividos nas comunidades paroquiais, encontram-se presentes, quando qualquer situação de dificuldade é capaz de fazer levedar a massa da solidariedade,  conduzindo as pessoas a uma maior comunhão de vida e de bens, fazendo festa, celebrando com alegria a palavra, a comunhão da disponibilidade, do serviço porque Deus é, porque Deus Ama, porque Deus é AMOR (S. João).

 

Artur Coutinho, in “Semana de Pastoral Social”, em Fátima

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MISSÃO DO CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL

DE N.ª Sr.ª DE FÁTIMA

 

 

Dr. José da Costa Calçada,

Sociólogo do Centro Social Paroquial

 

                O Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima surgiu da iniciativa da Legião de Maria e da Conferência Vicentina que criaram um grupo de idosos a reunir na sacristia e a fazer daí um centro de convívio.

Mais tarde, por iniciativa da Comissão Fabriqueira, aparece a obra da Residência Paroquial, que foi aproveitada para, sob ela, ser feito um grande salão com o objectivos de lá instalar os idosos. A Comissão prepara então os estatutos e a residência paroquial é erecta canonicamente em 26 de Abril de 1982, por sua Ex.ia Rev.ma Sr. Arcebispo-Bispo de Viana do Castelo D. Júlio Tavares Rebimbas.

É uma Instituição Particular de Solidariedade Social (I.P.S.S.) que disponibiliza à comunidade Paroquial um apoio global e abrangente, através de um serviço de atendimento diário no âmbito do apoio à Infância, à Juventude, à população Sénior e ao acompanhamento familiar das famílias dos utentes das diversas valências.

Desde a sua génese, tem sido uma preocupação desta Instituição contribuir para inclusão e promoção integral de todas as pessoas, em situação de exclusão social, que a procuram, e dar uma resposta concertada às problemáticas familiares que lhe batem à porta. Esta instituição estende a sua acção aos habitantes das paróquias vizinhas, coadjuvando os serviços públicos e privados num espírito de solidariedade humanista e social.

Neste sentido, tem feito um esforço por trabalhar em sintonia com as diversas Instituições da cidade que, directa ou indirectamente, prestam serviço à população-alvo. Conta com um grupo de voluntários e com vários protocolos de cooperação com diversas instituições da cidade – Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Viana do Castelo, Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério da Juventude e Desporto e Escola Superior de Enfermagem.

Para a prossecução dos seus objectivos, está ainda envolvido noutros programas e projectos como, por exemplo: os Alcoólicos Anónimos, a Escola de Música, o Projecto Ser do Leste, Associação Nacional de Formadores (A.N.FOR.C.E.), Gabinete de Atendimento à Família (GAF), Comissão Local de Luta Contra a Sida, Centro de Saúde de Viana do Castelo - Projecto MIMAR de apoio à terceira idade para concelho de Viana do Castelo, Hospital de Santa Luzia, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Viana do Castelo, Conselho Local de Acção Social... Projectos onde experimenta a riqueza de um trabalho realizado em parceria.

Para levar a cabo os objectivos a que se propõe, o Centro Social dispõe de vários serviços:

 

"Berço" de Nossa Senhora das Necessidades

 

Centro de Acolhimento de Bebés e Crianças Abandonadas ou de Alto Risco (maltratadas), no lugar da Abelheira, com acordo de cooperação celebrado com o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Viana do Castelo, para 12 bebés e crianças.

 

Jardim de Infância

 

O Centro Social abriu, em 1987, um infantário com capacidade para 50 crianças, após a sua abertura oficial, em 28 de Agosto de 1986.

Refeitório Social

 

O Serviço de Refeitório Social (SRS) desenvolve-se a partir de uma estrutura já existente (Centro de Dia) e destina-se exclusivamente a utentes Sem-abrigo, Toxicodependentes, Alcoólicos, Passantes e Casos de Emergência Social.

 

CECAN/RD - Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e Distribuição

 

Abriu igualmente um Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e Distribuição, designado por CECAN/RD, na rua Campo Morteiro, Lote 1. Esta iniciativa partiu da Comissão Fabriqueira em colaboração com a Conferência Vicentina.

 

Centro de Dia

 

Na tentativa de responder às necessidades detectadas a Instituição criou, em Julho de 1980, um equipamento social – O Centro de Dia para Idosos.

 

Centro de Convívio para idosos

 

Em Janeiro de 2002, para fazer face à demanda, implementou-se o Centro de Convívio para idosos.

 

ADI -Apoio Domiciliário Integrado

 

Ele assume uma natureza preventiva, reabilitadora e de apoio às pessoas em situação de dependência. (Apoio Social e Cuidados de Saúde Continuados Dirigidos a Pessoas em Situação de Dependência, Despacho Conjunto, n.o 407/98).

 

SAD -Serviço de Apoio Domiciliário

 

Desde Fevereiro de 2002, o Centro Social colocou em marcha o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD).

 

Escola de Música

 

O Centro Social, através da sua Escola de Música, oferece um leque variado de propostas para ocupação dos tempos livres e aquisição de conhecimentos musicais.

 

Alcoólicos Anónimos

 

O Centro Social acolhe a Associação dos Alcoólicos Anónimos para combater o flagelo do alcoolismo, a nível distrital, do qual muitas famílias são vítimas desta patologia.

 

Entidade Formadora

 

Processo de creditação como entidade formador com o número 3041, atribuído pelo INOFOR.

 

Voluntariado

 

O Centro Social conta com cerca de 20 voluntários a apoiarem as diversas valências. A actividade do trabalho voluntário é mais expressivo no Berço de Nossa Senhora das Necessidades, Jardim de Infância, CECANIRD, Centro de Dia e de Convívio para idosos, ADI e SAD. Os voluntários têm todo o apoio que solicitarem, quer seja logístico, quer seja técnico.

 

Animação cultural

 

Tem organizados vários eventos e certames, como jornadas de estudos sobre o idoso, jornadas sobre o ambiente, Semana do Euro, Celebração do Dia Internacional do Idoso, da Água e da Música...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CENTRO PAROQUIAL DE FORMAÇÃO

(C. P. F.)

 

 

            O Centro Paroquial de Formação é a designação dada à actividade de Catequese de Adultos e cujo programa se esboça também ano a ano. Como é sabido, a educação cristã dos adultos tem constituído uma das prioridades pastorais da Igreja Católica e a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima não foge a esse desafio que, frequentemente, parte dos próprios leigos.

            Uma das preocupações da Comissão Episcopal da Educação Cristã é “educar os crentes na fé, dar-lhes cultura religiosa suficiente e formação sólida, capaz de os manter fiéis num mundo descristianizado”.

            Desde 1988 que se têm realizado, no Centro Social Paroquial, sessões sistemáticas de formação de adultos, constituídas por palestras, debates, grupos de reflexão e partilha de palavra.

            Frequentam essas sessões adultos de diversos níveis sociais e culturais, bem como membros de movimentos apostólicos e de acção pastoral que sentem necessidade de formação cristã adequada e actualizada.

            Confrontados com os problemas novos que se colocam na vida de cada um e na sociedade em que desenvolvem a sua actividade, necessitam de alimentar a sua fé para responder convenientemente a esses problemas e melhor dar testemunho dela.

            Uma catequese bem organizada e com um programa bem definido melhor pode responder às necessidades das sociedade e da Igreja.

            Tendo em conta que o Concílio Vaticano II, há trinta anos, foi já a preparação para o grande jubileu do 3º Milénio, para este ano o C. P. F. terá este tema em conta. No entanto, e por propostas de participantes nestes encontros quinzenais, optamos por continuar a seguir o Catecismo Romano, cuja temática e calendarização formulamos, provisoriamente, do seguinte modo:

 

 

PLANO PARA ESTE ANO DE 2001/2002

 

29/10/2001- A Lei Moral (Lei moral natural, lei antiga e lei nova)

12/11/2001- A Graça e a Justificação (graça, mérito e santidade)

26/11/2001- Idem

10/12/2001- A Igreja, Mãe e Educadora (Vida Moral, Magistério, Preceitos e   Testemunho)

14/01/2002- 1º Mandamento

28/01/2002- 2º Mandamento

18/02/2002- 3º Mandamento

04/03/2002- 4º Mandamento

08/04/2002- 5º Mandamento

22/04/2002- 6º Mandamento

06/05/2002- 7º Mandamento

03/06/2002- 8º Mandamento

15/06/2002- Avaliação e encerramento

 

 

Claro que esta formação que se estrutura, a partir do Catecismo da Igreja, será aquela que achamos suficiente, mas o aprofundamento desta temática será difícil. Para ir mais longe que o nosso nível... estaremos muito próximo de uma Escola de Teologia, onde se poderá saciar mais à vontade...

A equipa coordenadora esforçar-se-á por divulgar as actividades do C. P. F., mas desde já considera convidados todos os paroquianos interessados em aproveitar esta iniciativa da Paróquia, nomeadamente os membros mais empenhados nos grupos de liturgia, acção sócio-caritativa e catequese.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


SOCIEDADE S. VICENTE DE PAULO

 

À PROCURA DE DEUS PAI

com S. Vicente de Paulo e com o beato Frederico Ozanan

 

    

Uma Surpresa para Si?!...

 

“Vencer sem perigo é triunfar sem glória. Quanto mais difícil for a obra, tanto mais belo é desempenhá-la.”

                                               Frederico Ozanan

 

“O exercício de acção social e caritativa não se pode reduzir a um mero sentimento de compaixão ou à partilha por ocasião de uma calamidade local ou geral...”

“... Há ainda muitas comunidades que carecem de qualquer estrutura organizativa”.

                                                                                              D. José Augusto Pedreira

 

            A solidariedade ajuda-nos a ver o “outro” – pessoa, povo ou nação – não como um instrumento qualquer, de que se explora, a baixo preço, a capacidade de trabalho e a resistência física, para o abandonar quando já não serve: mas sim, como um nosso “semelhante”, um “auxílio” (cf. Gén. 2,18-20), que se há-de tornar participante, como nós, no banquete da vida para o qual todos os Homens são igualmente convidados por Deus”

 

                                   Enc. “A solidariedade Social da Igreja” – João Paulo II

 

 

Sociedade de S. Vicente de Paulo ¾ Movimento de serviço

 

            Fundada em Paris, em 1883, por Frederico Ozanan, a Sociedade de S. Vicente de Paulo está actualmente espalhada por todo o mundo.

            A S.S.V.P. é uma organização católica de leigos que, voluntariamente, se empenham no apoio a pessoas e famílias marginalizadas, privilegiando o contacto pessoal e a visita domiciliária, com vista a descobrir e a ajudar a solucionar os seus problemas.

           

Área de actuação:

- Pessoas vítimas de doenças ou de diminuição física ou mental;

- Famílias com carências económicas;

- Idosos vítimas de solidão;

- Crianças sem amparo familiar, vítimas de maus tratos, ou em situação de perigo moral;

- Pessoas vítimas de alcoolismo ou toxicodependência;

- Pessoas vítimas de prostituição;

- Reclusos e suas famílias;

- Desempregados;

- Ciganos e outros grupos sociais minoritários e marginalizados.

 

A S.S.V.P.  também mantém e dirige Lares, Centros de Dia, Jardins de Infância e Colónias de Férias.

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CASA OZANAN – Santa Maria da Feira

Áreas de actuação:

- Acolhimento de idosos e deficientes em situação de abandono;

- Acolhimento temporário de crianças em situação de risco;

- Acolhimento temporário de pessoas sem abrigo.

 

INFORMAÇÕES

Sociedade de S. Vicente de Paulo

Rua de Santa Catarina, n.º 769

4000 – 454   PORTO

Tel./Fax: 22.2006255

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OZANAN – Centro de Juventude  ¾ Viana do Castelo

Largo das Carmelitas, 19 

4900 – 463  Viana do Castelo

Tel. 258 821538

 

Áreas de actuação:

* Serviço à família

- Visita domiciliária;

- Apoio material, moral e jurídico;

- Apoio a prostitutas, mães solteiras e toxicodependentes;

- Recolecções espirituais.

 

* Serviço a doentes:

- Visitas;

- Acompanhamento;

- Consultas;

- Conforto;

- Farmácia.

 

* Serviço a presos:

- Visitas;

- Campanhas de Natal e Páscoa;

- Reintegração social.

 

* Serviço a Idosos:

- Visitas, festas e convívios;

- Passeios;

- Praia;

- Comunhão Pascal.

 

* Serviço a Crianças:

- Acolhimento;

- ATL;

- Alimentação;

- Acolhimento de abandonados.

 

* Serviço a Jovens:

- Ocupação de tempos livres;

- Campos de férias;

- Retiros;

- Encontros de formação;

- Informática;

- Labores.

 

* Outras:

- Construção de casas;

- Recuperação e restauro de casas;

- Pagamento de rendas de casa;

- Pagamento de água e luz;

- Empréstimos pecuniários;

- Assistência a tempos livres;

- Criação de postos de trabalho;

- Encaminhamento no mundo do trabalho;

- Distribuição de roupas;

- Distribuição de electrodomésticos;

- Distribuição de mobílias e brinquedos;

- Distribuição de bens alimentares.

_________________________________________________________________________________

 

* Sede Internacional

- Paris

- Presidente: César Viana (português)

 

Ø Existem 50.000 Conferências Vicentinas com cerca de 1.000.000 de membros em todos os Continentes.

 

* Em Portugal há:

- 1 Conselho Nacional cujo presidente é o Sr. Manuel Torres (tel.: 21 3535882);

- 21 Conselhos Centrais;

- 42 Conselhos Particulares;

- 900 Conferências;

- 10.000 Vicentinos.

 

* Em Viana do Castelo:

- Conselho Central

Presidente: Dr.ª Maria Piedade Cachadinha Gonçalves (tel. 258 823793);

 

- Conselho Particular Norte

Presidente: Maria Rita Guerreiro (tel. 258 826876);

 

- Conselho Particular Sul

Presidente: Dr. Tomás Belo (tel. 258 321710);

 

- Conselho Particular de Ponte de Lima

Presidente: José Xavier de Lima (tel. 258 941762/942868);

 

- Conselho Particular de Caminha

Presidente: Eng.º Eduardo Caldas (tel. 258.727453);

- Serviço de Jovens.

 

 

“Ao servir os pobres serve-se Jesus”

 

* Se desejar contactar os Vicentinos, para mais informações, dirija-se aos respectivos presidentes dos Conselhos ou, por escrito, aos mesmos, para:

 

Largo das Carmelitas, 19 – r/c

4900 - 463 Viana do Castelo

Tel.: 258 821538

 

(Desdobrável realizado pela Conferência Vicentina da Paróquia)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A OBRA “FAMÍLIA KOLPING”

 

 

            A Obra Kolping nasceu na Alemanha por iniciativa de Adolfo Kolping, no séc. XIX, aquando da revolução industrial em que o artesanato começou a correr riscos de extinção, dando origem ao desemprego e a inúmeros famílias sem meios de subsistência.

            Adolfo Kolping sentiu dolorosamente a situação dos seus colegas de trabalho que, dia após dia, caíam na miséria.

            Aos 23 anos deixou o trabalho e continuou os seus estudos tendo em mente o sacerdócio. Ele foi ordenado aos 32 anos.

            No dia 6 de Maio de 1849 deu início ao seu projecto cujo método de trabalho fundamentava-se na vida comunitária dos seus membros. Nas «famílias Kolping» cultivava-se o relacionamento amigo, o clima de família, a participação comunitária e o espírito democrático.

            Adolfo Kolping formou as comunidades para serem escolas de vida, tanto no campo do trabalho, como na família e na sociedade ou ainda na religião ou na recreação.

            A “Família Kolping” apareceu, em Portugal, há mais de trinta anos, em Bragança com várias «famílias», assim como em Lamego. Em Viana do Castelo, por iniciativa de Nuno Cachadinha (já falecido), existiu um grupo, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, desde Outubro de 1986 até 1989.

 

 

 

ESTATUTOS DA “FAMÍLIA KOLPING”

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

 

 

Art. 1º - A Associação “Família Kolping” da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima tem por fim:

· Preparar os seus associados a serem cristãos autênticos no mundo e, deste modo, afirmarem-se na profissão, no matrimónio e na família, na Igreja, na Sociedade e no Estado;

· Prestar ajuda, na vida, aos seus associados e à comunidade;

· Promover o bem estar comum num espírito cristão, através das actividades dos seus associados e agrupamentos, e colaborar na contínua renovação e humanização da sociedade.

 

Art.º 2º - A associação tem a sua sede na rua da Bandeira, na freguesia de Sta. Maria Maior, no concelho de Viana do Castelo, e durará por tempo indeterminado a contar de hoje.

 

Art.º 3º - Os direitos e obrigações dos associados, as condições da sua admissão e exclusão, bem como os termos da extinção da associação e consequente devolução do seu património, serão constantes do Regulamento Interno aprovado em Assembleia Geral.

 

Art.º 4º - Constituem receita da associação as quotas mensais dos associados, os subsídios e donativos, os rendimentos da actividade promovidas e quaisquer outros rendimentos.

 

Art.º 5º - Os órgãos da associação são:

· a Assembleia Geral;

· a Direcção;

· o Conselho Fiscal.

Art.º 6º - A competência e a forma de funcionamento da Assembleia Geral são as previstas no Regulamento Interno.

 

Art.º 7º - A mesa da Assembleia Geral será composta por um Presidente e dois Secretários.

 

Art.º 8º - A Direcção compõe-se de 5 (cinco) elementos, competindo-lhe a gerência social, administrativa, financeira e disciplinar, nos termos do Regulamento Interno;

 

Art.º 9º - O Conselho Fiscal é constituído por um Presidente, um Secretário, um Relator, competindo-lhe fiscalizar os actos administrativos e financeiros da Direcção, conforme o Regulamento Interno.

 

Art.º 10º - No que estes estatutos sejam omissos, rege-se esta associação pelo Regulamento Interno e pelas Disposições legais aplicáveis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO VII

 

A PARÓQUIA E OS JOVENS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PÓLO JUVENIL

 

 

            Grupo de jovens que nasceu de um embrião dos Jovens Legionários de Maria, em 1990, pela iniciativa da irmã Adela Morante, religiosa Carmelita Teresiana Missionária, da fundação P.e Palau.

            Este grupo movimentou muita juventude, sobretudo em actividades lúdicas: campos de férias, romeiros a S. João d’Arga, montanhismo, encenações, etc., para além, é claro, de alguns trabalhos de reflexão, debate e oração.

 

 

 

 

ESTATUTOS DO PÓLO JUVENIL

 

 

CAPÍTULO PRIMEIRO

 

DENOMINAÇÃO, NATUREZA, ÂMBITO DE ACÇÃO E FINS

 

ART. 1º     “Pólo Juvenil” é um associação católica constituída essencialmente por jovens e, por eles, apresentada ao Bispo da Diocese para fundação e aprovação canónica dos estatutos. Terá a sua sede em Viana do Castelo, na Rua da Bandeira, n.º 591, tendo como base:

-  A pessoa e mensagem de Jesus Cristo;

-  A doutrina social da Igreja Católica.

 

ART. 2º     “Pólo Juvenil” propõe-se:

a) Organizar acções de índole socio-caritativa junto de jovens carenciados e marginalizados, com angariação de fundos para distribuição aos materialmente mais carenciados.

b)   Preparar encontros com Deus através de celebrações.

c)   Organizar acções de formação e o estudo das Encíclicas Sociais.

d) Organizar várias actividades desportivas, festas e convívios, espectáculos e animação cultural.

                                                                               

 ART. 3º  Serão membros da associação aqueles que, por proposta, forem admitidos pela Direcção e que obedeçam aos seguintes aspectos:

1 – Ser crismado e com idade igual ou superior a 14 anos e inferior a 25 anos.

2 – Ser um jovem baptizado que pretende fazer uma caminhada para estudar o problema da sua vocação à fé e que se compromete a observar os estatutos.

3 – Ser um jovem que não sendo baptizado que se compromete a observar o regulamento e os estatutos.

a)  Os jovens dos pontos 2 e 3 podem participar de todos os actos, mas sem voto no Conselho Geral e não são passíveis de serem eleitos para órgãos directivos.

b)  São elegíveis para a Direcção apenas jovens maiores de idade e abrangidos pelo número 1 deste artigo.

 

ART. 4º   O seu âmbito de acção será preferencialmente a cidade de Viana do Castelo.

 

 

CAPÍTULO SEGUNDO

 

– ÓRGÃOS DIRECTIVOS –

 

 ART. 5º      São órgãos de gestão do “Pólo Juvenil”:

a) a Direcção;

b) o Conselho Geral.

 

ART. 6º   1 – A todos os membros dos corpos gerentes não será permitido o desempenho de mais de um cargo na associação.

                      2 – O exercício de qualquer cargo, nos corpos gerentes, é gratuito, mas pode justificar o pagamento de despesas dele derivados.

 

ART. 7º      O mandato dos corpos directivos tem a duração de 2 anos, podendo cada membro ser eleito por segundo mandato.

 

ART. 8º  1 – Em caso de maioria dos lugares de cada órgão, deverá proceder-se ao preenchimento das vagas verificadas, no prazo de um mês.

               2 – Os membros designados para preencher as vagas, nos termos do parágrafo anterior, apenas completarão o mandato.

 

ART. 9º   1 – Os vários corpos gerentes serão convocados pelos respectivos presidentes (Direcção e Conselho Geral), e só poderão deliberar com a presença da maioria dos seus titulares.

2 – As deliberações são tomadas por maioria dos titulares presentes, tendo o presidente, além do seu voto, direito a voto de desempate.

 

ART. 10º   Os membros dos corpos gerentes não poderão votar em assuntos que directamente lhes digam respeito ou nos quais estão interessados os respectivos cônjuges, ascendentes, descendentes e equiparados.

 

ART. 11º  Serão sempre lavradas actas das reuniões de qualquer órgão da associação e serão obrigatoriamente assinadas por todos os membros presentes.

 

 

– DIRECÇÃO –

 

ART. 12º   1 – A  Direcção será constituída por 7 membros: PRESIDENTE, VICE - PRESIDENTE, SECRETÁRIO, TESOUREIRO, 3 VOGAIS.

 

2 – O Presidente será eleito de entre os associados de acordo com o ART. 3º, ponto 1 e com a alínea b) do ponto 3, podendo delegar as suas funções no Vice-Presidente.

 

3 – Os restantes membros serão designados pelo Presidente eleito.

 

ART. 13º  Compete, em geral, à Direcção gerir a associação e representá-la, incumbindo-lhe designadamente:

a) Elaborar anualmente o relatório e contas da gerência, bem como o orçamento e o programa de acção, submetendo-os ao parecer do Conselho Geral.

b) Assegurar a organização e o funcionamento dos serviços, bem como a escritura dos livros nos termos da lei.

c)  Manter sob a sua guarda e responsabilidade os bens e valores da associação.

d) Elaborar e manter actualizado o inventário do património da associação.

e) Deliberar sobre a aceitação de heranças, legados de doações, em conformidade com a legislação aplicável, civil e canónica.

f)  Providenciar sobre fontes da receita da associação.

g) Celebrar acordos de cooperação com serviços oficiais.

h) Zelar pelo cumprimento da lei, dos estatutos e das deliberações dos corpos gerentes.

i)  Fornecer ao Conselho Geral os elementos que este solicitar para o cumprimento das suas atribuições.

 

ART. 14º     Compete ao Presidente da Direcção:

a)  Superintender na administração da associação.

b) Convocar e presidir a todas reuniões da Direcção, dirigindo os respectivos trabalhos.

c)  Representar a associação, em juízo e fora dela.

d) Assinar e rubricar os termos de abertura e de encerramento e rubricar o livro de actas da direcção.

e) Despachar os assuntos normais de expediente e outros que careçam de solução urgente, sujeitando-se estes últimos a confirmação da Direcção, na primeira reunião.

 

ART. 15º  Compete ao Vice-Presidente coadjuvar o Presidente no exercício das suas atribuições e substituí-lo nas suas ausências e impedimentos.

 

ART. 16      Compete ao Secretário:

a)  Lavrar as actas das reuniões da Direcção.

b) Preparar a agenda de trabalho para a reunião da direcção, organizando os  processos dos assuntos a serem tratados.

c)  Superintender nos serviços de secretaria.

                                                                                                 

ART. 17º     Compete ao Tesoureiro:

a)  Receber e guardar os valores da associação.

b) Promover a escrituração de todos os livros de receita e de despesa.

c) Assinar as autorizações de pagamento e as guias de receitas, conjuntamente com o Presidente.

d) Apresentar, mensalmente, à Direcção o balancete em que se descriminarão as receitas e despesas do mês anterior.

e) Superintender nos serviços de contabilidade e tesouraria.

 

ART. 18º   Compete aos 3 Vogais superintender, em consonância com os restantes membros da Direcção, as acções promovidas por cada um dos gabinetes:

- Gabinete Org. Juvenis;

- Gabinete de Acção de Apoio Caritativo e Espiritual;

- Gabinete de Formação e Oração.

 

ART. 19º   A Direcção reunirá, obrigatoriamente, uma vez por mês e sempre que for convocada pelo Presidente.

 

 

– CONSELHO GERAL –

 

ART. 20º    O Conselho Geral é constituído por todos os sócios da associação.

1- O Conselho Geral será presidido pelo Pároco, por inerência do cargo, que escolherá 2 Secretários.

 

ART. 21º    1- O Conselho Geral reunirá, obrigatoriamente, duas vezes em cada ano, ou quando:

-       2/3 dos sócios o exigirem;

-       o pároco o convocar;

-       a Direcção, por escrito, pedir ao Presidente do Conselho Geral.

a)  Reunirá para aprovação do plano de actividades.

b)  Reunirá para aprovação das contas.

 

2- Compete ao Presidente e aos Secretários vigiar pelo bom cumprimento da lei e dos   estatutos e, designadamente:

a)     Exercerá a fiscalização sobre a escrituração de documentos ;

b)    Assistirá à reunião da Direcção sempre que julgue conveniente;

c)     Após eleições, apresentará os novos órgãos sociais ao Bispo para aprovação.

 

 

CAPÍTULO TERCEIRO

 

– PATRIMÓNIO E RECEITAS DA ASSOCIAÇÃO –

 

 ART. 22º   Constituem receitas da associação:

a) Cotas mensais;

b) Os possíveis auxílios financeiros da comunidade paroquial e outros.

c) O produto das heranças, legados e doações instituídas a seu favor.

 

 

CAPÍTULO QUARTO

 

– PATRIMÓNIO E RECEITAS DA ASSOCIAÇÃO –

 

ART. 23º    Os presentes estatutos só poderão ser alterados mediante proposta da Direcção, sujeita à aprovação do Conselho Geral que, por sua vez, a apresentará ao Ordinário Diocesano para aprovação canónica.

 

ART. 24º    Em caso de cessação da actividade do “PÓLO JUVENIL”, os bens que, à data existirem na associação, passarão para a Paroquia de Nossa Senhora de Fátima, de acordo com o Ordinário Diocesano.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LISTA DE ELEITORES

 

 

 

P.e Artur Coutinho

Irmã Adela Morante Sanchez

Alexandra Maria Magalhães Loureiro

Ana Isabel Alves Ramos Rodrigues

Antónia Cristina da Costa Afonso de Gaspar

António Manuel Viana da Cunha                     

Camilo da Torre Martins Correia

Carla Susana Souto

Celina Oliveira

Cláudia Gabriela Barbosa de Alpuim

Daniela Maria Vieitos Carvalhido Santos Lima

Filipa Alexandra de Matos Fontinha

Francisco José da Silva Miranda

Hugo Rafael da Motta  C. Gonçalves Cachadinha

Isabel do Carmo Teixeira Baganha

Joana Cristina Pereira Campainha

Joana Maria Martins Rosa Maia de Oliveira

Joaquim Amadeu Branco da Rocha Ferreira

José Carlos de Magalhães Loureiro

José Miguel Lourenço Aviz Miranda de Melo

Luciana Aurora Oliveira Ferreira

Marco Fernando Guerreiro Barbosa

Maria João Juncal Fornelos Pereira

Mário Relha

Paulo Nuno Alves Ramos Rodrigues

Pedro José dos Santos Cunha

Pedro Miguel Queirós Meira Cruz

Regina Alexandra Magalhães Esteves

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ROMEIROS A S. JOÃO D’ARGA

 

 

 

PROGRAMA

 

Dia 28 de Agosto de 1992

 

            * 22 h 30 - ACOLHIMENTO em frente à Igreja Paroquial.

 

* 23 h 00 - BÊNÇÃO DO ROMEIRO e saída.

 

* 05 h 00 - PEQUENO ALMOÇO no Chão do Guindeiro (ovos cozidos, pão, queijo fresco, azeitonas, chouriço, ... ).

 

* 06 h 30 - Chegada ao local com 3 voltas à Capela e arraial.

   

* 11 h 00 - PARTICIPAÇÃO NA MISSA DA FESTA E PROCISSÃO.

 

*16 h 00 - Regresso, em autocarro, com passagem por S. LOURENÇO.

 

 

 

Atenção! Inscrições até ao dia 24 de Agosto.

 

 

Uma organização do PÓLO JUVENIL.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

       

 

PLANO DE ACTIVIDADES DO PÓLO JUVENIL

 

1992/1993

 

 

 

MÊS

DIA

ÂMBITO

ACTIVIDADES

 

 

    SETEMBRO

 

 

 

8 a 13

 

12

 

 

27

Paroquial

 

Associação

 

 

Paroquial

Festa da Sr.ª das Necessidades

 

Reunião do Pólo Juvenil (repete-se todas as semanas)

 

Início oficial da Catequese

 

    OUTUBRO

10

 

19

Regional

 

Paroquial

O “Acordo de MAASTRICHT”

 

Conselho Paroquial Pastoral

 

    NOVEMBRO

7

 

28

Regional

 

Associação

Debate sobre “A EUTANÁSIA”

 

Festa Mistério – 21h00

 

 

 

 

 

 

    DEZEMBRO

 

 

 

 

 

 

 

7

 

8

 

 

16

 

 

20

 

25

 

 

27, 28 e 29

Paroquial

 

Paroquial

 

 

Regional

 

 

Paroquial

 

Paroquial

 

 

Paroquial

Vigília de Oração

 

Encerramento das comemorações dos 25 anos da Paróquia

 

Início da Novena do Menino da Abelheira

 

Festa de Natal na catequese

 

Natal (Missa- 11h30)

Presépio ao vivo

 

Encontro, de Natal, de jovens

 

 

 

    JANEIRO

1

 

 

7

 

23

Associação

 

 

Paroquial

 

Regional

Aniversário da Fundação do Pólo Juvenil – Dia Mundial da Paz

 

Aniversário do Pároco

 

Debate sobre “A REFORMA EDUCATIVA”

 

 

 

    FEVEREIRO

16

 

 

22

 

27

Diocesano

 

 

Paroquial

 

Paroquial

Aniversário do nosso Bispo – D. Armindo Lopes Coelho

 

Carnaval Jovem – 21h00

 

Conselho Paroquial Pastoral

    MARÇO

13, 20 e 23

Paroquial

Curso de Acção Social – 21h30

 

 

    ABRIL

3

 

4

 

 

 

 

 

 

5 e 6

 

10

Paroquial

 

Paroquial

Paroquial

 

Paroquial

 

Diocesano

 

Paroquial

 

Paroquial

Jantar de Jovens – 19h00

 

Comunhão Pascal

Dia da Juventude

 

Via-Sacra Jovem

 

Celebração na Sé – 10h00

 

Encontro de Jovens

 

Vigília Pascal

 

 

 

    MAIO

9

 

13

 

22

 

29

Universal

 

Paroquial

 

Regional

 

Paroquial

Dia do Bom Pastor

 

Dia da Padroeira

 

Debate sobre “Os Riscos da SIDA”

 

Vigília do Pentecostes

 

 

    JUNHO

20

 

26

 

 

27

Regional

 

Paroquial

 

 

Internacional

Peregrinação a S.ta Luzia

 

Passeio-convívio dos Membros de Obras e Organismos Paroquiais

 

Intercâmbio com GLEHN

 

 

    JULHO

3

 

24

 

 

29

Paroquial

 

Associação

 

 

Paroquial

Conselho Paroquial Pastoral

 

Apresentação do plano de actividades para o ano seguinte

 

Campo de Férias

 

    AGOSTO

10

 

28

Associação

 

Regional

Ilhas Cies

 

Caminhada a S. João D’Arga

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ex.mo Senhor Presidente

do Conselho Geral da Administração

Pólo Juvenil, P.e Artur Coutinho

 

 

Vimos por este meio, nós os sócios da Associação Pólo Juvenil abaixo-assinado, pedir uma reunião do Conselho Geral, do qual o senhor é presidente, de acordo com os Estatutos vigentes na Associação (Artigo 21º), no próximo dia 30 pelas 21.30 horas, no Salão Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, com o objectivo de serem discutidos e normalizados problemas que se passam na gestão dos corpos directivos e consequente mal-estar na Associação.

 

Viana do Castelo, 22 de Janeiro de 1993, com os nossos respeitosos cumprimentos, abaixo-assinámos:

 

António Manuel Viana da Cunha                     

Ana Isabel Alves Ramos Rodrigues

Ricardo Fernandes Castelejo

Marco Fernando Guerreiro Barbosa

Sónia Patrícia Viana da Conceição

Rui Pedro Carvalho Fernandes Lima

Paulo Nuno Alves Ramos Rodrigues

Francisco José da Silva Miranda

José Miguel Lourenço Aniz Miranda de Melo

Rui Miguel Cunha de Araújo

Filipa Alexandra de Matos Fontinha

Carlos Alberto Pires de Araújo

Rita Maria Arêzes Parente

Daniela Maria Vieitas Carvalhido Santos Lima

Isabel do Carmo Teixeira Bagonha

Carla Susana Souto

Carlos Alberto Puga Carvalhido

Cláudia Gabriela Barbosa de Alpuim

Pedro José dos Santos Cunha

Maria Joana Alves Laranjeira

Joana Maria Martins Rosa Maia Oliveira

Céline Oliveira

Luciana Ferreira

Joana Campainha

Joaquim Amadeu Branco da Rocha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

GRANDE ESPECTÁCULO DE SOLIDARIEDADE

A FAVOR DO BERÇO N.ª SR.ª DAS NECESSIDADES

 

AUDITÓRIO DO SEMINÁRIO DO CARMO

16 DE DEZEMBRO DE 1994

21.30 HORAS

 

 

PROGRAMA

           

·         Ronda Típica da Meadela

·         Grupo Etnográfico de Areosa

·         Orquestra Típica e Rancho (Univ. Coimbra)

·         “Orxestra” Pitagórica (Univ. Coimbra)

·         Oportuna (Porto)

·         Estudantina Universitária de Coimbra (Univ. Coimbra)

·         Grupo de Fados de Coimbra “Alta Medina”

 

 

ENTRADAS

 

·         De pé .....................................................................   500 Berços

·         Cadeiras (Pré-comprados até 15/12/94) ............... 1000 Berços

 

 

Bilhetes à venda na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Direcções do Pólo Juvenil e A. E. E. S. S. M. M. e Discoteca Galáxia.

 

 

ESPERAMOS POR TI

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BEM-VINDO À NOITE DO MILÉNIO!

 

 

Esperamos que aprecie esta noite que pretendemos tornar memorável!

 

            Pedimos-lhe que tenha em conta os seguintes conselhos, para bem de todos os presentes:

 

1 . Esta é uma quinta particular, respeite, por isso, a propriedade e os bens que nela se encontram.

2 . A alimentação é medieval (foi conservada durante alguns séculos!...) e, por isso, não esteja à espera de algo muito sofisticado. (Pelo preço, também não podia esperar melhor!)

3 . Só serão servidos aqueles que apresentarem, na cozinha, a senha de refeição que é dada na entrada a todos os que se inscreveram.

4 . A água-pé e a água com limão estão incluídos no preço da inscrição. As outras bebidas estão sujeitas à seguinte tabela:

            Cerveja: 200$00

            Refrigerantes: 150$00

            Águas: 100$00

A água da torneira, como é óbvio, é gratuita e potável!!!

 

Divirta-se!!!

 

 

 

                                                                                              A Organização

                                                                                             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

NOITE DO MILÉNIO

 

 

 

            A Noite do Milénio é uma organização da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.

O guião e as projecções são da responsabilidade de Carlos Loureiro.

São figurantes e actores: Albina Sequeira, Alfredo Martins, Andreia Correia, Andreia Miranda, Bruno Felgueiras, Carlos Loureiro, Cristina Gaspar, Daniela Lima, Filipe Alves, Hugo Felgueiras, Luísa Carvalhido, Patrícia Fernandes, Pedro Castel-Branco, Ricardo Alves, Rita Felgueiras, Rosário Castel-Branco, Sandra Rodrigues, Sérgio Felgueiras, Sónia Alves e Susana Miranda.

A música ao vivo é orientada por Rui Araújo. Ouvir-se-á música profana e sacra, gravada, do período entre o século XI e o século XIV.

A cozinha está a cargo de Filomena Rodrigues.

Contamos também com o apoio da Escola Secundária de Monserrate.

Agradecemos a colaboração de Gorete Silva e Sílvia Barreto, assim como de todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para esta noite e que não foram acima mencionados.

 

 

O TERRITÓRIO

 

O poderoso chefe militar árabe Almançor tinha-se transformado, por volta dos finais do século X, no terror dos cristãos. O objectivo último da sua ofensiva visava o centro religioso da fé cristã da Península Ibérica: Santiago de Compostela. Em 997, o norte cristão é humilhado pela destruição daquela cidade. O sul da Península é dominado pelos muçulmanos, a partir da cidade de Córdova.

Após as grandes dificuldades sentidas até cerca do ano 1000, a resistência cristã aproveita a dissolução do califado de Córdova, em pequenos e frágeis reinos taifas, e avança.

Em meados do século X, o território entre o Minho e o sul do Douro constituía o Condado de Portucale, administrado por condes locais, com certa autonomia, em nome do rei de Leão. As terras entre o rio Douro e os campos do Mondego formavam um outro condado, o de Coimbra, sob a autoridade de um poderoso moçárabe, Sesnando, sujeito à mesma Coroa.

Assim, Portugal, como reino independente, ainda não existe. Só em 1096 é concedido a D. Henrique o Condado Portucalense, embrião do futuro reino de Portugal que só se tornará independente de Castela  com D. Afonso Henriques.

 

 

BEM-VINDO À FEIRA

 

A multidão deambula entre comerciantes de produtos agrícolas, acrobatas e pedintes. Um vendedor mostra tecidos. Alguns juntam-se e divertem-se junto da taberna. Muitos trazem consigo a sua refeição cozinhada no forno. Ceava-se pelas seis e sete horas da tarde. Estamos, portanto, atrasados.

 

 

A CEIA

 

De uma maneira geral, a alimentação medieval era pobre. Cereais e vinho eram a base da alimentação do povo. A cozinha medieval, apoiava-se em condimentos fortes, para melhorar o sabor dos alimentos. Alho e sal eram obtidos com facilidade. O açúcar era escasso e, muitas vezes, substituído pelo mel. À base do vinho e água se matava a sede. O vinho temperado com água era a bebida ideal. A carne de matadouro, de criação e de caça era abundante. Ovos e frutas representavam ainda um papel de relevo nas dietas medievais. A fruta seca era muito popular. Preferia-se o queijo e a manteiga ao leite. O fabrico de bolos e de doces não se encontrava, ao que parece, muito desenvolvido.

 

 

O MILÉNIO

 

Entre o milénio do nascimento de Cristo e o da sua morte reinou a ansiedade, favorecida pelo desenvolvimento da liturgia dos funerais e o culto dos mortos. A angústia perante o fim dos tempos e a iminência do Julgamento final marcou a cristandade daquele período. De todos os livros sagrados, o Apocalipse era aquele que merecia maior atenção. Aí se lia que o demónio libertar-se-ia e espalharia o mal pelos quatro cantos do mundo.

Com a aproximação do ano mil, os Homens, convencidos que não havia fronteiras entre o mundo visível e invisível e que as intenções divinas se manifestavam por sinais, apelos e presságios, esperavam prodígios avisadores da cólera divina ou do triunfo do Mal.

 

 

A PENITÊNCIA

 

Uma das formas de aplacar a ira divina era a penitência pública. Da privada pouco sabemos. Com a pública procuravam afastar a ameaça constante que sentiam pairar sobre a sua existência e dar sentido à incompreensível distribuição dos dias fastos e nefastos, da fecundidade e da fome, das derrotas e das vitórias, da pilhagem ou do cativo.

 

 

O VESTUÁRIO

 

Na cabeça uma touca. Como vestes, uma saia até aos joelhos, sapatos ou botas. Em tempo frio ou chuvoso um manto com capuz. Utilizavam tecidos lisos de lã ordinária, fustão ou bragal. Camisas de linho e aventais completavam a indumentária feminina.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PARTICIPANTES NA NOITE DO MILÉNIO

 

 

Abel Coutinho, Eng.º, com mais 4 familiares; Adriano Vaz Sérvio, com mais 2 familiares; Agostinho Amorim, com mais 4 familiares; Alberto Vale Loureiro, com mais 2 familiares; Aldorindo Pinto Cunha, com mais 2 familiares; Amélia Ribeiro Oliveira, com mais 1 familiar; Andreia Correia; Andreia Cristina Gonçalves, com mais 2 familiares; António Belo, Pe, com mais 2 familiares; António G. Rodrigues, com mais 2 familiares; António Viana Penha, com mais 2 familiares; Artur Barros, com mais 6 familiares; Benjamim Cerqueira, com mais 2 familiares; Camilo Correia, com mais 2 familiares; Carlos Alberto Sousa, com mais 10 familiares; Carlos Joaquim Rodrigues, com mais 3 familiares; Conceição Correia, com mais 1 familiar; Constantino Liquito, com mais 2 familiares; Domingos Ferreira, com mais 3 familiares; Felisberto Eira, com mais 3 familiares; Fernando Sousa Carvalho, com mais 2 familiares; Filipe Jaco Enes, com mais 1 familiar; Helena Rodrigues, com mais 1 familiar; Isabel e António Serafim, com mais 2 familiares; Joaquim Amorim, com mais 5 familiares; Joaquim Lima Alves, com mais 4 familiares; José Alberto M. Silva, com mais 2 familiares; José Barros, com mais 4 familiares; José dias Cunha Junqueiro, com mais 1 familiar; Dr. José Franco Castro, com mais 4 familiares; José Galvão, com mais 6 familiares; José Mendes Machado, com mais 2 familiares; José Sousa Martins, com mais 2 familiares; Lucinda Alvadia, com mais 3 familiares; Luís Miguel Gonçalves, com mais 6 familiares; Manuel Meira, com mais 2 familiares; Manuel Rego, com mais 17 familiares; Manuel Rodrigues Cunha, com mais 2 familiares; Manuel Silva Belo, com mais 5 familiares; Manuela Paulino Araújo, com mais 1 familiar; Maria Filomena Cunha, com mais 2 familiares; Maria Fátima Carvalhido, com mais 3 familiares; Maria Isabel Faria, com mais 1 familiar; Maria Manuela Brito Melo, com mais 1 familiar; Maria Rosa Martins, com mais 2 familiares; Maria Teresa Marques, com mais 5 familiares; Maria Amélia Rocha Marques, com mais 3 familiares; Maria Céu Fernandes, com mais 2 familiares; Maria Dores Rodrigues, com mais 1 familiar; Maria Luz Coutinho Domenek, com mais 5 familiares; Maria Conceição Barros Cunha, com mais 2 familiares; Maria do Céu Fernandes, com mais 2 familiares; Eng.ª Natália Castelejo,  com mais 2 familiares; Olga Maria Afonso Correia, com mais 4 familiares; Pedro Nuno Castel-Branco, com mais 2 familiares; Raúl Oliveira Silva, com mais 3 familiares; Rosa Amélia Rodrigues, com mais 4 familiares; Rosa Carvalhido Cambão, com mais 5 familiares; Rosa Conceição Rodrigues, com mais 2 familiares; Rosa Oliveira, com mais 1 familiar; Rosa Prozil Abreu, com mais 1 familiar; Rui Araújo, com mais 2 familiares; Dr. Salvador Peixoto, com mais 2 familiares e Responsável pelos Serviços – João Carlos Loureiro – em Cena, com mais 32 jovens.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JAV – JOVENS AMIGOS DA VIDA

 

 

            O JAV foi fundado por um grupo presidido pela Conceição Martins e assistido pelo Diácono Eugénio Araújo, no âmbito do projecto “Duas Mãos cheias de Paz”, apoiado pelo Programa Juventude para a Europa e pelo Instituto Português da Juventude.

            Para além de estatutos, este grupo da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima editava todas as semanas um Boletim denominado “PAXJAV”.

 

 

 

 

PEDALAR PELA PAZ

 

            Decorreu, no passado sábado 26 de Agosto, o passeio cicloturístico pela Paz, denominado “O Pelotão da Paz”, tal como tinha sido já anunciado no “PAXJAV”.

            O grupo, constituído por cerca de 70 pessoas, saiu de Viana pela manhã em direcção a Lanheses, onde decorreu um almoço piquenique. Pelo percurso, o grupo não deixou de anunciar a sua passagem, distribuindo informações sobre o projecto “Duas mãos cheias de Paz”, e para a necessidade de todos - mesmo todos - contribuírem para a PAZ.

            Na iniciativa participaram pessoas de todas as idades, todos munidos da sua bicicleta. Decorreu sem incidentes de maior, graças à assistência da PSP, da Brigada de Trânsito da GNR e da Cruz Vermelha Portuguesa.

            De lembrar ainda que a próxima iniciativa do “Duas Mãos cheias de Paz” será a recolha de trabalhos artísticos sobre a Paz, como textos, poemas, músicas, trabalhos gráficos, etc. As inscrições ainda estão abertas a todos os que queiram participar.

 

In PAXJAV, 2 de Setembro de 2000

 

 

 

 

 

O JAV ORGANIZA CAMINHADA DE STA LUZIA ATÉ S. MAMEDE

 

 

Saída da Igreja N.ª Sr.ª de Fátima às 9h30

 

 

Jovens inscritos

 

André Filipe Mota da Conceição, Andreia Cristina Gonçalves, Artur Jorge Rocha Martins Branco, Bruna Aguiar Fernandes, Bruno Tiago de Oliveira e Silva, Carina Isabel Parente de Oliveira, Carlos Nunes de Oliveira M. Meira, Cátia Raquel Faria Ribeiro, Cláudio Miguel Tenedório Augustos, Débora Maria Rodrigues Gomes, João Pedro Barreto Balinha, Liliana Rosário Esteves Passos, Luciana Gonçalves Malojo, Manuel António R. Martins, Maria da Conceição R. Martins, Pedro Filipe Matos Mendes, Renato Nuno Rocha Portel, Sofia Cardona de Passos, Vânia do Vale Cardona, Vânia Manuela Correia G. Costa e Vitor Manuel Ribeiro da Cunha.

 

 

 

 

PROJECTO: PLANETA TERRA

GRUPO: CLUBE DO SOL

 

 

O Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima estende o seu âmbito de trabalho por uma zona de enorme desenvolvimento urbano da cidade de Viana do Castelo.

 

A escassez de espaços de convívio para jovens, especialmente numa dinâmica de interesses musicais, fez surgir um “Clube de Guitarras” no seio da sua Escola de Música, liderada pelo professor Júlio Viana.

 

É de realçar que a Câmara Municipal de Viana do Castelo apoiou esta iniciativa.

 

A composição de melodias e sua organização possibilitou a criação dum CD cujo produto da venda reverterá a favor de “O Berço”, que é um Centro de Acolhimento de bebés e crianças abandonadas e/ou de alto risco.

 

 

Desenvolvimento do Projecto:

 

· O “Clube de Guitarras” adoptou como tema para o desenvolvimento das suas actividades “O Ambiente”.

· A constatação da sua beleza e a observação do seu mau trato suscitou diversos sentimentos.

· Trocaram-se opiniões, discutiu-se e debateu-se o tema.

· Convidaram-se alguns amigos e formou-se o “Clube do Sol” ¾ o Sol é luz, o Sol é cor, o Sol é vida, o Sol é música...

· Elaborou-se uma mensagem, através da criação de poemas e da composição de várias melodias.

· Produziu-se um CD.

· Nasceu uma obra a favor dos abandonados.

 

 

“Deixemos o mundo um pouco melhor do que o encontramos.”

                                                                               Baden Powell

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO VIII

 

A PARÓQUIA E O JUBILEU DO ANO 2000

 

 

 

      O P.e Artur Coutinho tem uma forma muito peculiar de ver e viver a vida, mesmo a sua vida sacerdotal e os projectos em que se envolve.

            Nos dias de ausência e de meditação preparou um projecto que, apesar de apresentado fora de horas ao Conselho Paroquial de Pastoral, foi imediatamente aprovado para a celebração paroquial do Jubileu 2000, em colaboração com os padres do Carmo

            Neste capítulo são apresentadas algumas das ideias que ele escreveu e permitiu, como Director do Jornal, que outros escrevessem sobre a efeméride.

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


2000  anos

Ano  2000

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


JUBILEU DA PAZ

 

 

Desde o dia 24 de Dezembro de 1999, na celebração da “Noite de Natal” presidida pelo Papa João Paulo II na Basílica de São Pedro, em Roma, e no dia seguinte, 25 de Dezembro, NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, nas outras basílicas romanas; em Jerusalém, Belém e Nazaré; e em todas as catedrais do mundo, UM TEMPO DE GRAÇA, pelo acontecimento extraordinário da humanidade, inicia o seu itinerário de celebrações jubilares. Na nossa diocese com uma Procissão da Igreja da Misericórdia, o Bispo acompanhado de sacerdotes e fiéis entrou na Sé transportando o Evangelho, que concluirá no dia 6 de Janeiro de 2001, EPIFANIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

 

 

O que celebramos?

 

Com os olhos postos no mistério da encarnação do Filho de Deus, celebramos o BIMILENÁRIO DO NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

 

Como Celebramos este acontecimento?

 

Seguindo a prática da Igreja iniciada pelo Papa Bonifácio VIII em 1300, que se consolidou na prática da celebração habitual, cada vinte e cinco anos, de um ano jubilar – chamado também Ano Santo – o Papa João Paulo II convocou a Igreja à celebração do Grande Jubileu do Ano 2000.

 

O que significa Jubileu?

 

A Palavra “Jubileu” provém directamente do latim; e este do hebreu “Yôbel”, que significa corno de carniceiro ou trombeta. Fazendo soar o Yôbel anunciava-se o início do Ano Santo Judeu. Esta celebração produzia uma grande alegria em todos, especialmente nos mais pobres. A alegria interior e exterior é uma das atitudes chaves do Jubileu judeu e cristão.

 

O que é para nós, um Jubileu?

 

“Era um tempo de conversão”

O Jubileu no Antigo Testamento era um tempo santo, “ano de graça do Senhor”. Era um tempo de conversão. Um ano de perdão e reconciliação.

“A encarnação de Deus em Cristo é o grande acontecimento que mudou o sentido da história”.

Para os homens do Novo Testamento, “Jesus Cristo é o grande Jubileu”. Nele se depositam todas as esperanças e alegrias da humanidade. Ele é a salvação para todos nós. A encarnação de Deus em Cristo é o grande acontecimento que mudou o sentido da história.

“A Igreja convida-nos a celebrar este Jubileu extraordinário”

A Igreja, através da história tem celebrado Jubileus periodicamente e sempre com os mesmos objectivos e sentimentos que vemos no Antigo Testamento e em Jesus.

 

Quais são os aspectos específicos do grande Jubileu de 2000?

 

“...uma grande oração de louvor e acção de graças”

Segundo a vontade do Papa João Paulo II O Jubileu do ano 2000 deve ser uma grande oração de louvor e acção de graças, sobretudo pelo Dom da Encarnação do Filho de Deus e da Redenção realizada por Ele.

 

Quais são os sinais próprios de todos os Jubileus?

 

A peregrinação aos lugares santos: “A peregrinação tem sido sempre um momento significativo na vida dos crentes... Evoca o caminho pessoal do crente seguindo as pisadas do redentor.”

A porta santa aberta nas principais basílicas romanas. Ela “evoca a passagem que cada cristão está chamado a fazer do pecado à graça, da morte à vida. Jesus disse: “Eu sou a porta”. A porta santa indica-nos que nada pode ter acesso ao Pai senão através d’Ele...”

 

Quais são os sinais próprios do Jubileu do ano 2000?

 

Junto aos sinais seculares do Jubileu, há outros que o Papa quer que se ponham particularmente de relevo nesta ocasião:

 

A purificação da memória, “que nos pede a todos um acto de valentia e humildade para reconhecer as faltas cometidas por quem tem levado e leva o nome de cristãos”. Por nossa parte, esta ”purificação da memória” deve levar-nos a ser mensageiros da paz e reconciliação à nossa volta, apresentando um resto mais limpo e formoso da Igreja, esposa de Cristo.

A caridade, “sinal da misericórdia de Deus que nos abre os olhos às necessidades de quem vive na pobreza e na marginalizarão”. Isto obriga-nos a traduzir em obras concretas de ajuda aos mais débeis toda a experiência espiritual que conduz o Jubileu.

A “memória dos mártires”. O seu testemunho não se pode esquecer. “Eles são os que anunciaram o Evangelho dando a sua vida por amor maior que compreendia qualquer outro valor”.

 

Como celebrar o Jubileu?

 

Para viver melhor este Jubileu 2000, há que ter em conta que os seus objectivos levarão os cristãos ao:

 

* Fortalecimento da Fé

* Testemunho de vida

* Desejo de conversão e renovação pessoal

* Oração mais intensa e à escuta da Palavra de Deus

* Solidariedade para com o próximo, especialmente o mais necessitado.

 

 

Quais as condições para receber a indulgência jubilar?

 

Para acolher Dom do Jubileu é necessário:

 

* A confissão sacramental

* A comunhão eucarística

* A oração pelas intenções do Papa

* Cumprimento de uma acção determinada: Peregrinação (Roma, Terra Santa, Igrejas locais designadas pelo bispo – na nossa diocese a Sé Catedral, Santuário de Nossa Senhora da Peneda, St.ª luzia, St.º Estevão de Valença e Matriz de Ponte de Lima – participando num acto litúrgico. (A peregrinação poderá ser substituída por: visita aos irmãos necessitados – doentes, idosos, presos, marginalizados...–, fazendo os sacramentos e a oração.)

 

“Todo o caminho jubilar tem como ponto de partida e de chegada a celebração do sacramento da Penitência e da Eucaristia, mistério pascal de Cristo, nossa paz e nossa reconciliação, acompanhados do testemunho da comunhão com a Igreja manifestada com a oração pelas intenções do Pontífice Romano e pelas obras de caridade”.

 

Como vamos celebrar o Jubileu na Paróquia?

 

Catequese da Luz

 

1.   Anúncio do programa.

Dia 2 de fevereiro de 2000 – Festa da Apresentação.

 

2. Benção do fogo em cada centro Litúrgico.

Dias 25 e 26 de Março de 2000 – Festa da Anunciação

(dia 25 na Cadeia às 17h e no Carmo às 18h)

(dia 26 na Abelheira às 8h e na igreja Paroquial às 11h)

 

* 24 horas por Jesus, dias 14 e 15 de Abril

* Exposição de trabalhos da catequese, sobre Jesus

 

3. Páscoa – Círio

 

3.1 Vigília – 22/04/2000 – Encontro Convívio das Assembleias

 

4. Festa da Padroeira

* Procissão de velas em Maio – 11 e 12 de Maio 2000

* Uma Bíblia em cada casa. Comunhão Solene no dia 14.

 

5. Novena de N.ª Sr.ª do Carmo – 9/07/2000

* Procissão de velas  - 24 horas por Maria, dias 15 a 16.

* Exposição Mariana.

 

6. Procissão de velas de Setembro de Nossa Senhora das Necessidades – 08/09/2000

 

7. Imaculada Conceição – dia 8 de Dezembro de 2000

Confissões e peregrinações à Sé.

 

8. Partilha

 

9. Compromisso – dia de Natal e epifania.

 

         

SIGNIFICADO DO LOGOTIPO

 

                No campo azul de forma circular, que significa o universo, está inscrita a cruz, que sustem e rege a humanidade que habita os cinco continentes representados por cinco pombas.

            A cruz está pintada com as mesmas cores das pombas para significar o mistério da Encarnação: Cristo assume a mesma condição humana “fazendo-se um de muitos”. Deus entra na história da humanidade e redime-a.

            A luz dimanada do centro indica que Cristo é a luz que ilumina o mundo. Ele é o “ÚNICO SALVADOR, ONTEM HOJE E SEMPRE”.

            A forma circular com que estão representadas as pombas representa o espírito dinâmico de solidariedade que anima o Grande Jubileu do Ano 2000.

            A vivacidade e a harmonia das cores querem recordar a alegria e a paz como momentos peculiares da celebração jubilar.

            As palavras que compõem o logotipo estão em latim.

            Fora do círculo, “IUBILAEUM” = Jubileu; A. D. (Ano Domini) = No Ano do Senhor; 2000 = anos passados a partir do nascimento de Jesus Cristo e que motivam a celebração do Grande Jubileu. Tudo seguido quer dizer: JUBILEU NO ANO DO SENHOR 2000.

            Dentro do círculo, “CHRISTUS – HIERI – HODI – SEMPER” = CRISTO, ONTÉM, HOJE E SEMPRE.

O desenho do logotipo é de Emanuela Rocchi, de 22 anos, militante da Acção Católica e aluna da Escola de Arte das Medalhas do Instituto Polígrafo e Moeda do Estado Italiano.

 

 

ORGANIZAÇÃO

 

            * Comunidade Paroquial de Nossa Senhora de Fátima

            * Comunidade do Carmo

                        VIANA DO CASTELO

 

 

 

 

 

 

 

O JUBILEU VISTO PELO “PARÓQUIA NOVA”

 

 

* Janeiro de 2000

 

Amigo(a):

 

Estamos a  celebrar um Ano Jubilar! Não é em qualquer ano que se celebra um jubileu como este...  Este ano jubilar já vinha a ser anunciado há muito, não ao toque de “trombeta”, mas por meios próprios desta época. Ele vem a ser preparado desde há três anos. Formalmente, o Papa anunciou-o há um ano com a bula “Incarnationis Mysterium”.

É motivo de júbilo, de festa e de alegria!

Todos somos chamados a atingir a perfeição possível na nossa humanidade: Deus é um Pai que nos ama, que perdoa sempre que O procuramos e nos dispomos a perdoar ao nosso semelhante. Este Deus é “rico em misericórdia” e sente felicidade em nos libertar da escravidão, do pecado em que nos encontramos mergulhados... Uma coisa apenas nos é exigida por justiça, é que também temos de ser misericordiosos à maneira de Deus.

Aos Judeus, nos anos jubilares, era-lhes exigido que perdoassem as dívidas, soltassem os presos, libertassem os escravos, devolvessem as hipotecas e os campos que, por problemas financeiros os seus donos tinham vendido..., isto é, deste modo se santificavam e faziam o próximo mais feliz. Ora, o jubileu que celebramos, nós cristãos, é, no seu essencial, o mesmo que era celebrado entre os judeus.

O ano jubilar é uma oportunidade para uma conversão mais cuidada, para um encontro especial com Deus, um encontro pessoal e comunitário, mudando as nossas atitudes em relação aos irmãos, perdoando e pedindo perdão, reconciliando-nos com eles e com Deus.

Este Jubileu é a festa dos 2000 anos sobre o nascimento do nosso Maior que tem um nome - Jesus Cristo, filho de Deus Pai, que nos difundiu uma mensagem de respeito pela integridade da criação, de respeito pela dignidade da pessoa humana, criada à imagem e semelhança do Pai, e que, por esta humanidade enfraquecida, se entregou na Cruz...

Arrependei-vos, convertei os vossos corações, orai a Deus, confiai n’Ele e confiai-Lhe a vossa vida, partilhai com o próximo até aos limites das vossas possibilidades... Alegrai-vos, regozijai-vos porque a Paz do Senhor habitará entre vós. E Cristo nascerá no vosso coração... Esta mensagem, própria do tempo do Advento que acabamos de celebrar, diz-nos tudo. Viver o Jubileu é pois descobrir propiciação para nos realizarmos como cristãos, indo ao encontro da perfeição, amando e perdoando, “tudo a todos, e com todos tudo partilhar”.

O nosso bispo, D. José Augusto Pedreira, no dia de Natal, ao abrir oficialmente o Ano Santo disse: “Do nascimento até à morte cada um de nós vive a condição peculiar de peregrino”. “A purificação da mente”, ou seja, “o reconhecimento dos erros cometidos pelas nossas comunidades cristãs, e pela Igreja, através dos tempos, o propósito de pedir perdão às pessoas ou grupos de pessoas a quem tenhamos ofendido, se for caso disso, e a disposição de conceder sempre o nosso perdão”. O Ano Jubilar é ocasião propícia para a “caridade” ao abrir “os nossos olhos às carências daqueles que vivem na pobreza ou sofrem outras formas de marginalização”.

Quem não cometeu erros no passado, ou não os comete no presente? E... Quem não pecou?

Amigo,

Foi mesmo para ti que escrevi esta carta. Ela foi pensada e é uma necessidade urgente. Não me sinto bem sem me dirigir a todos os paroquianos e dizer ao coração de cada um:

Estamos a celebrar um Ano Jubilar e ele tem de ser um ano vivido a sério.

Ele deve ser um ano de graça, um ano de mudança, de reencontro, de reconciliação, de perdão. Eu sou o primeiro a necessitar do perdão...

A falta de discernimento suficiente para sentir que estava a fazer mal passou certamente muitas vezes, na minha vida de pároco, quer por acções, quer por omissões. Sinto que o pecado pessoal nos destrói e faz-se pecado colectivo quando prejudicamos a verdade, a harmonia, a paz, o amor, isto é, as relações autênticas de fraternidade.

Peço-te, irmão, que me lês: Sê generoso em dar o teu perdão. Não sejas exigente.Rezemos juntos:

“Pai Nosso, que estais no Céu; Santificado seja o Vosso nome; Venha a nós o Vosso Reino; Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu; O Pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; - e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.”

Atempadamente iremos anunciando acções a levar a efeito, no Jornal, na Luz Dominical ou através dos meios que normalmente costumamos utilizar.

Esperando a melhor compreensão, se subscreve,

P.e Artur Coutinho

 

 

* Maio de 2000

 

Jubileu da Luz e da Paz

 

Há dois mil anos apareceu uma nova luz para os homens de boa vontade quando, em Belém, um Deus feito Homem nasceu num presépio, cresceu na família e envolvido por um ambiente pobre e, naturalmente, aprendiz de carpinteiro, se fez adulto numa comunidade político-social e religiosamente judaica. Esse Deus-Homem, em diálogo com os Homens, fez amigos e comeu com eles à mesa. Com os amigos estabeleceu uma aliança. Uma aliança nova com a humanidade. Traído, é morto numa cruz e nela vence a morte, ressuscitando-se, dando a todos nós a garantia da nossa ressurreição, dando a todos nós uma luz que nunca mais se apagará.

É esta luz que nos dá alegria e não nos traz na confusão ou no escuro, mas antes, pelo contrário, nos ajuda a ver o caminho e a ver o irmão que, ao nosso lado, caminha connosco para o mesmo fim. Esta LUZ que ilumina o coração do Homem que o leva ao diálogo com os outros e a sentar-se à mesma mesa, a servir-se da mesma refeição cuja comida é o próprio Cristo que se oferece, é capaz de gerar amizade, entendimento e PAZ – ambiente necessário para que reine entre todos uma verdadeira e autêntica cultura de PAZ.

 

 

* Junho de 2000

 

Jubileu da Paz

 

O Jubileu do ano 2000 da Ascenção de Jesus ao Céu é mais um convite a que sejamos cristãos eficientes, isto é, dinâmicos e activos na descoberta de respostas eficientes aos problemas do mundo de hoje. O compromisso que Jesus nos deixou foi esse mesmo. Ele não nos quer apenas contemplativos, de braços cruzados a olhar o Céu, vendo-O subir, ou a olhar o Céu à espera que desça pela segunda vez a julgar os vivos e os mortos.

A Páscoa de Jesus foi completada com a Ascenção. Páscoa e Ascenção são o mesmo mistério da glorificação de Jesus, depois da entrega da sua vida na cruz. Este triunfo de Jesus não é só ponto de chegada, ele é antes ponto de partida, para cada um de nós em Igreja. Fazermos o Seu caminho, que foi um caminho de serviço aos irmãos, darmos vida aos “ossos ressequidos” continuando a celebrar a Páscoa em Sua memória e anunciarmos aos outros, pela palavra e pelo exemplo, que vale a pena esta opção por Jesus que nos deu a certeza da nossa própria ressurreição, será esse a nossa missão.

Jesus subiu ao Céu e deixou-nos o compromisso de sermos cristãos eficientes.

Como cristãos e peregrinos de Nossa Senhora de Fátima, temos de olhar bem à nossa volta e veremos uma sociedade moderna onde os empregos começam a escassear, a falta de recursos e as privações vão aumentando, o ciclo da pobreza e da exclusão social não param, talvez porque ainda não conseguimos descobrir a resposta social e eficiente para dar ao sistema organizativo da sociedade, não descobrimos novos estilos de vida para dar lugar aos grupos sociais, como os idosos, os deficientes, os desempregados, as minorias étnicas, os migrantes e os emigrantes, os toxicodependentes, os seropositivos, os dependentes do alcoolismo e da prostituição...

A nossa missão é hoje pôr fim a estas situações. A Paróquia tem respondido a algumas carências, mas nem tudo terá feito... e sobretudo, nem tudo terá sido feito com a eficiência que a fé exige.

Não bastará acolher as crianças e os bébés abandonados, retirar os idosos à solidão, estimular os deficientes, cegos e amblíopes, os pobres que andam por aí à procura de roupa ou de comida, de dinheiro para pagar rendas, remédios ou alimentos...

Não basta à Paróquia ter Vicentinos, CECEAN/RD, Berço, Centro de Dia, Refeitório Social, Centro de cegos e amblíopes... A resposta principal está no Amor que cada paroquiano põe naquilo que faz pelo outro, sem nome, e sobretudo, naquilo que faz com os outros, em comunidade, isto é, em comunhão com aqueles que partilham dos mesmos ideais para que a resposta social da paróquia seja, de facto, uma resposta eficiente, à maneira de Jesus.

A paz que Jesus nos trouxe exige trabalho, dedicação, doação total aos irmãos. É a eficiência da nova fé que está na resposta, nas obras de amor à maneira do Mestre.

Em Julho, no programa jubilar da Paróquia, temos uma acção mariana, depois da festa da Padroeira, a celebração de N.ª Sr.ª do Carmo com Procissão de Velas, exposição mariana, Eucaristia e as 24 horas por Maria que serão de 14 para 15 e não de 15 para 16 como estava previsto.

Sejamos cristãos eficientes também na oração porque, não havendo fé sem obras, não poderá haver fé sem oração, à maneira de Jesus, que tantas vezes se retirava para, no silêncio, falar com o Pai.                                               

A.C.

 

 

* Julho de 2000

 

O Jubileu e a Vassoura

 

A vassoura é um elemento fundamental para a limpeza da casa, assim como para a limpeza duma igreja.

Ela tem de passar também pelo espaço físico e humano em que decorre a actividade própria de pastores como é a actividade da Igreja.

A eficiência desta actividade a que chamamos pastoral – pastoral litúrgica, profética ou sócio-caritativa – tem de passar pelo uso da vassoura. Se faltar nas mãos duma pessoa a vassoura ou o aspirador que limpa o chão, o espanador que levanta o pó das imagens da igreja, das talhas, das lâmpadas, não haverá ambiente para uma pastoral eficaz.

As portas abertas duma igreja, local de oração, de encontro e reencontros, de comunhão e de conversão, de intimidade com o transcendente, o absoluto, o supremo, o todo poderoso, não é suficiente para que digamos que está tudo feito. Isto exige que as portas abertas duma igreja ofereçam ao visitante, ao transeunte, ao paroquiano um espaço físico acolhedor, agradável, limpo e convidativo ao repouso, à meditação e ao diálogo íntimo com o nosso Deus que nos ama e espera...

A vassoura é um objecto que temos de ter em conta na pastoral. Mas não é só o pó e o lixo miúdo que nos hão-de preocupar, também, o género de bancos  que devem ser cómodos, as toalhas dos altares que devem estar limpas e alinhadas, as flores ou outras decorações que devem ser sempre sóbrias.

Sobre o altar da Eucaristia nada deve haver para além da toalha, da vela, das flores que não devem ser mais que o altar. Às vezes há jarras ou arranjos que se fazem desproporcionados com as dimensões dos altares, pequenos demais ou excessivamente grandes. Nada deve encobrir o mais importante que, neste caso, é  a Eucaristia.

Por vezes, nas festas, vêem-se arranjos tão grandes que escondem talhas artísticas, escondem móveis fundamentais como o altar e o que sobre ele se passa. Mais parece a festa da flor ou competição decorativa do que uma festa da fé.

Todas as decorações para tornar o espaço acolhedor devem ser sempre tão sóbrias que não ofusquem o mais importante... O Altar não pode ser uma secretária de trabalho ou uma mesa de biblioteca...

Em relação à liturgia e ao acolhimento numa igreja, cada coisa tem o seu lugar, próprio e discreto, adequado ao “Mistério da Fé”, àquilo que se celebra...

O que se diz a propósito da liturgia, diz-se da catequese e das suas salas que podem ser polivalentes, mas... imaginem uma sessão de catequese, numa sala cujas paredes estão marcadas por quadros de violência... A proclamação da Palavra tem de ter ambiente e espaço digno, cómodo, longe de barulho, com cenário atraente ou paisagem positiva e... silêncio... O local onde se proclama a Palavra deve proporcionar facilidades de abertura ao espírito...

Também a vivência desta Palavra, manifestada em obras de amor, de serviço, próprias  de quem ama até ao fim, tem de ser vista porque a luz põe-se sobre o alqueire para que ilumine a todos... e os dinheiros que correm, lançados nas caixas das esmolas, tantas vezes, fruto de lágrimas, de suor, de sangue, de renúncias... ou do que se pede, têm de ser vistas nas obras... As obras materiais devem aparecer e o brilho será tanto maior quanto maior for o espírito de serviço e de amor que se lhe incute...

Neste ano Jubilar a vassoura deve funcionar, não só para limpar algumas teias-de-aranha do nosso espaço físico e purificar muitas coisas que, à nossa volta, não estão bem, pois não deixam passar a luz de Jesus Cristo nem a sua a mensagem, mas também para limpar e purificar o nosso espaço espiritual, o nosso coração que se pode fechar a esta luz ou ofuscar aquela que dizemos existir em nós.

O Jubileu da Paz, do nascimento de Jesus, a autêntica PAZ, devia trazer, para além da conversão e duma maior aproximação com a Perfeição, espaços materiais novos, onde a actividade litúrgica profética e sócio-caritativa pudesse gravitar. Esta Paróquia tem necessidade urgente de espaços, onde a vivência social da fé cristã possa desenvolver-se convenientemente, assim como a celebração e a proclamação. Aguardamos a aprovação pela Camâra Municipal  do Projecto que já foi apresentado. Esperamos que este ano jubilar traga  grande graça à Comunidade. Esperamos que o poder civil tenha força suficiente para mostrar aos jovens de hoje que não podemos  ser “parasitas”, vivendo em espaços, do passado, velhos, sem condições e ultrapassados, aliás, o melhor que os nossos antepassados nos legaram, naturalmente, com muito sacrifício, amor e fé... e que foi bom, mas agora pode e deve ser melhorado para que o nosso testemunho actual fique para os vindouros.

                                               A. C.

 

 

O Jubileu das Instituições da Paróquia

 

Instituição pode ser qualquer grupo ou movimento activo fundado, instituído em benefício da comunidade paroquial. Temos muitos e diversificados serviços na Paróquia desde a catequese à litúrgia e ao sócio-caritativo.

No entanto, aqui, neste ano da CARIDADE, se estamos em Jubileu, refiro-me sobretudo às instituições de índole social, que as temos em abundância, como respostas a vários problemas sociais.

Quem com certeza se envolve na vida íntima  duma comunidade paroquial, isto é, na comunhão com os outros enraizada na fé de Jesus Cristo, o Ressuscitado, que está sempre vivo, presente e actuante no meio da mesma, entende que uma Instituição não é algo que está a mais numa comunidade Paroquial.

A Instituição garante a liberdade do beneficiado e memoriza a oferta do benfeitor, prolongando a sua memória; oferece e garante a estabilidade e a eficácia da acção e quem dá, dá-se sem se comprometer e quer fazer bem sem mostrar o rosto... É uma questão de liberdade!... A luz deve pôr-se sobre o alqueire, mas em nome duma comunidade pode ser mais forte!... Pode iluminar mais... e mais longe...

A solidariedade humana é a razão da existência da Instituição, é o aspecto fundamental e mais importante, por isso ela tem deveres para com as pessoas singulares e colectivas. Não se fecha num casulo e não se limita a uma ilha. Na Instituição, na colectividade, dissolvem-se os protagonismos e se alguém inspira a Instituição, também esta informa e projecta...

Por isso, a Instituição tem de ter a sua autonomia para exercer 3 objectivos fundamentais na comunidade, como sua mandatária: expressar a generosidade da Comunidade, reunir a generosidade individual e articular a generosidade e o equilíbrio da organização social com os serviços do Estado.

A identidade duma Instituição vem da sua autonomia concedida pela comunidade, reconhecida pelo Bispo e também, se for o caso, pelo Estado. Não resulta da lei, nem da imposição da autoridade estatal, resulta da iniciativa generosa e espontânea da comunidade. É fruto de sonhos, de projectos para a melhoria das condições da vida da comunidade. É por isso ancestral, e por ela passa o tempo e o espaço onde se põem em prática inegáveis virtudes que enobrecem os dias de hoje... Quem trabalha por esta causa, dá provas de que sabe o que quer, sabe fazer com fé, justiça e verdade, passando teimosamente por cima de muitas contrariedades. São os valores destas virtudes que moldam a nossa identidade e fazem as nossas obras falarem por si, com cultura própria, património moral e cívico único, que evolui para não morrer ou perder o rumo ou os objectivos a que, na origem, nos propusemos.

Nas obras sociais da Igreja não podemos falar de identidade sem falar de espiritualidade. As nossas instituições são da Igreja e têm uma cultura diferente, como se pode ver nas obras. Aliás elas falam por si. O património moral e cívico, iluminado pela fé vivida dos crentes ao longo dos tempos, é enorme, mas nem sempre este património hoje como ponto de referência da  mesma Igreja... É que a Igreja é formada por Homens sujeitos à tentação do individualismo, do protagonismo, dos títulos e, às vezes, é capaz de faltar  naqueles que, em vez de a servirem, se servem dela.

  Entre nós, alguma parece perder o norte, isto é, os objectivos que um dia se propôs. Não acompanhou o evoluir dos tempos. Se os seus objectivos foram ultrapassados porque, por justiça, o Estado já os resolveu, então, por que manter a chama e lançar mãos a outras carências a descoberto na sociedade civil.

Há que ter a noção de que hoje se vive num mundo de interdependências e a mudança no sector social tem cada vez maior exigência. Antigamente, por exemplo, ninguém se escandalizava com o trabalho infantil, hoje não é aceite. As Instituições têm de definir bem a sua capacidade de resposta aos problemas e intervir, ainda que tenham de favorecer o debate público com parcerias semelhantes da região, do  país  ou  do estrangeiro, dum modo particular com quem tem mais afinidades, no sentido do desenvolvimento de esquemas de cooperação, da sistematização de avaliações de sucessos e insucessos para que o percurso possa, com mais facilidade, fazer parte da memória colectiva.

            Não podemos procurar eficácia nas respostas cristãs aos problemas de hoje se continuarmos com o nosso individualismo, nem podemos esconder ou justificar a nossa omissão porque as coisas têm de ser feitas com perfeição... A dávida duma instituição ou daqueles que a ela se entregam  não se mede com critérios humanos, isto é, não é fácil de medir, pois o amor colocado no mais pequenino serviço pode ter diante de Deus um valor infinito e, naturalmente, perante os homens esse pequenino gesto, no lugar próprio, teve  eficácia cristã, foi sinal, foi testemunho, deixou passar a mensagem...

A Instituição faz história, cria património e também experiência. Não é fácil uniformizar tão diversificada acção!... No entanto, ela exige, gera autonomia, identidade e solidariedade...

Esta acção vem da pré-história  e  nós devemos implementá-la, embora adaptada aos tempos de hoje e capacitada para responder cabalmente à problemática da nossa  época...

Todos os problemas sociais devem ter uma solução eficaz na comunidade e o Estado devia colaborar para que essa eficácia fosse  ao encontro das soluções exigidas pelas realidades sociais de hoje.

A.C.

 

 

* Agosto de 2000

 

O Jubileu das Férias...

 

“In illo tempore” não se falava de férias, mas do dia do descanso semanal: ao Sábado, no Judaísmo; ao Domingo, no Cristianismo.

Não se falava de férias porque isso não fazia parte da cultura da época... Hoje as férias são uma necessidade natural a que nem todos têm direito. Por razões várias, razões económicas, razões da organização da sociedade, muitos ainda não as podem gozar, dum modo particular, as mulheres ditas “donas de casa”...

Quebrar a rotina ordinária da vida, uma vez no ano, um mês nos doze meses, não aparece como norma na Sagrada Escritura porque, como dizia, não fazia parte da civilização da época... mas creio que, sendo o nosso Deus tão humano, Ele nos convida hoje não só ao descanso semanal, mas também a disfrutar de momentos mais alargados de distensão, de descanso, de reflexão, de silêncio, para nos reencontramos connosco e com os amigos... tantas vezes Jesus Cristo o fez, convidando os amigos para um lugar ermo, para a intimidade, para o encontro com o transcendente, para o encontro com o Pai...

Hoje é inumano não se fazerem férias. O homem não é de ferro e o trabalho, o stress, o barulho, a informação que nos chega dos média, de todo o mundo e a cada momento, mais cansa o homem que deve procurar cuidar-se e salvar-se desta confusão toda... O dia semanal de repouso e de oração já não basta. O Domingo, semana a semana, já não chega.

Haja férias, gozem-se as férias e que elas possam ser gozadas por todos os humanos e todos possam chegar ao fim com mais energia, mais vontade e mais entusiasmo, ao retomarem os seus trabalhos que são trabalhos do Reino de Deus e para o Reino de Deus.

Esta é a nossa missão. A missão pela qual devemos dar a vida, porque vale a pena esta vida que o Bom Deus nos dá com a missão de a gerirmos bem, sob pena de a destruirmos e de nos destruir. As férias são tempo sagrado que precisamos para zelar a Vida.

A. C.

 

 

* Setembro de 2000

 

O Jubileu e o dinheiro

 

A dinâmica pastoral do Jubileu tem levado muita gente a descobertas de gestos proféticos verdadeiramente marcantes, autênticos sinais de esperança no Amor de Deus, que a todos prende e arrasta. Neste contexto, os bens materiais em geral e o dinheiro em particular têm sido objecto de reflexão e de atitudes de desprendimento, neste ano jubilar, mais se partilha em ordem aos que precisam numa atitude de verdadeira solidariedade humana. Isto é mais frequente, à nossa volta, do que aquilo que parece...

Estamos no Ano da Caridade e redescobrir a Caridade, como dinamismo que desenvolve a justiça e a paz social, potência a presença cristã e a acção salvítica na área social da Igreja. O ano Jubilar trouxe maior sensibilização da nossa sociedade para o envolvimento e empenhamento dos cristãos na vida real do dia a dia.

Este envolvimento arrasta consigo um compromisso sério, levando as pessoas a um "ajornamento" capaz de tocar a sensibilidade dos outros.

Quanto ao dinheiro, de facto, as pessoas começam a convencer-se que o dinheiro não é tudo, aliás nada do que possuímos nos pertence plenamente. Nada é nosso e tudo é de Deus. Somos apenas uns meros gerentes das coisas para que elas produzam fruto, o fruto que Deus quer para toda a humanidade.

O dinheiro não pode ser um ídolo porque, na medida em que o for, ele é motivo de divisão, de virar costas, de indiferença e até de ódio; de fechar os olhos para deixar de ver a miséria alheia; de tapar os ouvidos para deixar de ouvir os gemidos dos que sentem fome; de cruzar os braços para nada fazer quando algo nos obrigaria a não ficar indiferentes e lançar mãos às obras de solidariedade; de não querer sentir o que qualquer humano dotado de inteligência e vontade sente, para não ser incomodado...

O dinheiro cava entre os homens abismos que dificilmente se transpõem.

Neste ano jubilar há muita graça de Deus a correr nas veias de todos os cristãos... e até na partilha se nota, sinal de que a gente se convence que o dinheiro não é tudo. Na verdade, há que olhar mais alto e ouvir com mais atenção os gritos dos que têm necessidades, de ver com maior atenção as mazelas da nossa sociedade, a paisagem da marginalidade, do racismo, da xenofobia, dos portadores de HIV, dos descarnados pela fome, dos sofredores das injustiças, da opressão e do pavor da guerra, etc....

Nota-se, respira-se uma aragem nova de solidariedade e não é de estranhar que, no fim do ano, se verifique que aumentou ou “dobrou a parada” em relação à partilha, na comunidade, a favor dos que precisam.

Vamos mandar mais para Timor? Para Moçambique? Para Angola? Vamos socorrer as vítimas da explosão de Lanhelas?

A. C.

 

 

Glehn e Viana – Celebrando o Jubileu

 

O encontro jubilar entre as duas paróquias geminadas, Nossa Senhora de Fátima e Glehn, realizou-se com a pompa merecida. Desta vez, a comunidade portuguesa de Neuss deixou-se mostrar, ainda que muito timidamente. Os jornais locais deixaram transparecer, duma forma elegante e digna, este encontro, inédito nesta região. Duas paróquias que mantêm estes intercâmbios humanos e que se deixam livremente entrelaçar e interpelar pela Palavra de Deus, espaço comum, e pela vivência da mesma fé, é, segundo a nossa experiência, invulgar nestas paragens.

 

Amizade dos povos em foco traduzida em cores vivas e alegres.

 

Foi a alegria do reencontro para muitos dos que no passado testemunharam esta experiência. Foi o mergulhar num mundo cultural, parcialmente conhecido pelas notícias esporádicas dos nossos meios de comunicação social.

As molas insubstituíveis deste movimento foram os respectivos párocos, com carácteres e interesses tão diversos, mas que possuem ambos a clareza necessária  da importância da complementaridade e da beleza da diversidade. São eles o P.e Istel de Glehn e P.e Artur Coutinho de Viana do Castelo.

 

 

Estratos sociais diversos unidos pela única vivência.

 

Foram operários fabris, advogados, professores, donas de casa, reformados que se sentiram membros duma única família e que durante uma semana conviveram e partilharam o mesmo estilo de vida. Os jovens vieram em grande número emprestando, ao grupo, um colorido agradável. O escutismo mostrou-se nas cerimónias religiosas, dando um brilho especial às celebrações Eucarísticas e Marianas.

 

Venerando em conjunto Maria, a Mãe carinhosa de todos.

 

Nossa Senhora de Glehn, outrora venerada por uma vasta região, sentiu-se devidamente honrada. As ruas envolventes à bela Igreja de Glehn foram testemunho da fé à Mãe que os dois povos publicamente manifestaram. Há muito que não se realizavam as procissões em homenagem à Nossa Senhora, tendo em consideração os habitantes doutras denominações cristãs, mas estas foram reavivadas. Os irmãos alemães acorreram em grande número. Os cânticos, assim como o terço, foram em português e alemão, em alternância. A festa da Assunção cobriu-se de solenidade. Além dos cânticos e da homilia nas duas línguas, o Sr. P.e Coutinho não deixou de depor aos pés da Virgem a amizade que une as duas comunidades, implorando a benção para todos os presentes.

 

Neuss, cidade do distrito mereceu um contacto e visita.

 

O convento de S. Sebastião, com a sua secular Igreja, mereceu dos romeiros vianenses uma visita. Esta igreja é por muitos apelidada como o pulmão da cidade, já que situando-se no coração de Neuss, com todo o ruído que implica, respira-se no seu interior a tranquilidade e a harmonia, tão ansiada pelo mundo de grandes velocidades. Pelo seu valor foi escolhida, pelo bispado, como igreja jubilar para a região. Houve ocasião para um encontro ameno e pessoal com o Senhor. Ao Frei Daniel Sembowlki, assistente religioso da comunidade desta cidade e região, deu-se-lhe a oportunidade de tecer uma análise social, humana e religiosa da emigração portuguesa aqui radicada. Através dum diálogo disponibilizou-se para responder às perguntas saídas da Assembleia presente.

A Igreja matriz de S. Quirino, foi outro marco importante desta visita. Puderam apreciar os diversos estilos de construção ao longo dos anos e um pouco da sua história.

 
Apoio das autoridades civis foi insubstituível e meritório

 

Além dos promotores locais, sendo de destacar o casal Drath e o conselho paroquial, que sempre se mantiveram atentos aos pequenos pormenores, a solidariedade do governo civil não faltou. O Sr. Klose, um nome já muito familiar na esfera política nacional, fez questão em estar presente na festa da despedida, encurtando as suas férias. O presidente da câmara de Korschenbroich, depois de ter recebido o grupo com as pompas devidas, e do Sr. director da Caixa Económica, após ter oferecido um almoço a toda a comitiva, participaram, com as suas esposas, no jantar de despedida oferecido pela comunidade de Glehn.

 

 

Uma Oliveira...

 

Por ser o “Ano Internacional para uma Cultura de Paz” e o ano do “Jubileu da Paz”, a nível paroquial, o grupo levou uma oliveira, símbolo da Paz, que foi entregue no ofertório da missa celebrada em Steinford para que, amanhada ou tratada pelos nossos amigos, na Alemanha, possa passar mais facilmente de símbolo a realidade...

Lá ficou mais este elo de união na ajuda mútua para o enriquecimento cultural dos dois povos, das duas comunidades tão distantes e tão díspares...

 

Arranjo floral.

 

As lembranças não ficaram pela oliveira, foi entregue também um prato gravado, nas duas línguas, com os distintivos das duas cidades: Viana do Castelo e Korchenbroich, e, como era de esperar, o grupo presenteou N.ª Sr.ª de Glehn com um belo arranjo floral após a oração formulada, em duas línguas, com a ajuda das intérpretes, pelo P.e Artur Coutinho.

Foi um gesto que muito sensibilizou até à emoção, portugueses e alemães.

 

 

Laços de Amizade

 

Paroquianos de Nossa Senhora de Fátima  de Glehn, no Norte da Alemanha, viveram momentos de grande emoção e amizade, por motivo de uma digressão efectuada àquele país e que, no percurso, incluiu paragens sobretudo em Bordéus, Paris, Bruxelas, Luxemburgo, de um grupo de pessoas da Paróquia vianense.

Não era, no entanto,  uma estreia este encontro entre naturais de Viana e de Glehn, pois já por quatro vezes que paroquianos de Nossa Senhora de Fátima se haviam deslocado àquela localidade alemã, para além de em diversos momentos o seu pároco, P.e Artur Coutinho, ali ter estado presente em eventos relacionados quer com a vida da comunidade paroquial  quer de pessoas com ela relacionadas. Por outro lado , também  já por mais de uma ocasião a paróquia de Nossa Senhora de Fátima recebeu a visita de representantes de Glehn. Poder-se-á dizer que os contactos, embora não com a frequência que muitos desejariam, estão estabelecidos e são em certa maneira já normais. Daí que tanto os de Glehn como os de Viana do Castelo se sintam como que familiares e amigos quando se deslocam às terras de uns e de outros.

Do convívio com a comunidade de Glehn trouxeram os de Viana as melhores recordações pelos cuidados e atenções de que foram objecto por parte de todos e, de um modo muito, especial do seu pároco, P.e Istel e da comissão, que o assessorou e que esteve sempre presente durante os dias da nossa permanência na sua terra, de destacar os já habituais e dedicados amigos de N.ª Sr.ª de Fátima,  como sejam  Drath, Théo, Christian e Otto.

Foram momentos altos desse convívio a recepção à nossa chegada seguida de encontro  na antiga escola primária da aldeia, sendo os visitantes contemplados com um oportuno e apetitoso lanche e onde, para além dos membros da comissão e da comunidade, compareceram também emigrantes portugueses ali radicados, nos quais era visível a  satisfação por receberem a visita de compatriotas, evidenciando todavia  uma boa inserção naquele país  de acolhimento. As missas celebradas em comum, no primeiro e último dias, e a procissão de velas pelas ruas de Glehn, com cânticos e orações, ora em alemão ora em português, e até em latim, constituíram assinaláveis momentos  de comunhão de fé e de ideais  que nem a barreira das línguas conseguiu impedir. No entanto, nas homilias das missas, nas visitas efectuadas  e recepções por parte das autoridades locais, de muito valeu a competente acção das nossas intérpretes Dr.as Lurdes Caló e Lígia Magalhães, bem como dos emigrantes José Rodrigues e Luís Genro que colaboravam com  a comissão da paróquia de Glehn.

Os nossos anfitriões não se pouparam a esforços para proporcionar a todo o grupo uma estadia confortável e culturalmente enriquecedora. Acompanharam-nos numa visita a Lindberg, uma aldeia medieval, que, do ponto de vista urbanístico, mantém ainda muito do seu ambiente primevo, com as ruas, casas, fortificações e monumentos a testemunhar a sua origem e história multisseculares. Em Korchenbroich,  foi o grupo recebido na Câmara Municipal, tendo o seu presidente, depois de dirigir palavras de muito apreço e simpatia,  distribuído lembranças a todos os elementos da comitiva vianense. A Paróquia, pelas mãos dos mais jovens elementos da comitiva, Daniel Sousa e  João Flores,  ofereceu ao Presidente da Câmara uma linda peça de Louça de Viana que foi muito apreciada. Seguiu-se a visita à igreja paroquial, que fora objecto de uma cuidadosa reconstrução após a destruição sofrida  por efeito do bombardeamento aliado na Segunda Guerra. Ainda na mesma cidade, foi o grupo recebido pelo seu Director nas modernas e inovadoras instalações da Sparkasse, o banco oficial alemão, onde foi mais uma vez alvo de manifestações de apreço e simpatia e contemplado com lembranças e almoço.  Porém, foi em Steinford, que estava reservado o maior momento de festa e de convívio.  Numa antiga vacaria, agora transformada em restaurante típico, que pela  riqueza e variedade decorativas lhe conferiam a categoria de verdadeiro museu etnográfico, decorreu um jantar festivo de despedida a que não faltaram as danças, os cantares, a animação e até os discursos que fizeram, deste momento, uma verdadeira apoteose final expressiva da empatia, entendimento e comunhão de vontades e interesses que ligam as duas comunidades e que muito se deseja que sejam continuadas e aprofundadas no futuro. De destacar a presença de autoridades locais e regionais, nomeadamente um Ministro do Governo Regional, o Presidente da Câmara de Korchenbroich, o Director da Sparkasse, o Pároco, P.e Istel, e toda a comissão organizadora.

Muito notória foi, durante a permanência na Alemanha, e que causou muito agrado aos paroquianos de Nossa Senhora de Fátima, foi a simpatia, o respeito e a receptividade de que era alvo o pároco de Nossa Senhora de Fátima, senhor padre Artur Coutinho, traduzidos por vezes em gestos de tom familiar e brincalhão como aconteceu  em Steinford, quando, no calor da festa, o proprietário do restaurante o chamou ao palco e, entre palavras um tanto inacessíveis em alemão para a generalidade dos falantes portugueses, lhe ofereceu uma simpática vaca de peluche, espécie de versão alemã da “vache qui rit”. Escusado será dizer que o simpático “bicho” logo ali ficou instituído em mascote do grupo.

Antes de abandonar a Alemanha puderam ainda os visitantes deslocar-se a Neuss, Colónia e Aachen. Na primeira destas cidades, na igreja da Missão Portuguesa, tiveram oportunidade de satisfazer as condições  do Jubileu e ouvir uma intervenção do Padre Daniel sobre a função da missão naquele meio; em Colónia, visitar a famosa catedral, de dimensões imponentes, e apreciar o seu riquíssimo património artístico; e em Aachen, antiga “Aix-la-Chapelle”, cidade que foi residência preferida de Carlos Magno, saborear o seu tipicismo, a sua traça antiga e alguns monumentos como a catedral e o edifício do município.

Um apontamento final a salientar foi o agradável ambiente de convívio, de entendimento e de cooperação reinante durante toda a viagem entre a comitiva, tão heterogénea do ponto de vista etário, de sensibilidade, de formação e ocupação profissional, factores muitas vezes, quando indevidamente equacionados, potenciadores de conflitos e de tensões. Por outro lado, uma deslocação com o número e variedade de pessoas, como a que foi realizada, obrigando a longos períodos de permanência em comum e dentro de um autocarro, exige a disciplina e o respeito pelas pessoas e normas de convivência essenciais para que os objectivos do programa sejam atingidos. E foi a consciência destes valores e um alto espírito de compreensão, de tolerância e de cooperação que todos os elementos do grupo evidenciaram e que ao autor destas linhas, como responsável do grupo, muito lhe apraz registar. Certamente que o conhecido jogo do amigo com as actividades que vai desencadeando, muito contribuiu, pelo seu carácter joco-sério, para o estabelecimento de empatia e boa disposição. E mais uma vez deu bons resultados: a produção poética gerada em torno das actividades que suscitou, ficam a atestar as suas possibilidades.

Mesmo para concluir, um desejo: que as viagens organizadas pela Paróquia, como espaços privilegiados de lazer e de convívio, continuem a contribuir para que cada um conheça melhor o mundo e o aprecie; que ajudem a um melhor conhecimento de cada um e dos outros e enraízem nas relação humanas sentimentos e práticas de  fraternidade, compreensão, tolerância e entreajuda.

Albino Ramalho

 

 

* Outubro de 2000

 

O Jubileu e a Catequese

 

Começámos um ano novo na Catequese, como é vulgar todos os anos pelo mês de Setembro! Mas, este ano, reveste-se de particular importância porque estamos em Ano Jubilar.

Ao celebrarmos o Jubileu do nascimento de Jesus Cristo arranjamos oportunidades para vivermos o Jubileu, em referência a estes e àqueles, atingindo todos os mesteres da vida e todas as pessoas da comunidade dos humanos, desde os bispos aos mais humildes, passando pelo jubileu dos catequistas...

Na Catequese impõe-se Jubileu, isto é, mudança... renovação.

É frequente verificarmos que há cristãos sem conhecimentos básicos para fundamentar a sua fé e “para dar razões da sua esperança”. Frequentaram a catequese na infância, julgam conhecer tudo sobre a fé e vivem toda a vida uma fé infantil, ou perdem a que têm.

Por esse motivo, facilmente se deixam levar por seitas. Na vida, não dão testemunho público da dimensão duma fé esclarecida e aberta, antes pelo contrário, dão, muitas vezes, claros sinais de incapacidade para o compromisso cristão, o que leva a surpreender  aqueles que vivem ao seu lado e nunca receberam o dom da fé e choram por não o terem...

A Igreja tem-se preocupado, já há muitos anos, com o problema da ignorância religiosa do povo e, por isso, os responsáveis pela acção pastoral, dum modo particular os párocos, têm procurado suprir esta lacuna, organizando cursos, encontros de formação cristã, dando formação específica ou circunstancial, ao longo do ano e dos anos, organizando debates sobre temas actuais que preocupam a sociedade moderna numa prespectiva cristã...

Ao falar hoje da catequese, já não se compreende apenas a catequese da infância, mas também a da adolescência, da juventude e de todas as idades... Há catequese para todos sem a reduzir aos conhecimentos básicos, doutrinais da mensagem de Jesus, porque o Cristianismo, mais do que doutrina, é uma opção, adesão à pessoa de Jesus que nos interpela a fazer caminho caminhando, a proclamar a verdade anunciando, a viver o amor, celebrando...

Este ano Jubilar, virá reforçar esta vertente e fará com que as nossas catequeses desde a Infância à Terceira Idade proporcionem mais conhecimentos doutrinais que fundamentem uma fé esclarecida e personalizada, orientem os comportamentos morais, introduzam numa vida espiritual, em união com Cristo e com a Comunidade dos Crentes, através da vida litúrgica e da oração, e dêem a todos mais responsabilidade religiosa.

Um ano de catequese que começa para toda a gente em ano jubilar é uma Graça que vem do Alto e a que todos devemos estar abertos a Ela.

 

 

* Novembro de 2000

 

O Jubileu dos  Santos e das  Alminhas

 

O culto aos mortos é tão antigo como o mundo. Ele fez parte de todas as civilizações do universo. A época outonal em que a natureza parece apagar-se com o cair da folha ou entrar em letargia para, naturalmente, descansar do seu ciclo produtivo e ser purificada pelo frio para voltar a reviver ao chegar a primavera, foi, desde os primórdios do mundo, o tempo propício a um culto mais intenso aos mortos.

A Igreja também contou sempre com esta época para dar vida aos mortos honrando-os pela santidade que  aprovou e propondo o seu culto aos fiéis ou trazendo-os simplesmente à memória viva das famílias, dos amigos, isto é, da comunidade.

Os Santos nem todos se encontram no catálogo oficial da Igreja. Esses são os canonizados e são apenas um número simbólico. Uma multidão incontável está no Céu e, por isso, o Papa Gregório IV, no Séc. IX, fixou o dia 1 de Novembro a festa de Todos os Santos para extravasar o referido catálogo e honrar toda essa multidão anónima que se encontra no seio de Deus.

Nesse mesmo dia, é possível antecipar a comemoração do Dia dos Fiéis Defuntos, na celebração de vésperas, como que unindo, em júbilo de alegria e esperança, o mistério do triunfo e o mistério da purificação a caminho do refrigério na mansão da luz e da paz, que Deus lhes reserva. O dia 2 de Novembro é celebrado também no séc. IX, da iniciativa do Abade de Cluny, Santo Odilon, e tornou-se universal na Liturgia no séc. XIII.

O mês de Novembro é, por isso, conhecido pelo “mês das almas” porque durante este mês se enraizou um culto diário onde as almas do purgatório são objecto de veneração e sufrágio mais intenso.

Este culto que praticamos não tem nada a ver com a transmigração das almas, “os espíritos da noite”, as “Almas penadas”, “os espíritos”, o fogo, as águas, os animais, os astros, as coisas, os números, nem com as fadas, os lobisomens, os fantasmas, os mouros e as mouras; a feitiçaria, a bruxaria, os ensalmos, as calendas; nem com a magia das horas, dos dias da semana, dos agouros humanos e animalescos, das adivinhações; nem ainda com as “almas do outro mundo”, os “corpos abertos”, as “procissões de defuntos”, coisas em que não acreditamos e que tiveram reminiscência no paganismo. Já vêm da antiguidade e ainda há quem dependa destas crenças que deformam, muitas vezes, alguns dos fiéis cristãos que usam amuletos como figas, ferraduras, chaves, tesouras, peneiras, chifres, alhos, alecrim...à mistura com crucifixos ou medalhas de N.ª Senhora ou dos Santos.

Ao celebrarmos os mortos, nós queremos simplesmente fazer uma afirmação de fé - acreditamos na Ressurreição, acreditamos na vida do Além, uma vida eterna que Deus quer feliz para todos os homens.

Acreditamos na Ressurreição de Cristo como o argumento fundamental para provar a sua divindade e que, tendo vivido com os Homens, por eles entregou a vida, para lhes dar a possibilidade de viver para sempre junto de Deus, garantindo-lhes a sua ressurreição.

Deste modo, o nosso culto aos mortos leva-nos a viver este mês com maior intensidade a fé no mistério do triunfo da coroa de glória dos Santos, no mistério da purificação, “antecâmara” do Céu, para poder atingir a plenitude da felicidade e o mistério terreno onde cada um de nós, candidato à santidade, procura viver a opção cristã com a dignidade necessária, não sem limitações, sem pecado à mistura, que tornará a nossa vida numa luta pela perfeição que só na morte tem o seu termo e a compensação pelo esforço empregue. Pelos Santos louvamos a Deus e são nossos intercessores; pelas Almas do Purgatório pedimos por elas e são nossas intercessoras. Nada mais poderemos fazer por aqueles que, na vida, nada fizeram por prosseguir consciente, livre e responsavelmente, como opção fundamental, um ideal de perfeição a não ser que ainda possamos, nesta vida, dar-lhes sobretudo a nossa compreensão, exemplo e Amor!...

Celebrar o Jubileu das Almas e dos Santos é tudo isto que há dois mil anos nasceu em Jesus e que se tornou na verdadeira “Comunhão dos Santos” que professamos no Credo.                              

A.C.

 

 

 

O Jubileu e os seus  frutos...

 

Já se aproxima do fim o Jubileu dos 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo. É tempo de reflexão e já nos podemos interrogar se valeu ou não a pena este Jubileu...

Foram várias as programações de actividades jubilares, a nível da Igreja Universal com centro em Roma; a nível nacional com centro em Fátima; a nível diocesano com centro na Sé e noutros templos jubilares da nossa diocese; a nível paroquial na igreja da Comunidade, no Carmo e na Senhora das Necessidades.

Várias foram as oportunidades dadas aos cristãos para celebrar este ano de graça. Naturalmente, uma das grandes graças foi descobrir mais uma vez a Bondade de Deus – "Todo Poderoso, por ser Bom".

Deus não nos quer escravos de nenhuma coisa, nem de obediência cega, nem de obrigações a cumprir, mandamentos ou regras, para que tenhamos acesso ao céu, ou que desprezadas, desçamos aos infernos e fiquemos condenados eternamente.

Deus aponta-nos um caminho de felicidade para o qual fomos criados, por isso o livro do Levítico (19,2 - 3) nos diz: "Sede santos, porque Eu sou santo. Eu, o Senhor vosso Deus. Que cada um de vós respeite a sua mãe, o seu pai e guarde os Meus sábados. Eu sou o Senhor, vosso Deus."

Nesta santidade está o respeito pelo pai e pela mãe, o respeito pelos outros, o respeito pela dignidade dos mais pobres, o respeito pelo descanso e, quando alguma destas coisas falhar, está em perigo a santidade, como está em perigo a sociedade em que vivemos. Todos somos protagonistas, neste mundo em crescimento, pois todos precisamos deste respeito, somos virtualmente pais e mães, somos administradores de bens que Deus nos confia para gerir com generosidade, sempre solícitos em distribuir com quem precisa, de um modo particular, o perdão e a misericórdia, dons que recebemos abundantemente da bondade de Deus.

Celebramos um ano de graça. Resta deixar passar o testemunho de algumas realidades vividas neste jubileu, especialmente no serviço aos irmãos, perdoando e pedindo perdão, reconciliando-nos com todos. Deste modo, passará o sinal de que este tempo foi "tempo propício para o homem realizar a sua missão: santificar-se, aproximando-se da perfeição e praticando a Misericórdia à semelhança de Deus. Amar e perdoar, tudo a todos, e com todos, tudo partilhar".

Louvemos a Deus porque nos deu o Seu Filho Jesus e a possibilidade de vivermos um ano de realizações que nos fazem felizes e mais próximos da Santidade e da Paz, e nos enlevam a viver uma fé mais coerente na vida de todos os dias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO IX

 

A PARÓQUIA VISTA PELO P.E COUTINHO

 

 

O jornal “Paróquia Nova”, para além de ser um órgão de informação sobre problemas sociais, e não só, da Comunidade, da região e mundo, tem também uma componente formativa.

Na qualidade de director do jornal, a redacção aproveita muitas vezes artigos simples, sem grande profundidade científica, mas acessível às pessoas, pelo que é um veículo de formação religiosa que ele tem para chegar a todos os leitores.

Agora, vou retirar do respectivo jornal, o que é uma Paróquia para um padre que é pároco há 31anos, 25 dos quais na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A PARÓQUIA VISTA PELO PADRE COUTINHO

 

 

“O pastoreiro de paróquias pequenas requer um tratamento singular, diferente do que lhe temos dispensado até ao presente.

É conhecido o bairrismo exagerado das respectivas populações que defendem a sua manutenção como paróquias. Mas, na realidade, elas não representam mais do que pequenos lugares duma comunidade maior. No futuro, não fará sentido dizer-se que este ou aquele sacerdote tem a seu cargo 3 ou 5 ou 7 paróquias, mas uma comunidade paroquial, distribuída por vários centros. (...)

Esta indispensável mudança só será positiva se dispusermos de alguns leigos capazes de assumir maiores responsabilidades nessas pequenas comunidades cristãs. (...) A supervalorização das capacidades da razão humana, a absolutização dos métodos positivos do saber, a relativização dos valores, a concepção individualista da vida, a superocupação das pessoas centradas na produção e consumo de bens materiais, provocaram profundas mudanças na sociedade e nas pessoas. Afectam o modelo e as funções da célula familiar sobretudo com o trabalho feminino fora de casa, que saudamos, apesar dos desafios que levanta. Enfraquecem as motivações religiosas dos indivíduos e embotam a sensibilidade aos valores consistentes nos quais se incluem os valores religiosos e tudo o que aponta para o transcendente.(...)

Evangelizar dentro duma cultura secularizada, pode ter dificuldades acrescidas, mas deve despertar em nós um desafio entusiasmante.”

 

“Agora, às nossas comunidades cristãs estão a chegar imigrantes, vindos de países africanos ou de Leste, da América Latina ou simplesmente da União Europeia. Temos uma missão a cumprir para com eles.”

 

(Esse fenómeno) “requer tratamento pastoral próprio que passa pelo bom acolhimento, pelo respeito pelas diferenças culturais e mesmo religiosas, pela ajuda na aprendizagem da língua e na escolarização, pela colaboração no superar de outras carências como a procura de habitação, a congregação de toda a família, etc.”

 

“O pluralismo religioso, que se tornou uma das características da cultura do nosso tempo, até há pouco inexistente entre nós, será uma realidade presente em grande parte das nossas comunidades paroquiais. O fenómeno da mobilidade e a omnipresente comunicação social que traz até nós as diferentes experiências de vida e de crenças, põem-nos em contacto com pessoas de outras culturas, vivências religiosas, tradições e formas de manifestação religiosa. (...)

Um são e esclarecido ecumenismo favorecerá a convivência entre as pessoas, a tolerância e respeito mútuo pela vivência religiosa dos outros e a descoberta e assimilação daqueles valores de que essas Igrejas também são portadoras (...). Por motivos diferentes, mas com igual delicadeza e caridade, devemos manifestar estima pelas principais religiões não cristãs historicamente fundamentais como são: o Judaísmo e o Islamismo, religiões monoteístas, e ainda pelo Budismo, não só pelo elevado número de praticantes que congrega mas também porque ele «constitui um grande acontecimento da história».”

      “Aos fiéis leigos – é nossa convicção – está reservada uma missão de evangelização desta cultura contemporânea marcada pela secularidade. (...)

Vós, melhor do que ninguém, podeis marcar presença junto dos vossos contemporâneos. Conheceis e utilizais a mesma linguagem, usufruís das mesmas ou semelhantes experiências de vida, ao nível pessoal, da família, do mundo do trabalho, da produção e consumo, dos locais de lazer, do sagrado e do profano. Tendes a experiência do positivo e do negativo da modernidade.”

   “A paróquia não mais subsistirá como mundo fechado sobre si próprio. O pastor que não se abra à coordenação supra-paroquial perde, em boa parte, a capacidade de cumprir a missão de despertar o desabrochar da fé dos seus paroquianos e de alimentar o seu crescimento. A coordenação a nível de unidades pastorais, envolvendo várias paróquias com relações sociológicas de proximidade, a nível de zona, de arciprestado ou a nível diocesano, constitui um imperativo indispensável para a eficácia e frutuosidade da evangelização.”

 

“Tudo leva a crer que se venham a introduzir entre nós as celebrações da fé orientadas por Diáconos permanentes ou por leigos de reconhecida formação e competência. Urge promover a sua formação humana, teológica e pastoral.”

 

            in Carta Pastoral de D. José Augusto Pedreira

(nos 25 anos da Diocese)

 

 

 

Já em Julho, no Conselho Paroquial de Pastoral, foi sugerida a realização de uma Missão Popular na Paróquia, neste ano de Pastoral. Voltou a ser discutido o mesmo assunto na última reunião de Outubro, por ocasião da apresentação, apreciação e aprovação do Plano de Pastoral para este ano, mas ninguém incluiu esta iniciativa e continua em discussão, o que não impede que ela seja uma realidade ainda este ano de pastoral.

Tudo indica que a acção, por aqui ou por acolá, seja uma realidade na Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima. Há necessidade de uma sacudidela especial e a Santa Missão é um tempo especial de intensiva e extensiva evangelização, de retiro espiritual popular, um tempo de misericórdia, de diálogo eclesial, de ecumenismo e de serviço pastoral e fraternal.

Qual o sentido a dar à vida e à história, assim como descobrir o mundo em que vivemos como sujeitos, os anseios que sentimos, a descoberta de respostas, o motivo da nossa fé cristã e o sentido da Comunidade serão objectivos que nos orientarão na estratégia para a eficácia da Missão.

 

 

O Conselho Paroquial de Pastoral e a Diocese em Sínodo

 

“O primeiro documento para estudo, ou para trabalho, distribuído pelo grupo dinamizador diocesano pelos organismos e movimentos não foi muito fácil de digerir pelos responsáveis da pastoral paroquial, devido à profundidade teológica das questões.

Os objectivos não foram talvez, por isso, alcançados na sua plenitude, mas é possível que valessem por si, para pôr os crentes mais responsáveis a reflectir e a tirar uma conclusão: falta algo importante para a caminhada-formação e conversão.

Prevendo esta conclusão, já em Julho de 2002, no Conselho Pastoral Paroquial, foi lançado por mim um repto aos conselheiros: nunca poderemos ir longe se não houver um trabalho de base, e esse trabalho, penso eu, é incluir no programa de pastoral para 2003 um Missão Popular na Comunidade. Há necessidade de uma sacudidela especial e a Santa Missão é um tempo especial de intensiva e extensiva evangelização, de retiro espiritual popular, um tempo de misericórdia, de diálogo eclesial, de ecumenismo e de serviço pastoral e fraternal.

No fundo é isto que a Diocese quer em Sínodo e que uma paróquia deve procurar.

Uma Missão Popular ajuda a dar sentido à vida e à história, assim como a descobrir o mundo em que vivemos como sujeitos e os anseios que sentimos, as respostas que procuramos. O motivo da nossa fé cristã e o sentido da Comunidade serão os objectivos que nos orientarão na estratégia para a eficácia da Missão. Entendo que a Missão Popular seria uma rampa de lançamento e para a tornar mais renovada, convertida, comprometida e atenta aos reptos que vêm de cima, isto é, aos frutos dos trabalhos duma Diocese em sínodo. Houve discussão, e nenhum organismo ou movimento mais falou nisso, nem a isso se referiu na apresentação dos programas do Ano Pastoral.

Voltou a ser discutido o mesmo assunto na última reunião de Outubro, por ocasião da apresentação, apreciação e aprovação do Plano de Pastoral para este ano, mas ninguém incluiu esta iniciativa,  o que não impede que ela seja uma realidade ainda neste ano de pastoral.

No próximo C.P.P. vamos ter testemunhos diversos de crentes atingidos por Missões Populares e por evangelizadores com diversas metodologias, com métodos verdadeiramente missionários de evangelização para os tempos de hoje.

Muitos poderão achar difícil, mas não é com coisas fáceis que se consegue viver sempre em tempo de páscoa.

A Ressurreição, Fundamento da nossa fé, custou um calvário bem mais doloroso.”

 

P.e Coutinho

 

 

O Conselho Económico Paroquial numa Diocese em Sínodo

 

“O Conselho Económico Paroquial ou mais comummente conhecido por Comissão Fabriqueira, é o órgão que administra os bens, zela o património da Comunidade, responde por ele, desenvolve-o, regista-o e guarda-o. Dele dá contas à Comunidade e ao Bispo.

A este Conselho Económico preside, por natureza, o pároco coadjuvado por um grupo de leigos, onde há um secretário e um tesoureiro, ouvindo a comunidade através de pedidos de sugestões, ou eleições, conforme o pároco entender, pois ele tem um papel preponderante nas opções a fazer.

Reúne uma vez por mês ou mais, conforme as necessidades da Comunidade.

Numa comunidade pequena não será preciso tanto, mas quanto maior for a comunidade e a actividade desenvolvida por ela, pode levar a reuniões mais frequentes. Tudo depende do trabalho desenvolvido e dos bens patrimoniais.

Numa Diocese em Sínodo, nesta altura, parece que o que se deve procurar incutir a um C.E.P. é a uma maior abertura, não só à comunidade em si (paroquial), como também e, sobretudo, ao exterior, a começar pela Diocese.

A Igreja Diocesana é uma família. Ou não é? Eu acredito que é uma família, por isso os C.E.P.(s) devem estar abertos às partilhas a favor da Diocese como Igreja Mãe, Igreja Plena com o Bispo à frente e aberta às C.E.P.(s) das outras comunidades, sobretudo das mais pequenas ou com dificuldades e com grandes obras urgentes a fazer.

Não pode um C.E.P. considerar-se feliz, se outro, ao seu lado, porque é uma comunidade mais pobre, está em dificuldades sérias ou tem uma igreja a cair porque, de facto, os paroquianos são tão pobres que não podem sequer conservar o que têm de comum. Isto, a propósito do C.E.P., penso-o de igual modo a partir do Conselho Económico Diocesano ao qual preside o Bispo, que deve partilhar com as paróquias com evidentes necessidades.

Não posso esquecer que um incêndio deflagrou numa sacristia duma Igreja. Não faltou solidariedade e recordo  um C.E.P., de Paróquia vizinha, que  deu uma contribuição sem que tenha sido pedida. Esta abertura à solidariedade, numa situação destas, não é difícil, mas aquilo que mais sensibilizou foi a comunhão entre duas comunidades. É claro que os paroquianos contribuíram e até houve pessoas, completamente alheias a ela, que quiseram participar.

Uma Diocese em Sínodo, é uma diocese em mudança. Daí que, nesta área, também o C.E.P.  se deve abrir à mudança e a dar testemunho de pertencer a um conjunto de famílias, sujeitas a uma só família que é a Diocese, célula, por sua vez,  de uma grande família eclesial a que preside o Papa.

Foi com agrado que se recebeu o 2º Caderno da equipa do Sínodo sobre «As celebrações litúrgicas para o cristão de hoje», caderno muito mais feliz que o anterior porque muito melhor estruturado, mais claro ,mais conciso, mais acessível ao comum dos fiéis. Está de parabéns  a equipa que o elaborou.

Se o nosso C.E.P. comprou umas dezenas, foi para ajudar os mais responsáveis a reunirem-se e a estudar um tema tão caro como é para nós a celebração da fé. Não foi por acaso que o CEP ofereceu a todos os lares da Comunidade em dia de Páscoa, 3520 exemplares de um livrinho sobre os diversos passos da liturgia eucarística, preparado pelo Padre Belo e que, mês a mês, foi publicando no Paróquia Nova. Tem feito isto como um adicionante à catequese ao domicílio.

Veio mesmo a calhar porque completam-se nesta área de tão grande significado para os cristãos.”

 

 

Paróquia e a Diocese – a Unidade

 

“A Paróquia, tal como se apresenta na nossa realidade, é uma Instituição eclesiástica, reconhecida pela ordem civil e administrativa, não deixando de ser uma instituição social de características próprias.

A palavra “paróquia” vem do grego e significava, no início, “habitação ou reunião de habitantes”. É o primeiro nome dado à diocese no início da Igreja, havendo, por vezes, confusão entre diocese e paróquia.

Segundo Miguel de Oliveira, em «As paróquias rurais portuguesas», qualquer destas etimologias se adapta ao primitivo significado de paróquia (paroikia em grego ou parochia em latim ) que era o primeiro habitáculo que um cristão ou uma igreja cristã encontram na peregrinação terrena, a caminho da pátria celeste.

Entrou no século IV na linguagem administrativa da Igreja. A palavra pároco teve três etimologias: do grego, párokos, colono ou cultivador; do latim, parochi, funcionário encarregado de sub-administrar o necessário em nome de alguém; ou ainda do grego, paroikeo que significa morar na vizinhança. O pároco tinha de morar entre os paroquianos.

Até ao século III a Catedral era a única paróquia e o bispo o único pároco. Só as catedrais tinham Pia Baptismal e só lá eram feitos os baptismos. Com o aparecimento das igrejas rurais começou a criar-se  a ideia da necessidade de criar também a Pia Baptismal, para que não se tivessem de dirigir à igreja onde estava o Bispo. Aparecem assim as igrejas paroquiais, a que, por confusão, também chamaram diocese. Também este facto deu origem a chamar Pias a algumas paróquias, porque tinham igreja com pia e Paróquias eram as dioceses. Essa confusão só passou quando, de facto se começou a chamar Diocese ao território sob a administração dum Bispo, conjunto de Paróquias.

A palavra “ecclesia”, igualmente do latim, tomou do grego o sentido de comunidade regularmente reunida ou, como hoje ainda, o local sagrado onde se reúne esta assembleia, com certa regularidade sob a direcção do chefe, em nome do Bispo. Na Igreja, enquanto ajuntamento dos fiéis, “filius” (filhos), nascerá o termo freguesia, o mesmo que agrupamento dos filhos da Igreja. A Freguesia, normalmente, era uma Paróquia. Hoje há Freguesias que têm mais que uma Paróquia, como no nosso caso - Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, freguesia de Santa Maria Maior, com a igreja matriz, hoje catedral ou Sé (Sede) do Bispo.

Uma vez que somos Paróquia autónoma e não freguesia, então não utilizarei freguesia, mas Paróquia, palavra esta que começou a ser usada com o significado que tem, depois do Concílio de Trento.

A Paróquia é hoje a divisão mais pequena, a célula da divisão territorial da Igreja, da Diocese, e define-se como: pessoa moral, jurídica, nascida por um acto da autoridade eclesiástica competente, uma vez que tenha povo e território, pároco e igreja, para a cura de almas. Com este acto vem o benefício eclesiástico, com dotes para a manutenção de lugar sagrado e para sustentação do sacerdote instituído de modo permanente e subordinado ao Bispo. Surgem paróquias urbanas e rurais.

A nossa paróquia foi um acto de D. Francisco Maria da Silva, Arcebispo de Braga, em 1967. Consta que na mesma altura criou também a do Senhor do Socorro. Foi a título experimental a do Senhor do Socorro e com carácter definitivo a de Nossa Senhora de Fátima. O decreto foi assinado  pelo Arcebispo, segundo testemunhos da época, mas como o mesmo não apareceu, mais tarde presumiu-se que seria também a  título experimental, sendo D. Armindo Lopes Coelho, o então 2º Bispo de Viana, que a criou definitivamente, conforme o decreto que se transcreveu no livro «A Cidade de Viana, no presente e no Passado - da Bandeira à Abelheira». Este já não se perderá.

Na origem, o Cristianismo centrou-se nas cidades e as paróquias ou dioceses eram, portanto, de carácter urbano e presididas sempre por um Bispo, sucessor dos Apóstolos. Só mais tarde as comunidades com pia baptismal começaram a aparecer no meio rural. Até aí, os aldeões eram pagãos. Pagão era rural.

Os pagãos convertidos ao cristianismo deram origem  a igrejas particulares e também rurais, tendo dos fiéis serem baptizados nas igrejas do Bispo porque só aí havia pia baptismal. Depois estas igrejas particulares e também rurais deram origem às paróquias rurais, aos seus párocos também, pelo que a Paróquia rural é posterior à urbana, que era a Diocese. E as primeiras paróquias rurais não tinham todo o culto, tinham ainda os fiéis de ir à Catedral participar na maior parte dos sacramentos, como o baptismo.

Por isso não foi uma disposição legal que criou as paróquias rurais, estas foram uma exigência espontânea pela conversão dos pagãos, longe da cidade. Inicialmente, por isso, os párocos eram: residentes uns e itinerantes ou visitadores outros. Devido a isso não se sabe como nasceram e quando nasceram a maioria das paróquias. Ao mesmo tempo era uma exigência apostólica, própria da fé, ir ao Campo levar a fé e a vida de fé... para  sair das cidades...

No século III, o Concílio de Elvira, na Península Ibérica, mostrou uma grande difusão territorial do cristianismo e uma organização muito desenvolvida. Nesse Concílio participaram representantes das comunidades cristãs de mais de 50 povoações, das quais 20 eram episcopais e 19 tinham, ao menos, um sacerdote à frente; três dos Bispos eram da Lusitânea.

É claro que a unidade da diocese quebrou-se com o aparecimento das paróquias rurais, não só quanto ao culto como quanto ao património. Hoje há uma preocupação enorme para que se volte tudo para a Catedral, onde preside o Bispo. Aqui também pode andar a ideia de globalização, que sendo coisa boa, também traz irremediavelmente os seus erros, dum modo particular em relação à Religião. Isto tem muita lógica, mas, muitas vezes, as horas e os espaços litúrgicos duma Catedral são pequenos para que se possa congregar tudo num só lugar à volta do Bispo. O Bispo é, de facto, a plenitude do sacramento da Ordem, é o chefe da Igreja Particular. Não há celebração nenhuma, de nenhum dos grandes momentos ou dos sacramentos da Igreja que o Bispo celebre na Catedral, em que tenham de fechar as igrejas à volta. Era bom, mas temos de ter em conta as realidades como o espaço, o momento, a predisposição das pessoas, o conforto. Não está aí uma demonstração da unidade, às vezes pode trazer  enfraquecimento da vida de fé, por se querer dar a ideia que é obrigação e medo de quebrar a unidade à volta do Bispo. Ainda que para isso não haja condições e queiramos viver sempre como parasitas à custa das catedrais ou das igrejas que os outros nos deixaram.

Vejamos, por exemplo, uma crismação, em dia de Pentecostes, de 150 pessoas, com os pais, os padrinhos, já para não falar nos irmãos, nos tios, ou nos avós, não há catedral nem igreja nenhuma em Viana que ofereça as condições mínimas para uma celebração condigna, em que 60% dos familiares não poderão ser testemunhas, não poderão assistir, não poderão fazer a unidade, a não ser espiritual e à distância... É certo que também tem valor, mas humanamente falando é errado. Muitos já nem vão. Esperam em casa ou no café...

A tão desejada e justa Unidade não se faz com a multidão acotovelada ou incomodamente instalada horas e horas. Só os mais pacientes muitas vezes fazem essa “unidade”, mas quantas vezes arreliada e a dizer impropérios, nada testemunhantes de uma sadia Unidade.

Não é preciso ir muito longe. Infelizmente, encontramos isso dentro de casa, na família. Todos em casa vivem, comem e dormem, são família e quantas vezes não há comunhão autêntica, falta de verdade?...

O mesmo pode acontecer na celebração à qual preside um Bispo ou um Pároco, em que, apesar de multidões acotoveladas, de “casa cheia”, pode haver menos comunhão e verdade do que com menos multidão. Mas, com gente que livremente participa e pelo conforto até escuta a Palavra e ouve o Bispo, comunga com ele  e pela fé no Maior - Jesus Cristo - vai depois para o meio do mundo com a missão de prolongar a Unidade e a Comunhão com os irmãos .

A palavra paróquia, hoje, começa a perder o seu uso normal para se chamar, aliás, aquilo que sempre foi: “Comunidade”.

Ouve-se já, na era pós-conciliar, chamar comunidade paroquial para se distinguir de outras comunidades que não são paroquiais. A Comunidade Paroquial é a Paróquia que tem um padre nomeado pelo Bispo, e as outras comunidades não têm pároco. Assim, aqui entre nós, há a comunidade do Carmo que não tem pároco, mas é uma comunidade religiosa que depende do superior da Congregação dos Padres Carmelitas Descalços. A sua Paróquia, em razão da sua localização, é a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. O seu superior é um sacerdote, mas não tem a missão de pároco, embora colaborante como paroquiano e sacerdote, como todos os seus colegas da comunidade que nesta altura não tantos como noutros tempos.

Isso não acontece com facilidade porque à  Paróquia, geralmente, está ligado um território com fronteiras e um grupo de pessoas que se identificam sócio-culturalmente. Hoje discute-se se a Paróquia ou a Comunidade e o pároco deve estar ligada ou definida por um território ou se por um conjunto de pessoas que fazem comunidade e que, muitas vezes, podem ser de culturas diversas, de territórios diferentes, que se juntam por relação de conhecimento, amizade, relação de serviço profissional ou por uma relação vivencial da fé.

No futuro, este sentido de Comunidade é o que irá prevalecer em prejuízo do da Paróquia, ou, melhor dizendo, virá a Paróquia a ser “Diocese” com o Bispo à frente, e as Comunidades com sacerdote ou diácono designado pelo Bispo, delegado dele junto das pequenas comunidades. E as comunidades serão menos comunidades em razão do espaço, mas maiores em razão do espírito, do carisma. Assim, haverá a comunidade que se pode confundir com uma paróquia actual, mas há a comunidade religiosa que vive à volta duma igreja, duma capela, dum carisma próprio como, por exemplo, a comunidade dos carismáticos, dos néo-catecumenais,  da Opus Dei, e virão depois os que são focolares, legionários de Maria, Vicentinos, etc.. Hoje tudo isso já existe, mas em função da Paróquia territorial.

A Igreja do futuro irá estar mais aberta, será mais pobre, organizar-se-á de outra maneira e a sua administração será diferente, mas talvez vivencialmente mais rica, a confundir-se com as primeiras comunidades.

As Comunidades de Base, nascidas no Brasil, foram a primeira abertura a um espírito novo da Igreja e o desconhecimento do Concílio Ecuménico, pela parte de muitos leigos e outros “hierarquicamente superiores”, a propósito da co-responsabilidade eclesial é que vai resistindo à lufada dum “espírito novo”...

                                               P.e Coutinho

 

 

Os Movimentos numa diocese em sínodo

 

“Os Movimentos duma Paróquia podem ser de origem paroquial e devem ter a aprovação do Bispo, ou podem ser organismos ou movimentos que têm aprovação da Igreja Universal e são reconhecidos pelo Bispo da Diocese. Esses têm, normalmente, uma hierarquia própria através de Sedes Diocesanas, Nacionais, Internacionais... e são representados por Secretariados, Direcções, Delegações, Centros próprios, conforme a estrutura estatutária ou as orientações de cada Bispo na sua Diocese.

Há variadíssimos movimentos ou organismos, serviços e obras, conforme a diversidade de carismas existentes na Igreja. Não vou apontá-los  porque seria uma lista interminável, mas não resisto em falar daqueles que melhor conhecemos porque até trabalhamos com eles na Paróquia.

Na Comunidade de N.ª Sr.ª de Fátima existe o Movimento dos Cursos de Cristandade, a Legião de Maria, a Sociedade de S. Vicente de Paulo, o Apostolado de Oração, o M.E.V. (Movimento Esperança e Vida), os Cruzados de Fátima, o Coral Litúrgico, o Coral Juvenil, o Coral de Música Clássica, o dos Leitores, o dos Ostiários, o da P. da Família, o da Catequese, o do Escutismo, o dos Acólitos, o dos Ministros Ext. da Comunhão, o do Acolhimento, o dos Zeladores; o Serviço de Comunicações Sociais (Luz Dominical e “Paróquia Nova”), o Centro Social Paroquial com as valências ( o Centro de Acolhimento de Bebés e Crianças Abandonadas ou de Alto Risco - vulgo Berço, o Jardim Infantil, o Centro de Deficientes (Samaritanos), o Centro de Cegos e Ambelíopes, o Centro de Dia, o Centro de Convívio, o de Assistência ao Domicílio Integrado, o do Serviço de Apoio ao Domicílio, o Refeitório Social (para passantes, vagos, ex-toxicodependentes, indigentes, sem-       -abrigo,) a Escola de Música, o Ozanan-Centro de Juventude (assistência aos tempos livres de crianças e jovens), o CECAN-RD ou Centro Comunitário de Apoio aos Necessitados- Recolha e Distribuição; a Comissão Fabriqueira, o Concelho Pastoral Paroquial. Na área da Paróquia, ainda existe um Seminário da Ordem do Carmo – Carmelitas Descalços, com alunos e com uma obra social de reintegração de pessoas de várias carências sociais (desde a indigência aos ex-toxicodepentes) e dirige ainda um Gabinete de Apoio à Família com o Projecto Casinha para as crianças das famílias que acolhe, Projecto “Viana sem Fronteiras” ao serviço dos imigrantes sobretudo do  Leste, Rotas de Intervenção, Estrada com Horizontes em relação a pessoas da rua , Ecos (Prevenção Primária da Toxicodependência), Casa Abrigo, Casa de Acolhimento a mulheres vítimas de maus tratos ou vítimas da violência doméstica, assim como os seus filhos.

A Diocese é composta de tudo isto... e muito mais. Se se está em Sínodo, quer dizer que todos nós estamos envolvidos nesta tarefa da Igreja, como tempo de reflexão, de mudança. Quando digo nós, digo, os que estão ou não comprometidos em movimentos ou grupos, sejam de carácter diocesano, sejam de carácter paroquial ou sejam simples cristãos empenhados em tarefas temporais. Como nos partidos políticos, nos sindicatos, nas comissões de trabalhadores ou ainda sem nenhum compromisso oficial. Todos os baptizados devem sentir este movimento sinodal, movimento de conversão, de mudança, numa Igreja co-responsável, onde o Bispo sozinho não tem razão de existir, como sem o Bispo não há baptizados, não há expressão laical e co-responsabilidade. A Igreja faz-se desta comunhão não só com Deus, mas com os irmãos, com aqueles que se cruzam também connosco no trabalho, na rua, no café, ou dormem debaixo do mesmo tecto, com aqueles que se sentam à mesma mesa, em família.

Sendo assim, não se compreende que, nesta altura, um movimento paroquial ou não, desde que a trabalhar na Diocese, viva de costas voltadas ao trabalho do Sínodo, ou que este não seja motivo de discussão, de debate, de estudo nas respectivas reuniões e quem diz um grupo, diz um cristão isolado ou dedicado a obras temporais que devem ser sempre iluminadas com o espírito do Evangelho.

Ainda há pouco, celebrámos a Páscoa e ela foi celebrada depois de uma Sexta-feira Santa onde a Cruz foi a bandeira da glória para o crente e do fracasso para o malfeitor.

Nós celebrámos a Páscoa, somos crentes...Não podemos esquecer que se queremos permanecer em Páscoa, teimosamente temos que amar sem explorar o outro, sem lhe faltar ao respeito, sem lhe querer tirar o lugar mas, pelo contrário, partilhar, dar amor,  para que o ressuscitado continue vivo no coração dos humanos,  no coração da Diocese, em todos possa brilhar o testemunho d’Aquele que O descobrimos vivo e dinâmico.  Quem sabe se, “desanimadamente”, Ele no irmão que está ao nosso lado, não venha a exclamar: “não valeu a pena”, “ continua tudo igual”, “se ao menos Deus me levasse...” ou não é verdade que ouvimos muitas vezes isto  a muitos sofredores...

Que Ele possa brilhar em todos...

P.e Coutinho

 

 

A Administração de uma Paróquia

 

“A origem da maioria das nossas paróquias não a sabemos, como referi no número anterior, mas sabemos que muitas delas nasceram dos Castros existentes. Houve Castros que deram origem a várias igrejas rurais e privadas que, até ao séc. VII, nem funcionavam como paróquias porque se tinha de ir à igreja onde presidia o Bispo ou à igreja que, por este ou aquele motivo, já era possuidora de pia Baptismal. Portanto, algumas não tinham culto com carácter paroquial.

Também no início não estavam definidas estas paróquias por limites territoriais, como hoje. Tudo isso aparece mais tarde. Canonicamente, cada paróquia tinha a sua própria organização. Cada Comunidade criava a Instituição à sua maneira.

Com a organização e a fundação de Portugal, a diocese de Tuy por exemplo, perdeu as paróquias entre o Rio Minho e o Rio Lima. Também nessa altura, a divisão territorial das paróquias e dioceses não foi sempre pacífica. Os bispos e o Papa tinham de intervir. Às vezes, sem resultados tão claros como seria para desejar, como aconteceu com Viana do lado norte.

A invasão Árabe, encurralando os Ibéricos nas Astúrias, também foi obra e deixou marcas, sobretudo, na reconquista, o que alterou muitas formas de viver na igreja, fosse uma igreja particular, fosse paroquial. É nessa altura que dão mais valor ao padroeiro ou seu fundador. Desse tempo é a Senhora da Vinha, na Areosa; Senhora das Areias, em Darque; S. Simão da Junqueira, em Mazarefes, etc.

As igrejas particulares foram-se convertendo em igrejas públicas, e os bispos começaram a impedir a construção de igrejas que não tivessem um verdadeiro  fundamento, isto é, tinha de haver grande motivo pastoral para facilitar aos fiéis o cumprimento dos actos do culto, sobretudo a missa, pelo que a distância, o aglomerado populacional, os rendimentos destinados à manutenção do templo e do culto eram algumas das condições fundamentais para a autorização. Tinha de haver uma dotação capaz da manutenção e, às vezes, como não chegasse, recorriam aos ex-votos que usavam como propriedade própria  e que passavam de herdeiros para herdeiros...Estes abusos, ou intromissões no governo de ex-votos, bens espirituais, acabaram nas igrejas tornadas paroquiais. Aliás, na Idade Média, havia determinação hierárquica para usar os meios ao seu alcance a fim de conseguir que as igrejas, bens espirituais por excelência, deixassem de  fazer parte da administração apenas e só pelos leigos ou mordomos.

O direito do patronato substituiu a propriedade e, já no séc. XI, grande número de igrejas rurais são oferecidas como esmolas  pelos seus possuidores (padroados) aos cabidos das catedrais e aos mosteiros. Os templos consagrados ao culto eram considerados propriedade da Igreja e o Bispo nomeava o clérigo enquanto o  padroado apenas ficou com o direito de apresentação, como uma honra, privilégio, mas ainda com a obrigação de alimentar, em caso de necessidade, de defender os seus bens e direitos. Tais privilégios, muitas vezes foram perdidos, porque alguns caíam na indigência ou eram dados como incapazes de assumir tais compromissos.

Até ao séc. XIV,  por vezes, levavam os visitadores rendas, frutos que muitas vezes até faziam falta ao sustento do presbítero ou à manutenção do respectivo templo, ou da casa residencial do mordomo ou do pároco...

Começavam a receber a visita do Bispo ou dos seus visitadores, delegados do Bispo . Ainda assim acontecia no séc.  XIX e ainda hoje, quando o Bispo faz uma visita pastoral a uma Paróquia, o Arcipreste faz uma visita canónica para apresentar um relatório, preparando a visita pastoral. Na alta Idade Média havia nobres que faziam capelas com dotes, para justificar o cumprimento do preceito  dominical da família, dos criados e dos caseiros... um pouco contra o espírito de Paróquia, mas não de comunidade!...

A nossa Paróquia  nasceu dum acto de D. Francisco, Arcebispo de Braga,  em 1967, pois ainda fazia parte de Braga, portanto, a sua história é recente, como Comunidade Paroquial.

A Paróquia continua hoje a ter a sua própria administração, de que já se falou neste local aquando do Conselho Económico Paroquial, o C.E.P. ou Fábrica da Igreja Paroquial. Mas, a propósito, há ainda muita coisa a dizer.

Na administração duma Paróquia, temos, em primeiro lugar, o património :a igreja, as capelas, os seus recheios artísticos, como altares ou as talhas, a estatuária, ou imagens, as alfaias litúrgicas, todo o mobiliário, não só destinados directamente ao culto, como o destinado também aos escritórios  ou a serviços dependentes da vida paroquial.

 Mas o C.E.P. é o responsável, a nível paroquial, por todo o tipo de arquivo: orientações pastorais saídas do Papa ou do Bispo, registo dos actos, como reuniões, deliberações, correspondência recebida e expedida, o registo de documentos institucionais, registos dos baptismos, dos casamentos e dos óbitos; registos que temos verdadeiramente organizados e estão já informatizados para fácil consulta. Tem mensalmente de ter a contabilidade organizada dos dinheiros recebidos como donativos,  partilhas feitas nos ofertórios das missas, ex-votos lançados nos peteiros da igreja ou capelas...legados, rendas, foros, rendimentos diversos, e guardar em lugar seguro as ofertas, ex-votos, em espécie, como objectos em ouro ou de outro valor, como um terreno ou uma casa, as quais não os pode vender sem expressa licença do Bispo. Fazer escrituras para eles precisa da autorização expressa do Bispo. Também lhe compete, seguidamente, fazer  os respectivos registos de propriedade; zelar pela manutenção das igrejas ou capelas, fazendo obras de conservação, assim como dos terrenos ou casas desde que sejam propriedade da Paróquia. Tem ainda o registo dos ficheiros dos paroquianos, que habitam naquele território sob a jurisdição de um pároco. Poderá  não estar actualizado porque as pessoas até mudam de residência com facilidade. Mudam de Paróquia e esquecem-se da sua fé religiosa, da inserção na comunidade. É que há freguesias que possuem várias paróquias, como Santa Maria Maior, com duas. Por isso este ano entregámos a todos os habitantes um mapa...

Há pessoas que só quando precisam de documentos para casamentos, para baptizados ou por óbitos, é que acordam e vêm fazer a sua inscrição paroquial. Às vezes, o pároco tem dificuldade de atestar aquilo que não conhece. Não conhece a pessoa, não conhece a família.... Como pode numa situação destas o pároco atestar idoneidade moral ou religiosa na organização de um processo de baptismo, de casamento?... E, às vezes, nem com a ajuda dos leigos vizinhos...

Não se fica por aqui a administração duma Paróquia. Vai mais longe. Estende-se a todos os sectores da vida da comunidade e, sobretudo, é mais complicada quando uma Paróquia tem nos seus diversos sectores da Pastoral uma actividade intensa e bem organizada, na Catequese, na Liturgia e na Acção Social e Caritativa. Nesta Acção Social há iniciativas que podem gerar instituições ou fundações que são autónomas na sua administração. Embora sempre integradas na Comunidade e tendo como pano de fundo esta que, às vezes, não só lhes serve de suporte moral, mas também económico, apesar de, para o mesmo efeito, ter possíveis apoios através de acordos com o Estado.

A conhecida por Comissão Fabriqueira deve prestar contas anualmente aos paroquianos e ao Bispo, assim como cada direcção  de alguma instituição ou fundação o deve fazer. Estas também, em relação ao Estado, pois se com ele têm acordos, advêm-lhe o direito a saber como é que o dinheiro foi gerido.

De qualquer modo, gerir bens relacionados com os bens do espírito não é assim tão fácil como parece. Esta administração tem as suas regras canónicas e é de grande responsabilidade para aqueles que na Comunidade têm esta função. Desta o pároco não se pode abster e tem de ser o primeiro responsável com os leigos, que para o efeito foram eleitos. Esta é a co-responsabilidade em que o Concílio Vaticano II tanto se empenhou. Os padres não podem fazer tudo e os leigos devem ocupar o seu lugar em igreja tão responsavelmente como a hierarquia.”

P.e Coutinho

 

 

A Paróquia e a Espiritualidade...

 

“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles”. Estas palavras de Jesus aplicam-se à Comunidade em que sempre devemos estar integrados.

A descoberta de Deus trinitário leva à descoberta do outro. O nosso Deus é um Deus de relação. A descoberta de Deus leva necessariamente a uma relação de amor, de diálogo que se projecta para os irmãos do lado, porque não podendo ver a face de Deus, reconhecemos a sua transcendência e o seu poder absoluto, Ele é o Criador e Todos somos irmãos.

Ser irmão é relação fraternal, é ser amor e quem ama aproxima-se e dialoga, ou se não dialoga pelo menos gosta de estar ao pé de quem se ama. Se isto acontece em relação aos irmãos, o que se dirá em relação aos Pais e, em especial, ao Pai comum a quem chamamos Deus, Senhor do Céu e da Terra.

Deus não é exigente, mas é Amor.

Não é preciso grande arte para este diálogo que é oração, mas ela terá outro sabor, se fizermos o que fizeram os discípulos de Jesus: “Senhor, ensinai-nos a orar”. Também podemos rezar com arte, isto é, rezar bem, com fé, com humildade e confiança. Sempre devem estes itens ser objecto de uma relação filial em relação aos irmãos.

Importa rezar com fé, com amor, humildade e solidariedade porque no mundo não estamos sós e reconhecemos a Deus nos irmãos porque se amamos a Deus é porque amamos os irmãos, pois é mais fácil amar o que se conhece do que aquilo que não se conhece...

Já falámos da evangelização que nos abre os sentidos para o conhecimento de Deus e O amarmos mais.

A Humanidade tem necessidade deste diálogo amoroso com o seu Deus, um diálogo verdadeiro e autêntico, mas às vezes é capaz de ter as mãos cheias de sangue e Deus dizer como no Antigo Testamento: “cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, caso contrário os meus olhos fecham-se perante os vossos actos e os meus ouvidos fechar-se-ão à voz das vossas súplicas”.

A nossa oração deve ser sempre nova, adaptada às circunstâncias e sempre em busca de uma nova imagem de Deus que nos chama à conversão, que quer o nosso bem e que, se o soubermos fazer, Ele sempre nos atenderá: “Batei, batei e abrir-se-vos-á...”.

Por vezes, somos tentados mais a pedir a Deus do que a louvá-Lo, quando temos mais motivos para louvar do que para pedir. Ele sabe do que cada um precisa. Conhece-nos e até sabe o número dos nossos cabelos.

A oração de petição sustenta a ideia de eficácia com Deus, pois Ele faz o que diz: “Quando um filho lhe pede peixe, dar-lhe-á um escorpião?”.

A Paróquia é um espaço composto de pessoas com cultura e costumes semelhantes, que têm os mesmos objectivos comuns como um povo em marcha. Daí que este espaço seja o espaço mais próprio para o crente que precisa de se relacionar com os outros e sente a necessidade de orar em conjunto com eles, porque a sua oração até parece ser diferente e ter mais força diante de Deus Pai.

É importante a oração individual, naturalmente, e é a partir dela que o orante sentirá a necessidade da oração comunitária, da oração com os outros, com os mais conhecidos.

A Paróquia é esse espaço privilegiado onde o crente encontra lugar e tempo próprio para a eucaristia, a oração por excelência do cristão, para outros momentos oferecidos pela Comunidade para a oração colectiva. Não só na administração de sacramentos, mas também noutros momentos paralitúrgicos...

Na Comunidade, o crente encontra o ambiente que dá expressão vital à fé e não é possível rezar e roubar ao mesmo tempo, atraiçoar, prejudicar, maldizer ou cometer toda a espécie de injustiças e atropelos à dignidade e aos direitos dos outros...

É também, na Comunidade, onde pode e deve encontrar a escola de oração para que a oração seja sempre um acto digno, um acto feito com arte, aquela arte que faz com que a oração seja a expressão sincera e autêntica, adequada e perfeita, confiante e humilde.

Não foi por acaso que este ano de pastoral 2002/2003 foi um ano em que o C.P.F. levou a efeito uma reflexão, ao longo de todo o ano, sobre a oração por especialistas nesta matéria, como são os senhores padres carmelitas.

Nós queremos uma vida com sabor, isto é, com qualidade, com entusiasmo, uma vida que seja sal da terra. Somos nós que, ao corrompermos a terra, deixamos de ser esse sal, que não serve para nada a não ser para ser lançado fora e ser pisado pelos homens (Cf. Mt. 5,13).

Ao vermos hoje tantas desgraças, tanta corrupção, tanta violência que mais é que havemos de esperar?

Renovar a nossa aliança com Deus e com os Homens.

É fazer com que este sal que somos não se deixe corromper neste mundo secularizado. É voltar à graça do baptismo que nos regenera pela Confissão e faz de nós membros activos, nos identifica com Cristo, nos abre o coração e a mente ao Espírito, nos faz disponíveis para os outros e nos põe à escuta interior que nos conduz à espontaneidade com alegria para a relação tanto com Ele, como com os Irmãos.

A Espiritualidade não consiste em escolher ou ir aqui ou acolá fazer exercícios espirituais, ou à igreja. Ela é algo mais fundamental como um desejo interior que nos arrasta para Deus e para a Humanidade... e nos conduz a Cristo que nos amou até ao fim, à caridade que é o Amor e à oração que é a fonte de toda a vida espiritual. A vida espiritual é que conduz à Liturgia onde ritualmente se envolve o silêncio, a palavra, a posição do nosso corpo, todos gestos com um significado adequado àquilo que se está a viver.

Por isso, a espiritualidade de um povo é o motivo mais forte que leva à Comunidade, é a alma da Comunidade. É o tal sopro que faz um povo viver como um só Corpo, um só Espírito porque baptizados num só Baptismo, no dizer de S. Paulo.

Esta espiritualidade, vivida na Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, tem, naturalmente um outro sabor: é o sabor mariano, não fosse a Comunidade centrada no espírito de Maria, em N.ª Sr.ª de Fátima que é a Padroeira, a Senhora do Carmo outro centro importante com Igreja e Seminário dentro da Comunidade, assim como em N.ª Sr.ª das Necessidades com capela no coração do lugar da Abelheira.

A espiritualidade, como princípio de toda a vida sobrenatural, que é o Divino Espírito Santo é a posse da Graça de Deus, é chamada à Santidade, à unidade, e na diversidade dos seus dons, na variedade dos seus carismas.

Numa Diocese em Sínodo, como está a actuar o Espírito em cada uma das Paróquias, células da Diocese? A pergunta é extensiva a todas, inclusivé, à Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima.”

P.e Coutinho

 

 

A Liturgia e a Paróquia numa Diocese em Sínodo

 

“Sem evangelização não poderá haver liturgia, pois esta é fruto da experiência de fé para poder compreender vivencialmente a complexidade tão nobre, como é nos seus aspectos, compromissos e experiências pessoais e comunitárias para todos os que participam numa celebração litúrgica.

Não se celebra a liturgia sem comunhão entre os participantes, pelo menos, não será verdadeira liturgia. Não haverá liturgia autêntica se não houver comunidade e a comunidade é fruto da liturgia, sem que se despersonalize a pessoa que, na comunidade, participa. Uma comunidade religiosa é uma realidade social, quer queiramos, quer não, quer seja perfeita, quer seja imperfeita.

A comunidade religiosa é um grupo de pessoas que vivem com objectivos comuns do âmbito religioso, onde a pessoa se realiza socialmente. Ninguém, pois, se pode realizar independentemente dos outros... Ninguém pode neste mundo ser uma ilha...

É na dimensão social do Homem que ele vive mais profundamente a comunidade religiosa e, através dela, forma uma comunhão pessoal de vida. É através da Comunidade que a pessoa comunica e participa, dá e recebe e onde exerce as virtudes da humildade e da generosidade, do compromisso e da partilha...

Está com os outros e é com os outros. Enriquece a sua espiritualidade porque “nem só de pão vive o homem”. É nela que se integra e se manifesta ser para os outros e ser com eles. Há aqui uma relação diferente quando ela é religiosa, cultural, pois vai mais além, é transcendente e não é aleatória; parte da vontade própria e sente a necessidade de intervir, de ser no mundo assim, com os outros e para os outros...

A base desta comunidade litúrgica está na trindade, onde ela é perfeita. A nossa, por mais perfeita que seja será sempre um sinal muito frágil da Trindade Santíssima. Através da liturgia, os fiéis entram em comunhão com a Santíssima Trindade.

Pela encarnação do filho de Deus, Deus estabeleceu a sua morada entre nós, não está junto a nós, mas está connosco. Isto quer dizer que, pela encarnação do Verbo, nasceu a Igreja. A Igreja é a humanidade reunida e convocada para a comunhão com Deus, para a comunhão entre os Homens, e entre estes e Deus. Só assim é possível pelo Espírito vivermos congregados num só Corpo.

Nos Actos dos Apóstolos há uma passagem muito significativa quando se refere a Ananias e Safira que usurparam dos bens que lhes pertenciam não os entregando todos como os outros fizeram generosamente ao serviço da Comunidade. Pedro chama-lhes a atenção: “Mentistes contra o Espírito... contra Deus...”. Cf. Hebreus 5.

A comunidade deve discernir que não é ela própria que escolhe, mas Deus. Não somos nós que escolhemos, ou nos elegemos, para viver comunitariamente um ideal inspirado pelas nossas aspirações religioso-ascéticas. É Jesus que actua para a nossa santificação. Tem de aceitar que nela pode haver pluralidade de carismas. Se o Espírito Santo é a alma da comunidade, a pluralidade de carismas é natural porque onde está o Espírito está a abundância das suas graças, na construção do Reino, onde sempre existirá o pecado entre os membros. Será uma comunidade de pecadores, e ininterruptamente chamados à conversão.

Já aqui abordei a origem da comunidade cristã.

E, como comecei, não há comunidade sem Liturgia, nem Liturgia sem comunidade, daí que até um sacerdote sozinho pode rezar, fazer a oração, rezar a liturgia das horas com toda a Igreja, mas não tem que celebrar a Eucaristia que é um acto estritamente comunitário, onde a comunhão se deve manifestar e o padre sem fiéis não tem motivo para esta oração, acção de Graças.

Toda a liturgia nasce da comunidade cultural. O culto é a fonte sempre insubstituível da vida e do desenvolvimento.

A liturgia da Igreja não tem como objectivo aplacar os desejos e os medos do homem, mas escutar e acolher Jesus ressuscitado.

A liturgia é, por isso, um mistério e renovar o ritualismo desta vivência cultual, exige grande trabalho, esforço de formação para que a espiritualidade que a liturgia envolve seja o mais concreta possível e de acordo com a espiritualidade de Jesus Cristo.

É por isso que sempre tivemos o cuidado de celebrar os sacramentos com a liturgia mais adequada, a começar pela Eucaristia que, depois do Baptismo, é aquela que alimenta a vida de Comunhão.

Logo em 1979 já tínhamos uma equipa de liturgia que preparava as missas de cada Domingo. Dela fizeram parte várias pessoas que, semanalmente, na sacristia, se reflectia sobre a liturgia da Palavra, etc..

Logo houve no princípio um curso de leitores que já se repetiu por quatro vezes. Embora tenhamos insistido, nem sempre se lê do melhor modo, o que me faz muita pena. Ainda outro dia ouvi um comentário destes, “O meu marido telefonou-me para que se fosse à missa desse atenção à primeira leitura e afinal não entendi uma palavra sequer”. E isto que eu estava a ouvir uma senhora a contar a outra, era na realidade, uma verdade porque tinha sido eu o celebrante e ouvi e calei-me. Muitas vezes acontece isso, um ou outro leitor não sabe o que vai ler e depois lê para ele e nem sequer ele, às tantas, foi capaz de compreender.

Tudo tem de ser preparado com antecedência.

Pessoas que nunca participaram em formação de leitores, só em caso de suplência devem ler, mas deve preparar-se antes, como qualquer outro o devia fazer.

Também em 1979, surge a primeira “Luz Dominical” de forma muito rudimentar, mas havia esse cuidado, com comentários às leituras e informações paroquiais. Nesta altura é de formato A5 e, hoje, contém os cânticos da missa, sobretudo da missa vespertina.

O coral a que chamamos coral litúrgico, é o coral dos mais velhos, formado de pessoas que ficaram do Espectáculo Marcos 9,37 animado por Joaquim Gomes. Aqueles que pertenciam ao coral quando aqui entrei continuaram, mas a pouco e pouco, por isto ou por aquilo, foram deixando, mas há um núcleo que vem desde 1979 ao qual já se juntaram vários colaboradores e, assim, se tem mantido o coral que anima a missa vespertina e festas importantes da Paróquia.

A missa da catequese sempre foi animada por outra gente, mas há 15 anos que a Célia Novo, formada em Arte e Design é a animadora de um grupo juvenil, sempre escolhendo cânticos ao gosto das crianças...

Aparece, mais tarde, um grupo de jovens que supriu a falta do “coral litúrgico” que também cantou na missa do meio-dia, a tomar este lugar. Na maioria são alunos da Academia de Música, cantam cânticos às vezes a 4 vozes, cânticos clássicos; enfim, uma missa diferente e que a assembleia também gosta.

Logo que aqui dei entrada pareceu-me litúrgico o sacerdote receber à porta da igreja todos os que chegavam para a celebração. Fiz isso muitos anos. Agora é raro, mas quando posso ainda me sinto bem a fazer esse acolhimento a quem chega para celebrar comigo.

Há sempre uma palavra diferente para um ou para outro, enfim... Vamos fazer comunhão poucos momentos depois...

No entanto, estão sempre dois paroquianos a receber quem chega a entregar a “Luz Dominical” e, certamente, a fazer um pouco aquilo que eu fazia... Um olá! Uma palavra! Um bem vindo!... Como está?

Entretanto, enquanto se faz o acolhimento, o animador da assembleia e o coral faz os últimos ensaios dos cânticos para que a assembleia aproveite e possa acompanhar depois o coral, fazendo com que muitos participem no canto. O mesmo se diga dos salmistas que também têm sido preparados para que a celebração seja sempre muito digna.

Procuro não me alongar na homilia, apenas 5 a 7 minutos. Não vá a minha palavra ser mais importante que a palavra de Deus!... Também não tenho grande dom de palavra!...

Deste modo, são sempre os 45 a 50 minutos o tempo da celebração. Às vezes, por motivo de festa, pode ir mais longe...

Os Ministros Extraordinários da Comunhão não só colaboram na distribuição da Sagrada Comunhão, como levam a comunhão aos doentes.

Já há uns anos que fizemos paroquialmente formação para Acólitos Adultos e, desse modo, temos uma equipa que soleniza os dias de festa com o sacerdote, utilizando a procissão com o crucífero com a cruz levantada à frente, os ceroferários, o turiferário e o ajudante com a naveta, seguindo os dois acólitos e o sacerdote.

Mas, a missa não é o único acto de culto. Todos os outros sacramentos são actos de culto com liturgia também apropriada.

Lutamos pelos baptismos comunitários, celebrados em colectividade ou celebrados dentro das missas. Os pais são acolhidos por um casal e depois há preparação para pais e padrinhos mensalmente feita pelo pároco. Os párocos da cidade distribuíram ultimamente uns desdobráveis dando informações sobre o que é e as condições necessárias para o Baptismo. Um trabalho foi feito em comum com as paróquias da Meadela, N.ª Sr.ª de Fátima, S.ta M.ª Maior, Monserrate, Senhor do Socorro, Areosa e Darque.

Para o sacramento da Penitência que renova a graça baptismal, prejudicada pelo pecado, temos tempos fortes pela Páscoa e pelo Natal. Pela Páscoa temos 24 horas de acolhimento para a Confissão e, durante o ano, à quinta-feira, pela manhã antes da missa e à tarde também antes da missa.

Já se fizeram celebrações penitenciais por altura da Quaresma, mas as pessoas não aderiam com facilidade. O número era muito reduzido. Fazêmo-las agora na festa do Perdão para as crianças da catequese.

O sacramento da Confirmação é administrado, há 24 anos, aos jovens que completem 10 anos de catequese. No tempo de D. Armindo Lopes Coelho, de 2 em 2 anos sensivelmente vinha crismar aqui na Paróquia, embora alguns fossem à Sé para não esperar pela data da Paróquia. Com os critérios do novo Bispo de Viana alguns têm ido à Sé Catedral para serem crismados no dia de Pentecostes. Aqui agora só haverá crisma quando for marcada visita pastoral.

Para os que saem fora do esquema da catequese normal, e já têm idade adulta, há outro tipo de preparação para o Crisma.

O Sacramento da Santa Unção tem sido administrado anualmente a idosos e doentes na quarta-feira santa na Igreja, de forma comunitária, e ao domicílio quando pedem. Procuramos que cada ano seja diferente a festa da Administração do Sacramento da Santa Unção e da Comunhão Pascal.

Quanto ao Sacramento do Matrimónio é feito um acolhimento por um casal e depois é feito o C.P.M. (Centro de Preparação para o Matrimónio) ao Domingo pela manhã, no Colégio do Minho, de organização diocesana.

Temos tratado do processo civil para ajudar, ou facilitar, os noivos e organizamos o processo religioso, como não poderia deixar de ser. Quanto à liturgia procuramos dar a oportunidade aos noivos de escolherem as leituras e, até às vezes fazer uma liturgia apropriada a cada casamento para não ser tão repetitiva.

Quanto ao Sacramento da Ordem!... nada se tem feito a não ser o aconselhamento e o desafio feito para que despertem vocações sacerdotais ou religiosas, mas... infelizmente sem sucesso! Só houve um seminarista no Seminário Diocesano e no Seminário do Carmo, nestes 25 anos. E o último sacerdote que esta zona deu à Igreja foi o P.e Manuel Miranda; ainda não era Paróquia e já faleceu, assim como uma irmã religiosa.”

P.e Coutinho

 

 

A Paróquia e as Migrações

 

 

“A Comunidade Paroquial não pode estar alheia aos problemas das migrações. Esta comunidade já teve um número razoável de emigrantes, como em todos os lados. Não tanto talvez, como nas aldeias, porque na cidade sempre se abriam mais facilmente perspectivas aos necessitados de trabalho.

Quando para aqui entrei havia emigrantes em número de mais de vinte famílias. Algumas nunca tinham voltado a Portugal.

Hoje, as contas são forçosamente outras não porque os que cá estavam, tivessem saído, mas porque muitos emigraram de outras terras vizinhas e aqui compraram um apartamento para viver, ou por motivos profissionais, passarem a semana de trabalho, ou até para passar férias. Esses em relação à comunidade, podemos considerá-los também imigrantes.

Nós somos emigrantes no Brasil, na França, na Argentina, na Venezuela, África do Sul, etc.. Sabemos o que custa ser emigrante, por isso, devíamos compreender a dificuldade daqueles que são hoje imigrantes na nossa terra.

Um problema novo que nos surge para reflexão e para um debate de carácter social, cultural, económico. A paróquia tem de criar processos dinâmicos de integração do imigrante e, para isso, há esforços que têm de ser feitos mutuamente, os que acolhem e os que são acolhidos. Exige uma interactividade, de igual para igual, caso contrário não conseguiremos a verdadeira integração dos que chegam, porque só assim haverá afecto comum que conduzirá ao respeito mútuo.

Onde os direitos e os deveres, a precaridade e vulnerabilidade, de empregadores sem escrúpulos, e equiparação dos salários aos nacionais, pois “trabalho igual ... salário igual”.

O facto de acesso à formação profissional...

Os imigrantes se chegam é porque fazem falta. Se houver ofertas de trabalho que não são preenchidas pelos nossos, devemo-nos sentir felizes porque há quem chegue e os imigrantes não só levam o dinheiro a que têm direito para a terra deles, mas também deixam obras e dinheiro à nossa terra. Em 2001, segundo dados estatísticos deram um rendimento público de 65.000.000 contos.

Uma Comunidade Cristã deve acolher e defender, às vezes, fragilidades injustas e explorativas Há que potenciar e facilitar a comunicação e lutar contra a discriminação étnico-cultural.

Quando uns e outros puderem exercer a cidadania num país, isto é, exercer direitos e deveres iguais então temos uma integração social e cultural.

É importante que na Paróquia os movimentos ou as instituições participem num acolhimento claro e franco aos que chegam como gostaríamos que os outros, noutros tempos, ou ainda hoje, nós gostamos de ser acolhidos para onde vamos.

A imigração é agora um problema para nós desde  legalidade à ilegalidade, desde aqueles que chegam com vontade de trabalhar e de fazer algo até àqueles que vêm apenas para manter vícios de pedincha, de roubo, ...

Da nossa parte, deve existir a boa vontade em acolher bem, em saber qual o seu problema e ajudá-lo, em primeiro lugar, na sua legalização... se não estiver interessado, então só nos resta ajudá-lo a que regresse à sua terra... ”

P.e Coutinho

 

 

A Paróquia e a Evangelização, numa diocese em Sínodo

 

“A Evangelização é uma das vertentes fundamentais da Teologia Pastoral da Igreja: “Ide e ensinai!...”

Trabalhai, dai testemunho e falai das coisas de Deus, da fé, aos homens de boa vontade, a “tempo e fora de tempo”. Esta é a missão de qualquer crente baptizado. A Evangelização não é só devida ao Bispo, ao padre ou ao diácono... – a eles pertence salvar a doutrina e ajudar a interpretá-la e ensiná-la, – mas falar de Deus, falar da fé, falar da vivência de uma fé autêntica e cristã é, sem dúvida nenhuma, um dever para qualquer um dos baptizados.

Evangelizar é oferecer uma Boa Nova, oferecer aos Homens que vivem, numa sociedade concreta, Jesus Cristo, como modelo da Humanidade.

A fé é um dom e esse dom recebe-se  no Baptismo. A fé não é um conjunto de verdades estáticas, ela tem de ser, sobretudo, uma realidade dinâmica, pelo que conduz ao encontro, ao relacionamento com o outro, ao desenvolvimento normal de relações humanas, na medida em que ela se revela na pessoa do outro, porque os seus conteúdos não são o bastante para o convencer. Só há evangelização quando o outro começa a ter uma atitude diferente no modo de acolher o que o outro lhe comunica.

Quando mutuamente começamos a acolher a mensagem, a vivê-la no dia a dia, há compromisso, fé, evangelização...

Portanto, a fé é o resultado de um encontro interior com alguém que se nos revela, seja pelo outro, seja por qualquer sinal que tornou alguém atento e dinâmico, com vontade de o mostrar e não de  o esconder. É como algo de maravilhoso na vida que o leva a comunicar-se igualmente como crente, porque se confrontou com a revelação de Deus e para quem esta teve sentido.

Cremos que muitos dos nossos cristãos não são religiosos. Todo o homem tem uma dimensão religiosa e isso defendemos, mas o “modus vivendi” de muitos... que está longe da religião que é algo em que se vê o senhor absoluto, transcendente, algo de divino, sobrenatural que tem uma relação de Amor com o Humano, a quem este  obedece e para quem ordena toda a sua vida, segundo a sua vontade.

Não é uma tendência constante para o “religioso”, como um mito; isso será religiosidade mas  não religião. Não é medo de lobisomens, de almas do outro mundo, do obscuro, para o que precisam de esconjuros ou ritos mágicos para aplacar o transcendente que domina e castiga.

Há muita falta de clareza de ideias, de discernimento nos nossos crentes, às vezes com projectos humanos tão próximos da realidade, e tão longe de Deus, que não é o “salva vidas”.

“Hoje, à medida que o Evangelho entra em contacto com áreas culturais que estiveram até agora fora do âmbito de irradiação do cristianismo, novas tarefas se abrem à falta de culturação. Colocam-se à nossa geração problemas análogos aos que a Igreja teve de enfrentar nos primeiros séculos”, segundo João Paulo II, in “A Fé e a Razão”.

A evangelização, nesta altura, é uma das vertentes da Igreja que mais necessita do empenho não só dos pastores, dos responsáveis hierárquicos, mas de todos os leigos que devem aproveitar todas as formas de catequese através dos Institutos Católicos, (em Viana temos um), como através da Catequese ou organizações sistemáticas, para jovens e adultos, ano a ano, para que fique, de uma vez para sempre, para trás a fé infantil, a fé dos bancos da catequese, a fé da tradição, a fé dos antepassados que já não oferece respostas aos problemas que o mundo de hoje apresenta.

Cada vez mais a nossa fé tem de ser pessoal, opcional, clara, tão dinâmica e luminosa que deixe passar a mensagem que se vive. Essa mensagem  deve ser evangélica. O Evangelho nunca é contrário a esta ou àquela cultura, mas, sem as privar de nada, as estimula a admitirem-se à novidade da verdade evangélica, da qual recebem impulso para novos progressos”(Cf. “A Fé e a Razão” n.º 71).

É claro que o nascimento do homem novo encontra sempre alguma resistência tanto a nível pessoal, como social. É a experiência que temos quando em 1984 lançámos  as catequeses quinzenais para adultos na Paróquia  .

Quantos e quantos foram convidados, apesar dos apelos feitos nas missas de Domingo!... Sempre tão poucos os que aproveitam momentos de reflexão, estudo, para que cada um possa compreender os problemas da nossa sociedade de hoje e poder ter respostas de fé  para as novas questões que nos são levantadas.

Cristo continua, hoje, a ter lugar na nossa esperança, na nossa vida, ainda que muitos tenham medo de o escrever como Alguém que mudou a história da Humanidade. Trouxe uma nova civilização, na qual a Europa se envolveu e se empenhou.

Esse medo é fruto do que dizia antes. Está visto que os nossos políticos, os que nos representam, como eleitos do povo, das Comunidades, também terão aquela fé infantil que não tem valor nenhum para os dias de hoje.

É isto que temos de combater. A Paróquia falha, se não se interessar por este sector da teologia pastoral. Nas Paróquias temos de acabar com a catequese infantil se não nos debruçarmos também e a sério numa catequese de adultos, dos pais e dos avós.

Tudo pode funcionar concomitantemente. Não podemos falar da catequese de Infância sem falarmos na necessidade que os adultos têm de frequentar cursos de Teologia, algumas cadeiras no Instituto Católico ou, ao menos, na Paróquia, aproveitar o que ela oferece para que não se fique com uma fé tão débil, porque o mundo de hoje exige muito mais de todos.

A Paróquia só pode dar sentido à celebração litúrgica se tiver fé, e ter fé é ter conhecimento, experiência vivencial de Deus, na vida em comunhão com os outros. Se for assim, a Paróquia  pode ser uma comunidade acolhedora para fazer festa, celebrando-a na comunhão  na alegria e no perdão.

A Paróquia, como célula viva da Igreja particular, a Igreja Diocesana, não se esgota na evangelização: ela é missionária, é evangelizadora, é acolhedora, participa na igreja universal através da igreja diocesana, à qual preside o Bispo.

Não pode haver Paróquia sem baptismo. No início, só a Igreja do Bispo tinha pia baptismal e tudo partia daí, mas, com o passar dos tempos, a evangelização teve de chegar ao campo, saindo da cidade. Assim, surgiu a necessidade de aparecerem igrejas mais ao longe com pia para o baptismo. Então o baptismo passou a ser feito também nessas igrejas.

A Igreja nasce do baptismo.

Muita gente tem sempre uma certa afeição, e muito justa, pela igreja onde foi baptizada, pela pia por onde passou, no Baptismo, a Homem Novo. Este sentimento é justo e respeitável.

Hoje, já se baptizam crianças crescidas, em idade de catequese de adultos para o que é necessária uma adequada preparação. O Baptismo será melhor entendido.

Não basta querer ser baptizado. É preciso saber por quê e para quê? É necessário conhecer a razão que é a razão de Cristo.

É por isso que se exige tempo e amadurecimento para este “querer ser baptizado”. Conhecer bem os objectivos de Cristo, a pessoa de Cristo, para iniciar então um caminho novo na vida, um caminho com olhos novos preparados para ver o outro e amá-lo até ao fim, à maneira do Bom Samaritano. No outro pode estar representada toda uma comunidade de fé, de escuta, de esperança vivida e comunicada, no trabalho com os doentes, nos que mais precisam, nos que passam fome ou têm sede, nos imigrantes, nos presos, nos que precisam seja lá do que for. Só assim entenderemos a Paróquia como uma Comunidade de Amor, feita de comunidades mais pequenas que são as famílias – a igreja doméstica. Estas serão as primeiras experiências de comunidade, de evangelização e complementaridade numa Comunidade maior que é a Paróquia, onde todos serão co-responsáveis e participativos, cada um segundo o seu carisma e vocação.

Inseridos, pelo baptismo, na comunhão dos filhos do Reino, no Corpo Místico de Cristo, vamos padres e leigos levar a mensagem com dignidade, fundamentalmente iguais perante Deus, fundamentalmente iguais perante a natureza humana. Para satisfação e salvação,  peregrina e vocacional, conforme Jesus a assumiu. Os leigos, no mundo, têm eles a facilidade de sacralizar a família, o trabalho e a comunidade, não como quistos, mas na diversidade da unidade através da Legião de Maria, Vicentinos, Coralistas, catequistas, administradores, consultores, comissões de Pais, animadores, asseios e limpezas. Aos padres cabe o mesmo, mas o seu objectivo fundamental é acompanhar com a Palavra, alimentar com a Eucaristia, e salvar em Jesus Cristo o Homem caído.

Aliás, o Projecto de Deus sempre foi este, desde Adão e Eva, uma comunidade de Homens livres. Desde Abraão que, pela fé, fez a Comunidade dos Crentes; desde Moisés que pela lei fez a Comunidade Libertadora; desde os Profetas, que pela palavra, fizeram a Comunidade da Diáspora se preparar para receber Cristo. Pelos Apóstolos, chegou às pequenas comunidades, e só depois à Igreja, Povo de Baptizados, povo da Eucaristia e povo missionário (missa = enviado) até à Plenitude que será a Comunhão dos Santos.

Numa Comunidade envolvida em Sínodo Diocesano, a evangelização talvez seja o fundamental, porque a maioria dos cristãos não sabe sequer o que é um Sínodo, porque se o soubesse, e conhecesse a co-responsabilidade que os documentos conciliares lhes confere, iria trazer muitos efeitos de renovação, de Igreja nova, de homem novo, a começar pelos padres, até ao mais simples dos fiéis. Se assim fosse... os alheios ou não crentes poderiam sentir algo que os fizesse reflectir.

 Vamo-nos contentando com o que se passa na sacristia?!...”

P.e Coutinho

 

 

A Paróquia e a Demografia

 

            “Há vinte e cinco anos esta Paróquia tinha pouco mais de mil fogos e hoje tem mais de quatro mil.

            Nada acontece para muita gente. Mas se olharmos à nossa volta verificamos que o litoral cresce em população contra a desintegração do interior.

            Será que uma coisa destas pode deixar-nos a todos de mãos cruzadas a deixar que tudo corra como corre, sem regras, sem sugestões para um desenvolvimento harmonioso, também no interior. Isto mesmo no aspecto político.

Bom, mas o que aconteceu já não vai acontecer para gáudio de alguns porque o índice de natalidade desceu. Será esta a solução mais adequada e mais justa?

Vejamos na nossa cidade o seu crescimento populacional de há 25 anos para cá... Nas paróquias da cidade (Areosa, Meadela, N.ª Sr.ª de Fátima, Darque, Monserrate e Socorro).

Se formos um pouco mais além, vejamos o que aconteceu em Barroselas, Lanheses, freguesias do concelho para além de outras...

Não fiquemos por aqui, o que aconteceu, de há 25 anos para cá, nas vilas da nossa Diocese.

A nossa Diocese não é a mesma, os nossos arciprestados não são os mesmos, as nossas paróquias não são totalmente iguais.

O Concílio Vaticano II já foi há mais tempo e os documentos conciliares obrigam-nos a não ficarmos impassíveis com as mudanças sociais, os problemas novos da sociologia humana.

Quando passei algum tempo como arcipreste de Viana do Castelo tive oportunidade de organizar um convívio de sacerdotes do arciprestado. E à sombra dos pinheiros, junto à Urbanização Nova que se encontrava em construção na Praia da Amorosa, foi feita uma reflexão sobre a demografia das nossas paróquias, vilas e cidade. Isto levantou uma série de problemas  pastorais reflectidos ali quanto ao acolhimento, quanto às iniciativas novas para poder atingir pastoralmente esta mobilidade de pessoas. Uma das questões foi até aos espaços litúrgicos na cidade e vilas ou paróquias. Por fim, na qualidade de arcipreste, fiquei de ser o porta-voz junto do Bispo em nome dos padres do Arciprestado para lhe comunicar a necessidade de se criar uma equipa pluridisciplinar, composta por Teólogo da Teologia Pastoral, Sociólogo, Engenheiro do Ambiente, Engenheiro Civil, um Arquitecto, etc., para que, a nível diocesano, pudesse acompanhar os planos de pormenor concelhios ou os, na altura, P.D.M., para que estudando em equipa juntamente com os párocos, envolvidos em desenvolvimento demográfico inesperado, fossem ajudados a que a dimensão religiosa duma povoação, paróquia, vila ou cidade em que a maioria é católica, não fosse esquecida.

Deste modo, há mudanças do centro de gravidade, deslocamentos populacionais, as igrejas longe das povoações ou tão pequenas que não favorecem o empenhamento pastoral, a descoberta de respostas futuras para os problemas que já são de hoje, ou já eram de ontem.

Este é um problema de hoje, depois... há paróquias que não conseguem terreno para uma igreja, por exemplo, não é preciso ir mais longe, vejam o que aconteceu à Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima que, por este ou aquele motivo, ninguém compreendeu o pároco actual, nem aqueles com quem ele trabalhou e trabalharam a não ser o Dr. Defensor Moura, actual Presidente da Câmara Municipal que, mesmo sem audiências de 30 pessoas, resolveu o problema...

Para já esperamos!... porque para outros lados, incluindo religiosos, as coisas parecem não ser tão prioritárias como deviam... uma Paróquia que nasceu em 1967 que se pensava numa residência, numa igreja nova, mas as coisas se interessavam a uns, não eram convenientes para outros. Vejam agora o deslocamento da igreja em relação à população em geral. O que fazer e como fazer acolhimento a tanta gente que aqui chega?

Há uns anos tentei participar no colóquio nacional de paróquias. Só estive um dia, mas gostava de continuar. Nem sempre me condizia com o meu programa de pastoral paroquial. Este ano, por motivos de saúde, não participei no Colóquio Europeu de Paróquias, como tanto gostava, na Suíça, de 6 a 10 de Julho, no seu já 22º colóquio.

Uma das conclusões é que as Paróquias continuam a manter estruturas passadas perante as transformações que se dão na sociedade de dia para dia.

As Paróquias, os Arciprestados e as Dioceses têm que continuar a oferecer ao homem de hoje o espiritual, a oração, a vida interior que tanto o homem procura, mas não pode ficar só por aqui. Se queremos melhor qualidade de vida, melhor bem estar para a nossa gente, isto tem de se manifestar também nas estruturas físicas e religiosas. Tem de ser criativa para quebrar a rotina que o homem não gosta, a paróquia tem de ser criativa e oferecer oportunidades a todos os que se dizem paroquianos, tem de ser lugar para a festa, para o perdão, para a fraternidade e para a reconciliação. Não se pode fechar na sacristia ou reduzir-se a festas com sermões ou pregações.

Uma Paróquia que não proporcione ou não esteja atenta àquilo que é capaz de unir os paroquianos nos mesmos objectivos de fé, é paróquia que tende a morrer.

Dizia aqui noutra local que a Paróquia ou volta a ser aquilo que era no princípio ou, então, não há razão para existir e ir resistindo ao tempo, apenas para constar e fazer parte das estatísticas, também não vale a pena.

É claro que a evolução social e o crescimento demográfico, as novas vias rodoviárias, a democratização da cultura e da mentalidade corrente oferecem problemas novos não só aos políticos que agora querem ser concelhos e não o são.

O que acontece na política, por conta dos votos, não pode acontecer na Igreja, mas a Igreja às vezes peca em retardar demais ao ver que o padre não responde às exigências pastorais duma determinada Paróquia, não é sinal eficaz da presença da Igreja naquele local, a Igreja não tem resposta para poder beneficiar da qualidade de vida religiosa de muitos que ficaram isolados, longe da sua igreja paroquial...

O facto da Igreja ter em conta a evangelização, a celebração e a partilha fraternal, identidade cultural e religiosa não serão os únicos meios, ou argumentos, que podem levar um Bispo a exercer a competência da erecção de uma Paróquia quer lhe dê um padre ou um diácono; já que os padres podem escassear.

Os bispos como co-responsáveis que são na vida da Igreja tudo devem fazer para que a autoridade competente sinta a necessidade de uma acção eclesial mais eficaz. É importante hoje mais que noutros tempos a relação pessoal Bispo e Padre com o seu povo como elemento determinante para a fundação de uma Paróquia ou Diocese.

Caso contrário não se precisa de padres, bastam os diáconos e um Bispo, mas não creio que essas medidas evangélicas, sejam verdadeiramente proféticas para a fé dos nossos crentes.

Paróquia, volta àquilo que foste, lugar de culto, de fraternidade, de perdão e de festa e voltarás a ser alfobre de vocações a nascerem nas famílias.

Volta a ser comunidade aberta às outras comunidades, tenham elas os carismas que tiverem, desde que o Espírito seja o mesmo.”

P.e Coutinho

 

 

A Paróquia e o Domingo

 

“Não foi por acaso que, ao sétimo dia, Deus descansou, segundo o livro do Génesis. É de direito divino descansar ao menos um dia em cada semana. O Homem encontra-se consigo mesmo, com Deus e com os outros.

Desde o nascimento da Igreja, os primeiros cristãos começaram a celebrar o primeiro dia da semana, o dia da ressurreição do Senhor, com cânticos dos salmos e leituras, começando depois a celebrar também a Eucaristia, o partir do pão e a bênção do mesmo, segundo a ordem de Jesus.

Como à Paróquia presidia um Bispo, era a comunidade maior sediada nas cidades, só quando passaram para o campo e mais tarde, pelo séc. III ou IV, atingiram as terras mais longínquas, aí surgiram Paróquias sem bispo, presididas por um presbítero ou diácono, umas com pia outras sem pia, isto é, umas com direito a baptizar e outras não, pois o ideal era sempre que alguns sacramentos, como os de iniciação cristã, fossem administrados pelo Bispo que, então, na igreja da cidade onde presidia, era já a diocese.

O Domingo foi sempre um dia sagrado para os cristãos, dia de oração, de missa, de encontro, de festa, de partilha, de fraternidade, de solidariedade, dia da família.

Criaram-se costumes interessantes que bem manifestam a importância do Domingo.

Antigamente, a roupa de Domingo era diferente da roupa da festa e da semana. A roupa era normalmente comprada para a “festa”, passava mais tardes a ser a roupa domingueira e, depois, ainda era a roupa da semana ou do trabalho.

Ao Domingo comia-se melhor, mas do que havia em casa, o chouriço, o presunto ou o toucinho ou outra parte do “frigo”, a salgadeira.

A carne de vaca ou da melhor rês do rebanho era coisa que se usava apenas nas festas.

Era ao Domingo que as pessoas reservavam tempo para ir à missa e, no final, encontravam-se com os amigos. Quando estes estivessem doentes havia que destinar tempo, na tarde de Domingo, para os visitar, em casa, ou no Hospital.

Um outro tempo do Domingo era passado em família e, muitas vezes, um almoço mais demorado, talvez um piquenique, juntava-se a família. Os casados visitavam os seus progenitores, juntando-se muitas vezes os irmãos em grande cavaqueira na casa paterna até altas horas da tarde.

Era um ritual que o Domingo trouxe para além do descanso, convívio familiar, encontro com Deus na Oração ou na Eucaristia, enfim, o encontro com os outros amigos da mesma terra que normalmente ao sair da missa havia mais uns minutos de cavaqueira, com este ou com aquele, porque todos eram conhecidos e viviam na mesma terra, às vezes com os mesmos problemas.

Não era difícil esses momentos serem também momentos de decisões importantes, de acordos, para a comunidade, e às vezes com a “bênção” do padre, outras vezes, ocasião para coisas contrárias à harmonia.

Ao Domingo também era o dia destinado para o passeio ou para a romaria...

Mas, para um cristão, Domingo sem missa, não era Domingo e consideravam o maior dos pecados porque era apenas uma questão de tempo, e o tempo “Deus dá-o de graça”.

A missa era assim como o principal elo de união entre os paroquianos à volta do seu pároco. Dela as pessoas voltavam mais alegres e felizes a casa, por terem encontrado o transcendente, o absoluto, o divino e tendo-o comungado, voltam às suas casas, a comungar do bem ou do mal, que muitas vezes descobriam com os amigos, no fim da mesma.

Por isso, o Domingo não é um dia qualquer para uma Comunidade Cristã, como deve ser uma Paróquia.”

P.e Coutinho

 

 

A Paróquia e a Cruz

 

Claro que a Cruz de que se trata aqui não é daquela cruz, cujo o homem primitivo lhe deu o significado de fogo, de luz, de sol porque pela fricção de dois paus obtinha o fogo. Também não é aquela que lhe deram ainda, mais tarde, um outro significado a parte vertical significava o poder e a horizontal a submissão. Ou ainda a que outros lhe deram o significado do bem à haste vertical, e à horizontal a haste do mal.

Quem vai ao Egipto compra hoje cruzes com um arco (uma asa) usada pelos faraós. Apareceu já nessa altura as cruzes suásticas que nada tinham a ver com o nazismo, mas com o culto do sol, pois os seus elementos radiais nada têm a ver com a opressão, o racismo, como se depreende pelo uso nazista.

Em quase todas as civilizações este sinal significava sol, luz, vida. Também a contextura física do homem é uma cruz. Ora ponha-se aí de pé e abra os braços.

A Cruz que aqui me refiro é que a Paróquia sem a Cruz, não pode ser Paróquia, porque Cristo dá-lhe uma simbologia completamente diferente. Foi nela que Cristo remiu e salvou o mundo; foi nela que consumou a obra de redenção humana, foi nela que abraçou todo o mundo, o passado, o presente e o futuro.

Os paroquianos não podem deixar de olhar para esta cruz e se sentir atraídos porque nela Cristo, o seu Senhor, foi crucificado e morto. Manifestou amor nunca visto até então!

Aparece então a Cruz com Cristo crucificado apenas pelo século V e completamente nu, depois com uma cinta da qual pendia uma ponta, e mais tarde vestido de túnica sem mangas; de barbas e mostrando a chaga de lado. Veio o Concílio de Constantinopla de 692 e ordenou a representação do crucifixo.

No século XI generalizam-se os crucifixos com o Cristo vestido da cintura para baixo e com os olhos abertos, como encontramos em abundância na Espanha. Começa a Cruz a andar associada a símbolos cristãos: o sol, a lua, o alfa e o omega, o monograma  de Cristo, o cordeiro, a vida. Conforme a arte e as civilizações através dos tempos se foi apresentando duma maneira ou doutra, pois da verdadeira Cruz não há um documento, uma fotografia que possa ser reproduzida tal e qual por um escultor, fica quase tudo baseado em textos e à imaginação do artista. Com um só cravo nos pés, com um cravo em cada pé, figura serena ou trágica, conforme a visão do artista, até chegar à arte dos nossos dias e o vermos à maneira do escultor José Rodrigues, no “Cristo para Viana”, que se apresenta na capela do Seminário Diocesano desta nossa terra Vianense, etc.

Relacionando com esta cruz de Cristo, temos as cruzes das nossas igrejas, exteriores e interiores, cruzes de procissões, cruzeiros, calvários, dos cemitério, cruzes em nossas casas...

Celebra-se a 14 de Setembro a festa da Exaltação da Santa Cruz.

De qualquer modo a cruz sempre foi um instrumento de suplicio e de morte, mas a liturgia cristã quis que ela fosse símbolo de força, de beleza, de capacidade humana de amor sobre o ódio, a injustiça e a mentira.

A morte do Jesus na cruz destruiu a vida natural sobre a terra para a substituir pela vida sobrenatural, como dizia Santo Efrén , um diácono sírio, no século IV.

É por isso que a cruz de Cristo é bandeira de glória para a Paróquia, para os crentes, para todos aqueles que à sombra dela se reúnem com a mesma fé e o mesmo amor; enquanto para os não crentes, pode significar uma ignomínia, um fracasso, ou até, um sinal de masoquismo.

A Paróquia acredita e vive a vida de Jesus porque sabe que o sofrimento de Jesus na cruz não vem justificar o nosso sofrimento, mas abrir um sentido novo à nossa vida, mesmo à vida de sofrimento.

Na Cruz,  Cristo salva-nos porque nos dá o seu amor, e o seu amor é capaz de nos atrair, converter ou fazer mudar o nosso coração, as nossas atitudes...se alguns perante o mal do mundo que todos os dias observam na televisão desesperam, perdem a esperança, deixam a fé...outros encontram mais depressa Cristo e a força capaz de se sensibilizar para a solidariedade com os que sofrem e lutar pela construção dum modo melhor e mais humano.

Esta é uma aprendizagem a partir da Cruz.

Há muitas missões de solidariedade como os médicos sem fronteiras e...usa-se a racionalidade da ciência, mas o coração muitas vezes está longe do sentido da Luz de Cristo, só apenas como actos de puro humanismo, altruísmo... e geram-se deste modo novos anjos, novos espíritos, novas fadas, novas mitologias, canções, festivais, consumo de drogas, sexo e tudo o mais que este mundo parece oferecer como felicidade imediata...

Hoje procura-se penetrar nessa felicidade seja como for: uns auto-ajudam-se, outros procuram exercícios físicos, ou mentais, rituais diversos, recursos às sabedorias antigas do oriente e às religiões orientais. Às vezes domina demasiado na nossa sociedade o âmbito do mercado e do Marketing e, do mesmo modo que no mercado o que mais interessa é a utilização imediata, rápida e satisfatória, o prazer sugestivo, agora e aqui, do que a verdade das coisas; esta Luz que vem da Cruz é muitas vezes preterida porque é exigente e verdadeira...

Se queremos o bem estar social, a melhor qualidade de vida, na nossa Comunidade Humana, na nossa Paróquia não podemos deixar de discernir bem os desejos que são iluminados por esta Cruz Salvadora.

Cristo foi feliz porque amou. Não procurou a felicidade própria, mas a do outro. A sua preocupação foi só a nova felicidade para os outros, para mim e para cada um dos paroquianos, como para toda a igreja, e ainda para todos os homens de boa vontade.

Foi pelos outros que Cristo foi vencedor e todos podemos cantar vitória porque se venceu a morte em noite santa da Vigília Pascal e celebrar a sua exaltação, glorificação também em 14 de Setembro, como devoção ao madeiro, ao santo lenho, onde morreu crucificado o Corpo de Cristo, é prova que a Comunidade vive à volta da cruz.

Se não tivermos os olhos na cruz do Mestre, não poderemos ser Comunidade em comunhão com o pároco, com o Bispo, com o Papa, com a Igreja Universal.

P.e Coutinho

 

 

A Paróquia e a Comunicação

 

O dom mais importante que Deus deu à natureza foi o dom do Homem se entender por palavras e gestos. Como todos os seres vivos, os animais irracionais entendem-se também, cada um com sua espécie, pela sua linguagem. Os seres inanimados sentem o frio ou o calor, a mão do Homem inteligente e “aceitam” que este lhe faça mal ou bem. Não se queixam.

O Homem, enquanto ser racional e supostamente inteligente, destrói por destruir ou destrói para construir. Às vezes gere tão mal a natureza que sofre depois facturas pesadas.

Ao Homem, Deus deu-lhe o dom da fala que, na relação com os outros, o leva a uma vida em comum que será encontrada na cruz, por isso, esta comunidade humana não pode ser vivida na solidão do claustro, mas no acompanhamento, mesmo do inimigo, como Cristo chegou à Cruz acompanhado dos blasfemos e dos malfeitores.

Aí está uma missão difícil, uma tarefa árdua. “O reino de Jesus Cristo deve ser edificado no meio dos seus inimigos. Quem rejeita isto renuncia a formar parte deste reino, prefere viver rodeado de amigos, entre rosas e lírios, cheios de maldade, em círculo de gente piedosa. Não vedes que assim blasfemais e atraiçoais a Cristo? Se Jesus tivesse actuado assim como vós...quem seria possível salvar-se?” (Lutero).

A Comunidade Cristã significa construção em Jesus Cristo e por Jesus Cristo. Nenhuma comunidade cristã poderá ser nem mais nem menos do que isto, pois tem de ser uma comunidade de crentes que apresenta Cristo como mediador, como a nossa paz (cf. Et. 2, 14).

Cristo mediador entre Deus e os Homens, e, pelo baptismo, fomos eleitos para sempre. Por isso, somos a fraternidade cristã não com o ideal humano, mas na realidade de Deus e na realidade da ordem espiritual e psíquica.

O Homem tem uma espiritualidade psíquica e o dom gratuito de Deus, elemento essencial na vida comunitária que forma a igreja cristã em missão com Cristo cabeça e nós os seus membros.

A vida de comunidade deve ter regras de conduta desde o nascer ao pôr do sol, desde o deitar ao levantar.

Quer dormámos quer trabalhemos, é sempre este Reino que está em causa.

Alimentemo-nos, em comum, com a leitura da Bíblia, com o cântico, com a oração e com o partir do pão, com o trabalho, com a festa, com a comida e também com o saber estar só no teu quarto mas, em comunidade, unida pelo mesmo espírito de todos.

As tarefas de Comunidade têm de ser em comunhão, senão não são de comunidade, daí a importância do diálogo entre os Homens, como primeiro meio de comunicação ao serviço dos outros, sem altivez mas sempre sabendo escutar, ajudar, aceitar o próximo e respeitá-lo ainda que por ventura caia em pecado.

O pecado destrói a comunhão com Deus e com os irmãos. Saber suportar o pecado do irmão, sem o desprezar, significa dar-lhe perdão e abrir caminho para entrar de novo na comunidade. (Cf. Sal. 6,1. ).

A Palavra de Deus deve ser sempre seguida com o mesmo objectivo através das obras, do testemunho e da palavra que utilizamos, através dos meios de comunicação social a nosso alcance, porque todos eles, sem excepção, devem estar ao serviço de Deus.

É por aqui que temos de caminhar e não devemos ter medo da televisão, da rádio, da Internet. Só tem medo quem não souber viver em comunidade fraterna.

Não podemos ter medo de dizer por esses meios que “Confessamos mutuamente os nossos pecados”.

Deus veio por nós pecadores, para nos salvar. Alegrai-vos!

Se fordes verdadeiros este mensageiro vos libertará. Não podeis ocultar a Deus, por maior que seja a vossa máscara diante dos Homens. (cf. Provérbios 23).

O convite a confessar-se com o irmão e a receber o perdão fraternal no seio da comunidade cristã é um convite a aceitar a graça de Deus na igreja.

Pela confissão chegamos à comunidade. O irmão que não sente, não o fez em próprio nome, nem por uma própria autoridade pessoal, mas por ordem de Jesus Cristo, isto é, em nome da comunidade de que Cristo é a cabeça.

A raiz de todo o pecado é o orgulho e soberba, e a confiança perante o irmão é a humilhação que o torna capaz de conduzir à cruz numa vida nova. A ruptura do passado e a gratidão para com a misericórdia divina é o fato novo para se sentar à mesa dos convidados, na Eucaristia.

Quando chegarmos a usar todos os meios ao nosso alcance para falar, sem medo nem preconceitos, desta fé que nos invade, a Comunidade estará a ser uma Comunidade de Salvação e de Comunicação.

P.e Coutinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO X

 

A PARÓQUIA VISTA PELO JORNAL “PARÓQUIA NOVA”

 

 

 

Ao acaso, o jornal “Paróquia Nova” oferece-nos uma grande variedade de informação que nos desperta para os mais diversos temas.

            Até por aqui se descobre que não escapa nada ao P.e Coutinho e que, para ele, a vida é feita de tudo um pouco.

Assim sendo, põe todos a trabalhar e oferece qualidade de vida ao rico e ao pobre, à criança e ao idoso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

* Abril de 1993

 

            Paróquia Nova

 

            «Paróquia Nova» não é um projecto novo da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima. «Paróquia Nova» é o nome que, já desde o P.e Rogério, há mais de 15 anos, se dava a uma folha informativa a circular pelos paroquianos.

            A partir de 1978 esta folha policopiada começou a distribuir-se mensalmente por todos os lares. Nos últimos anos, apenas trimestralmente, tendo sido compensada, entretanto, com outra folha semanal a que se chama «Luz Dominical».

            Em 1992, foi celebrado o jubileu dos 25 anos da Paróquia e, com as máquinas que a comunidade possuía, «Paróquia Nova» foi beneficiada não só no tamanho, como também na qualidade e no conteúdo.

            Ao terminar as referidas celebrações, em 8 de Dezembro, dizia-se que uma nova era pastoral surgia na Paróquia, pois só assim teriam interesse as grandes celebrações realizadas.

            Ora, foi mesmo a partir daí que surgiu este projecto que, não sendo novo, pretende ser ampliado e mais diversificado, onde seja dada oportunidade para acolher e promover a colaboração que muitos leigos, e sobretudo jovens, têm para oferecer, cada um segundo as suas possibilidades, pois que um adequado uso dos meios de comunicação social, numa paróquia ou numa região, reverterá naturalmente em benefício da comunidade em geral.

            «Paróquia Nova» é, por isso, um órgão de comunicação social da imprensa não-diária que estará ao serviço da comunidade e aberto a toda a região que a envolve, desde a concelhia e distrital até à nacional e internacional. Eis, pois, um jornal ampliado a criar mais solidariedade cristã entre os Homens, baluarte dos verdadeiros valores humanos ao serviço do progresso, da integridade do Homem, do desenvolvimento da sociedade. Este órgão de comunicação vai ser um verdadeiro órgão de comunicação com honestidade, sinceridade e verdade, vai ser projecto de um jornal sério que, mês a mês, levará a todos os habitantes desta região informações úteis, possibilidades de enriquecimento cultural, propostas de desenvolvimento, espaços para a recreação do espírito e elos de unidade, nesta diversidade tão acentuada da comunidade a que pertencemos.

A.    C.

 

 

* Outubro de 1993

 

         A Alemanha com a Europa...

 

            No dia 3 de Outubro, a Alemanha celebrou o dia da unidade, da reunificação das duas Alemanhas – República Federal Alemã e República Democrática Alemã.

            Para o efeito, o director deste jornal, P.e Artur Coutinho, foi convidado pelo Estado de Korschenbroich a participar nas respectivas celebrações, no  programa organizado por aquele estado de que faz a Paróquia de Glehn com a qual a Paróquia de N.ª Sr.ª  de Fátima mantém relações de amizade, há já alguns anos.

            No jantar de recepção aos convidados estrangeiros: um francês, um inglês, um italiano, um húngaro e um português, o P.e Artur Coutinho proferiu um discurso onde abordou assuntos relacionados com o povo alemão, desde a evangelização dos povos germânicos, nos primeiros séculos, à reorganização eclesiástica no século VII, à influência visigótica em Portugal e à amizade que envolve a Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima e a Paróquia de Glehn.

            Também no dia 3, participou com os estrangeiros presentes num debate subordinado ao tema: “Que futuro para a Europa?”, tendo sido aplaudida a sua intervenção por uma assembleia de uma centena de pessoas.

        

 

O P.e Francisco Palau e as Carmelitas Missionárias Teresianas

 

            Quem é Francisco Palau?

            Nasce numa aldeia chamada Aitona (Espanha), em 1811. Teve uma infância  marcada pela pobreza, insegurança e opressão. Aos 17 anos ingressa no Seminário. Abandona-o depois para entrar para o Carmelo.

            Professa como Carmelita Descalço aos 21 anos.

            A revcolução de 1835 tira-o do seu convento. Exila-se em França. Vive a sua vocação carmelita como eremita e apóstolo incansável. Até à sua morte, em 1872, o P.e Francisco Palau percorre os caminhos da penúria, perseguição e desterro... uma vida de luta e uma procura constante.

             Profeta da Igreja do sue tempo, apóstolo comprometido, amante da Virgem Maria, contemplativo e missionário, dele poderia ter escrito Santa Teresa:«ditosas as vidas que se acabam ao serviço da Igreja».

            Em 1860 inicia a obra crucial da sua vida: funda a congregação das Carmelitas Missionárias Teresianas. «Encomendei-a muitíssimo a Deus – diz – e, estudados certos incidentes da minha vocação à Ordem de Santa Teresa creio que me chamou para esta obra.»

            O P.e Palau morre com fama de santidade, em Taragona, em 1872. O seu corpo descansa no Templo da Casa-Mãe da sua Congregação desta mesma cidade. A Igreja reconheceu as suas virtudes heróicas elevando-o aos altares em 24 de Abril de 1988.

            As Carmelitas Missionárias Teresianas continuam a dar vida ao carisma do seu fundador, estando disponíveis para as necessidades mais urgentes da Igreja, evangelizando escolas, hospitais, obras de promoção feminina, obras sociais, missões, catecumenato, centros de espiritualidade e tantos outros...

            Deste modo a actualização e o vigor da mensagem palautiana estende-se pelo mundo, Europa, África, Ásia e América.

 

 

* Outubro de 1994

 

         A Desfolhada

 

            Uma desfolhada do milho, em Mazarefes, reuniu as Crianças e Adolescentes do Ozanan – Centro de Juventude com os idosos do Centro de Dia de N.ª Sr.ª de Fátima, num quintal da irmã do nosso pároco.

            Deste modo se evocou o trabalho comunitário da aldeia, a tradição associada à festa que tende a desaparecer. Não faltou, por isso, o Professor Gigante que voluntariamente prestou, com o seu acordeão, um serviço animador. E, claro, houve baile após o lanche, onde não faltou arroz-doce.

 

 

* Agosto de 1995

 

                Bodas de Ouro

 

            Para a nossa Paróquia, há cerca de 17 anos veio o P.e Artur Coutinho exercer as suas funções de pároco. Felizmente que a sua família, composta por dois irmãos e seus pais, acompanharam até hoje o seu sacerdócio como pároco da nossa Paróquia – Nossa Senhora de Fátima.

            Presentemente, seus pais encontram-se a viver com o seu filho P.e Artur Coutinho.

            Os paroquianos já se habituaram a ver o casal, sempre juntos com o seu ar sorridente de boa disposição na  Missa Vespertina, pois por onde passam dão sempre um ar da sua graça.

            No dia 13 de Agosto fizeram as suas «Bodas de Ouro» numa Celebração realizada na Igreja Paroquial de Mazarefes, de onde são naturais.

            Em nome de toda a Comunidade, desejamos a este casal muita saúde e longa vida.

Uma paroquiana

 

 

* Outubro de 1996

 

         Em Memória

 

            Foi sempre uma pessoa generosa e disponível para os outros, lutador pela causa em que acreditava.

            Estamos a falar do Sr. Manuel Ribeiro Coutinho que, por vontade de Deus, faleceu no dia 6 de Outubro de 1996, contando com 75 anos de idade.

            Como marido e pai foi afável e extremamente zeloso. Como avô, granjeou dos seus netos a delicadeza das suas ternuras. Como homem, fazia amigos com facilidade e contagiava-os com uma forte cultura de amor. Era de fácil comunicação e amigo de brincar com todos, divertindo com inofensivas brincadeiras.

            Antes de atingir a idade da reforma e, após insistentes conselhos de seus filhos, abandonou o trabalho árduo do campo para viver na companhia do filho, P.e Artur Coutinho, passando desde então a gozar uma vida mais sossegada, como recompensa do esforço e sacrifício duro do amanho do campo.

            Tornou-se muito próximo de nós e, por isso, deixou-nos uma enorme saudade.

Graça Meira

 

 

* Novembro de 1996

 

         A ternura dos 100

 

            Já lá vão cem anos que,  no dia 26 de Novembro, Vitorino das Donas ( Ponte de Lima) viu nascer a Sr.ª D. Maria dos Anjos da Rocha.

            Filha de lavradores  modestos, passou a mocidade entre o trabalho árduo, nos campos da Quinta da Torre, e as anuais festas locais, às quais ia acompanhada do seu «paizinho» (forma carinhosa que utiliza quando recorda o seu pai). O seu espírito alegre atenuava as agruras da vida dançando, tocando harmónica e cantando ao desafio, com as suas amigas.

            A parca alimentação, à base de caldo de batata e couves, com ou sem azeite, conforme as possibilidades permitiam, não reduziam as forças de Maria dos Anjos e do seu «paizinho» que, frequentemente, vinham a Viana e, como a própria afirma (com saudade dos momentos difíceis, mas alegres) «trazíamos o que nos fazia falta».

            Ainda nova, veio para Viana servir numa casa particular e trouxe consigo a sua única filha, com quem vive numa habitação da Estrada da Abelheira.

            Rosto marcado pelo tempo, lenço na cabeça e cajado na mão, Maria dos Anjos afirma-nos com toda a convicção – apesar de não se recordar da sua idade e transferir para a filha essa tarefa memorial – «... ‘tou peca, estou!... Já sou velha!... Eu já sou velha!».

Não obstante os condicionalismos que a idade lhe impõe, gosta de dar longos passeios pelos arredores e de visitar constantemente a capela de Nosso Senhor do Alívio, sempre acompanhada da sua filha.

Maria dos Anjos teve vários irmãos que faleceram já «com muita idade».

«Agora está muito esquecida!» afirma a filha, mas noutro tempo «rezava muito, muito, muito...», contava muitas histórias, relatava a sua história e cantava alegremente, em casa e no quintal da mesma.

Um dos desejos desta centenária senhora é regressar à sua terra «Pessegueiro», da qual fala repetidamente, deixando transparecer uma imensa saudade.

Alfredo Martins,

Carla Santos e

Sandra Silva

           

 

* Dezembro de 1996

 

         Irmã Adela Morante

 

            A irmã, assim conhecida no vulgo, foi uma das irmãs Carmelitas Missionárias Teresianas que mais tempo esteve entre nós e que em 1994, por necessidade da Congregação, voltou para Espanha com as suas irmãs.

            Neste momento encontra-se numa paróquia missionária, no Paraguay. Lá recebe este jornal e vai escrevendo. Nesta altura de Natal chegou uma carta da qual, com a devida vénia, se transcreve o seguinte:

            “Pelo jornal estou inteirada de todo o trabalho paroquial que cada vez á mais dinâmico nas suas actividades. Deus os abençoe em todas as iniciativas.

            Mando lembranças para toda a comunidade paroquial. Faça-as chegar oportunamente em alguma missa de sábado e domingo. Tenho-os no coração e apresento-os ao Senhor. Por aqui vou entrando no trabalho pastoral. Estou a participar na organização da 1ª comunhão e confirmação. É tudo diferente, tudo mais sóbrio e pobre.

            A nível de catequese trabalhamos na confirmação e tencionamos trabalhar na formação de catequistas.

            A nossa Paróquia só tem pároco ao fim de semana, durante a semana não há missa, na comunidade das irmãs realizamos celebração da palavra. Há uma grande carência de padres em todo o país...!

            Aqui fica. Para a Irmã Adela os nossos cumprimentos e os votos de apostolado profícuo.

 

 

* Julho de 1997

 

         Catequese...

                        Para quê?

 

            Vivemos, actualmente, num mundo muito agitado e muito ocupados. Quer na cidade, quer nas aldeias, o casal trabalha e é obrigado a deslocar-se, os filhos vão para a escola e para os tempos livres, e o tempo que sobra é pouco para fazer as tarefas indispensáveis do dia a dia.

            O fim de semana é pequeno para as tarefas mais profundas da casa e, por isso, ainda mais pequeno para passear.

            É mais ou menos assim a vida de toda a gente. A agitação é muita porque... não se pode parar.

            Naturalmente que, nas preocupações dos pais e dos filhos, vai muita coisa... Infelizmente a catequese é das últimas coisas a passar no pensamento.

            Parei e pensei no assunto.

            Porque é que a Catequese é só mais uma opção?

            Ouvi a resposta na voz de um jovem: «A Catequese aprofunda o conhecimento e o amor por Jesus. Por isso, é que começa enquanto as crianças são pequenas, despertando-lhes o interesse. Elas têm uma forte capacidade de amar e, ao mesmo tempo, de querer saber o porquê».

            É assim; aprenderem a gostar de Jesus não só através do que os catequistas lhes ensinam, mas também através das suas perguntas, ao longo de 10 anos de catequese.

            Claro que estes 10 anos de catequese, “só” fazem sentido para quem quer conhecer Jesus e aderir a Ele, caso contrário, a catequese é “chata”.

            Felizmente que muita gente ainda tem tempo para aprofundar a fé em Cristo. Quanto mais se sabe mais se quer saber; quanto mais se conhece mais se ama!

Rosa Arieira

 

 

* Abril de 1999

 

         Centro Paroquial da Abelheira

 

            Finalmente a Luz no Fundo do Túnel... Celebrado protocolo de cedência do terreno...

            O moroso e complicado processo de construção do Centro Paroquia da Abelheira, velha aspiração com mais de 20 anos, depois de inúmeros contratempos traduzidos em sucessivos avanços e recuos, está, finalmente, a encaminhar-se para a resolução definitiva. É bem caso para dizer que, depois de tanta escuridão, surge uma luz ao fundo do túnel.

            Efectivamente, no dia 24 de Março, pelas 18 horas, e de forma um tanto inesperada, teve lugar, sem pompa mas com a circunstância e a discrição que o acto impunha, entre o Presidente de Câmara e o Pároco de Nossa Senhora de Fátima, a assinatura do protocolo de cedência do direito de superfície sobre o terreno onde será implantado o Centro Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, na Abelheira.

            Os espaços cedidos localizam-se na antiga Quinta do Meio, adquirida à família Espregueira Mendes pela firma Lima e Rodrigues, onde actualmente decorrem obras de infra-estrutura para construção de um bairro habitacional, e compreendem a capela de Jesus, Maria e José, Casa da Quinta com os respectivos anexos e terrenos de implantação.

            Com é também do conhecimento de muitos leitores do Paróquia Nova, para esta localização, mas com uma área muito maior, chegou a ser divulgado um projecto e maquete de um Centro Paroquial, com dimensões e valências muito mais ambiciosas que poderiam vir a albergar as diferentes obras e instituições da Paróquia, actualmente disseminadas por vários edifícios e instalações. Porém, o atravessamento do terreno pela Via Entre-Santos e a posterior transacção operada entre a família Espregueira Mendes e a firma Lima e Rodrigues tornaram inviável a manutenção de um lote com as dimensões iniciais para a construção do Centro. Não obstante, foi possível à Câmara Municipal salvaguardar, nos terrenos localizados a Sul e Nascente da Via Entre-   -Santos, a casa da quinta e anexos, capela (muito ligados à memória da Abelheira) e terrenos de implantação. São estes os espaços cujo direito de superfície foi agora cedido à Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. Isto significa que o novo projecto a elaborar terá de ser adaptado às estruturas já existentes e ao espaço disponível. Desta tarefa está incumbido o Arquitecto Faro Viana de quem se espera dentro de algum tempo um estudo pormenorizado  das possibilidades que os espaços e os edifícios cedidos permitem, tendo em conta as novas funções a que foram destinados.

            Apesar do terreno e espaços não consentirem a concretização de um projecto com a amplitude e a polivalência do inicial, pensamos que o aproveitamento que vai ser feito permitirá dotar a Paróquia de um conjunto de instalações e de infra-estruturas que muito contribuirão para uma melhoria muito significativa da sua acção nomeadamente no campo assistencial, da formação e acompanhamento dos jovens e mesmo do culto.

            Está pois de parabéns a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, por mais este importante passo em direcção à realização da velha aspiração de um Centro Paroquial na Abelheira e através do Paróquia Nova desejamos expressar o nosso reconhecimento ao senhor Presidente da Câmara Municipal que, desde o início, revelou muita sensibilidade para este problema e manifestou empenhamento para resolvê-lo. O próximo passo será a transformação do protocolo em escritura pública, o que acontecerá, ao que julgamos, brevemente.

            Daqui para a frente, novas responsabilidades se colocam aos paroquianos de Nossa Senhora de Fátima e a todos os que de uma forma ou de outra vão beneficiar da implantação desta importante estrutura sócio-religiosa, pois, até ser posta em pé, muitas energias, recursos, vontades e capacidades terão de ser mobilizadas, o que exigirá a colaboração de todos.

Albino Ramalho

 

 

* Janeiro de 2000

 

         Novo Centro Paroquial

 

            Encontra-se em fase de acabamento o projecto do Centro Paroquial a construir na Abelheira. Aguarda-se com certa ansiedade a conclusão para que se dê continuidade às respectivas aprovações e escrituras a fim de se concorrer a subsídios comunitários e darmos início à obra que há mais de 20 anos a população desta área da cidade tanto deseja.

            A obra vai estar dimensionada para dois vectores: o paroquial e o social.

            Quanto ao paroquial, prevê instalações polivalentes para a celebração litúrgica, conferências, encontros com aposentos para aproximadamente 800 lugares sentados, salas de catequese, sede de escutismo e serviços de apoio,...

            Quanto ao social, está previsto que no edifício da antiga quinta “Espregueira Mendes” surjam novas instalações para o Berço e um serviço de dia integrado para os idosos.

 

 

* Abril de 2000

 

P.e José Tomás em festa

 

No dia 18 de Junho, o P.e José Tomás celebra as bodas de ouro sacerdotais. Neste ano jubilar, vamos alegrar-nos com o dom da sua vocação e da sua entrega à Ordem Carmelita e à Igreja, particularmente, nesta diocese de Viana do Castelo.

A comunidade dos seus irmãos carmelitas e um grupo de amigos do P.e Tomás já estão a elaborar o programa deste jubileu.

 

 

Um Reparo

Há casos que devem ser postos a nu para servir de exemplo do que não se deve fazer. Tornam-se a maior das vergonhas para quem os pratica, mas paciência...

No dia 13 do mês de Março, do ano em curso, quando, às 14.30 horas, foram abertas as portas do CECAN, pelas senhoras que habitualmente o fazem, para atender pessoas carenciadas, estavam encostadas à porta, no exterior, 6 cadeiras de jardim imundas e um sem número de objectos metidos em sacas plásticas que de útil nada tinham, mas era apenas lixo daquele que repugna olhar para ele. As pessoas que o fizeram deviam dar a cara para que se ficassem a conhecer, porque aquilo não passou de um acto de cobardia, um acto da maior baixeza para quem o cometeu. Os pobres só porque o são, merecem o nosso maior respeito, eles são pessoas dignas de toda a nossa atenção e devem ser acarinhados de forma a que não se sintam marginalizados.      

Há, no entanto, alguma gente, e lamento que isso aconteça, que pensa o contrário. Também quero aqui deixar a minha maior repulsa a todos aqueles ou aquelas que para se verem livres do lixo que têm em casa o metem em sacos e o enviam para os Vicentinos, é o caso da roupa suja, rota e, por vezes, a cheirar mal.

Eu  e quem trabalha desinteressadamente para os pobres pedimos que, respeitem os pobres e não lhes dêem aquilo que já não tem utilidade. Tratem-nos com dignidade e não como lixo. Eu quero pedir desculpa àquelas pessoas, e felizmente ainda é a maioria, que oferecem roupas ou mobílias, etc.. que são de verdadeira utilidade para as pessoas carenciadas. Para aquelas pessoas que se querem ver livres da imundície que os aflige, vou deixar-lhes aqui o número do telefone em que são atendidos para lhes fazerem a limpeza, ou antes, irem buscar o lixo a casa: 808200282. Liguem sem que seja necessário pagar e serão atendidos.

O CECAN/RD, o Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e Distribuição é um serviço dos grupos, movimentos e instituições da Paróquia, feito por voluntários, a favor dos pobres. Respeitem os pobres e quem para eles generosamente trabalha.

Não se trata, por isso, de um serviço de limpeza, nem de uma lixeira.

Francisco Viana

 

 

* Maio de 2000

 

Vigília Pascal

 

A festa cristã mais importante do ano é a festa da Páscoa. Dura 50 dias. Desde a Vigília Pascal até ao Pentecostes.

Este ano, na Vigília Pascal da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima foram baptizada 5 pessoas, uma delas adulta, e, como estava previsto no programa jubilar, a assembleia litúrgica, uma das melhores de sempre, e a assembleia da Igreja do Carmo saíram das respectivas igrejas em procissão, conforme o tempo permitiu, para se encontrarem numa só assembleia partilhando um bolo em andor que levou 444 ovos, sobre os quais estava colocada uma bela cruz da Ressureição, transportado por 4 homens da Abelheira.

O bolo foi religiosamente confeccionado por trabalhadores do Centro de Dia, Ozanan, Berço e Infantário, sob as orientações de Maribela Sobreiro Machado, enquanto o recinto e a champanhe foram da responsabilidade da Comunidade do Carmo.

Deste modo, houve uma saudação, muito ao gosto popular, dos 2000 anos, partilhando um bolo regado com champanhe, e, com a colaboração do conjunto “Absorção”, cantaram-se os parabéns e viveram-se ainda momentos de muito entusiasmo até à meia-noite.

Uma vigília para não esquecer. Pena foi o mau tempo que prejudicou alguns actos do programa.

* Setembro de 2000

Homenagem ao  P.e Istel

           

            A Paróquia de Glehn fez uma festa condigna de despedida ao Pastor Istel que foi pároco durante 23 anos, naquela Paróquia.

            O P.e Istel granjeou muita simpatia nos 23 anos de paroquialidade, aliás como é seu timbre. Quando, por duas vezes, visitou a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima a todos cativou.

            No dia 10 de Setembro voltou a Glehn para uma homenagem que lhe quiseram prestar, crentes e não crentes, católicos e protestantes. De todas as comunidades sociais e de todas as idades, jovens e crianças, velhos e novos, pobres e ricos, autoridades civis e religiosas tiveram palavras de apreço, gestos de simpatia, no meio de muita emoção e num ambiente cheio de muito calor humano. O director deste jornal também se deslocou lá com mais duas pessoas a convite da Paróquia de Glehn e do P.e Istel.

            O P.e Istel vai fazer serviço de capelania no Hospital de Neuss e trabalhar na Pastoral daquela cidade de S. Quirino, onde se encontram alguns amigos também da nossa comunidade paroquial.

           

 

            Rolando a favor da Paz

           

            Ligeiros, sobre duas rodas, rolando estrada fora, corpos ao vento, soltos em liberdade controlada pelo impulso das nossas sensações, partimos felizes para a jornada.

            Éramos um grupo de meia centena de pessoas, de ambos os sexos, de idades compreendidas entre os 5 e os 70 anos.

            Partimos imanados pelo espírito da iniciativa “Jornada da Paz” e, se o conhecimento entre o grupo facilitou a unidade, por sermos todos elementos da mesma comunidade paroquial, essa unidade saiu reforçada pela partilha em comum do mesmo ideal e empenho em favor da paz.

            O percurso foi feito em ambiente de festa e alegria. Pelo caminho, da Paróquia a Lanheses, houve tempo e momentos para tudo:

            * Saudar as pessoas que ao longo do percurso nos olhavam com admiração;

            * Deixar a mensagem de paz escrita, que o vento levava para poder chegar a todos;

            * Deixar no ar o eco da mensagem sonora, a reflexão sobre o tema, o apelo à paz;

            * Paragens para refrescar e descansar, sim, porque as pernas de alguns não estavam treinadas para vencer o percurso.

            Chegámos todos a Lanheses, cada um pelo fruto do seu esforço e pela ajuda, tão preciosa, daqueles que atentos aos mais novos lhes punham, nas subidas, uma mãozinha de fada nas costas, e atentos aos inexperientes lhes davam a sua ajuda na companhia discreta e na palavra amiga e experiente, “meta a mudança para a bicicleta ficar mais leve na subida”, “pedale devagar para não se cansar”, “vá lá mais um bocadinho, estamos quase no cimo da subida”, palavras de gente amiga, que fazem eco em nós e nos dão o estímulo necessário para vencer obstáculos, para continuar a caminhada e assim conseguirmos chegar; situação impensável para alguns se tivessem de fazer o percurso isoladamente.

            Fomos em mensagem de paz e fizemos paz com todos. Foi agradável “perdermos” uma manhã de sábado para peregrinarmos por um ideal tantas vezes longínquo e distante dos nossos corações. Sim, porque a paz é harmonia, é primeiro que tudo sentirmo-nos bem com nós próprios, é sermos capazes de ser livres daquilo que nos torna mesquinhos, e quantas vezes nos falta essa harmonia interior, essa vontade de mudança.

            Fizemos alguma coisa, pouca, mas com generosidade e com vontade de que o nosso gesto tenha reflexos em nós e nos outros. Vale a pena contribuir com a simplicidade de um gesto quando a vontade quer alcançar um valor que não tem limites, que incomensurável e que grita no mais íntimo de cada ser humano.

            Paz não é ausência de guerra, não é bem-estar... é muito mais do que isso, é o pulsar da vida total em harmonia, nas pequenas e nas grandes coisas.

Donzília Rocha

 

* Novembro de 2000

 

D. Duarte Pio e um Livro

 

Em 25 de Novembro, Duarte Pio de Bragança, Herdeiro da Casa Real Portuguesa, esteve presente na Apresentação de um novo livro de António Manuel Couto Viana, editado pelo Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima a favor do Berço de N.ª Sr.ª das Necessidades, Centro de Acolhimento Temporário de Crianças e Bebés Abandonados ou de Alto-Risco.

Ao acto presidiu a vereadora do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Dra. Flora Silva. A apresentação da obra e do seu autor coube ao Dr. Alberto Antunes de Abreu, nosso particular amigo, também num gesto de solidariedade com a obra social da Paróquia de N.ª Sra. de Fátima.

O Centro Social Paroquial mais uma vez oferece à Comunidade um precioso contributo cultural, conjugando esforços e boas vontades de amigos em benefício da obra que gere, não só em relação às crianças abandonadas, mas também em relação aos idosos, vagos, deficientes e outras situações de carência.

Duarte Pio e António Manuel Couto Viana ficam ligados, deste modo, à obra dos que precisam.

 

 

D. Antonino Novo Bispo de Braga

 

Monsenhor Antonino Eugénio Fernandes Dias, ex-reitor do Seminário Diocesano, Pró-vigário Geral da Diocese, Vigário Episcopal para o Clero, tendo exercido outros cargos de grande responsabilidade pastoral e de pároco, durante 8 anos, na freguesia de St.ª Marta de Portuzelo, foi nomeado Bispo Auxiliar de Braga.

Monsenhor Antonino é natural de Monção, sobrinho do Cónego Dr. Álvaro Dias, antigo professor de Teologia e do padre Antonino Dias, seu padrinho, que foi pároco de Afife e capelão da Caridade, ambos falecidos. A mãe de Monsenhor Antonino, por sua vez, era sobrinha de 3 sacerdotes.

Será sagrado Bispo em 21 de Janeiro na Igreja de S. Domingos (Monserrate), junto do túmulo de Frei Bartolomeu dos Mártires.

Está de parabéns a Diocese e a sua terra natal por este dom de Deus para o bem de todos.

Bem haja.

 

           

* Novembro de 2000

 

Criança é Rima de Esperança das colunas dum Jornal a Livro

 

Em 1979, corria o Ano Internacional da Criança, António Manuel Couto Viana legendou, com 29 poesias, 29 fotografias “fortes” colhidas ao acaso de reportagens de guerras, campos de concentração, situações de miséria extrema em que as vítimas eram, paradoxalmente, esses seres frágeis que Deus colocou ao nosso cuidado e que são as crianças. Vivia-se uma situação de slump internacional: depois da crise de meados da década de 70 que, em Portugal, agravou todo o andamento do P.R.E.C., dava-se agora o segundo choque petrolífero. Os problemas agravavam-se, também a nível internacional, com a guerra do Camboja e as guerras civis em África que parece que nasciam de geração espontânea aqui e além, mas eram fomentadas pela crise das indústrias de armamentos e os conflitos da Guerra Fria...

Estes 29 poemas, curtos, de construção ecfrástica, eram poemas de denúncia. A curta extensão de poesias deste tipo, que parecem funcionar como palavras de ordem, permite um silêncio reflexivo. Não é o caso aqui, onde não há um verso que se possa degradar em slogan. Os 29 poemas são 29 gritos que se calam, de repente, como os gritos e nos deixam parados de pasmo e receio. Por isso, a sua linguagem é directa, de descodificação imediata, tirada do vocabulário do dia a dia. A sintaxe é também linear, com predomínio da parataxe. A muitas frases falta o desvio semântico ou mesmo gramatical; noutras a linguagem é quase puramente denotativa. Como denúncias feitas ao tribunal do bom senso e dos bons sentimentos da humanidade, são para serem entendidas por todos os elementos sensatos, bem formados, “de boa vontade” do universo humano. Utiliza-se até o anexim popular: “Trabalho de menino é pouco // Mas quem o perde é louco”, e clichés habituais, como: “coroa de espinhos”, “pássaros engaiolados” – clamor no deserto de conhecida origem bíblica1 , “fome / De pão” de ressonância bíblica também2 , “dormem em paz”, “aqui jaz”, “mundo melhor”.

Estes gritos denunciam a prisão e opressão de crianças, a pobreza (que é identificada com a morte), a fome, a guerra com os bombardeamentos, os refugiados a monte e os campos de concentração, o ensino de valores errados. Os processos literários usados são, dum modo geral, os intensificadores: a repetição para efeitos de reforço (como em “chorar, chorar, chorar”); o trocadilho para acentuar uma antífrase chocante (uma arma chamada de “brinquedo para brincar”).

As metáforas não são só no texto porque também provêm da vida, onde o acto de escrita as vai recuperar: a arma como brinquedo, as balas como peças de colecção, a boneca mutilada que é reversível com a menina latino-americana que brinca com ela. Mas também o é o par de meninos pisoteando sucata. Estas metáforas foram-lhe fornecidas já feitas pela vida. Mas outras as construiu ele com os ingredientes que a vida lhe deu, como o grupo de rapazes a jogar futebol na rua do bairro que o poeta deseja que chutem o mundo velho.

Com efeito, nem todos estes 29 poemas são gritos. E nem todos os gritos são de desespero. Couto Viana hipostasia nas crianças toda a esperança que lhe resta na vida. A criança é o futuro: o menino da maçã com que a série termina “chama-se Amanhã”; a criança é “nome / De futuro”. Mas não só de futuro: a criança é, no dizer de António Manuel Couto Viana, “nome / De futuro e de flor”, de vida, de beleza, de alegria, de tudo o que uma flor pode significar ou sugerir. “Na imagem da criança / A vida vibra em paz e continua”, a criança é “bandeira de paz”, “lê a vida com um riso nos lábios” pinta o mundo “de alegria”, porque tem a “pureza da inocência”. E António Manuel Couto Viana que, desde os tempos marcelistas, vem vivendo ansioso com o destino da Pátria, não perde o ensejo duma aula de Geografia para colocar nas crianças a esperança de recuperação do “espírito, a graça / Da alma da Pátria”.

Por isso, Couto Viana começa a série com um poema de esperança que, como poeta, descobre ser o eco de criança. Uma criança é “luz [...] em qualquer lado / Para ser sol”. As armas, destinadas à guerra, são a negação ontológica das crianças, ingénuas por natureza. Com elas os adultos destroem, e uma criança (de)formada por eles, “constrói o ódio, o medo / Para um mundo pior”.

Estivemos perante um belo conjunto poético. Mas iria morrer numa hemeroteca gerida por um rapaz cheio de zelo e carências orçamentais que iria impedir a consulta dos jornais, que só podem consultar-se em microfilmes e “não foi disponibilizada verba para microfilmar”. E assim morreriam de humidade ou pó numa prateleira de biblioteca pública. Mas houve uma madalena portadora de unguentos que intercedeu pela ressurreição dos poemas e os colocou em reprodução fotostática nas mãos de Couto Viana. Por isso com muita justiça a reedição3  foi dedicada a Fernando de Passos. Para ela, todos os poemas foram revistos, alguns modificados, um totalmente substituído e acrescentado um longo poema inicial intitulado “Primeiras palavras”.

Este poema é simultaneamente um sumário da colectânea e sua actualização. Faz o elenco dos problemas que são tema das poesias reeditadas – a guerra, a fome, a inversão de valores, o trabalho (concretamente adjungido aos correlativos castigos e medos); reposiciona problemas, como o da recusa da infância e a discriminação, que já se encontravam implícitos na publicação primeira; e acrescenta duas outras formas de sofrimento e exploração das crianças que surgiram depois e não obstante este Ano Internacional da Criança, ou das quais só depois dele se tomou consciência da sua presença e enormidade: a droga e a exploração sexual (p. 9-12). Nestas circunstâncias, a infância aparece como se estivesse em valeta de que só a poesia a pode salvar (p. 11).

O poeta reassume-se, assim, aos 77 anos de idade como um demiurgo, que condena os erros e aponta normas e directrizes, e já se não limita ao lamento pelo mal da Pátria como vinha fazendo desde o fim da década de 60. Por outro lado, coerente com o trajecto poético até aqui seguido, reassume o tom didáctico, que lhe vinha duma orientação normativa e serve-se do parêntese, tanto para este efeito como para o da dramatização do poema, através da inserção dum aparte que transforma o leitor em espectador cúmplice.

De resto, todos os textos foram mantidos, com apenas a substituição de alguns “para” por “pra”, com o que a linguagem ganhou em ligeireza e eufonia ao aproximar-se da elocução popular. O ritmo é, portanto, o prosaico, com frases que constituem versos com o respectivo grafo rítmico (tenham elas 8 ou 12 sílabas como os alexandrinos e com a respectiva acentuação, sejam hendecassílabos, redondilhas, ou sejam quebrados de qualquer destas unidades maiores). Uma novidade é a utilização do eco como rima, partindo-se o verso por vezes entre o modificador e o verbo, o que, além de introduzir uma novidade dinâmica, por contrariar o ritmo da prosódia, permite valorizar a sonoridade dos actos de fala, tantas vezes reforçados por aliterações que reforçam termos como “vida” em “a vida vibra” (p. 34) ou exprimem foneticamente a dureza do trabalho infantil no segundo e duro verso da quadra: “o povo que o diz com clara razão” (p. 60).

O único poema novo é o da criança com os animais (p. 55). Substitui um texto menos bem conseguido que nem era de Couto Viana, e enriquece a colectânea, por num simples dístico constituído por um hendecassílabo e um quebrado de quebrado de hendecassílabo e com apenas um verbo – “cresce” –, exprimir a convicção de que uma criança que gosta de animais é mais feliz (uma criança é um ser humano a crescer), chega a adulto com menos dificuldades (tem companhia, tem afecto, dá afecto), será melhor adulto – porque cresceu a amar seres mais indefesos, a protegê-los a ser por eles afagada. Couto Viana é um mestre da síntese ao ponto de a construir em texto rimado, proeza que só consegue quem domina com muita segurança a difícil Língua Portuguesa.

                                                                                  Alberto A. Abreu

 1 Is. 40, 3; Mt. 3, 3 e par.

 2 Dt. 8, 3a; Mt. 4, 4b e par.

 3 Viana 2000c.

 

 

* Janeiro de 2001

 

Festa de Natal

Centro de Dia de N.ª Sr.ª de Fátima

 

Pelo segundo ano consecutivo, realizou-se no Centro Paulo VI, em Darque, a habitual festa natalícia desta valência. E constou das seguintes iniciativas:

* Celebração Eucarística,  presidida pelo Bispo da Diocese, D. José Augusto Pedreira (que disponibilizou um pouco do seu preenchido tempo para proferir umas palavras reconfortantes às pessoas da terceira idade), e foi concelebrada pelo presidente da instituição, o senhor Padre Artur Coutinho, sendo animada pelo coro dos utentes do Centro de Dia.

No fim da concelebração o Sr. Padre Artur Coutinho agradeceu a disponibilidade do Sr. Bispo. E falou para os utentes, dissertando à cerca da melhoria das respostas sociais do Centro Social, quer em ordem à infância quer em ordem aos idosos do Centro de Dia. Para o efeito conta já com um  sociólogo, Dr. José Calçada, e  espera-se, no futuro, a admissão de um psicólogo e de um animador social.

O pároco de Nossa Senhora de Fátima deu ainda conta aos presentes do novo projecto «Idoso, 24 Horas». Este projecto, apresentado pelo Centro Social, pretende prestar todos os cuidados domiciliários aos utentes que vivam sós nos seus lares, durante as 24 horas (limpeza da casa, tratamento de roupas, higiene pessoal, distribuição de refeições e assistência médica e medicamentosa aos utentes). Estas são algumas das tarefas que o projecto abrange, mas devido aos seus avultados custos, só será possível com a parceria da Segurança Social e do Ministério da Saúde.

* No almoço, em que as pessoas aproveitaram para aconchegar o estômago e para manter uma agradável cavaqueira, o Senhor Padre Coutinho agradeceu a colaboração dos voluntários, oferecendo-lhes uma singela lembrança.           

* O Programa Cultural: os vários movimentos da Paróquia solidarizaram-se com os idosos, proporcionando-lhes momentos de alegria, cantando, dançando e fazendo uma representação teatral. Também não faltou o «Pai Natal» que distribuiu uma lembrança doce pelos presentes. Este capítulo cultural foi concluído com uma representação musical do nascimento de Jesus pelos utentes do Centro de Dia.

* Depois das pessoas cantarem, dançarem, representarem e aplaudirem nada melhor do que retemperar energias com um lanche, concluindo-se assim a Festa de Natal.

Só nos resta agradecer à direcção, aos trabalhadores, aos voluntários e aos movimentos e valências os momentos agradáveis proporcionados a todos quantos estiveram presentes.

 António Gonçalves

 

 

* Março de 2001

 

Idosos no Cortejo Carnavalesco

 

Pela primeira vez o Centro de Dia de Nossa Senhora de Fátima foi convidado pela Câmara Municipal a participar no Cortejo Carnavalesco.

A ideia foi recebida com agrado pelos responsáveis e com entusiasmo pelos utentes do Centro de Dia.

Desde a primeira hora utentes do Centro de Dia se ofereceram para participar no cortejo.

Os dias que se seguiram foram diferentes, vividos com mais entusiasmo, acompanhando a preparação das personagens do “Big Brother” e/ou do “Big Broncas” que cada um iria viver.

Chegados ao grande dia, 27 de Fevereiro, a alegria e o entusiasmo eram grandes, apesar do tempo estar chuvoso.

O Cortejo correu da melhor maneira, não fora a chuva torrencial e o granizo que ofuscaram a festa, mas não o entusiasmo e a alegria dos utentes do Centro de Dia.

 

 

* Outubro de 2001

 

Centro de Dia celebra festas importantes

No dia 26 de Setembro, os utentes do Centro de Dia do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima  participaram numa desfolhada, em Mazarefes. Não faltaram os cantares e brincadeiras típicas, a ansiedade de encontrar a espiga vermelha, as quadras populares alusivas ao tema,...

Poesia? E se fosse? Afinal “o poeta não faz senão ver melhor o que escapa aos olhares distraídos ou cegos dos outros homens”.

No dia 2 de Outubro celebrou-se, no Centro de Dia, o Dia do Idoso. Houve muita animação, entusiasmo e alegria. Dançou-se o malhão, cantaram-se os parabéns, cortou-se o bolo e recebeu-se uma pequena prenda, com o objectivode registar o acontecimento.

No dia 16 de Outubro, Dia da Alimentação, a equipa técnica não podia deixar passar esta data em branco e do programa do evento constou a decoração do Centro e uma pequena palestra alusiva ao tema em questão.

Também se realizaram as comemorações dos aniversários dos idosos, referentes ao mês em curso.

Mas os anos parecem não se compadecer com os cenários e com os actores sociais, particularmente quando se deparam com uma alta montanha de projectos a somar às “Folhas Caídas da Memória”. Há, pois, que redefinir decisões e fazer do futuro o passado realizável...

Nisto cogitava eu enquanto comemorava e reinava...

 

 

* Fevereiro de 2002

 

125º Aniversário do Lar de Santa Teresa

 

O Lar de Santa Teresa, instituição aberta desde 1877 com o nome de Asilo das Meninas Órfãs e Desamparadas, está a celebrar os 125 anos da sua actividade. Nesse sentido promovem um vasto programa para as celebrações jubilares, ao longo de 4 meses. No dia 25 de Janeiro, em sessão solene, presidida pelo Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Simões de Almeida, deram-se por abertas as referidas comemorações de que constam: o Terceiro Encontro de Ex-educadores, em 23 de Fevereiro de 2002; Actividades desportivas, em 23 de Março de 2002; Actividades Culturais, de 20 a 27 de Abril. O encerramento está previsto no Teatro Sá de Miranda, no dia 24 de Maio.

A Direcção do Lar, à qual preside Armando Soares Pereira, está de parabéns e estão do mesmo modo de parabéns todos os que com ele fazem parte dos Corpos Sociais, toda a cidade e toda a região, porque esta Instituição solidária é resposta social e eficaz para muitos dos nossos problemas.

 

 

* Junho de 2002

 

Ralf Roeb

 

Neto dum austríaco, nasceu a 26 de Junho de 1963 em Neuss. Trabalhou na sua Paróquia de Santa Maria de Neuss sobretudo com a juventude. Sempre teve no pensamento ser padre e seus pais sempre sonharam com um filho padre, no entanto, a sua maneira de ser parecia-lhe não corresponder a tais anseios.

Estudou. Foi militar. Trabalhou 13 anos num Banco, na área da economia, onde se realizou e subiu nos escalões da profissão, no âmbito da formação. Aperfeiçoou os seus conhecimentos tirando um curso de técnico de contabilidade. Apesar de estar contente com a sua actividade profissional, ainda tinha tempo livre suficiente para se dedicar ao trabalho na sua comunidade paroquial, nomeadamente no escutismo, no acolitado juvenil e, dum modo geral, entre a juventude pelo que é notária a influência de Ralf entre os jovens, como se viu na sua ordenação de diácono, em 26 de Maio. Ralf dedicava-se ainda, seus tempos livres, a outras actividades culturais como música, dança, debates (sendo importantes os que realizou com as Testemunhas de Jeová), desporto, onde foi árbitro de futebol, e também actividades políticas. Fazia parte da comissão organizadora das Festas da Cidade de Neuss.

Um dia decidiu abandonar o Banco e seguir o que há muito sentia, ser padre, e não pela confiança nele próprio ou nas suas capacidades, mas pela confiança em Cristo que o chamava, pois Cristo também se fez homem.

Comunicou a sua decisão à família, numa tomada de café, e mudou de profissão. Foi estudar Teologia em Bona e em Roma. Fundou uma Associação do Cardeal Frins, filho de Neuss e activo participante no Concílio Vaticano II, com o objectivo de conservar vivo o espírito do Cardeal.

Ralf Roeb veio a Portugal em 1997. Visitou Fátima, Porto, Viana e Santiago de Compostela. Conserva boas recordações de Portugal e convidou amigos para a sua ordenação de diácono, ocorrida em Neuss, com mais 4 colegas, no dia 26 do corrente mês, pelo bispo auxiliar de Colónia, Maufred Mesel.

Será ordenado presbítero em Junho de 2003.

 

 

Hermann Drath

 

Hermann Drath, o grande amigo da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, celebrou em 26 de Maio o seu 79º aniversário de nascimento e o Director deste jornal esteve presente, em Rubelrath. Hermann participou na 2ª Guerra Mundial, esteve preso pelos Russos perto de Berlim.

Teve uma firma de artefactos para militares, com 50 trabalhadores.

Fez parte do Governo Regional de Dusseldorf no sector dos funcionários públicos. Foi vice-presidente da Câmara de Liedeberg, juiz conselheiro no Tribunal de Dusseldorf e casou em 1950 com Kathi Thissen, Educadora de Infância em Neuss e natural de Aldonoven.

 

 

Honra e Mérito

 

Hoje “Honra e Mérito” traz à estampa a figura de um jovem que frequentou as nossas catequeses e participou com empenho e responsabilidade em acções paroquiais.

Trata-se de Jorge Nuno de Sá, neto de Noémia Fernandes da Costa que em “Um de cada vez” abordámos no mês de abril e só por lapso não dissemos que Noémia, se fosse viva, sentiria o orgulho de qualquer avó que vê um neto ser o mais novo deputado português.

Foi a 8 de Abril que Jorge Nuno tomou posse como deputado da nação, apenas com 24 anos de idade.

Parabéns ao Jorge Nuno, parabéns aos jovens de Viana que podem sentir orgulho por terem um colega, lá no centro do poder, que melhor poderá usar uma linguagem política mais próxima da juventude.

“Paróquia Nova” completa com nota de mérito aquilo que, há pouco tempo,  dizia da sua avó, e deseja que Jorge Nuno, com a sua generosidade e disponibilidade para os outros, honre aquela que ele muito amava.

 

 

“Capitães de Abril” festejam bodas de prata

 

A Cooperativa de Habitação Económica “Capitães de Abril” festejou,no passado dia 14 de Setembro, 25 anos de existência. O centro dos festejos foi o núcleo de S. Vicente, mas a acção da Cooperativa estende-se ao núcleo da Abelheira e de S. Marta de Portuzelo.

Para assinalar a data, a direcção elaborou um interessante programa de actividades que preencheram todo o dia e ainda se prolongaram noite dentro.

Após a recepção às entidades –Capitães de Abril, Câmara Municipal, Governador Civil, Pároco da freguesia, Estaleiros Navais e outros convidados – seguiu-se o descerramento de uma placa comemorativa, visita às instalações e um passeio de observação pela área habitacional.

A direcção convidou todos os cooperantes – e muitos que responderam ao convite – para um almoço-convívio num restaurante de S. Marta de Portuzelo. Na pessoa do “capitão de Abril”, actual Tenente-Coronel Vasco Lourenço que se deslocou expressamente a Viana do Castelo para se associar à celebração, foi relembrado o espírito de pioneirismo despertado pela revolução e, para assinalar o acontecimento, foi oferecida uma medalha comemorativa à Associação 25 de Abril. A medalha foi desenhada por um dos cooperantes.

            À noite a festa continuou nas instalações da Cooperativa e no ringue de patinagem: música, danças e cantares, e ameno convívio ao ritmo dos assadores de sardinha bem fresca, de fêveras e costeletas com as bebidas adequadas.

O tempo não colaborou muito, mas não foi tão agreste que fizesse esmorecer os ânimos.

A Cooperativa Capitães de Abril poderá não ser um modelo de construção requintada; nem o poderia ser dadas as características cooperativas. Parece, porém, que pode ser apontada como modelo na largueza dos espaços públicos, no bom estado de conservação e asseio desses espaços ajardinados e áreas de lazer e de desporto.

 

 

* Dezembro de 2002

 

Campanha de Natal a Favor do Berço

 

Com o aproximar do Natal há todo um ambiente de festa com iluminações, músicas, encenações, festinhas nas instituições para as crianças, para os idosos, ceias de Natal para os amigo... Presépios... e o mais importante é que o Natal é festa do AMOR. É festa da Fraternidade. A vida cristã é pessoal e comunitária, pólos da corrente dinâmica do amor e da comunhão. Cria em nós atitudes interiores de tolerância, de aceitação positiva das diferenças porque o nosso Deus é rico em diferenças.

Este vínculo amoroso leva-nos a viver intensamente a festa natalícia e a participar na comunidade que nos apoia, nos ajuda a viver a fé cristã, dando-nos oportunidade de comunhão e partilha material e espiritual.

A Obra Social de N.ª Sr.ª de Fátima precisa da ajuda de todos. O Natal é ocasião propícia para partilhar. As crianças do Berço e os indigentes que todos os dias batem à porta a pedir alimentação, banho e roupa, criam-nos situações embaraçosas. Colabore connosco. Faça a sua partilha a favor desta gente frágil da comunidade... para podermos acolher bem... e ter sempre resposta comunitária aos problemas dos outros.

O Berço de N.ª Sr.ª das Necessidades é obra social que merece um apoio especial porque é um centro de acolhimento temporário de bebés e crianças abandonadas e/ou de alto-risco que acolhe temporariamente as crianças privadas do seu meio familiar normal, até ao equilíbrio da sua situação, adopção ou tutela.

Tem, para o efeito, um quadro de pessoal fixo e de voluntariado interagindo com organismos públicos ou privados competentes, e oferece às crianças:

* Ambiente de afecto e segurança;

* Alimentação racional e equilibrada;

* Acompanhamento na saúde;

* Protecção nos perigos;

* Oportunidades de actividades, sono e repouso;

* Desenvolvimento integral como pessoa social e ser inteligente, sujeito a direitos e obrigações.

 

Como se pode ajudar esta obra?

 

Através da liga dos Amigos, com pagamento de comparticipações mensais, ou anuais, ou de donativos entregues eventualmente e de prestação de serviços relevantes.

Pode ainda oferecer o leite, as vacinas, as fraldas, os remédios, mensal ou anualmente.

Dirija-se à Instituição e poderá descobrir como poderá ajudar, de forma mais permanente, as crianças sem família...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO XI

 

A PARÓQUIA E  A CULTURA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A PARÓQUIA E A CULTURA

 

 

            Para além da formação específica no campo da catequese, da liturgia e da acção sócio-caritativa, sempre foram promovidas acções paralelas, que vieram a enriquecer a cultura em geral, tais como:

· Exposições de:

- Filumenária,                                                  

- Filatelia,                                                                   

- Postais Marianos,                                                    

- Retrospectiva paroquial dos 25 anos da Paróquia,

- Ecumenismo,

- Medalhística,

- Pintura,

- Fotografia,

- Etnografia da Abelheira,                                             

- Esculturas e outros objectos Marianos,...

                        - Retrospectiva de 25 anos de sacerdócio do P.e Artur Coutinho

 

· Jornadas e/ou Fóruns sobre:

- a Família,

- a Tolerância,

- o Idoso,

- o Ambiente e Civismo,

- a Identidade Cultural da Abelheira,

- o Urbanismo – Tradição e Modernidade;

                        - etc..

 

· Espectáculos com pequenas encenações na Igreja, no salão do Carmo, na Escola Secundária de Santa Maria Maior, ao ar livre, no Salão Paroquial,

 

· Várias construções  mímico-musicais com mensagem cristã;

 

· Debates sobre:

- Droga,

- Sida,

- Sexo,

- Planeamento Familiar,

- Meios anti-concepcionais,

- Desenvolvimento e Tecnologia,

- Procriação Assistida,

- Implantação das Seitas,

- Os Quadros das Grandes Religiões e seus princípios fundamentais.

 

· Viagens um pouco por todo o Mundo;

 

· O  jornal Paróquia Nova, que tem muita procura mesmo fora da Paróquia e da Cidade;

 

· Edições de vários livros de carácter histórico, etnográfico e religioso:

- “A Cidade de Viana no Presente e no Passado” (2ª edição), de P.e Artur Coutinho;

- “Mosaicos da Serra d’Arga”, do P.e Artur Coutinho;

- “Contos e Contas”, do Dr. Pires Moreira;

- “Duas mãos cheias de Paz”, do Dr. José Carlos Loureiro;

- “Antologia Poética”, de Linda Martins;

- “Maravilhas de Cultura Italiana”, de Fernando de Pinho;

- “Criança Rima de Esperança”, de Manuel Couto Viana;

- “Milagres de Amor”, do P.e Artur Coutinho;

- “Lutas para todo o ano”, de José Cachulo;

- “Aleluias para todo o ano”, do P.e Dr. António Belo;

- “Celebração em Família”, do P.e Artur Coutinho;

- “Palavra e Celebração”, do P.e Dr. António Belo;

- “Oração em Família”, do P.e Artur Coutinho;

-“Livro de Bênçãos”, do P.e Artur Coutinho.

- “Rugas... Testemunhos da geração, do saber, do amar...”, da Dr.ª Natália Castelejo e do P.e Artur Coutinho;

- “Páscoa como um girassol”, de Albino Ramalho.

 

· Biblioteca Paroquial e Escola de Música;

 

· Cursos de Bordados, Crochet, Ponto de Cruz, Ponto Aberto, Informática (iniciação e texto), Pintura em Barro,  em vidro e em cerâmica, Arraiolos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTERCÂMBIO INTERNACIONAL

 

 

            São conhecidas as boas relações existentes entre a nossa Paróquia e a Paróquia de S. Pancrácio de Glehn.

            Em 21 de Maio de 1986, a Acção “Silbermowe” convidou D. Armindo Lopes Coelho – Bispo de Viana do Castelo – e o P.e Artur Coutinho – pároco de Nossa Senhora de Fátima –  para participarem de 10 a 14 de Setembro, juntamente com outras personalidades estrangeiras, no 89º “Dia dos Católicos Alemães” – KATHOLIKENTAGE – realizado, nesse ano, na vetusta e histórica cidade de Aachen (cidade de Carlos Magno). Foi um grande encontro de cristãos da Alemanha e dos vários quadrantes da Europa.

            Desde então a amizade entre o povo de Glehn e o de Viana do Castelo foi crescendo e o P.e Artur Coutinho foi o mentor máximo para que estes laços se expandissem e fortalecessem. Do lado germânico, foi o P.e Istel que formou uma comissão cuja finalidade era tecer, manter e alargar este intercâmbio. Desta comissão destaca-se o casal Drath que tem sido também ele um dos grandes mentores, pela parte alemã, do referido intercâmbio.

            Ao longo destes 16 anos de relacionamento humano e religioso,  desenvolveram-se uma série de acções tendentes a estimular cada vez mais esta colaboração, como conferências, colóquios, exposições, excursões aos dois países com a participação nas festas anuais de cada núcleo, etc.

            Quem entra na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Viana do Castelo, sente que não se é alheio ao sentir religioso das gentes de Glehn. Uma grande imagem de Nossa Senhora de Glehn, oferta da Paróquia alemã, está exposta numa das paredes laterais da igreja.

            O auge deste intercâmbio religioso aconteceu no ano 2000. Ambas as paróquias enveredaram todos os esforços para, em conjunto, celebrarem condignamente o ano jubilar.

            Uma representação dos paroquianos vianenses deslocou-se, de autocarro, até Glehn e lá permaneceu durante quatro dias, tendo a possibilidade de venerar Nossa Senhora de Glehn, antigo centro de peregrinações, naquela região alemã.

            É notável o facto da partilha de um ideal comum conseguir suprir as diferenças de etnia, cultura, língua e trato social. As linguagens do coração, do amor e da empatia são mais forte e mais compreensivas. É a prova concreta do Ecumenismo Cristão...

            A título de curiosidade, podemos lembrar o que o Povo da Abelheira ainda diz que a sua Terra já foi habitada por Visigodos... Será verdade? Por que motivo se chama aos habitantes da Abelheira os germânicos ibéricos?

            Dos Visigodos temos grandes marcas no direito eclesiástico e civil, na tradição de 8 séculos de monarquia, na linguagem, na decoração, nos usos e costumes...

            Os Visigodos eram cristãos arianos pelo que este aspecto trouxe problemas complexos à nossa terra, mas por outro lado a reconversão ao catolicismo com Hermenegildo e Recaredo à cabeça impregnou a história ibérica de belas páginas de história religiosa.

A crer na veracidade desta tese, esta aproximação entre as duas paróquias é, na verdade, uma reaproximação!

            Importante é também o contacto com uma missão do Moxico Velho, em Angola. Como prenda desta comunidade foi oferecida uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, entre outras.

A Igreja  da  Missão de Nossa Senhora de Fátima de Moxico Velho, Luena, Angola, tem como sacerdote o missionário beneditino, Padre Estevão Simões.

            Estão estabelecidos outros intercâmbios, embora muito ténues, como acontece com a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima da Beira, Moçambique, a Paróquia de Piraiú, Paraguai, onde se encontram as freiras que trabalharam nesta Paróquia, as irmãs Carmelitas Missionárias Teresianas.

VIAGENS

 

 

            São algumas centenas de amigos que nos procuram para participarem nas viagens que organizamos.

            Tudo começou com a primeira viagem, em 1979, que teve como destino Lourdes, e com as que se seguiram. Foi grande colaborador um homem muito experimentado António Correia Vieira, já falecido.

            Deste modo se percorreram terras, visitaram-se monumentos, Palácios, Museus, Catedrais e Santuários de Portugal, Madeira, Açores, Espanha, França, Andorra, Itália, Jugoslávia, Áustria, Grécia, Tunísia, Malta, Las Palmas, Turquia, Egipto, Israel, Suíça, Alemanha, Polónia, R. Checa, Hungria, Roménia, Bulgária, Bélgica, Holanda, Suécia, Dinamarca, Inglaterra, Noruega, Finlândia, Marrocos, Ceuta, Rússia, Estados Unidos, Canadá, Brasil, Índia, Tailândia, China, Macau, Hong-Kong e Goa... de avião, autocarro ou comboio.

            Ao todo, foram visitados quase 60 países ao longo de 25 anos. Em alguns casos como Fátima viajaram 32 grupos, Roma 30 grupos, Lourdes 28 e à Terra Santa 12. Os países menos visitados, isto é, uma única vez, foram a Argentina, o Uruguai, o Paraguai, a Roménia, a Bulgária e Cuba.

Portugal e Espanha já foram visitados na sua totalidade, por diversas vezes.

            Assim se proporcionou a muita gente contactos com diversas culturas, diversas gentes, diversos usos e costumes, permitindo um enriquecimento cultural muito grande, para além de se criar, em todos os grupos, um verdadeiro espírito de fraternidade, ao ponto de ser uma autêntica família ambulante, apesar da heterogeneidade dos mesmos.

                        Imprime-se assim uma dinâmica que permite uma inter-relação e o descontracção de cada um dos participantes. Exemplo disso, entre muitos, é o caso de um dos regressos da Áustria, em 1988, em que, no último dia, uma das viajantes – Maria Zulmira Oliveira – elaborou algumas quadras, que passo a transcrever:

 

            “Viajar em autocarro                                         Viajamos confiantes

            sempre, sempre me assustou                           com muita descontracção

            este ano fiz a experiência                                             vamos dar-lhes nível cinco

            e para o ano cá estou.                                     Nas artes da condução.

 

            O passeio está no fim                                      Sempre muito bem disposto

            e agora p’ra terminar                                        há p’raí certo senhor

            variadas peripécias                                                      que a contar anedotas

            vamos hoje recordar.                                       parece um computador.

 

            Houve concursos e testes                                            Na corrida para as latas

            fim do mundo em camisa                                            há muita gente implicada

            a presidente do Júri                                                     é preciso um atrelado

            era a Dr.ª Luísa.                                                           p’ra levar tanta latada.

 

                                               Que sejam muito felizes

                                               e o Futuro lhes sorria.

                                               E que Deus lhes dê na vida

                                               paz, amor e alegria!”

 

 

AS PEREGRINAÇÕES

 

 

            “Desejo partir para estar com Cristo” (Fil. 23)

 

Esta ansiedade de S. Paulo, convertido à fé, deve ser agora a nossa ansiedade. O nosso coração crente é um coração sereno e inquieto porque, embora seja Cristo que vive em nós, é preciso partir para o encontro pleno com Ele.

            Esse encontro devia realizar-se num santuário. Claro que não em nenhum santuário deste mundo, mas no santuário celeste, o da “Jerusalém Celeste”. Só esse Santuário é o fim, o verdadeiro ómega de todos os santuários.

            Nesse sentido, todos temos que partir e, ao mesmo tempo, deixar que Cristo “permaneça na carne”, para que nesta caminhada de peregrinos de Cristo, Ele apareça pelo testemunho da nossa vida.

            Somos, por natureza, um povo peregrino, e é rico peregrinar... Por isso, em todas as regiões se fizeram e fazem peregrinações. Desde Abraão a Jesus Cristo, desde Jesus Cristo até à parusia, peregrinamos sempre com a Virgem Etéria.

            Como oportunidades fortes de espírito peregrino, organizamos viagens aos Santuários deste mundo, mas não como meta final, pois caso contrário estaríamos a negar o que Cristo disse à Samaritana: “(...) vai chegar a hora em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, adorareis o Pai... Os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são esses os adoradores que o Pai deseja” (Jo 4 -19s).

            Nesta experiência de peregrinação organizada aos santuários deste mundo à procura de serenidade, de paz e de um encontro cada vez mais íntimo e forte com Cristo, temos ido a vários lados: Fátima, Lourdes, Covadonga, Macarena, Santa Teresa de Ávila, Lisieux, Roma, Assis, Terra Santa, Sinai, Grécia, etc, repetindo a maior parte delas, sobretudo Fátima, Covadonga, Lourdes e Roma, onde temos ido todos os anos.

            Com as peregrinações procura-se dar ao Homem o sentido do seu próprio viver, o porquê da sua caminhada, a descoberta do sentido genuíno de todos os valores humanos, a descoberta do carácter passageiro de tudo quanto é terreno, sobrepondo o espiritual ao material, dando vida àquilo que parece sufocar o espírito da alegria, da paz, da esperança, do profundo sentido de caminhar.

            É assim que muitos conseguem encontrar-se com o Homem novo, nascido do baptismo, através da oração individual e comunitária, do recolhimento, da audição e meditação da Palavra de Jesus, na celebração verdadeiramente digna da Eucaristia, na recepção pessoal do Sacramento da Penitência e nas relações fraternais com outros povos, outras gentes, mais ricas ou mais pobres, de outras dioceses ou paróquias, nas oportunidades que se oferece de inter-ajuda.

            É claro que, como diz S. Gregório de Nissa por experiência própria, as peregrinações não são necessárias para a Salvação, nem foram preceituadas por Jesus Cristo, mas uma coisa é certa: podem ajudar nesta descoberta total de Jesus Cristo.

            Quantas pessoas vivem desagregadas de si mesmas e, através de um encontro num lugar diferente, sereno e calmo, onde tudo inspira ao alto, desaparece essa desagregação pelo encontro feliz consigo mesmas e com Deus.

            Alguma gente não acredita em milagres e, pelo sentido que lhes dão, eu também não. Mas milagres há-os todos os dias. Para vê-los é preciso abrir os olhos da Fé e o coração do Amor.

            Nas nossas peregrinações têm sido notórios alguns milagres.

            Às vezes vale mais uma viagem bem feita e organizada, mesmo que não seja de carácter religioso, para valer mais que um grande retiro espiritual.

 

                                                                                                                                                         P.e Artur Coutinho

ANO SANTO DA REDENÇÃO

1983

 

 

            O melhor texto para falar do Jubileu é a passagem de S. Lucas, onde Cristo, na sinagoga de Cafarnaum, toma o texto do profeta Isaías (Is. 61,1-2).

            Ele vem transcrito no roteiro que vos foi distribuído.

            Todo o Jubileu se encontra lá com as suas características.

            Um ano de bênçãos e de libertações anunciadas pelo profeta se cumpriram no tempo de Cristo, o tempo da Sua missão de salvação, cuja hora da Sua Morte e da Sua Ressurreição seria o cume, o momento mais importante e, ao mesmo tempo, o momento que se repetiria pelos séculos fora... duma vez por todas, era o momento alto da história da salvação do Homem.

            Em Cristo, se celebra um ano particular, o ano sabático ou do grande Jubileu celebrado todos os 50 anos, segundo o Levítico 25.

            Ao dizer que este Jubileu se cumpriu n’Ele, Cristo proclama que todo o tempo é tempo de libertação e de Graça. Todos os anos são anos de bênçãos. O acontecimento de Cristo tornou permanente esta possibilidade de Graça.

            No entanto, como acontece nos grupos sociais e religiosos em que há sempre uma celebração, uma “jornada”, põe em evidência uma realidade vazia no quotidiano para aí manifestar o sentido, permitir aos membros do grupo o restabelecimento da unidade e o “relançamento” para um novo viver o dia a dia, o futuro.

            O Santo Padre diz na Bula isso mesmo:

            “É evidente que o Jubileu da Redenção não deve ser outra coisa que um ano ordinário celebrado de um modo extraordinário: a Graça da Redenção, que é nossa e que é vivida ordinariamente na e pela estrutura mesma da Igreja, descobrindo um dom extraordinário através do carácter particular desta celebração”.

            Um segundo aspecto que ressalta no texto de S. Lucas é lido com um sentido eclesial: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor me consagrou pela unção”. Esta frase que se aplica de maneira eminente e única a Cristo, aplica-se também, doravante, a Seu Corpo, a Igreja, e a cada um dos baptizados,

            Neste sentido, a Igreja, pelo poder e pela verdade do Espírito, tem poder e missão de significar as libertações anunciadas pela profecia.

            Ela também tem o poder e a missão de anunciar um ano de bênçãos.

            E cada cristão, pela sua vida, deve anunciar igualmente o Ano Santo.

            Pertence a cada cristão utilizar os sacramentos como sinais do seu esforço pela libertação, pela conversão, pelo testemunho da Graça de Deus Salvador.

            Cada cristão é responsável pelo sinal jubilar e responsável pelo sinal que tem a dar deste ano de bênçãos, pelo sinal que ele mesmo, por proposta do Santo Padre, decide celebrar.

            Este sinal que compete a cada um dar, deve fundar-se na consciência que cada um deve ter, de que Deus é Salvador e donatário de todos os bens, de que a posse dos bens materiais não é absoluta, mas apenas uma gerência, devido a esta gratuitidade de Deus, de que a libertação das dívidas e dos bens adquiridos se realiza nas relações sociais.

            A celebração do Ano Santo tem de ser um acontecimento revolucionário para celebrar de um modo autêntico o Senhor Soberano e a gratuitidade seus dons, fazendo cada um por se voltar para seus irmãos e lhes faça justiça.

 

            Celebrar o Jubileu neste Ano Santo é essencialmente celebrar o Deus das maravilhas, o Deus que faz Graças: celebrar Deus como origem de tudo em que tudo aparece e se reconhece como Graça; celebrar Deus que faz Graça a toda a Humanidade e que cada Homem, Homem pecador – a quem lhe perdoa – pelo dom de Jesus Cristo, Seu Filho, na liberdade do Seu Amor; celebrar Deus que renova o Seu perdão e a sua aliança num tempo de Graça, tempo reconhecido como privilegiado pela comunidade dos que têm fé.

            Celebrar o Jubileu é viver num tempo em que se abstrai do trabalho quotidiano e marcado pela rentabilidade, em que se reconhece o que há de bom numa pessoa, um acontecimento, um dom; se elogie e se dê louvores por esta pessoa, por este acontecimento; se descubra e se exprima o que há de bom e o que de bom possa trazer ao grupo ou aos seus membros, para o futuro.

            Ganhar o Jubileu que celebramos é entrar, pela Graça, no mistério de Cristo, passar na sua Páscoa, receber d’Ele uma vida nova.

            É, enfim, receber a Graça da conversão e dignificar o dom dessa Graça, por mudanças de atitudes da vida livre, renovada e fraternal.

            É necessário o nosso esforço para ganhar esta Graça, mas temos que reconhecer que não basta, é preciso contar com a Graça merecida por Cristo, mas o esforço da nossa humanidade é já ele mesmo uma Graça.

 

            A celebração do Ano Santo tem de representar para cada um de nós uma conversão. Dar as mãos uns aos outros em sinal de unidade, dar os corações uns aos outros no perdão em sinal de caridade; conviver uns com os outros na partilha em sinal de comunhão; festejar Jesus Cristo Redentor na unidade e no Amor é partilhar e comungar do mesmo ideal, é realizar a Salvação.

            Que ninguém fique insensível à Graça do Ano Santo e que todos numa só voz anunciem as maravilhas de Deus, levando a todos os homens de boa vontade a Graça da Redenção.

 

 

 

Abri as portas ao Redentor,                                                     Ano Santo da Redenção!

Absolvendo-me com o meu amigo,                                          Eis o que comemoramos.

Não quis aceitar o meu amor,                                                  Torna o homem mais são,

Jesus, eu tanto sofro contigo.                                                 Pois para isso oramos.

                        JOTACÊPÊ                                                                            ANTÓNIO ALEIXO

                                                                      

                                                                      

Abri as portas                                                                         Ano Santo da Redenção

Ao Redentor,                                                                          Nem sei bem o que isso é

Pois estão abertas                                                                  Vou procurar vir a saber

As estradas do Senhor.                                                           Para aumentar a minha fé.

                        ANTÓNIO ALEIXO                                                                  MICAS

                                  

                                                                                             

“Abri as portas ao Redentor”                                                    Ano Santo da Redenção

Propõe a Igreja no Ano Santo                                                  Segundo o mundo cristão

Podemos transformar nossa dor                                              Para todos que têm devoção

Em jubiloso e doce canto.                                                       E chamam ao próximo seu irmão.

                        MANUEL LIMA                                                                         FERNANDO PESSOA

                                                                      

                                                                                             

Abri as portas ao Redentor                                                      Ano Santo “Redenção”,

Se apressa; Sua Santidade                                                      Ano Santo de amor.

Com tanta falta d’amor                                                                        Que do Céu desça a bênção

Que será da humanidade?                                                       De Jesus Nosso Senhor.

                        MARLUSA                                                                              FAROL

Acorda! Sê um jardim,                                                             Ao ver-se tanta maldade

Onde plantes Conversão;                                                        Entre a humana criação,

Só depois dirás: Em mim                                                        Que a pobre da humanidade

Vai florir a Redenção.                                                              Veja em Deus a Redenção!

            MARVEDO                                                                                         ANTO

                                                                      

                                                                      

A gente da ribeira                                                                    A Redenção de uma vida

Vai ao Senhor da Prisão,                                                         Está sempre nas mãos de Deus:

Passando a vida inteira                                                           Jesus sofreu, alma ferida

A pedir a Redenção.                                                                E por nós todos morreu.

            REIMA                                                                                                MADALENA    

                                                                      

                                              

Alma que vais meditando,                                                       A Redenção merecerei

No Ano da “Redenção”.                                                           Com meu grande amor a Deus?

Vai depressa e vai buscando                                                   Todo o bem que pratiquei

Jesus p’ró teu coração.                                                                       Remirão pecados meus?

                        SIZÉ                                                                                       JOÃO VIANA

                                                                      

                                                                      

A Redenção quer dizer redimir                                                 Cada homem foi liberto

Os pecados da humanidade                                                    Do pecado e escravidão

Dá-nos esperança o porvir                                                       Porque Cristo abriu a todos

Para a vida da Eternidade.                                                       As portas da Redenção.

                        OSB                                                                                        QUELHA

                                              

                                                                      

A Redenção tem raízes                                                            Caminha, vê no que passa

Até num coração de réu...                                                        A imagem do Redentor;

Ela é uma árvore                                                                     E o ódio que nos grassa

Com frutos colhidos do Céu!...                                                            Dará lugar ao amor.

                        INSULINDIA                                                                            MARVEDO

                                                                      

                                                                                             

 

As algemas do pecado                                                                       Cansada da ingratidão

São doloroso grilhão.                                                              Deste mundo, eu olho os céus

Delas fomos libertados                                                                       E encontro a Redenção

Através da Redenção.                                                             No meu grande amor a Deus!

                        CURTO                                                                       MARIA DA FÉ

                                                                      

                                                                                             

As mãos sangrando na Cruz,                                                   Certo dia em meu redor

Nos olhos paz e perdão                                                          Vi uma criança a gritar

- Eis como morreu Jesus                                                         Abri as portas ao Redentor

E nasceu a REDENÇÃO!...                                                      P’rá Humanidade se salvar.

                        MADALENA                                                                            MARLUSA

                                                                      

                                                                                             

A Terra é Céu para alguns,                                                       Chegou o Ano Santo da Redenção!

Que dizem só terem sorte...                                                     Pai, Tu farás o homem reflectir,

Mas rezam ao REDENTOR                                                      E logo implorará o seu perdão,

Ao verem chegar a morte...                                                      A Ti, Senhor, que o estás a ouvir.

                        MILAU                                                                                    JOTACÊPÊ

                                                                                                                                            

                                                                                             

Barcos de vinho, saudade,                                                      Clamo por Redenção

Redenção num sol-posto...                                                      Em prol do meu pecado

Lê-se dor, felicidade,                                                               Peço humildemente perdão

Na geografia dum rosto!                                                          A Jesus Cristo muito amado.

                        ALTAMIRA                                                                             FERNANDO PESSOA

 

                                                                                             

Búzio nas dobras do vento...                                                   Com humildade Vos peço Senhor

Sopro de vida na vaga...                                                         O favor do Vosso perdão

Redenção é, cá por dentro,                                                     Senão jamais encontrarei

Chama que não se apaga!...                                                    O caminho da Redenção.

                        IBIZA                                                                                       LUMAAN

                                                                                                                                            

                                                                     

Depende somente de nós                                                        Em Jesus está a Redenção,

Viver a alegria, esquecer a dor                                                 O amor, o caminho e a paz,

Ouçamos da Igreja a voz                                                         Tudo o que o mundo, irmão,

E abramos as portas ao Redentor.                                           De nos dar não é capaz!

                        MANUEL LIMA                                                                        ÁLIA

                                                                                 

                                                                                             

Depois do pecado a Redenção                                                           Enquanto houver neste mundo

A caminho do verdadeiro                                                         Falta de vida, de fé e amor...

Seria o pensamento cristão                                                     Pela Vossa Redenção

E como tal Mandamento primeiro.                                            Muito obrigada, Senhor!

FERNANDO PESSOA                                                             CATARINA VIANA

                                                          

                                                                                 

 

De tudo foste capaz                                                                É o som dum sino, a repicar

Ó grande  Redentor,                                                                Redenção, Redenção, Redenção?...

Sofreste morte na cruz;                                                           Anuncia-nos o Ano Jubilar

Tu foste o Salvador.                                                                E traz-nos a paz ao coração.

CURROS                                                                                 IR

                                              

                                                                      

Do Paraíso ao pecado,                                                                       É pôr nossa alma e coração

Do pecado à escravidão,                                                        Ver o sacrifício da Cruz

Do amor até à cruz            1º PRÉMIO                                     A nossa sublime Redenção

E na cruz, a Redenção.                                                            Veio pelo sangue de Jesus.

                        ZILITA                                                                                     OSB

                                                                      

                                                                                             

É difícil compreender,                                                             É puro resgate, a Redenção

Mas de fácil aceitação,                                                                       Mudou nossa infeliz sorte

Que a liberdade do homem                                                      Ela nos trouxe a Salvação

Nos veio pela Redenção.                                                         Por Jesus Cristo, sua Morte.

                        CURTO                                                                       OSB

                                                                                             

                                                                                             

Ele morreu para nos dar a vida                                                            Escreve-se esperança

E a paz no espírito do amor                                                     Com amor e redenção,

De nós fez deuses, pela Sua dor querida                                 Quando sangue é a tinta

Nos libertou e O fez Redentor.                                                 E tinteiro o coração.

                        GAIVOTA                                                                                CRAVO DO RIO

                                                                      

                                                                                             

Embarca imensidade...                                                                        Espelho de Redenção: a alma...

Descobre o horizonte...                                                                       Espelho do Céu: o mar...

Redenção é a verdade                                                             Nascem sonhos, morrem sonhos,

Cristalina é a fonte...                                                               Vida é constante sonhar!

                        LI – TUAN                                                                                NANUK

                                                                      

                                                                      

Esperei com paciência,                                                                       Ficou sem o bater certo

O Ano da Redenção,                                                               Quando ela por lá passou...

Perdi a minha ciência,                                                              Se há ordem no coração

Agora faço oração.                                                                 Nela REDENÇÂO não entrou!...

                        JOTACÊPÊ                                                                             XU – VU

                                                          

                                                                                             

Esta fé que nos assiste                                                                       Foi amor verdadeiro

E nos faz crer no perdão,                                                        Que na Redenção ficou...

É a prova que Deus existe                                                       Quem “ama” só o dinheiro

Na obra da Redenção!...                                                          Certamente nunca amou!...

                        EDIAL                                                                                     UALIBEL

                                                          

                                                                                             

 

Esta palavra Redenção                                                            Jesus nasceu em Belém,

Tem tal encanto e magia,                                                         Lhe devemos oração,

Que, quem a descreve em prosa,                                             Uma luz que do céu vem,

Sem querer faz poesia!...                                                         Dai ao mundo Redenção.

                        AL – FAY                                                                                ZEZA

                                              

                                                                                             

Este ano estamos em festa Jesus:                                          Ouve as minhas preces

Nós, todos os cristãos                                                                        Que são mais do que palavras...

Pois o nosso SANTO PADRE                                                  E redime as criancinhas

Proclamou-o da Redenção.                                                     Que ainda vivem como escravas!

                        MICAS PICUÍNHAS                                                                 ALESIG

                                                          

                                                                                             

Este mundo é um roteiro,                                                        Jesus tende piedade,

Ó Deus tende compaixão,                                                       Abençoais a nação,

Abençoa o mundo inteiro,                                                        Dai-nos a paz de verdade,

No Ano da Redenção.                                                             No Ano da Redenção.

                        ZEZA                                                                                      MADALENA

 

                                                                                             

Estrelas nos meus olhos                                                         Juntos... nesta vida

Ainda estou a vê-las...                                                             Caminhemos de mão na mão

Redenção: cama de luar                                                          Para assim dia a dia

Com cobertor de estrelas...                                                     Celebrarmos a Redenção.

                        AUÁ                                                                                        JOMAR

                                                          

                                                                                             

Eu bem queria ser santa                                                          Mais do que o brilho profundo

Neste Ano da Redenção                                                          Que há na cor das loiras tranças...

Se a Virgem não me ajudar                                                      Jesus redimiu o mundo

Vou pecar por tentação.                                                          Pelos olhos das crianças!

                        MICAS PICUÍNHAS                                                                 ALESIG

 

                                                                      

Mais de que te redimisses                                                       Não me chamem muito rico

Na fé que juras manter,                                                            Por ter farta casa e pão,

Para que tu existisses                                                             Mas por ter esta palavra

Foi que Jesus quis morrer!                                                      Dentro do meu coração!...

                        ANTO                                                                                      ROSEMAR

                                                          

                                                                                             

Minha alma chora                                                                    Não sei que sina fatal              

Em busca de perdão,                                                              Anda o mundo a conquistar;    

Perdoai-me Senhor!                                                                 Deus redimindo-o do mal        

Mostrai-me o caminho da Redenção.                                       E o homem sempre a pecar!    

                        ÁRIA                                                                                       D. FLOR

                       

                                                                                 

 

Morrer e nascer de novo                                                          Não percas o sentido do viver

Como Cristo Redentor                                                             Nem faltes ao dever da caridade

Comungar com este povo                                                       Carrega a cruz porque é razão de ser

Natal e Páscoa de amor.                                                         Da Redenção, amor e verdade.

                        LUMAAN                                                                                 ÁRIA

                                                          

                                                                                             

Morrer e voltar à vida                                                               Não te faças “doutor da lei”

É renascer. Atenção                                                                Mas vive sempre em comunhão

Alma nova renascida                                                               Sê pelo menos humilde

É sinal de salvação.                                                                No Ano Santo da Redenção.

                        GAIVOTA                                                                                JOMAR

                                              

                                                                                             

Muito obrigada Deus nosso                                                     Não te lembres de esquecer

Pela vida, a fé, o amor...                                                         Não te esqueças de lembrar

E a santa Redenção...                                                             No Ano Santo da Redenção

Muito obrigada Senhor!                                                           A partilha deve aumentar.

                        ZITA MEIRA                                                                             JOMAR

                                                                      

                                                                                             

Na encruzilhada da vida                                                           Na palavra da verdade

Para o crente só existe uma razão                                            Redimir é noite em luz;

É a procura de um estilo de vida                                              Cristo a olhar a humanidade

Que nos conduza à Redenção.                                                            Tombando a fronte na cruz!

                        LUMAAN                                                                                 ANTO

                                                                      

                                                                                             

Não fiques sozinho chorando,                                                 Na pobreza me ocultei

Festeja em amor Redenção.                                                    Crendo em Deus, e foi então

Só Deus te poderá ajudar,                                                       Que muito rica fiquei

A “Ele” abre o coração!                                                                       Na esperança da Redenção!

                        OUTORGA                                                                               GENY

                                                                      

           

Na Redenção há alegria...                                                        No leito da minha existência,

Também lágrimas da vida...                                                     Lateja o meu coração,

Azeitona dá azeite                                                                   É o palpitar de Deus,

Só depois de espremida!                                                        No mundo da “Redenção”.

                        CHIMITU                                                                                  SIZÉ

                                                                      

                                                                                             

Neste Ano da Redenção                                                          No mar da vida se chora...

Perdoai seja a quem for                                                          Choro é Redenção ao vento...

Abramos o coração                                                                 A chorar se ri por fora,

E as portas ao Redentor.                                                         A rir se chora por dentro!

                        PARADISE GREEN                                                                 SIMPLÓRIO

                                                                      

                                                                                             

 

Neste Ano da Redenção,                                                         Nos braços largos da cruz

Uma pergunta vou pôr:                                                                        A Redenção é presença,

Porquê tanta ingratidão                                                           Porque à cruz deu-Se Jesus

Em troca de um grande Amor?...                                             Pela multidão imensa!

                        MARVEDO                                                                              PEDRA VERDE

                                                          

                                                                                             

Neste Ano da Redenção,                                                         Nosso Senhor, Pai Divino,

Vamos todos ser irmãos.                                                        Eu digo do coração,

Com amor no coração.                                                                        Nós andamos neste mundo

Vamos todos dar as mãos.                                                     Por tema da Redenção.

                        PARADISE GREEN                                                                 LALÉ

                                                                      

                                                                                             

Neste mundo conspurcado e egoísta                                       No tempo sê luz para alumiar

Pela guerra, injustiça e paixão,                                                 Sê o fermento a levedar o pão

Resta no homem crente a esperança                                        Sê terra fértil para semear

Naquele que foi a nossa Redenção.                                         A semente do bem, a Redenção.

                        ZILITA                                                                                     ÁRIA

                                                                      

                                                                                             

Neste mundo egoísta,                                                             Ó Cristo, que és o nosso Redentor,

Que o Ano Santo da Redenção                                                           E que por nós foste crucificado!

Seja por todos lembrado,                                                        Mostra, mais uma vez, Teu amor

Mesmo que na provação.                                                        Para que o homem deixe o pecado.

                        CURROS                                                                                 ANTÓNIO ALEIXO

                                                                      

                                                                                             

No Ano da Redenção                                                               O homem que deixe o crime

Todos devem amar,                                                                E em Deus veja o que é bem feito;

Entoando uma canção                                                             Um peito não se redime

Para a guerra acabar!                                                              Se não couber noutro peito!

                        REIMA                                                                                    NAZARENO

                                                                      

                                                                      

                                                                      

O mundo para ser belo,                                                           Para sermos redimidos,

Redenção e esperança,                                                           Morreu Cristo numa cruz.

Bastava ser caramelo                                                              E tão mal agradecidos

Na boca duma criança!...                                                         Nós temos sido a Jesus!

                        UPSÁLIA                                                                                 CONFIANTE

                                                                      

                                                                                             

O pecado foi ofuscado                                                                       Passo a vida a rezar

Pelo brilho da Redenção.                                                        Por uma certa razão;

Através dela pôde o homem                                                    Não tendo mais que pensar

Confiar na libertação.                                                              No Ano da Redenção.

                        CURTO                                                                        VILAS

                                                                      

                                                                                             

O que significa Redenção?...                                                   Passos dados por alguém

- É o chamamento à Santidade                                                            Que precisa de perdão,

P’la penitência e oração                                                           São passos dados por bem,

O Resgate da Humanidade.                                                     São passos de Redenção.

                        IR                                                                                            PEDRA VERDE

                                                                      

                                                                                             

O tema da Redenção                                                               Pela Humanidade, Jesus

Eu digo e não tremia,                                                              Padeceu em REDENÇÃO:

Foi Deus Nosso Senhor                                                          Subiu aos Céus numa Cruz,

Que nos deu a luz do dia.                                                        Veio dos Céus a Salvação!...

                        LALÉ                                                                                       MILAU

                                                          

                                                                                             

Para este mundo tão falho                                                       P’la luxúria e ambição

A Deus pedi Redenção.                                                           Está cego o mundo e perdido!...

Dai-nos SAÚDE e TRABALHO,                                                P’ra esses... a Redenção

Mas, NUCLEAR... ISSO NÃO!                                                  É o ouro conseguido!

                        OLEGNA                                                                                MARIA JOÃO

                                                                      

                                                                                             

Para ganhar o meu pão                                                           Perdera a Terra o seu brilho,

Passei a vida a trabalhar,                                                         Porque imperava a maldade,

No Ano da Redenção                                                              Mas Deus mandou-lhe o Seu Filho,

Passei-o sempre a rezar.                                                         Redimindo a Humanidade!...

                        VILAS                                                                                     EDIAL

                                                                      

                                                                                             

Mal me livrar do Mal                                                                Perdoa em vez de ferir

Redenção a Deus pedi.                                                           A asa que te roçou...

Sabes qual foi o final?                                                            Perdoar é redimir          3º PRÉMIO

DEUS, libertou-me de ti!...                                                       O teu irmão que pecou!

                        OLEGNA                                                                                 NAZARENO

                                                                      

                                                                      

                                                                      

Poderá o homem ignorar                                                         Que este Ano Santo da Redenção

O nascimento do Redentor?                                                    Pelo povo de Deus seja assumido,

Por que mantém então as algemas?                                         Para qu’este cresça e se multiplique

Não confia no Libertador?                                                       Já que todo o homem foi redimido.

                        CURROS                                                                                 ZILITA

                                                                      

                                                                                             

Põe os olhos em JESUS.                                                        Que Jesus Nosso Senhor

Homem que fazes a guerra,                                                     Nest’Ano da Redenção,

Subiu ao Céu numa Cruz                                                         Nos traga paz e amor...

Em REDENÇÃO pela terra...                                                    Seu infinito perdão.

                        MILAU                                                                                    BUGIO

                                                                      

                                                                                             

Por favor parem as guerras!                                                    Quem pecou uma só vez

No Ano da Redenção                                                              Pede ao Senhor perdão:

E todos os dias será                                                               Porque não soube o que fez

Uma verdadeira oração.                                                           No Ano da Redenção!

                        ESTRELA DO NORTE                                                             VILAS

                                                                      

                                                                                             

Porque é que a Redenção                                                       Quem pelos outros padeceu,

Nos foi dada por Jesus?                                                         Dando aos outros tanto amor,

Porque S’entregou por nós                                                      Foi uma estrela do Céu,

Sofrendo morte na Cruz.                                                          Foi Jesus, o REDENTOR!

                        MOCA                                                                                    PECADOR

                                                                      

                                                                                             

Porque fujo e me escondo,                                                     Queres ser feliz e alegre,

Tendo medo de Ti, Senhor?                                                     Faz com teus irmãos união.

Se vozes gritam ao mundo                                                      Só assim poderás celebrar,

Abri as portas ao Redentor!                                                     O Ano Santo da Redenção!

                        MANUEL LIMA                                                                        OUTORGA

                                                                      

                                                                                             

Quando é Natal há uma pausa                                                 Querer uma vida ao “SOL”

Para o mal retroceder;                                                             E boa Redenção não ter,

Apenas por nossa causa                                                         É como existir farol

Jesus voltou a nascer!                                                             Sem o mar sequer haver!

                        D. FLOR                                                                                  ASTROZINA

                                                                      

                                                                                             

Qu’a conversão de cada homem                                              Quer João Paulo II

Seja pura realidade                                                                  Com este Ano da Redenção,

Nest’Ano Santo confirmada                                                     Que só haja Paz no mundo

Nos homens de boa vontade.                                                  E amor no coração.

                        QUELHA                                                                                 PARADISE GREEN

                                                                      

                                                                      

Quero que saibas, irmão,                                                         Remir os próprios pecados

Que todos fomos redimidos,                                                   Já é difícil, Jesus ...

Que nos foi dado o perdão                                                     Mas Tu remiste os pecados

P’ra todos sermos amigos!                                                      De todo o mundo, na Cruz ...

                        ÁLIA                                                                                        PECADOR

                                                                      

                                                                                             

Rainha de sonho sem peias ...                                                 Salvar a alma da gente

Embarca a vida na mão ...                                                       Foi obra de um grande Amigo;

Redenção é sal nas veias,                                                       Redenção, eis a semente 2º PRÉMIO

Pingo de lua e coração! ...                                                       Que há dois mil anos dá trigo! ...

                        SUKY – AUÁ                                                                           D. FLOR

                                                                      

                                                                                             

 

Redenção bem acolhida                                                          Santa Maria Mãe do Senhor

É alma bem recheada ...                                                          Foste escolhida ó Santidade

A maior tristeza da vida                                                           De Ti nasceu o Redentor

É a alma cheia de ... nada ...                                                   Para salvar a Humanidade.

                        SRI – LANCA                                                                          MARLUSA

                                                                      

                                                                                             

Redenção, é mais que amor,                                                   Se a inteligência me desse,

É toda uma doação                                                                 Vos digo do coração,

Que nos fez Nosso Senhor                                                      Se com poemas pudesse,

A ti, a mim, meu irmão!                                                                       Dar ao mundo Redenção.

                        ÁLIA                                                                                        ZEZA

                                                          

 

Redenção foi-nos dada por Cristo                                           Se a voz bela da razão

Ele é o nosso Redentor                                                           Fosse sempre bem ouvida,

Redimiu o mal o imprevisto                                                     A palavra Redenção

Tão sublime é, o Seu amor.                                                     Nunca era proferida.

                        IR                                                                                            PEDRA VERDE

                                                                      

                                                                                             

Redenção: o mais profundo                                                    Segue em frente, não aprisionado

De tudo o que se sente ...                                                       Nessas paixões,  toma com coragem

Não há em todo o mundo                                                        A tua cruz, escuta a mensagem

Palavra mais convincente!                                                       Do Redentor, e deixa o pecado.

                        LURERITZ                                                                               GAIVOTA

                                                                      

                                                                                 

Redenção que nos foi dada                                                     Senhor! Eu não me esqueci

Pelo madeiro da cruz,                                                              Do Ano da Redenção

Nem sempre por nós lembrada,                                               Tudo darei para Ti

Perdão, querido Jesus.                                                                       Como dei o coração.

                        MOCA                                                                                    ESTRELA DO NORTE

                                                                      

                                                                      

Senhor, Senhor, peço perdão                                                  Ter ou não ter, pouco importa...

De todos os meus pecados;                                                   Na vida tudo é ilusão...

No Ano da Redenção                                                              Mas ter Redenção morta

Devem ser perdoados.                                                                        É ter morto o coração! ...

                        REIMA                                                                                    HIKARI

                                                                      

                                                                                             

Se o pavor do inferno,                                                            Tira de ti a maldade

Obriga a ser cristão,                                                                Dá aos pobres do teu pão

A sementeira p’ró Céu,                                                            Ama a Deus, com lealdade

Floresce a “Redenção”.                                                            E terás... a Redenção!

                        SIZÉ                                                                                       RIBATEJANA

                                                                      

                                                                                             

 

Se toda a humanidade                                                             Todo aquele que ama,

Visse o Irmão em cada irmão,                                                  Consegue fazer oração.

Reinaria a amizade,                                                                 Leva contigo amigos

Viver-se-ia a Redenção.                                                           No caminho da Redenção!

                        DEOMAR                                                                                OUTORGA

                                                                      

                                                                                             

Sinfonia de beleza                                                                   Todo o cristão consciente

Em serpentinas de vento...                                                      Não deverá esquecer

Só a palavra Redenção                                                           Que o Ano da Redenção

É veludo cá por dentro...                                                         Será sempre até morrer!

                        TREVO – AXEL                                                                       ESTRELA DO NORTE

                                                                      

                                                                                             

Só amor o coração lavra                                                         Uma cruz p’ra os Céus erguida

Quando a ambição é esquecida;                                              E um mundo sem comoção;

REDENÇÃO, eis a palavra                                                       Eis o retrato da vida

Que foi a origem da vida!                                                        Onde Cristo é a Redenção.

                        NAZARENO                                                                             EDIAL

                                                                      

                                                                                             

Tecendo sonho real,                                                                Veio uma estrela e fulgiu

Tecendo paz e pureza,                                                             Simbolizando uma cruz;

Tecendo imagem grandal,                                                        Cristo também redimiu

Redenção tece beleza! ...                                                        A noite que se fez luz!

                        FUSIAMA                                                                                ALESIG

                                                                      

                                                                                             

Tempo para meditar,

Tempo para reflectir,

É tempo de Redenção,

É tempo de decidir.

                        QUELHA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXPOSIÇÃO ETNOGRÁFICA

 

FESTA DE N. SENHORA DAS NECESSIDADES 1992

25 ANOS DE PARÓQUIA DE N.ª  Sr.a  DE FÁTIMA

 

 

ABELHEIRA

 

“O lugar da ABELHEIRA surge na zona oriental da cidade, lugar antigo, característico e tipicamente RURAL, onde vivem os Cambões, os Balinhas, os Maduros, os Gaivotos, os Cabanelas, e os Arezes.” (...)

“Não restam dúvidas que a vila de Castro, referida pelos diversos historiadores do séc. passado, se situava na ABELHEIRA, e pela ABELHEIRA, estou convencido, passaram muitos daqueles que vieram formar a povoação que deu origem a Viana.” (...)

“Em diversos textos se pode “verificar que esta vila era essencialmente agrária, pois pagavam ao rei toda a espécie de legumes, linho, trigo, frangos...”

 

                                           in, “A cidade de Viana no presente e no passado”

                                                                              1986

 

 

O que pôde encontrar nesta exposição, dentro dos Quintais da Dr.ª Alzira Cerqueira:

 

Na cozinha

 

-          Barrica da Barrela                                - Pás dos Fornos

-          Caneca do Vinho                                 -  Peneiras                        

-          Fornos a Lenha                                               - Potes

-          Gamelas                                              - Tachos da Marmelada

-          Maceira                                               - Trempes

-          Malgas                                                - Toalha Regional

 

 

No exterior

 

-          Ancinhos (engaços)                                 

   -    Arados (lavrar)                                         

-          Balde da Lavadura (porcos)

-          Banco com Canga (1932)

-          Bilha d’ Água

-          Bilha do Azeite

-          Bilha do Leite

-          Bomba do Vinho (lagar/pipo)

-          Caixão (lavadeiras)

-          Cambão (camboada)

-          Canal de água em madeira

-          Candeeiros

-          Caneco                                         

-          Cangas

-          Cangalhos

-          Cantaros d’ água

-          Chaminé

-          Corda dos porcos (chamboril)

-          Carroças (1800-1960)

-          Debulhadora manual

-          Borna do Vinho

-          Engarrafador

-          Enxofradores

-          Escada

-          Escadote

-          Esmagadeira de Uvas (reladeira)

-          Forquilha

-          Funil

-          Gamelos

-          Grade

-          Imprensa (prensa de livros)

-          Malhos

-          Marginador de centeio

-          Medidor (rasa/meia-rasa)

-          Padiola

-          Pás

-          Peneira

-          Pipos

-          Pisão

-          Pote das azeitonas

-          Regadores

-          Ripo das azeitonas

-          Ripo do linho (cedeiro)

-          Sachador (milho)

-          Selha

-          Serra

-          Serrão

-          Sulfatador

-          Tabuleiros das vindimas

-          Vassoura de giestas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

4900 Viana do Castelo

Telfs.: Cartório (Fax) 823029 – C. Dia / Samaritano 824722

           ATL / Ozanan 821538 – Infantário 821510

 

 

 

 

EXPOSIÇÃO MARIANA

 

 

Abriu no dia 2 do corrente, pelas 19 horas, com a presença do senhor Vigário Geral da Diocese e do Dr. Rui Viana, representando o Sr. Presidente da Câmara Municipal, uma valiosa exposição de Postais e Selos Marianos, nos anexos à Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima. De parabéns estão a Paróquia e os paroquianos Sr. Crispim da Silva, filatelista, e Joaquim Gomes, coleccionador de postais Marianos e que, para além dos postais, tem também uma maravilhosa recolha, em fotografia, das imagens de N.ª Senhora à veneração dos fiéis na nossa região.

            Deste modo, a Paróquia prepara-se para celebrar o dia da Imaculada Conceição que corresponde à data da sua criação, em 1967, por isso este ano em que celebra os seus 25 anos, o dia irá ser celebrado especialmente com o encerramento das Comemorações Jubilares iniciadas em 7 de Dezembro do ano passado.

            Entretanto realizou-se no Domingo uma comunhão solene de Profissão de Fé para 60 adolescentes, e, no dia 8, está programada (depois duma sessão solene de Boas Vindas às autoridades) a Eucaristia, na qual serão crismados mais de 60 jovens.

            Ao fim da tarde e a terminar as comemorações haverá um convívio no adro da Igreja e um brinde popular à comunidade.

 

 

1992

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Rua da Bandeira,  639

4900 VIANA DO CASTELO

  

  Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722

  Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538

 

 

 

PROTOCOLO

 

      Para a celebração do Ano Internacional da Família, o Instituto Católico de Viana do Castelo e a Escola Superior de Teologia levam a efeito uma Exposição de Obras de Arte relacionadas com o tema “Família” e, para tal, estabelece um protocolo com a Comissão Fabriqueira da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, Viana do Castelo, para empréstimo de 3 (três) imagens com os seguintes pontos:

 

      Primeiro:  As imagens solicitadas são apenas para a exposição que terá lugar no Centro Paroquial de Sta. Maria Maior, integrada na IIIª Semana de Estudos Teológicos e subordinada ao tema: “Boa Nova da Família”, de 14 a 18 de Março de 1994.

 

      Segundo: O Instituto Católico de Viana do Castelo é a única entidade responsável, perante a Comissão Fabriqueira da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, pelos danos que as imagens solicitadas eventualmente possam vir a sofrer, em virtude do seu transporte e utilização.

 

      Terceiro: A Paróquia oferece-se para transportar as imagens desta para a exposição e vice-versa.

 

      Quarto: As imagens só estarão disponíveis a partir do dia 11 até ao dia 19, pela manhã, uma vez que nesse dia é dia de S. José, estando prevista uma festa na Paróquia pela solenização do dia do Pai.

 

      Quinto: É condição especial para a cedência de todo o material de valor histórico que ele esteja devidamente assegurado, o que nos parece estar previsto pela carta que recebemos desse Instituto, no dia 9 de Fevereiro de 1994.

 

      Sexto: As imagens em questão têm as seguintes características:

- Século XVIII;

- Madeira policromada;

- Em movimento;

- S. José: 1,40 m de alto com bastão e resplendor;

- N.ª Senhora: 1,45 m com bastão e resplendor;

- Menino: 0,67 cm com resplendor.

* Todas se encontram registadas em álbum da Paróquia e da Diocese.

 

1994

A comissão Fabriqueira

     

 

O Instituto Católico de Viana do Castelo

 

 

Festa da Paróquia – Teatro Municipal Sá de Miranda

 

 

Introdução

 

“Festa da Paróquia” é o título que damos ao espectáculo de fim de ano pastoral.

A Paróquia reúne-se muitas vezes em festa, na igreja, ao ar livre... aqui e acolá! Uns e outros, ao longo do ano, se reúnem para celebrar a Padroeira, a Páscoa, o Natal, as festas das Comunhões e, ao Domingo, a celebrar a Eucaristia à volta do altar. A Paróquia é uma festa pois cada cristão é uma pessoa em festa, que testemunha sempre e em toda a parte Cristo Ressuscitado de braços abertos para receber a todos no seu amor. Isto é festa!

Neste espectáculo, a Paróquia encontra-se de forma diferente. Todos os grupos activos e dinâmicos saberão imprimir a alegria, a generosidade e a amizade, numa demonstração de coesão comunitária. Aquilo que acontece numa liturgia, numa catequese ou numa acção sócio-caritativa ao longo do ano, acontece hoje entre grupos num espaço e tempo mais limitados, fazendo uma experiência artística e, em simultâneo, brincando reforçam a unidade que deve ser o timbre de uma família como a Paróquia.

Boa iniciativa! De parabéns está o C.P.P ( Conselho Paroquial de Pastoral ), que ao aprovar o programa de pastoral e o calendário de actividades para 1997/1998, sugeriu e aprovou esta efeméride.

O Teatro Sá de Miranda, verdadeiro ex-libris da arte cénica vianense, vai ser o palco deste acontecimento.

Agradecemos à Câmara Municipal e a todos os que colaboram com a Paróquia neste evento, de um modo particular aos Jovens, aos responsáveis dos grupos, ao grupo Gospel-Night e à Comissão Coordenadora.

 

P.e Artur Coutinho

 

Organismos Participantes:

 

Comissão de Culto N.ª S.ª das Necessidades

Centro de dia de Idosos

Berço de N.ª S.ª das Necessidades

(Centro de Acolhimento temporário de Bebés e Crianças abandonadas)

Centro Paroquial de Formação (CPE)

CECAN/RD

(Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, recolha e distribuição)

Catequese Paroquial

Praesidium de N.ª S,ª das Necessidades – Legião de Maria

Conferência Mista de S. Vicente de Paulo – Vicentinos

Coral Juvenil das 11.00 h.

Coral Juvenil das 12.00 h.

Jornal Paróquia Nova

OZANAN – Centro de Juventude

Samaritano 1 do Centro Social

Escola de Música – Clube de Guitarras

Agrupamento 990 – Escuteiros

Centro de Apoio a Cegos e Amblíopes

Equipas de Nossa Senhora

Apoio e Colaboração:

 

Câmara Municipal de Viana do Castelo

Comissão Fabriqueira

Teatro Noroeste

Escola Superior de Educação

APPACDM

 

Ficha Técnica

 

Som – Júlio Viana

Luzes – João Branco

Cenografia – Teatro do Noroeste e Organismos participantes

Projecção – João Branco Ferreira

Imagens – Susana Castreja, Júlio Viana e Orlando Novo

 

Comissão Coordenadora

 

Cap. Orlando Novo

Dr.ª Célia Novo

Dr.ª Maria da Conceição Silva

 

“É essencial consciencializar a todos do seu dever como protagonistas duma Paróquia a caminho do 3º milénio, em que Cristo é excelente referência para a caminhada de todos que algum dia fizeram uma opção cristã.”

 

(do programa de Pastoral Paroquial 97/98)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

EXPOSIÇÃO

Igreja Paroquial

25/12/97  a  05/10/98

 

VITRINA – 1

* Noivos

* Alcofas

* Alianças

* Namorados

* Carta de amor

* Senhora do Ó

* Cristo Jazente

* Lenço de amor

* Lenços de casamento

* Boletim de casamento

* Cartilha da 1ª Comunhão

* Laço da comunhão solene

* Participação de casamento

* Lembranças de casamento

* Livro de missa e da 1ª Comunhão

* Pão para consagrar na Igreja Ortodoxa

* Caneta para assinar os assentos ou casamentos

* Caixa de madre pérola dos pretendentes à dança

* Cálice anterior a Frei Bartolomeu dos Mártires – estanho

 

VITRINA – 2

* Postais

*O amor cantado pelos autores

* Suporte para guarda dos parabéns

* Medalhas – S. João de Deus, Sagrada Família

* Lembrança do Avô, Dia do Pai, da Mãe, Baptizado

 

VITRINA – 3

* Samaritana

* Saco de roupa

* Toalha de Baptismo

* Toucas de Baptismo

* Vestido de Baptismo

* Nossa Senhora das Dores

* Lembranças de baptizado

* Nossa Senhora da Conceição

* Touca da ama que acompanhava os bebés

 

QUADRO – 1

- Casamento de Nossa Senhora (séc. XVII)

 

QUADRO – 2

- Poema da Mãe à Filha

 

QUADRO – 3

- Jesus dorme, mas o coração está vigilante

 

QUADRO – 4

- Poema da Mãe aos Filhos

 

QUADRO – 5

- Poema da Mãe à Filha

 

QUADRO – 6

            - Bordado a Matins

 

QUADRO – 7

- Presépio

 

QUADRO – 8

- Presépio da Paróquia (realizado por um grupo de jovens da paróquia)

 

 

IMAGEM – 1

- S. Vicente de Paulo

 

IMAGEM – 2

            - N. Srª. Da Conceição (obra de uma paroquiana da rua das Bandeira)

 

IMAGEM – 3

- Sagrada Família

 

IMAGEM – 4

- Presépio (pintado por deficientes)

 

ORATÓRIO – Altar de Família – Igreja doméstica (séc. XIX)

 

A  Vida  é  Bela!

Respeitemo-la...

 

Participantes:

 

- Dr. Albino Ramalho;                          

- Dr. Araújo Novo;                               

- Donzília Eira;                                    

- Dr.ª Isabel Silva;                               

- Laura Castel-Branco;                         

- Lídia Correia;

- Dr.ª Maria de Lurdes Vieira;

- Maria José Valença;

- Rui Castelejo;

- Rosa Ribeiro;

- P.e Artur Coutinho.

 

EXPOSIÇÃO DE MEDALHAS DE NATAL

24 de Dezembro a 12 de Janeiro de 2000

Igreja Paroquial

 

 

 

            A “medalha” foi criada na Itália, na época do Renascimento, por um artista de raro engenho e exímio pintor, nascido em Verona no ano de 1397, António Pisano (o Pisanello).

            Em 1439 foi executada a primeira medalha com o retrato do Imperador do Oriente, João VII, no anverso.

            Os primeiros discípulos expandiram a sua execução pela França, Alemanha, Holanda e Inglaterra.

            Normalmente, as primeiras medalhas tinham módulos de cera, grandes e reproduzidos em bronze ou chumbo, pelo processo de fundição.

            Depressa se inventaram novos processos de fabrico, aperfeiçoados até se chegar à cunhagem actual.

            Em Portugal, a primeira tentativa foi empreendida no reinado de D. João IV, por voto do monarca à Imaculada Conceição quando tomada por Padroeira do Reino.

            Só pelo séc. XVIII nasceram os primeiros entusiastas da coleccionação de medalha. Hoje em dia não faltam coleccionadores, mesmo na nossa terra.

            Manuel Ribeiro de Sousa Torres era um coleccionador de várias modalidades, incluindo a medalha Mística. À Paróquia ofereceu uma colecção de filumenária.           Da colecção de filatelia ofereceu a macrofilia e da medalhística cerca de 200 medalhas, que se conservam, e das quais expomos, nesta época de Natal, cerca de 30 relacionadas com o Jesus Menino, conforme já programávamos desde Setembro.

            Aqui se pode admirar a arte do escultor na modelação e na interpretação dos mistérios de Jesus. Nesta exposição podemos contemplar, meditar e viver melhor a celebração do Natal de Jesus, que deve ser força para uma verdadeira e autêntica transformação da nossa vida.

 

 

* Decorações:

1- Altares:         - Dora Ribeiro

- Etelvina Campaínha

- Helena Rodrigues

- Ana Correia

- Albertina Ferreira

 

            2- Presépio:      - Marta Castelejo 

- Marisa Silva

- Juliana Sá

- José Cunha

- Cecília Fernandes

- Carina Novo

- Clara Novo

 

* Exposição  de Medalhística:      - Carina Novo

  - Cecília Fernandes   

 

 

EXPOSIÇÃO DE INVOCAÇÕES DO MENINO JESUS

 

 

O Presépio e o Menino Jesus

 

            No Hebraico, etimologicamente, “presépio” significava manjedoura dos animais, mas usava-se com frequência também para significar estábulo. Segundo S. Lucas, Jesus, ao nascer, foi reclinado no presépio... que seria uma manjedoura. Foram várias as representações dos presépios, ao longo dos séculos, com ou sem montanhas, com ou sem gruta, com mais pastores ou menos, com animais em número de dois, mais, menos ou nenhum.

            De facto as figuras centrais são o Menino, Maria e José.

            Mas, os presépios tomaram nova forma na reconstituição de figuras esculpidas, em 1223, por S. Francisco de Assis, na Aldeia de Greccio, na noite de 24 para 25 de Dezembro, ao montar um presépio composto por uma manjedoura com feno, um boi, um jumento e, sobre a manjedoura, o altar onde foi celebrada a missa da meia-noite.

            Foi a partir daqui que, devido a uma visão do Santo que ocupava o lugar de diácono, na referida celebração, a descrição do acontecimento deu origem a numerosas figuras esculpidas na Itália, passando a outros países. Em Portugal, sabe-se da existência do presépio no século XVII, no Convento do Salvador em Lisboa. No século XVIII estava vulgarizado o presépio em casa, em toda a Península Hispânica, dando origem a verdadeiras obras de arte em madeira e barro.

            São famosos pela sua arte os presépios que se atribuem a Machado de Castro, existindo um, aqui bem perto de nós, em S. Lourenço da Montaria.

            Na Basílica da Estrela, podemos admirar um presépio português setecentista com mais de 500 figuras.

            No entanto, o presépio começa a ser esquecido porque esquecido está a ser o significado do Natal. Há, hoje em dia, uma fuga para a festa do consumo, a festa das prendas, do dinheiro... Mas ainda é, felizmente, a festa da família, o que já não é mau de todo... Pois, este é também um valor a defender, mas ao qual começa a faltar o sentido cristão o que origina o consequente desaparecimento da  ideia dos presépios.

            A exposição que realizamos agora não é de presépios, mas sim da figura central dos mesmos – O Menino Jesus ( invocações e expressões). Um tema que pouco tem sido explorado a nível de coleccionadores e daí que não haja muito material para expor.     

            Alguns postais de Portugal e do Estrangeiro ilustram a temática que poderá ser, mais e melhor, explorada no futuro.

            Esta temática é importante pelo facto de reunir, nesta quadra natalícia, oportunidades de reflexão artística através da figura central do Natal, toda a comunidade e, de um modo particular, os coleccionadores.

 

 

PLACARD

MENINOS JESUS DE PRAGA

 

- MILOSTNÉ  PRAZSKÉ  JESULÁTKO  V  SATCKACH  Z

   FIALOVÉHO  HEDVÁBI,  I.  POLOVINA  20.  STOLETI

- DEDICATÓRIA  NATAL  1993

 

- MILOSTNÉ  PRAZSKE  JESULÁTKO  V  SATECKACH  SE

   SYMBOLY  KATOLICKYE  CH  SKAUTI,  DAR  SKAUTI  Z  R   1947

 

- SANTUARIO  GESÚ  BAMBINO  DI  PRAGA

   16011  ARENZANO  (GÉNOVA)

 

- MILOSTNÉ  PRAZSKE  V  SATECKÁCH  DAROVANÝCH  DIE

   TRADICE  V  R.  1743  CÍSA  ROVNOU  MARIT  TEREZIT

 

- MILOSTNÉ  PRAZSKE  V  SATECKÁCH  DAROVANÝCH

   RODINOU  HRUBÝCH – GELENI,  80.  LÉTA  20.  STOLETI

   FOTO  LUBOUIR  SYNEK

 

- DEDICATÓRIA   23/7/1996

 

- MILOSTNÉ  PRAZSKE  JESULÁTKO  V  SATECKÁCH

   DAROVANÝCH   PARÉ   ROSIE   STANEKOUOU   Z   NEW

   YARKU,  1968

 

- MILOSTNÉ   PRAZSKE   JESULÁTKO   V   SATECKÁCH

   CERVENÉHO   ZLATEM   VYSÍVANÉHO   RIPSU   A   S   PLÁSTÍKEM

   Z  PRAVÉHO  HERMÉLINU,  KOLEM  1900

 

- DEDICATÓRIA   27/7/1996

 

- MILOSTNÉ  PRAZSKÉ  JESULÁTKO  V  SATECKACH

   DAROVANÝCH  JOSÉ  ROBLESEM  Z  FILIPÉN,  80.  LÉTA  20.

   STOLETI

 

- MILOSTNÉ  PRAZSKÉ  JESULÁTKO  V  SATECKÁCH

   DAROVANÝCH  JOSÉ  ROBLESEM  Z  FILIPÉN  1975

 

 

“MENINOS JESUS” - VÁRIOS

 

CARTOLINA CÔR-DE-ROSA

 

* Menino Jesus com Nossa Senhora do Carmo;

* Mosaico de Virgem Maria com Menino Jesus  (Istambul);

* Irmãzinhas de Jesus;

* Maria e o Menino Jesus  (Alemanha);

* Menino Jesus e anjos;

* Menino Jesus e Maria de Belgrado.

 

CARTOLINA AZUL

 

* Menino Jesus das Carmelitas e das Misericórdias Teresinas;

* Menino Jesus de St.ª Teresa (convento de S. José de Ávila);

* Menino Jesus de Praga;

* Menino Jesus de Cebul;

* Menino Jesus da Cartolinha;

* O Infante Jesus (Índia);

* Menino Jesus da Cartolinha (Miranda do Douro);

* Menino Jesus com o traje de peregrino a Santiago de Compostela.

 

CARTOLINA CINZENTA

 

* Anjinhos;

* Menino Jesus de Coração;

* Menino Jesus Carpinteiro;

* Menino Jesus das Filipinas;

* Menino Jesus da Igreja Paroquial;

* Menino Jesus de Santiago;

* Menino Jesus da Cartolinha;

* Menino Jesus de Sta. Teresa;

* Menino Jesus da Cartolinha;

* Menino Jesus de Goa;

* Menino Jesus Carmelita.

 

PARTICIPANTES                                                       

 

- Luísa Martins                                                

- Família Castelo Branco                                                                                

- Maria Martins Azevedo                                              

- Laura Castelo Branco                                                

- Joaquim Gomes                                                       

- Francisco Viana                                                        

- Maria José Valença                                                  

- Clara                                                                        

- Benilde Fornelos                                                      

- Rui Castelejo

- P.e Artur Coutinho

 

ORGANIZAÇÃO

 

- Soraia Tenedorio

- Vânia Belo

- Bárbara Fernandes

- José Carlos Loureiro

- Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima

 

INTERVENÇÃO

 

Dias 9 e 10

- P.e Jeremias Carlos, da OCD de Lisboa (autor do Menino Jesus do Coração)

A espiritualidade deste trabalho.

 
 
 

 

 

JORNADAS DO IDOSO
3 a 8 de maio de 1993

 

INTEGRADAS NO ANO EUROPEU DO IDOSO

E DA SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES

 
 

OBJECTIVOS

 

* Sensibilização e Formação para a problemática do Idoso.

* Identificação de necessidades de respostas novas.

* Aceitação e superação das realidades.

 

 

DESTINATÁRIOS

 

* Idosos;

* Familiares de Idosos:

* Jovens;

* Trabalhadores com idosos e todos os interessados pelos problemas sociais.

 

 

PROGRAMA

 

Dia 3 - A SAÚDE E A FAMÍLIA

 

  15h00 – A promoção da saúde do idoso – Dr. Manuel Afonso, especialista de Saúde   Pública membro da C.I. da ARS de Viana do Castelo.

 

  21h30 – Abertura com a presença das Autoridades.

 

  22h00 – A família, Comunidade do Idoso – Dr.ª Raquel Ribeiro (Directora Geral da Família e Presidente da Comissão Nacional para a Política da Terceira Idade) – Lisboa – Testemunho do Idoso * Lar * Centro de Dia * Centro de Convívio * Reformados (Associação dos...).

- Concerto de Bach para dois Violinos e Piano em Ré Menor (João, Rui Cerqueira e Edite Rocha).

 

 

Dia 4 - ENVELHECER É NATURAL

 

15h00 – Alterações Fisiológicas no Processo de Envelhecimento – Dr. João Tavares,  Assistente de Clínica Geral e Director do Centro de Saúde de Valença.

 

21h30 – Alterações Intelectuais no Processo de Envelhecimento – Dr. Valdemar Valongueiro – Especialista de Neurologia, médico do Hospital Distrital de Viana do Castelo.

   – Grupo de Cavaquinhos “Samaritano”.

 

Dia 5 - DOENÇAS CRÓNICAS DO IDOSO NO CONTEXTO SOCIAL

 

15h00 –  Achaques da 3ª Idade, como controlá-los e aprender a viver com eles – Dr. João Tavares.

 

21h40 – O Idoso no Contexto Sócio-económico – Dr. Lopes Cardoso, Advogado e Vicentino – Porto.

 

 – Sonata para Piano a 4 mãos, nº 1 de Mozart

 – Sonata para Violino e Piano, nº 4 de G. F. Handel ( João e Rui Cerqueira).

 

 

Dia 6 - A IMAGEM DO IDOSO E A SUA ALIMENTAÇÃO

 

15h00 – Comer bem na 3ª Idade – Dr. Rui Teixeira, Prof. de Nutrição e Dietética da Escola Superior de Enfermagem de Viana do Castelo.

 

21h30 – Conforto e Cuidados Estéticos em Geriatria – Enf.ª Laura Margarido – Enf.ª Chefe do HDVC.

 

 

Dia 7 - UMA VELHICE DE QUALIDADE

 

15h00 – Morrer Tarde, o Mais Novo Possível – P.e Dr. Anselmo Sousa, CRSS de Braga e responsável pelo “Projecto Homem” da Cáritas de Braga (Recuperação de Toxicodependentes).

 

21h30 – MESA REDONDAO Idoso no Distrito - O que se faz? Quem faz? Como se faz?

Coordenação de Dr.ª Maria Júlia Perestrelo

 

* União das Misericórdias – Dr. Oliveira e Silva;

* IPSS – Manuel Sobral;

* Conferências Vicentinas – Dr.ª Piedade Gonçalves;

* Cáritas – Prof. Engrácia Correia;

* CRSS – Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues;

* Secretariado Diocesano de Acção Sócio-Caritativa – P.e Artur Coutinho.

 

 

Dia 8 - ESPIRITUALIDADE E MORAL PARA O IDOSO

 

18h15 – Eucaristia na Igreja Paroquial

 

  21h30 – O Idoso na Ética da Solidariedade entre Gerações – P.e Dr. Jorge Cunha, Prof. da Universidade Católica – Porto

  – Coral Polifónico.

 

22h30 – Encerramento com a presença das Autoridades.

LOCAL

 

- Às 15 h00 – Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima, Rua da Bandeira, n.º 639.

- Às 21 h 30 – Auditório do Lar de St.ª Teresa, Largo das Carmelitas, à Rua da Bandeira  (tel. 058 828998).

 

 

COMISSÃO EXECUTIVA

 

* Dr. Manuel Afonso

* Major Manuel Fernandes

* Josefa Freire

* Madalena Barbosa – Utente

* José Marques – Utente

* João Ferreira – Utente

* Irmã Anália Lucas - Trabalhadora

 

 

ORGANIZAÇÃO

 

Direcção do Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima – Viana do Castelo

 

 

SECRETARIADO

 

* Cartório Paroquial – tel. 058 823029 (Fax) ou 824722 ;

* Dr. Manuel Afonso – Tel. 058 828901 (Fax) 829990;

* Major Manuel Fernandes – Tel. 058 826060.

 

Com a Colaboração da Direcção-Geral da Família, Centro Regional de Segurança Social e Administração Regional de Saúde.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCLUSÕES DAS JORNADAS DO IDOSO

3 a 8 de Maio de 1993 – Viana do Castelo

 

 

Durante seis dias, na cidade de Viana do Castelo, através da Direcção do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima e com colaboração da Direcção Geral da Família, Centro Regional de Segurança Social e Administração Regional de Saúde, foi possível criar espaços e tempos de reflexão sobre a problemática da pessoa idosa. Estas jornadas que estão integradas no Ano Europeu do Idoso e Solidariedade entre Gerações, tinham como objectivos:

 

·         Sensibilizar e Formar para a problemática do idoso.

·         Identificar as necessidades de respostas novas.

·         Aceitar e superar as realidades.

 

A temática foi amplamente desenvolvida pelos diversos conferencistas ( João Tavares, Valdemar Valongueiro, Manuel Afonso, Rui Teixeira, Laura Margarido, Lopes Cardoso, Jorge Cunha, Anselmo Sousa, etc...

Podemos dizer que os objectivos foram plenamente alcançados, os quais se consubstanciaram também pela grande afluência diária de público, pela qualidade das intervenções e pela oportunidade e vivacidade dos debates que se lhes seguiram, tendo sido notório a presença de elevado número de jovens.

Em jeito de balanço, a Comissão Executiva elaborou as principais conclusões que na sessão de encerramento apresentou de forma telegráfica, de modo a serem de fácil e rápida memorização e servirem também como pontos de referência e de reflexão e que passamos a transcrever:

 

·         A População do Distrito de Viana do Castelo continuou a envelhecer durante a década de oitenta a um ritmo superior ao do País, apresentando uma percentagem de população idosa superior à média nacional. Os  responsáveis locais e nacionais deverão ter em conta esta realidade, aquando da programação e dotação de meios para fazer face à problemática deste grupo etário.

·         Deverá ser efectuado, a nível de cada freguesia, um levantamento das necessidades da população idosa.

·         O apoio à pessoa idosa deverá ser articulado entre as várias instituições e equipamentos sociais existentes. Tais como outros grupos etários, os idosos têm especificidades próprias, não devendo ser vistas como um grupo improdutivo e marginal em «fim-de-linha».

·         A pessoa idosa é a consequência natural do envelhecimento biológico e do facto de estar na vida, podendo por isso ter algumas limitações físicas, psíquicas e sociais que obrigam a uma atenção própria e a uma intervenção adequada.

·         Os lares, centros de dia e outras instituições são necessárias como opção de escolha do Idoso, e nunca como forma de rejeição ou comodidade familiar. Estes e outros equipamentos afins, são ainda insuficientes para as necessidades do Distrito.

·         As Instituições Particulares de Solidariedade Social, embora apoiadas através de acordos de cooperação, pela sua importância social, carecem de apoios, nomeadamente a isenção do I.V.A.

·         A Família deve ser a referência social do idoso, mesmo quando internado em lar.

·         As Famílias de Acolhimento são um recurso a explorar.

·         Deve ser recuperado e incentivado, na medida do possível, o modelo da família tradicional em que seja possível o encontro de gerações, a troca de saber, experiências, usos e costumes e, na qual o idoso se sinta útil e amado

·         São necessárias políticas de incentivo e apoio à habitação, que permita tornar possível o encontro de gerações.

·         Os mais novos devem crescer num ambiente em que o encontro de gerações contribua para estruturar uma postura de aceitação, compreensão e respeito pela pessoa idosa.

·         É necessário estar disponível, saber ouvir e compreender as especificidades da pessoa idosa.

·         A velhice prepara-se na juventude e deve ser encarada com naturalidade.

·         A marginalização, o desenraizamento e o isolamento social do idoso devem ser prevenidos e contrariados.

·         Devem ser estimulados os contactos interpessoais da pessoa idosa, incentivando-se as «redes de solidariedade informais».

·         A pessoa idosa deve sentir-se socialmente activa, na medida das suas possibilidades físicas, capacidades intelectuais e necessidades sociais.

·         Deve ser incentivada e salvaguardada a mobilidade do idoso através da adaptação da habitação, dos equipamentos sociais e dos transportes às necessidades e especificidades da pessoa idosa, tendo as autarquias uma particular responsabilidade nesta matéria.

·         A sensibilidade para a problemática do idoso deve iniciar-se ao nível da formação de formadores, bem como, incentivar e facilitar a formação dos trabalhadores voluntários e assalariados com os idosos.

·         As políticas de reforma devem prever a possibilidade do reformado não ter um corte abrupto com o seu trabalho, aplicando-se o princípio de que « se deve trabalhar enquanto se pode e se quer », sendo desumano paralisar as pessoas por força da lei.

·         A alimentação do idoso deve ser semelhante à da população em geral, variada e quantitativamente ajustada à sua actividade física e ao seu estado de saúde.

·         O nível civilizacional de uma sociedade mede-se pela atenção que esta dá aos mais indefesos e desfavorecidos, em especial, crianças e idosos.

·         Não compete aos Estados resolver todos os problemas do idoso. À sociedade em geral e em particular às Organizações Não Governamentais cabe um papel fundamental na resolução dos problemas do idoso num espírito de subsidiariedade.

 

 

 

P’la Comissão Executiva

 

(Dr. Manuel Gomes Afonso) 

 

 

 

 

 

 

JORNADAS DA FAMÍLIA

PARÓQUIAS

N.ª  Sr.ª de FÁTIMA e St.ª M.ª MAIOR

        VIANA DO CASTELO

 

 

 

ANO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

 

 

As Paróquias em Jornadas

 

 

            A proclamação, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, de 1994 - Ano Internacional da Família – surge como resultado da progressiva consciencialização das autoridades políticas do perigo que representam as crescentes ameaças à família como célula natural e fundamental da sociedade. Também é a resposta a um conjunto de anseios e esperanças das famílias a nível mundial. O Santo Padre e os Bispos acolheram esta iniciativa, conscientes da importância do A .I. F. , e exortam os fiéis para a participação comprometida nesta efeméride. Este ano é, ainda, o reconhecimento público de que o presente e o futuro da humanidade passam, efectivamente, pela família. “O Futuro da Sociedade depende da Família”, disse o Papa. Daí, pois, o alerta a todas as instituições, quer religiosas quer civis, especialmente aquelas de quem mais directamente depende a elaboração e a aplicação das políticas relativas às famílias.

            É, pois, nesta linha de pensamento, conscientes das realidades locais, que os Conselhos Pastorais Paroquiais de Santa Maria Maior e de Nossa Senhora de Fátima promovem umas “Jornadas da Família”.

            Pretende-se proporcionar, ao público em geral, momentos de consideração e análise sobre os problemas actuais da família, levando as famílias a reflectir sobre a sua importância como meio de humanização da sociedade.

            A sociedade é como que um espelho da família. A “saúde” ou “doença” desta, contagia, de imediato, a sociedade, tornando-a, de igual modo, saudável ou doente.

            Deseja-se que não seja somente mais uma iniciativa, mais uma semana de reflexão, mais umas jornadas ou mais uns colóquios. O seu objectivo é “despertar”, penetrar no seio das famílias, sensibilizar os seus membros para a crise ou ausência de valor nas mesmas, para a falta de pontos de referência da juventude. Só “sacudindo” e “despertando” as pessoas é que as famílias serão atingidas e, dessa forma, invertida a tendência negativa que se vem observando.

            Oxalá no final das Jornadas todos os participantes se possam tornar agentes evangelizadores da Família, testemunhando e influenciando a sociedade através da vivência saudável do seu ambiente familiar.

 

 

26/03/1994

 

 

A Comissão Executiva

 

 

 

 

JORNADAS DA FAMÍLIA

PARÓQUIAS

N.ª  Sr.ª de FÁTIMA e St.ª M.ª MAIOR

        VIANA DO CASTELO

 

 

 

 

SESSÃO DE ABERTURA

 

 

 

            Em nome de todos quantos programaram e deram execução a estas “Jornadas da Família” apresentamos a todos os presentes as nossas boas vindas e, desde já, agradecemos a vossa participação nas diversas sessões.

            Trata-se de uma organização conjunta das Paróquias de Santa Maria Maior e Nossa Senhora de Fátima, a qual tem por fim não tanto celebrar o Ano Internacional da Família mas antes aproveitar este acontecimento para levar as famílias a reflectir sobre múltiplos problemas que as afligem, alguns dos quais talvez lhes passem despercebidos, apenas lhes sentindo os efeitos.

            Ao ser proclamado 1994 - Ano Internacional da Família - o poder civil e político manifestou publicamente a sua preocupação pelas crescentes ameças que a família, como célula natural e fundamental da sociedade, vem sofrendo. E, desta forma, foi indirectamente reconhecida a razão da Igreja que há muito vinha alertando para esta situação, consciente de que a saúde ou a doença da sociedade estão directamente relacionadas com a saúde ou doença das famílias.

            Seguros, pois, desta realidade, deseja-se que estas não sejam apenas mais umas jornadas ou mais uns colóquios. O seu objectivo é despertar, penetrar no seio das famílias e sensibilizar os seus membros de forma a que, com o contributo de todos, se possa ir invertendo a tendência negativa da sociedade.

            Oxalá, no final, todos os participantes se possam tornar agentes evangelizadores da família, testemunhando e influenciando a sociedade através da vivência saudável no seu ambiente familiar.

 

            Viana do Castelo, 24 de Abril de 1994

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

         

Caixa de texto: JORNADAS DA FAMÍLIA

 
 


Paróquia

* N.ª Sr.ª de Fátima

* S.ta Maria Maior

 

 

24 de Abril a 01 de Maio de 1994

 

 

 

ANO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

 

 

 

 

 

Objectivo Geral               Sensibilizar a opinião pública e as comunidades paroquiais para os problemas da família.

 

Destinatários                   Todos os paroquianos em geral e dum modo particular: Pais e Mães de família, jovens, médicos, educadores, catequistas, professores, assistentes sociais, políticos, membros de movimentos e obras, trabalhadores de Instituições Sociais, etc.

 

Local                                 Auditório do Centro Social e Paroquial de S.ta Maria Maior.

 

Organização                    Conselhos Paroquiais de Pastoral das Paróquias de N.ª Sr.ª de Fátima e de S.ta Maria Maior.

 

 

Programa

 

 

 21h15      1- “O Homem, o Amor e o Sentido da Vida”

Caixa de texto: DIA 24.04          

1 - A Felicidade e o Sentido da Vida.

Mons. Reis Ribeiro – Director do Notícias de Viana

2 - Análise da crise espiritual do Homem.

P.e Dr. Agostinho Castro – Superior do Seminário do Carmo

3 - A sexualidade humana e a lei natural.

Dr. Miranda de Melo – Médico Especialista e Director do HDVC

4 - Do Amor surge a Vida – A Paternidade Responsável.

Dra. Paula Sampaio e Eng.º José Sampaio (Médica e Eng. Civil)

* Música clássica (Irmãos Cerqueira)

 

 

Caixa de texto: DIA 26.04 21h15      2- “O Cristianismo e a Família”

                      

1 - Os princípios básicos da Família na perspectiva da Igreja.

Frei Bernardo Domingues, O. P. - Professor da Universidade Católica

2 - A Família em transformação e os valores na sociedade.

      P.e Dr. Valdemiro Domingues – Professor e Pároco

* Música clássica (Irmãos Cerqueira)

 

 

 

Caixa de texto: DIA 27.04 21h15      3- “O Trabalho e os Direitos Económicos da Família”

                      

1 - O Trabalho familiar não remunerado – um valor económico a defender.

           Dr. Oliveira e Silva – Advogado e Deputado

2 - Os Direitos Económicos da Família.

      Dr. Branco Morais – Economista e Professor do Instituto Politécnico

* Declamações

 

 

Caixa de texto: DIA 28.04 21h15      4- “Subsdiariedade à Família”

                      

1 – O Estado e a Família.

           Dra. Filomena Bordalo – Directora Regional da Segurança Social

2 - A Paróquia como apoio de espaço às famílias

     P.e Artur Coutinho – Pároco de N. S. de Fátima

3 - A Consciência e a motivação para o serviço de voluntariado.

     Cón. Constantino M. Sousa – Pároco de Sta. Maria Maior

* Cavaquinhos (Escola de Música do Centro Social Paroquial)

 

 

  21h15      5- “A Sociedade e a Família”

Caixa de texto: DIA 29.04                      

1 - A Família para além das Ideologias.

     Conceição e José Maria Sousa – Professora e Técnico de Finanças

2 - A Política ao serviço da Vida.

     Dr. Euclides Rios – Professor e Jornalista

* Música Popular (Escola de Música do Centro Social Paroquial)

 

 16h00      6- “O Jovem e a Família”

                      

1 - A delinquência juvenil e a família no século XX.

     Dr. Miguel Forte – Delegado do Ministério Público

2 - O Jovem no seio da Família.

     Dra. Alexandra Lopes – Advogada em estágio

* Canções

 

 18h15      7- “A Eucaristia – consolidação da Família cristã”

 

 

 

  21h15      8- “Problemas da Família e Respostas”

Caixa de texto: DIA 30.04                      

1 - A Família e a criança numa sociedade em mudança (O direito à mudança na qualidade). Dr. Rui Osório – Redactor Principal do JN

2 - A Família lugar ideal para a sobrevivência do Idoso (O direito a uma velhice de qualidade). Dra. Maria Augusta Manso – Psicóloga e Professora do Instituto Politécnico.

3 - A Família espaço normal para o crescimento da criança e as estruturas sociais de apoio: Creche e Infantário. (O direito à formação e ao convívio). Izilda Aguiar – Educadora de Infância

4 - As crianças em situação de risco e à família (O direito a uma vida de qualidade). Dra. Luísa Sousa – Assistente Social

5 -  Os sem Família e a integração Social (O direito à Família)

6 - A Família espaço adequado ao desenvolvimento do deficiente (O direito à existência). Manuel Domingues – Director da APPACDM

7 - As associações juvenis ao serviço da Família (O direito da Família à cooperação). José Carlos Loureiro – Professor estagiário, curso de História

8 - A adopção como resposta – testemunho de um casal...

* Coral Polifónico

 

 

Caixa de texto: DIA 01.059 “Festa da Mãe”

    A realizar nas respectivas Igrejas paroquiais.

           

1 – Eucaristia e Festa para as Mães pelas crianças da Catequese.

                        

 

COMISSÃO EXECUTIVA

Aníbal Esteves

Maria Regina Magalhães

Filipe João Manso

Lia Martins de Carvalho

José Pedro Pereira

Idalina Barbosa

Felisberto Eira

Maria Donzília da Rocha

 

           

Telefones para contacto

058 823029 e 822436

   (Fax 823029)

 

 

Paróquia de N. ª Sr. ª de Fátima e Paróquia S.ta  Maria Maior – Viana do Castelo

 

“O Futuro da Sociedade depende da Família”João Paulo II

 

 

 

ANO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

 

Conclusões Das Jornadas Da Família

 

Paróquias de St.ª Maria Maior e N.ª Sr.ª de Fátima

24 de Abril a 01 de Maio de 1994

 

 

 

Terminadas as “Jornadas da Família”, promovidas pelas Paróquias de Santa Maria Maior e Nossa Senhora de Fátima, realizadas de 24 de Abril a 1 de Maio, no Auditório do Centro Social de Santa Maria Maior, chegou-se, após analisadas as intervenções e debates por estas motivados, às seguintes conclusões:

 

* A celebração do Ano Internacional da Família valerá pelos seus resultados práticos, a nível da sensibilização das famílias para a sua importância na humanização da sociedade e pelas medidas políticas e legislativas que a mesma possa ter motivado.

 

* Os valores humanos só serão respeitados na sociedade na medida em que os mesmos forem vividos no seio das famílias.

 

* O amor vivido em diálogo, doação, partilha e comunicação é uma contribuição fundamental para a felicidade e para a alegria.

 

* Essa felicidade depende da aceitação de nós próprios, tal como somos, e, consequentemente, da aceitação dos outros para o diálogo numa perspectiva de paz e amor.

 

* A crise espiritual e cultural dos nossos tempos caracteriza-se pela subversão da ordem dos valores estáveis, pelo materialismo e pelo secularismo.

 

* A vida em casal implica um amor plenamente humano, total, fiel, exclusivo e fecundo, aberto à transmissão da vida.

 

* Um casamento estável exige maturidade intelectual, afectiva, social e ética, bem como um conhecimento recíproco aprofundado e a aceitação clara da respectiva identidade do outro.

 

* O trabalho familiar não tem preço. No entanto, é incontestável e oficialmente reconhecida a sua importância como valor económico. É urgente, por isso, que o trabalho doméstico, em regime de exclusividade, seja convenientemente remunerado.

 

* A Família deve ser naturalmente uma escola administrativa onde o consumo nunca se sobreponha à produção. Sempre que ocorre a inversão desta situação, a Família enfraquece e é abalada na sua estrutura.

 

* A Família é, para além de “berço” e espaço privilegiado de educação, socializadora, desenvolvendo e transmitindo valores, e é garantia de coesão do tecido social.

 

* O aumento da delinquência juvenil está grandemente relacionado com o mau uso do aumento das liberdades individuais. É necessário, por isso, que a autoridade paternal seja exercida com firmeza, embora sem prepotência, mas também sem demasiada benevolência, isto é, sem demissão do direito de educar.

 

* É necessário pensar na desmarquetização para que o Homem seja menos robot, mais responsável pelos seus actos e, consequentemente, menos dependente de influências exteriores.

 

* A Paróquia é um espaço generoso de acolhimento. É o centro convergente das famílias, onde, em comunhão com elas, são vividos os grandes momentos da festa da Fé na Família.

 

* A oração comprometida leva o orante a descobrir que é necessário fazer da vida oração pessoal e familiar geradora de esperança e de paz, pela abertura à “boa nova” do encontro com DEUS.

 

* O voluntariado implica espontaneidade e gratuitidade e exige disponibilidade para estar pronto e apto a substituir o familiar que não existe ou está ausente. É urgente desenvolver a consciência de voluntariado na sociedade de hoje.

 

* A consolidação da Família passa pela Eucaristia. Na Família, igreja doméstica, não pode faltar o Altar, o Ambão e o Sacrário. Na Família há sacrifício e comunhão, palavra e diálogo, coração e amor, tudo o que existe numa Eucaristia em plenitude.

 

 

 

 

A Comissão Executiva

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 JORNADAS da 

tolerância

 

Caixa de texto: JUVENTUDE         

Vocação, Juventude e Seminário

 

 

 

Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima

                                                                                         1995

 

 


FESTA DA PADROEIRA

 

 

 

 

 

OBJECTIVOS: 

 

Sensibilizar e consciencializar as Famílias da sua importante posição enquanto suporte básico de transmissão de valores, tais como o respeito pelo outro, a capacidade de convivência, a solidariedade, a realização pessoal, o compromisso eclesial e os deveres individuais e colectivos.

 

 

 

DESTINATÁRIOS:

 

Todos os paroquianos em geral e, dum modo particular, Pais e Mães de Família, jovens, médicos, educadores, catequistas, professores, assistentes sociais, políticos, membros de movimentos e obras, utentes e trabalhadores de Instituições Sociais, etc..

 

 

 

LOCAL: 

 

Auditório do Seminário do Carmo.

 

 

 

PROGRAMA: 

       Dia 9 de Maio 

 

21h30 – O Seminário Diocesano, espaço de desenvolvimento comunitário e formação humanista.

Prof. Dr. Manuel Costa Santos (Prof. da Universidade Católica).

 

Responsabilidade da escola ao despertar da Vocação.

Prof. Dr. Valdemiro Domingues (Director do Dep. Diocesano do Ensino Religioso nas  Escolas).

              Dia 10 de Maio

 

21h30 – O Respeito e  a Tolerância para com as vocações não concretizadas.

Frei Mário Bota (Prof. de Sociologia na Universidade Nova de Lisboa).

 

               O Divorciado (o separado) e a sua inserção na Comunidade: Família, Igreja e Sociedade.

Dr. Edmundo Soares (Prof. do Colégio do Rosário – Porto).

 

 

               Dia 11 de Maio

 

21h30 –  A Família, Escola e Paróquia na Educação Sexual da Juventude.

Dra. Maria Augusta Manso (Prof. da ESE – Viana do Castelo).

 

               O Alcoolismo, Toxicodependência e outras razões de conflitos, de rupturas familiares e sociais.

Dra. Lucinda Neves (Directora do CAT de Viana do Castelo).

 

               Os direitos das minorias e o respeito pelas diferenças.

Prof. Dr. Rui Morgado (Director da Faculdade de Farmácia do Porto).

 

 

 

ORGANIZAÇÃO:

 

Conselho Paroquial de Pastoral da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

 

 

 

COMISSÃO EXECUTIVA:

 

            Membros do Centro Paroquial de Formação (CPF).

 

 

 

 

 

Caixa de texto: FESTA DA PADROEIRA

 

       Dia 12 de Maio

 

21h30Procissão de Velas da Igreja para a Capela de Nossa Senhora das   Necessidades.

 

       Dia 13 de Maio

 

16h40 – Inauguração da Sede do Escutismo - Rua Campos Monteiro   (Abelheira)

 

17h30 – Marcha para a Igreja.

 

18h15 Missa Solene.

 

19h30 – Inauguração do “Humanitus Fórum, assinaturas do protocolo de  Cooperação com o CER (Centro de Estudos Regionais) e Porto de Honra (Largo das Carmelitas, n.º 504).

 

- Arraial nocturno com iluminações e música por um Famoso Conjunto e ainda a participação do Grupo de Cavaquinhos – Samaritano.

 

       Dia 14 de Maio

 

09h30 Festa da Palavra, capela de Nossa Senhora das Necessidades.

 

10h00 – Procissão Solene a sair da Capela de Nossa Senhora das Necessidades para a Igreja Paroquial.

 

11h00 Missa da Catequese.

 

13h00 – Almoço-Convívio (por inscrição).

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FÓRUM

“Abelheira: Tradição e Modernidade. Que futuro?”  

 

 

8 de Maio de 1996

“Abelheira: Tradição e Modernidade. Que Futuro?”

 

1- “A Abelheira na Geografia e na Memória da Cidade”

Orador: Dr. Francisco José Carneiro Fernandes, Prof. do Ensino Secundário

 Moderador:  Prof. P.e Costa Neiva, Professor Universitário e 1º Pároco da Paróquia de Nossa  Senhora de Fátima.

 

2- Testemunho Abelheirense.

 

3- Animação musical

 

“A preservação dessas condições ambientais que favoreçam um melhor desenvolvimento e convivência humana é um dever moral, um novo desafio à criatividade e à responsabilidade de todo o empresário”. - Solicitudo rei socialis de João Paulo II

 

 

9 de Maio de 1996

“Abelheira: Tradição e Modernidade. Que Futuro?”

 

1- “A Abelheira no enquadramento sócio-económico de Viana do Castelo”

Orador: Dr. Carlos Branco Morais, Economista

Moderador: Dr. Romeu de Sousa, Advogado

 

2- Testemunho da Escola do 1º Ciclo da Abelheira.

 

3- Animação musical.

 

“A destruição do meio ambiente é o resultado de uma visão redutora e antinatural que denota às vezes um verdadeiro desprezo do homem”- João Paulo II

 

 

10 de Maio de 1996

“Abelheira: Tradição e Modernidade. Que Futuro?”

 

1- “Algumas coordenadas culturais do lugar da Abelheira” ( Painel)

* “Toponímia da Abelheira”

    P.e António Baptista, Pároco da Facha e investigador.

* “Formas de religiosidade popular”

    P.e Artur Coutinho, Pároco de Nossa Senhora de Fátima.

* “Património cultural e religioso”

       Dr. José Carlos Loureiro, Prof. do Ensino Secundário.

* “Aspectos Antropológicos”

       Dr. José Rodrigues Lima, Prof. do Ensino Secundário

Moderador: Dr. Rui F. Viana, Director da Biblioteca Municipal.

2- “Testemunho Abelheirense

 

“A terra está na desolação”. “A terra foi profanada por seus habitantes... Por isso a maldição devora a terra... Os crimes dos homens pesaram sobre ela”. - Is 24,4 - 6.19-20

 

 

11 de Maio de 1996

“Abelheira: Tradição e Modernidade. Que Futuro?”

 

1- “Tradição e Modernidade. Que futuro para a Abelheira?” (Painel)

* “O Plano de urbanização da Cidade e a Abelheira?”

     Dr. Defensor Moura, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, e Técnicos da Câmara Municipal.

* “Tradição e Modernidade Ambiental”

     Eng. Horácio Faria, Presidente do NAIA.

* “Tradição e Modernidade Urbanística”

     Arq. Fernando Meireles dos Santos.

* “A Abelheira nas preocupações da Junta de Freguesia”

    Junta de Freguesia.

Moderador: Arq. Vasco Cameira da Comissão de Coordenação da  Região Norte.

 

2- “Testemunho Abelheirense”

 

“...são de mencionar os graves problemas da moderna urbanização, a necessidade de um urbanismo preocupado com a vida das pessoas, bem como a devida atenção a uma «ecologia social do trabalho»” - Centesimus annus de João Paulo II

 

Local:

Auditório do Lar de Santa Teresa,

Largo das Carmelitas, Viana do Castelo

 

Horário

Início das sessões : 21h30

 

Comissão executiva

 

            * Dr. Albino Nunes Ramalho

            * Dr. Francisco José Carneiro Fernandes

            * Dr. José António Cambão

            * Dr. José Carlos Loureiro

            * Dr.ª Isabel L. Rodrigues

            * Enf. Olinda Ferraz

 

Apoios / Patrocínios

 

            * Governo Civil

            * Câmara Municipal de Viana do Castelo

            * Junta de Freguesia de Santa Maria Maior

            * Centro de Estudos Regionais

            * Comissão Fabriqueira da Paróquia

AS  TERRAS  TAMBÉM  TÊM  UMA  ALMA

 

 

Por uma terra com rosto, com vida, com alma...

           

“Preservar as condições de habitabilidade da terra, para que os valores ecológicos, culturais, históricos e monumentais não se percam ou descaracterizem mas se desenvolva e incrementem, é hoje considerado um dever cívico, e um imperativo cristão para que o magistério da igreja vem chamando a atenção cada vez com mais insistência.

            Com o fim de alertar para este objectivo, efectuou a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima o Fórum “Abelheira: Tradição e Modernidade. Que Futuro?”, em Maio do ano passado, cujas conclusões se lembram a seguir.

 

            n Uma vez que os espaços verdes, numa zona de acentuada tradição rural, estão a desaparecer, impõe-se a necessidade de concretizar e aplicar planos de pormenor para a zona oriental de Viana do Castelo (Abelheira), tendo em vista uma adequada utilização dos espaços e uma equilibrada e correcta definição das funções de ocupação do solo.

 

            n Face ao desaparecimento das manchas de ruralidade, acentuando-se a sua transformação em dormitório da cidade, e para lhe conferir condições de habitabilidade de acordo com os imperativos da pessoa humana e combater o surgimento de comportamentos marginais, é imperiosa a implementação das seguintes medidas:

· a construção do Centro Paroquial da Abelheira, de há muito reclamado às autoridades municipais;

· a criação de zonas de convívio e de lazer e de manchas verdes disseminadas;

· a valorização dos equipamentos já existentes, nomeadamente a Escola do 1º Ciclo e a Escola C+S da Abelheira, dotando-as das condições e dos espaços que carecem;

· incrementação do adequado policiamento, praticamente inexistente.

 

n A sensibilização dos novos residentes da Abelheira e da cidade para os valores específicos que nos aspectos cultural, etnográfico, religioso, monumental e artístico informaram a comunidade da Abelheira, em ordem à sua preservação e valorização, afigura-se uma tarefa inadiável.

 

n Criação de um espaço de alcance cultural e social, numa área natal, para dar a conhecer aos vindouros as memórias e vivências da Abelheira que, em muitos casos, deram corpo e alma à cidade de Viana do Castelo, seja nos transportes (carreteiros), no comércio de ferragens, seja na própria construção civil (ferreiros), nos serviços de higiene e limpeza (lavadeiras) e ainda no sector alimentar através dos tempos (cultura de legumes, milho, trigo, centeio e produção de vinho).

Caixa de texto:  É preciso Respeitá-la!
 


“O empenho teórico e prático, pela defesa e pela promoção da vida, em conexão com o compromisso para a construção de uma sociedade fundamentada na justiça e na solidariedade, constitui uma dimensão básica da humanização, tal como proposta pela revelação bíblico-cristã”.

                                                                                                        A . Garcia Rubio

 

“A destruição do meio ambiente é o resultado de uma visão redutora e antinatural que denota às vezes um verdadeiro desprezo pelo homem.”

João Paulo II,Dia Mundial da Paz, 1990

FESTA DA

padroeira

 

 

Dia 8

O Homem e a Natureza – Uma Relação Ética”

por Mons. Reis Ribeiro, no Auditório do Lar de Sta. Teresa.

 

Dia 9

“Desenvolvimento Económico e o Equilíbrio Ecológico”

pelo Eng. Mário Russo, no Auditório do Lar de Sta. Teresa.

 

Dia 10

14h00  Visita guiada ao Lugar de Abelheira

21h30  Procissão de Velas em Honra de N. S. de Fátima, a sair da Capela  do Senhor do Alívio.

 

Dia 11

18h15 – Terço e Celebração da Eucaristia na Capela de N.ª Sr.ª das Necessidades.

 

Dia 12

21h30   Procissão de Velas da Capela de N.ª Sr.ª das Necessidades para a Igreja Paroquial.

 

Dia 13

19h15 – Celebração Solene da Eucaristia.

                         – Jantar-convívio, por inscrição.

 

Dia 15

21h30 – Na Igreja Paroquial “Missão para a Comunhão” por Georgino Rocha.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SEGUNDAS JORNADA DO IDOSO

Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima

26 a 31 de Janeiro de 1998

 

 

 

Apresentação

 

            Abordar a problemática do envelhecimento e das respostas que a sociedade deve encontrar para satisfazer as necessidades específicas dos idosos é uma exigência directamente relacionada com o nível civilizacional de uma comunidade.

            Estamos hoje no limiar da fronteira entre as respostas de sobrevivência e as respostas do bem-estar, da felicidade, acrescentando qualidade de vida aos ganhos na esperança média de vida.

            A abordagem das questões relativas à saúde, ao conforto e ao bem-estar dos idosos deverá tender para a dessacralização, sendo os prestadores de cuidados de saúde apenas uma das parcelas contributivas desses pressupostos, no sentido de possibilitar a máxima fruição da vida, a máxima autonomia e felicidade da pessoa idosa. Os profissionais de saúde não são os únicos nem os principais agentes do sistema, mas sim um dos componentes, em parceria com os sujeitos do processo, com a família e com outras estruturas organizadas da sociedade.

            Nesse sentido, surgem estas Segundas Jornadas do Idoso, nas quais, possivelmente, algumas ortodoxias não serão integralmente respeitadas.

            Espera-se que estas Jornadas propiciem, com simplicidade e desinibição, o tempo e o espaço de debate com o maior número de sujeitos e agentes interessados nos processos do envelhecimento, conforto e bem-estar da pessoa idosa.

            Delas esperamos conclusões pertinentes e, provavelmente, o mundo pulará e avançará na justa medida do saber, da imaginação e da motivação de cada um dos participantes.

               

 

Objectivos

 

- Sensibilizar as populações em geral e as instituições para a problemática do envelhecimento.

- Contribuir para a melhoria da qualidade de vida do idoso.

- Envelhecer com felicidade.

 

Destinatários

 

- Idosos;

- Familiares;

- Jovens;

- Médicos e Enfermeiros;

- Assistentes Sociais;

- Outros prestadores de cuidados aos idosos.

 

Organização

 

* Centro Social e Paroquial de  Nossa Senhora de Fátima (Centro de Dia)

 

 

Colaboração

 

* Centro Sub-Regional de Saúde de Viana do Castelo;

* Direcção Sub-Regional de Segurança Social de Viana do Castelo;

* Hospital de Santa Luzia;

* Governo Civil e Câmara Municipal de Viana do Castelo.

 

Comissão Executiva

 

- Dr. Manuel Afonso (Médico);

- Dr. Emídio Morais (Médico);

- Dr.ª Benedita Correia (Ciências da Educação);

- Dr.ª Cristina Pires (Assistente Social);

- Maribela Machado (Educadora Social);

- Rui Castelejo (Voluntário);

- Dr. Pires Moreira (Reformado).

 

Secretariado

 

* Cartório Paroquial - Elsa Fernandes

  Telefone: 823029 / 811088; Fax: 823029

 

Local

 

- Tarde: “Humanitus Fórum”, Rua da Bandeira, 504;

- Noite: Auditório do Lar de St.ª Teresa, Largo das Carmelitas

 

 

 

PROGRAMA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


           

 

 

 

 

 

 

 

 

   29 de Janeiro

 
 

 

 

 

 

 


           

             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


SEMINÁRIO: “Saúde dos Idosos - Envelhecer com Qualidade”

 

30 de Janeiro (programa  anexo)         

 

 

8h30 - Abertura do Secretariado.

 

9h00 - Sessão de Abertura

 

9h15 Contributos para o Bem-estar do Idoso

            * Alimentação do Idoso – Alegrias e Pesadelos  Dr. Rui Teixeira

* Prevenção de Acidentes Domésticos / Promoção do Conforto no Lar – Dr. Emídio Morais

* A Higiene do Idoso – Prática e Bom Senso – Enf. Emília Azevedo.

Moderador: Dr. José Manuel Soares.    

 

Intervalo – Café.

 

11h00Prevenção da Patologia da Imobilidade

            * Dr. Carlos Rio - Fisiatra;

            * Dr. João Carlos Tavares - Clínico Geral;

            * Dr.ª Clara Gomes - Prof.ª da E.S.E.V.C.;

            * Dr. João Carlos Parente - Enfermeiro.

Moderador: Dr. João Pimenta

Almoço.

 

14h30Acidentes Vasculares Cerebrais ¾ Novas Abordagens

            * Dr. Adriano Natário - Direcção Geral de Saúde;

            * Dr.ª Ivone Marques - Internista;

            * Dr. Valdemar Valongueiro – Neurologista;

            * Dr.ª Isabel Venâncio - Clínica Geral.

Moderador: Dr. Miranda de Melo.

 

Intervalo – Café.

 

16h30 - O que Falta aos Grandes Dependentes do Distrito? ¾ Mitos e Realidades.

            * Dr. Alberto Vasconcelos - Médico de Saúde Pública;

            * Dr.ª Maria Olinda Amaral - Assistente Social;

            * Dr.ª Otília Cardoso - Enfermeira;

            * Dr.ª Manuela Coutinho - Assistente Social;

            * Dr. Costa e Silva - Chefe de Divisão de Acção Social.

Moderador: Dr. Alcindo Barbosa Maciel.

 

18h00 - Encerramento.

 

Local: Auditório do Lar Santa Teresa.      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FÓRUM

 

“AMBIENTE E CIVISMO”

 

 

PROGRAMA

 

6 de Maio de 1998 - HUMANITUS FÓRUM

            17,30 Horas

 

* Abertura do Fórum e lançamento da reedição do livro “A cidade de Viana do Castelo no passado e no presente – da Bandeira à Abelheira” da autoria do Padre Artur Coutinho, com apresentação do Dr. Francisco Carneiro Fernandes.

 

 

7 de Maio de 1998 - AUDITÓRIO DO LAR DE SANTA TERESA

            21,30 Horas

 

* Colóquio sobre “Ética e Ambiente”, orientado pelo Dr. Henrique Manuel Pereira, da Universidade Católica Portuguesa.

 

 

8 de Maio de 1998 - AUDITÓRIO DO LAR DE SANTA TERESA

              21,30 Horas

 

* Painel sobre “Educação, planeamento e gestão ambiental” com intervenções de responsáveis da Direcção Regional do Ambiente do Norte, Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e associações ambientais: Amigos do  Mar, Quercus, FAPAS, NAIAA, CER.

 

 

9 de Maio de 1998 - AUDITÓRIO DO LAR DE SANTA TERESA

            16,00 Horas

 

Colóquio – Debate “Sociedade de consumo e qualidade de vida”, orientado pelo Dr. Mário Freitas, da Universidade do Minho.

 

- CAPITÃES DE ABRIL

   21,30 Horas

 

Procissão de velas e missa campal na Urbanização “Capitães de Abril” de S. Vicente, com alocução sobre “O ambiente na sua relação com o Espírito” pelo P.e Dr. José Maria Gonçalves, Pároco de Candemil – Vila Nova de Cerveira.

Este acto, bem como os restantes do fórum, integra-se nas cerimónias da celebração da Padroeira, Nossa Senhora de Fátima, cujo dia principal ocorre no dia 13 de Maio.

 

 

 

Fórum

                Ambiente

                Civismo

 

... um contributo para...

 

1.  Promover

debate e confronto de ideias e experiências sobre os problemas ambientais.

2.  Consciencializar

para o papel dos valores ecológicos na formação integral do ser humano.

3.  Alertar

para a incidência dos comportamentos e atitudes das pessoas na qualidade do ambiente.

4.  Equacionar

os problemas do desenvolvimento com qualidade de vida e preservação do ambiente.

 

 

Pensamentos...

 

“A terra não é uma herança.

 Recebemo-la de empréstimo dos nossos filhos.”

                                                                                  (Provérbio indiano)

 

“ Um conceito muito divulgado é a ideia de que quem prejudica o ambiente são   certos sectores da actividade humana potencialmente poluentes como a agricultura, a indústria, certos serviços, etc.. Porém, a defesa do ambiente começa, antes de tudo, nas atitudes de cada um.

(Dr. Mário Freitas)

 

“... Mais importante que saber coisas sobre ambiente é amar o ambiente e, principalmente, fazer alguma coisa para o defender.”

(Idem)

 

 

Organização

 

Comissão Fabriqueira da Paróquia de Nª Sª de Fátima – Viana do Castelo

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FÓRUM

 

“AMBIENTE E CIVISMO”

 

 

CONCLUSÕES

 

* A Natureza está a esgotar-se progressivamente. Os recursos naturais pareciam inesgotáveis, ainda nos princípios deste século, mas hoje estão a mostrar os seus limites. Particularmente se afigura como uma necessidade imperiosa o repovoamento florestal das zonas ardidas ou destruídas, dado considerar-se já terem sido ultrapassados os limites dos recursos mínimos à vida do planeta.

 

* Como em tudo, também em Ecologia os extremismos são perniciosos. É no meio termo que se joga o necessário equilíbrio que conduzirá o homem a um uso racional e ponderado da Natureza, devendo nortear-se para com ela por uma atitude de condómino e não de domínio despótico.

 

* Uma visão sacralizada da natureza tem conduzido, da parte de certos movimentos, a uma visão unilateral da mesma. É na sua condição de recurso ao serviço do homem que adquire todo o seu significado. Os princípios de equilíbrio, harmonia e desenvolvimento sustentado devem estar na base da exploração e utilização dos seus recursos.

 

* É preciso estarmos atentos às relações de interdependência existentes na Natureza. A destruição de um elemento, numa cadeia trófica, pode implicar a extinção em bloco, pois na Natureza “tudo se relaciona com tudo e em todos os tempos”.

 

* Os motivos económicos e a moral ecológica quotidiana são quase sempre minimalistas e inibidores de maior audácia no aspecto de políticas e comportamentos ambientais. Quando a protecção do  ambiente colide com os interesses de política económica ou individuais, não abdicamos facilmente do nosso egoísmo e comodismo imediatos, pelo que se faz sentir a necessidade de uma verdadeira educação e responsabilidade ambiental a todos os níveis.

 

* No caso concreto de Viana do Castelo, é preciso estarmos atentos aos valores ambientais de que ainda disfrutamos para melhor os defender e preservar.

 

* A defesa e a preservação do meio ambiente é hoje uma questão essencial para uma vida com o mínimo de qualidade e de dignidade. Exige, da parte do ser humano, uma nova consciência dos valores ambientais que assenta numa educação permanente e em todas as fases do desenvolvimento do homem.

 

* Como instâncias da educação ambiental ressalta-se, pelo alcance da sua acção e pela possibilidade de induzir comportamentos, o papel da Família, da Escola, da Igreja e do Movimento Associativo.

 

* Os problemas do ambiente traduzem uma errada relação do Homem com a Natureza e dos Homens entre si: implicam respeito do Homem pelos outros elementos: consciência dos direitos e deveres de uns e de outros. Daí que a alteração deste estado de coisas remeta sempre para o domínio da educação e do civismo, o que implica alteração de comportamentos e de atitudes.

           

* A melhoria da qualidade do ambiente exige o empenhamento, político e social, dos diferentes órgãos do poder e a assunção da responsabilidade individual dos cidadãos – condição essencial para o sucesso de qualquer medida de política ambiental.

 

* A informação desempenha um papel imprescindível na criação de uma nova consciência e atitude ambientais. É obrigação dos órgãos do poder informar de forma clara, precisa e oportuna sobre tudo quanto tenha incidência na qualidade do ambiente.

 

* Se todo o Homem deve ser solidário com a Natureza e com o seu semelhante, por mais motivos o Cristão, iluminado pela fé, deve empenhar-se não só para evitar agressões à Natureza, mas para considerar como imperativo moral a melhoria do ambiente, dignificando-o com a sua presença e valorizando-o com a sua acção

 

* É possível conciliar consumo e qualidade de vida. Sendo assim, o conceito de qualidade de vida deve centrar-se mais no ser do que no ter, e manifestar preferência por bens e produtos não agressores do ambiente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONCURSO DE FOTOGRAFIA

 

“OLHARES SOBRE O AMBIENTE”

 

 

 

REGULAMENTO

 

1. Objectivo e Tema

 

Este concurso tem como objectivo primordial sensibilizar e alertar, através de imagens fotográficas, para os problemas ambientais do meio em que vivemos. Cabem aqui numerosos motivos, perspectivas e enfoques, pelo que o tema geral do concurso seja justamente “Olhares sobre o Ambiente”.

 

2. Trabalhos Fotográficos

 

As fotografias deverão ser originais, não publicadas ou expostas, resultantes de negativos a CORES, que serão apensos aos trabalhos apresentados a concurso.

Cada participante poderá concorrer com um número máximo de 5 trabalhos, cujo formato deverá ser 18x24 cm.

No verso de cada fotografia deverá ser indicado o título e o pseudónimo do concorrente.

 

3. Quem pode concorrer

 

A participação neste concurso é aberta a todos os alunos das Escolas C+S e Secundárias de Viana do  Castelo.

 

4. Entrega de trabalhos

 

4.1- O prazo limite, para a entrega, será dia 30 de Abril de 1998, até às 19 horas, esta deverá ser feita em mão ou pelo correio, para:

 

               Comissão Organizadora do Concurso de Fotografia

               Cartório da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

               Largo das Carmelitas

               4900 Viana do Castelo

 

4.2- Aos trabalhos submetidos a concurso deverá juntar-se um envelope fechado, contendo, no exterior, o pseudónimo do concorrente e, no interior, fotocópia do bilhete de identidade, endereço e telefone do concorrente.

 

5. Prémios

 

5.1- Serão atribuídos prémios aos três trabalhos melhor classificados e cinco menções honrosas.

5.2- As fotografias premiadas serão propriedade da Organização, a quem será cedido o negativo/diapositivo. Esta Comissão reserva-se o direito de utilizar trabalhos para exposição/publicação, abdicando assim os concorrentes de quaisquer direitos de autor. Nessas situações será sempre salvaguardada a indicação do nome do autor. A Comissão tomará ainda o máximo cuidado na conservação dos trabalhos recebidos, não se responsabilizam por eventuais danos ou extravios.

 

6. Avaliação dos trabalhos

 

Um júri, multidisciplinar de cinco elementos e integrando personalidades com formação específica, apreciará todos os trabalhos sujeitos a concurso, de modo a atribuir os prémios e as menções honrosas. Poderá, eventualmente, não atribuir prémios caso considere que os trabalhos não possuam a qualidade necessária.

As decisões do júri são soberanas e não admitem recurso.

A participação neste concurso implica a aceitação integral deste regulamento.

 

7. Publicação dos resultados / entrega de prémios / exposição

 

7.1- A publicação dos resultados e a distribuição dos prémios será feita em cerimónia pública, em local e data a anunciar, após a avaliação de todos os trabalhos admitidos a concurso.

7.2- Será feita uma exposição com todos os trabalhos concorrentes, durante a realização do Fórum, nas instalações do HUMANITUS FÓRUM, à Rua da Bandeira, em frente à Igreja das Camelitas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FÓRUM

 

“AMBIENTE E CIVISMO”

 

 

De casa para a escola, os miúdos observam a Natureza

 

Como estratégia de catequese e de sensibilização para os problemas do Ambiente e Civismo, tema do fórum que a Paróquia levou a efeito por ocasião das celebrações da Padroeira, foram os alunos das escolas do 1º ciclo da cidade convidados a reflectir sobre essa temática. De concreto, foi-lhes sugerida a participação num concurso em que fixariam, num desenho e suporte escrito, a sua visão do ambiente no percurso que diariamente fazem de casa para a escola. Daí o tema do concurso – De casa parar a escola, eu observo a Natureza – como forma de reflectir precisamente esse objectivo.

Responderam ao convite as Escolas da Meadela, Darque, Carmo e Abelheira, num total de cerca 350 trabalhos que estiveram expostos no HUMANITUS FÓRUM, onde puderam ser vistos até ao transacto dia 12.

Todos os trabalhos foram apreciados por um júri composto pelo fotógrafo profissional Sr. Camilo Arezes, pelo Dr. Júlio Capela da Cruz e Dr.ª Dorinda Fernandes, professores de Artes Visuais e de Português, respectivamente. Todos se congratularam pelo elevado número de participantes e felicitam as escolas pela quantidade e qualidade de trabalhos apresentados. Realçaram a qualidade plástica dos trabalhos da escola da Meadela, embora a falta de texto, componente obrigatória, os tivesse afastado do grupo dos premiados.

Da análise e avaliação dos trabalhos sujeitos a concurso, e de acordo com o previsto no regulamento, o júri premiou os seguintes alunos:

 

1º Prémio: Joana Catarina Martins Peixe – 3º Ano, Escola do Carmo;

2º Prémio: Teresa Maria Alexandra R. A. Costa – 3º Ano, Escola do Carmo;

3º Prémio: Jorge dos Santos Costa – 2º Ano, Escola da Abelheira.

 

Menções Honrosas:

 

Pedro Miguel C. Marques Silva – 3º Ano, Escola do Carmo;

Ana Margarida Pinto Mascarenhas – 2º Ano, Escola da Abelheira;

Rosa Isaura Rodrigues Pires – 3º Ano, Escola do Carmo;

Helena Andreia Martinho dos Santos – 4º Ano, Escola do Carmo;

Margarida Paula Santos Morais Costa – 3º Ano, Escola do Carmo.

 

A Comissão organizadora do fórum felicita, mais uma vez, todas as escolas e alunos que participaram neste concurso, que certamente terá constituído uma ocasião de reflexão e alerta para os problemas que afectam o ambiente.

Dirige ainda uma palavra de muito apreço aos professores que dinamizaram os seus alunos para este trabalho, apesar do incómodo que esse esforço terá representado, pois as solicitações terão sido mais do que muitas. A Organização compreende, valoriza e agradece tais gestos.

                                                                                          

                                                                                     A Organização

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    PROJECTO

Caixa de texto: NFormas

de ver

 

 

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OBJECTIVOS

 

1-     Consciencializar os jovens e cegos/amblíopes da importância do equilíbrio ambiental;

 

2-     Fomentar a comunicação e solidariedade entre cegos/amblíopes e outros jovens sem esta deficiência;

 

3-     Criar um centro de documentação sobre o ambiente, utilizável por este grupo alvo;

 

4-     Promover a reciclagem de materiais, nomeadamente do papel;

 

5-       Animar um Centro de Apoio a Cegos/Amblíopes, com infra-estruturas tecnológicas adequadas às populações em questão.

 

 

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PROGRAMA

 

6 a 14 de Outubro de 1998

Inscrições abertas para participação nas actividades do projecto.

 

 

17 de Outubro de 1998 (10 horas)

                        Sessão de formação: “A árvore, o seu contexto e importância ecológica”.

 

                        Local: Humanitus Fórum

 

 

24 de Outubro de 1998 (10 horas)

                        Sessão de formação: “A Madeira e o seu valor económico”.

 

                        Local: Humanitus Fórum.

 

31 de Outubro de 1998 (10 horas)

                        Visita à Adega Cooperativa de Ponte de Lima, com prova de vinho.

 

                        Local: Ponte de Lima.

 

 

7 de Novembro de 1998 (10 horas)

                        Sessão de Formação: “Os produtos da Floresta: Os Frutos”.

 

                        Local: Humanitus Fórum

 

 

14 de Novembro de 1998 (10 horas)

Visita a uma oficina de um cesteiro tradicional e a um espaço de reciclagem de papel.

 

 

21 de Novembro de 1998 (10 horas)

                        Sessão de Formação: “Os Produtos da Floresta : A Folha”

 

                        Local: Humanitus Fórum.

 

 

28 de Novembro de 1998 (10 horas)

                        Caminhada pedestre com magusto.

 

 

5 de Dezembro de 1998 (10 horas)

                        Foot-paper com base em provas de conhecimento de espécies.

 

 

12 a 19 de Dezembro de 1998 (10 horas)

                        Workshop sobre papel reciclado.

 

 

Restante mês de Dezembro

Realização de um Herbário com os elementos recolhidos e produzidos nas actividades anteriores.

 

 

Janeiro de 1999

                        Elaboração e organização de material para exposição.

 

 

6 a 14 de Fevereiro de 1999

Exposição de materiais (herbários, folhas de papel reciclado, fotos dos encontros...).

 

                        Local: Humanitus Fórum

 

27 Fevereiro de 1999

                        Almoço/Convívio entre os participantes no projecto.

 

 

JOVEM inscreve-te!

* Este projecto está aberto a cegos e amblíopes, assim como a jovens entre os 15 e os 25 anos. A inscrição é gratuita. Sê solidário.

 

Caixa de texto: FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome __________________________________________________________

Morada  ________________________________________________________

Telefone _____________________________________  Idade ____________

Pretende transporte?                SIM  c NÃO  c     

SIM, indique a partir de que local ____________________________________

Identifique a sua situação

S/ Deficiência c            Amblíope c               Cego c

Data _________________________________

          Ass. _________________________________________

 

 

 

       N

contactos

 

* Anabela Dias – CENTRO DE CEGOS E AMBLÍOPES (Tel. 82 47 22);

* Cartório Paroquial de NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (Tel. 82 30 29).

 

       N

PROMOTOR

 

* Centro Social Paroquial de Nossa Senhora de Fátima

   (VIANA DO CASTELO)

 

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APOIOS

 

* PROGRAMA “JUVENTUDE PARA A EUROPA”

* OZANAN – CENTRO DE JUVENTUDE

 

Ø Este programa está editado em braille. Se estiver interessado solicite o seu envio pelo tel. 058  823029.

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FORMAS DE VER

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
JORNADA DO IDOSO

22 de Fevereiro de 1999

 

Ano Internacional do Idoso

 

 

 

Objectivos das Jornadas:

 

- Identificação de respostas às necessidades de 3ª idade;

            - Sensibilização e formação para a problemática da 3ª idade.

 

 

Destinatários:

 

- Idosos;

            - Familiares de idosos;

            - Técnicos que trabalham junto de idosos;

            - Todos os interessados pelos problemas sociais.

 

 

Local:

            - Auditório do FORPESCAS

 

 

 

 

PROGRAMA

 

09h00 – Início da acção. Auditório do Forpescas.

 

I . Sessão de Abertura com a presença das autoridades

1)  Justificação da actividade;

2)  A importância da educação de adultos e intervenção comunitária, junto da 3ª idade – Prof.ª Dr.ª Carla Oliveira: Departamento de Educação e Psicologia da Universidade do Minho.

 
II . O Processo de Envelhecimento

1)     Mudanças físicas e cognitivas;

2)     Mudanças de estatuto e consequências psicológicas

- Dr.ª Delfina Pinto Oliveira: Prof-Adjunta da Escola Superior de Enfermagem.     

 

III . Psicopatologia e o seu tratamento

1)     1) Depressão

2)     2) Ansiedade

3)     3) Demências

4)     4) Alzheimer

    – Dr. Manuel Afonso: Médico Especialista de Saúde Pública, Chefe de Serviço.

 

Intervalo para almoço

IV .  Histórias de vida na 3ª idade

- Testemunhos de idosos

V .  Ocupação de tempos livres na 3ª idade

- Baile e lanche convívio

 

 

17h30  – Encerramento da acção com a presença das autoridades.

 

 

 

ORGANIZAÇÃO:

 

* Ana Maria Ramos e Sousa e Ana Maria Rodrigues Barros – Estagiárias de Licenciatura em Educação, Ramo de especialização em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária, no Projecto de Luta Contra a Pobreza em Viana do Castelo;

* Colaboração de Ana Araújo – Voluntária do Centro de Dia de N.ª Sr.ª de Fátima – e da Dra. Natália Castelejo – Professora da Escola Secundária de St.ª Maria Maior.

 

 

APOIO LOGÍSTICO:

 

* Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima;

* Projecto de Luta contra a Pobreza de Viana do Castelo;

* Centro Regional de Segurança Social;

* Câmara Municipal de Viana do Castelo;

* FORPESCAS.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
COMPROMISSO E DIREITOS HUMANOS

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

  Viana do Castelo

    Maio de 1999

 

 

 

PROGRAMA DO 4º FÓRUM

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


                       

 

 

 

 

                       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Justificação

 

O Conselho de Pastoral Paroquial, de 18 de Setembro de 1998, consagrou e aprovou os objectivos gerais a que obedecerá o “Programa de Pastoral” da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, para 1998/1999.

Deste programa fazem parte as já habituais jornadas, nas quais se insere um 4º Fórum que, à semelhança dos anteriores, procura reflectir sobre um tema da actualidade que seja sentido pela população e para com o qual a comunidade paroquial se sinta particularmente envolvida.

Assim, desta feita, será abordado o tema “Compromisso e Direitos Humanos”, não só como corolário da recente celebração do 50º aniversário da respectiva “Declaração Universal”, mas também como contributo para a consciencialização da necessária e congruente relação entre o “ser” cristão e o “parecer”, ou seja, entre o compromisso intrínseco da Mensagem de Cristo e a visibilidade expressa da vivência quotidiana de cada um.

 

 

Objectivos gerais

 

Através de acções de formação e de informação, procura-se, em primeiro lugar, dar a conhecer à comunidade a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, a sua génese histórica, a sua integração na Constituição Portuguesa, o seu lato sentido humano e a observação e constatação da sua coincidência com os princípios humanos da Igreja Católica.

Paralelamente, procurará induzir-se a reflexão acerca do “COMPROMISSO CRISTÃO” no mundo, dando visibilidade à obra social da Igreja, ao muito que ainda há por fazer e à “obrigação” pessoal de todos e de cada um, enquanto cidadãos comprometidos com princípios que, embora não objectivamente visíveis, estão sempre presentes e a presidir a todo e qualquer acto da sua vida.

 

“O substrato cristão, bem como o de outras culturas humanistas, está bem patente no texto da Declaração e nos valores que o inspiram. (...)

Em Cristo e por Cristo, Deus revelou-se plenamente à humanidade e aproximou-se definitivamente dela; e, ao mesmo tempo, em Cristo e por Cristo, o homem adquiriu plena consciência da sua dignidade, da sua elevação, do valor transcendente da própria humanidade e do sentido da sua existência. (...)

            Compaginar cada um dos direitos humanos, tal como vêm na Declaração Universal, com a doutrina social da Igreja, expressa nas encíclicas papais, nos documentos conciliares, nas exortações sinodais, nos demais documentos e mensagens pontifícias, constitui um estímulo diário ao compromisso e à generosidade dos cristãos e à responsabilidade da Igreja.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, apesar das limitações do seu enunciado e das transgressões e omissões da sua aplicação, faz parte do património cultural da humanidade. Por isso nos incumbe a todos o dever da sua defesa, da promoção do seu conhecimento e aplicação, e da denúncia dos actos contrários e lesivos dos direitos pessoais e sociais, por parte de responsáveis, sejam eles entidades, grupos ou indivíduos. (...)

Um cristão tem redobrados motivos para fazer dos direitos humanos um campo de militância e para se empenhar com eles e com outros, cristãos ou não, na mesma causa, tão urgente como importante.” (*)

 

(*) Excertos da “Carta Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa”, Fátima, 1/12/1998.

 

 

Comissão Organizadora

 

João Silva

Maria José

Cristina Roque

Clara Reis                                           

Alda Felgueiras

Pereira de Carvalho

Romeu de Sousa

Armando Brochado

                Paróquia de Nossa Senhora de Fátima 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

C O N V I T E

 

 

A Comissão Organizadora do 4º Fórum “COMPROMISSO E DIREITOS HUMANOS”, tem a honra de convidar V. Ex.ª a assistir aos seguintes momentos:

 

· Palestra por D. Manuel Martins (Bispo Emérito de Setúbal) – auditório do Centro Social, em St.º António, dia 14 de Maio, Sexta-feira, às 18,30 horas.

 

· Exposição de réplicas, em miniatura, de embarcações, executadas pelo artesão Francisco Passos, no “Humanitus Fórum” (em frente à Igreja de Nossa Senhora de Fátima), dia 16 de Maio, Domingo, às 15,30 horas.

 

Esperando merecer o favor da sua ilustre presença, nestes e nos restantes momentos do programa anexo, apresentamos os melhores cumprimentos.

 

 

Viana do Castelo, 10 de Maio de 1999

 

 

A COMISSÃO ORGANIZADORA

                        O Pároco de N.ª Sr.ª de Fátima

 

(P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
COMPROMISSO   E   DIREITOS   HUMANOS

 

 

Os Jovens, Os Adolescentes e as Crianças

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Dia 16 de Maio de 1999

 

 

 

Os Direitos da Criança

           

Ser Criança é Ter Direito

 

À igualdade, sem distinção de raça ou de cultura, de religião ou nacionalidade.

        À melhor protecção possível, no desenvolvimento físico, mental e social.

        À honra de um nome e de uma nacionalidade.

 À alimentação e conforto de uma casa; a todos os cuidados médicos, para si e para a mãe que lhe deu a vida.

 À educação e atenções especiais, quando se trata de criança física ou mentalmente diminuída.

 

É Ter Direito

 

 À compreensão e amor de uma família e da sociedade.

 À educação gratuita, ao desporto e ao lazer.

 À prioridade de assistência, em caso de desastre.

 À defesa e protecção contra o abandono e a exploração no trabalho.

 À formação integral, em espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os Homens.

 

Programa

 

Domingo, dia 16 de Maio

 

* Às 15 h 30   -  Abertura da Exposição de trabalhos do artesão Francisco Freitas Passos, que se manterá aberta nos seguintes horários: 9 h - 12h  e 14h - 17h, até ao Domingo seguinte, às 13h.

 

* Às 16 h 00   -  Exposição de trabalhos da Catequese sobre os direitos humanos.

 

· Desenho                                           · Painéis                               

· Pintura                                              · Poemas

· Artigos de Opinião                            · Cartazes

                                               · Texto-composições

 

Encenações

                                               · Teatro                                   · Dança                             · Declamações

                                   · Canções                                · Jograis

               Folclore

               · Desfile

                                   · Exibição

               

Música de Câmara

 

 

* Às 19 h 00   -  Encerramento com música cigana.

 

 

Justificação

 

O Conselho de Pastoral Paroquial, de 18 de Setembro de 1998, consagrou e aprovou os objectivos gerais a que obedecerá o “Programa de Pastoral” da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, para 1998/1999.

Deste programa fazem parte as já habituais jornadas, nas quais se insere um 4º Fórum com tema “Compromisso e Direitos Humanos”, não só como corolário da recente celebração do 50º aniversário da respectiva “Declaração Universal”, mas também como contributo para a consciencialização da necessária e congruente relação entre o “ser” cristão e o “parecer”, ou seja, entre o compromisso intrínseco da Mensagem de Cristo e a visibilidade expressa da vivência quotidiana de cada um.

 

 

Objectivos gerais

 

Através de acções de formação e de informação, procura-se, em primeiro lugar, dar a conhecer à comunidade a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, a sua génese histórica, a sua integração na Constituição Portuguesa, o seu lato sentido humano e a observação e constatação da sua coincidência com os princípios humanos da Igreja Católica.

 

“O substrato cristão, bem como o de outras culturas humanistas, está bem patente no texto da Declaração e nos valores que o inspiram. (...)

Um cristão tem redobrados motivos para fazer dos direitos humanos um campo de militância e para se empenhar com eles e com outros, cristãos ou não, na mesma causa, tão urgente como importante.”

                                  

                                                                      A Comissão Executiva

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
JORNADAS DA PAZ

A Família e a Cultura da Paz

11 a 24 de Maio de 2000

 

 

Objectivos das Jornadas:

 

-          Assinalar o Ano Internacional para a Cultura da Paz;

-          Promover a reflexão sobre o papel da família na construção de uma sociedade de Paz;

-          Comemorar o sexto aniversário do Gabinete de Atendimento à Família;

-          Celebrar a Festa da Padroeira (Paróquia Nossa Senhora de Fátima), no âmbito do Ano Jubilar.

 

Organização:

 

-      Gabinete de Atendimento à Família

-           Paróquia Nossa Senhora de Fátima

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


              

 

         15

    15 

 
 

 

        

 

 

 

 

 

 

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Encontro de Reflexão

A FAMÍLIA E A CULTURA DA PAZ

Auditório do Lar de Santa Teresa

19 de Maio de 2000

 

 

 

9 h - Abertura do Secretariado

         Entrega de Documentação

 

 

9 h 30 - (1º Painel)

A Família e a Paz: Que relação?

Dr. Rui Moreira (Centro Reg. de Alcoologia do Porto)

Dr.ª Fátima Melo (Projecto de Luta Contra a Pobreza de Viana do Castelo/Lar Santa Teresa)

Dr.ª Ângela Pontes (GAF)

    Moderador:

Dr. Carlos Gonçalves (F.P.C.E. – Univ. do Porto)

 

 

11 h - Intervalo

 

 

11h 30 - (2º Painel)

Cultura da Paz:

Que instituições, que intervenções?

Dr.ª Cristina Andrade (Assist. Médica Internacional)

Dr. Armando Borlido (Amnistia Internacional – Núcleo Reg. V. C.)

Dr.ª Maria dos Prazeres Guimil (SOS Racismo)

    Moderador:

Dr.ª Manuela Coutinho (Segurança Social – V. C.)

 

 

13 h – Almoço

 

 

14 h 30 - (3º Painel)

Os Media e a Cultura da Paz

Frei Bento Domingues

            Dr.ª Maria Cerqueira (RTP)

            Dr.ª Felisbela Lopes (Univ. do Minho)

    Moderador:

Dr. Reis Ribeiro

 

 

16 h

Vídeo com Testemunhos de Paz dos alunos de Agrupamento de Escolas da Abelheira – V. C.

  

 

SEMANA DO EURO

 

22 a 25 de Maio de 2000

 

 

OBJECTIVOS

 

* Sensibilizar e informar a população da comunidade local relativamente ao uso da nova moeda que entra em vigor em Janeiro de 2001.

            * Informar sobre o nascimento e evolução da comunidade Europeia.

            * Contactar com os desenhos das notas e moedas do Euro.

* Promover uma feira, com produtos de primeira necessidade, onde a moeda transaccionada será o Euro.

 

 

ESTRATÉGIAS

 

            Teórica:

Nos dias 22, 23 e 25, a partir das 21h30, a comunidade local tem a oportunidade de participar nas conferências sobre o Euro.

 

            Prática:

Durante o dia (das 10h00 às 17h00) os idosos, crianças e escolas podem visitar a feira, nos anexos ao Humanitus Fórum.

 

 

PROGRAMA

 

            1ª Sessão – 22/05/2001 (terça-feira)

 

* Abertura da semana sobre o Euro pelo Padre Artur Coutinho.

 

* Conferências:

1.     “A antiguidade da Europa como experiência para vencer o futuro.”

       Dr. José da Costa Calçada

 

2.  Evolução da Europa Comunitária: “Da Europa do carvão e do aço à Europa dos cidadãos”.

Dr. José Carlos Loureiro

 

2ª Sessão – 23/05/2001 (quarta-feira)

 

* Conferências:

1. “Países da zona do Euro”

Dr.ª Teresa Barroso

 

2. “Direito de livre circulação de pessoas e bens na Europa dos cidadãos”

Dr. Franco Castro

 

3. “Visão federalista da Europa”

Dr.ª Graça Gonçalves

 

3ª Sessão – 25/05/2001 (sexta-feira)

 

* Mesa Redonda: “Diversos pontos de vista sobre a União Europeia”

 

1. “Concepção das notas e moedas do Euro”

Eng.ª Natália Castelejo

 

2. “Visão cultural da União Europeia”

Dr.ª Maria de Fátima Agra

 

3. “Mercado Único e suas implicações”

Dr.ª Teresa Barroso

 

Moderador: Dr. Franco Castro

 

 

            22h30 – Encerramento

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cabeças e Mãos pela PazI

 

 

Encontro de Jovens

15, 16 e 17 de Dezembro de 2000

Auditório de Sto. António – Viana do Castelo

 

Projecto “Duas Mãos cheias de Paz”

Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima

 

 

 


PROGRAMA

 


15 de Dezembro

Humanitus Fórum, R. Bandeira, 504

 

17h00: Recepção dos Jovens participantes no encontro.

 

18h00: Visita à Exposição “Homens pela Paz”.

 

22h00: Recital de poesia.

 

 

16 de Dezembro

Auditório de Santo António

 

09h30: Animação de rua

 

10h00 - 12h00: Recepção dos participantes. Início dos trabalhos do Encontro.

* “Conversando”: Políticas para uma cultura de Paz (convidados os dirigentes da juventude do distrito).

* “Pára, escuta e vê”: Ambiente, desenvolvimento e cultura de paz.

* “Comunicando”: Envio de mensagens de paz via Internet.

 

 

Intervalo para o Almoço

 

 

14h00 - 18h00: Continuação dos trabalhos.

* “Pára, escuta e vê”: Religiões: entre a cultura de paz e a cultura de guerra.

* “Comunicando”: Apresentação de projectos e ideias promotoras de uma cultura de paz (pelos participantes).

* “Conversando”: Os Direitos Humanos e a Cultura de Paz (convidados defensores dos direitos humanos).

* “Comunicando” : Envio de mensagens de paz via Internet.

* “Agindo” : Pintura do “Mural da Paz”. Apresentação da “Manta da Paz”. Acção de sensibilização junto de crianças: lançamento de balões com mensagens de paz.

Intervalo para Jantar

 

 

21h30: Animação de rua

 

22h00: Espectáculo musical (com a participação de bandas, coros, tunas e grupos musicais convidados).

 

 

 

17 de Dezembro

Humanitus Fórum, R. Bandeira, 504

 

10h00:  Oração pela paz, a partir de textos de diferentes religiões. Encerramento da Exposição “Homens pela Paz”.

 

 

 

Quem pode participar?

 

Jovens a partir dos 13 anos, a título individual ou como representação de uma associação ou grupo de Jovens. O espectáculo será aberto à comunidade.

 

 

Como participar?

 

·         Música pela Paz

O espectáculo musical está aberto à participação de coros, grupos musicais, tunas e actuações individuais. Será realizado à noite sendo permitida a entrada de não participantes no encontro.

 

·         Ideias pela Paz

Apresentação de participação ideias e projectos promotores de uma cultura de paz. A pode ser a título individual ou como representante de associações. Aberto a todos sem distinção sócio-económica, política, cultural, religiosa ou étnica.

 

·         Outras formas de participar

Apresentação de peças de teatro, dança, declamação de poesia ou textos alusivos à Paz. Participação aberta aos grupos e a título individual.

 
Apoio do Instituto Português da Juventude – Programa “Juventude para a Europa” 
 
 

 

 

I N

 

Duas mãos cheias de PAZ

 

Caixa de texto: P R O J E C T O
 


O projecto inclui 10 acções diferentes, a desenvolver por jovens. O objectivo é promover uma cultura de paz na comunidade local e a ocupação dos tempos livres. O projecto inclui actividades de ar livre, ateliers, trabalho com novas tecnologias, iniciativas musicais e um encontro de jovens que pretende promover o debate sem distinção social, política, económica e religiosa.

O projecto destina-se a jovens entre os 13 e os 25 anos. As actividades decorrerão entre Junho de 2000 e Janeiro de 2001.

 

 

 

 

 

       Ž IMAGENS PELA PAZ

                                                                                 

                       ARTES PLÁSTICAS

                  PELA PAZ                                                            

Caixa de texto: Desenha, pinta, fotografa, escreve... sobre a paz. Nós prometemos expor e publicitar as todo as tuas criações. Informa-te, pois estão previstas sessões de apoio à realização destas actividades.

I

 
                                                                                                           

 

                                                                                                      POESIA E “ESTÓRIAS”

 PARA A PAZ

 

 

 

 

                                                                                                              RALLY-PAPER

        ENTRE GERAÇÕES

  Œ TECNOLOGIA DA PAZ                                                              PELA PAZ                                   Internet                                             

Caixa de texto: Junta a tua família e inscreve-te no rally-paper, a realizar nas estradas do distrito de Viana do Castelo. Põe os teus pais a mexer!Caixa de texto: Troca mensagens de paz pela Internet. Coloca a tecnologia ao serviço da paz. Informa-te junto aos animadores do projecto para saber tudo! 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            IMAGENS PELA PAZ

                                                                      

                             { CICLISMO PELA PAZ

                                                                                             

                                                                                                          } IDEIAS PELA PAZ

 

Caixa de texto: Colabora no espectáculo de música. Aparece com o teu grupo e concorre. Participa no encontro de jovens e apresenta as tuas ideias para um mundo cheio de paz. Queres saber mais? Contacta-nos.

NI

 
           

 

 

 

 


  CAMINHADA PELA PAZ        

 

Caixa de texto: Vem caminhar e percorrer as estradas connosco. Aproveita o que o ambiente tem de melhor.                                                                                               

 

   HOMENS PELA PAZ

   

 

 

 

 

 

 

Caixa de texto: P R O J E C T ODuas mãos cheias de PAZ

 

Projecto promovido pelo Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima, J.A.V. (Jovens Amigos da Vida) e apoiado pelo Programa Juventude para a Europa. Para saberes mais contacta o Cartório Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima – Tel.: 258 823029.

A primeira fase de inscrições decorre até ao fim do mês de Junho.

 

 

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2001 ANO INTERNACIONAL DOS VOLUNTÁRIOS

 

“VOLUNTARIADO E CARISMA”

8 de Dezembro de 2001

 

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Viana do Castelo

 

 

Em Ano de Voluntariado este “Hino à Vida”:

 

·         Sempre que sou capaz de dar as mãos e ajudar o outro...

·         Sempre que procuro mitigar a sua dor e estou atento à sua alegria e ao seu sofrimento...

·         Sempre que sou capaz de ouvir, confortar, ajudar, acompanhar...

·         Sempre que partilho o meu saber, o meu dinheiro ou o meu descanso...

·         Sempre que “Desorganizo” o meu tempo organizado, que me dou...

·         Sempre que arranjo tempo para admirar as maravilhas da vida, da natureza, do belo...

·         Sempre que na minha oração falo ao Senhor nas grandes preocupações e alegrias da mulher e do Homem de hoje...

·         Sempre que sou capaz de dar as razões da minha Esperança e Partilha no dom da Fé a favor dos Outros...

 

“ Eu estou a fazer da minha vida um Hino à Vida”

 

                                                                                  (Autor desconhecido)

 

 

ORGANIZAÇÃO

 

            * Paróquia da Senhora de Fátima

            * Colaboração do Agrupamento de Escuteiros, que celebram o 10º aniversário da sua fundação.

            * Colaboração de todos os Grupos, Movimentos, Instituições e Valências da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.

 

 

LOCAL

 

* Auditório do Castelo de Santiago da Barra, Viana do Castelo

 

 

COMISSÃO EXECUTIVA

 

            * Comissão Fabriqueira

* Conselho Pastoral Paroquial   

 

 

OBJECTIVOS

 

* Comemorar o dia do Voluntário das diversas Valências das Instituições ligadas à Paróquia;

            * Assinalar o Ano Internacional do Voluntariado;

* Promover a reflexão sobre a figura e o papel do voluntário nas instituições e na intervenção social;

            * Facilitar o encontro e partilha de experiências entre os voluntários;

* Identificar os meios e as formas adequadas para que um número cada vez maior de pessoas se interesse pela realização do trabalho voluntário.

 

 

DESTINATÁRIOS

 

            * Todos os voluntários da Paróquia.

 

 

 

PROGRAMA

 

8 de Dezembro de 2001 (Sábado)

Dia de N.ª Sr.ª da Conceição

 

           

10h30 – Concelebração Eucarística

              Presidida pelo P.e Artur Coutinho, Pároco de N.ª Sr.ª de Fátima

 

14h30 – Sessão de Abertura

              P. e Artur Rodrigues Coutinho, Pároco

 

            Painel:

                        * “Voluntariado organizado e institucional”

                             José Calçada, Sociólogo e Func. Centro Social Paroquial

             * “Voluntariado como deontologia e pedagogia de encontro com o Outro”

    P.e Dr. Alípio Lima, Professor da Universidade Católica

* “Voluntariado como educação para a Cidadania”

    João Silva, Sociólogo e Func. da Câmara Municipal de Viana do Castelo

 

Moderador: P.e Dr. Joaquim Teixeira, Superior do Seminário do Carmo

 

16h00 – Espaço Musical

 

GRUPOS PAROQUIAIS INTERVENIENTES

           

* Acólitos                                                        * Infantário

* Berço de Nossa Senhora das Necessidades

* Catequese                                                     * JAV – Jovens Amigos da Vida

* Centro de Dia                                                * Legião de Maria

* CECAN – RD                                                 * Leitores

* Comissão Fabriqueira                                    * Ministros Extraordinários da Comunhão

* Conselho Paroquial de Pastoral                     * Ostiários

* Corais                                                           * Ozanan

* Escola de Música                                          * Refeitório Social

* Escutismo                                                     * Samaritano – 1

* Vicentinos                                                     * Zeladores

 

Coordenação do Dr. Albino Ramalho

 

 

 

17h15 – Sessão de Encerramento

             Com a participação das autoridades.

             (Distribuição de lembranças adequadas)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
PRIMEIRAS JORNADAS

 

“COMUNIDADE AO SERVIÇO DA INFÂNCIA E TERCEIRA IDADE”

 

8 de Fevereiro de 2003 a 5 de Abril de 2003

 

 

Intenção

 

A fé não tem sentido se não for provada pelas obras. Uma comunidade paroquial sem o exercício sócio-caritativo pode estar a declarar a sua morte antecipada. O Centro Social e Paroquial ao organizar as Primeiras Jornadas “Comunidade ao Serviço da Infância e Terceira Idade” quer dar a conhecer a sua obra social à comunidade em geral e informá-la das problemáticas contingentes a esta realidade e à sociedade pós-moderna: porque todos somos ignorantes, o que nos diferencia é que nem todos ignoramos as mesmas coisas.

 

 

Objectivos

           

            * Formar, formar-se e reflectir sobre as problemáticas que são contigentes à Infância e Terceira Idade.

 

            * Facilitar o evento e a partilha de experiências a nível da intervenção junto da Infância e Terceira Idade.

 

            * Sensibilizar para uma maior adesão e empenhamento no serviço a esta população - alvo.

 

            * Dar a conhecer a obra social da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.

 

 

Destinatários

 

            * Instituições Sociais: Todos os que trabalham na área do apoio à Infância e Terceira Idade, Centros Sociais Paroquiais, Cáritas, Conferências Vicentinas, Misericórdias, I. P. S. S., ...

 

            * Acção Social: Técnicos de Serviços Sociais, Voluntários da Acção Social, Membros de Movimentos e Obras Sócio - caritativas.

 

            * Outros: Estudantes de Sociologia, Serviço Social, Educação, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, entre outros.

 

 

PROGRAMA

 

Dia 8 de Fevereiro de 2003 – 16:h30

 

            * Abertura das Jornadas com a presença das autoridades

 Moderadora: Dr.ª Teresa Barroso, Professora e Membro da  Direcção do Centro Social de Nossa Senhora de Fátima, Comissão Executiva

1º Painel:

             * A Paróquia ao serviço da família e da inclusão social da infância e  terceira idade

* A obra social da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

* A metodologia das jornadas

(Comissão organizadora das jornadas)

 

 

Apresentação das Valências da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima:

 

 

ÁREA DE INTERVENÇÃO INFANTO - JUVENIL

 

Dia 8 de Fevereiro de 2003

           

O Berço – Centro de Acolhimento Temporário de Bebés e Crianças em Risco.

            Eng.ª Natália Castelejo / D. Maria Lúcia Lourenço (Assistente Maternal do Berço de Nossa Senhora das Necessidades)

 

Dia 15 de Fevereiro de 2003

 

Jardim de Infância de Nossa Senhora de Fátima

            Eng.º António Mota / Maria José Martins (Educadora de Infância, Jardim de Infância de N.ª Sr.ª de Fátima)

 

Dia 22 de Fevereiro de 2003

           

OZANAN – Centro de Juventude

            Dr.ª Piedade Gonçalves / Arménia Rego (Educadora de Infância, OZANAN – Centro de Juventude)

 

Dia 6 de Março de 2003 – 21h00

 

2º Painel:

* “O papel e a missão dos Centros de Acolhimento Temporário como resposta a crianças em situação de risco”

Dr.ª M.ª Gabriela Salvador A. da Silva, Técnica Superior de Serviço Social, CDSSS de Viana do Castelo.

 

* “O papel da família no desenvolvimento harmonioso da criança”

Dr. Carlos Aguiar, Presidente da Associação Portuguesa de Famílias de Braga.

 

* “A Educação e Formação Parental: Formas de educar para a felicidade”

Dr.ª M.ª Augusta Manso, Psicóloga e Prof. Da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, membro da Direcção do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima

 

* Indicadores de maus tratos em crianças e jovens, na perspectiva médica”

Dr.ª Joana Moura, Serviço de Pediatria do Centro Hospitalar do Alto Minho

 

* “Panorama da violência doméstica no Distrito de Viana do Castelo”

Dr.ª Isolinda Pequeno, Técnica Superior de Serviço Social, CDSSS de Viana do Castelo.

 

Moderadora: Dr.ª Luísa de Sousa, Técnica Superior de Serviço Social, CDSSS de Viana do Castelo, Comissão Executiva.

 

 

INTERVENÇÃO E APOIO À POPULAÇÃO SÉNIOR

 

Dia 8 de Março de 2003

 

            “Centro de Dia e Centro de Convívio”

            Dr.ª Teresa Barroso / Maribela Machado (Educadora Social do Centro de Dia de N.ª  Sr.ª de Fátima)

 

Dia 22 de Março de 2003

 

            Serviço de Apoio Domiciliário e Apoio Domiciliário Integrado:conjugação da resposta da saúde com a resposta social.

            Dr.ª Teresa Barroso / Dr. José da Costa Calçada (Sociólogo e Coordenador do Serviço Social do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima, Comissão Executiva)

 

Dia 27 de Março de 2003 – 21h00

 

3º Painel:

* Testemunhos de alguns utentes do Centro de Dia, Centro de Convívio e Apoio Domiciliário

 

* “Um Olhar sobre os factores de vulnerabilidade geriátrica em meio urbano”

Dr.ª Maria Augusta da Cruz Martins, Assistente de Clínica Geral, Centro de Saúde de Viana do Castelo

* “Promoção do envelhecimento no seio da família”

Dr.ª M.ª Augusta Manso, Psicóloga e Prof. Da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, membro da Direcção do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima

 

* Promoção da longevidade activa e com autonomia

Dr.ª Maria Ermelinda Ribeiro Jaques, Prof. Coordenadora na Escola Superior de Enfermagem de Viana do Castelo

 

Moderador: Dr. Manuel Afonso, Delegado de Saúde de Viana do Castelo, Médico Voluntário   do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima, Comissão Executiva.

 

 

ENCERRAMENTO DAS JORNADAS

 

Dia 27 de Março de 2003 – 21h00

 

4º Painel:

* “Fundamentos teóricos da animação para idosos”

   Dr.ª Manuela Costa, Educadora Social, Projecto de Luta Contra a Pobreza “Viana do Castelo Município Saudável”

 

* “Deontologia e ética no apoio ao idoso e ao doente cronicodependente”

Cón. Dr. Rui Osório de Castro Alves, Jornalista do Jornal de Notícias, Cónego da Sé do Porto           

* “Doutrina Social da Igreja e Pastoral da Saúde no apoio à Infância e Terceira Idade”

   D. Manuel Martins, Bispo Emérito da Diocese de Setúbal

 

Moderador: Dr. Franco Castro, Jurista e Membro da Direcção do Centro Social de Nossa Senhora de Fátima, Comissão Executiva

 

Encerramento das Jornadas com presença das autoridades.

 

 

ORGANIZAÇÃO

 

            *Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima

 

SECRETARIADO

 

* Cartório Paroquial (Tel.: 258 823029 / 824722)

* Dr. José da Costa Calçada

* Dr.ª Teresa Barroso

 

LOCAL

 

            * Auditório do Lar de Santa Teresa, Viana do Castelo

 

COMISSÃO EXECUTIVA

 

            * Dr. José da Costa Calçada, Sociólogo

            * Dr.ª Teresa Barroso, Professora

            * Dr. Manuel Afonso, Médico

            * Dr. Franco Castro, Jurista

            * Dr.ª Luísa  de Sousa, Técnica Superior de Serviço Social

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO XII

 

25 ANOS DA PARÓQUIA

 

 

 

      A Paróquia promoveu uma festa com um grande programa que terminou com um jantar-convívio, acompanhado de encenações de vários gostos, que reuniu quase 900 pessoas entre: familiares, amigos, paroquianos e ex-paroquianos, conterrâneos e amigos da Paróquia de Glehn.

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OS SINOS VÃO TOCAR

 

 

            A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima prepara-se para viver uma das datas mais festivas da sua vida comunitária: a celebração das Bodas de Prata Sacerdotais do seu pároco, P.e Artur Rodrigues Coutinho. Vai acontecer em Julho. Um programa diversificado de acções, que irão certamente concitar a atenção de paroquianos e amigos do pároco e das suas obras, está a receber os últimos retoques, esperando-se para breve a sua publicação.

            As comemorações concentram-se na semana de 5 a 12 de Julho. Abrirão com uma conferência centrada na temática da pastoral social da Igreja para os tempos de hoje. No dia 7, segunda-feira, terá lugar a inauguração de uma exposição retrospectiva dos vinte e cinco anos de vida sacerdotal do senhor Padre Artur Coutinho, decorrendo também no mesmo dia o lançamento do último livro da sua autoria, “Mosaicos da Serra d’Arga”, onde se registam, sistematizam e desenvolvem diversos materiais recolhidos ao longo de anos de contacto do autor com as riquezas e os mistérios da Serra d’Arga.

            O dia 9, aniversário da ordenação sacerdotal, será assinalado com uma Eucaristia de acção de graças na Igreja Paroquial, ao fim da tarde. Uma sessão solene com a presença das autoridades civis e religiosas preencherá o serão do dia 11, contando com a presença do célebre cantor de temas religiosos, Frei Hermano da Câmara, que desta vez vem a Viana não propriamente para cantar, mas para um testemunho sobre “A Vocação para a Santidade no Limiar do Terceiro Milénio”.

            As comemorações conhecerão o seu ponto culminante na tarde do dia 12, sábado, com uma Eucaristia Solene presidida pelo senhor Bispo da Diocese, seguida de um jantar-convívio no refeitório dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. A animação está a cargo dos utentes das obras da Paróquia, contando-se ainda com a participação de agrupamentos de Viana que dessa forma manifestarão, ao homenageado, o seu apreço e reconhecimento pela acção desenvolvida em favor da cidade.

 

In “Paróquia Nova”, Maio de 1997

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BODAS DE PRATA SACERDOTAIS

 

 

P.e Artur Rodrigues Coutinho

 

 

A comissão Fabriqueira da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima saúda calorosamente o seu Presidente, Senhor Padre Artur Rodrigues Coutinho, pela celebração das suas Bodas de Prata Sacerdotais.

Une-se, em espírito, a toda a Comunidade Paroquial em atitude de acção de graças pela dádiva do seu Pároco, de cuja dedicação e zelo apostólico tem beneficiado ao longo dos 19 anos da sua presença nesta Comunidade, e eleva a Jesus Cristo, Sumo Sacerdote, as suas preces para que Ele continue a ser fonte de Vida, de Fortaleza e de Inspiração.

Manifesta-lhe toda a sua solidariedade e determinação para colaborar na superação dos futuros combates que o desenvolvimento espiritual, humano e social venham a exigir da Comunidade.

 

Viana do Castelo, 9 de Julho de 1997

 

 

A Comissão Fabriqueira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA CÂMARA

 

 

 

            Como representante da comunidade concelhia e como cidadão Vianense, tenho de exprimir o meu desgosto por não poder estar presente nesta cerimónia de justa homenagem ao Senhor Padre Artur Coutinho, cuja notável obra apostólica, assistencial e cultural merece o respeito, a admiração e a gratidão de todos os vianenses.

            Uma inadiável missão de representação de Viana do Castelo junto de cidades brasileiras, fundadas por ilustres Vianenses, impede-me de cumprir a grata e honrosa obrigação de participar nesta homenagem a um Vianense que a cidade tanto estima e admira.

            Substituo, por isso, a minha presença física por esta mensagem onde deixo expressa a minha admiração pela personalidade e pela obra do ilustre pároco de Nossa Senhora de Fátima.

            A simplicidade e singeleza de carácter dotam o Senhor P.e Coutinho de um trato fácil e afável, que tem o condão de atrair as pessoas às suas causas e objectivos que sempre visam a solidariedade com os mais pobres e carenciados, com os marginalizados, com todos aqueles que, por qualquer motivo, necessitam de apoio, conforto ou de uma mão amiga que os ajude a sair de situações de angústia ou de precaridade.

            Os breçários, os infantários, os jardins de infância, as salas de ocupação dos tempos livres, as salas de leitura, as bibliotecas, as cantinas para estudantes e idosos, o lar para a terceira idade, as obras de apoio às vítimas da droga e do alcoolismo, os acampamentos para a juventude, as viagens ao estrangeiro com pensionistas e reformados, formam um conjunto de iniciativas que põem em relevo o espírito solidário e humanista do actual responsável espiritual da paróquia urbana de Nossa Senhora de Fátima.

            E, apesar desta intensa actividade humanitária e altruísta, além da apostólica, o Senhor P.e Coutinho ainda encontra tempo para se dedicar a estudos e recolhas de carácter etnográfico, arqueológico e histórico das paróquias onde tem trabalhado.

            É, por isso, muito justa esta homenagem a que a Câmara Municipal se quis oficialmente associar, atribuindo-lhe, por unanimidade, o título de «Cidadão de Mérito» de Viana do Castelo, distinção que a sua brilhante e abundante folha de serviços à comunidade justifica plenamente.

            É também, por isso que, embora já o tenha informado pessoalmente, quero dar aqui notícia pública que a Câmara Municipal já negociou o terreno para o Centro Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, um projecto que lhe é tão querido e pelo qual tanto tem lutado.

            Senhor P.e Coutinho, receba as minhas felicitações institucionais e um abraço pessoal, expressão da minha consideração e amizade que me fazem desejar-lhe êxitos ainda maiores para as suas iniciativas e projectos futuros.

 

 

O Presidente da Câmara

 

Defensor Oliveira Moura

 

 

 

 

 

 

 

 

ORAÇÃO DOS 25 ANOS DE SACERDÓCIO

 

 

 

Obrigado Senhor,

Pelos pais, irmãos, familiares, amigos,

e conterrâneos que me deste...

onde pude nascer e crescer...

 

Obrigado pela Escola,

Seminários, professores,

sacerdotes, e colegas

que puseste no meu caminho...

onde aprendi a correr para Ti...

 

Obrigado pela Legião de Maria

que no Seminário me proporcionou

o contacto com o mundo

e a pastoral da juventude...

e me ajudou a decidir mais depressa...

 

Obrigado pelo Abade de Balazar

e pela gente da sua comunidade

onde saboreei a visita aos doentes

e abri os olhos para realidades pastorais...

 

Obrigado pelos jovens da Casa dos Rapazes

onde me habituei a compreender

que há comunidades diferentes...

e tem de haver um lugar para todos...

 

Obrigado pelas gentes de Argas e Dem

onde experimentei os primeiros voos

pastorais, como pároco...

onde saboreei o que é ser pároco

em terras onde os paroquianos são bons

e generosos em partilha de amor e de misericórdia...

 

Obrigado por todos os que habitam a Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima,

motivo dos meus anseios, preocupações...

por quem, neste momento, me entrego noite e dia

com aqueles que, sem olhar aos seus próprios interesses,

me dão a mão na busca duma comunidade viva, comprometida...

onde reine a partilha, o perdão e a festa!

 

Obrigado pelos velhinhos que amo como se meus avós fossem;

Pelos que não têm olhos para ver o que eu vejo;

pernas para andar o que eu ando,

cabeça para pensar com a mesma força que eu penso;

Pelos abandonados e/ou maltratados

para que no meu coração haja sempre lugar para mais um;

Pelas crianças, pelos adolescentes e os jovens

para  que seja sempre para eles a luz do teu sacerdócio...

Pelos casais jovens e por todos os que se encontram ao meu lado

nas obras e movimentos, a lutar pelo crescimento desta família.

Por todos os que trabalham comigo

para que não registem as minhas fraquezas...

 

Senhor, sabes que não esqueço o meu Pai

e o que me consola é acreditar que está contigo.

Recordo a vida que vivia com muita coragem, entusiasmo e animação

e as avé-marias do rosário que balbuciava quando à noite o ia ver à cama...

Com ele estão os meus avós, os bisavós que conheci,

a Maria que me estimava como minha mãe,

os meus amigos e paroquianos que assisti na doença e na morte...

Todos continuam vivos no meu coração

e, por eles, Te peço Senhor,

mais coragem para viver...

mais entusiasmo para me entregar...

mais amor para dar...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OS SINOS TOCARAM

 

BODAS DE PRATA DO P.E ARTUR COUTINHO

 

 

            A comunidade paroquial acaba de viver um dos seus momentos altos com a celebração das Bodas de Prata da Ordenação Sacerdotal do seu Pároco Artur Coutinho.

            Como este jornal tinha vindo a anunciar, os sinos tocaram festivamente, na torre da igreja e por dentro de cada um. A demonstrá-lo esteve a elevada e digna participação de amplos sectores desta comunidade nos diferentes actos do programa, que se traduziram na justa homenagem de reconhecimento e congratulação pela obra realizada pelo Padre Coutinho.

            A presença de pessoas provenientes de outras freguesias da cidade, da Serra d’Arga, Mazarefes e outros locais do país foram suficientemente elucidativos de quanto a figura e a obra do pároco de Nossa Senhora de Fátima são conhecidas e apreciadas.

            A associação das autoridades, representadas ao mais alto nível, significou também o reconhecimento da sociedade civil pela acção desenvolvida sob a iniciativa e o impulso do homenageado, no campo da solidariedade social e da promoção e dignificação do Homem. Daí a atribuição justa e oportuna da Câmara Municipal, ao cidadão que muito honra a sua terra, da Medalha de Cidadão de Mérito de Viana do Castelo.

            Serviram ainda estas festividades para a concretização de um velho sonho da Paróquia e do seu pároco: o anúncio pela representante do Presidente da Câmara, da concessão do terreno para a construção do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, na Abelheira. Esperemos que nos termos em que tal anúncio foi feito, não haja mais lugar à hesitação e ao recuo. Que para trás fiquem de vez afastadas as indefinições e os retrocessos. A salva de palmas com que a assistência acolheu aquela notícia, foi reveladora da sua satisfação pelas diligências desenvolvidas pelo actual executivo municipal, que assim vem trazer um remate feliz a quase duas décadas de esforços e perplexidades por parte do pároco e seus colaboradores.

            Com este presente de festa, um novo desafio se coloca agora à Paróquia de Nossa Senhora de Fátima: pôr de pé a obra há tantos anos reclamada (o que só será possível com o esforço e a colaboração de todos).

            A dimensão e a qualidade pretendidas pelos actos comemorativos que agora encerram, só foram possíveis pelo trabalho e generosa colaboração de muitos paroquianos que integram a organização ou que de forma silenciosa, mas activa e empenhada, se prestaram à execução das mais diversas tarefas, imprescindíveis ao êxito das pequenas e das grandes obras. A todos o nosso reconhecimento e apreço.

            Também aqui desejaríamos deixar o nosso agradecimentos pelos apoios recebidos das mais diversas proveniências: Governo Civil, serviços da Câmara Municipal, empresas e particulares. A sua colaboração ajudou a organização a reunir os meios económicos e logísticos para a concretização das acções realizadas.

 

A Comissão Organizadora

In “Paróquia Nova”, Julho de 1997

 

 

 

 

 

 

NO RESCALDO DAS MINHAS BODAS DE PRATA

 

 

            “Os sinos vão tocar” foi um mote, neste jornal, de vários meses e que dizia alguma coisa onde se vislumbrava uma grande festa.

            O programa concretizou pormenores e todos ficaram mais esclarecidos, pelo menos eu.

            Agora que “Os sinos tocaram” e houve festa, não posso deixar de me pronunciar sobre ela para os nossos estimados leitores.

            Nunca desejei uma festa desta envergadura. A Comissão Organizadora quando me pediu a anuência para que aceitasse a festa, mesmo sabendo que meu pai tinha falecido a menos de um ano e a minha empregada em Maio de 1996, não me disse o que ia ser feito.

            Festa e mais festa com muita gente a participar em todos os actos do programa... Mensagens e mais mensagens de todo o país e do estrangeiro... discursos e mais discursos a elogiar, sem motivos para isso, a minha pessoa...

            Momentos de grande tensão, muita emoção a exigir grande capacidade para resistir... Tudo parecia um sonho que desejei que acabasse o mais rápido possível.

            Não trabalhei, nestes 25 anos, para me fazerem esta festa. No entanto, reuniram-se vontades e ela foi feita mesmo sem grande mérito meu, pois se alguma coisa fiz é porque o devia ter feito, e se alguma coisa fiz com mérito, ainda que eivado de “ineditismo” e de “risco”, é porque uma causa impulsiona a minha vida – a causa de Jesus Cristo. Por esta causa vale a pena trabalhar, até correr riscos e ultrapassar, às vezes, as regras dos Homens e que só o amor é capaz de compreender.

            Vale a pena ser padre para melhor servir esta causa, a causa de Jesus Cristo, fundamento e razão do nosso trabalho para os outros, para a comunidade...

            Nesta perspectiva comunitária, de família que formamos a partir do ideal que vivemos, eu, como sacerdote em exercício há 25 anos, aceitei a festa de Acção de Graças a Deus pelos benefícios que, porventura através deste sacerdote, chegaram à comunidade.

            Agradeço aos amigos da Comissão Organizadora, a todos aqueles que se associaram à iniciativa, desde os que anonimamente participaram nos diversos actos, até aos que deram o nome e apoio económico, às autoridades civis, militares e religiosas, à Câmara Municipal pelo título com que me distinguiu e pela disponibilidade do terreno para a construção do Centro Paroquial (não é Centro Social mas só Paroquial, pois aparece às vezes Social e não o é) com a nova igreja integrada.

            Muito obrigado.

 

A. Coutinho

In “Paróquia Nova », Agosto de 1997

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO XIII

 

25 ANOS DA PARÓQUIA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2525 ANOS DE PARÓQUIA

 

 

 

 

1967 – 1992

 

PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

VIANA DO CASTELO

 

 

 

I - É TEMPO DE REFLEXÃO NA PARÓQUIA

 

A nossa reflexão e participação vai ser enriquecida com a experiência consciente e com a colaboração pessoal de cada um.

Vamos dialogar para que juntos possamos discernir o caminho. Será esta a melhor maneira de ser Igreja, de ser comunidade paroquial.

Assim, pouco a pouco, podemos ir descobrindo que a Igreja é uma família de filhos de Deus, irmãos dos Homens, especialmente atentos a servir os mais desprotegidos, chamados a mostrar o rosto de Deus no mundo e eleitos para transformar a sociedade à luz do Evangelho e do Concílio Vaticano II.

Todos animados pelo mesmo espírito, unidos na mesma oração, juntos à volta da mesma mesa de reflexão e diálogo, estamos a viver a gozosa experiência pascal destes 25 Anos de Paróquia.

 

 

II  - MODELO DE IGREJA DE ACORDO COM O VATICANO II

 

A igreja é concebida como «POVO DE DEUS», comunidade de crentes guiada pelo Espírito Santo:

a) Centrada na mensagem de Jesus, no espírito das Bem-aventuranças.

b) Evangelizada e Evangelizadora.

c) Coerente com o que prega.

d) Orante.

e) Fraterna na relação co-responsável entre pastores e leigos

f) Profética porque proclama a palavra de Deus para a libertação, denuncia as injustiças, solidariza-se com os que sofrem e luta por transformar a realidade.

g) Encarnada na realidade social, comprometida com os mais necessitados e ao serviço deles.

 

 

III - É TEMPO DE ACÇÃO NA PARÓQUIA

 

OBJECTIVOS A ATINGIR COM A CELEBRAÇÃO DOS 25 ANOS

 

* Sensibilizar a comunidade para a participação e vivência.

* Valorizar o espírito comunitário de partilha, de festa e de perdão.

* Incentivar à integração de todos na família paroquial, célula da Igreja Universal.

* Criar a necessidade de viver a fé na vida e a vida na fé em atitude coerente e assumida.

* Proporcionar um conhecimento mais detalhado da actividade já desenvolvida.

* Valorizar a cultura e os recursos naturais desta comunidade.

 

Para o efeito, importa promover acções formativas e celebrativas, animadoras à participação de todos.

Assim, o programa foi aceite do seguinte modo:

 

 

IV - PROGRAMA

 

1. Reflexão a partir do modelo de igreja, à luz do Vaticano II (Março a Junho).

 

2. Espaços de Oração para crianças, adolescentes e adultos, sobretudo na Quaresma.

Criação de grupos de Oração para os diversos níveis etários.

 

3. Celebração do Dia do Pai 

21 de Março – Colóquio no Salão Paroquial, às 21h00, «O PAI NA FAMÍLIA»

22 de Março – Celebração Litúrgica (09.30h)

 

4. Festa Pascal da Família

3 de Abril – Mesa Redonda com a participação dos jovens e adolescentes no salão Paroquial às 21h00.

5 de Abril – Comunhão Pascal às 11h30.

 

5. Queimada do Judas (18 de Abril – Junto à Igreja)

6. Medalha Comemorativa (Maio)

 

7. Celebração do Dia da Mãe

2 de Maio – Colóquio no Salão Paroquial, às 21h00, «A MÃE NA FAMÍLIA»

3 de Maio – Celebração Litúrgica (09h30)

 

8. Exposição Retrospectiva dos 25 anos (Salão Paroquial – 6 a 12 de Maio).

 

9. VIGÍLIA DA PADROEIRA. Procissão de Velas, no dia 12 de Maio.

 

10. Dia da Padroeira

19h15 – Missa e renovação da Consagração da Paróquia a Nossa Senhora.

20h30 – Jantar Convívio.

 

11. Exposição Etnográfica

7 a 12 de Setembro – Abelheira.

 

12. Teatro. Revista dos 25 anos (Outubro)

 

13. Concurso a nível do Primeiro ciclo do Ensino Básico, em expressão plástica e(ou) literária. A PARÓQUIA VISTA PELAS CRIANÇAS.

 

14. Berço de Nossa Senhora das Necessidades (Abertura)

 

15. Criação duma Ludoteca e Mediateca (Novembro)

 

16. Exposição Mariana (Selos/Postais).

4 a 8 de Dezembro, Salão Paroquial.

 

17. Dia 8 de Dezembro, às 14.30h. Sessão Solene de Encerramento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

4900 Viana do Castelo

Tel./Fax: 058 823029 (Cartório)

 

 

 

 

25 ANOS DE PARÓQUIA 

 

 

            As Comemorações Jubilares dos 25 ANOS da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima estão a meio do seu programa e atingiram o seu ponto alto, como era de esperar, na festa da Padroeira.

            Conforme foi largamente difundido pela imprensa, a Imagem de Nossa Senhora de Fátima peregrina percorreu os bairros novos de maior densidade populacional e, no dia 12, terminou com uma procissão de velas que saiu da Capela da Senhora das Necessidades para a Igreja Paroquial.

            Esta acção levou os moradores das ruas, largos e praças a fazerem tapetes de flores, grandes obras de arte que há muitos anos se faziam na Abelheira, aquando da visita do Senhor aos Enfermos. Desta vez, a iniciativa começou pela Urbanização Capitães de Abril estendendo-se a todo o lugar da Abelheira, Urbanização Bela Vista, Senhor do Alívio, Senhora das Necessidades, Largo do Bairro do Jardim e Bandeira.

            Em todos os actos, foram inúmeros os participantes, de um modo especial no dia 12, com um acompanhamento nunca visto numa procissão do género.

            Foram vários os oradores como o P.e António Gonçalves (Carmelita), P.e José Ribeiro, P.e Dr. Barbosa Moreira e P.e Dr. Alípio Lima.

            Houve muitos foguetes e fogo de artifício, principalmente no dia 12.

No dia 13, às 19h15, houve uma celebração dos 75 ANOS do aparecimento de Nossa Senhora, em Fátima,  com vários sacerdotes, colaboradores na Paróquia, e, no final, a partilha de um gigantesco bolo confeccionado, para o efeito, por uma jovem catequista, Fátima Cambão, aluna de Turismo no Instituto Politécnico de Gestão e Turismo, em Viana do Castelo. Tudo foi devidamente acompanhado por música e uma iluminação muito original. Após a partilha, seguiu-se, pela noite dentro, um convívio paroquial no Centro Social.

            Encerrou também no dia 13 a exposição retrospectiva dos 25 ANOS da Paróquia, a qual mereceu o maior interesse por parte de muitas centenas de pessoas, inclusive do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo.

            Entretanto, no âmbito destas comemorações, estão a realizar-se as antigas marchas populares do Bairro da Bandeira e do Jardim, assim como o concurso, a nível do Ensino Básico, subordinado ao tema “ A PARÓQUIA VISTA PELAS CRIANÇAS”.

 

 

13/05/1992

 

GÉLITA

 

 

 

 

 

NOSSA SENHORA PEREGRINA NA ABELHEIRA

 

 

 

Prezado Amigo:

 

            A população da Abelheira acedeu, alegremente, à sugestão do P.e Coutinho de assinalar os 25 ANOS da Paróquia fazendo com que a sua Padroeira – NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – peregrine desde o dia 8 até ao dia 12 de Maio, de acordo com o programa em divulgação.

            No dia 9, o Andor da Virgem sai da “Urbanização Capitães de Abril”, pelas 21h30 e vem para a Abelheira. Aqui será acolhida na Cave do Lote 14 da “Urbanização da Bela Vista”.

            Reina em todos um grande entusiasmo e satisfação com esta iniciativa. É grande o propósito de um empenho sério para que esta peregrinação seja um êxito e se traduza numa grande jornada de louvor a Nossa Senhora, de cujas aparições em Fátima ocorre este ano o 75º Aniversário e que temos a graça de louvar como Patrona principal desta paróquia.

            Sugerimos a participação de todos nesta manifestação de Fé, ainda que tal signifique e exija algum sacrifício que, estamos certos, ninguém deixará de oferecer. Esse sacrifício será gratidão pela existência desta paróquia e súplica para que nunca nos falte a protecção e a benção maternal da Senhora que vamos homenagear publicamente.

            Em Igreja, e numa perspectiva de salvação, Nossa Senhora é Mãe. É assim que a sentimos e chamamos.

            À Mãe nunca se diz “Não!”, ou seja: a Mãe é sempre a última pessoa cuja vontade deixamos de fazer (se é que alguma vez somos capazes de contrariar a vontade da nossa Mãe).

            Em momentos difíceis, a Mãe é a primeira por quem chamamos e a última que esqueceremos no mundo das nossas recordações.

            É sempre com muito amor e carinho que participamos na festa da Mãe. Da Mãe da Terra. Vamos fazer o mesmo com a nossa Mãe do Céu. A Mãe das nossas Mães.

                        Mês de Maio é Mês de Maria.

                        Mês da Mãe. Mês da Festa.

                        Vamos dizer SIM.

Vamos participar com alegria num dia de festa para a Mãe.

            Presentes, vamos rezar, cantar e aclamar um esforço solidário de testemunhar o grande amor da nossa vida de Cristãos Católicos (mesmo que não ou pouco praticantes).

            Contamos consigo e com todos os da sua casa!

 

 

Momentos principais do programa:

           

Dia 9 – 21h30 - Procissão de velas dos Capitães de Abril para a Abelheira e respectivo acolhimento na Bela Vista.

           

Dia 10 – 10h30 - Celebração da Eucaristia na Bela Vista.

  18h30 - Mês de Maria para toda a paróquia, na Bela Vista.

  20h30 - Oração Solene do Terço e Consagração.

21h30 - Levar Nossa Senhora, pela Socomina, para a Capela do Senhor do Alívio.

 

* Ao longo do percurso, acendam-se velas nas janelas e enfeitem-se as varandas e sacadas com colchas e flores.

* Convidam-se todas as crianças e adolescentes para se juntarem, em alas, para a chegada do Andor à Bela Vista, a fim de, sobre ele, lançarem pétalas de flores, que devem trazer em cestos e sacos.

* Para a Missa das 10h30, solicita-se a comparência de todos uns minutos antes para se fazer um ensaio dos cânticos.

* Pensou-se fazer, no interior da Urbanização, um tapete com flores para o dia da chegada à Bela Vista. O Andor entra na Urbanização da Bela Vista e segue, pela direita, para o Lote 14. À saída, acabará de dar a volta ao Bairro, saindo do Lote 14 pela direita.

* Para ornamentação e para o tapete, pede-se a colaboração de quem puder comparecer na tarde de Sábado, entregando verdes e flores no Lote 14.

* Se puder e quiser (tendo para isso boa vontade), inscreva-se para participar em turnos de oração, para que Nossa Senhora nunca esteja só, fechada numa cave, sobretudo durante a noite. É um acto de coragem e de sacrifício.

* Inscreva-se, também, para ajudar a transportar o Andor de Nossa Senhora de Fátima entre os Capitães de Abril e a Abelheira.

* No dia da saída, convidam-se novamente todas as crianças para formarem alas à saída de Nossa Senhora e atirarem sobre o Andor pétalas de flores.

* Para qualquer informação, contactar a Paróquia.

 

 

            Prezados Amigos:

           

Venham.

            Venham todos. Vamos fazer uma festa.

            Venham à esta festa da MÃE.

            Vamos festejar Nossa Senhora de Fátima e confiarmo-nos a Ela, sob a sua protecção, ao amor misericordioso do nosso Pai do Céu de quem imploramos benção nestes 25 ANOS da nossa Paróquia.

            Muito obrigado a todos.

 

 

06/05/1992

 

 

                                                                       Pela Comissão,

 

 

 

                                                                                              (António  P.  De  Carvalho )

  

 

 

 

 

 

 

 

 

25 ANOS DE PARÓQUIA

 

 

CONVÍVIO PAROQUIAL

30 de Agosto de 1992

 

 

 

Local: No quintal da casa natal do vosso pároco,  P.e Artur Coutinho

 

 

10h00 – Acolhimento e preparação para a Eucaristia.

 

11h00 – Eucaristia.

 

12h00 – Almoço típico com ambiente musical para animar o convívio, até às 15h00.

 

 

* Aparece!

 

* É o primeiro que se faz, no género, a nível Paroquial!

 

* Há meio de transporte gratuito a partir da Igreja, às 9,30 h.

 

* Os que quiserem podem ir preparados para, a partir das 15h00, fazer praia no rio Lima - na veiga de S. Simão.

 

* Também pode fazer equitação.

 

 

OBS.:

Este convívio destina-se a todos os que têm compromissos paroquiais em movimentos, obras ou comissões. No entanto, requer inscrição no Cartório, ou a entregar ao Sr. Simões, da Legião de Maria.

Precisamos de saber até 20 de Agosto quantos os interessados, como é óbvio, para preparação do almoço. É gratuito. Oferta do Pároco e familiares.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

      Contribuinte n.º 501 171 762

Rua da Bandeira,  639

4900 VIANA DO CASTELO

  

  Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722

  Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538

 

         

 

Paroquianos:

 

Conforme é do conhecimento geral, no próximo dia 8, às 15h30, será a festa do Encerramento das Comemorações dos 25 anos da Paróquia.

A vós, que aqui sempre vivestes ou que aqui viveis há mais de 25 anos, há alguns anos ou mesmo há alguns dias, gostaria de vos comunicar que seria, para mim, um motivo de grande alegria ver a comunidade paroquial toda reunida, em comunhão, a participar neste acto de encerramento das comemorações.

Aliás, espero que ele seja mais que um encerramento, anseio que seja o início de uma nova era na pastoral desta comunidade, à qual me entreguei, em 2/9/1978, para fazer comunhão convosco na comunidade diocesana presidida pelo nosso Bispo D. Armando.

Todos temos procurado realizar aquilo que é possível no culto, na catequese e na acção social,  quer sob o aspecto cultural, quer sob o aspecto da caridade e da solidariedade.

Venho, por isso, convidá-lo(a) a que, de algum modo, participe nesta celebração, pela qual muito nos prezamos.

Esperando a melhor atenção de cada um de vós, se subscreve desde já o vosso pároco e amigo.

 

15/11/1992

 

 

P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COMEMORAÇÕES DOS 25 ANOS DE PARÓQUIA

 

 

 

PROGRAMA DE ENCERRAMENTO

 

 

Dia 2 de Dezembro

– Abertura da Exposição de Postais e Selos Marianos

 

Dia 8 de Dezembro

* 14 h 00 – Entrada de uma famosa Banda de Música e concertos até às 15 h 20.

* 15 h 30 – Eucaristia e Administração do Crisma.

* 17 h 00 – Em frente à Igreja, partilha dum bolo monumental de aniversário e brinde com champanhe.

                            - Concerto pela Banda de Música até às 18.00h.

                              - Encerramento da Exposição de Postais e Selos Marianos.                 

 

 

 

                            

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO XIV

 

ALGUMAS DAS INTERVENÇÕES

DO PADRE ARTUR COUTINHO

 

 

 

Todas as intervenções feitas pelo P.e Artur Coutinho mostram bem a humildade e a simplicidade que o caracterizam.

Contudo, este seu modo de ser não o impede de, sempre que necessário, incutir dinamismo nos que o rodeiam, tendo em vista a concretização dos seus objectivos e projectos.

Todas as provas dessa sua determinação estão à vista de todos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo

Ex.mo Senhor Governador Civil

Ex.mo Senhor Presidente da Câmara

Ex.mo Senhor Director do Equipamento e Planeamento

Ex.mos Senhores Directores da Segurança Social

Amigos,

 

 

À medida que as multidões crescem e se instalam em determinadas zonas, nos subúrbios das cidades, em bairros humildes ou em centros urbanos, o impulso da evangelização e da expansão, que caracteriza e justifica a existência da Igreja, vai até lá em novas paróquias.

Ora, dado o incremento que se vinha acentuando no sector oriental desta cidade e principalmente atento às realidades humanas, às necessidades das almas que, embora conhecessem o seu pastor, não ouviam quase nunca a sua voz, decidiu o Senhor Arcebispo de Braga, D. Francisco Maria da Silva, de saudosa memória, criar esta Paróquia.

Fez precisamente na quarta-feira passada 15 anos.

Foi seu primeiro pároco o Dr. António da Costa Neiva, hoje professor do Instituto Teológico de Braga, seguindo-se o Padre Rogério Fernandes da Cruz e hoje entregue aos meus cuidados pastorais pelo Senhor Arcebispo-Bispo de Viana, D. Júlio Tavares Rebimbas, agora Bispo do Porto.

Creio ter-se feito chegar aos cristãos desta paróquia, no meio das vicissitudes da época, tanto quanto temos podido, toda a vitalidade da Igreja. Temos procurado que a paróquia não seja uma central de serviços religiosos, de serviços funerantes e uma secretaria para expedir certificados. Temos trabalhado para que a paróquia seja uma comunidade onde Cristo Se torne visível, mas, devido à nossa fraqueza humana, nem sempre conseguimos os nossos objectivos.

Há mais de 30 anos que a Igreja das Carmelitas foi aberta ao público, graças ao esforço, boa vontade e à personalidade sócio-religiosa das gentes da Bandeira.

Aqui está o movimento de muitos que contribuíram, como embrião, para estarmos hoje aqui.

Quantos já foram chamados para Deus e quantos se ausentaram de nós!...

A nossa presença aqui, hoje, nesta inauguração, é uma prova da continuidade do espírito que animou há 30 anos os que começaram. Resta a todos essa consolação e desejamos que, daqui a 30 anos, outros possam dizer que cresceram e se multiplicaram na fé.

Desde que tomei posse do pastoreio desta comunidade, verifiquei logo que os paroquianos ansiavam por chegar ao dia de hoje. Logo me associei a essa ansiedade e aqui estamos a pôr um ponto final, para já, neste assunto.

Fizemos diligências e, a pouco e pouco, surgiram indícios de esperança ao pároco e paroquianos. É sempre assim, quando as pessoas dão as mãos umas às outras, no empreendimento comum.

Logo no início, fizeram-se diligências junto da família Espregueira Mendes e dela obtivemos a promessa de um lote de terreno para a construção da residência, mas as vicissitudes burocráticas iriam atrasar a resolução e, ainda hoje, o assunto está por resolver. Conseguimos depois, com a colaboração dos Serviços Técnicos afectos à Câmara Municipal da cidade, obter a demarcação e a reserva no plano de urbanização no lugar da Abelheira e em terrenos da família Espregueira Mendes, de cerca de 2400 metros quadrados, que a paróquia deve adquirir por compra, logo que a Câmara autorize e as partes entrem em acordo.

Aqui, sim, far-se-á o Centro Social, estrutura para vários serviços sociais, com um salão polivalente, que poderá servir para a celebração da Eucaristia, pois ninguém duvida que a igreja paroquial não chega para receber os fiéis. A zona é demasiadamente populosa e, de dia para dia, estão a aumentar os prédios e as torres. É em termos de futuro que devemos projectar as obras no presente.

Esta residência que inauguramos foi um ensaio e começou a partir da descoberta do terreno, pelo senhor José Maria Parente, que era feitor dos respectivos proprietários – o engenheiro Sotto Mayor Cardia e sua tia Maria Júlia Sá Pinto. Foi no primeiro contacto por uma comissão “Ad Hoc”, feito no Porto, que tudo começou bem. Em 28 de Fevereiro de 1980 fazia-se a escritura. Em 10 de Julho de 1980 estava o projecto preparado pela Direcção do Equipamento e Planeamento de Viana do Castelo e aprovado pela Câmara Municipal, em 17 de Outubro de 1980.

Organizaram-se comissões de angariação de fundos e a resposta dos paroquianos foi francamente satisfatória.

Assim se conseguiu, em Junho de 1981, dar início à obra. Ela é constituída pela residência para o pároco, por salas para alguns dos serviços burocráticos da paróquia e por este salão onde nos encontramos.

Pretendemos que este salão esteja ao serviço da comunidade, como centro e mola polivalente de animação paroquial. Iremos pensar, sobretudo, em dar lugar, nas tardes dos dias da semana, aos da terceira idade para se distraírem, para se encontrarem e para darem do melhor que têm aos outros, à comunidade, como pessoas válidas, embora limitadas, e não arrumadas ou esquecidas. Depois, ao fim de semana, como ocupação de tempos livres, aos jovens.

Este salão irá servir para outras tantas actividades compatíveis com o seu normal funcionamento e com os objectivos pastorais. Só para isso ele foi feito e não para ganhar pó... Há que dar vida aqui dentro, para que lá fora ela exista em maior abundância.

Chegamos onde queríamos.

Não faltou a colaboração dos paroquianos: aqueles que nos ajudaram, encorajando-nos moral e materialmente; aqueles que andaram de porta em porta, aqueles que vieram procurar-me ao cartório, aqueles que me interpelaram na rua, aqueles que não fazendo parte da comunidade, também connosco colaboraram.

Está, assim, a Comissão Fabriqueira grata a todos os que disseram SIM a este empreendimento, sobretudo, ao Senhor Luís Gil, que a substituiu, hora a hora, dia a dia, renunciando, muitas vezes, ao descanso e aos seus afazeres. Está a Comissão Fabriqueira grata a todos aqueles que aqui trabalharam gratuitamente e estamos ainda gratos à Segurança Social, que connosco colaborou, não podendo sem a sua contribuição, concluir a obra deste salão em que nos encontramos. Praticamente, a obra do salão foi concretizada com a sua grande colaboração.

Acredito que não precisamos de estar agradecidos senão a Deus, porque se esta obra é fruto da fé da comunidade, ela não pode ficar por aqui. Ela será antes ponto de partida para outros empreendidos, consequência e exigência do dinamismo proveniente duma adesão esclarecida, autêntica e pessoal a Cristo.

É Cristo a nossa esperança, é Cristo a nossa meta e, como tal, se não O perdermos de vista, jamais deixaremos de estar vigilantes e atentos às necessidades e carências da comunidade e da Igreja, onde ela é célula vital, unida ao seu Bispo.

Desculpem-me se fui enfastiador, mas nunca tive jeito para estas situações protocolares. No entanto, quis fazê-lo sem protocolo e na maior das simplicidades, como se estivesse, em casa, com a família.

Senhor D. Armindo , Bispo de Viana, pode contar connosco. Estamos crentes que unidos a V.ª Ex.ª Rev.ma e ao Santo Padre, cumpriremos a nossa missão cristã.

Agradecer a V.ª Ex.ª Rev.ma a sua presença, assim como agradecer às autoridades civis que aqui se encontram não fará falta, pois a alegria desta comunidade por este melhoramento é também motivo de alegria para cada um de vós que estais irmamente unidos no mesmo ideal, na mesma fé, na mesma esperança e no mesmo amor.

 

VIVA A SANTA IGREJA! VIVA O SANTO PADRE! VIVA O NOSSO BISPO!

 
CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL

DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

              Contribuinte n.º 501534822

       RUA DA BANDEIRA, 639

      4900 VIANA DO CASTELO

        Tel.: 24722 * Cartório – 823029 (Fax)

                     Infantário – 821510

 

 

Visita do Secretário de Estado da Inserção Social

 

Ex.ª :

 

Tudo aconteceu em 1980 quando um movimento paroquial fez da sacristia um Centro de Convívio de idosos. A sacristia era uma sala com duas frestas de luz onde, durante dois a três anos, se reuniam pessoas idosas para conversar, bordar, fazer crochet e confeccionar um lanche numa grelha de gás adquirida para o efeito.

Quando este salão paroquial foi inaugurado, saiu a sorte grande porque logo levantámos a hipótese de transferir este gáudio diário dos mais velhos da comunidade para aqui.

Foi mais tarde, pela acção do Dr. Manuel Martins Alves, na altura director na Região de Viana, que o Centro de Convívio se transformou em Centro de Dia. Aqui está, e não estará ele arrependido, nem temos nós, Direcção e utentes, motivo para estarmos descontentes.

Aqui se vive um ambiente de família, uma família numerosa de mais de 40 idosos e mais 12 utentes que, não tendo idade de reforma, têm problemas de isolamento e necessidade de se mostrarem e sentirem úteis à sociedade. É também a inserção social que se mantém à sombra do Centro de Dia.

Aqui, nestas instalações, dança-se, canta-se, joga-se, fazem-se concursos de trajes antigos, enfeites carnavalescos, quadras populares, exposições; organizam-se, a partir daqui, passeios, convívios, passeios de turismo para idosos pelo país e pelo estrangeiro, passeios mistério; organizam-se desfolhadas na aldeia, assim como a festa da vindima, também na aldeia; realizam-se intercâmbios com outros Centros de Dia e visitas guiadas e culturais ao nosso património regional – o Museu da Cidade, Igrejas e Conventos, Centros de Cultura, Centros de Diversões, visitas às feiras da região e participação nas organizações culturais do Instituto Católico e do Centro de Estudos Regionais como no Projecto “Memória e Fronteira”, no Enterro do Pai Velho no Lindoso, nas visitas às Brandas de Melgaço, participação nas rádios locais...

Organizam-se, nesta rua, os magustos e a venda de castanhas assadas, ao público e à maneira antiga, há bailes diversos e tece-se...

Em Maio e Junho, há a Caça aos Grilos, O Dia Mundial do Idoso, do Deficiente, da Mulher, da Primavera, da Família. Não escapam o S. João, o S. António, o S. Pedro, A Páscoa e o Natal, também anualmente celebrados com grande festa.

Aqui vêm tunas académicas, Grupos Musicais, tardes mágicas, aniversários natalícios, pequenas encenações...

 

Ex.ª :

 

Não posso ter a preocupação de dizer tudo, mas se algo importante falhar, não faltará alguém que corrija.

Este Centro Social não se limita à dinâmica para a 3ª idade e as actividades com idosos, que acabamos de enumerar, não se limitam todas a este espaço. Os utentes encontram-se repartidos, conforme as necessidades ou situações, por outros dois espaços aqui a 50 ou 60 metros, nesta mesma rua: ao todo temos mais de 450 metros quadrados. Não é muito para a dinâmica que imprimimos nestes serviços, mas tem sido o suficiente para dar a esta população um ambiente de qualidade, a fim de todos os utentes se sentirem felizes por terem trabalhadores e voluntários que se entregam, de alma e coração, a dar a vida e a pôr vida nas coisas que são feitas com amor.

No entanto, a nossa obra não acaba aqui.

Este Centro Social Paroquial tem, como V. Ex.ª deve saber, um infantário no lugar da Abelheira, inaugurado pelo Secretário de Estado Luís Filipe Pereira.

Tem ainda um Centro de acolhimento temporário de Bebés e Crianças Abandonadas ou Mal tratadas de Alto-risco – O Berço de N.ª Sr.ª das Necessidades, também no lugar de Abelheira.

Acopulado ao Centro de Dia, existe um Refeitório Social para vagos, passantes, indigentes, servindo refeições ao meio-dia e, por vezes, também pela manhã e ao fim da tarde.

Participa este Centro com o OZANAN – Centro de Juventude, a Conferência Vicentina e a Paróquia num Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e Distribuição, de designação(CECAN/RD). Este centro comunitário está aberto todos os dias úteis e permite que carenciados, da comunidade e da região, peçam roupas, mobílias, electrodomésticos, alimentação, etc... Novo ou usado, o que recebemos é entregue. No ano passado movimentou-se um valor de 7.000 contos.

O Centro Social e Paroquial participa ainda, com a Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, numa Escola de Música com cerca de 120 alunos, em 1995/96.

Ele apoia ainda, por cedência de espaço, uma Associação de Alcoólicos Anónimos, que muito bem tem feito à região.

 

Ex.ª :

 

Claro que não seria necessário dizê-lo, mas muito do que se faz deve-se ao apoio eventual que temos recebido do Ministério de que V. Ex.ª é digno e mui ilustre Secretário; deve-se ainda aos acordos de Cooperação celebrados com o CRSS para o Centro de Dia, para o Infantário, para o Centro de Acolhimento Temporário de Bebés e Crianças Abandonadas e para  o Refeitório Social...

O nosso muito obrigado dizemos todos os que aqui estamos.

No entanto, permita V. Ex.ª que lhe faça um pedido: precisamos de alargar o nosso acordo do Centro de Dia para mais 10 idosos...

No próximo ano queremos publicar um livro que o Dr. Pires Moreira, aqui presente, está a coordenar com dados e recolhas das actividades dos utentes deste Centro de Dia. Pedíamos uma ajuda para que fosse mais fácil e fazermos melhor...

Creia V. Ex.ª que temos posto o máximo esforço para conseguirmos manter esta dinâmica ao rubro todos os dias, causando-nos grandes despesas, um serviço mais caro. Também temos o grato prazer de sermos muito procurados, daí que tenhamos nomes em lista de espera. Um Centro de Dia não pode ser de modo nenhum um local morto ou uma antecâmara da morte... Muito esperamos de V. Ex.ª, pelo que já temos verificado, sensível como é a estes problemas sociais, não nos vai deixar sem resposta generosa porque é justo e benevolente.

Obrigado...

 

11/10/96

O Presidente

 

 

 

 

 

 

 
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Inauguração do “O Samaritano”

 

 

            Apresentação

 

Da iniciativa do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, vai ser inaugurado, no dia 20 de Outubro, um Centro de Convívio para pessoas com problemas de locomoção, psicológicos, invisuais e outros, a que se deu o nome de “O Samaritano”, sito na rua da Bandeira, n.º 601 – trás.

Foi com as diversas solicitações, quer de Assistentes Sociais, quer de Instituições e Empresas particulares, pedindo apoio neste sector, que a Direcção deste Centro procurou, mediante os seus recursos económicos e contando com algum apoio do Centro Regional de Segurança Social, desenvolver este projecto que parece ser tão necessário quanto útil. O projecto deverá ter a atenção de todos para que desenvolva as suas potencialidades, não só para a referida Paróquia mas também para toda a zona da cidade de Viana.

Assim, “O Samaritano” será um local de convívio, onde as pessoas sentir-se-ão úteis e felizes ao desenvolverem trabalhos, mediante as suas possibilidades de saúde, e ao criarem novas amizades que as ajudarão a passar o seu tempo que, a partir de agora, será mais proveitoso e reconfortante.

São de louvar obras como esta. Desta forma, a Direcção deste Centro faz um apelo à partilha a favor do “O Samaritano”, que é de todos e para todos, pois não são só os mais desfavorecidos da sociedade os mais interessados nesta grandiosa obra.

Um apelo se faz à solidariedade de todos que, para o efeito, podem inscrever-se no livro de registos de amigos, com algum donativo eventual, quota semestral ou anual, consoante queira, devendo exigir sempre um recibo próprio para eventuais deduções do I. R. S.

Votos para que “O Samaritano” cresça cada vez mais e melhor, com a ajuda de todos os VIANENSES.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Inauguração do “O Samaritano”

 

 

            Intervenção do Pároco

 

Em 11 de Dezembro de 1982 inaugurámos o Centro de Dia dos Idosos cujo funcionamento tem sido de indiscutível valor. Com efeito, o espaço reservado a esta actividade encontra-se superocupado com actividades socioculturais, tais como: a escola de música, os Alcoólicos Anónimos, conferências, encontros, etc., de tal modo que, desde as 09h00 até às 24h00, não há espaço para mais nada.

Em 1988 inaugurámos, com a presença do Secretário de Estado, o Jardim Infantil, à Rua Campos Monteiro, na Abelheira, outra valência necessária. Basta dizer que se muitos nos batiam à porta para pedir favores para os filhos serem admitidos nos Jardins existentes, isso acabou, sinal que agora a cobertura desta valência, na área da cidade, deve estar mais ou menos satisfeita por iniciativa particular.

A essa iniciativa particular não está alheia a colaboração do Centro Regional de Segurança Social, a quem esta Instituição também deve apoio em subsídios eventuais e efectivos, bem como o apoio técnico de pessoal especializado no acompanhamento de alguns casos.

Hoje, dia 20 de Outubro de 1990, estamos aqui para, oficialmente, inaugurarmos as instalações que o Centro de Dia vai destinar ao serviço de determinados casos de patologia médica que não tenham outra hipótese de formação ou de ocupação útil do seu tempo livre, arrancando--os à solidão ou aliviando, durante as horas fortes do dia, as respectivas famílias.

Isto foi fruto de insistentes pedidos de admissão no Centro de Dia por Assistentes Sociais, empresas particulares e públicas. Depois da Direcção deste Centro avaliar as situações e verificar que se tratava duma carência real a descoberto nesta nossa terra que, para além do APPACDM – um modelo, a nível nacional – nada mais possui para os outros casos, assumimos, experimentalmente, alguns casos acumulados com o Centro de Dia. Foi um bom resultado, só que os problemas dos idosos são muito diferentes uns dos outros e, embora devam conviver todos, sobretudo à mesma mesa, na maior parte do tempo precisam dum trabalho e duma atenção diferente, e duma prática muito diferenciada. Isto levou-nos, com a ajuda de amigos e paroquianos, a adquirir este espaço para transferirmos os respectivos serviços que agora inauguramos.

Contamos com o apoio técnico voluntário de um psicólogo, um psiquiatra, um médico, uma religiosa educadora social e uma auxiliar de Assistente Social. Procuramos assim que o Centro corresponda aos objectivos e anseios da comunidade.

Chamamo-lhe  “O Samaritano”. Foi sem dúvida uma inspiração do Evangelho.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CAPÍTULO XV

 

O PADRE COUTINHO A EPISTOLAR

 

 

 

            Um modo do P.e Coutinho trabalhar é, muitas vezes, dirigir-se aos paroquianos por escrito, com um serviço de distribuição ao domicílio, por voluntários, que o faz vulgarmente para os diversos programas do plano de pastoral, que normalmente é aprovado em Conselho Paroquial de Pastoral, todos os anos, nos princípios de Outubro.

            Dirige-se muitas vezes, para além disso, em ocasiões de festas familiares, tendo em conta aniversários de nascimento, de casamento, de falecimento. Normalmente, nos casamentos feitos na Paróquia, entrega sempre, aos noivos, uma medalha de bronze com texto para justificar o acto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Contribuinte n.º 501 171 762

 

4900 Viana do Castelo

 

 

 

 

 

Catequista amigo (a):

 

Gostava que esta carta, que te escrevo, tivesse já seguido pelo correio. Não é porque a considere importante, mas pela sua oportunidade e pelo seu significado.

Gostava de passar o Natal contigo, mas não é óbvio o meu desejo. Tão pouco nos encontramos e que, nos momentos de Natal, como passo com os meus familiares, gostava também de os passar com todos aqueles que vivem a família paroquial.

É costume ir à Cadeia na noite de Natal. Espero poder fazê-lo este ano, porque me parece importante. Gostava, pelo menos, de sentir o teu calor espiritual por um envolvimento muito mais participativo nas missas da comunidade: ao menos, poderei sentir essa alegria no dia de Natal!

Voltando atrás, pois estou-me a afastar um pouco do meu propósito, penso em todo o trabalho realizado até esta data e penso no trabalho que ficou por fazer! Penso no trabalho que temos de desenvolver para que a vida floresça cada vez mais nesta comunidade, sobretudo, a partir da catequese. Penso em todos aqueles que, comigo, tentam fazer uma comunidade viva e arejada, a palpitar de fé e de caridade.

NESTE NATAL, QUERO AGRADECER AO MENINO A PRENDA QUE VÓS SOIS AO MEU LADO NESTE TRABALHO ÁRDUO E COMPLICADO, CHEIO DE VITÓRIAS E DE FRACASSOS, MAS SEMPRE COM MUITA FÉ E MUITO AMOR.

Rezo por ti. Deus abençoe o teu trabalho! Deus está sempre ao lado de quem generosamente se entrega aos outros, comunicando esperança.

Desculpa, mais uma vez, fugia por outro lado, quando, afinal, não posso neste papel dizer tudo o que queria sobre a fé que nos anima.

É NATAL. É altura de todos nos juntarmos como catequistas desta família paroquial. Já anunciei o dia e, vinha de novo, lembrar-te o dia 2 de Janeiro, num sábado, das 15 às 17 horas , no Centro Social, à Rua da Bandeira, n.º 639. Toma nota. Faz por não faltares. Renuncia a alguma coisa para que sintas mais felicidade neste encontro.

É preciso trocar impressões sobre as crianças que Deus nos deu, é preciso comungar das dificuldades e dos progressos, é preciso corrigir, planificar, pois uma segunda etapa vai começar, no dia 9, e é preciso começá-la bem.

Ajuda-me a ser generoso e marca presença, porque Cristo precisa de ti.

Se vai a tempo, aceita que, desta maneira tão simples, deseje a ti e aos teus familiares um Natal Santo e um Ano Novo cheio dos melhores êxitos espirituais e temporais.

Abraça-te o teu amigo e Pároco.

 

22/12/1987

                                                   

                                                                                  ( P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Contribuinte n.º 501 171 762

Rua da Bandeira,  635-639

4900 VIANA DO CASTELO

  

Tel.:058 823029

 

 

 

 

Ex.mo(a)  Senhor(a) :

 

           

Com os nossos cumprimentos, venho, por este meio, comunicar-lhe que era conveniente lembrar ao seu educando(a) a necessidade de se preparar convenientemente para o Crisma.

            Para além do Crisma, será uma oportunidade que terá de se ir actualizando em matéria religiosa, acompanhando os outros para um melhor crescimento harmonioso, uma formação integral mais autêntica.

            Nós temos um grupo ao domingo, no 3º ano do Crisma, e vamos ter um ao sábado e outro à quinta-feira, às 18,30 horas.

            Também aproveito a oportunidade para lembrar que o Sacramento do Crisma é um dos Sacramentos de iniciação com o Baptismo e a Eucaristia.

            É por isso que, agora, para se ser padrinho ou madrinha de baptismo é preciso ser-se crismado. Alguns aborrecimentos já surgiram para aqueles que, querendo exercer essa função, não puderam. Convém como pai / mãe evitar que, no futuro, aconteça uma situação incómoda tanto para o(a) jovem, como para o pároco, como também para as famílias ou amigos.

            Tenho presente que a educação cristã foi também um compromisso assumido pelos pais na ocasião do baptismo.

            Esperando a melhor atenção de V. Ex.cia, se subscreve, o seu pároco e amigo.

 

 

04/10/1989

 

 

                                                                                  (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

P.S. No próximo dia 14, sábado, às 17 h no salão paroquial, à Rua da Bandeira, n.º 639, haverá uma reunião para o seu educando(a).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Jovem amigo(a):

 

            Se me permites, irei entrar em contacto contigo, já que muitas vezes não nos encontramos como devíamos, isto é, frente a frente, dialogando sobre os problemas que nos afectam mutuamente.

            Acabou um ano escolar, começam exames e férias.

            Para os jovens trabalhadores as férias a que têm direito serão mais diversificadas, sobretudo no tempo. Isto de férias merece um pouco de atenção. Há que fazer balanço à vida. É necessário parar e reflectir.

            Quem trabalha tem o direito e o dever de descansar, de repousar.

Ora, as férias são precisamente para parar. Isto não quer dizer que não se vá fazer nada... Repousar é encontrar-se; é distrair-se dos afazeres habituais para se encontrar com a natureza, as montanhas, as florestas e o mar.

            Este encontro exige um outro trabalho, exige que procuremos nas coisas a face do Criador, exige portanto, predisposição para tal. Este esforço humano à procura de algo que eleve o espírito é um bom trabalho para o tempo de férias.

            É uma boa ocasião para nos dispormos ao serviço do irmão mais velho, do irmão doente ou deficiente, do irmão drogado, do irmão afastado da fé, como consequência deste encontro no repouso justo, fruto dum dever cumprido.

            Este tempo é bom para partilhares a fé com os outros, para te recreares e te reconstruíres das energias gastas.

            No outro tempo, muitas vezes deixamo-nos absorver pelo trabalho e pecamos até quando, ao fim de semana, nos esquecemos de repousar e de nos darmos aos outro como devíamos.

O tempo de férias deve ser preenchido com um conteúdo novo, aquele conteúdo que te faz homem.

            Quem sou eu para censurar, condenar ou ajuizar projectos de férias que tu já tenhas?

            Deixa-me apenas partilhar contigo esta minha fé e dizer-te baixinho ao ouvido:

            Afasta de ti o ócio, que é o maior dos vícios, e procura saber distrair-te, porque nem todas as distracções são dignas duma pessoa e muito menos dum jovem como tu.

            Dedica tempo à família, ao teus pais, irmãos e outros, eles precisam do teu calor e do teu sorriso. O teu estilo de vida, a tua juventude, a tua coragem têm de criar um equilíbrio entre a família e o mundo.

            Se sentes necessidade de mudar...

Se sentes que era necessário trabalhar por um mundo novo mais parecido contigo...

Se quiseres conversar comigo sobre o modo como pôr isto em prática, estou às ordens. Aparece cá pelas 14 horas, excepto aos sábados e domingos.

            Desta vez ficamos por aqui.

Procura estar vigilante e viver uma fé que valha a pena...

            Aceita um abraço em Cristo - Jovem, do amigo.

 

25/06/1990

                                                                                                     ( P.e Artur Coutinho)

 

P.S. : Afinal ficou para o fim um projecto para férias.

          Podes participar...

 

 

CAMINHADA

           

* Dia 21 de Julho, às 7h00: uma caminhada a um santuário mariano, Nossa Senhora do Corporal em S. Salvador.

 

            A caminho pelas diversas terras ( Meadela, Sta. Marta, Serreleis, Cardielos, Nogueira, S. Salvador) juntar-se-ão a nós outros jovens dessas terras.

 

Vamos organizar esta caminhada?

Aparece à reunião que para efeito fazemos no dia 7, pelas 14.00 horas, no Salão Paroquial, e vamos lançar mãos à obra.

            Se não concordares aparece para dares sugestões.

            Esta acção é para tidas a idades superiores a 12 anos.

 

 

CAMPO DE FÉRIAS

 

* Do dia 11 ao dia 14 de Agosto, na Serra d’Arga: campo de férias para adolescentes dos 12 aos 15 anos. É necessário fazer a inscrição até ao dia 7 de Julho, no cartório.

 

No dia 14 de Julho estará afixado o programa do Campo, onde constam actividades culturais e recreativas: Campismo, Montanhismo, Pesquisas, Entrevistas, Levantamentos topográficos, Recolhas de Usos e Costumes.

 

O campo de férias custará 1.250$00 e no acto da inscrição pagarás 500$00. O preço inclui alimentação e viagem.

Fala com os teus pais. Mostra-lhes esta carta e pede-lhes para participares. Preenche o boletim ao lado e inscreve-te a tempo porque podem esgotar-se os lugares.

 

 

 

 

BOLETIM DE INSCRIÇÃO

 

Eu _____________________________________________________ autorizo que ____________________________________________ morador(a) em ___________

________________________________________, nascido(a) _____/____/_______, com o telefone n.º __________________, participe no Campo de Férias da Paróquia e remeto 500$00 para pagamento da inscrição.

 

                        Assinatura

                        ____________________________________________

 

 

 

 
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Contribuinte n.º 501 171 762

Rua da Bandeira,  635-639

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Amigo(a) Vicentino(a):

 

            Chamo-lhe vicentino(a) porque quem contribui regularmente com quota para a acção vicentina, na paróquia, é também vicentino(a). Embora não possa participar directamente numa obra organizada de carácter sócio-caritativo, participa indirectamente para que não falte o aspecto financeiro.

            Daí o(a) senhor(a) estar de parabéns e me permitir que o(a) trate por vicentino(a).

            Como sabe, testemunhar a fé em obras, através de uma acção pessoal veiculada pela visita em espírito de Justiça e Caridade, é um dos objectivos primordiais do vicentinismo.

            A Conferência foi fundada, nesta paróquia, em 1978. A primeira fundação que fiz. De lá para cá, com altos e baixos, com alegrias e tristezas, mas com uma esperança enorme e uma fé cada vez maior, tem-se desenvolvido este espírito.

            Para além do que é comezinho ou mais trivial, esta Conferência tem apostado sempre em grandes obras: conservação e restauro de casas de pobres e a fundação do Ozanan-Centro de Juventude, com espaço para ocupação de tempos livres para jovens e crianças e ainda um restaurante social.

            Hoje, preside à Conferência Vicentina a Sra. D. Rosa Parente Amado e, com ela, um grupo de jovens vicentinos, além de outras dedicadas pessoas.

            No entanto, a acção vicentina só pode vingar se tiver como centro a “Eucaristia”, a Santa Missa, pelo menos, em dia de Domingo.

Celebrando-se em 27 de Setembro o dia de S. Vicente de Paulo, venho lembrar a necessidade que existe na participação de todos quantos procuram e se esforçam por viver o espírito de S. Vicente de Paulo e de Frederico Ozanan.

            Nesse dia, às 18h15, era bom que toda a família vicentina se concentrasse, na Igreja, à volta da mesa eucarística em honra de S. Vicente de Paulo, sufragando as almas de todos os que, de algum modo, foram beneficiados pela Conferência Vicentina, de todos os que ajudaram os pobres, benfeitores e contribuintes...

            Creia amigo(a) que a sua presença na Eucaristia desse dia é também um sinal do amor que o(a) leva à partilha e à comunhão nos ideais cristãos animados por Ozanan e S. Vicente de Paulo.

            Espero vê-lo(a), nesse dia, com todos os vicentinos, a celebrar a fé pela qual nos afirmamos como vicentinos e amigos dos pobres.

            Aproveito a oportunidade para informar que no Domingo seguinte, dia 30, haverá um almoço-convívio no Ozanan, às 13h00, e as inscrições estão abertas.

            Aceite um abraço do pároco e amigo.

 

11/09/1990

 

                                                                                              (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 
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Catequista amigo(a):

 

            Não sendo Natal nem Páscoa... resolvi, contudo, escrever-te para colmatar, em parte, faltas à reunião geral de catequistas ou até às reuniões de preparação semanal.

           

Continua a ser preocupação:

1.   A assiduidade às preparações semanais das sessões de catequese. Isso não só é útil como encontro de unidade no espírito e na acção, como também na descoberta de métodos mais úteis para transmitir a mensagem e ajudar a imprimir, naturalmente, uma dinâmica criadora sempre nova e diferente, ano após ano.

 

2. As faltas à catequese de crianças cujos pais nunca foram contactados pelos catequistas, ainda que pelo telefone.

            Era bom que houvesse, ao longo do ano, sempre esta relação criança-catequista-pais, de tal modo que as crianças sentissem que a catequese semanal era algo que compromete, por Jesus, a comunidade e que não se reduz àquela hora, mas a todas as horas da semana, porque até o catequista pensa nelas, para além dos pais, fora daquela hora.

            Se, por este trabalho, o catequista tivesse de fazer despesa, eu sei lá... em telefone ou em deslocações devia apresentar as suas despesas à Comissão Fabriqueira para que esta as cobrisse. É um serviço de comunidade para comunidade.

 

3.  O deixar as salas sem papéis no chão, os quadros pretos limpos, as janelas fechadas e as luzes apagadas.

 

4.  O Dia do Pai (19 de Março / Dia de S. José), será celebrado, a nível da catequese, no dia 17 do corrente mês, na missa das 9.30h. Há que animar as crianças e os pais. Cada catequista poderia dar essa informação por escrito (mesmo à mão) a cada criança, para levar para casa e mostrar aos pais. É uma sugestão. Mas pode haver outra.

 

5.   No dia 24 de Março é o dia  da Comunhão Pascal, na missa das 9,30 horas.

a) No sábado antes (dia 23), há uma celebração penitencial com confissões que começará às 15 horas e que será por grupos de classes distribuídos por 6 salas. Pelas 15,45 h seguir-se-ão as confissões na igreja. Este trabalho supõe que os catequistas das respectivas classes vão juntar-se para preparar a celebração da palavra e, depois, vão assistir e acompanhar as crianças nas confissões.

 

b) Para as crianças da Pré, 1ª e 2ª classes, que não têm confissões, aconselha-se que, por classes, se juntassem nesse dia ou no Domingo, no salão paroquial ou no Samaritano, e fizessem uma celebração da Palavra referente à Páscoa, com uma partilha de sentimentos pascais através de imagens, desenhos,...

 

c) O dia 24 é também dia de Ramos. A Festa de Ramos far-se-á na missa das crianças. Por isso se aconselha todas as crianças a trazerem o seu ramo ( oliveira, palmeira,...).

 

6. Por tudo isto se vê a necessidade dos encontros semanais de preparação. Aconselhava a escolherem outras horas ou outros dias para aqueles que estão impossibilitados de comparecerem nas horas ou dias já marcados.

 

7. Que não aconteça o que por vezes sucede: crianças não participam nas festas porque o catequista não disse nada. Às vezes, acontece que há catequistas que parecem viver alheios à vida paroquial. Se é assim, é muito grave e, então, não há catequese, há passatempo ou outra coisa qualquer que não poderei tolerar. Para além disso, o catequista não o será verdadeiramente se não der testemunho pelas obras e pela prática religiosa, isto é, por frequência que se veja.

           

O catequista deve estar muito unido ao Pároco que é, a nível paroquial, o primeiro catequista. Esta união passa pelas reuniões de grupo (semanais) e pelas reuniões gerais.

            Crê, amigo(a) catequista, que depois de tudo bem feito, quer da minha parte quer da vossa, nada mais nos resta que agradecer ao Senhor por nos ter dado a Graça de termos feito o que devíamos.

            Aceita um abraço do teu Pároco e amigo.

 

 

Março de 1991

 

 

                                                                                                   (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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 P Á S C O A

 

Caro Paroquiano(a):

 

            Vamos celebrar a Páscoa!

            Este ano, a nossa lembrança comunitária para celebrar as alegrias da Ressurreição corresponde a este livrinho “Dia Santificado” que parece insignificante, mas que é, todavia, muito prático.

            É um devocionário! ... um catecismo! ... um livrinho que pode estar em casa, em lugar próprio, ou até andar no bolso! ...

 

No entanto, a Páscoa não é importante pelo livrinho, mas por tudo o que vivemos na Quaresma e pela qualidade da nossa participação nas cerimónias da Semana Santa, que têm como cume ou síntese a grande Vigília Pascal, no Sábado Santo, às 21.30 horas.

 

            Este ano a nossa Páscoa é Jubilar como comunidade paroquial, daí que o convite à alegria e à esperança seja reforçado por tudo o que nos anima o espírito, unidos na mesma oração, caminhando juntos como irmãos, reunidos à volta da mesma mesa de reflexão e diálogo, e a viver a experiência gozosa destes 25 anos.

 

Vinte e cinco anos de Paróquia, vinte e cinco anos de Páscoa. Que a Páscoa deste ano traga, como fruto, uma comunidade renovada com uma fé mais profunda, autêntica e que a todos nos amolde ao Amor de Cristo, sob os auspícios de Nossa Senhora de Fátima. São estes os votos do amigo.

 

 

Abril de 1992

 

                                                                                 

 

(P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Ex.mo(a) Senhor(a):

                                  

            Cá estamos mais uma vez. Este ano, é a primeira vez, mas para muitos já são tantas vezes quantos os anos de catequese dos seus filhos ou educandos. Esta missiva é para pedir! Todos sabem quão difícil é governar uma casa! E governar uma Paróquia... com as esmolas... Esperamos que, de boa vontade, chegam duns e doutros para aquilo que é necessário ou para os projectos que a comunidade pretende levar por diante.

            Chegou a hora, conforme está programado desde o princípio do ano no calendário catequético, que foi distribuído a todas as crianças, de iniciar a partilha a favor das despesas da catequese.

            Precisamos de suportar muitos encargos, sobretudo com o material didáctico, porque os catequistas não trabalham por dinheiro, antes pelo contrário, ainda gastam do que é seu em viagens e em encontros de formação, às vezes em telefonemas e outras coisas mais e... só por amor à causa. Mal seria se a Paróquia não fornecesse o material necessário para um, pelo menos, suficiente trabalho de catequese para o milhar de educandos!...

            Venho, pois, cumprir algo que também me custa, que é pedir, pois, se não o faço também não podemos crescer e a comunidade tem de se sustentar a si própria, não só para subsistir, mas para crescer e se desenvolver. É com a ajuda de todos, uns mais... outros menos, que se pode fazer uma comunidade viva. Não estipulamos nada a ninguém, mas pedimos partilha, disponibilidade e, tudo isto, de acordo com a capacidade e generosidade de cada um.

            Creio, aliás cremos, nós Comissão Fabriqueira, na vossa boa vontade e que as ajudas vão chegar sem mais encómios nossos. Bastará entregar ao catequista ou no cartório e, se quiserem, podem pedir recibo para deduções no IRS. É de costume passar-se recibo daquilo que se recebe.

            Se já não tem o calendário das actividades da catequese, que foi distribuído no princípio do ano, peça-o no cartório.

            Quanto às contas paroquiais referentes a 1992, lá para Fevereiro elas serão apresentadas conforme o costume, isto é, depois de ordenadas pelos tesoureiros e pelos técnicos, serão apresentadas em Reunião do Conselho Paroquial e outros órgãos intermédios, em Assembleia Paroquial, tornadas públicas e afixadas.

            Esperamos a melhor compreensão de todos vós, com um grande abraço e votos de um ano de 1993 muito próspero, para si e toda a família.

 

14/01/1993

 

                                                                                  O amigo

 

                                                           (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 
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  Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722

  Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538

 

Centro de Catequese * Centro de Liturgia

      Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés

             E crianças Abandonadas e de Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens

                    Consultório Médico *  A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan

 

 

Catequista amigo(a):

 

Vivemos momentos altos da nossa fé. Celebramos a Páscoa no nosso coração quando fazemos Cristo Vivo e Presente em cada irmão.

Como catequistas, sentimos bem mais fundo a alegria e a necessidade de fazermos com que a Páscoa seja uma Celebração contínua, de um modo particular, em relação aos meninos, às meninas e aos pais que a comunidade nos confiou.

A todos desejo, do coração, FELIZ PÁSCOA.

Aproveito para convidar a todos os catequistas efectivos e auxiliares para uma reunião a realizar no próximo sábado, dia 9, pelas 16 horas. Nessa reunião, falará dos Actos dos Apóstolos o P.e Dr. João Barbosa e, logo de seguida, falaremos dos problemas da nossa catequese assim como das festas que os diversos anos têm no mês de Maio.

Atenção que isto é muito importante, pois é tudo novidade para os catequistas e para os pais. Será bonito estarmos todos bem sintonizados com as orientações pastorais sobre o assunto. Esperemos que, nesta matéria, nenhum pai se escandalize com o catequista por não saber que informação dar...

Peço a presença de todos e sugiro que participem na Missa Vespertina, às 18h15, como conclusão do encontro.

O encontro realiza-se no Ozanan.

 

FELIZ PÁSCOA!

31/03/1994

 

 

                                                                                              O Pároco

 

 

(P.e Artur Coutinho)

 

SERVE DE CONVITE

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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  Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722

  Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538

 

Centro de Catequese * Centro de Liturgia

      Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés

             E crianças Abandonadas e de Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens

     Consultório Médico *  A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan

 

 

NATAL DOS SÓS

 

            No dia 24 de Dezembro, organizado pela Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, como já vem sendo habitual realiza-se uma Ceia de Natal para os Sós, no Ozanan – Centro de Juventude, Largo das Carmelitas.

            As inscrições estão abertas até ao próximo dia 20, no cartório.

            Se vive sozinho, se quer uma ceia de Natal fazendo família com outros, inscreva-se.

 

 

BERÇO DE N.ª Sr.ª DAS NECESSIDADES

 

Também para as Crianças Abandonadas ou de Alto-Risco será promovido no dia 19, próximo Domingo, uma festa de Natal, onde estarão presentes algumas das autoridades.

            As instalações estarão abertas aos membros da Liga dos Amigos do Berço das 14h30 às 15h30 e situam-se na Rua Campos Monteiro.

            Se quiser colaborar com esta obra, faça-se membro da Liga.

 

 

NATAL E FAMÍLIA

 

A Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, em colaboração com as escolas do 1º Ciclo da área, levou a efeito um concurso subordinado ao tema “Natal e Família”, de muito interesse para estímulo à expressão plástica das nossas crianças e a propósito de um tema muito querido para os cristãos.

            Concorreram cerca de 400 crianças e foram atribuídos prémios a:

* 1ª fase: 1º - Marco Rocha (Carmo), 2º - Isabel Rod. Ferreira (Abelheira), 3º - Cátia Andreia Sousa (Abelheira).

* 2ª fase: 1º - Carolina F. Viana (Carmo), 2º - Mariana Lopes Caló (Carmo) e 3º - Maria Filomena Cunha (Carmo).

            Fizeram parte do júri: Dr.ª Maria Augusta Manso (Psicóloga), Arquitecto Faro Viana, P.e Dr. António Belo, Prof. Ilda Carvalho e Irmã Adela Morante.

            Os trabalhos encontram-se expostos ao público no Ozanan - Centro de Juventude, até 27 de Dezembro.

 

 

1994

 

 

 

 
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Ex.mo(a) Senhor(a):

                                               Paroquianos (as) _____________________

                                                                       Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

                                                                       4900 Viana do Castelo

                                              

 

            Amigo(a):

 

            Não basta discutir e reflectir sobre os problemas da Família e os seus valores na sociedade, é necessário que interiorizemos e assumamos a responsabilidade que nos cabe em modificar as situações em risco.

            A FAMÍLIA é algo sagrado: sem ela não pode haver humanidade saudável.

            Neste Mês de Maio temos muito presente a Família ao louvarmos Maria.

            O dia 13 é o dia da Padroeira desta Comunidade Paroquial. Nesse dia haverá Missa solenizada às 19h15. Na véspera, dia 12, sairá da Igreja Paroquial, às 21h30, uma Procissão de Velas que percorrerá as zonas da Paróquia.

Neste Ano Internacional da Família, venho, por este meio, convidá-lo(a), juntamente com a sua família, participar na referida Procissão de Velas.

Creia que faço este apelo convicto de que a felicidade da Família também passa pela oração comunitária à volta de Nossa Senhora de Fátima, em Procissão de Velas, num dia tão querido como é a véspera do dia 13 de Maio.

Desde já o agradecimento pela Vossa comparência.

 

25/04/1994

 

O Amigo,

 

P.e Coutinho               

                                                                                             

PROGRAMA da FESTA DA PADROEIRA

 

 

* Dia 12 de Maio – 21h30: Procissão de Velas

            Itinerário: Rua da Bandeira, Capitães de Abril (S. Vicente), Rua Campos Monteiro, Rua Francisco Sá Noronha, Rua do Barronco, Bela Vista, Estrada Abelheira, Capitães de Abril – Brejo, Socomina, Rua Guerra Junqueiro, Rua José Espregueira, Rua Fiúza Júnior, Igreja Paroquial.

 

* Dia 13 de Maio – 19h15:

            - Missa solenizada;

            - Devoção do Mês e do dia 13;

            - Renovação da Consagração da Paróquia a N.ª Sr.ª de Fátima;

            - Convívio Paroquial no Centro Social.

Transmita felicidade vivendo feliz...

 

 

Aconselha-se:

Os moradores que desejarem podem e devem colocar colchas nas janelas ou uma vela acesa nos respectivos itinerários. 

Dê testemunho da sua alegria na vivência pascal em dia da Padroeira da nossa comunidade paroquial.

O mais importante é acompanhar a imagem de N.ª  Sr.ª de Fátima.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Ex.mo Senhor:

 

Há dias havia, na caixa do correio, uma carta. Uma carta diferente daquelas que habitualmente se recebem. Vinha da paróquia em que reside e onde possivelmente faz, com a família, a sua vivência cristã.

Estamos no Ano Internacional da Família. Nós acreditamos e sentimos A Família como um Valor a Promover e a Defender. Obviamente porque o futuro continua a jogar-se , de novo e cada vez mais, na Família. Nela reside o segredo da solução de muitos problemas que afligem o nosso tempo e o nosso mundo.

É o Mês de Maio. Lindo Mês do ano... em que a natureza nos presenteia com flores belas, de todas as cores e perfumes. Mês que a piedade cristã consagra, muito especialmente, a Maria. Para nós, Portugueses, é o mês da 1ª aparição de Nossa Senhora, em Fátima, no ano de 1917. Recordamo-lo no dia 13 de Maio.

Quiseram os antepassados desta zona, há 26 anos – quando foi criada a paróquia – que Nossa Senhora de Fátima fosse sua Padroeira. Colocaram sob os auspícios marianos a protecção da comunidade de que hoje fazemos parte.

Tem-se colocado o maior empenho em viver festivamente, com profundo sentido eclesial, os dias 12 e 13 de Maio. Este ano, voltados para a Família colocamo-la no coração das iniciativas programadas para estes dias e mesmo para todo o Mês.

A procissão de velas, no dia 12 à noite, é um momento de particular devoção e manifestação do nosso amor a Maria - Mãe e Madrinha dos nossos destinos enquanto membros da Família Paroquial.

Aceitem o desafio que, como moradores desta zona, sentimos nesta hora. E deixem-nos, enquanto vizinhos, reforçar o apelo a que participemos neste acto, com a nossa Família e em espírito de Família. Se não for doutro modo, ao menos saiamos à rua, ao passar do andor, saudemos Nossa Senhora com lenços brancos, luzes e colchas nas sacadas ou janelas das nossas casas. Seria um gesto simpático esperarmos a procissão à entrada da nossa zona e acompanhá-la até à próxima, se não o pudermos fazer em todo o percurso.

Vamos fazer festa neste Ano Internacional da Família... A festa de Maria, para que Ela seja Madrinha do nosso próprio lar. Maria é fonte do verdadeiro Amor, da Alegria e da Felicidade que desejamos em todas as Famílias da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima e na nossa própria Família.

Obrigado!

 

08/05/1994

 

O Pároco                                                                              

(P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 
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FESTA DA PADROEIRA

 

Paroquianos Amigos:

 

            Entusiasmei-vos, através do jornal, da rádio e de apelos feitos nas Missas e ainda através duma carta, a participar numa Procissão de Velas.

            Sei como era grande o entusiasmo por todo o lado, em todas as ruas e em todos os Bairros e Urbanizações!

            Sei que muita gente trabalhou multiplicando a minha carta ou provocando contactos pessoais de que até tenho conhecimento!

            Sei que muitos procuraram, na sua zona, ornamentar o local previsto no itinerário com flores, tapetes, luzes, dísticos e música...

            Enfim, a comunidade estava em polvorosa nesta manifestação junto à Padroeira, Nossa Senhora de Fátima... Aliás como a pensei e desejei...

            No entanto, as condições meteorológicas do dia foram péssimas. Do meio da tarde para o fim, bem parecia que a bonança chegava, mas, na hora de sair, voltaram sinais evidentes de rajadas de vento e chuva o que me levou a decidir não sairmos com a Procissão...Já depois de todas as coisas preparadas...

Bem sei que para todos quantos se entusiasmaram e tanto trabalharam, desde os gastos com flores para o andor, ornamentação e iluminação do mesmo, tapetes nas ruas e centros, luzes e som, polícia e transporte, ..., é difícil compreender as razões que me levaram a suspender a Procissão. Mas foi por uma questão de prudência e até de amor que o fiz. Reconheço o lapso de não ter enviado um carro de som a informar da minha decisão.

            AMIGOS, o nosso trabalho, quando feito com amor e por amor, está sujeito à dor. Ninguém ama sem sofrimento! Nossa Senhora aceitou o nosso duplo sacrifício, a nossa boa intenção, aceitou o esforço de tanto trabalho como prova de muito amor.

            Por isso, saibamos aceitar a contrariedade também com amor e não exasperemos, porque isso nos destroi e, ao mesmo tempo, mata a significação dos nossos actos. Pelo que me toca, muito obrigado por todo o carinho com que aceitastes o meu apelo.

            Nossa Senhora melhor vos poderá compensar por tanto sacrifício e tanto amor colocado na Celebração da Padroeira.

            Se alguém está triste por não se ter realizado a Procissão de Velas na noite do dia 12 de Maio, sou eu. Mas tenho, contudo, a esperança e o propósito de a realizar no próximo ano e, de futuro, fazer dela um dos momentos grandes da celebração da Festa da Padroeira.

 

20/05/1994                                                      

                                                                      O Pároco

                                                                     

                       (Pe. Artur Coutinho)

 

 

 

 

 
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  Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722

  Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538

 

Centro de Catequese * Centro de Liturgia

      Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés

        E crianças Abandonadas e de Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens

       Consultório Médico *  A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan

 

 

MATRÍCULAS NA CATEQUESE

 

Aos Pais:

 

            A Comunidade Paroquial sente-se responsável na cooperação com os pais na educação cristã dos seus filhos.

            Daí virmos, por este meio, lembrar-lhe que o(a) seu(sua) educando(a) faz este ano 5 anos e, por isso, pode matricular-se na pré-catequese para o despertar religioso.

            Ao iniciar a campanha da fé do(a) vosso(a) educando(a), gostávamos de ter a certeza de que todo o nosso esforço, em cada sessão semanal, não é mais do que a concretização da vivência, em família, do Amor que Jesus veio preparar e ensinar a viver.  Sem a vossa ajuda nada conseguiremos!

            Vós pais, ocupais o lugar primordial na educação do(a) vosso(a) filho(a), pois sois os seus primeiros catequistas.

            Se o(a) vosso(a) filho(a) sentir no primeiro grupo social que conhece - a Família -  esse Amor, então podemos ter a certeza que podemos trabalhar ao longo do ano, pois a catequese não será sentida como uma obrigação, mas como uma hora semanal de interesse para o diálogo familiar e com Deus.

            A pré-catequese não é um ano obrigatório para a formação da 1ª Comunhão, mas é conveniente a sua frequência pelo seu objectivo geral que é o despertar religioso, do sentido do religioso para a criança que depois, a partir do 1ª ano, será desenvolvido com um outro tipo de temática mais directa e mais voltada ao Homem e ao Mundo.

            Certos, porém, do vosso interesse na pré–catequese vimos informá-lo que as matrículas estão abertas de 05 a 14 de Setembro, nos horários de expediente do Cartório, e que a catequese começará a 25 de Setembro.

            Sem outro assunto, se subscrevem com um abraço,

 

 

19/08/1994

 

                                                                      O Pároco e os Catequistas

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

    Contribuinte n.º 501 171 762

Rua da Bandeira,  639

4900 VIANA DO CASTELO

  

  Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722

  Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538

 

Centro de Catequese * Centro de Liturgia

      Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés

        E crianças Abandonadas e de Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens

        Consultório Médico *  A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan

 

 

Ex.mo(a) Senhor(a):

             

            Terminaram mais umas férias... É caso para dizer: “era bom, mas acabou-se”. Enfim, é a nossa própria condição de peregrinos e apesar de parecer que estamos sempre no mesmo sítio, a caminhada está a ser feita...

            Também nos levantamos pela manhã e nos deitamos pela noite... trabalho e férias, tudo é necessário para completarmos a nossa peregrinação terrena.

            Das férias ficam-nos gratas viagens da peregrinação que se fez. Foram novos companheiros, novos amigos, reforçamos amizades antigas,  apreciamos culturas e paisagens diferentes e elevamos o nosso espírito ao criador por tanta maravilha que nos concedeu saborear.

            Para recordar ainda alguns momentos das nossas férias, através de fotografias e dos amigos, venho convidá-lo(a) para nos reunirmos a partir das 19 h 30, no dia 17 de Setembro.

O encontro realizar-se-á no quintal da minha casa natal, em Mazarefes, onde nos será possivelmente servido um arroz de marisco enquanto formos conversando e vendo fotografias. Também é possível que não falte música para animar o encontro e que, na eira do quintal, todos dêem um bocadinho ao pé.

            Para uma boa organização pede-se que todos façam a sua inscrição por carta ou para o telefone  do Cartório da Paróquia (823029) dirigido à menina Rosa Arieira, dizendo o seu nome ou o de algum familiar que venha fazer companhia.

            Esta inscrição deve ser feita até ao dia 9 de Setembro.

            A “multa” para este encontro - convívio vai ser de 1000$00 a 1250$00 por pessoa.. As crianças pagarão apenas 50%. Essa multa será liquidada na ocasião.

            Faça a sua inscrição e vamos conviver festivamente um pouco.

            Sem outro assunto, se subscreve,

 

30/08/1994

 

                                                           O Pároco

 

 

            (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 
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Centro de Catequese * Centro de Liturgia

      Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés

        E crianças Abandonadas e de Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens

         Consultório Médico *  A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan

 

 

Ex.mo(a)  Senhor(a) :

 

Com os meus cumprimentos, venho, por este meio, convidá-lo(a) para uma reunião do CPP (Conselho Paroquial de Pastoral) a realizar no dia 15 do corrente mês, às 21h30, no Centro Social, à Rua da Bandeira, n.º 639.

Foi distribuído o plano de actividades para o ano de Pastoral de 1994/1995 com base nos planos apresentados pelos grupos em Julho.

Apenas foi acrescentado o plano do Centro Paroquial de Formação.

No entanto, em relação às Jornadas ainda gostaria de ouvir o CPP sobre a temática e, possivelmente, aproveitar alguma sugestão e parecer sobre a inclusão dum curso bíblico, durante este ano, e sobre a renovação do modo de viver o dia de Páscoa relativo à Urbanização Capitães de Abril ou outras novas Urbanizações da área da Paróquia.

Aproveito para agradecer a ajuda prestada e pedir que não falte a mais esta reunião do CPP.

Sem outro assunto, se subscreve,

 

 

04/10/1994

                      

                                                                      O Pároco

 

 

                                                                      (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Centro de Catequese * Centro de Liturgia

                 Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés

                   E crianças Abandonadas e de Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens

                      Consultório Médico *  A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan

 

 

                                                                                                          À Rádio Geice

                                                                                                          Praça 1º de Maio, n.º 6-T

                                                                                                          4900 Viana do Castelo

            Ex.mo Senhor:

 

            Com os nossos cumprimentos, vimos, por este meio, pedir que fizesse circular esta informação nesse órgão de comunicação social que representa.

            Desde já os nossos agradecimentos.

 

18/01/1995

                                                                                  O Pároco

 

                                                                                  (P.e Artur Coutinho)

 

 

CENTRO COMUNITÁRIO DE APOIO AO NECESSITADO

C E C A N  /  R D

 

            A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima abriu um Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado – Recolha e Distribuição, à Rua Campos Monteiro, Lote 1, Cave – Direito, propriedade da C. Fabriqueira. Esta fundação, designada pela sigla CECAN/RD, resulta da cooperação de serviços entre as diversas instituições e movimentos da Paróquia de índole sócio-caritativa: Centro Social Paroquial, Ozanan – Centro de Juventude, Conferência Vicentina, Pólo Juvenil, Clube de Jovens – Ozanan.

            O CECAN/RD tem por fim recolher bens úteis, novos ou usados (em bom estado), como roupas, mobílias, electrodomésticos, alfaias, brinquedos, aparelhos audiovisuais, etc., para distribuição aos pobres.

            Encontra-se aberto diariamente das 14h30 às 16h30 e é orientado por voluntários da Conferência de S. Vicente de Paulo e Jovens do Ozanan, aguardando-se a oferta de Jovens do Pólo Juvenil.

            À inauguração estiveram presentes, para além dos corpos sociais que tomaram posse, o Senhor Director da Sub-Região de Segurança Social de Viana, o Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, elementos do Conselho Pastoral Paroquial, Vicentinos e outros paroquianos.

            Os corpos sociais são constituídos por: Dra. Maria Augusta Durães Fernandes - presidente; Crispim da Silva - secretário; Fernando Pereira - tesoureiro; Dra. Piedade Gonçalves, Rosa Amado, Camilo da Torre Correia e André Manso Gigante - vogais da Direcção; P.e Dr. Agostinho de Castro - presidente do Conselho Fiscal; Dr. Castro Loureiro e Henrique Balinha - vogais deste Conselho.

            No horário de abertura, tanto se aceitam os referidos bens, como se distribuem.

 
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

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  Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722

 

 

 

 

 

Ex.mo(a) Senhor(a)

 

            Com os nossos cumprimentos, vimos por este meio comunicar-lhe o seguinte:

            Como sabe a Páscoa é a festa mais importante da vida cristã. Na Páscoa está a base da nossa fé. Cristo deu a sua vida por nós na Cruz e Ressuscitou ao terceiro dia, numa entrega total de Amor.

            A Celebração da Páscoa tem como centro a Vigília Pascal, no Sábado Santo, à noite. Celebrar a Páscoa sem a participação na Vigília é um erro grave na ordem da fé.

            Antigamente, depois desta Celebração que levava toda a noite, os cristãos percorriam as ruas, as praças e as casas das famílias e dos amigos a festejar popularmente o acontecimento, como que dando continuidade à Vigília que tinha decorrido durante a noite.

            Através dos tempos, as coisas foram alteradas e simplificadas. A Vigília deixou de ser toda a noite. O dia de Páscoa começou a reduzir-se a um grupo de leigos conjuntamente com o Sacerdote, no meio de mais ou menos animação festiva, a levar a boa notícia da Ressurreição, de casa em casa. Surgiu assim o Compasso Pascal que ainda hoje se usa.

            É uma tradição que não convinha acabar...

            No entanto, as dificuldades em mantê-la têm sido algumas devido à falta de sacerdotes. Também não é interessante a forma como é feito o Compasso: a correr para se dar a volta toda!...

            Foi por essas dificuldades que na Urbanização Capitães de Abril, no princípio, lancei a ideia não da supressão da tradição mas da sua transformação numa festa diferente, criando maior fraternidade entre os moradores. Sugeri reunir, prédio por prédio, os que vivem debaixo das mesmas telhas, na cave, e levar o Compasso Pascal a visitar, prédio a prédio, toda a Família reunida à volta duma mesa comum.

            A ideia foi aproveitada em alguns prédios, no todo ou em parte porque alguns se limitaram aos halls do prédio, mesmo sem mesa. A Missa de encerramento celebrou-se numa praça da Cooperativa e organizou-se outro tipo de festa profana.

            Uma vez que está a ser aceitável os grupos de leigos a fazer o Compasso Pascal de porta a porta, gostaria de reflectir e amadurecer esta ideia a implementar na Cooperativa, porque de acordo o número de requerentes da visita ao domicílio do Compasso, tem de se ter em conta a determinação relativa à expressão Pascal vivida em toda a Cooperativa, podendo levar o dia todo e precisar de dois grupos para ser feito com certa dignidade...

            Daí esta mensagem aos moradores da Urbanização Capitães de Abril, pedindo que fizessem o favor de responderem, o mais rápido possível, ao inquérito que junto.

            Pode entregá-lo no Cartório, na Residência Paroquial ou na Igreja no próximo fim de semana, ao Sacristão ou ainda no Café Vitral para depois se fazer o estudo conveniente.

 

21/03/1995

                                                                                               O Pároco

 

                                                                                  ( P.e Artur Coutinho)                                        

INQUÉRITO

 

 

1. Gostava de manter o ritmo que se criou para expressão Pascal nesta Urbanização?

Sim          Não

 

2. Está de acordo com alterações a introduzir este ano ou para o ano?

Sim          Não

 

3.Está interessado(a) em receber o Compasso Pascal no Domicílio?

Sim          Não

 

4. Está interessado(a) em receber o Compasso Pascal, no Domicílio, a qualquer hora do Domingo de Páscoa?

Sim          Não

 

5. Aceita uma equipa de leigos?

Sim          Não

 

6. Se, por hipótese, fosse resolvido que uma equipa de leigos fizesse a visita, em que altura do dia preferia?

Manhã       Tarde

 

7. Está disposto(a) a colaborar numa equipa para fazer esse trabalho?

Sim          Não

 

 

Nome  ______________________________________________________________

 

Morada ______________________________________________ Piso___________

 

 

 

P.S. Entregue com urgência até ao dia 27 do corrente mês, segunda-feira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

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Centro de Catequese * Centro de Liturgia

      Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés

         E crianças Abandonadas e de Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens

           Consultório Médico *  A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan

 

 

Caro Paroquiano:

 

           

Tem sido minha preocupação e a daqueles que comigo têm vindo a colaborar, melhorar progressivamente a qualidade de todos os serviços que esta Paróquia põe à disposição de todos. Porém, tal melhora só tem sido possível, graças à colaboração, entusiasmo e generosidade dos Paroquianos.

É certamente do seu conhecimento a nossa intenção de efectuarmos reparações na Igreja Paroquial, de modo a torná-la mais acolhedora e confortável. Já se fizeram obras para remoção e remediação do salitre existente nas paredes interiores por baixo do coro e nos anexos do Cartório. Assim como as obras para mudar o sistema de iluminação, dadas as falhas e insuficiências do existente, estando ainda por acabar o projecto que prevemos para a iluminação. Pintar o exterior da Igreja é outra tarefa que gostaríamos de executar. Tudo somado, iremos gastar nestas reparações cerca de dois mil contos.

Dado que as actuais disponibilidades financeiras da Paróquia não permitem fazer face aos encargos com estas despesas, venho, mais uma vez recorrer à sua colaboração para que, com a sua oferta, nos ajude a reunir a verba necessária à conclusão destas obras.

Desejávamos com estes melhoramentos, para além de um maior conforto e embelezamento da Igreja Paroquial, dar um cunho mais festivo às celebrações da Fé nesta Comunidade de Nossa Senhora de Fátima.

Como já tenho tornado isto público na Igreja, é possível que já tenha contribuído e que esta carta seja inoportuna. Disso peço desculpa.

Ela é enviada nesta data a todos os Paroquianos em geral, daí o lapso.

De qualquer forma, estou certo de que compreende a justeza deste apelo à sua generosidade, pelo que espero a sua colaboração.

Poderá depositar a sua oferta num envelope e entregar no prato do ofertório das missas dominicais ou fazê-lo pessoalmente no Cartório Paroquial.

Se o desejar, poderá pedir recibo da importância oferecida para deduções no IRS. É-lhe deduzida a mesma taxa que lhe é tributada neste imposto.

Sem outro assunto e esperando a melhor compreensão do Paroquiano amigo, se subscreve

 

22/05/1995

                                                                                  O Pároco

 

 

                                                                                  (P.e Artur Coutinho)

 

 

 
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  Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538

 

Centro de Catequese * Centro de Liturgia

                Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés

                  E crianças Abandonadas e de Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens

                     Consultório Médico *  A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan

 

 

            Ex.mo(a) Senhor(a) :

 

 

            Tendo-se realizado no dia 10 de Julho, conforme anunciado nas missas de 1, 2, 8 e 9 de Julho, uma reunião do Conselho Paroquial de Pastoral para discutir o tema do próximo ano de pastoral, ficou resolvido, na referida reunião, que o tema seria o seguinte: “O 3º Milénio uma aposta cristã para formar e dignificar o Homem”.

            Este tema pareceu ser o que teria mais a ver com uma sensibilização para o 3º Milénio, segundo as orientações do Papa e as orientações diocesanas, e também com o Ano Internacional para a Erradicação da Pobreza, da ONU.

            Precisávamos que, neste resto de Julho, todos os grupos e movimentos fizessem os seus programas de actividades, para o próximo ano, a contar com este tema. É urgente.

            A próxima reunião, para apresentação do programa de actividades dos grupos, será a 11 de Setembro, às 21h30, e não podemos esperar muito mais porque, em Setembro, deve ser apresentado e aprovado o plano de Pastoral Paroquial para o próximo ano.

            Mãos à obra! No mês de Agosto são férias!

            Aproveito a ocasião para informar que ficou decidido lançar um voto de louvor pela acção e presença da Congregação Religiosa das Carmelitas Missionárias Teresianas, nesta Paróquia, e informar a Provincial do mesmo, assim como prestar digna homenagem a 14 de Agosto. A propósito irão ser dadas mais informações na “Luz Dominical”.

 

 

11/07/1995

 

                                                                                              Pároco

 

 

                                                                                              ( P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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            Caro paroquiano:

 

            Durante o corrente ano, e celebrando o Jubileu 2000, somos todos exortados a uma maior renovação interior, procurando viver com maior intensidade a exigências da fé, em comunhão e solidariedade com os irmãos.

            Do programa estabelecido pelo Conselho de Pastoral Paroquial, para estas celebrações, destacam-se, pela sua importância e significado, as solenidades que decorrem por altura da festa da Padroeira, cujo ponto culminante é o dia 13 de Maio. Assim, e conscientes do papel que a festa assume nas sociedades como celebração da vida e do viver em comum, gostaria a Comissão Fabriqueira da Paróquia de conferir mais brilho e solenidade a esta festa, de modo que, especialmente este ano, ela constitua um momento festivo e de encontro de todos os paroquianos.

            É nosso desejo dignificar e solenizar os actos religiosos como manifestações de culto e devoção a Nossa Senhora de Fátima e, também, facultar aos paroquianos momentos de convívio e descontracção próprios das festividades.

Para esse efeito, projectamos embelezar os espaços próximos da Igreja Paroquial, por onde passará a procissão,  com alguma decoração festiva, e organizar um convívio seguido de arraial, animado por um conjunto musical, depois da missa vespertina de sábado, dia 13 de Maio. Assim, o convívio paroquial que tem vindo a ser realizado, em Julho, na casa do Sr. padre Coutinho, em Mazarefes, será antecipado para este dia da Padroeira.

            Com as decorações, convívio e conjunto musical, projectamos gastar não mais de 300 mil escudos para cuja cobertura esperamos a colaboração de todos, pois, quando todos ajudam, custa sempre menos. Abrimos assim, uma campanha de angariação de donativos, em dinheiro, para reunirmos a quantia necessária que permita satisfazer os objectivos a que nos propomos, podendo o programa sofrer ajustamentos de acordo com a verba reunida.

            Estamos certos de que não deixará de colaborar em mais uma iniciativa paroquial. O seu contributo poderá ser entregue no Cartório paroquial ou em casa do representante de zona, abaixo indicado.

            Alguns têm caído no “conto do vigário” e, deste modo, todos ficam informados do processo para este efeito. Quando o fazemos, porta a porta, credenciamos as pessoas que o fazem.

            Desde já, muito lhe agradecemos. E, sobretudo, não deixe de marcar presença nas celebrações da Padroeira.

Esteja atento ao programa.

            As nossas melhores saudações.

 

Viana do Castelo, 27 de Março de 2000

                                  

A COMISSÃO FABRIQUEIRA

 

 

 

 
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ANO JUBILEU ¾ BIMILENÁRIO DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO ¾ NO ANO DA CULTURA DA PAZ : “A FAMÍLIA E A CULTURA DA PAZ”

 

Aqui vai uma mensagem.

Abra, por favor, e leia!...

 

 

Amigo(a):

 

            Neste mês de Maio, em Ano Jubilar, em plena celebração pascal e animados pelos apelos do Papa ao perdão, temos de continuar a manter uma maior consciência de bondade, de respeito mútuo, de compreensão, de oferta de perdão mútuo para melhor colhermos as graças e as indulgência jubilares, moldando a nossa vida segundo a Mensagem de Deus e da Sua Mãe...

            A celebração das “24 horas por Jesus” foi um momento de grandes graças e benções de Deus para a Comunidade. Não podemos perder esta luz que se acendeu nos nossos corações, na Páscoa, fruto da experiência de um fogo de amor que é luz para todos os Homens de boa vontade.

            Ao mesmo tempo, vamos ter possibilidade de reflectir sobre a Paz, a Família e a Cultura da Paz, em acções desenvolvidas em conjunto com o GAF e que nos vão ajudar a situar a nossa vida neste âmbito, em pleno Ano Jubilar.

            Neste ambiente jubilar, aproxima-se a festa da Padroeira, dia 13 de Maio. É um Sábado. Não vamos deixar passar em branco o dia da nossa Padroeira, e, sobretudo, porque é um dia fácil para todos os que queiram e possam prestar homenagem a uma mãe tão querida...

            Creia que o apelo que faço, faço-o convencido de que a felicidade de todos nós passa pela oração comunitária à volta de Maria, Nossa Senhora de Fátima, em Procissão de Velas, em dias tão queridos como estes de Maio. Dêmos, pois, também expressão material ao que nos anima a viver em Comunidade.

            Desde já o agradecimento pela vossa comparência!...

 

 

28/04/2000       

                                                                                             

O Amigo,

 

 

Padre Coutinho

 

 

 

 

 

 

 
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Ex.mo(a) Senhor(a):

 

 

Vimos dar a seguinte informação sobre as nossas relações com Paróquias ou Missões estrangeiras:

 

1º – Entre a Paróquia Alemã de S. Pancrácio de Glehn, na diocese de Colónia, e a Paróquia de N.ª Sr.a de Fátima, diocese de Viana do Castelo, tem havido visitas mútuas desde 1986, intercâmbios, trocas de galhardetes, etc..

No ano passado, o pároco de N.ª Sr.ª de Fátima visitou por quatro vezes aquela paróquia. A primeira foi para tratar em comum do programa do ano jubilar, uma vez que era, neste ano, que a Paróquia portuguesa, visitava a alemã.

A segunda foi nas Bodas de Ouro matrimoniais dum casal comprometido na Paróquia e para as quais tinha sido convidado.

A terceira, com um grupo de 50 pessoas, num  programa de intercâmbio: encontros com paroquianos e com visitas a lugares históricos, visita à igreja jubilar da região, procissão de velas na véspera do dia da Assunção e encontros com serviços públicos e industriais da região.

A quarta foi a participação na homenagem feita pela Paróquia alemã ao pároco, na qual esta Paróquia se fez representar por 3 elementos.

 

2º – Não temos um serviço idêntico em relação à Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima da cidade da Beira.

O pároco de lá já cá esteve. Contribuímos com algum dinheiro para obras.

 

3º – O mesmo acontece com a Missão de N.ª Sr.ª de Fátima em Moxico Velho, em Angola.

Do mesmo modo, o pároco tem vindo passar férias aqui. Já houve troca de galhardetes e temos contribuído com dinheiro para obras dessa Paróquia. O nosso pároco já preparou uma visita a esta Missão, mas saiu frustada por razões diplomáticas.

 

4º – A Missão de Paraí, no Paraguay, também tem recebido colaboração nossa através de um contacto mantido por uma freira de lá. O pároco de N.ª Sr.ª de Fátima já visitou esta missão.

 

Sem outro assunto, se subscreve,

 

13/03/2001

 

 

P.e Artur Coutinho

 

 

 
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Catequista amigo(a):              

 

            Alguns já esperariam esta carta porque dela falei na última reunião de catequistas, mas decidi dirigi-la a todos os catequistas actuais e a todos os que foram catequistas, nesta comunidade, desde que cá estou como Pároco.

            Ela aí vai... Precisamos de nos encontrar.

            Talvez eu seja o que mais precise deste encontro porque precisarei de sentir a vossa fé, o calor da vossa amizade e do vosso perdão.

            Se me quiseres dar a alegria da tua presença, celebrando comigo a Eucaristia de Quinta-feira Santa, naturalmente, dar-me-ás uma grande alegria e poderemos todos viver uma Páscoa mais feliz...

            Vamo-nos reunir num dia importante, numa hora própria, para que a unidade se realize em propósitos de serenidade, de justiça, de compreensão para que, se feridas alguma vez se abriram, ou mágoas, ressentimentos e até ódios se instalaram nas nossas vidas, se desvaneçam e tudo fique esquecido, apagado e perdoado.

            É nesta medida que precisamos uns dos outros porque, afinal, todos temos necessidade de sentir o perdão de Deus que passa pelos irmãos, a começar por com quem convivemos e trabalhamos...

            Não esqueçamos que o Amor tem de ser mais forte, tem de vencer o nosso orgulho, a nossa auto-suficiência e as nossas manias; tem de gerar humildade, fé, maturidade e perdão. Por isso, reconciliados, em dia de quinta-feira Santa, daremos graças, celebraremos a Eucaristia, isto é, agradeceremos em comunidade a alegria do perdão, o dom do serviço que prestamos à comunidade através dos mais novos, na  catequese, porque o fazemos por Jesus que era amigo das criancinhas e dos que são como eles.

            Não faremos mais do que cumprir as palavras de Jesus: “Fazei isto em memória de mim ...”, isto é o que temos de fazer quando nos reunimos em nome d’Ele. Celebremos a eucaristia com vida, fé e amor; celebremos a Páscoa de Jesus com alegria e conviveremos, no fim, num  ágape que se realizará no Ozanan ou no Fórum.

            Não pedimos nada a ninguém. Apenas convidamos e se alguém não vier, ou não puder vir, agradecia que telefonasse para a Rosa Oliveira, até terça-feira ao meio dia, a comunicar para que não haja despesas desnecessárias.

            Façamos uma Páscoa diferente!

            Que a Páscoa de 2001 fique marcada na nossa mente e no nosso coração comunitário como o  acontecimento mais feliz da nossa vida.

            Feliz Páscoa!...

 

05/04/2001

                                                                                              P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 
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Jovem amigo(a):

 

Muito gostava de te falar, olhos nos olhos, do Cristo que amo. Seduziu-me uma vez e a Ele me rendi ao ponto de não o esquecer nunca mais, apesar da minha fragilidade humana. Eu sei que às vezes, sou náufrago e o procuro como salva-vidas a quem me quero agarrar. Falo com Ele, como se de um irmão mais velho se tratasse, a quem peço opinião. Às vezes reprova-me, mas com reprovações amigas e permite-me recomeçar... Dirijo-me a Ele, como Pai bom e misericordioso, compreensivo e justo...ouço a sua voz que me chama à generosidade e responde aos meus anseios, aos meus porquês... Ele é a chama viva da minha vida que me ilumina no caminhar...

Recordo-o no casamento da Galileia a alegrar-se com os que se alegram, em Naim a chorar com quem chora a morte de um jovem, filho de uma viúva e a reconquistar para Maria Madalena a sua dignidade, reabilitando-a. Recordo o silêncio que procurava retirando-se para falar com o Pai ou o silêncio com que escutava os acusadores para depois libertar a mulher infiel e dizer-lhe “Vai e não peques mais...” . Este Jesus Cristo que a ciência procura agora descobrir exactamente os contornos do seu rosto, a cor dos seus olhos, dos seus cabelos e as feições da sua boca ou do seu nariz... era desse Cristo que não me preocupa estes pormenores científicos de que eu te gostaria de falar, pois mais importante é saber que estava com os pobres, os doentes, os ignorantes, os simples, os pecadores, com as crianças, os jovens  e os velhos, que não recusava o convite dos ricos, reconhecia a autoridade religiosa dos fariseus, convive na amizade com os apóstolos, vibra com os lírios do campo e com as aves do céu... que ensinava: procurai primeiro o reino de Deus e a sua Justiça.

            Este Jesus Cristo sentiu a fome, a sede e a falta de abrigo porque o filho do Homem nem sequer tinha onde reclinar a cabeça, sente o peso do cansaço e descansa ao atravessar o lago da Galileia, sente a pressão da violência e do ódio por ser um profeta da sua terra, sente a força do dinheiro quando foi vendido por Judas, sente a fraqueza do seu corpo e fica apavorado perante o sofrimento que se aproxima “Pai, se é possível...”...

            Jovem amigo(a), não posso dizer-te mais. Tu sabes o resto.

 

PÁRA, ESCUTA E OLHA.

 

É por este Homem, que morreu jovem por toda a humanidade, que celebramos Páscoa esta semana. É também a nossa Páscoa!...

            Vive connosco a Páscoa de Jesus!

            Não te esqueças deste Homem generoso e bom até à última gota de sangue...

            Quinta-feira, podes encontrar-te com Ele na Reconciliação, às 17 horas na igreja. Podes procurar-me ou procurar outro sacerdote, em qualquer dia, que te ajude a descobrir o grande mistério de Jesus que a todos fascina... Por amor de Deus, seja onde for, não esqueças Jesus que te abençoa, que te liberta, que te ama.

            Não posso continuar porque, naturalmente, já estou a ser longo ... e nunca  para te falar deste Cristo, se Ele é a minha vida, em carta nenhuma deste mundo poderia dizer tudo... Foi também com um ímpeto de amor que me levou a escrever-te esta  para ta dar em Domingo de Ramos...

            Um xau... um beijo deste teu amigo e pároco,

 

2001.04.07

 

P.e Artur Coutinho

                                                                                                             

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Jovem amigo (a):

 

 

            Fez um ano, no dia 10 de Junho, que foste crismado.

            A carta que escrevi aos jovens, pela Páscoa, e que publiquei no “Paróquia Nova” continua a ser actual. É por isso que a remeto, de novo, a ti para que, lendo-a, possas atender ao convite que hoje te quero fazer.

            No próximo Domingo, gostaria de estar aqui contigo, às 10 horas da manhã. Pode ser?

            Conto contigo. Aparece...

            Não me deixes sozinho a essa hora e nesse dia, pois já estou a reservar esse tempo para ti.

            Aceita um abraço deste padre e amigo ao dispor,

 

 

23/06/2001

 

 

 

                                                                                  P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Paroquiano amigo(a):

 

            Porta a porta, pelas ruas da nossa comunidade, foram distribuídos postais a convidar para o dia 7, a partir das 20 horas.

            No entanto, porque celebramos o Ano Internacional do Voluntariado, gostaria de fazer um convite especial aos nossos voluntários.

            Ninguém como nós, em igreja, será voluntário e, entre eles, contamos na nossa Paróquia, na linha da frente, com mais de 350 voluntários. Não sei se alguma vez os vi todos juntos. Já vi multidões maiores de compromisso baptismal, mas, com compromissos paroquiais, acho que não.

            Muito gostaria de encontrar toda esta gente que se dá à Comunidade nos Serviços, que a mesma dispõe para o seu próprio crescimento e desenvolvimento: aqueles que animam a liturgia, que cantam (os corais); que dão catequese à infância ou aos adolescentes (os catequistas); que guardam a igreja na qualidade de ostiários; os que servem a liturgia como acólitos; os que tratam dos pobres (os vicentinos); os que tratam dos doentes ou  atenuam solidões (os legionários); os que tratam dos idosos, das crianças abandonadas, das crianças em jardim, das crianças ou adolescentes em ATL; os que visitam os doentes levando-lhes a Comunhão; os que tratam das festas;  os que tratam das leituras e os que distribuem ao domicílio as nossas publicações; os que fazem limpezas; das zeladoras dos altares; os que animam ao ar livre a nossa juventude (o escutismo); os que rezam como os carismáticos ou os néo-catecumenais; os que administram os bens paroquiais; os que preparam o jornal; os que animam com a música ensinando e tocando; os que trabalham nos serviços administrativos; os Conselheiros membros do C. P. P.,  etc., ou ainda os trabalhadores assalariados que o fazem mais com espírito voluntário do que com espírito de quem espera apenas o fim do mês para receber o seu salário...

            Temos que fomentar esta gratuitidade, este trabalhar com  ímpeto próprio de quem ama até ao fim, porque uma luz, lá do Alto, seduziu e ajuda a descobrir a grandeza da entrega aos outros, numa missão de amor para o bem de todos – a Comunidade.

            É urgente fomentar este serviço aos outros nas camadas mais jovens, mais capazes de exercer eficazmente esta missão.

            Tendo em consideração o que acabei de escrever, venho, por este meio, convidar para uma reunião de voluntários desta Paróquia a realizar, nesse mesmo dia, às 17h00 na capela de N.ª Sr.ª das Boas Novas, em Mazarefes.  É já no próximo Sábado.

            Depois dessa reunião, realizar-se-á a missa vespertina na mesma Capela, à qual se seguirá o Convívio Paroquial no quintal da minha casa, com ementa e animação previstas e cujo programa se encontra nos postais já distribuídos...

            Obrigado pela tua atenção e desde já os meus agradecimentos.

 

26/06/2001

O amigo e Pároco

 

P.e Artur Coutinho

                                                                                                                                 

                                                                                                                                   

 
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Ex.mo(a) Senhor (a):

 

 

Para fortalecer a fé, cada vez mais posta à prova com  guerras e  progressos científico-tecnológicos, no nosso projecto de vida e transformação, vamos começar, na próxima segunda-feira, dia 29, os nossos encontros quinzenais do C. P. F. (Centro Paroquial de Formação).

            Será às 21h30 no HUMANITUS FÓRUM, na rua da Bandeira, n.º 504 (Largo das Carmelitas), em frente à Igreja.

            Juntamos um programa para todo o ano. Através ele, pode ter em sua casa a temática com as respectivas datas. No entanto, se houver alguma alteração, será anunciada no Domingo antes, na Luz Dominical ou em avisos da missa dominical.

            Esperamos obter a colaboração e o interesse seu nesta acção de formação que consideramos de relevo para todos os nossos amigos.

             Vamos ter como base o novo Catecismo da Igreja Católica, dando aliás continuidade ao  do ano anterior.

            Normalmente, a temática é abordada por conferencistas especializados.

            Não custa muito. É só um pouco de disponibilidade para se abrir ao Espírito...

            E para reflectir ou conhecer mais a doutrina não há limite de idade...

            Desta forma, procuraremos estar actualizados e a nossa fé deixará de ser tradicional para ser cada vez mais uma fé de opção.

            Contamos consigo e com a sua família.

            Aceite os nossos cumprimentos.

 

 

17/10/2001

 

 

                                                                                  P. e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Amigo(a):

 

É costume, de quinze em quinze dias, levarmos a efeito uma acção de formação, conduzida por pessoas de reconhecida competência, sobre temas que vão versar sobre o novo catecismo da Igreja Católica.

Começamos este trabalho há já mais de 13 anos, onde pessoas de diversos níveis sociais e culturais costumam participar.

Na próxima segunda-feira começamos, neste ano de pastoral, com este serviço do Centro Paroquial de Formação. Por esse motivo, venho lembrar a necessidade de aproveitarmos o que a Paróquia oferece para, doutrinalmente, nos actualizarmos e melhor podermos acompanhar o avanço científico-tecnológico, os problemas dos sucessos e dos insucessos de hoje.

Estes encontros são para toda a gente, mas dum modo especial, são uma exigência para todos aqueles que se encontram mais comprometidos com a Comunidade, nos Vicentinos, na Legião de Maria, nos Corais, nos Acólitos, nos Catequistas, nos Ostiários, nos Leitores, nos Ministros Extraordinários da Comunhão, nos Serviços Administrativos e nos Sociais da Paróquia como: Ozanan, Centro Social, Berço, Jardim de Infância, Escola de Música, Zeladores e todos os voluntários ou assalariados.

Seja qual for o seu compromisso, lembro-lhe esta acção e convido-o a participar nela. Nunca é de mais dispormos de algum tempo para aprendizagem, debate, reflexão sobre os problemas da vida na perspectiva cristã. A nossa fé precisa também deste alimento para que não seja facilmente abalada.

Na Luz Dominical dar-se-ão outras informações...

É tudo... Até segunda-feira, às 21h30, no Humanitus Fórum, se estiver livre e puder participar...

Conto sempre consigo...

Um abraço do Pároco e amigo,

 

 

24/10/2001

 

                                                                                                                                                                     Para melhor poder destinar o seu serviço e as suas ocupações, junta-se o programa deste ano, com os respectivos dias......

P.e Artur Coutinho                                                           Na luz Dominical dar-se-ão outras informações...

                                                                                                                                                                                 É tudo... e até segunda-feira, às 21.30H no Humanitus Fórum, se estiver livre e puder participar...

                                                                                                                                                                                 No entanto, conto sempre consigo...

                                                                                                                                                                                 Um abraço do Pároco e amigo,

 

 

 

 

 

           

 
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            Ex.mo(a) Senhor(a),

            Amigo(a),

            Caro(a) Paroquiano(a),                                                                          

 

Em boa hora, a Assembleia das Nações Unidas deliberou proclamar o ano de 2001 como Ano Internacional dos Voluntários (A. I. V.). Pretendeu-se, desta forma, reconhecer a identidade própria da figura do voluntário, afirmar o seu papel insubstituível para o desenvolvimento e dignificação social. Assim, a comunidade paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima, comunidade solidária e voluntária por excelência, não podia deixar de celebrar o Dia do Voluntário Paroquial.

Conforme tenho vindo a referenciar, o dia escolhido para celebrarmos o evento foi o dia 8 de Dezembro, tendo todo o interesse nesta celebração, para assinalar o Ano Internacional dos Voluntários, o dia da Imaculada Conceição, padroeira de Portugal, dia muito simbólico para esta paróquia e dia do 34.º Aniversário da Primeira Eucaristia, celebrada às 9h30 pelo seu primeiro pároco.

Venho, por isso mesmo, convidá-lo(a) a si  para esta celebração, da qual constam dois momentos fortes: a Eucaristia na Igreja Paroquial, que será às 10h30, e a magna Assembleia de Voluntários que se reunirá no Auditório do Castelo de Santiago da Barra, tendo início às 14h30.

Ao longo da realização do programa da tarde haverá lugar para a chamada de todos os voluntários desta comunidade paroquial, percorrendo os respectivos sectores de actividade.

A celebração terminará apoteoticamente depois de distribuição de lembranças significativas e precedida por uma sessão de encerramento que contará com a presença das autoridades...

Muito gostava de o(a) ver presente, não só a si como à sua família e amigos.

Sou pároco esta comunidade desde o dia 2 de Setembro de 1978 e senti, em algumas situações, o calor humano que os paroquianos imprimiram em algumas celebrações, nomeadamente, na comemoração dos 25 anos da fundação da paróquia, na celebração do meu jubileu de 25 anos de padre, em algumas festas marianas. Como vemos, não muitas as ocasiões em que houve uma participação em massa da nossa comunidade. Então saia do seu pequeno mundo e venha para a festa connosco!

Acredite que muito apreciarei a presença de todos que agora convido, pois outros convidarei, de quem menos espero correspondência ao apelo que lhe faço em particular a si, por razões que se prenderão, como deve calcular, com a nossa convivência, compromisso e afeição a uma COMUNIDADE que temos, em conjunto e voluntariamente, ajudado a crescer.

Aceite aquele abraço amigo do

                                                                                                                                                                                Aceite aquele abraço do amigo que não o (a) esquece.

08/11/2001                                                        

 

P.e Artur Coutinho

 

 

 

 
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            Amigo (a):

 

            Jesus caminhou por cidades e aldeias, a pregar e a anunciar a Boa Nova do Reino de Deus.

            Com Ele andavam o grupo dos Doze e algumas mulheres que tinham sido curadas de enfermidades...

            Jesus convenceu todos os que o ouviram ou presenciaram algum dos seus milagres. Convenceu o Zaqueu, Marta, Maria, Lázaro, a Samaritana, Maria Madalena, os noivos de Caná, a viúva de Naim, a mulher infiel,...,Tomé, os de Emaús...os discípulos em geral...

            Muita gente recebeu-o com entusiasmo e fez festa seis dias antes da Páscoa, em Jerusalém. E gritou Hossana!... Hossana!... Hossana... ó Filho de David!...

            Outros ficaram perturbados com os seus actos porque, para este Cristo que nos fascinou, não havia preconceitos, nem respeitos humanos. Sempre foi exigente, frontal, verdadeiro, livre, “agiu e não se agitou, desperdiçando tempo ou energias” e sempre... sempre fazendo as coisas orientadas para o serviço do Pai e dos Homens.

            Estes temeram a sua autoridade,  popularidade e  empatia com todos os que o rodeavam... e trataram de O matar, para que a imagem dos sacerdotes ou dos escribas não fosse obscurecida, ou esvaziadas suas funções de conteúdo e significação religiosa ou política.

            Jesus respeitou a liberdade dos seus malfeitores!...

            Após a Ressurreição, começou um mundo novo, o mundo da fé daqueles que n’Ele acreditaram e O sentiam vivo, apesar de O terem visto, no alto da Cruz, castigado como um criminoso.

            Veio o Pentecostes!... Os crentes encheram-se de força e coragem e formaram as primeiras comunidades, ao ponto de os cristãos serem “assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à Fracção do Pão (Eucaristia) e à oração... Todos viviam unidos e tinham tudo em comum: vendiam propriedades e bens, distribuíam o dinheiro de acordo com as necessidades de cada um... Numa só alma, partiam o Pão em sua casas e tomavam o alimento, com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor ia agregando todos os dias ao grupo os que eram salvos”.  (Actos dos Apóstolos.)

            Hoje, neste século XXI, vivemos e habitamos neste planeta e numa Paróquia, isto é, numa Comunidade feita de pequenas comunidades, igrejas domésticas, em comunhão com a Comunidade Diocesana, a Igreja Universal, com a participação, uns mais do que outros, no debate, na reflexão, na oração e na partilha.

            Na Comunidade sentimos melhor a necessidade de proclamar a palavra, conhecendo-a, celebrando-a, interiorizando-a, partilhando com o Outro, no tempo, o ter e o ser.

            Jesus Cristo, agora, descobrimo-lo na nossa miséria, no nosso pecado, na nossa solidão... quando sentimos necessidade louca de nos agarrarmos a Alguém que seja o nosso Confidente e Companheiro, o nosso salva-vidas do naufrágio em que, por vezes, nos envolvemos, o irmão mais velho a quem nos entregamos, com quem dialogamos até às últimas consequências...  Ele consegue ser a chama da minha vida que me interpela à generosidade, ao amor e à partilha...

            Por isso, não é a mais quando se acrescenta na nossa vida ou na nossa linguagem: “seja por amor de Deus”, “Graças a Deus que tudo correu bem”, foi a “vontade de Deus”, “Deus te abençoe”, “Valha-me Deus”, “até à manhã se Deus quiser”, “Deus te acompanhe”, Deus te pague”, “Deus é grande”, “Deus é Amor”, “Deus é Pai”.

            Amigos, celebrar a Páscoa é mudar, é transformar a nossa vida num verdadeiro Coração de Jesus. A nossa vida, toda ela, sem sabermos o tempo que Deus nos dispõe, é uma preparação para a Passagem e cada momento que passa  deve ser vivido como se se tratasse do último momento para vivermos a Páscoa definitiva.

            Por este Cristo que celebramos, vivendo estes dias as horas mais trágicas  que só um Amor louco de Deus pela obra prima da criação pode compreender, dêmos as mãos numa verdadeira comunhão com o Outro porque o maior pecado no Mundo é a falta de Amor...

            Esta falta de Amor talvez seja o resultado de não darmos o testemunho eloquente da Ressurreição, de não prolongarmos as aparições de Jesus pela nossa terra com a alegria  deste acontecimento onde assenta toda a nossa fé em Jesus, como fonte de vida.

            O Compasso Pascal e o recebimento da cruz, nas casas de cada um, é querer dar continuidade a este anúncio maravilhoso de Cristo vivo, é dar à família a consciência de que de facto é uma “igreja doméstica”, é fomentar a consciência de que todos formamos uma comunidade de crentes, é assumir que a fé,  como o amor,  precisa de expressões  rituais festivas, dando ao encontro entre pessoas, aos cumprimentos, às saudações, um lugar para festa e convívio. É que o Amor que nasce da Ressurreição é mais forte do que qualquer outra coisa e, assim, tem necessidade de extravasar a área da pessoa em si, da família, do lugar e da Paróquia. E se não nos encontramos no dia a dia, nem por isso deixamos de nos sentirmos unidos.

            As aparições de Jesus naquela manhã de Páscoa são, hoje, verdadeiros encontros de catequese nas casas das famílias, transformadas em autênticos lugares de culto pascal  que se prolongará ao longo de todo o ano.

            Vamos participar na Vigília, no Sábado Santo à noite, às 21 horas.

            Vamos viver uma Páscoa diferente, muito alegre, e dessa alegria vamos dar testemunho, fazer festa e comunhão com os outros. São os votos do pároco e amigo Padre Coutinho.

 

23/03/2002

                                                                                  O Pároco

 

                                                                                              (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                  

 
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Amigo(a):

 

            É costume, de quinze em quinze dias, levarmos a efeito uma acção de formação conduzida por pessoas de reconhecida competência sobre temas que vão versar sobre o novo catecismo da Igreja Católica.

            Começamos este trabalho já há mais de 14 anos, onde pessoas de diversos níveis sociais e culturais costumam participar.

            Na próxima segunda-feira começamos, neste ano de pastoral, com este serviço do Centro Paroquial de Formação. Por esse motivo venho lembrar a necessidade de aproveitarmos o que a Paróquia oferece para, doutrinalmente, nos actualizarmos e melhor podermos acompanhar o avanço científico-tecnológico, os problemas dos sucessos e dos insucessos de hoje.

            Estes encontros são para toda a gente, mas dum modo especial, são uma exigência para todos aqueles que se encontram mais comprometidos com a Comunidade, os Voluntários nos Vicentinos, na Legião de Maria, nos Corais, nos Acólitos, nos Catequistas, nos Ostiários, nos Zeladores, nos Leitores, nos Ministros Extraordinários da Comunhão, nos Serviços Administrativos e Sociais da Paróquia como: Ozanan, Centro Social, Berço, Jardim de Infância, A.D.I., Escola de Música, e todos os voluntários ou assalariados.

            Seja qual for a seu compromisso, lembro-lhe esta acção e convido-o a participar. Nunca é de mais dispormos de algum tempo para aprendizagem, debate, reflexão sobre os problemas da vida na prespectiva cristã. A nossa fé precisa também deste alimento para que não seja facilmente abalada. A nossa acção tem de ser iluminada pelo espírito do Evangelho.

            Para melhor poder destinar o seu serviço e as suas ocupações, junta-se o programa deste ano, com os respectivos dias...

            Na luz Dominical dar-se-ão outras informações...

            É tudo... e até segunda-feira, às 21.30H no Humanitus Fórum, se estiver livre e puder participar...

            No entanto, conto sempre consigo...

            Um abraço do Pároco e amigo,

 

21/10/2002

 

 

P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

 

                  

 
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Amigo(a) e Senhor(a):

 

 

Por tradição, o mês de Novembro, em pleno Outono, de cores frias e tristes, faz-nos lembrar mais uma vez os nossos antepassados, aqueles que nos precederam e que nos deixaram recordação de qualidades e virtudes que florescem agora no jardim da nossa memória, e enquanto os seus defeitos murcham, as suas virtudes brilham e fazem que os ressuscitemos dos túmulos  que conservamos na necrópole dos nossos corações.

            Ressuscitados, trazem-nos a necessidade de lhes expressarmos com actos autênticos, carregados de amor e sentimento nobre de gratidão, dum modo particular, fazendo a nossa vida digna das virtudes que admiramos para que, chorados no corpo e na alma, as obras de Deus se manifestem pelo bem que fizermos.

            Ir ao cemitério levar uma flor, uma vela, o nosso corpo e alma, ainda que seja para, silenciosamente, rezar e chorar junto dos restos mortais reduzidos a pó, a cinza, a nada, não será do agrado do ente querido se porventura a nossa vida não for em cada dia melhor e mais digna do  Deus que fez da morte não um fim, mas um princípio, começo da vida eterna.

         Todos sabemos quanto esforço dos  paroquianos que se comprometeram com a vida da comunidade e contribuíram para aquilo que somos hoje. Não podemos ficar indiferentes e , como a gratidão é dos sentimentos que mais enobrecem as almas boas, por isso Jesus valorizou o agradecimento do samaritano que de entre os dez foi o único capaz de reconhecer o bem recebido, nós como humanos e como cristãos temos de ter presente esta nobreza do reconhecimento do bem que se recebeu.

            Nem todos enobreceram a vida comunitária da mesma maneira, uns com mais trabalho, mais generosidade, duma forma mais rica, ou mais pobre, outros com muito dinheiro e até sem dinheiro, mas todos participaram na construção desta família cristã sob o patrocínio de Nª Sra. de Fátima.

            A todos queremos lembrar, os que estão já junto de Deus, ou a caminho, nestes dias 1 e 2 de Novembro,  oportunidade para avivar a memória, que deve permanecer todo o ano. Daí que venha convidá-lo a si e toda família para a celebração duma Missa Solene, às 12.00H do próximo dia 1, Sexta-feira, Dia de Todos os Santos, onde queremos lembrar dum modo particular o AMIGO E BENFEITOR Manuel Vila.

            Esperando a melhor atenção e a vossa presença, se subscreve, o amigo e pároco,

 

21/10/2002

(P.e Artur Coutinho)

 

 

P.S. - Pedimos para informar em nosso nome, os restantes familiares, ou amigos se entender.

 

                  

 
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima

Contribuinte n.º 501 171 762

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Amigo (a):

 

 

Estamos já muito próximos do Natal. Este período está a correr com certa normalidade, embora tenha havido alguns problemas por falta de catequistas e catequistas doentes ... No entanto, tem-se procurado dar o melhor que se pode, não será muito, conforme o que seria necessário, mas os pais também compreenderão as dificuldades da Comunidade e de quem está à frente, dos responsáveis pela Catequese Paroquial.

 

A motivação desta carta é o facto de estarmos às portas do Natal e da Festa de Natal na catequese. Será já no próximo fim de semana, dia 14/15 de Dezembro. A Festa será, depois da catequese, para os de Sábado, às 16 horas e, para os de Domingo, às 11 horas.

 

Haverá catequese, actos relacionados com o Natal e...até confissões.  Os catequistas orientarão. Vai ser cumprido o programa na medida do possível e conforme as necessidades de cada um.

 

No Domingo, pela tarde, às 14:30 horas, no salão do Seminário do Carmo então realizar-se-á a Festa para todos, para os de Sábado e para os de Domingo. Será a apresentação de diversas actuações com o aparecimento de um “Pai Natal” e um pequeno convívio - partilha de lanche.

 

A Festa terminará à volta de uma mesa, e para o qual pedíamos aos pais para trazerem algo para pôr sobre a mesa. Não se preocupem com a quantidade ou qualidade, chegará sempre para criar um espaço de diálogo e de encontro entre pais e crianças a nível da catequese.

 

Aceite ainda esta carta como um convite e um pedido a participar da maneira como entender, mas que as crianças sintam que o Natal é Festa da simplicidade porque Jesus também nasceu na simplicidade duma família pobre...

E até lá, um abraço do amigo e Pároco,

 

 

17/12/2002 

 

P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

                  

 
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            Amigos:

 

            Aconteceu que, no ano 2002, realizastes o vosso casamento. Com fé, viestes à  igreja pedir a bênção de Deus para o vosso enlace matrimonial o que é, na verdade, um forte testemunho sobre o tipo de vida familiar que pretendeis viver, enquanto Deus vos der saúde, o que todos auguramos que seja por anos sem conta.

 

            Estamos a celebrar mais um fim de ano civil, o qual marcou profundamente a vossa vida e, liturgicamente, celebramos, no dia 29, a festa da Sagrada Família. Nesse dia, como de costume, a Paróquia vai promover, na missa das 12 horas, uma celebração em acção de graças pelo dom do matrimónio para os que casaram durante o ano de 2002, ou há 25 anos ou há 50, conforme os casos. Dar graças é gratidão e fazê-lo em família, em colectividade, é sinal de amor.

 

            Desculpai vir por este meio fazer-vos o convite para estarem presentes na  missa do próximo dia 29,  Domingo, dia da Sagrada Família, às 12 horas.

 

            Conto convosco. Por isso, se alguma razão vos levar a não poderdes marcar presença, agradecia que me comunicásseis para o telefone: 258823029 do Cartório.

 

            Para uma melhor organização e preparação da Eucaristia pedíamos para comparecerem às 11 horas, os que puderem, no Humanitus Fórum, Rua da Bandeira, n.º 504.

 

            Até lá, continuação de umas muito Boas Festas Natalícias, são os votos do amigo e pároco,

 

21/12/2002

 

           

 

P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Amigo(a):

 

            Venho, por este meio, desejar-te um Ano Novo muito próspero e convidar-te para uma reunião geral e ceia de catequistas a realizar-se no dia 5 de Janeiro, às 18h30. Terá lugar na residência paroquial. (Como é Domingo pode ser mais cedo, pois dará mais tempo para uma breve reunião.)

           

            Pelos vistos, é necessário trazer alguma coisinha para a mesa e uma lembrançazinha, de 1,50 euros, para uma troca de prendinhas e tudo o mais terminado em “inho”, para fazermos uma festa de Reis antecipada e muito familiar... Assim já foi este “paleio” nos anos anteriores e todos compareceram fazendo muita festa.

 

            Se não trouxeres nada também não morre ninguém, comparece que é mais importante. A cozinheira do Centro de Dia propõe-se fazer um pratinho de arroz à valenciana, se isto te chegar não precisas de trazer nada.

           

            Gostaria que me desses o prazer da tua presença e que esta fosse veículo de conhecimento para os teus amigos catequistas.

 

            Conto contigo a celebrar os Reis na minha e vossa casa. Não há despesas para ninguém.

 

            Estamos entendidos? Então podes trazer o marido, o namorado, o pai ou a mãe, e só por isso é que convém telefonares para o Cartório para a Rosa e dizer-lhe quantos te vão acompanhar nessa festa. Faz isso até Domingo às 12 horas. Não te esqueças para podermos organizar a festa que prometo acabar pelas 10.00H...

 

            Lá pelas 21h30 chegarão os Magos e vai ser uma festa de Reis porque, segundo a tradição, os Magos eram Reis.

 

            Fico à espera... e um abraço do amigo.

 

27/12/2002

 

 

                                                                                  P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

 
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Caros Amigos:

 

É com prazer que vos escrevo, sobretudo, para saudar-vos pelos filhos(as) que tendes e pelo interesse que manifestais  na catequese paroquial acompanhando ou mandando os vossos filhos e filhas à catequese e à missa.

Esta é  uma contribuição da Paróquia na ajuda da formação religiosa, moral e cívica das crianças que são o mundo de amanhã e que queremos que seja melhor do que o de hoje.

A carta que agora escrevo já vem tarde e, para alguns  nem necessária foi, uma vez que já contribuíram para as despesas da catequese. A Campanha foi lançada no dia 12 de Janeiro.

Vínhamos por este meio lembrar apenas a colaboração que se pede todos os anos para as despesas da catequese paroquial.

Se já o fez, como dizia, não considere este objectivo desta carta e desculpe não termos filtrado os que já contribuíram, mas assim foi um método mais fácil de expediente.

Do donativo que der pode pedir recibo. Pode entregar directamente ao catequista que depois lhe devolverá o recibo, ou entregar no Cartório e levar logo o recibo para deduções no IRS.

A catequese será tanto mais adequada aos tempos de hoje e do futuro de todos, pais e formadores, se conseguirmos harmonizar despesas e receitas sem as quais... isto também não pode andar. Sabemos as dificuldades do custa de vida, mas, onde todos ajudam ainda que seja com pouco, será mais fácil à Paróquia oferecer melhores serviços de catequese à Comunidade.

Participe e sinta-se um elo de comunhão numa catequese que queremos eficaz e actual...

 

Um abraço do Pároco amigo e sempre ao dispor,

 

09.02.2003

 

 

                                                                       (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Ao Amigo (a):

 

            Numa hora difícil, muito perto da Páscoa, no Getsemani, Jesus esteve a orar.

            Entristeceu-se e angustiou-se. Exclamou para Pedro e para os dois filhos de Zebedeu: “A Minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai Comigo”.

            Os discípulos adormeceram e Jesus voltando-se para Simão disse: “Nem sequer pudeste vigiar uma hora Comigo!” (Conf. Mt 26, 40).

            Amigos paroquianos, todos estamos a atravessar horas difíceis neste momento em que irmãos nossos se encontram em guerra. Enquanto isso, nós vamos gozando alguns momentos mais felizes,  e daí termos de dar graças ao Bom Deus, que nunca nos abandona e nos traz nas Suas mãos, como uma criança que, contente, brinca acariciando um passarinho nas suas mãos abertas...

            Deus é, para nós, um Pai Misericordioso, cheio de Bondade, de Amor...

            Nesta Quaresma, pede-se a todos os paroquianos uma hora de oração diante do Santíssimo Sacramento (Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus), realmente presente no Sacrário.

            Não queremos perder como referência esta intimidade com Jesus, o Sol da nossa vida, a luz do nosso caminhar, a razão pela qual nós acreditamos e vivemos esta fé, esperança e caridade.

            Não tenho a capacidade de persuasão das palavras de Jesus, mas acredito piamente naquilo que vos escrevo.

            Se não vos conseguir dizer nada com esta carta, peço-vos que façais um pouco de silêncio interior e o Espírito vos ditará, convencerá e animará a tomardes a decisão mais conveniente.

            Como pároco desta comunidade, pedia a todos vós esta oração que, se não for por outra coisa, seja pela paz, juntando-nos ao Papa, ao Núncio, seu representante em Bagdad, aos Bispos Católicos e Ortodoxos do Iraque com os seus cristãos que nos pedem oração pela Paz.

            Como preparação imediata para a celebração da Vigília Pascal, decorre do dia 11, às 18h15, ao dia 12, às 18h15, um Lausperene, levado a efeito pela catequese paroquial desde 2000. O horário de catequese será assegurado pelos jovens e adolescentes das 19h00 às 24h00 e pelas crianças das 14h00 às 18h00.

            Para uma melhor organização sugiro inscrições de pessoas que, espontaneamente, queiram participar da 1h00 às 7h00 da manhã. Para esse acto, gostaria que houvesse inscrições para todas as horas, para que todas fossem asseguradas e o Santíssimo nunca estivesse abandonado.

            À porta da Igreja está um mapa e cada um pode inscrever-se na hora que desejar oferecer ao Santíssimo o seu tempo de descanso. Quem não puder vir à hora que sugiro ou não puder vir em grupo como seria mais conveniente, pois “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome Eu estarei no meio deles”, vem à hora que puder.

             O importante era não esquecer que o Santíssimo está exposto na Igreja para a adoração dos fiéis.

            Durante as 24 horas vamos ter o serviço de confissões permanente, porque alguém pode querer aproveitar a ocasião para se reconciliar.

            Deus abençoará o nosso trabalho e a nossa dedicação. Não esqueça. Se não concordar comigo e não tiver outro motivo para dedicar, nesta Quaresma, este espaço de Oração, faça-o ao menos por solidariedade com aqueles que em aflição pedem que oremos. 

            Deus seja louvado se esta carta valer!...

            Deus me perdoe se não conseguir com estas palavras e com a minha vida persuadir-vos de que valerá a pena rezar e celebrar a Páscoa com mais alegria, abrindo a porta à Cruz, símbolo duma entrega generosa premiada com a Ressurreição.

            Desde já peço desculpa por esta longa missiva que envio aos amigos, aos paroquianos, e espero que, pelo menos, seja entendida como um acto que me é devido como pároco...

            Sem mais e com um grande abraço do amigo,

 

28/03/2003

 

 

 

                                                                                  P.e Artur Coutinho

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
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Catequista Amigo(a):

 

Este tempo de mais calma também me trouxe a mim melhores dias, embora esteja sob o efeito de drogas que às vezes evito porque não me queria tornar dependente...

A Catequese não tem sido aquilo que mais me preocupa porque, na maioria, os catequistas são verdadeiramente responsáveis, sabem o que querem e conhecem mais ou menos bem o terreno que pisam. A todos vós eu me sinto, como primeiro responsável pela Comunidade que somos, muito agradecido, mas só Deus poderá avaliar o vosso trabalho e compensar-vos com as graças que precisais para o vosso dia a dia.

Creio que vós me aceitais assim como sou, com um corpo de dor, às vezes severas, que variam de dia para dia e de hora para hora. Nunca posso saber quando estou mais feliz ou menos feliz. Sei que há dias em que me sinto muito feliz apesar de algumas dores pontuais e localizadas. Desculpaste-me nessa altura a minha má cara, a minha limitação, que como te recebi ou como te tratei. São coisas às vezes difíceis de dominar, mas que espero vencer e fazer tudo para que tanto quanto possível, mesmo sem te enganar, ter forças para continuar a servir a Comunidade o melhor que possa e saiba.

Também não vos quero dizer que na Comunidade alguma coisa me preocupa. Temos muitas coisas, mas não me sinto só. Os que comigo trabalham a nível de gestão ou de direcções, são para mim pessoas co-responsáveis e que gostam de mim e me ajudam cada vez mais para que eu não sinta tanto o peso da responsabilidade. Há tanto carinho e tanta compreensão à minha volta que às vezes até me iludo e julgo que não é pelo trabalho e pelas canseiras, pelas muitas coisas que temos que a fibromialgia me tenha despoletado. Certamente o gene já lá estava e o incêndio da sacristia, o momento, o choque quando encontrei o fogo e a minha luta, quatro investidas contra ele, o impossível; assim me safei da morte e fiquei a sofrer de outro modo... Seria?...

Enfim, não quero explorar mais este assunto e peço-te desculpa por este desabafo. Espero que me compreendas sobretudo quando estiver bom porque sofro e quando estiver mal porque sofro mais... Deus é Grande e N.ª Sr.ª de Fátima também pelo que tenho fé que vamos continuar a trabalhar cada vez mais  por uma Comunidade maior e mais rica no espírito.

Há uma coisa que sempre me preocupa em relação ao próximo ano. É ter catequistas para toda a gente. Peço-vos que faleis a pessoas vossas amigas ou vizinhos que talvez vos ouçam e venham dar um pouco de si a favor das crianças da Comunidade.

Também sobre a última reunião se falou de formação de novo secretariado e de estudar a viabilidade de missas com adolescentes e jovens. Vou pensar nisso durante as férias...

Precisamos de mais gente a trabalhar... que se dê de alma e coração à Comunidade de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, sob a protecção da Mãe de Deus, N.ª Sr.ª de Fátima.

Aceita um xi do amigo que sempre fará tudo por ser melhor em relação ao passado. Assim o creio, assim o espero, apesar dos meus problemas pessoais...

 

2003.07.14

P.e Artur Coutinho

 

 
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Amigos:

 

Na vossa família cresce como fruto do amor conjugal e, graças ao nosso bom Deus a vossa filha Maria Inês que, segundo os ficheiros desta Paróquia, completa, este ano, 6 anos de idade.

Como jóia mais valiosa da família, o vosso amor vê-se prolongado nesta criança a nascer para um mundo cada vez mais confuso, envolto em consumismo e, por isso, mais materialista.

Por o vosso rebento fazer este ano 6 anos de idade achamos oportuno dar-vos os parabéns e manifestar a nossa alegria de vos ver felizes a olhar dia a dia o seu desenvolvimento... quem sabe se a observar os seus gestos, as suas palavras, os seus sorrisos, birras e brincadeiras, nelas podemos redescobrir valores que nós adultos estamos a esquecer...

A simplicidade de uma criança pode-nos ensinar a olhar para o Alto, a conhecer melhor o Além e a procurar subir sempre. Pode levar-nos a ser agradecidos ao Deus da vida, que nos mimoseia com um coração de ouro como é o de uma criança. Sei que todo o vosso projecto de vida passa por ela e, como responsável por esta Paróquia onde vos encontrais integrados, queria saudar-vos e dizer-vos que sentimos muita alegria em poder-vos oferecer os nossos préstimos na ajuda ao crescimento harmonioso que desejais para a vossa filha.

A Comunidade Paroquial está pronta para servir-vos com regozijo segundo as suas possibilidades, ajudando-vos na educação dos valores do Espírito e da Fé para melhor encararmos as dificuldades que nos aparecem.

Consideramos muito importante matricular a vossa filha na catequese, se os pais pediram o baptismo e se comprometeram a educar na fé. Pode-o fazer dirigindo-se à Paróquia com a cédula do Baptismo, de 1 a 10 de Setembro, no horário de expediente (das 9 às 12h e das 14 às 19h).

Termino com os melhores cumprimentos, deste vosso Pároco e Amigo,

 

2003.07.14

 

O Pároco,

 

                                     (P.e Artur Coutinho)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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