CAPÍTULO I
A IGREJA
ABERTA
IGREJA PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
1. A sua história
A
Igreja de Nossa Senhora de Fátima fazia parte de um antigo Convento das
Carmelitas, conforme facilmente podemos depreender pelos vários sinais
carmelitanos que ela conserva.
Foi em1778 que, a pedido do Dr. Correia Seixas, D. Maria
I concedeu licença para se construir uma nova casa para as Carmelitas
Descalças, o Convento do Desterro de Jesus Maria José. A mesma
autorização foi dada pelo Arcebispo de Braga, D. Gaspar, e pelo Frei João de S.
Joaquim (N.M.R.V. Geral).
Em
1779, o Padre Frei Manuel de S. João Evangelista deslocou-se de Coimbra a Viana
e, depois de vencidas inúmeras dificuldades, adquiriu um terreno na Rua da
Bandeira, local solitário, não distante da igreja do Carmo, apressando-se a
construir o novo Carmelo. Foi arquitecto o irmão Frei Luís de Santa Teresa,
tendo os trabalhos principais acabado em 1785. A 19 de Julho desse ano
fixava-se a primeira comunidade, mesmo sem a obra se encontrar totalmente
concluída.
A igreja, de notável beleza e gosto arquitectónico, foi
benzida a 18 de Dezembro de 1792, ainda por acabar.
As primeiras religiosas que para cá vieram eram de
Coimbra, Aveiro e Porto. Ao todo contavam-se oito entre professas e noviças. O
fundador, o Cónego Correia Seixas, faleceu um ano depois, a 14 de Novembro de
1786.
A comunidade aqui instalada foi sempre exemplar e bem
querida pela população. No entanto, a 19 de Março de 1804, devido às Invasões
Francesas, receberam ordens para abandonar Viana, o que fizeram de imediato mas
com muita dificuldade, pois a população quis se opor à partida das religiosas.
Durante a viagem de Viana até Lisboa, muitos foram os
maus bocados por que tiveram de passar. Já em Lisboa foram recebidas no
Convento da Estrela.
A 19 de Julho regressaram a Viana, tendo chegado a 27 do
mesmo mês, depois de derrotadas as tropas francesas. As lágrimas da população
na despedida converteram-se em alegres orações. Foi festa rija.
Um facto digno de registo é que os Franceses, tendo
permanecido em Viana durante uns meses, nunca entraram no Convento, pelo que
foi considerado um “milagre”.
Segundo o Padre José Luís Zamith, como o falecimento da
última freira aquela comunidade foi extinta. O edifício foi então concedido ao Asilo
de Órfãs e Desamparadas que até essa altura se encontrava instalado na
mesma Rua da Bandeira, num local que depois passou a ser a Associação
Nun’Alvares e onde hoje é o Centro de Cultura da Diocese de Viana do Castelo.
Com a permissão de benfeitores do Asilo, ainda
permaneceram por muito tempo, numa dependência isolada do resto do pessoal,
algumas pupilas (meninas do coro, professas clandestinas?). Mas, com a expulsão
das religiosas em 1910, a igreja foi fechada ao público. Apesar disso, a Irmã
Maria José conseguiu manter a chama, permanecendo naquele local até à sua morte
em 1934, com 92 anos de idade. Este foi considerado um milagre da Madre da
Conceição, segundo o Padre Zamith.
A igreja esteve muitos anos abandonada, fechada ao
público e em completa degradação, desde a espoliação dos bens à igreja. No
entanto, habitantes da Bandeira não conseguindo esquecer que tinham nascido à
sombra da espiritualidade carmelita e à volta daquela igreja de portas
trancadas, e movidos pela fé e pela saudade, abriram a igreja e trataram dela.
Levaram a efeito alguns actos de culto, festas e, mais tarde, passaram a fazer
dela um centro de catequese, a celebrar missa ao Domingo até à criação da
Paróquia.
Era a “Comissão da igreja das Carmelitas” que tinha o
livro de actas, que fazia as celebrações de primeiras comunhões, que organizava
festas e que, à sombra desta igreja, animavam a fé e a vida, sobretudo a partir
de 1949.
Em 1967, D. Francisco Maria da Silva -
arcebispo Primaz de Braga -
cria uma Paróquia sob a invocação de Nossa Senhora de Fátima,
devido ao crescimento do aglomerado populacional desta zona este da cidade de
Viana do Castelo. Nomeou, para o efeito, como Pároco o Padre António da Costa
Neiva.
De acordo com vários documentos, podemos afirmar que o
terreno para o convento e quinta anexa custaram dois milhões seiscentos e
quarenta e nove mil reis.O risco de tribuna foi pago em 1784, assim como a
planta que custou vinte e cinco mil e novecentos e dez reis. O total da obra do
convento e da igreja importou em quarenta milhões trezentos e doze mil
setecentos e trinta reis (40 312 730 reis).
Esta nova Paróquia celebrou condignamente os seus 25 anos
de existência com grandes celebrações e foi confirmada pela provisão de D.
Armindo Lopes Coelho em 18 de Outubro de 1985.
*
A sua arquitectura
A igreja Paroquial de Nossa Senhora de Fátima
caracteriza-se por apresentar uma mistura arquitectónica entre o estilo Barroco
e o Neoclássico, próprio da época de D. Maria I.
A porta de entrada é encimada por um frontão triangular
sobre o qual se rasga uma graciosa janela de múltiplos caixilhos, resguardada
por forte gradeamento. No tímpano do grande frontão que remata todo o
enquadramento da fachada encontra-se um brasão com as armas da Ordem: o monte
Carmelo, a cruz e três estrelas.
O interior do templo, formado por uma só nave abobadada,
produz no seu conjunto uma agradável sensação de elegância, com as esbeltas
colunas e dourados do altar-mor, os seus valiosos retábulos e imagens de talha.
Ao entrarmos a porta principal, verificámos que existe
realmente uma mistura de estilos: há linhas rectas e elementos rocailles muito
simplificado, ao estilo de D. Maria; algumas grinaldas neoclássicas muito
pobres, mísulas e remates com características de D. João V e de D. José e ainda
elementos barrocos. Como exemplo dessa conjunção de estilos temos os retábulos
onde podemos observar decorações neoclássicas, com remates tipicamente
rocailles.
A igreja tem três altares laterais: ao entrar, do lado
direito, aparece-nos o altar da Senhora do Carmo, cuja imagem se encontra ao
centro sobre um mausoléu de Santa Filomena, dos lados estão as imagens de N.ª
Senhora da Incarnação e de S. João da Cruz; depois do arco do cruzeiro,
encontra-se, do lado esquerdo, o altar de N.ª Senhora das Dores, sentada junto
ao crucifixo e ladeada por Santo Antão e S. Brás; ainda do lado direito, está o
altar da Sagrada Família com as imagens de Jesus, Maria e José, S. Joaquim,
Santa Ana, Santa Rita de Cássia, Santa Luzia e Santa Teresinha.
No retábulo principal, encontram-se duas valiosas imagens
de grande vulto: a de Santa Teresa e a de S. José.
Todas as imagens são dos séculos XVIII e XIX à excepção
da padroeira -
Senhora de Fátima -
que também se ergue em local de destaque sobre um plinto.
A fechar a tribuna, encontra-se um reposteiro em tela,
pintado por um pintor popular e representando a fuga para o Egipto.
Na capela-mor, do lado direito, existe um grandioso
parlatório e, junto deste, um comungatório. Esta capela tem três arcos torais e
um outro brasão, o do padroeiro - Domingos Monteiro Albergaria (Cónego da Sé
de Coimbra) -,
na chave do arco do cruzeiro. Do brasão constam o Monte Carmelo, a Cruz e três
estrelas.
Perfeitamente enquadrados no estilo da talha, que, apesar
de não ser bem definida, é harmoniosa e dá uma certa beleza à igreja, existem
dois púlpitos. Para lá chegar, entra-se pelo interior das bases do arco do
meio.
O coro, com ligação para o Lar de Santa Teresa, antigo
convento das Carmelitas, contém na sua abertura um arco em cantaria com motivos
Joaninos e de D. José. No seu interior, ainda existe um rodapé em azulejos de
origem.
Uma torre, bastante pequena em relação à altura da
igreja, ergue-se do lado nascente, sensivelmente a meio, e um pouco mais alta
que o templo. Embora tenha cinco sineiras, só lá existem dois sinos.
Hoje em dia, a igreja encontra-se assoalhada, tornando-se
mais cómoda, pois aquilo que a prejudica é ser fria. No seu traço original, o
chão era, como em tantas outras, em lajedo, com algumas pedras tumulares e um
gradeamento, em forma de braços abertos, que separava a capela-mor até ao final
dos altares laterais.
O contraste entre o corpo do edifício, destinado às
religiosas, de construção sólida, austera e pesada, e o esplêndido lavrado da
igreja, corresponde ao desejo tantas vezes manifestado por Santa Teresa: «para
as suas carmelitas a pobreza e a simplicidade, para o seu Deus todo o lustre e
riqueza que lhes fosse dado conseguir».
Assim temos descrita, muito sumariamente, esta igreja
sede da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. Uma igreja sem cantos nem
esquinas, airosa e oferecendo ao culto uma sensação de grandeza na sua
verticalidade e horizontalidade.
CAPÍTULO II
ALGUNS DADOS
BIOGRÁFICOS
DO PADRE ARTUR
COUTINHO
PADRE
ARTUR RODRIGUES COUTINHO
Ser humano por excelência, alcançou a notoriedade
pública, a admiração, o respeito e a estima dos seus paroquianos e concidadãos
por fazer o Bem sem olhar a quem; por saber Ver as carências e os problemas que
o rodeiam procurando sempre uma solução para eles; por pautar toda a sua
actividade apostólica numa continuada e filantrópica atenção pelos outros.
É de realçar que essa sua actividade apostólica não se
reduz apenas a actos de solidariedade social. Com efeito, o P.e
Artur Coutinho consegue arranjar tempo para as mais variadas actividades desde
o magistério; a investigação histórica, social e etnográfica; passando pelo
incentivo a viagens e peregrinações aos mais diversos locais; pela organização
e dinamização de seminários, jornadas, espectáculos, concursos; até à
publicação de vários livros.
Todos o seu trabalho tem vindo a receber, ao longo dos
anos, o devido reconhecimento por parte da Cidade de Viana do Castelo e não só.
Perfil Biográfico
* 07 de Janeiro de 1947 – Nascimento
em Mazarefes, Viana do Castelo, filho de Manuel Ribeiro Coutinho, já falecido,
e de Deolinda Rodrigues Araújo Amorim.
* 10 de Outubro de 1959 – Curso
de Humanidades do Seminário Menor de Braga.
* 10 de Outubro de 1964 – Curso
de Filosofia do Seminário de Santiago de Braga.
* 01 de Outubro de 1967 – Curso
de Teologia do Seminário de Conciliar de Braga.
* 01 de Setembro de 1971 – Diácono
cooperador em Balazar, Póvoa de Varzim.
* 04 de Outubro de 1971 – Conclusão
do curso de Teologia do Seminário Conciliar de Braga.
* 01 de Fevereiro de 1972 – Director
Interino da Casa dos Rapazes de Viana do Castelo.
* 09 de Julho de 1972 – Ordenação
Sacerdotal na Igreja Paroquial de Apúlia, Viana do Castelo, pelo Arcebispo
Primaz de Braga, D. Francisco Maria da Silva.
* 13 de Agosto de 1972 – Missa
Nova no adro da Capela de Nossa Senhora das Boas Novas, em Mazarefes.
* 09 de Setembro de 1972 – Pároco
das freguesias de Arga de Cima, Arga de Baixo, Arga de S. João e Dem, no
concelho de Caminha.
* 01 de Setembro de 1973 – Funda
duas Telescolas, uma em Dem e outra em Arga de Baixo.
* 1975 / 1976 – (ano lectivo)
Frequência do 1º ano do curso de História, da Faculdade de Letras do Porto.
* 03 de Maio de 1978 – Exame "AD HOC" em Linguística Portuguesa
I na Universidade de Coimbra.
* 05 de Junho de 1978 – Exame
"AD HOC" em Introdução aos Estudos Históricos e em Literarura
Portuguesa V e VI na Universidade do Porto.
* 02 de Setembro de 1978 – Pároco
da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima em Viana do Castelo.
Profissionalização
* 10 de Outubro de 1973 a 30 de
Setembro de 1978 – Professor Monitor do Instituto de Tecnologia Educativa.
* 01 de Outubro de 1978 a 31 de
Agosto de 1991 – Professor Provisório de Relegião e Moral na Escola
Secundária de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo.
* 1990 – (desde) Representante
do Grupo de Educação Moral e Religiosa Católica.
* 01 de Setembro de 1992 – Professor
do Quadro de Nomeação Definitiva de Educação Moral e Religiosa Católica na
Escola Secundária de Santa Maria Maior, em Viana do Castelo.
* 01 de Setembro de 1992 a 31 de
Agosto de 1993 – Representante ao Conselho Pedagógico.
Actualização Cientifica e Pedagógica
* Conclusão dos seguintes cursos:
Ø
Curso de Estudos em Psicologia Aplicada.
Ø
Curso de Estudos Teológicos da Universidade Católica Portuguesa.
Ø
Curso de Parapsicologia do Prof. Dr.Oscar Quevedo.
Ø
Curso de divulgação Parapsicologia do Prof. Dr. Oscar Quevedo.
Ø
Curso de Pastoral Social, organizado pela Cáritas do Porto (1 a 3 de Março de
1984).
* Participação nos seguintes Seminários,Simpósios e
Conferências:
Ø
Ética e Sociedade Contemporânea, promovido pela Universidade Católica
Portuguesa , em Lisboa.
Ø
Ética da Sexualidade em 27-02-1986, promovido pelo CPF.
Ø
Iº Fórum dos Jovens Cristãos do Alto Minho subordinado ao tema "Juventude e Vocação no Futuro do Alto
Minho", realizado entre 4 e 5 de Maio de 1995, em Viana do Castelo.
Ø
Semana de estudos Teológicos subordinado ao tema "Visão Cristã da Solidariedade", levado a cabo pela
Faculdade de Teologia de Braga, da Universidade Católica ,de 12 a 14 de
Fevereiro de 1990.
Ø
Semana de Relegião e Moral da Escola Secundária de S. Maria Maior, promovido
pelo grupo de Relegião e Moral,em 1989.
Ø
Iª Semana de estudos Teológicos subordinado ao tema "Nova Evangelização, Novos Pastores" promovido pela
Faculdade de Teologia de Braga da Universidade Católica Portuguesa, entre 25 e
28 de Janeiro de 1993.
Ø
IIª Semana de Estudos Teológicos subordinada ao tema "O Regresso dos Deuses", levado a efeito pelo Instituto
Católico de Viana, em 1993.
Ø
IIª Semana de Estudos Teológicos subordinado ao tema "Família e Igreja", promovido pela Faculdade de Teologia
de Braga da Universidade Católica Portuguesa, em 1994.
Ø
IIIª Semana de Estudos Teológicos subordinado ao tema "Boa Nova da Família", promovido pelo Instituto Católico
de Viana, em1994.
Ø
XIª Semana Nacional da Pastoral subordinada ao tema "Sida" , promovido pelo Secretariado Nacional da Acção
Social e Caritativa,em Fátima, em1994.
Ø
Acção de Formação Psicopedagógica promovida pelo Departamento do Ensino
Relegioso nas Escolas, da Diocese de Viana.
Ø
"A Arte e a Igreja, Ruptura ou
Comunhão?" promovido pela Faculdade de Teologia de Braga da
Universidade Católica Portuguesa.
Ø
Seminário subordinado ao tema "Da
Europa dos Cidadãos à Europa das Famílias".
Ø
Seminário subordinado ao tema "Toxicodependências",
promovido pelo Serviço de Prevenção e Tratamento da toxicodependência em 4 e 5
de Abril de 1995, em Lisboa.
* Organização das seguintes Jornadas:
Ø
Jornadas da Família, no Ano Internacional da Família, de 24 de Março a
01 de Maio de 1994.
Ø
Jornadas do Idoso, no Ano Europeu do Idoso, de 03 a 08 de Maio de 1993.
Ø
Jornadas subordinadas ao tema "Tolerância
Juventude", no Ano Internacional da Tolerância, em 1995.
Ø
Jornadas "25 Anos de
Paróquia", realizadas no âmbito do Jubileu da Paróquia de Nª. Sª. de
Fátima, em 1992.
* Participação nas seguintes Jornadas e Congressos:
Ø
Jornadas Nacionais de Acção Social, em Braga, promovidas pela Direcção Geral de
Acção Social na Universidade do Minho, de 6 a 9 de Novembro de 1991.
Ø
Jornadas Inter-Escolas subordinadas ao tema Viva a Escola, que decorreu na Escola C+S da Abelheira em Viana do Castelo, em 16 de Novembro de 1994.
Ø
Jornadas sobre "O Papel da Família
na Prevenção das Toxicodependências" levada a efeito em Coimbra de 16
a 18 de Junho de 1994.
Ø
Congresso das Instituições Particulares de Solidariedade Social realizado entre
10 e 12 de Novembro de 1995.
Ø
Congresso sobre Religiosidade Popular, em Couto de Ornelas, Boticas, entre 19 e
20 de Janeiro de 1985.
Actividades Pedagógicas
* Actividades docentes na área-escola:
Ø
Orientação e Coordenação do trabalho subordinado ao tema "A Simbologia da Água", que foi apresentado em público
pelos alunos perante os Pais, Professores e Colegas...
Ø
Organização da Exposição de Cruzes e Crucifixos, na Escola.
Ø
Organização do Colóquio sobre o Símbolo da Cruz, pelo Dr. Lourenço Alves.
Ø
Estudo e apresentação de um Projecto para a Escola, como área
extra--curricular, para três anos, subordinado ao tema “Educação para o Desenvolvimento” de carácter global e abrangendo
acções interdisciplinares de todas as disciplinas.
Ø
Orientação e organização, com alunos da Escola, das seguintes Viagens de
Estudo:
-
Lisboa;
-
Santiago de Compostela;
-
Românico da Ribeira Lima;
-
Madrid, Salamanca, Sevilha
-
Picos da Europa;
-
Intercâmbio entre a Escola de St.ª
Maria Maior e a Escola de Korschembroich.
Cargos diocesanos
* Membro do conselho
Presbiteral da Diocese de Viana do Castelo, em Maio de 1979.
* Membro do Conselho de Consultores do
Bispo de Viana do Castelo, de 28 de Abril de 1979 a 1983.
* Assistente Espiritual das Conferências Vicentinas,
desde 20 de Janeiro de 1983.
* Membro da Cáritas Diocesana de Viana
do Castelo, desde 01 de Abril de 1984.
* Director do Secretariado da Acção
Sócio-Caritativa, desde 01 de Janeiro de 1984
* Eleito e nomeado Arcipreste de
Viana, em 16 de Fevereiro de 1985 até Dezembro de 1987.
* Assistente Diocesano da Obra
Kolping, em 1986.
* Eleito e nomeado Arcipreste de Viana
em 01de Janeiro de 1988 até 1990.
* Nomeado Representante da Igreja na
Equipa Distrital do Projecto Vida, em 1990
* Capelão contratado, na Cadeia de
Viana, durante 14 anos.
Participação em acções internacionais
Ø Participação, como Convidado pelo
Estado de Korschembroich, numa mesa redonda no dia do Alemão, em 03 de Outubro
de 1993, subordinada ao tema "A
Unificação da Alemanha".
Ø Participação, como convidado pela
Igreja Alemã, no Katholikentague (Congresso Católico Alemão), que se realizou
entre 10 e14 de Setembro de 1986.
Ø Participação, em Roma, na festa de
Canonização da fundadora das Irmãs Doroteias, Paula Franssinet, como convidado
da respectiva congregação.
Fundação de Obras
de Benificência
* Centro Social e Paroquial de Nª Srª de Fátima.
Ø Centro de Convívio;
Ø Centro de Dia para
Idosos;
Ø A.D.I. (Assistência
ao Domicílio Integrada);
Ø
Centro de Deficientes "O
Samaritano";
Ø S.A.D.
(Serviço de Apoio ao Domicílio)
Ø
Infantário de Nª Srª de Fátima;
Ø
Berço de Nª Srª das Necessidades para Acolhimento de Bebés e Crianças
Abandonadas ou de Alto Risco;
Ø
OZANAN Centro de Juventude;
Ø
Restaurante Social;
Ø
ATL;
Ø
Centro de Formação Artesanal;
Ø
Refeitório Social para Vagos e Passantes;
Ø
Posto Médico e de Enfermagem;
Ø
CECAN/RD (Centro Comunitário de Apoio ao Necessita-do), recolha e distribuição;
Intervenção em Obras de carácter Geral e/ou
Social
* Restauro da Igreja de Arga de Baixo, em 1973.
* Estrada entre Arga de S.João e Arga de Cima,em 1974.
* Restauro da Igreja Paroquial de Arga de S.João, em
1974.
* Restauro da Capela de Nª Srª da Rocha, em 1976.
* Colaboração na cobertura da rede eléctrica na Serra
D'Arga, em 1974.
* Restauro da Igreja de Arga de Cima, em 1975.
* Restauro da capela de Nª Srª das Neves, Dem, em 1976.
* Colaboração na cobertura da rede de telefones da Serra
D'Arga, em 1976.
* Restauro da Capela de S.João de Arga, em 1977.
* Restauro da Capela de Santo Antão, Arga de Cima, em
1978.
* Construção da Residência Paroquial de Nª Srª de Fátima,
em 1981.
Campos de Férias
* Todos os anos na Serra d’Arga com uma média de 50 jovens da paróquia
e alunos da Escola, desde 1979.
Encontros e Viagens de Intercâmbio
* Organização de várias viagens de Intercâmbio com uma Paróquia Alemã.
* Acolhimento e organização de
Intercâmbio em Portugal para dois grupos da Paróquia Alemã.
* Encontros de fim-de-senana para
Jovens no Centro Paulo VI e Apúlia.
* Natal dos Sem Família, pelas 19
horas do dia 24, desde 1988
Organização de Peregrinações
* Lourdes;
* Terra Santa;
* Roma;
* Santiago de Compostela;
* Israel e Egipto;
* Fátima.
* Covadonga;
* Virgem Macarena;
* Lisieux;
*Ávila;
* Guadalupe;
* Monserrat
Organização de Viagens Nacionais
* Madeira e Açores;
* Évora;
* Algarve;
* Mosteiro de Lorvão;
* Serra da Estrela;
* Trás-os-Montes;
* Amendoeiras em Flor;
* S. João d’Arga;
* Portalegre.
* Todo o Alto e Baixo Alentejo;
* Beiras.
Organização de Viagens Internacionais
* Lurdes e Andorra; *
Barcelona;
* Madrid, Salamanca, Tordesilhas e Ávila; * Salamanca;
* Macarena, Ávila e Sevilha; * Andaluzia;
* Astúrias e Covadonga; *
Ceuta;
* Santiago de Compostela; *
Marrocos;
* Roma; *
Grécia;
* Polónia; *
Austria;
* Dinamarca; *
Londres;
* Roménia e Bulgária; *
Turquia;
* Praga; *
Tunísia;
* Malta; *
Paris;
* Luxemburgo; *
Londres e Escócia;
* Rússia; *
Suécia;
* Alemanha; *
Holanda;
* Bélgica; *
Suiça;
* Hungria; *
Jugoslávia;
*
Paraguai; *
Uruguai;
* Argentina; *
Brasil;
* USA.
Louvores e Condecorações
* Louvado pela Assembleia de Freguesia
de Dem, acta de 03 de Setembro de 1979.
* Louvor à obra social pelo Lions
Clube de Viana, em13 de Maio de 1995.
* Condecorado com a Medalha de Cidadão de Mérito de
Viana do Castelo, em 11 de Julho de 1997.
Membro das Seguintes Associações
* Associação de Jornalistas e Homens
de Letras do Alto Minho;
* Associação Portuguesa de Escritores
com o Nº 861;
* Associação Portuguesa de Escritores
e Livreiros Nº95188;
* Liga dos Amigos do Hospital
Distrital de Viana do Castelo;
* Irmão da Santa Casa da Misericórdia
de Viana do Castelo;
* Sócio-Fundador do Centro de Estudos
Regionais, com o Nº 17;
* Sócio-Fundador da Conferência de S.
Vicente de Paulo, na Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, com o Nº185;
* Sócio-Fundador da Sociedade
Recreativa e Cultural de Mazarefes, fundada em 11 de Setembro de 1966;
* Sócio da Escola Desportiva de Viana
do Castelo;
* Sócio do Clube do Coleccionador, com
o Nº33865;
* Sócio do Lar de Santa Teresa, com o
Nº740;
* Sócio da Casa do Minho, em Lisboa,
com o Nº3505.
Actividades no Jornalismo
* Direcção:
Ø
Director de "O Nosso Jornal",
na Telescola, em Arga de Baixo, no concelho de Caminha,1974.
Ø
Director do "Serra e Vale",
de 1974 a1978.
Ø
Director do "Paróquia Nova",
desde 1993.
* Redacção:
Ø
Redactor do "Serra e Vale",
em 1972.
Ø
Redactor do "Notícias de
Viana", 1983.
* Outras:
Ø
Corrector de Provas do "Notícias de
Viana", de 1971 a 1972.
Ø
Colaborador do "Serão",
publicado em rodapé , dirigido por José Rosa Araújo, no Notícias de Viana.
Ø
Várias entrevistas para a Rádio Renascença, Rádio Geice, Rádio Alto Minho,Rádio
Vaticano e para a Rádio Televisão Portuguesa.
Obras publicadas
* Livros publicados:
Ø
“Cancioneiro da Serra d'Arga”, 1ª e 2ª edição em 1982; 3ª edição em 1996;
Ø
“Cidade de Viana, no Presente e no Passado, da Bandeira à Abelheira”, em 1986;
Ø
“Paróquia, 25 Anos”, em 1992;
Ø
“Oração em Família”, 1ª em 1994 e 2ª edição em 1995.
Ø
“Mosaicos da Serra d’Arga”, em 1997.
* Trabalhos publicados:
Ø
Trabalhos de Investigação publicados no espaço "Serão", no rodapé do Notícias de Viana, dirigido por
José Rosa Araújo, subordinado aos seguintes temas:
-
As Inquirições em Mazarefes;
-
Os três Padroeiros de Mazarefes;
-
A Toponímia de Mazarefes;
-
A Casa das Marinheiras;
-
O Passal de Mazarefes ;
-
A Casa do Cirugião;
-
A Quinta do Bicho;
-
A Cestaria e o Artesanato de
Mazarefes;
-
Os Pereiras de Mazarefes;
-
A Igreja Paroquial de Mazarefes;
-
A Residência Paroquial de Mazarefes;
-
Vários estudos Etnográficos;
-
Trabalho sobre a "Igreja Paroquial de Arga de S. João", publicado na Revista Caminiana Nº 12, em Dezembro
de 1985.
-
Trabalho apresentado nas Jornadas da
Família e publicado no Jornal Paróquia Nova, subordinado ao tema "A Paróquia como Espaço de Apoio à Família".
-
Trabalho sobre o tema "Diagnóstico Social, Carências e
Exclusões", apresentado na semana da Diocese, em 08 de Novembro de
1995.
Arte e Cultura
* Espectáculos:
Ø
Participação na organização do espectáculo "Marcos
9.37", Inserido no Ano Internacional da Criança, em 1979, que esteve
em cena durante 11 sessões.
Ø
Cânticos a Deus pelos Ciganos, em 30 de Março de 1985.
* Realização das seguintes exposições:
Ø
Exposição de Medalhística, de 27 de Janeiro a 03 de Fevereiro de 1979.
Ø
Exposição Filatélica, com carimbo do Iº Dia, de 24 de Novembro a 08 de Dezembro
de 1979.
Ø
Exposição de Fotografia, de 27 de Dezembro a 03 de Janeiro de 1982.
Ø
Exposição, subordinada ao tema Ecumenismo
em 10 de Setembro de 1982.
Ø
Exposição de Medalhas, Objectos e Imagens Marianas, de 13 a 20 de Setembro de
1985.
Ø
Exposição Etnográfica,de 07 a 12 de Maio de 1992, no lugar da Abelheira.
Ø
Exposição Retrospectiva 25 Anos de Paróquia, que decorreu entre 06 a 12 de Maio
de 1992.
Ø
Exposição de Selos e Postais Marianos, de 04 a 08 de Dezembro de 1992.
Ø
Exposição Filuminaria, de 13 a 20 de Junho de 1994.
* Concursos:
Ø
Concurso de Fotografias, em 1984, subordinada ao tema "PAISAGENS" do
Minho.
Ø
Concurso Quadras Populares, a nível Nacional, subordinadas ao tema "Redenção", em 1983.
CAPÍTULO III
ALGUNS
DOCUMENTOS EPISCOPAIS
D. JÚLIO TAVARES REBIMBAS, POR MERCÊ DE DEUS E DA
SANTA SÉ APOSTÓLICA, ARCEBISPO-BISPO DE VIANA DO CASTELO.
----------------------------------------------------------------------
..................................................................................................................................................................
Aos que esta Nossa Provisão virem, Saúde, Paz e
Bênção.
..................................................................................................................................................................
FAZEMOS SABER que sendo necessário prover à cura de
almas da paróquia de NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, do Arciprestado e cidade de Viana
do Castelo, havemos por bem confiá-la aos cuidados pastorais do presbítero
Artur Rodrigues Coutinho, que nomeámos pároco da mesma, com os direitos e
obrigações inerentes a este múnus, segundo a Lei da Igreja e o que
circunstâncias especiais aconselharem. Por mais este título, o consideramos
nosso especial colaborador e asseguramo-lhe a confiança e auxílio
indispensáveis ao bom desempenho da sua missão, assim como a estabilidade no
ofício, que o bem das almas requeira. ----------------------------------------------------
Exerça ele de tal modo o seu ministério de ensinar,
santificar e governar, que os fiéis e toda a comunidade paroquial se sintam, de
facto, membros vivos da igreja diocesana e universal. Seja a sua actividade
pastoral sempre penetrada de espírito missionário, para abranger, como deve,
quantos vivem na paróquia.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
No desempenho do múnus de ensinar, pregue a Palavra de
Deus a todos os fiéis, para que estes, fundados na fé, na esperança e na
caridade, cresçam em Cristo e, reunidos na comunhão da Igreja, ofereçam ao
mundo o testemunho de amor, que o Divino Mestre recomendou (cf. Jo. 13, 35).
Seja diligente em garantir a todos uma adequada formação catequética e
apostólica, e não descure a evangelização dos que ainda não conhecem Cristo.
--------------------------------------------------------------
No trabalho de santificação das almas, procure que a
celebração do Sacrifício Eucarístico seja o centro e o ponto culminante de toda
a vida da comunidade cristã. --------------------------------------
Esforce-se ainda por que os fiéis se alimentem no
espírito pela Graça de Deus, recebendo com devoção e frequência os Sacramentos
e participando, de modo consciente e activo, na Liturgia.
No cumprimento do dever pastoral, procure conhecer bem
o próprio rebanho e, sabendo-se ao serviço da Igreja, promova o progresso da
vida cristã quer nos indivíduos, quer nas famílias, quer nas associações
sobretudo de apostolado, quer ainda em toda a comunidade paroquial. Visite as
famílias e as escolas, segundo as exigências do seu múnus pastoral; atenda
diligentemente os adolescentes e os jovens; manifeste especial predilecção
pelos pobres e pelos doentes, e seja sinal de amor de Cristo para com os mais
desprotegidos e necessitados. --------------------------------------------
Mantenha-se unido aos outros sacerdotes e sinta-se
co-responsável pelo bem de toda a Diocese. Lembre-se de que os bens materiais,
adquiridos no exercício da sua missão, andam intimamente ligados ao múnus
sagrado. Socorra, pois, generosamente as necessidades materiais da Igreja,
segundo as próprias disponibilidades e as indicações superiores.
--------------------------------------
Finalmente, esperamos que os paroquianos o recebam,
como legítimo pastor, e o auxiliem no bom desempenho da sua missão. Todos se
lhe devem unir, pela oração e pela actividade apostólica. Concorram para a sua
côngrua sustentação, de modo que, liberto de absorventes preocupações
económicas, possa dedicar-se inteiramente ao serviço evangélico da comunidade
paroquial.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Esta nossa carta será lavrada em duplicado. Um
exemplar servirá de título ao pároco e outro será arquivado na Cúria Diocesana.
--------------------------------------------------------------------------------------
Dada em VIANA DO CASTELO, aos 2 do mês de Setembro do
ano de 1978.
E eu P.e Gaudêncio José Gigante, Secretário
da Câmara Eclesiástica, a subscrevi. -------------
D. JÚLIO TAVARES REBIMBAS, POR MERCÊ DE DEUS E DA
SANTA SÉ APOSTÓLICA, ADMINISTRADOR APOSTÓLICO DE VIANA DO CASTELO.
------------------------------ ×
------------------------------
Fazemos
saber que, atendendo ao que Nos fora proposto pelo Rev.do Padre Artur Rodrigues
Coutinho, Pároco de Nossa Senhora de Fátima, da freguesia de Santa Maria Maior,
desta cidade de Viana do Castelo, por iniciativa da “Fábrica da Igreja Paroquial” e mediante
autorização do Ordinário, é criado o “CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA
DE FÁTIMA”.--------
······················································
ASSIM ·······················································
HAVEMOS
POR BEM, no uso da nossa jurisdição ordinária e nos termos do cân.100 §1º e do
artigo 3º, alínea 1ª da Concordata firmada em 7 de Maio de 1940 entre Portugal
e a Santa Sé, ERIGIR O “CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA”, da
cidade, concelho e distrito de Viana do Castelo, o qual se propõe promover e
entreajudar todos os habitantes da
freguesia.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
APROVAR os respectivos Estatutos por que se há-de
reger de futuro o sobredito Centro, os quais foram achados conforme às leis
canónicas aplicáveis, constam de quatro Capítulos e vinte e sete artigos,
dactilografados nos dois lados de cinco folhas de papel selado, numeradas,
rubricadas e autenticadas com o selo branco em uso na Cúria
Diocesana.---------------------------------------------------
Devem, todavia, ser feitas as seguintes alterações: o
Artigo 2º do Capítulo I redigir-se-á do seguinte modo: “o Centro Social
Paroquial poderá federar-se noutros organismos congéneres da Diocese, através
dos quais conjuga a sua acção e procura orientação com as outras instituições
de índole sócio-caritativa.”
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
A alínea a) do Artigo IV do Capítulo I ficará assim
redigida: “A natureza unitária da pessoa
humana e o respeito pela sua dignidade, segundo os princípios cristãos”.
-------------------------------------
Para constar, Mandamos passar o presente Decreto de
Erecção e Aprovação de Estatutos, que vai ser assinado e autenticado com o selo
branco em uso na Cúria Diocesana.
----------------------
VIANA DO CASTELO, sob o Sinal do Chanceler –
Secretário Geral da Diocese, aos 26 de Março de 1982. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
DIOCESE DE VIANA DO CASTELO
CÂMARA
ECLESIÁSTICA
Rev.mo Senhor
Padre Artur Rodrigues Coutinho
Pároco de Nossa Senhora de Fátima
4900 VIANA DO CASTELO
Levamos ao conhecimento de Vossa Reverência, para os
devidos efeitos, que tendo em atenção a sua proposta de 8 de Julho de 1983,
-----------------------------
Havemos por bem confirmar a nomeação dos Senhores
abaixo indicados, que formarão a COMISSÃO INSTALADORA DO CENTRO PAROQUIAL
SOCIAL de Nossa Senhora de Fátima:
Presidente:
- Padre Artur Rodrigues Coutinho
Outros
membros: - Mário Rodrigues Peixoto Magalhães
- Abílio Orlando F. Borja Serafim
- José de Sousa Carneiro Martins
- Henrique F. Marques Dias da Balinha.
Com os melhores cumprimentos.
VIANA DO CASTELO, 8 de Agosto de 1983
O
Vigário Geral
(
Monsenhor Carlos Francisco Martins Pinheiro)
D. ARMINDO LOPES COELHO, POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA
SÉ APOSTÓLICA, BISPO DE VIANA DO
CASTELO.------------------------------------------------------------------------------------------
..................................................................................................................................................................
FAZEMOS SABER que, atendendo ao que Nos requereram por
parte do CENTRO PAROQUIAL SOCIAL DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, com sede na Paróquia de Nossa Senhora de
Fátima, freguesia de Santa Maria Maior, cidade e concelho de Viana do Castelo,
erecto em pessoa moral, de harmonia com o Artigo III da Concordata firmada em 7
de Maio de 1940 entre a Santa Sé e a República Portuguesa, aos 29 dias do mês
de Março de 1982,---------------------------------
HAVEMOS POR BEM os seu Novos Estatutos, pelos quais se
vai reger de futuro, os quais constam de cinco Capítulos e de trinta e três
Artigos, que estão dactilografados em ambos os lados de cinco folhas de papel
selado, numeradas, rubricadas pelo Pároco actual P.e Artur Coutinho
e pelo Monsenhor Carlos Pinheiro, Vigário Geral da Diocese, e autenticadas com
o selo branco em uso na Cúria Diocesana.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Para constar, Mandamos passar o presente Decreto de
Aprovação de Estatutos, que vai ser assinado pelo M. Rev. do Vigário Geral e
que levará o selo branco que contém as Nossas Armas. ----
VIANA DO CASTELO, 24 de Agosto de 1983.
D. ARMINDO LOPES COELHO, POR MERCÊ DE DEUS E DA SANTA
SÉ APOSTÓLICA, BISPO DE VIANA DO
CASTELO.------------------------------------------------------------------------------------------
.................................................................................................................................................................. Aos que esta Nossa Provisão virem, Saúde, Paz
e Bênção.
..................................................................................................................................................................
FAZEMOS SABER que, tendo-Nos sido requerida pelo
Reverendo Padre Artur Rodrigues Coutinho, Pároco de Nossa Senhora de Fátima,
cidade de Viana do Castelo, a aprovação dos órgãos sociais de “OZANAN – CENTRO
DE JUVENTUDE”, e ----------------------------------------------------
De harmonia com os Estatutos deste Centro,
---------------------------------------------------------------
HAVEMOS POR BEM aprovar como Membros dos órgãos
sociais de “OZANAN – CENTRO DE JUVENTUDE” os
Senhores:-------------------------------------------------------------------------------------------- DIRECÇÃO:
Presidente: - Dr.ª Maria da Piedade Gonçalves Miguéis Cachadinha Araújo Gonçalves;
-------
Vice-Presidente: - Rosa Fernandes Parente;
--------------------------------------------------------------- 1ª Secretária: - Isabel da Conceição Aguiar Amorim Laranjo;
------------------------------------------ 2º
Secretário: - José Mendes Rodrigues Machado; ------------------------------------------------------- Tesoureiro: - José Alberto Martins Ferreira da
Silva;------------------------------------------------------
CONSELHO GERAL:
Presidente: - P.e Artur Rodrigues Coutinho;
-----------------------------------------------------------------
1ª Secretária: - Conceição Maria Carvalhido da
Silva.----------------------------------------------------
VIANA DO CASTELO, sob o sinal do M. R. Vigário Geral,
18 de Março de 1988.
E eu _________________________________________________ Pelo Chanceler a subscrevi.-------
UFFICIO DELLE CELEBRAZIONI LITURGICHE
DEL SOMMO PONTEFICE
SACRARIUM APOSTOLICUM
Universis has litteras
inspecturis fidem facimus Nos ex authenticis Reliquiis, quae apud Sacrarium
Apostolicum servantur, extraxisse particulas ex
LIGNO CRUCIS SS.mi D. N. IESU
CHRISTI
Easque in theca, crystallo munita, filo serico rubri coloris et sigilo
nostro obsignata, collocasse.
Quas in ecclesia paroeciali Beatae Mariae Virginis de Fátima in oppido v.d.
Viana do Castelo, dioecesis Vianensis Castelli, ad publicam venerationem
exponi concedimus.
In quorum fidem has
litteras a Nobis subscriptas et sigilo nostro munitas dedimus.
Ex Aedibus Vaticanis, die
19 Iulii 1995.
PETRUS MARINI
CELEBRATIONUM LITURGICARUM PONTIFICALIUM MAGISTER
CAPÍTULO IV
A
PARÓQUIA E A CATEQUESE
Do sucesso da Catequese depende todo o futuro da jovem
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima: só uma Catequese dinâmica pode gerar, no
futuro, uma comunidade activa e cativante... É que não podemos esquecer que as
crianças que hoje frequentam a Catequese serão, um dia, adultos que, na sua
maioria, só contribuirão para este dinamismo comunitário se lhes forem
incutidos, desde tenra idade, os valores cristãos.
Na área da formação infantil e
juvenil, a Catequese é uma área que interessa muito particularmente ao P.e
Coutinho. Ora vejam lá que até promoveu vários concursos, nas Escolas
Primárias, dos quais registamos alguns.
Naturalmente, por este meio ele
atinge as crianças que não frequentam a Catequese.
CATEQUESE
“SEMINÁRIO – JUVENTUDE- VOCAÇÕES
NO ANO INTERNACIONAL DA TOLERÂNCIA”
1994-1995
PARÓQUIA DE N.ª Sr.ª DE
FÁTIMA
PROGRAMA DA
CATEQUESE
Objectivos
Gerais
1.º Sensibilizar
todos os catequistas para o tema “Educação da fé na Família”.
2.º Consciencializar os pais do seu dever como educadores
na fé e na vida social.
3.º Desenvolver actividades na catequese que suscitem a
participação dos pais e um maior empenho das crianças.
Tema Central: “Seminário – Juventude - Vocações
dentro do Ano Internacional da Tolerância”.
1º- Sensibilização
* Ampliar as possibilidades de realização das reuniões
dos grupos dos catequistas tendo em conta as mais diversas hipóteses de acção
(semanalmente, quinzenalmente, ...).
* Investir na formação permanente dos catequistas nas
seguintes áreas: Pedagógica – Psicológica – Teológica.
* Fomentar um
maior diálogo entre pais e catequistas.
2º- Consciencialização
* Consciencializar as Famílias da sua importante posição
enquanto suporte básico de transmissão de valores tais como o respeito pelo
outro, a capacidade de convivência e a solidariedade.
* Oração Familiar
nos tempos fortes: Advento, Quaresma, Páscoa, etc.
* Suscitar
interesse e participação nos dias dedicados às Missões e Vocações.
3º- Actividades
* Despertar nas crianças e adolescentes da catequese o
interesse sobre os seguintes temas:
·
Racismo – Xenofobia – Meio Ambiente;
·
Descoberta da presença “religiosa” no nosso meio;
·
Respeito
pelas diversas culturas inseridas na mesma comunidade
* Reuniões de
formação para os pais (Como ajudar os pais para poderem realizar o
acompanhamento na fé dos seus filhos).
* Apresentar um
desdobrável com o essencial das características das crianças e adolescentes,
nas suas diferentes etapas, dentro do campo da psicologia, religião, social e
na catequese.
* Convívios e
passeio da catequese pais – crianças – catequistas.
·
Maior empenhamento dos catequistas na animação da Eucaristia;
· Participação das crianças no ensaio dos
cântico com o coro dos jovens;
· Participação e preparação das leituras;
· Participação preparação das diferentes
festas da catequese.
1º Encontro com os
Pais:
* Pré, 1º, 2º – Tema: “Orientação
e acompanhamento dos pais na iniciação da fé nas crianças”;
* 3º, 4º, 5º, 6º – Tema: “Os
pais enquanto forte testemunho de vida na caminhada da fé dos filhos”;
*
7º, 8º, 9º, 10º – Tema: “Família lugar de encontro e de participação
de diferentes visões de um mesmo mundo”.

EDUCAÇÃO
PARÓQUIA N.ª Sr.ª de
FÁTIMA
VIANA DO CASTELO
ASPECTOS DE NATUREZA PSICOLÓGICOS
Aos Pais
das Crianças da Catequese
Aquilo que
se pretende é dar a conhecer algumas características do funcionamento
cognitivo, sócio/moral e de personalidade, das crianças dos diferentes grupos
etários que frequentam a catequese. Deve salientar-se que o que aqui é
apresentado se refere a comportamentos da generalidade das crianças, não tendo
que ser obrigatoriamente assim. O nosso objectivo é ajudar o educador a ser um
facilitador do desenvolvimento harmonioso da criança.
Para
facilitar esta exposição, dividiremos as crianças em três grandes grupos
etários:
2 – 6/7 anos - Neste
período o pensamento da criança está fundamentalmente dominado pela
percepção e pelo egocentrismo, daí que
toda a interpretação da
realidade seja de algum modo limitada. - Do ponto de vista social tem
grande dificuldade em obedecer às
regras sendo-lhe difícil compreender a razão da existência das mesmas. - Para estas crianças a autoridade
do adulto é absoluta sendo os seus comportamentos baseados no desejo de
evitar a punição. -
Os actos são julgados pelas suas consequências e não
pelas intenções . Jesus é o amigo - Catequese 7 – 12 anos
- Estamos perante um período de grandes
mudanças cognitivas em que a criança já é capaz de operações mentais.
- Todo o pensamento da criança é
baseado em factos e situações concretas.
- Em termos sociais, a criança já
é capaz de cumprir regras.
-
Mas a sua compreensão de regra é literal e concreta.
- Assim, a regra é entendida de
uma forma rígida, arbitrária e não modificável.
Ser Cristão é seguir Jesus - Catequese

- Este é um período de
transformações acentuadas dada a natureza e quantidade de mudanças
(físicas, intelectuais, morais e sociais) a viver pelo adolescente.
- Neste período, sendo capaz de
pensar sobre hipóteses e de se abstrair, o adolescente vai “deslumbrar-se”
com as suas novas capacidades.
- Ao contrário do que seria de
prever, esta situação vai dificultar as suas relações com os outros,
principalmente com o adulto por quem se sente incompreendido.
- Outro aspecto importante destas idades
é o relevo que, em termos de socialização, tem o grupo de companheiros ou
amigos.
Jesus Amigo e Modelo que responde às inquietações e com Ele se
compromete pessoalmente – Catequese.

- Estamos perante um período de grandes
mudanças cognitivas em que a criança já é capaz de operações mentais. - Todo o pensamento da criança é
baseado em factos e situações concretas. - Em termos sociais, a criança já
é capaz de cumprir regras. -
Mas a sua compreensão de regra é literal e concreta. - Assim, a regra é entendida de
uma forma rígida, arbitrária e não modificável. |
Ser Cristão é seguir Jesus - Catequese |

- Este é um período de
transformações acentuadas dada a natureza e quantidade de mudanças
(físicas, intelectuais, morais e sociais) a viver pelo adolescente. - Neste período, sendo capaz de
pensar sobre hipóteses e de se abstrair, o adolescente vai “deslumbrar-se”
com as suas novas capacidades. - Ao contrário do que seria de
prever, esta situação vai dificultar as suas relações com os outros,
principalmente com o adulto por quem se sente incompreendido. - Outro aspecto importante destas idades
é o relevo que, em termos de socialização, tem o grupo de companheiros ou
amigos. |
Jesus Amigo e Modelo que responde às inquietações e com Ele se
compromete pessoalmente – Catequese. |

CRESCER
é um
processo contínuo de desenvolvimento físico e cultural, que avança, fase após
fase, numa sequência ordenada. A educação tem como objectivo ajudar a
desenvolver plenamente as qualidades e capacidades da criança e do jovem
permitindo a construção de uma personalidade equilibrada e adulta.
NA FÉ
o
crescimento é um processo contínuo de desenvolvimento espiritual. A formação
moral da consciência faz-se a partir dos primeiros anos. A criança aprende
observando os outros. Ela imita os adultos, especialmente, os pais. É com eles
que aprendem a ser honestos, trabalhadores, amigos dos outros, a frequentarem a
igreja, a participar na missa dominical, a receberem os sacramentos...
A formação da criança e do jovem na sua integridade –
corpo e alma – proporciona a síntese que os ajuda a integrar os valores
cristãos e a vida.
CATEQUESE
é
o ensino ordenado das verdades fundamentais da Fé; conduz ao entendimento do
plano de Deus na vida do Homem, criando gradualmente o alicerce para as várias
dimensões da vida cristã na fé adulta.
NA PARÓQUIA
célula
da Igreja, formada pelos crentes que vivem em comunidade, ligados entre si pela
Fé, amadurecendo-a pela Palavra de Deus, que se manifesta na vida de partilha,
serviço e caridade, e que tem 6 fases:
1ª fase – Iniciação ao Mistério Cristão;
2ª fase – Ser discípulo de Jesus;
3ª fase – Aprofundamento da Fé;
4ª fase – Procura do sentido cristão da vida;
5ª fase – Compromisso cristão
6ª fase – Aprofundamento, actualização e vivência.
Consulte programas
específicos para crianças, adolescentes e adultos.
Secretariado da Catequese
Paroquial com a colaboração de Carlos Loureiro, Floriza Alves e Augusta Manso.
“O 3º Milénio uma aposta cristã
para formar e dignificar o Homem”
1995-1996
PARÓQUIA DE N.ª S.ª DE
FÁTIMA
PROGRAMA DA CATEQUESE
Objectivos Gerais
1.º Sensibilizar
todos os catequistas para o tema “Educação da fé na Família”.
2.º Consciencializar os pais do seu dever como educadores
na fé e na vida social.
3.º Desenvolver actividades na catequese que suscitem a
participação dos pais e um maior empenho das crianças.
Tema Central: “O 3º Milénio uma aposta cristã para
formar e dignificar o Homem”.
1º- Sensibilização
* Ampliar as possibilidades de
realização das reuniões dos grupos dos catequistas tendo em conta as mais
diversas hipóteses de acção (semanalmente, quinzenalmente, ...).
* Investir na formação permanente dos
catequistas nas seguintes áreas: Pedagógica – Psicológica – Teológica.
* Fomentar um
maior diálogo entre pais e catequistas.
2º- Consciencialização
* Consciencializar as Famílias da sua
importante posição enquanto suporte básico de transmissão de valores tais como
o respeito pelo outro, a capacidade de convivência e a solidariedade.
* Oração Familiar
nos tempos fortes: Natal e Páscoa.
* Suscitar
interesse e participação nos dias dedicado ao Vicentino e à Cáritas.
* Estudar com os Vicentinos a hipótese
da fundação de uma Conferência Vicentina para catequisandos.
3º- Actividades
* Despertar nas crianças e adolescentes da catequese o
interesse sobre os seguintes temas:
·
Pobreza, Marginais e Excluídos Sociais;
·
Descoberta da presença “religiosa” no nosso meio;
·
Respeito
pelas diversas culturas inseridas na mesma comunidade.
* Reuniões de formação
para os pais (Como ajudar os pais para poderem realizar o acompanhamento na fé
dos seus filhos).
* Apresentar um
desdobrável com o essencial das características das crianças e adolescentes,
nas suas diferentes etapas, dentro do campo da psicologia, religião, social e
na catequese.
* Convívios e
passeio da catequese pais – crianças – catequistas.
· Maior empenhamento dos catequistas na
animação da Eucaristia;
· Participação das crianças no ensaio dos
cântico com o coro jovem;
· Participação e preparação das leituras;
· Participação preparação das diferentes
festas da catequese.
· Utilização de meios audiovisuais na
ilustração dos temas.
1º Encontro com os
Pais:
* Pré, 1º, 2º – Tema: “O seu
filho e os conteúdos da catequese para a 1ª comunhão”;
* 3º, 4º, 5º, 6º – Tema: “Conheça
o seu filho no crescimento da fé e à entrada na adolescência”;
*
7º, 8º, 9º, 10º – Tema: “O jovem e a família na maturidade cristã”.
CATEQUESE
JUBILEU DA PAZ
A PARTIR DA EUCARISTIA
1999/2000
PARÓQUIA
DE N.ª Sr.ª DE FÁTIMA
PROGRAMA DA CATEQUESE
Objectivos
Gerais
1.º Sensibilizar
todos os catequistas para o tema “Jubileu da Paz a partir da Eucaristia”.
2.º
Consciencializar os pais do seu dever como educadores dos filhos.
3.º Promover
actividades na catequese que suscitem a participação dos pais e um maior
empenho das crianças.
4º Ajudar os
catequistas a desenvolver as aptidões, a adquirir mais formação, a aprofundar
os seus conhecimentos para melhor viver e testemunhar.
Tema Central: “Jubileu da Paz”.
A) Despertar
* para a assiduidade nas reuniões de catequistas e/ou
outros meios de comunicação tendo em vista a realização de um trabalho em
conjunto;
* para uma auto-avaliação do catequista (princípios,
opções de vida, intervenção na comunidade, ...);
* para formação e reciclagem dos catequistas nas diversas
ciências humanas e religiosas;
* para a colaboração activa dos pais na catequese.
B) Criar
Situações de catequese em campo:
* Actividades com base no contacto com a Natureza;
* Actividades a partir da contemplação da Natureza;
* Caminhadas;
* Sessões ao ar livre;
* Momento de oração em contacto com a natureza;
* Celebração da Eucaristia ao ar livre.
C) Descobrir
Sendo a família a
primeira célula de formação espiritual de um indivíduo, a catequese vem sugerir
programas que de alguma forma colmate a sua ausência:
* promover a descoberta de modelos educacionais
* criar novos tecidos
de inter-relação, inventando novas redes familiares, desenvolvendo relações
saudáveis e gratuitas a partir da Eucaristia.
D) Viver
A Catequese em
campo:
a) Experiência de fé pessoal:
* envolver-se na imagem de Deus Pai, que ama até ao fim;
* aprender a
interpretar a maravilhosa Criação de Deus: o Universo;
* respeitar a
Natureza e envolver-se com ela;
* perceber a
importância dos nossos comportamentos ambientais;
* assumir
responsabilidades próprias;
* revisitar dentro de
nós próprios;
* amadurecer
atitudes.
b) Experiência de
fé comunitária:
* relacionar-se com... mais do que pensar sobre...;
* olhar
de outro modo o que nos rodeia: dar um sentido novo às pequenas coisas;
* ligar-se ao tempo,
à Natureza, aos outros, ...;
* abandonar os restos
e valorizar o essencial;
* libertar-se de
amarras secundárias;
c) Oração familiar
e partilha nos tempos fortes: Natal, Páscoa e Mês Pequenino
* encontro com os pais, catequistas e pároco;
*
convívio - passeio da catequese com os pais, crianças e catequistas;
*
celebração das Festas do Natal, Páscoa e Fim de Ano, pelos diversos sectores da
Catequese: primeira Comunhão, Comunhão Solene e Crisma.
d) Animação
extensiva a todas as idades
Paróquia
de N. Sr.ª de Fátima
4900
Viana do Castelo
Tel.:
23029-24722
CONCURSO
A
Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima vai promover um Concurso subordinado ao tema
“Natal e Família”, nos termos do regulamento em anexo, para as escolas do
Ensino Básico da área paroquial.
Trata-se de uma iniciativa
enquadrada na esfera da catequese paroquial, na área escolar, em colaboração
com as escolas, e de muito interesse para estímulo à expressão plástica das
nossas crianças, a propósito dum tema muito querido para os cristãos.
REGULAMENTO
- Podem
concorrer todas as crianças das 1ª e 2ª fases das escolas do Carmo e da
Abelheira, ou de outras escolas da cidade desde que sejam crianças que
morem nesta paróquia.
- Os trabalhos
serão apresentados em folhas de papel A4, ou de papel cavalinho, e
corresponderão apenas a desenho e pintura com uma frase sobre algo que
relacione o NATAL e FAMÍLIA.
- Os trabalhos
só serão identificados no verso com o nome do aluno, idade, fase, ano e
escola.
- Todos os
trabalhos deverão ser entregues até ao dia 10 de Dezembro, no cartório.
- De 10 a 15 de
Dezembro, os trabalhos serão
classificados por um júri especializado que atribuirá o 1º, 2º e 3º prémio
a cada fase.
- a) De
15 a 20 de Dezembro, os trabalhos serão todos expostos numa das salas do
Ozanan – Centro de Juventude.
b) Os premiados serão anunciados a 19 de Dezembro.
7. Os prémios
serão entregues no dia 10 de Janeiro.
8. Às escolas será
atribuído um prémio de participação, como no ano anterior.
9. A decisão do
júri é soberana e não admite recurso.
10. Os
trabalhos ficarão na posse da Paróquia.
11. Cada
participante poderá concorrer com 3 trabalhos, no máximo.
12. Os
casos omissos neste regulamento serão analisados e posteriormente esclarecidos
pela organização deste concurso.
CONCURSO
A Paróquia de Nossa Senhora de
Fátima vai promover um Concurso subordinado ao tema “Páscoa e Tolerância”,
nos termos do Regulamento em anexo, para as escolas de ensino da área
paroquial.
Trata-se de uma iniciativa
enquadrada na esfera da catequese paroquial, na área escolar, em colaboração
com as escolas, e de muito interesse para estímulo à expressão plástica das
nossas crianças, a propósito dum tema muito querido para os cristãos.
Como o tema da pastoral paroquial -
“Seminário, Juventude e Vocação no Ano Internacional da Tolerância” -
é um tema de difícil compreensão, na sua globalidade, para as crianças,
pareceu-nos razoável que a história bíblica de Zaqueu (Lc.19,1 – 10) fosse uma
imagem fácil para enquadramento dos aspectos mais importantes da temática: por
um lado um jovem, um pecador, um convertido e, por outro, o amor
misericordioso, a tolerância, a mudança de qualidade de vida...
Apresentamos, de seguida, alguns
aspectos introdutórios e psicopedagógicos que poderão auxiliar os senhores
professores na motivação das crianças para o trabalho.
* Toda a vida de Jesus
foi revelação do amor de Deus que é misericordioso, clemente e compassivo.
Muitas vezes afirmava que não são os sãos que precisam de médico mas sim os
doentes. Escolheu para o grupo dos Seus amigos mais íntimos um que era
considerado pecador público: Mateus, o publicano. A Sua convivência com os
pecadores escandalizava os puritanos do Seu tempo, mas o acolhimento que lhes
fazia era ponto de partida para a sua conversão. É este o caso da Samaritana,
de Maria Madalena... que descobrem em Jesus o amor misericordioso de Deus. É
este também o caso de Zaqueu.
* A presença de Jesus em
casa de Zaqueu desperta nele um desejo de mudança de vida. Perante o amor de
Deus não se pode ficar indiferente. É isto que provoca a conversão: Deus vem ao
encontro do pecador, este acolhe-O e a sua vida muda.
* O episódio de Zaqueu
não é um acontecimento isolado na vida de Jesus. Acontece o mesmo com a mulher
adúltera a quem Jesus pergunta se ninguém a condenou e acrescenta: “nem Eu te
condeno. Vai e doravante não tornes a pecar” (Jo 8,11).
*
Sendo o pecado entendido como recusa do amor de Deus, a conversão será
exactamente o acolhimento desse amor. Isto significa que o poder do amor de
Deus vence, de uma vez por todas, o pecado do Homem. Se o pecado nasce do
coração do Homem, o amor brota do coração de Deus.
* Toda a história da salvação se
resume nisto mesmo: Deus vem ao encontro do pecador para que ele se converta e
viva.
Texto Evangélico: Lc.
19,1–10
“Tendo entrado em Jericó, Jesus atravessava a cidade.
Vivia ali um homem rico, chamado Zaqueu, que era chefe de publicanos. Procurava
ver Jesus e não podia por causa da multidão, por ser de pequena estatura.
Correndo à frente, subiu a um sicómoro para O ver, porque Ele devia passar por
ali. Quando chegou àquele local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: «Zaqueu,
desce depressa, pois tenho de ficar em tua casa». Ele desceu imediatamente e
recebeu-O cheio de alegria. Ao verem aquilo, murmuravam todos entre si, dizendo
que tinha ido hospedar-Se em casa de um pecador. Zaqueu de pé, disse ao Senhor:
«Senhor, vou dar metade dos meus bens aos pobres, e, se defraudei alguém em
qualquer coisa, devolver-lhe-ei quatro vezes mais». Jesus disse-lhe: «Veio hoje
a salvação a esta casa, por este ser também filho de Abraão; pois o Filho do
Homem veio procurar e salvar o que estava perdido».
* Este anúncio da acção libertadora do amor de Deus, pode
ajudar a cultivar a esperança na força redentora de Jesus. Apesar de sermos
pecadores, Deus ama e perdoa. Se Deus faz assim connosco, com que direito somos
nós intolerantes, intransigentes?
* Se manifestarmos atitudes de tolerância e amor, sem
acepção de pessoas, as crianças verão nisso uma imagem que revela o amor de
Deus. Isto facilitará que entre as crianças haja também a capacidade de perdão,
amizade e relacionamento fraterno, como é próprio dos filhos de Deus.
* A criança vai desenvolvendo a capacidade racional e o
sentido crítico. Começa a aperceber-se da realidade de bem e mal que existe em
si mesma e nos outros. O ambiente que a rodeia é decisivo na aquisição de
critérios de discernimento. Assim, um ambiente de acolhimento, compreensão e
amor gera atitudes de serenidade, bem e paz; um ambiente contrário provoca
agressividade e mal.
* O episódio de Zaqueu e a análise das atitudes de Jesus
para com ele, ajudam a tomar consciência do mal que existe no coração humano e
favorecem a grande compreensão do amor de Jesus para com o pecador.
* Depois da apresentação do texto Evangélico, fazer por
atingir alguns objectivos de perdão, tolerância (a aceitação dos outros:
pobres, deficientes, culturas, raças e religiões diferentes), compreensão,
amor, fraternidade...
* Centrar a ideia no Zaqueu, na árvore, o motivo que o
levara a subir à árvore, o que disse Jesus a Zaqueu, o que nos diz hoje a nós,
o pecado e o pecador.
REGULAMENTO DO CONCURSO
- Podem
concorrer todas as crianças das 1ª e 2ª fases das escolas do Carmo e da
Abelheira, ou de outras escolas da cidade desde que sejam crianças que
morem nesta paróquia.
- Os trabalhos
serão apresentados em folhas de papel A4, ou de papel cavalinho, e
corresponderão apenas a desenho e pintura com uma frase sobre algo que
relacione o Páscoa e Tolerância.
- Os trabalhos
só serão identificados no verso com o nome do aluno, idade, fase, ano e
escola.
- Todos os
trabalhos deverão ser entregues até ao dia 21 de Março, no cartório.
- De 21 a 30 de
Março, os trabalhos serão classificados por um júri especializado que
atribuirá o 1º, 2º e 3º prémio a cada fase.
6.
a) De 01 a 05 de Abril, os trabalhos serão todos expostos numa das salas
do Ozanan – Centro de Juventude.
b) Os
premiados serão anunciados a 01 de Abril.
7. Os prémios
serão entregues no dia 9 de Abril.
8. Às escolas será
atribuído um prémio de participação, como no ano anterior.
9. A decisão do
júri é soberana e não admite recurso.
10. Os
trabalhos ficarão na posse da Paróquia.
11. Cada
participante poderá concorrer com 3 trabalhos, no máximo.
12. Os
casos omissos neste regulamento serão analisados e posteriormente esclarecidos
pela organização deste concurso.
Secretariado Paroquial da Catequese
Paróquia de N. Sr.ª de Fátima
4900
Viana do Castelo
Tel.:
23029-24722
CONCURSO
“Um tema para o ano de
Pastoral de 1995 /1996”
O programa de actividades pastorais duma Paróquia deve
envolver o máximo de paroquianos. É por isso que existe um Conselho Pastoral,
com cerca de 30 elementos eleitos e representativos, que se reúne e reflecte
sobre a orientação a dar à pastoral duma paróquia.
Este ano, o Conselho Paroquial de Pastoral já reuniu a
fim de reflectir sobre o programa de pastoral a iniciar em Setembro. Nessa
reunião algo foi lançado como peça importante a ter em conta na determinação do
Conselho para o próximo ano: o problema do 3º Milénio e a Erradicação da
Pobreza.
Por tudo isto, e tendo em conta que os organismos da
Paróquia estão em reflexão para a programação do próximo ano de pastoral, o
Pároco, inspirado num concurso sobre “Um slogan para Viana”, tomou a iniciativa
de o(a) consultar sobre o tema da pastoral que presidirá às actividades a
incluir no referido programa de pastoral.
Tendo em conta o que tem lido, ouvido, visto na
televisão e, dum modo especial, toda a informação e orientação do Papa sobre o
3º Milénio e ainda sobre a Celebração Internacional da Erradicação da Pobreza, participe
criando ou sugerindo um tema que envolva a Paróquia, o 3º Milénio e a
Erradicação da Pobreza, e, se puder, justifique-o com um texto, escrito à
máquina, utilizando apenas uma página duma folha A4.
Esta é uma forma de participar na organização do
programa de Pastoral para o próximo ano.
Assim, no intuito de implementar a participação
numerosa de paroquianos, a Comissão Fabriqueira promove este Concurso cujo
regulamento é o seguinte:
1 - Decorre até 24 de Junho, aberto a todos os
Paroquianos, um concurso intitulado: “Um tema para o Ano de Pastoral de
1995/1996”.
2- O trabalho
consiste na sugestão dum tema que envolva a Paróquia, o 3º Milénio e a
Erradicação da Pobreza, e um texto justificativo de uma página dactilografada
numa folha A4.
3- Cada concorrente poderá apresentar 2
trabalhos, no máximo.
4- O Conselho
Paroquial de Pastoral, com a ajuda de um júri, atribuirá até 30 de Junho três
prémios.
5- Os trabalhos assinados sob pseudónimo serão
entregues no Cartório, até 24 de Junho, em envelope fechado e endereçado ao
Concurso “Um tema para o ano de Pastoral 1995 / 1996”. Dentro do
envelope, contendo os trabalhos, será introduzido outro envelope com o
pseudónimo, nome, telefone ou morada do concorrente.
6- O Júri não
atribuirá prémios se faltar aos trabalhos qualidade e originalidade, e os
trabalhos serão pertença da Organização, que resolverá também casos omissos que
apareçam.
1996
A
Comissão Fabriqueira
Paróquia de N. Sr.ª de Fátima
4900
Viana do Castelo
Tel.:
23029-24722
Ex.mo(a) Senhor(a):
Pretende a Comissão Executiva das Comemorações dos 25
Anos da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima levar a efeito um concurso a nível
dos Alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico subordinado ao tema “A Paróquia vista pelas
crianças”.
Este concurso tem como objectivo: Sensibilizar as
crianças para o Património Cultural, Artístico e Religioso da região e, mais
concretamente, desta área da cidade correspondente à Paróquia de Nossa de
Fátima.
Vimos, por isso, formular ao corpo docente dessa Escola,
colaboração e empenho na motivação das crianças para a elaboração dos trabalhos
a apresentar a concurso.
Regulamento
do Concurso
1. Trabalhos
individuais em:
- Expressão Plástica ( aceitam-se
todas as técnicas usadas);
- Expressão literária ( Prosa e/ou Poesia).
2. Apresentação
dos trabalhos em formato A4 (quer para texto, quer para expressão plástica).
3. Identificação
do trabalho no verso de cada folha (nome, idade, sexo e fase).
4. Entrega
dos trabalhos até 20 de Maio de 1992 no escritório da Paróquia de Nossa Senhora
de Fátima.
5. A
Comissão entregará para avaliação ao júri no dia 21.
6. A
Comissão reserva-se o direito sobre o trabalho.
7. Atribuição
de prémios até ao 3º classificado, em cada modalidade e em cada fase, sendo ao
todo 12 prémios:
* 1º Prémio – Rádio/Gravador
* 2º Prémio – Gravador
* 3º Prémio – Rádio
8. A escola será contemplada com um prémio de
participação.
9. Exposição
dos trabalhos:
- Abertura: dia 1 de Junho de 1992 (
Dia Mundial da Criança)
- Local: Ozanan-Centro de Juventude.
10. Entrega dos prémios:
- Dia 1 de Junho de 1992, pelas 16h00,
no local da exposição.
11. Serão
excluídos todos os trabalhos que não correspondam aos requisitos deste
regulamento.
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua
da Bandeira, n.º 639
4900
VIANA DO CASTELO
Cartório: Tel. /
Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Ao Notícias de Viana
“A Paróquia vista pela Criança”
No âmbito das comemorações jubilares da Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima, foi levado a efeito, nas Escolas do Ensino Básico da
área da Paróquia, um concurso subordinado ao tema: “A Paróquia vista pela
Criança”. Depois de apurados os trabalhos, dos cerca de 200 concorrentes,
o júri composto por: Henriqueta Santos e Albino Ramalho, atribuiu prémios aos
trabalhos dos seguintes alunos:
1ª Fase – 1º Prémio – António Pedro Andrade, da Escola do
Carmo.
2º
Prémio – Pedro Miguel Guerreiro, da Escola da Abelheira.
3º
Prémio – Diana Torres, da Escola da Abelheira.
2ª Fase – 1º Prémio – Ana Patrícia Gonçalves, da Escola
da Abelheira.
2º
Prémio – Ana Cristina Rocha, da Escola da Abelheira.
3º
Prémio – Susana Ribeiro, da Escola do Carmo.
No dia 1 do corrente mês – DIA MUNDIAL DA CRIANÇA – os
trabalhos dos concorrentes foram expostos na biblioteca do OZANAN-2, sendo a
exposição aberta pelo Director Escolar e pelo Monsenhor Reis Ribeiro, Vigário
Episcopal para a Cultura e Educação na Fé, pelas 15h30, com a presença de
muitas crianças, alguns professores e familiares.
A Exposição do certame estará aberta ao público no
horário normal do OZANAN, até ao dia 8 às 17h00.
Na continuação das comemorações, a Comissão executiva está
agora a trabalhar para o teatro-revista dos 25 anos, a realizar no Teatro Sá de
Miranda, a 10 de Outubro, assim como na organização da exposição etnográfica,
em Setembro, integrada nas festas de Nossa Senhora das Necessidades, na
Abelheira.
01/06/1992
O ESCUTISMO ...
A
PARÓQUIA E A CATEQUESE
O Padre e Professor Dr. Jorge Barbosa,
assistente regional do Escutismo, esteve presente nas comemorações do 10º
aniversário da fundação do Escutismo e sobre ele se dirigiu aos presentes com o
tema em epígrafe, que achamos por bem reproduzi-lo.
O escutismo é um movimento de âmbito
mundial que visa a formação integral da pessoa humana, nomeadamente na infância
e na juventude. Pela sua natureza e por vontade fundacional de Baden-Powell,
trata-se de um movimento que implica uma vivência religiosa, embora não seja
expressamente confessional. Assim sendo, é importante que todo o escuta tenha
uma religião, segundo o exemplo do fundador que era um homem de confissão
protestante com profundas vivências e convicções. No caso do escutismo
português temos duas situações: uma, a dos Escuteiros de Portugal (A.E.P.) que
se apresenta como aconfessional; outra, que é o caso presente do Corpo Nacional
de Escutas (C.N.E), por definição e por opção fundacional, um movimento da
Igreja Católica.
1. O Escutismo como proposta educativa
A
missão do escutismo é educar através da acção, pelo que se trata de um
movimento que visa actividades essencialmente práticas, através das quais a
criança e o jovem vão descobrindo o mundo, a sociedade dos homens e seus
relacionamentos, seu lugar e a própria acção de Deus no mundo e na sociedade
dos homens. Embora o lado visível do escutismo seja, em muitos casos, o de um
grupo constituído por jovens fardados que aparecem em grandes manifestações religiosas
e sociais, o escutismo não é a “tropa do senhor prior”, não serve para adornar
nem garantir a segurança ou a organização de procissões, não serve para
alimentar fanfarras, nem muito menos se limita a fazer acampamentos e
caminhadas (“raids”) pelas montanhas. Como diz Baden-Powell, em carta dirigida
aos pais dos escuteiros, o escutismo “não é uma ocupação de tempos livres
para meninos desocupados cujos pais não sabem o que fazer deles”. É verdade
que muito do que acabámos de dizer pode fazer parte da actividade escutista,
mas não constitui, de facto, o mais importante, e sua essência. O escutismo é “uma
escola de formação humana integral empenhada no desenvolvimento das capacidades
que se encontram em cada pessoa, sobretudo se se trata de jovens, de adolescentes
ou de crianças porque são as personalidades a abrir e a florir para a vida”.
O
enquadramento do escutismo num projecto educativo, nas circunstâncias e
condicionantes da sociedade actual, encontra-se claramente definido no
documento da Conferência Episcopal Portuguesa que afirma: “os jovens estão
na idade de construir o futuro e de definir um projecto pessoal de vida. Nessa
fase de determinação do rumo da existência, são influenciados pelos modelos
apresentados pelos adultos, pelos valores veiculados pelo ambiente social e
pela orientação das instituições educativas. Ora a influência do ambiente
social e cultural é hoje muito complexa e diversificada. Anos atrás a
orientação educativa vinha predominantemente da família, da escola e da igreja.
Nos últimos tempos, porém, a juventude adquiriu maior autonomia face a estas
instituições e tornou-se muito mais dependente da moda, dos grupos, da
televisão e do ambiente social. A família, ameaçada pela dispersão, nem sempre
se apresenta capaz de transmitir valores e referências éticas. A escola, que se
prolonga por um leque etário mais amplo, não resolve completamente a educação
moral. A catequese paroquial, só por si, apesar do esforço de renovação, não
alcança todos os frutos desejados. A televisão exerce uma influência mais
profunda, mas nem sempre positiva”.
“Variadas
análises sociais chamam a atenção para a crise de valores da actual cultura
massificada: o hedonismo, o culto do corpo e da aparência exterior, o
prevalecer dos direitos individuais sobre os deveres, a tentação do dinheiro
fácil, a febre do consumismo, o imediatismo, a tendência para o erotismo e para
o luxo. Este ambiente cultural favorece o aparecimento de um tipo de pessoa com
algumas características predominantes: a superficialidade, o narcisismo, a
frivolidade, o vazio de referências éticas, a contestação da autoridade, a
permissividade moral.”
Em contraposição, ao praticar uma pedagogia activa, o
escutismo conduz os seus membros a tornarem-se protagonistas do seu próprio
crescimento. É pelo contacto, pelo convívio, pelo estímulo à acção, pela vida e
actividade em equipa, pelo sistema de patrulhas, pelo exemplo dos mais velhos,
a começar pelos dirigentes, que o escutismo se propõe como itinerário educativo
que acompanha tanto a infância como a adolescência e a juventude e os orienta
para a adesão a um ideal caracterizado por grandes valores éticos, humanos e
cristãos: a solidariedade caracterizada na “boa acção” quotidiana
e no serviço gratuito; a vida em comunidade, na alcateia, no bando, na
patrulha, na equipa onde se aprende a viver em sadio relacionamento; a
fraternidade universal sem distinção de classes, raças, credos
ou ideologias; o espírito de observação e de criatividade; a
consciência da dignidade e da liberdade pessoais; a vivência da fé
através de uma descoberta do outro e de Deus, no contacto com a natureza e os
seus valores, e de uma vivência em comunidade que desperta para o conhecimento
do próximo que os leva a descobrir também o amor de Deus. O método educativo
atrai os jovens, pois valoriza o jogo no sentido de desenvolver as
atitudes do ideal escutista codificado na Lei e na Promessa que lhe dá vida.
O escutismo “surge como oportunidade de
desenvolvimento de capacidades físicas e virtudes de carácter, pela exigência
que caracteriza as suas mais típicas actividades e pela disciplina que pede aos
seus membros. Afirma-se como escola de cidadania pela educação para a
participação, para o serviço e para a solidariedade, na correcta articulação
com a liberdade e a responsabilidade do indivíduo e do grupo que constitui uma
experiência primária na prática escutista. O respeito pela natureza e o cultivo
de uma sadia consciência ecológica são tónicas fundamentais do seu ideário e da
sua acção, constituindo um dos principais atributos da imagem do escutismo. A
referência ética constante a um quadro de valores e a abertura espiritual e
religiosa que lhe são próprias conferem, também, à sua acção educativa um
alcance inquestionável nas actuais circunstâncias”.
Deste modo, o escutismo, para além de oferecer uma
metodologia e uma proposta adequada às exigências educacionais do mundo de
hoje, apresenta-se, pelas suas características profundamente humanas, aliadas a
uma valoração das dimensões espirituais, como um movimento de fronteira
entre a Igreja e o mundo actual: se por um lado ajuda o adolescente e o
jovem a descobrir os valores espirituais, através do contacto com o mundo seja
pelo contacto com a natureza, seja pela utilização dos recursos do
desenvolvimento técnico e tecnológico, seja pelo contacto com os homens na sua
normal actividade, por outro lado ajuda ainda a dar uma dimensão prática
adequada às exigências e aspirações dos homens de hoje dos principais valores
da fé propostos pelo evangelho. Por isso mesmo, como continua o mesmo documento
“na práxis educativa, os valores intrínsecos ao espírito escutista hão-de
receber uma iluminação cristã que lhes confira um horizonte de transcendência e
uma referência cristológica e eclesial capaz de oferecer, mais que uma
mundividência, uma espiritualidade”.
2. O
ideal escutista e o Cristianismo
O projecto escutista é portador de um ideal que o torna
capaz de oferecer a um mundividência caracterizada, como vimos, pelos valores
humanos que dialogam com os valores da fé. O cristianismo, por sua vez, defende
não só a fidelidade a Deus, mas também orienta para a fidelidade ao homem. Está
ao serviço da verdadeira fraternidade e da liberdade responsável, quer educar
na convivência pacífica e justa de todos os homens para além das raças e dos
grupos étnicos. Dá origem à vida comunitária assente no diálogo, na partilha
fraterna e no serviço mútuo. Ora, todos estes valores se apresentam também como
característica essencial da proposta escutista como afirma a Carta
Internacional Católica do Escutismo. O método escuta, pela sua pedagogia
comunitária, a sua educação pela acção, pelo exercício da responsabilidade,
pelo compromisso da promessa e pelo progresso pessoal, coincide com as
preocupações educativas da Igreja.
Esta convergência natural supõe, no escutismo católico,
uma articulação intencional entre o ideal deste movimento e o cristianismo.
Concretamente, o ideal de “servir” que é a característica primeira do escutismo
torna-se mais perfeito quando o escuteiro se identifica com Jesus Cristo que
“veio para servir e não para ser servido” (Mt. 20, 27-28) e o mandato da
caridade como razão e fundamento do seu cumprimento. Da mesma forma, o respeito
pela natureza e a consciência ecológica adquirem outro alcance e outro apoio se
entendidos e vividos no contexto da teologia da criação e da responsabilidade
co-criadora do homem pelo cosmos (Gén. 1, 28-30) e alimentadas pela esperança
escatológica de “novos céus e nova terra” (Ap. 22,1).
Mas se a fé cristã ilumina e solidifica os valores
próprios do escutismo, também o escutismo oferece um método educativo que
permite vivenciar a mesma fé e fazer a experiência das atitudes e dos
comportamentos da fé ao longo do crescimento da pessoa, conduzindo deste modo a
um efectivo processo de crescimento e amadurecimento cristão. A Promessa escutista
e o cumprimento da Lei afirma-se como possibilidades de ensaiar a adesão
ao Deus da Aliança e ao compromisso ético dela decorrente. A “boa acção
diária” torna-se educação para a caridade gratuita e para a imitação de
Jesus Cristo, o Servo. O acampamento e o contacto com a natureza servem
como aprendizagem de Deus criador e do cuidado com a criação como tarefa de fé,
e ao mesmo tempo como exercitação da austeridade e da capacidade de sacrifício.
O Sistema de patrulhas permite a experiência da comunhão, da
co-responsabilidade, não só na perspectiva do empenhamento social, mas também
da pertença à comunidade eclesial. A experiência da fraternidade mundial
escutista é mediação para experimentar a catolicidade da Igreja, para o diálogo
ecuménico e inter-religioso e para crescer nas atitudes da tolerância e da
solidariedade internacional. O Progresso (conjunto de provas para cada
idade) ajuda a entender a existência cristã como caminho de aperfeiçoamento
integral continuado e nunca concluído. O Projecto (método de
planificação e realização de actividades) desenvolve a consciência da vida como
resposta a uma vocação e suscita e desenvolve as atitudes fundamentais de
liberdade e responsabilidade.
3. O
Escutismo como movimento da Igreja
Vimos a profunda ligação do escutismo com a doutrina
cristã, e particularmente a sua articulação com a pedagogia da fé. Falar-se do
Corpo Nacional de Escutas como movimento da Igreja Católica significa, antes de
mais, que a Igreja se identifica com os ideais de formação preconizados pelo
movimento escutista, e mais ainda significa que o movimento escutista
desenvolve, por si mesmo, o sentido de comunidade e eclesialidade que o
constituem como verdadeiro movimento construtor de Igreja, um movimento
eclesial. Como diz a Carta Apostólica “Chistifideles Laici”, é sempre na
perspectiva da comunhão e da missão da Igreja e não, portanto, em contraste com
a liberdade associativa, que se compreende a necessidade de claros e preciosos
critérios de discernimento e de reconhecimento das agregações laicais, também
chamados “critérios de eclesialidade” que são: o primado da vocação à
santidade, manifestando nos frutos da graça que o Espírito Santo produz nos
fiéis; a responsabilidade de professar a fé católica acolhendo e
testemunhando a verdade sobre Jesus Cristo, sobre a Igreja e sobre o Homem em
obediência ao magistério da Igreja que autenticamente a interpreta; a conformidade
e a participação na finalidade apostólica da Igreja que é a evangelização e
santificação dos homens e finalmente o testemunho de uma comunhão sólida e
convicta em relação filial com o Santo Padre como centro perpétuo e visível
da unidade da Igreja universal e com o Bispo Diocesano “princípio visível e
fundamento de unidade da igreja particular” e na “estima recíproca entre
todas as formas de apostolado na Igreja”. Tudo isto implica uma sintonia
com os ensinamentos da Igreja, implica um enquadramento nos projectos e
programas pastorais de uma Diocese, implica uma articulação com as actividades
de uma paróquia.
4. Escutismo
e Paróquia
Como movimento eclesial, o C.N.E. deve integra-se na
pastoral de conjunto da Paróquia e da Diocese, em articulação e
complementaridade com outros organismos que colaboram na missão da Igreja,
sobretudo na evangelização dos jovens. Uma dimensão importante de fé cristã que
o escutismo católico precisa de cultivar nos seus membros é a comunhão eclesial
e a consciência de pertença à Igreja. Jesus Cristo continua presente na
história e vem ao encontro das pessoas de todos os tempos através da Igreja. A
própria organização escutista assume as diferentes dimensões da vida da Igreja,
numa articulação com os diversos níveis da hierarquia, quer enquanto movimento
mundial com as suas estruturas próprias, que se identifica com a própria
catolicidade da Igreja, quer a nível nacional, ao nível das Regiões que se
articulam com a dimensão diocesana dos movimentos apostólicos, quer ainda ao
nível dos Núcleos onde as necessidades geográficas exigem a constituição de
zonas pastorais, quer, finalmente, ao nível dos Agrupamentos que devem
coincidir com as paróquias e integrar a sua actividade nos respectivos
programas pastorais. Em todos esses níveis, o escutismo pode e deve integrar-se
e colaborar mesmo com outros grupos, dentro de um reconhecimento recíproco da
pluralidade dos organismos e das formas agregativas dos fiéis. Daqui deriva uma
relação particular com as estruturas da paróquia e uma colaboração dentro de um
plano pastoral da responsabilidade do Pároco que é normalmente o Assistente do
Agrupamento.
4.1 – A relação do Escutismo com o Pároco e com a Paróquia
A comunhão eclesial não termina na fraternidade de
cada unidade ou agrupamento, mas realiza-se também na pertença a uma paróquia.
É na paróquia que o Escutismo católico faz habitualmente a experiência da
eclesialidade, de ligação ao povo de Deus. Na paróquia encontra o espaço físico
(sede), a possibilidade de uma formação cristã de base (catequese), a
celebração dos sacramentos, o ambiente eclesial e os vários serviços
comunitários em que pode colaborar (acção socio-caritativa, liturgia,
catequese, etc.). É ainda na paróquia que pode encontrar os dirigentes
responsáveis e bem formados. Ao mesmo tempo um projecto pastoral bem organizado
e definido pode ser assumido e integrado na “pedagogia do projecto”
característico da metodologia escutista. É por isso que devem as paróquias
fazer um esforço por organizar no seu seio e apoiar o escutismo católico, pois
este movimento constitui um fermento de vitalidade e dinamismo eclesial. A
educação humana e cristã das novas gerações é a melhor garantia do futuro da
paróquia.
4.2 – Participação do Agrupamento na Pastoral de conjunto
Como foi afirmado anteriormente, a pedagogia do
Projecto pode perfeitamente articular as actividades e a formação dos
escuteiros com a actividade pastoral de uma paróquia. É por isso que a
Conferência Episcopal Portuguesa sugere que cada Agrupamento procure
desenvolver em todos os seus membros o sentido de pertença e de colaboração
empenhada na paróquia, orientando-os nomeadamente:
a) para a frequência do itinerário completo da
catequese que estrutura a formação
cristã de base e conduz ao complemento de iniciação cristã. Isto implica não
apenas uma participação nas actividades da catequese por parte dos mais jovens
(Lobitos e Exploradores) como implica uma participação dos Pioneiros e
Caminheiros na caminhada de formação cristã que não deve terminar nunca com a
Primeiras Comunhão ou na Profissão de Fé, o que permite seguir a verdadeira
“pedagogia do progresso” escutista ao nível do crescimento na fé. Esta mesma
caminhada catequética e “progresso” escutista desenvolve-se e orienta-se por
sua vez.
b) Para a participação activa na celebração dominical
da Eucaristia, fonte e centro da vida
cristã, e encontro festivo com Deus e com a comunidade. Os agrupamentos do
C.N.E. devem considerar a Eucaristia dominical como o polo à volta do qual se
ordenam as outras actividades. Isto quer dizer que o escuta deve ser um dos
primeiros a exercer uma activa, habitual e frutuosa
participação na Eucaristia, não apenas como membro da Assembleia cristã
dominical, mas colaborando ao nível dos diferentes ministérios que lhe são
proporcionados: Leitor, Cantor, Acólito. Quer isto dizer que a presença do
escuteiro na Eucaristia dominical não deve limitar-se de modo nenhum aos dias
de Reunião de Piedade, aos momentos em que, fardado, participa em lugar
especial na Eucaristia, nem muito menos quer dizer que quando os escuteiros
participam e animam a Eucaristia dominical, esta se tenha de orientar apenas e
só por critérios de mística escutista. A participação na Eucaristia orienta
todos os cristãos, e muito particularmente os escuteiros.
c) Para a presença activa e responsável nos grandes
acontecimentos da vida da família
paroquial. Estar presente nos grandes acontecimentos não significa apenas
participar nas procissões com fanfarras e tudo o mais, mas sobretudo assumir
uma presença colaborante nas grandes iniciativas ao nível da paróquia sejam
elas de carácter socio-caritativo, litúrgico, celebrativo, elaboração e funcionamento
das estruturas da mesma paróquia, etc.
4.3 – O papel do Chefe de Agrupamento como garante da
eclesialidade
Toda esta actividade e integração do Agrupamento na
Paróquia depende da acção de duas entidades principais: o chefe de Agrupamento
e o Assistente que é o Pároco, na maior parte das vezes. O Chefe de Agrupamento
é, em virtude do perfil exigido pela própria estrutura do escutismo, uma
personalidade que deve impor-se pela preparação e pela experiência, embora se
deva inserir dentro do quadro dos demais dirigentes. É destes dirigentes que
depende de maneira preponderante a capacidade de formação e de evangelização do
C.N.E, como diz C.E.P. que continua: “são eles que dão forma concreta à
pedagogia do escutismo católico exercem uma influência marcante no estilo e nos
frutos de cada Agrupamento”.
A formação sólida dos Chefes de Agrupamento integra
concretamente: a formação cristã de base que fundamenta a identidade cristã,
mas inclui também uma formação especializada em ordem a conhecer por dentro o
projecto educativo do escutismo (C.I.P. para todos os dirigentes; C.A.P. para
todos os chefes de unidade ou secção e C.A.L. para os Chefes de Agrupamento)
podendo-se mesmo acrescentar a formação permanente que conduz a um
aperfeiçoamento contínuo das capacidades educativas (C.A.F. que integra o nível
da formação de formadores e aprofundamento da formação pessoal).
Como orientadores de um movimento católico, os Chefes
de Agrupamento são chamados a participar activa e responsavelmente na missão da
Igreja e a situar-se na renovação pastoral exigida pela nova evangelização. As
sua acção como dirigentes e uma participação no apostolado dos leigos como
refere a Carta Católica do Escutismo, n.º 6: “Os chefes católicos que
assumem esta tarefa educativa colaboram na missão confiada por Cristo à sua
Igreja. Exercem a sua responsabilidade de acordo com o seu Bispo e colaboram
com os Assistentes. Esta tarefa dá-lhes um lugar no apostolado dos leigos”. Compete
particularmente ao Chefe de Agrupamento esta articulação com os demais agentes
da acção pastoral da comunidade cristã, na medida em que, por um lado
representa o Agrupamento nas instituições da paróquia como o Conselho Pastoral,
por exemplo, ao mesmo tempo que serve de ponte entre as mesmas instituições e
organismos e o Agrupamento com as suas diferentes actividades e os demais
Dirigentes escutitas.
4.4 – O Assistente como Animador da Educação dos jovens
Se é verdade que a missão educativa do escutismo,
mesmo ao nível religioso, pertence aos Dirigentes leigos, há uma figura fundamental
em qualquer Agrupamento e na actividade escutista que se constitui como um
ponto de referência: o Assistente. Enquanto membros da equipa de chefia de um
Agrupamento ele não se reduz à figura de um capelão que “injecta um algo de
religioso” nas actividades escutistas, mas a sua missão é “revelar o sentido da
fé e viver ele próprio a experiência da comunhão”.
Mais do que isso, a garantia de eclesialidade na
actividade dos Agrupamentos depende em grande parte da articulação do Chefe de
Agrupamento com o respectivo Assistente, pelo que este deve sentir-se muito
próximo da vida e acção do Agrupamento e da sua articulação com as demais
actividades da paróquia. Ao Assistente compete ser o sinal que dá ao
Agrupamento aquele sentido de comunidade mais alargada, onde ele pode
relacionar-se com Jesus Cristo. Como diz a Nota Pastoral dos Bispos
Portugueses, “os Assistentes eclesiásticos desempenham no C.N.E, a formação
adequada dos dirigentes leigos são alguns dos aspectos que precisam do apoio,
da presença e do cuidado pastoral do Assistente. A renovação do escutismo
católico em ordem aos desafios da nova evangelização depende em grande parte da
preparação e da dedicação dos Assistentes eclesiásticos tanto a nível paroquial
como diocesano e nacional. Neste momento, os Assistentes são chamados a prestar
especial atenção ao crescimento da dimensão espiritual, à educação para os
valores humanos e cristãos, à renovação e actualização dos rituais para os
momentos celebrativos, e a velar, sobretudo, pela formação dos Dirigentes,
actualizando e acompanhando os cursos destinados a este fim. Esta amplitude de
tarefas e responsabilidades dos Assistentes reclama da parte destes um trabalho
em equipa tanto a nível nacional como a nível regional”.
A participação dos Assistentes na vida do Agrupamento
passa efectivamente por uma proximidade tão grande quanto possível, das
actividades do mesmo. Para tal, pretende-se que o Assistente seja capaz de
nutrir um grande amor pela juventude, compreendendo os jovens tais quais são
para os levar a ser o que devem ser; esse amor e interesse implicam uma
presença frequente tanto na sede como nas actividades de exterior e mesmo nos
acampamentos. Deve participar nas reuniões de Dirigentes onde tem lugar por
direito próprio, bem como nas reuniões de pais, tanto no sentido de dar apoio,
como de lhes proporcionar a adequada formação ao nível da fé de tal modo que os
Dirigentes e Pais a possam transmitir depois aos mais jovens. A necessária
autonomia e liberdade que deve caracterizar as actividades das associações de
leigos e, em particular, o escutismo católico, não deve degenerar num
desinteresse ou alheamento dos Assistentes para com as actividades do mesmo
escutismo. Sabemos das particulares limitações e dificuldades dos Agrupamentos
em responder às novas exigências da educação dos jovens e da necessidade
premente de uma preparação dos Chefes e Dirigentes para uma eficaz pedagogia
aos diferentes níveis, incluindo o crescimento na fé. Daí que se torne urgente
exigir dos Párocos e Assistentes uma nova consciencialização para as
responsabilidades que assumem ao ter o Escutismo na sua paróquia, ao mesmo
tempo que lhes asseguramos, como escuteiros, uma cooperação eficaz e
actualizada bem como uma fiel colaboração numa das tarefas mais prementes de toda
a actividade paroquial: a educação integral e a valorização da pessoa humana e
particularmente da juventude bem como a edificação de uma base sólida para a
formação do sentido de comunidade, de solidariedade, de cooperação, de
dinamismo, de iniciativa, de altruísmo, de entrega desinteressada ao serviço
dos outros.
5. Conclusão
Numa análise pertinente aos problemas de que sofre a
sociedade portuguesa actual, a Conferência Episcopal publicou, em Maio passado,
uma Nota Pastoral “Crise de Sociedade, crise de Civilização”,
particularmente comentada pela sua pertinência e mesmo contundência de
linguagem. Aí se afirma, entre outras coisas, que: “na nossa sociedade
sente-se cada vez mais que as regras inspiradoras dos comportamentos, as
próprias leis, e o sentido global da vida individual e comunitária deixaram de
se inspirar em padrões éticos de valores, num quadro cultural que defina um
projecto e um ideal, na linha da nossa tradição cultural e decorrem ao sabor de
critérios imediatistas e pragmáticos onde não se escondem intenções de alguns
grupos de provocar rupturas fracturantes em relação à tradicional cultura
portuguesa, ou mesmo em relação à influência da doutrina da Igreja na
sociedade; (...) a toxicodependência e a delinquência juvenil alertam para uma
crise de juventude cuja solução é dificultada pela falta de apoio e protecção à
família e pela ausência de uma ousada e inovadora concepção da política de
educação; a globalização acentuada com a mediatização da vida fez surgir novos
poderes fragilizando aqueles em que tradicionalmente assentava a harmonia da
sociedade; o poder político está fragmentado e enfraquecido; há sintomas
preocupantes de perda de confiança nas instituições, há cada vez mais margem
para a ilegalidade e para a anomia.”
Ao mesmo tempo, a situação de desequilíbrio e
instabilidade internacional provocada pelos atentados de 11 de Setembro contra
as “Torres Gémeas” de Nova York, para além das fragilidades de um sistema que
colocava a América como centro do mundo e referência única dos padrões de
comportamento ao nível global, onde o poder do dinheiro dominava todos os
outros valores, vem revelar uma sociedade e uma cultura ocidental assente
“numa Europa amorfa, lente, gordurosa de palavras e raquítica de carácter, que,
enquanto tal, só existe nos tratados e nos directórios europeus, mas que não
existe na sociedade e deixou de fazer história.” Fala-se à saciedade de
taxas, de percentagens, de moeda, de quadros comunitários de apoio, de regiões,
de coesão e de programas. Ao mesmo tempo minguam as referências éticas,
valorativas, geracionais, familiares – coisas por certo antiquadas para alguns
– e definha o caudal que gerava lideres capazes de unir, robustecer, encorajar
e orientar as pessoas. Asfixiadas por um indiferentismo que adormece, anestesia,
fere e até deixa matar, as sociedades democráticas, livres e abertas não estão
preparadas para combater o mal nas suas mais insidiosas e paradoxalmente mais
artesanais cobardias.
À perplexidade dos analistas, perante a incapacidade
em responder a estas novas situações, dada a falência dos sistemas de educação
e de construção da sociedade, respondemos nós, escuteiros, com a capacidade
mobilizadora do escutismo como escola de educação da juventude, com a
capacidade de formação de lideres capazes de entusiasmar os mais jovens face
aos valores da solidariedade e do serviço. Apresentamos um ideal de vida e um
movimento que não deixou de modo nenhum morrer os valores por que pode e deve
orientar-se a formação dos jovens; um movimento que sempre lutou contra a inércia
e o indiferentismo, um movimento para quem continuam sagrados os ideais da
cidadania porque “o escuta é bom cidadão”, os valores de cada povo
porque “o escuta é filho de Portugal”, os valores da família porque “o
dever do escuta começa em casa”, valores estes expressos nos Princípio e na
Lei que constituem a base da formação do escutismo; um movimento que, face ao
relativismo religioso e perante a anomia ou falta de referências éticas, leva a
que os jovens “se orgulhem da sua fé e por ela orientem toda a sua vida”.
Seguindo o desafio que Baden-Poowell nos deixou como
testamento, vivemos o ideal e o programa de vida de “deixar o mundo um pouco
melhor do que o encontrámos”, assumimos a responsabilidade de, como
movimento da Igreja católica, contribuir para o crescimento na fé e na caridade
daqueles com quem trabalhamos e no meio em que nos inserimos. Cremos que as
paróquias muito podem esperar dos escuteiros, mas também esperamos que as
mesmas paróquias e outras instituições da Igreja assumam as suas responsabilidades
para que, nesta igreja-comunhão, possamos realizar as nossas tarefas uns com os
outros, em ordem aos objectivos que nos propomos: ser homens melhores, ser
cristãos mais conscientes, ser afinal mais santos como Deus quer de nós.
Jorge Alves Barbosa,
Assistente Regional do C.N.E.
Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima
Contribuinte n.º 501 171 762
Ao Chefe de Agrupamento
N.ª Sr.ª de Fátima
Eng. Joaquim Flores
Assunto:
Frequência da Catequese.
Conforme é de conhecimento geral, o Escutismo não
substitui a Catequese, nem a Catequese o Escutismo. São coisas completamente
diferentes.
O facto de um jovem estar no
escutismo católico não o dispensa de frequentar a catequese, após os 14 anos,
porque, segundo as normas o escutismo, deve acompanhar o ritmo normal da
catequese, que são 10 anos, até ao Crisma e não até aos 14 anos, como era
antes.
Aquilo que eu tenho exigido é que não haja progressão no
Escutismo se não houver frequência normal de catequese, ainda que não seja
nesta Paróquia. Essa frequência deve ser certificada, por escrito, pelo pároco
para não haver equívocos e acontecer o que já me atiraram à cara... Seja em que
idade for!
Acontece, porém, que o mesmo pode não acontecer a quem
não faz promessa ou avança de posto. Aceita-se, naturalmente, uma renovação de
compromisso que não vai ter valor na progressão do escuta, isto é, se quiser
avançar no futuro não o poderá fazer só porque fez renovação, terá de ter o
certificado do Crisma, pois qualquer escuteiro, e muito mais um dirigente compromete-se,
perante a Igreja, a ser formador na fé, isto é, assume compromissos de ser
participante no Apostolado dos Leigos, dando exemplo de prática religiosa,
dominical, etc., ...
Portanto, há tarefas apostólicas que os escuteiros
assumem. Por esse facto tem de seguir o ritmo normal da catequese desde o 1º
ano até ao Crisma.
Fique certo: Uma renovação pode ser feita em qualquer
altura, mesmo sem frequência da catequese, até para acolher. Além do mais, deve
ter sabido antes as regras...
A propósito dos divorciados. Ainda não li porque teria de
andar à procura da revista. Apeteceu-me falar logo, mas os divorciados “recasados”
(divorciados diferentes de anulações)têm de ser afastados do escutismo.
Particularmente penso que um
divorciado que apenas o está de facto, ou até de direito, mas mantêm-se ambos
vivendo como solteiros – não “recasados” -
(ou só o escuteiro), que as coisas poderão ser diferentes em relação ao
que está de novo casado.
Quanto ao exemplo, por
hipótese, que o Veiga apresentou, se a mulher foge de casa e ele fica em casa.
Se ele volta a casar, afasta-se do escutismo. Se não se casasse outra
vez poderia ser dirigente, quer houvesse ou não consumação de facto ou de
direito. Esta é a minha opinião, salvo outras orientações de especialistas em
Moral e Direito Canónico.
É tudo o que me parece dizer sobre a reunião.
Pareceu-me que o Eng.º Flores estava também dentro deste
espírito, por isso, eu disse concordar “in genere” com ele, mas gostaria de
repensar melhor sobre o que ouvi.
Se não fui claro, posso esclarecer, mas dado a Ângela me
ter pedido a resposta no outro dia, no fim da missa, é porque talvez tivesses
pressa nela. Aí vai com um grande abraço de respeito, admiração e gratidão.
Acerca da minha saída em Julho deve ser por volta do 30 ou 31, daí
que as promessas possam ser mesmo no Campo. É ponto assente? Já escrevi na LUZ.
06/05/2003
P.e Artur Coutinho
CAPÍTULO V
A PARÓQUIA E A
LITURGIA
LITURGIA
A propósito
desta vertente de pastoral da Igreja, transformou-se, em 1979, o modo de
realização das celebrações, quer a nível geral, quer a nível de catequese.
A Liturgia é a expressão da fé
vivida na Comunidade. Para o efeito, procuramos sempre que, para além da
formação catequética, se realizassem acções de formação litúrgica, domingo a
domingo. Por aí começou a nossa grande renovação.
Primeiramente, uma equipa de
liturgia reunia todas as semanas.
Depois, apareceu a “Luz Dominical” a
dar alguma informação escrita, no decorrer das celebrações eucarísticas, em
relação aos cânticos, às leituras e aos tradicionais “avisos” dominicais.
Realizarem-se encontros de animação
de Leitores (neste momento vai já no 5º Curso de Leitores), trabalhos
partilhados, formação de Ministros da Comunhão, formação de Acólitos seniores e
juvenis, Cantores, Ostiários, Zeladores, uma equipa de acolhimento à porta da
igreja.
Criaram-se momentos de oração em
épocas sensíveis como a Quaresma.
Valorizam-se festas de comunhões com
rituais mais adequados, festas de Catequese, assim como a Liturgia do
Sacramento do Baptismo e do Matrimónio.
Cunharam-se medalhas, em bronze,
prata e ouro, apropriadas às celebrações do Casamento, Bodas de Prata e Bodas
de Ouro Matrimoniais.
No Dia da Sagrada Família,
anualmente, celebramos o 1º aniversário de casamento dos matrimónios feitos
naquele ano e Bodas de Prata e de Ouro.
Organizam-se procissões de velas,
Vias-Sacras, na Igreja ou nas ruas da Paróquia, onde se empenham jovens e
crianças. Nas Sextas-feiras da Quaresma tem sido exposto o Santíssimo
Sacramento à devoção dos fiéis que desejam.
Valoriza-se a missa da Catequese, às
11 horas, e a missa da Juventude, às 12 horas.
Para o efeito, equipamos a Igreja com vídeo,
vídeo-projector, projector de slides, retroprojector e equipamento para
data-show.
A participação das crianças, jovens
e adultos nas celebrações e na organização de momentos fortes nas celebrações
tem sido também estimulada.
Para a animação da Liturgia temos,
neste momento, três corais aos quais poderíamos chamar da seguinte forma: o
Coral Litúrgico (sénior) dirigido por Joaquim Gomes, o Coral Juvenil dirigido
pela Dr.ª Célia Novo e o Coral do Jovens (tipo música clássica, por terem
frequentado a Academia de Música) liderado pelo estudante Rui Felgueiras.
Os paroquianos, para além da
formação dada na Paróquia, têm participado em encontros nacionais e diocesanos
de pastoral litúrgica, dum modo particular o Joaquim Gomes que tem participado
em todos os encontros nacionais.
PARÓQUIA
DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
ADMISSÃO
DE LEITORES
* Liturgia da palavra do
dia com escolha de uma leitura apropriada.... por exemplo (Ez.2,7-3,3)
*
Homilia
*
Chamada pelo nome,
Cada um responde “presente”
*
Profissão de fé
*
Oração de
Bênção
Oremos:
Confirmai, senhor, com a Vossa benção mais paterna, a
decisão deste Vossos filhos que estão dispostos s subir ao Ambão para ler as
Sagradas Escrituras e para que nunca lhes falte a coragem e saibam saborear a
Vossa palavra afim de a ler com alegria, entusiasmo e vida.
Por nosso Senhor.....
*
Entrega do
Directório Litúrgico
Recebe o Directório Litúrgico para que este
te possa ajudar a cumprir a missão com dignidade
*
Podem comungar sob as duas espécies
*
Benção final
O
celebrante, voltando para os leitores, conclui dizendo:
Deus, que em Cristo manifestou a sua caridade e verdade,
faça de vós leitores dignos da sua palavra e testemunho do seu amor no mundo.
R. Amém
Nosso Senhor Jesus Cristo, que prometeu estar presente na
sua Igreja até ao fim dos tempos, confirme as vossas obras e as vossas palavras.
R. Amém
O Espirito do Senhor esteja sobre vós, para que possais
servir a assembleia lendo para ela a palavra de Deus
R. Amém
Por fim abençoa todos os presentes dizendo:
E a vós todos aqui presentes, abençoe-vos Deus
todo-poderoso,
Pai, Filho e Espírito Santo.
MINISTÉRIO
DO LEITOR
1-
Conhecer e compreender o texto.
* Quem fala no texto? A quem fala? Com que finalidade?
* De que género de texto se trata? Um relato? Uma
exortação? Um diálogo?
Uma oração? Uma
censura?
* O que sentem as personagens que aparecem no texto?
* Há palavras difíceis de compreender? Que significam?
* O texto é divisível em partes? Onde começa e acaba cada
parte?
2- Preparar uma leitura
expressiva
* Quais as palavras mais importantes e as expressões
ou frases principais que importa sublinhar?
* Onde fazer pausa, breve ou prolongada?
* Onde evitar a pausa?
* Qual o tom de voz (ou tons de voz) adequado ao texto?
* Qual o
ritmo (as acentuações, os encadeamentos) e o movimento (acelerado, rápido,
espaçado, lento) que se deve usar, no texto ou nas partes?
* Articular
e pronunciar bem cada palavra e cada sílaba (não negligenciar as consoantes).
* Não deixar
cair demasiado o tom de voz, mesmo nos pontos finais (o verdadeiro ponto final
está no fim do texto e que, em nosso entender, salvo poucas excepções, não tem
muito lugar na proclamação litúrgica).
* O leitor
mais habilitado nunca descuida a preparação antecedente, com exercícios
parcelares e com o texto completo, várias vezes em voz alta.
3- Exprimir os
sentimentos do autor e das personagens
* A celebração litúrgica actualiza a palavra.
O texto escrito torna-se palavra viva hoje, naquele lugar e para aquela
assembleia.
«Deus fala hoje ao seu povo».
* Não se trata de dramatizar, ou
melhor dito, de criar uma ilusão, mas de reproduzir ou tornar vivos um texto e
um acontecimento. Não se trata de atrair a atenção para a pessoa do leitor, mas
para a Palavra e Acção divinas.
* O leitor tem a responsabilidade de,
usando os seus dotes oratórios, a sua técnica refinada e a sua arte de dizer,
promover o encontro vital e a comunhão entre Deus e os ouvintes.
4- Examinar algumas
minúcias antes da celebração
* O leccionário está
no ambão (não uma revista ou jornal, ou folhetos)? Está aberto na página
própria?
* O microfone está ligado? O volume, o
tom e a altura estão correctos (Evite-
-se o seu ajuste durante a celebração, mediante o sopro ou os dois
toques de dedos da praxe, ou outros ruídos perturbadores).
* A que distância deve estar a boca
para que a voz seja audível e expressiva?
5- Saber deslocar-se para
o ambão
* Situar-se, desde o
começo da celebração, num lugar não muito afastado do ambão.
* Não avançar para o ambão antes de
estar concluído o que precede cada leitura (oração, canto, admonição).
* Caminhar com um passo normal, sem
ostentação nem precipitação, sem rigidez nem displicência, mas com uma digna e
ritmada naturalidade.
6- Postura
* Pés bem assentes, levemente
afastados e firmes. Não balancear-se, nem cruzar os pés, nem estar apoiado
apenas num pé, com pés cruzados ou um à frente e outro atrás.
* Não debruçado sobre o ambão, nem com
os braços cruzados ou as mãos nos bolsos. Os braços poderão manter-se pendentes
ao longo do corpo, ou dobrados para permitir um leve e discreto apoio das mãos
na orla central do ambão (evitando tocar o Leccionário a fim de não o danificar
com a adiposidade corporal).
7- Apresentação
* Não trajar algo
que possa distrair ou ofender os presentes, se por ostentação, seja por
desleixo pouco conveniente ou ridículo (camisetas de anúncios, vestuário
desalinhado ou sujo, cabelo «espetado»...). ter critério e apresentar-se como
pessoa educada e normal.
8- Antes de começar
* Guardar uma breve
pausa para olhar a assembleia, a fim de registar na mente, pois é para ela que
se dirige e também para estabelecer com ela contacto directo antes de iniciar a
proclamação.
* Respirar calma e profundamente.
* Esperar que toda a assembleia esteja
sentada e tranquila e se tenha criado um ambiente de silêncio e escuta.
9-
Título
* Ler só o título bíblico. Nunca se
leia 1ª ou 2ª leitura ou salmo responsorial ou a frase a vermelho
que precede a leitura.
* Após a leitura do título, faça-se
uma pausa para destacar o texto que vai ser proclamado.
10- Ler devagar
* O ouvinte não é um
gravador, mas uma mente humana que requer tempo para sentir, reagir, ouvir,
entender, coordenar e assimilar. Geralmente, lê-se depressa e não se fazem as
pausas adequadas, como pede o texto lido (a pontuação oral nem sempre coincide
com a pontuação escrita). A leitura rápida pode cortar o contacto com a
assembleia.
11- Ler com a cabeça
levantada
* A cabeça deve estar direita, no
prolongamento do corpo. Com a cabeça levantada, a assembleia contacta um rosto
e, a própria voz ganha em clareza e volume e o leitor exprime um texto dirigido
à assembleia e não devolvido ao livro.
* Se o ambão é baixo, será sempre
melhor suster o livro nas mãos que baixar a cabeça.
* O olhar deverá manter o contacto com
a assembleia sem ser necessário os constantes e perturbantes exercícios de levantar e baixar a cabeça.
12- Concluir a Leitura
* Fazer uma pausa após a última frase
e antes de dizer: «Palavra do Senhor».
* Dizer só «Palavra do Senhor»
e nada mais. Trata-se de uma aclamação e não de uma explicação.
* Seria mais expressivo que esta aclamação
fosse cantada (pelo leitor, primeiramente, ou, em caso de necessidade, por
outra pessoa). Não sendo cantada, deveria ser dita em tom de voz mais elevado
(entenda-se, não necessariamente num volume mais forte).
* Não abandonar o ambão antes da resposta
da assembleia.
* Deixar o Leccionário aberto na
página do Salmo responsorial ou da 2ª Leitura, para que fique pronto para o
leitor que se segue.
* Regressar ao lugar com calma e
naturalidade, em passo normal e firme.
CURSO DE LEITORES
Temática
I
Parte: Bíblia
* Bíblia, Palavra de Deus
* Géneros literários e leitura diacrónica e sincrónica
II Parte: Liturgia
* Ministério do leitor ao longo da história e na liturgia
de hoje
* A Palavra de Deus na Liturgia (tipos de linguagem)
* A espiritualidade do leitor
III Parte: Aspectos Práticos
* Fases da preparação de uma leitura
* Técnicas de leitura
* Exercícios práticos
Celebração
da Palavra
Calendário:
Todos os sábados, de 15 de Janeiro a 12 de Fevereiro, das
16h00 às 17h50, com um intervalo de 10 m.
Destinatários:
Leitores da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e da
Comunidade do Carmo.
ACOLHIMENTO
Monitor:
Viemos para a Ceia do Senhor.
Deixámos
tantas preocupações e juntamo-nos para a festa do Pai, do Filho e do Espírito
Santo e para comungarmos, pela primeira vez, o Corpo de Jesus. Jesus está
connosco, pois estamos reunidos em Seu nome. Cantemos todos, com alegria:
Cântico
de Entrada
Festa é Festa da Comunhão
Tenho alegria, no coração. (bis)
P‘ra Te
receber, eu venho Senhor
E agradecer o
Teu grande amor;
Como estou
contente;
Ó meu Bom
Jesus, Bom Jesus;
Guia-me p‘ra
sempre com a Tua luz, Tua luz
Minha veste branca eu quero guardar,
Pela vida fora sem nunca
a manchar;
Como estou contente
Ó meu Bom Jesus, Bom Jesus;
Guia-me p‘ra sempre com a Tua luz, Tua luz
Saudação
Monitor:
Ditosos os convidados para a Ceia do Senhor.
Sacerdote:
O Senhor esteja convosco.
Todos:
Ele está no meio de nós.
Rito
do Perdão
Monitor:
Para celebrarmos a Ceia do Senhor, temos de estar em
graça. Por isso, vamos pedir perdão a
Deus e aos irmãos, de todos os nossos pecados.
JESUS MEU AMIGO
Jesus, meu Amigo,
olha dentro do meu coração
Com carinho, com ternura
Vem-me dar o Teu perdão
Com carinho, com ternura
Vem-me dar o Teu perdão
Sacerdote:
Oremos ao
Senhor nosso Deus e Pai.
(Silêncio)
Deus, nosso
Pai, Vós nos chamastes aqui para nos reunirmos à Vossa mesa, como uma Família se reúne no amor.
Fazei que
sejamos cada vez mais irmãos uns dos outros.
Por Nosso
Senhor Jesus Cristo
Liturgia da palavra
1º Leitura
Monitor:
Jesus ama-nos e, por isso, nos juntamos aqui
a fazer esta festa - sinal de vida de Deus em nós. Ouçamos o que nos diz S.
João.
Leitor:
«Caríssimos,
Se Deus nos amou assim, devemos nós também
amar-nos uns aos outros.
Se nos
amarmos uns aos outros, Deus está connosco e o amor é perfeito. Por isso,
conhecemos que estamos n'Ele e Ele em nós: porque nos comunicou o Seu Espírito
Santo.
Nós vimos e
testemunhamos que o Pai enviou o Seu Filho para
ser o Salvador do mundo. Todo aquele que confessar que Jesus é o Filho
de Deus, Deus está n'ele e ele em Deus.»
Palavra do
Senhor.
Aclamação
ALELUIA
Aleluia,
Aleluia, Aleluia
Jesus vai
falar, eu vou escutar
E guardar no
coração
Aleluia,
Aleluia, Aleluia
2ª Leitura
Monitor:
Jesus é o Pão da Vida. Ele o disse a uma
grande multidão que O seguia para O escutar. Ouçamos, agora, a leitura do
Evangelho de S. João.
Narrador:
« Jesus levantou os olhos sobre aquela grande
multidão que vinha ter com Ele e disse a Filipe:
Jesus:«-
Onde compraremos pão, para que todos estes tenham que comer? Eu sou o Pão da Vida. Vossos pais,
no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o Pão que desceu do Céu, para que
não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o Pão vivo que desci do Céu. Quem
comer deste Pão viverá eternamente. E o Pão, que Eu hei-de dar, é a Minha Carne para a salvação
do mundo.»
Narrador:
A estas palavras, os judeus começaram a
discutir, dizendo:
Judeus:
«-
Como pode este homem dar-nos de comer a Sua carne?
Narrador:
Então Jesus disse-lhes:
Jesus:
«-
Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue tem a Vida
eterna; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Pois a Minha Carne é, verdadeiramente, uma comida e o Meu Sangue,
verdadeiramente, uma bebida. Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue
permanece em Mim e Eu nele.»
Palavra da
Salvação.
Oração do Fiéis
Celebrante:
O Senhor convidou-nos para esta festa que é a
nossa Primeira Comunhão. Vamos unir-nos num só coração, pensando em todos os
nossos familiares e amigos.
Um
Pai:
Por todo o Povo de Deus, disperso pelo mundo, que hoje se
reúne como nós, junto do altar.
Oremos ao Senhor.
Uma
Mãe:
Pelo Santo Padre, pelos Bispos e pelos
Sacerdotes, para que sejam como o Senhor quer.
Oremos ao Senhor.
Um
menino:
Pelos nossos pais e irmãos e também pelos nossos amigos
que connosco vivem esta hora de alegria, para a qual a todos Jesus convidou.
Oremos ao Senhor
Uma
menina:
Pelos meninos pobres, pelos meninos órfãos e
pelos meninos doentes, para que Jesus nos ajude a compreendê-los e a auxiliá-los e a todos ampare.
Oremos ao Senhor.
Um
menino:
Por todos os pais reunidos nesta festa, para que Jesus
esteja sempre com eles.
Oremos ao Senhor.
Uma
menina:
Por todos os meninos e meninas que não
têm pais, para que vejam em Jesus o Amor do pai e da mãe.
Oremos ao Senhor.
Celebrante:
Deus nosso Pai, escutai a nossa oração e ajudai-nos a
celebrar esta Ceia do Senhor, como bons filhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Todos:
Amém.
Ofertório
Cântico:
JESUS É BOM
Jesus é Bom! É Bom! É Bom!
É meu amigo, eu bem o sei;
E eu, também, gosto muito dele,
Porque ele é Deus e é meu Rei!
Deixai vir a
mim as criancinhas,
Disse Ele um
dia em Jerusalém.
Eu quero estar
sempre perto d‘Ele,
Para O escutar
e fazer o bem.
Jesus quis ficar sempre entre nós,
Nosso alimento na Eucaristia.
Não temos medo, pois não estamos sós,
Deu-nos por mãe a Virgem Maria.
Viva Jesus que
é o nosso irmão!
Viva Jesus que
é Nosso Senhor!
Alimentado
nesta comunhão
Vou semear a
paz e o amor.
Flores:
Aceita, Senhor, esta flor, símbolo da pureza destas
crianças que fazem a 1ª Comunhão.
Ela fará este altar mais belo e a nossa vida
mais alegre.
Pão:
Aceita, Senhor, este
Pão que te oferecemos como fruto do nosso trabalho.
São as mãos do Sacerdote que o vão transformar no Teu
Corpo.
Faz-nos dignos d'Ele.
Vinho:
Aceita, Senhor, este vinho que te oferecemos
como fruto da terra e do trabalho do homem...
Ele será o Teu Sangue para remissão dos nossos pecados...
Aceita-o como prova da nossa humildade e vontade de
sermos mais fortes e unidos na Tua Igreja.
Oração
sobre os dons
Celebrante:
Aceitai, ó Deus, o pão e o vinho que todos nós Vos oferecemos para que se
transformem no Corpo e Sangue do Vosso Filho Jesus Cristo.
Vós que sois Deus na unidade do Espírito Santo.
Todos:
Amém.
Sac.
: ... cantar-vos a nossa alegria.
Ass.
:... Glória a Vós, Senhor, que tanto nos
amais.
Sac.
: ... este mundo grande e belo:
Ass.
: ...Glória a Vós, Senhor, que tanto nos
amais.
Sac.
: ...para nos guiar até junto de Vós.
Ass.
:...Glória a Vós, Senhor, que tanto nos amais.
Sac.
: ... como filhos de uma só família.
Ass.
:...Glória a Vós , Senhor, que tanto nos
amais.
Sac.
:...cantamos com
alegria:
Santo
Santo, Santo, Santo!
Santo é o Senhor.
Por isso eu vou cantar:
Hossana, hossana ao Senhor!(bis)
Bendito que vem em nome do Senhor!
Por isso eu vou cantar:
Hossana, hossana ao Senhor!(bis)
Sac.:
...para podermos viver da Vossa Vida.
Ass.:
...Bendito O que vem em nome do Senhor.
Hossana nas alturas.
Sac.:
...que será entregue por vós.
Ass.:
...Jesus Cristo entregou-se por nós.
Sac.:
...Para remissão dos pecados:
Ass.:
...Jesus Cristo entregou-se por nós.
Sac.:
...e nos levar até junto de Vós
Ass.:
...Nós Vos louvamos. Nós Vos bendizemos. Nós Vos damos graças.
Sac.:
...todos os que trabalham pelo Vosso povo
Ass.:
...Somos a Igreja de Cristo, para Vossa Glória
Sac.:
...e recebei-os com amor na Vossa Glória.
Ass.:
...Somos a Igreja de Cristo, para Vossa Glória
Sac.:
... Por Cristo ...
Ass.:
... Amém.
Rito
da Comunhão
Monitor:
O pão de cada dia nos dai
hoje.
Que pão?
Sobre tudo, o Pão da Eucaristia, que
mata a fome de vida, para sempre.
Sacerdote:
Com confiança,
cantemos, de mãos dadas.
PAI NOSSO:
Junto ao mar eu hoje ouvi
Senhor tua voz que me chamou
E me pediu que me entregasse
A meu irmão
Essa voz me transformou
A minha vida ela mudou
E só penso agora Senhor
Em repetir-te
Pai
Nosso em Ti cremos
Pai
Nosso Te oferecemos
Pai
Nosso nossas mãos
De
irmãos
Rito
da Paz
Monitor:
Livrai-nos, Senhor, das guerras entre as nações.
Livrai-nos das guerras pequenas que acontecem entre nós e
ajudai-nos a ser amigos dos nossos pais. Dai-nos a Vossa Paz, dai-nos a
união.
Sacerdote:
A Paz do Senhor esteja sempre connosco.
Todos:
O amor de Cristo nos uniu.
Sacerdote:
Saudemo-nos na Paz de Cristo.
Cântico da Paz:
Minha Luz é Jesus
Minha Luz é Jesus
E Jesus me conduz
Pelos Caminhos da Paz
Fracção
do Pão
Monitor:
O Pão que se reparte é Jesus Ressuscitado, que se oferece
para nos dar a Sua Vida.
"Cordeiro
de Deus"...
Sacerdote:
Felizes os que querem estar em comunhão com Jesus.
Eis o cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo.
Comunhão
Cântico:
Deixa Deus Entrar
Deixa Deus entrar
Na tua própria casa
Deixa-te tocar pela sua graça
Dentro em segredo
Reza-lhe sem medo
Senhor, Senhor,
Que queres que eu faça
Só no fundo do ser eu vou encontrar
As razões de viver, as razões de amar
É bem dentro de nós que está a raiz
Que nos faz amar, e ser feliz.
Tanta coisa me impede de O escutar
Me desvia da mete que me propus
Eu vou Ter a coragem de O deixar entrar
Vou seguir o clarão, da sua luz.
Depois da comunhão
Monitor:
Cada vez que comemos deste Pão, o Corpo de Cristo, nós
recebemos a Sua Vida, a Vida d'Aquele a Quem amamos.
Ficai connosco, Senhor, como um amigo acompanha o seu
amigo, ao longo de toda a caminhada. Dai-nos a Vossa Vida em abundância.
Consagração
Senhora de Fátima, nossa Mãe,
nós, criancinhas vimos aos Teus pés oferecer-Te o nosso
trabalho na Escola, na Família e tudo o que temos e somos.
Aceita, ó Mãe, esta nossa oferta ajuda-nos a crescer na
fé em Jesus e no amor aos outros.
Cântico:
QUERO SER COMO TU
Quero ser como tu, como tu, Maria
Como tu, um dia, como tu, Maria
Quero
aprender a amar como tu Maria
Como tu, um dia, como tu, Maria
Quero dizer meu sim, como tu, Maria
Como tu, um dia, como tu, Maria
Despedida
Sacerdote:
Oremos:
Senhor nosso
Deus, Vós nos destes o Vosso Filho, que é nosso alimento e nossa fortaleza. Que
este Pão que recebemos nos conduza ao Céu.
Por Nosso
Senhor Jesus Cristo
Todos:
Amém.
Compromisso
Comungamos
a Jesus Ressuscitado, pela primeira vez.
Vamos
lembrar todos os dias que Ele está em
nós e nós n'Ele.
Ele
caminha connosco.
Cântico
Final: Um coração bonito
Eu quero ter um coração bonito.
Igual ao de Jesus. Igual ao de Maria
Igual ao de José
Eu quero ter um coração amigo
Que chore com quem chora,
Que ria com quem ri,
Que brinque com quem brinca
E aberto para Deus.
Eu quero ter um coração amigo,
Que lute com quem luta,
Que ande com quem vai,
Que sonhe com quem sonha
E aberto para o Pai.
Sacerdote:
Ide
em Paz e o Senhor vos acompanhe.
Todos:
Graças
a Deus.
ACOLHIMENTO
Celebrante:
Irmãos,
Com alegria vivestes no seio da vossa família o
nascimento de uma menina. Com alegria vindes agora à Igreja dar graças a Deus e
celebrar o novo e definitivo nascimento pelo Baptismo. Todos nós aqui presentes
nos alegramos neste momento, porque se vai aumentar o número dos baptizados em
Cristo.
Disponhamo-nos
a participar activamente.
Celebrante:
Que nome escolhestes para esta menina?
Os Pais:
Catarina
Isabel.
Celebrante:
Que
pedis à Igreja para a vossa filha?
Os Pais:
O
Baptismo.
Celebrante:
Ao pedir o
Baptismo para a vossa filha, sabeis que vos obrigais a educá-la na Fé, para que
ela, guardando os Mandamentos de Deus, ame o Senhor e o próximo, como Cristo nos ensina no Evangelho?
Os Pais:
Sim,
sabemos.
Celebrante:
E
vós, Padrinhos, estais dispostos a ajudar estes pais nesta tarefa?
Padrinhos:
Sim,
estamos dispostos.
Pai/Mãe:
Senhor, aqui
tendes a nossa filha. É o melhor que temos.
Tu no-la
deste para que a amemos com o mesmo amor com que Tu nos amastes a nós mesmos.
Tu sabes
que, a partir de agora, viver, será para nós amar esta filha.
Ao
apresentá-lo, queremos pedir-Te que se manifeste nela todo o amor e esplendor
com que Tu a amas.
Faz que ela
corresponda também ao Teu amor e ao nosso amor, amando a todos os homens, seus
irmãos. Se Jesus o fez, também o faremos nós para ser Teu povo e Tua família.
Tu, Senhor,
serás tudo para nós, em Jesus Cristo, que vive Contigo pelos séculos dos
séculos. Amém.
Celebrante:
Catarina
Isabel: Como teus pais te receberam em família, a
comunidade cristã te acolhe, hoje, com grande alegria.
Eu, em seu nome, te faço o Sinal da Cruz na fronte, para que o leves sempre em
teu coração. Depois de mim também teus pais e padrinhos te farão o mesmo sinal
da redenção de Jesus Cristo.
Oremos
Senhor Deus,
que por meio do Baptismo fazes crescer a Tua Igreja, dando-lhe sempre novos
filhos; concede a quantos renasceram na fonte baptismal viver sempre de acordo
com a Fé que professaram.
Por Nosso
Senhor Jesus Cristo ...
Leitura
Evangelho, segundo S. João 3,1-6 - "quem
não renascer da água e do espírito santo
não pode entrar no reino de deus".
“Havia, entre
os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos chefes dos judeus. Veio ter com
Jesus, de noite, e disse-lhe: «Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de
deus, pois ninguém pode fazer os prodígios que tu fazes, se deus não estiver
com ele».
Respondeu-lhe
Jesus: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo, não pode ver o
reino de deus».
Disse-lhe
Nicodemos: «Como pode um homem nascer, sendo velho? Poderá, acaso entrar
novamente no seio da sua mãe e renascer?».
Jesus
retorquiu-lhe: «Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer pela água e
pelo espírito, não pode entrar no reino de deus. O que nasceu da carne, é
carne; e o que nasceu do espírito, é espírito».”
Homilia: (Breve alocução).
Oração dos fiéis:
- Oremos agora, irmãos, ao Pai do Céu por esta menina que hoje receberá
a graça do Baptismo e pelos pais e padrinhos, e por todos os homens.
- Para que o
Baptismo faça que esta menina chegue a ser filha de Deus e o Senhor a encha da
Sua ternura e da Sua graça.
- Para que
tenha fortaleza para vencer as tentações deste mundo.
- Para que
ame o Senhor com todo o seu coração e ao próximo como a si mesmo.
- Para que,
ajudado pela palavra e pelo exemplo de seus pais, padrinhos e desta comunidade
cristã, cresça como membro activo da Igreja.
- Para que
todos os que sofrem a solidão, a fome e a doença... encontrem em nós
solidariedade e ajuda.
- Para que o
Senhor abençoe com o Seu Amor as nossas famílias.
- Para que
os nossos defuntos alcancem a glória e tenham a Vida Eterna.
- Para que
todos os que hoje partilham desta celebração renovem a graça do seu Baptismo e
dêem sempre testemunho da sua fé.
- Santa
Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja
- São João
Baptista, percursor e mártir
- São José,
esposo de Maria
- São Pedro
e São Paulo, apóstolos
- Santa
Filipa
-
Todos os Santos e Santas de Deus que
caminharam antes de nós.
Unção dos catecúmenos
Celebrante:
Para que o
poder de Cristo Salvador te fortaleça, te ungimos com este óleo de salvação em
nome do mesmo Jesus Cristo, Senhor nosso, que vive e reina pelos séculos dos
séculos.
Renúncia e profissão de fé
Celebrante:
Queridos
pais e padrinhos,
Baptizar uma
criança não pode ficar-se só num rito ou numa cerimónia. Sem dúvida, é uma
festa, pelo seu nascimento, é uma oração, para que Deus vele por ele e o proteja;
mas é, ao mesmo tempo, também uma promessa e um compromisso da nossa parte.
Esta menina está nas nossas mãos: grande parte do seu futuro dependerá do que
nós façamos.
Por isso,
agora, afirmamos com fé, em voz alta, este compromisso que sentimos na alma.
Renúncia do mal
- Renunciais
ao pecado para viver na liberdade dos filhos de Deus?
-
Sim, renunciamos.
-
Renunciais a todas as seduções do mal,
para que não
domine
em vós o pecado?
-
Sim, renunciamos.
- Renunciais
a Satanás, pai e príncipe da mentira
-
Sim, renunciamos.
Profissão de fé
- Credes em
Deus, Pai Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra?
- Sim,
cremos.
- Credes em
Jesus Cristo, Seu Único Filho, Nosso Senhor que nasceu da Virgem Maria, morreu
e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai?
- Sim,
cremos.
- Credes no
Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na Comunhão dos Santos, no perdão dos
pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna?
- Sim,
cremos.
Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja que nos gloriamos
de professar em Jesus Cristo, Senhor Nosso.
Baptismo
Celebrante:
Quereis,
portanto, que a Catarina Isabel seja Baptizada na fé da Igreja que todos
convosco acabamos de professar?
Pais e Padrinhos:
Sim,
queremos.
Celebrante:
Catarina Isabel, eu
te Baptizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Admonição aos ritos complementares
Esta criança
iniciou, hoje, um caminho, recebeu uma vida nova.
Na
antiguidade, quando um rei iniciava o seu mandato, era ungido com azeite para
indicar assim a sua dignidade; em Israel, também eram ungidos os profetas que
recebiam uma missão. Agora, ungiremos esta criança para expressar a sua
dignidade cristã e a missão que lhe é confiada de continuar a obra de Jesus
Cristo.
Depois, será
revestida com um vestido novo, branco, para destacar essa vida nova que hoje
começou a viver.
E,
finalmente, o pai acenderá a vela, no Círio Pascal, este círio que a todos
ilumina, recordando-nos Jesus Cristo, Luz do Mundo.
Que Ele
ilumine esta criança recém-baptizada ao longo de toda a sua vida.
Unção do crisma
Celebrante:
Deus Todo
Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos libertou do pecado e nos
deu uma vida nova pela Água e pelo Espírito Santo, te consagre com o Crisma da
Salvação, para que entres a formar parte do Seu Povo e sejas sempre membro de
Cristo, Sacerdote, Profeta e Rei.
Todos:
Amém.
Imposição do vestido branco
Catarina
Isabel, és nova criatura e estás revestida de
Cristo. Esta veste nova seja sinal da tua dignidade cristã. Ajudado pela
palavra e exemplo de todos, conserva-a sempre imaculada até à vida eterna.
Todos:
Amém.
Rito do círio
Recebei a
Luz de Cristo.
Uma vela
acesa é um desejo, um augúrio. Que tu, Catarina Isabel, possas ter
sempre a teu lado, já nos primeiros anos da tua vida, os pais, os padrinhos e
amigos que te guiem, te iluminem com um conselho, uma Palavra de Jesus, um
gesto de amor. Que nunca permaneças na solidão, alheada do bem e da verdade. E
que vós, pais e padrinhos, não o deixeis nunca para trás, mas que, do mesmo modo
que esta vela dá luz, saibais dar também à vossa filha a luz e a claridade de
Jesus e o Seu Evangelho.
"Effeta"
O Senhor
Jesus, que faz ouvir os surdos e falar os mudos, te conceda, a seu tempo, a
graça de escutar a Sua Palavra e proclamar a fé, para louvor e glória de Deus
Pai. Amém.
Conclusão
Irmãos:
Acabamos já
esta celebração. E finalizá-la-emos, dizendo juntos a oração que Jesus Cristo
nos ensinou para nos dirigirmos a Deus, nosso Pai: o Pai Nosso.
Jesus
ensinou-o aos Apóstolos. Desde então, de geração em geração, os cristãos o têm
ido passando como um sinal que nos identifica.
Agora, esta
criança não o pode recitar; mas, depressa o há-de aprender, porque vós, seus
pais, o ensinareis e assim poderá rezá-lo a Deus, como Jesus o ensinou.
Por isso, agora,
em nome desta criança e cheios de fé, digamos todos: Pai Nosso...
Benção final
Que o Deus do amor abençoe a tua mãe, o teu pai, os teus
padrinhos e a todos os que aqui estão. A bênção de Deus Todo Poderoso, Pai,
Filho e Espírito Santo, desça sobre vós e fique convosco para sempre. Amém.
DIA
NACIONAL VICENTINO
BÊNÇÃO DO PÃO
Oração dos Fieis
Nosso
Senhor Jesus Cristo, tomando sobre Si as nossas enfermidades e sofrimentos,
passou fazendo o bem, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os nossos
passos. Confiados no seu amor infinito, invoquemo-lo dizendo:
R. Ensinai-nos,
Senhor a servir os irmãos.
Senhor
Jesus Cristo,
Que
por nosso amor Vos fizestes pobres e viestes ao mundo, não para ser servido mas
para servir,
– Ensinai-nos a
amar os nossos irmãos
e a ajudá-los nas necessidades. R.
Senhor
Jesus Cristo,
Que
pela vossa redenção inaugurastes um mundo novo,
Para que nele os homens
se tornem solidários entre si e se amem como irmãos,
– Fazei que também
nós colaboremos com diligência para instaurar na terra um modo de viver
autenticamente evangélico. R.
BÊNÇÃO
DO FOGO
Missa
da catequese
Ritos iniciais
a) Suporte
para uma pequena fogueira que está preparada na sacristia e aparece após a
homilia.
b) 13
ou 14 velões
c) 12
pessoas convidadas, dos mais responsáveis da comunidade
d) ritual
e) Água
benta
Introdução
Reunidos à volta desta pequena fogueira e no calor e luz
que dela se irradia queremos experimentar um outro calor; o calor recebido de
Cristo, sempre que nos reunimos para o louvar e alimentar a chama de fé
incendiado no Baptismo.
Todos
os dias experimentamos a força e utilidade do fogo nas nossas vidas : ele
ilumina, aquece, purifica, consome e destroi. Por isso, o tomamos hoje para
significar a presença de Deus no nosso meio. Também Ele nos aparece como a
Moisés na sarça ardente, ou como aquela coluna de fogo que guiava o povo na
saída do Egipto. É o próprio Jesus Cristo que nele está presente é Jesus vem
lançar fogo à nossa comunidade para a purificar dos seus pecados e a iluminar e
a fortalecer, tal como o fez no dia de Pentecostes ao derramar o seu Espírito
em línguas de fogo sobre os Apóstolos. É um fogo purificador do pecado, um fogo que dá vida nova, fogo do
amor de Deus que transforma todas as coisas. Queremos que hoje seja um novo
Pentecostes, onde vamos encontrar Jesus a proclamar: ”Eu sou a luz do mundo.
Quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12)
Neste ambiente de festa vamos reviver a passagem das
trevas para a luz, do pecado para a graça, reacendendo a chama da nossa fé
n’Aquele que, uma vez mais, se nos vai revelar como a “luz da Vida”, para n’Ele
nos tornarmos “filhos da luz”.
Num
mundo de ideias apagadas e tenebrosos, a luz e o calor do bem e da verdade, o
fogo do amor, devem aquecer os nossos corações arrefecidos e brilho em todos os
espíritos, para que o possamos levar a todo o mundo, iluminando todos os seus
cantos escuros e aqueles que caminham nas trevas.
Oremos
Senhor nossos Deus, dignai-Vos abençoar-nos e abençoar
este fogo; guiai os nossos passos neste mundo com a luz da esperança em Vós,
para podermos viver alegremente convosco para sempre na luz da eterna glória.
Por Cristo Nosso Senhor. Amen.
Cristo está
connosco! Ele oferece-nos a sua luz! Quem não a quererá
receber?
(o
sacerdote acende o seu velão na fogueira e transmite o fogo, dizendo:)
“Recebe a Luz de Cristo”
Cântico:
Esta
luz pequenina, vou deixá-la brilhar.
Vou
deixá-la, vou deixá-la, brilhar
Profissão de fé
(o
mais novo colocará o seu círio junto do sacrário e o sacerdote dará a
explicação)
Acendemos as nossas velas nesta luz que é Cristo, a
verdadeira luz que nos ilumina desde o baptismo. Que nos enche da Sua
claridade! Esta é a fé do nosso Baptismo. É isto que nós queremos professar
agora mesmo. Respondei pois:
1 – Credes em Deus Pai que tanto nos
ama e nos envia o Seu Filho Jesus Cristo para que sejamos salvos?
TODOS:
Sim, creio
2 – Credes em Jesus Cristo que é nossa luz e nos ensina a
caminhar no amor?
TODOS:
Sim, creio
3 – Credes em Jesus Cristo que nos ama tanto, que deu a
vida por nós na cruz?
TODOS:
Sim, creio
4 – Credes em Jesus Cristo que nos
acabou de falar e pelo seu Espírito nos ilumina, para vivermos como irmãos uns
dos outros?
TODOS:
Sim, creio
Esta
é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja que temos muita alegria em professar.
(Opção)
* Senhor Jesus, luz que ilumina as nossas trevas. Senhor,
tende piedade de nós.
* Cristo, Rei de humildade, que
partilhas as nossas alegrias e tristezas. Cristo, tende Piedade de nós.
* Senhor, estreia que nos guia nos nossos passos, sobre
os caminhos do reino . Senhor tende piedade de nós.
Oremos
Liturgia da Palavra
Salmo
26
Refrão:
O senhor é minha luz e salvação a quem hei-de temer?
Aleluia
(Nesta altura o diácono, ou quem proclamar o
Evangelho, encaminha-se para o lugar onde está o Círio e o Evangelho, e serão
acesas duas tochas, no círio benzido junto ao sacrário, por dois acólitos, e o
acompanharão até ao ambão)
Evangelho
(Fogo
Mc 9, 42-50; Mt 7, 19-Io, 12; Lc 12,49; Mt 3,1I.)
Homilia
Compromisso da Comissão
Fabriqueira
Nesta celebração realizar-se-á o compromisso dos membros
da nova Comissão Fabriqueira:
“Prometo a Deus e à
Comunidade observar fielmente os meus deveres, como membro da comissão
Fabriqueira da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. Assim Deus me ajude!”
Preces
Irmãos: Invoquemos a misericórdia de Deus para esta
criança e todos nós que hoje, aqui, revivemos o grande dia do nosso Baptismo, e
digamos:
Senhor,
dai-nos a Vossa luz:
1 – Para que estas crianças se deixem
cativar por Jesus Cristo e vivam como Seus discípulos à semelhança dos
primeiros discípulos André e Simão Pedro, oremos ao Deus da luz e da vida.
2 – Para que estas crianças vivam cada
vez mais como filhos da luz e assim testemunhem o Evangelho pela sua vida e
palavra, oremos ao Deus da luz e da vida.
3 – Para que os país destas crianças,
catequistas e toda a nossa comunidade vivam como filhos de Deus e possam ser
para elas exemplo de fé e amor, oremos ao Deus da luz e da vida.
4 – Para que nós aqui presentes nos
deixemos revestir, cada vez mais, da luz de cristo para podermos ajudar outros
na sua caminhada para Deus, oremos ao Deus da luz e da Vida.
Oração
Senhor, nosso Deus,
Concedei-nos os dons que vos pedimos
Para podermos ser hoje a luz do mundo, como é da vossa
vontade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho
Na Unidade do Espírito Santo
Amen
Bênção Final
O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
Deus todo poderoso afaste de vós toda a adversidade
E derrame sobre vós a abundância das suas bênçãos.
R. Amém.
O Senhor ilumine os vossos pensamentos com a luz da
Palavra divina,
Para que possais alcançar felicidade eterna.
R. Amém.
Deus vos ajude a compreender o que é bom e justo,
Para que, percorrendo sempre os caminhos dos seus
mandamentos,
Tomeis parte na herança dos santos no céu.
R. Amém.
Abençoe- vos Deus todo poderoso,
Pai, Filho e Espírito Santo.
Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
R. Graças a Deus.
CATEQUESE
Jesus no Domingo de
Ramos
Jesus entrava no monte das Oliveiras, em Jerusalém. À Sua
passagem, a multidão estendia capas e ramos de árvores pelo caminho.
Aplaudiam-n’O deste modo: “Bendito O que vem em nome do Senhor. Eis Jesus de
Nazaré.”
Jesus na Agonia
Jesus, afastando-Se dos discípulos, com uma grande
tristeza, rezou desta maneira: “Meu Pai, se é possível, que se afaste de Mim
este cálice. Mas, faça-se a Tua vontade e não a Minha.”
Jesus Preso – Beijo de
Judas
Judas, um dos doze apóstolos, tinha avisado a multidão
desta maneira: “Aquele que eu beijar é Quem deveis prender.”
Judas, aproximando-se de Jesus, beijou-O, dizendo: “Adeus,
Mestre.”
E a multidão prendeu Jesus.
Jesus diante de Caífás
Os que tinham prendido Jesus, levaram-n’O à presença de
Caifá.
Depois de ter arranjado testemunhas falsas, Caifás disse
a Jesus: “Não respondes nada?” Mas Jesus estava calado.
Então, Caifás rasgou a roupa de Jesus.
Jesus Maltratado pelos
criados de Caifás
Uns cuspiram-lhe no roto, outros deram-lhe punhadas,
bofetadas e outros ainda faziam falsas acusações de Jesus.
Jesus diante de Pilatos
Jesus foi entregue a Pilatos que Lhe perguntou: “Tu és
o Rei dos Judeus?”
Jesus respondeu-lhe: “Sou.”
Pilatos disse de novo: “Tantas coisas que dizem contra
Ti e Tu não respondes?”
Mas, Jesus continuava calado e Pilatos estava admirado.
Barrabás ou Jesus?
Barrabás
Em cada festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar um
preso, aquele que a multidão desejasse. Nessa altura, estava preso um famoso
homem chamado Barrabás.
Pilatos, reunido com a multidão, perguntou: “Quem quereis
que solte: Barrabás ou Jesus que é chamado o Messias?”
Eles responderam: “Barrabás.”
Pilatos perguntou de novo: “Então o que se vai fazer a
Jesus?”
E responderam: “Seja crucificado.”
Pilatos soltou Barrabás e entregou Jesus para ser
crucificado.
Coroação de Espinhos
Levaram Jesus, despiram-n’O e puseram-Lhe um manto
encarnado. Colocaram-Lhe uma coroa de espinhos na cabeça e na mão direita uma
cana.
Flagelação
Faziam troça de Jesus, dizendo: “Salvé o Rei dos
Judeus.”
Cuspiram-lhe, pegaram na cana e bateram com ela na Sua
cabeça. Tiraram- -Lhe o manto e
vestiram-Lhe a roupa, levando-O para O crucificarem.
Jesus a caminho do
Calvário
Jesus caminhava com a pesada cruz às costas para o
monte calvário. Simão ajudava-O a levar a cruz.
Chegados ao calvário, deram-lhe a beber vinho misturado
com fel.
Depois de O terem crucificado, puseram-lhe um letreiro na
cabeça, que dizia: “Este é Jesus, Rei dos Judeus.”
Jesus crucificado entre
dois ladrões
Com Jesus foram crucificados dois ladrões que estavam
um do lado direito e outro do lado esquerdo de Jesus. Eles também insultaram
Jesus.
Quando Jesus estava a morrer, deram-lhe vinagre.
Jesus, dando um forte grito, morreu.
Palavra da Salvação.
VIA SACRA DA PARÓQUIA
Os Passos de Cristo nos passos da Comunidade
Introdução
Já vai sendo
costume, na quadra da Páscoa, oferecer-se aos Paroquianos algo para a cultura e
a vivência da fé.
O tema da
Paróquia para o ano pastoral de 95/96 - "O 3º Milénio, uma aposta
cristã para formar e dignificar o Homem" - ajudará a
sensibilização da comunidade e a consciencialização do seu dever como
protagonista no desenvolvimento de actividades adequadas a nível da Catequese,
da Liturgia e da Acção Social e Caritativa, a caminho da "Erradicação
da Pobreza", tema do Ano Internacional, por proposta da ONU.
A
erradicação da pobreza é uma linguagem poética porque a sua
concretização no sentido material é quase utópica... No entanto, é possível a
educação ou a formação do Homem para uma maior sensibilidade aos problemas dos
outros e maior dignidade humana, respeito e solidariedade e menos pobreza. O
Homem, centro do desenvolvimento precisa de quem o liberte de situações que o
humilham.
A
Via Sacra na Paróquia ou os Passos de Cristo nos Passos da Comunidade
tem por fim comprometer e avivar a responsabilidade da fé nas obras de cada dia
e em cada lugar.
A Comunidade
Paroquial não pode alhear-se das situações difíceis e a fé compromete-a
solidariamente pelo bem de cada um e de todos, em segurança, dignidade, força e
bem-estar.
Este é o
melhor caminho para a erradicação da pobreza. Se, por um lado, é um caminho
difícil, caminho de sofrimento, de renúncia, por outro lado, é um caminho que
conduz ao Alto, isto é, à Felicidade.
A Comunidade
enquanto peregrina vai percorrendo os Passos de Cristo porque são eles que
devem marcar o ritmo da Paróquia no caminho para a dignidade humana e
erradicação da pobreza.
Oxalá este
livrinho a todos leve momentos de reflexão, de meditação e a esperança na
ressurreição.
1ª Estação:
Agonia de Jesus no Jardim
"...Então,
Jesus chegou com os discípulos a um lugar chamado Getsemani e disse-lhes:
«Ficai aqui, enquanto Eu vou orar. A minha alma está numa tristeza de morte...
Meu Pai, se é possível, passa de Mim este cálice, todavia, não seja como Eu quero,
mas como Tu queres...»" (Mc 14, 32-36).
Senhor do Alívio,
queremos orar Contigo, estarmos perto de Ti e, se possível, pedir ao Pai que
alivie os corações amargurados pelas vicissitudes da vida, daqueles corações
que moram aqui ao lado, junto de Ti, e que passam todos os dias, de manhã, à
tarde, à noite, por Ti e, quantas vezes, por distracção, não Te saúdam e
desconhecem que Tu os chamas para estares um pouco com eles... Como somos
egoístas, Senhor! Como menosprezamos o Teu chamamento!... Perdoa-nos esta nossa
fraqueza e vamos estar Contigo no Jardim...
Irmanados na
Tua agonia, vamos fazer com que o mundo se torne, mais e melhor, misericórdia,
amor perdão! Que o mundo descubra que valeu a pena o que sofreste, que valeu a
pena a Tua agonia!...
Vamos dar as
mãos e, Contigo, agradecer ao Pai a dádiva sublime da liberdade que nos torna
mais irmãos, mais filhos, mais pais, tanto na ajuda mútua como na compreensão
que orienta a Paz!...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
2ª Estação: Jesus, atraiçoado por
Judas, é preso
"...O
traidor tinha combinado com eles este sinal: «Aquele a quem cumprimentar com
um beijo, é Esse mesmo. Prendei-O.»" (Mt.
26, 46).
Senhor,
quantas vezes Te beijamos e Te traímos logo a seguir! Quantas vezes não Te
respeitamos, sabendo que todos os Domingos ensinas no Templo, na esperança da
nossa remissão! Quantas vezes, mesmo assim, continuamos empedernidos e
apáticos, pela avalanche dum urbanismo que mata o nosso ambiente e os nossos
projectos?!...
Senhor, queremos
redimirmo-nos perante Ti e também perante Nossa Senhora das Necessidades,
patrona querida do lugar da Abelheira, e prometermos, com coragem, sermos mais
fortes e lutadores contra os que nos querem convencer de que a ecologia não está para os nossos dias!...
Não nos
abandones, Senhor, nesta cruzada de amor e perdoa-nos tantas vezes Te termos
traído como Judas e permite que Nossa Senhora das Necessidades ajude o povo da
Abelheira, neste lugar, perante as traições do mundo e contra a miséria, a fome
e as injustiças sociais e edifiquemos uma Família unida, plena de heróis...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
3ª Estação:
Jesus é condenado pelo Sinédrio
“«- És Tu o
Messias, Filho de Deus Bendito?
- Sou, respondeu
Jesus, e vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e a vir sobre as
nuvens do céu.
- Que necessidade temos ainda de
testemunhas? Que vos parece?»
E todos
sentenciaram que Ele era réu de morte." (Mt. 26,
63-66).
Senhor, que
queres para nos penitenciarmos do que fizemos?
Condenamos- -Te todos e tudo ouviste em silêncio, sem Te ofenderes...
Olha, Senhor,
para este Berço que está aqui mesmo à nossa frente... Será o berço aonde, um
dia, Tu nasceste?
Estas
criancinhas que aqui se abrigam, estão protegidas pelo carinho de muitos, longe
de maldades e longe da ignorância que tantas vezes nos afastam de Ti, Senhor...
Que culpas
têm as Mães destas crianças que as abandonaram e que caem, por vezes, numa vida
de prostituição?
Estarão elas
sozinhas nas culpas? Ou as culpas também serão nossas, Senhor?
Há Mães
destas que são umas verdadeiras heroínas porque preferem "dar" os
seus filhos do que matá-los!
Preferem dar
um lar condigno aos seus filhos do que alimentá-los numa vida de droga,
assassínio e morte!
Ajudai, Senhor,
as Mães do mundo inteiro e dai-lhes um crescimento físico e moral para que, um
dia, não haja mais a necessidade de Berços como este, mas sim um futuro
promissor, alicerçado na compreensão dos homens...
Que, quando
vieres, Senhor, de entre as nuvens do céu, possas dizer: «Vinde, benditos de
Meu Pai...»
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
4ª Estação: Jesus renegado por Pedro
"Estando
Pedro em baixo, no pátio, chegou uma das criadas e, vendo Pedro a aquecer-se,
fixou nele os olhos e disse-lhe: «Tu também estavas com o Nazareno, com
Jesus.»
Ele,
porém, negou, dizendo: «Não sei nem entendo o que dizes.»
A criada,
vendo-o de novo, começou a dizer aos que ali estavam: «Este é dos tais.»
Mas ele negou
segunda vez. «És com certeza um deles, pois também
és Galileu.»
Pedro começou, então, a dizer imprecações e a jurar: «Não
conheço esse homem que dizeis.»" (Mc
14, 66-71).
Senhor,
somos, às vezes, como Pedro provocando atitudes de indisponibilidade e
prejudicando quem sinceramente precisa
da nossa ajuda... Somos tantas vezes fracos que, por comodismo, Te
desgostamos...
Senhor,
acarinhai os professores deste Infantário que têm o dom do ensino e o empregam
a ensinar, sobretudo, com espírito de sacrifício, imitando-Te na tolerância, para
se tornarem verdadeiros instrumentos de amor, união, fé, esperança, luz e
alegria.
Senhor,
ensina-nos, também, a nós e a eles, a dar-Te a conhecer e dá-nos o entendimento
suficiente para executarmos um projecto divino na educação dos filhos.
Todos juntos,
Senhor, seremos capazes de jamais Te renegarmos, mas de relevarmos o nosso
egoísmo para segundo plano, jurando-Te:
Conhecemos-Te, Senhor, em qualquer
lugar que estejas, mesmo na rua, na prisão ou nos lares infelizes...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
5ª Estação: Jesus julgado por
Pilatos
"Jesus
foi conduzido à presença de Pilatos, que lhe perguntou: «És Tu o Rei dos
Judeus?»
Jesus
respondeu: «Tu o dizes.»
Disse-Lhe,
então, Pilatos: «Não ouves tudo o que dizem contra Ti?»
Jesus
retorquiu: «Todo aquele que é da Verdade ouve a Minha Voz.»
Disse-Lhe
Pilatos: «Que é a verdade?».
Pilatos,
vendo que nada conseguia e que o tumulto aumentava
cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos em presença da multidão,
dizendo: «Estou inocente do sangue deste justo: isso é convosco.».
Respondeu o
povo: «Que o Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos.»”
Senhor, a
comunidade, aqui presente, quer homenagear aqueles que lutam pela vida ao ar
puro, longe das azáfamas poluídas da cidade...
Os Escuteiros
consideram-se "reis" da natureza e sentem o Teu apoio, apesar de
muitas vezes passarem despercebidos por aqueles que somente "compram"
os espaços livres para os ocupar com grandes prédios e olvidam que precisamos
de relva verde e de jardins!
Eles, Senhor,
são também evangelizadores porque levam o Teu nome e desfazem muitas dúvidas
orientando-se pela Verdade que, ao longo dos séculos, ainda há quem se
interrogue: Que é a Verdade?
Os Escuteiros
sabem, nós também sabemos, que a Verdade, Senhor, está patente em Ti que nos
convocas, todos os dias, para a unidade, não lavando as mãos como Pilatos, mas
sentindo-nos interessados numa vida sã e pura que transmita aos inocentes que
os filhos de amanhã precisam de espaços verdes!...
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Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
6ª Estação: Jesus flagelado e
coroado de espinhos
"Os
soldados levaram-No para dentro do átrio e convocaram toda a corte.
Revestiram-No
de um manto de púrpura e cingiram-Lhe uma coroa de espinhos. Depois, começaram
a saudá-Lo: «Salvé, ó Rei dos Judeus!» Batiam-Lhe na cabeça com uma
cana, cuspiram-Lhe e, dobrando os joelhos, prostavam-se diante d'Ele. Em
seguida, depois de O terem açoitado e escarnecido, tiraram-Lhe o manto de
púrpura e vestiram-Lhe as Suas vestes." (Mc 15,
16-21).
Senhor, ao
recordarmos a Tua flagelação e coroação de espinhos, os nossos pensamentos e
aspirações voltam-se para os Vicentinos da Comunidade e para a nossa pequenez
perante a Tua grandeza...
Este Centro
Comunitário de Apoio ao Necessitado está devidamente motivado, graças a Ti,
Senhor, pelas nossas intenções rectas e por atitudes conscientes, dignas de
respeito...
Procuramos,
Senhor, criar um ambiente de diálogo, de compreensão e de amor, para podermos
esquecer as vezes que Te cuspimos no rosto ao abandonarmos irmãos, outrora, no
infortúnio...
Queremos,
agora, dar as mãos e marcar presença cristã, tanto entre os amigos como na
nossa Sociedade de consumo, onde o dinheiro é o sujeito massificado que empurra
o homem para a ruína moral...
Senhor, não
nos deixes desanimar e ajuda-nos a construir Centros Comunitários, Centros
organizados de vida cristã e de ambientes generosos e perseverantes!...
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Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
7ª Estação: Jesus carrega a Cruz às
costas
"Seguiram-No
uma grande massa de povo... E levavam também dois malfeitores para serem
executados com Ele." (Lc 23, 27 e 32).
Senhor, deram-Te o instrumento do Teu martírio e mandaram que
carregasses com ele...
Queremos
também carregar Contigo a Cruz para que este Centro de Dia, onde há fracos que
"choram", onde há quem precise do nosso amparo, onde há cruzes de
pesos diferentes -
a idade, a saúde, a solidão -
não caia, mas continue a cruzada de bem-fazer...
Haverá quem
empurre para o chão as nossas iniciativas e haverá, também, quem goze com as
nossas quedas, mas, Tu, Senhor, estende-nos as mãos e dás-nos coragem para nos
levantarmos...
As crianças e
os jovens que, aqui iniciam um programa de música, para fazerem a vida mais
alegre, os alcoólicos anónimos que aqui procuram o alívio, os idosos que aqui
encontram alguma paz, todos eles, permanecem impacientes porque querem mais
compreensão e mais apoio da Comunidade. Ajuda-nos, Senhor, a conseguirmos esse
afecto tão necessário, a fim de que a nossa caminhada não seja tão áspera e
seja mais compreensiva...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
8ª Estação: Jesus ajudado por
Cireneu a levar a Cruz
"Quando
iam a caminho, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão e obrigaram-no a
levar a Cruz de Jesus." (Mt 27, 32).
Senhor,
quantos de nós Te aliviariam e tomariam sobre os ombros o peso da Cruz?
Teríamos ficado impassíveis a ver-Te passar com a desculpa de sermos fracos?
É hora,
Senhor, de abrirmos os olhos e constatarmos que à nossa volta ainda há quem
precise dos nossos cuidados e dos nossos braços: os desamparados, os
deficientes, os dependentes, os sem lar, enfim, todos aqueles que, neste
Samaritano 1, esperam que nos precipitemos a levar a Tua Cruz!...
Senhor, nós
entendemos que não possuímos a mesma coragem e amor que Tu tiveste mas, com a
Tua ajuda, não desviaremos os olhos desta obrigação premente porque queremos
honrar o caminho até ao Calvário e não sermos obrigados a empurrar a Cruz para
os outros...
Se há alguém
em dificuldades nos nossos dias, a nossa missão é aliviar a dor, dar alegria
aos pobres, contribuir para uma vida mais bela e transformarmo-nos em
prisioneiros dos deficientes, dos drogados, dos desiludidos e dos sem fé!...
Senhor,
queremos ser Cireneus sem obrigação, queremos estar interessados na promoção
humana, pondo em prática a santificação
que todos os dias Tu nos pedes:
«O
que fizerdes ao mais pequenino, a Mim o fazeis...»
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
9ª Estação: Jesus fala às mulheres de
Jerusalém
"Ia
também uma grande multidão em que se viam algumas mulheres que choravam e se
lamentavam por causa d'Ele. Jesus voltou-se, então, para elas e disse:
«Mulheres de Jerusalém, não chorem por Mim, chorem antes por vocês e pelos
vossos filhos.» (Lc 23, 27-29).
Senhor, que
admirável amor nos deixaste:
* Não chorar
por Ti, mas por nós e nossos filhos! Tu, Senhor, somente queres o nosso
compromisso e a nossa disponibilidade para sermos capazes de resolvermos os
problemas que, dia a dia, nos são propostos e darmos o nosso melhor contributo
àqueles que construíram um meio ambiente mais fraterno e mais humano: o
Samaritano 2!
* Aqui,
Senhor, os Idosos mais dependentes e o Pólo Juvenil se interligam: ambos merecem
a nossa admiração e simpatia! - Quem não sente carinho por aqueles Idosos que
pretendem a nossa atenção, o nosso gesto e o nosso olhar para as suas
carências?
Estes Idosos
são como crianças que solicitam um brinquedo e requerem de nós mais paciência,
mais compreensão e maior tarefa que não podemos entregá-la a quaisquer, mas a
responsáveis como nós!...
* A presença
dos Jovens neste Centro é a prova de que o Amor não tem idade, nem
fronteiras... O que seria da 3ª Idade, sem o valor da juventude?
Aqui está o
Pólo Juvenil que, com o seu dinamismo natural, consegue transmitir essa alegria
dum Cristo vivo e centralizar as aspirações diversas dos Jovens para sucessivas
actividades na Paróquia.
Senhor, estes
Jovens não podem ter medo nem receio de enfrentarem quem quer que seja até
conseguirem o seu único e digno objectivo: luta na caminhada de inter-ajuda!
São eles,
Senhor, os pólos deste mundo onde se repartem os indecisos e os mais
dependentes que tanto anseiam por um espaço que lhes criem a ilusão da realidade
passageira neste vale de lágrimas...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
10ª Estação: Crucifixão de Jesus
"...Conduziram-No
ao lugar do Gólgota, que quer dizer Lugar do Crânio. Queriam dar-Lhe vinho
misturado com mirra, mas Ele não o quis beber. Depois crucificaram-No e
repartiram entre si os Seus vestidos, sorteando-os para verem o que levava cada
um. Era a hora terceira quando O crucificaram. Na Inscrição, que indicava o
motivo da condenação, lia-se: «O Rei dos Judeus»." (Mc
15, 22-27).
Senhor, nós
quisemos tudo até as Tuas vestes... As vestes que serviram como um troféu de
quem vai à caça e quer ficar com uma recordação!... Não bastava quererem
matar-Te como também quiseram que permanecesses insignificante na Tua nudez...
Os cravos trespassaram-Te, Senhor, rasgaram a Tua carne e fizeram correr o Teu
sangue...
Assistimos a
tudo, Senhor, e só os firmes na Tua Doutrina não Te abandonaram... Quisemos não
crucificar-Te mas o peso dos nossos pecados, das nossas ofensas ao Pai, foi
mais forte...
O sofrimento
dilacerante da crucifixão é, hoje, recordado como o abraço da Paz, do
Conhecimento, da Cultura: o "Humanitus Fórum"!
Este Centro
de Cultura, onde se fazem reuniões, é
centro de índices de educação e avaliação... É um contacto permanente com os
pais, os filhos, os educadores e os catequistas para se espraiarem nas areias
do interesse e conseguirem sobreporem-se a uma Sociedade, mais humana e mais
espiritual.
Senhor, para
isso, é necessário que nos dês as mãos, apesar de estarem cravadas à Cruz, mas
com o nosso querer, encontraremos soluções que dignifiquem os objectivos deste
Centro.
Não queremos,
Senhor, pais e educadores que fujam aos deveres de cristãos, mas pais e
educadores que se empenham no melhor para si mesmos e para os seus filhos e
educandos...
Não podemos,
Senhor, deixar que a preguiça ensombre o futuro e nos deixemos estar sentados
no sofá ou na cadeira de baloiço, impávidos e serenos à espera que a
desgraça nos venha bater à porta!...
Senhor, este
Centro precisa ser o encontro das famílias que exigem projectos mais íntimos e
ínfimos para uma nova vida e para novos horizontes...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
11ª Estação: Jesus promete o Seu
Reino ao bom ladrão
"...Mas
o outro, tomando a palavra, repreendeu-o: «Nem sequer temes a Deus, tu que
sofres o mesmo suplício? Quanto a nós, fez-se justiça, pois recebemos o castigo
que as nossas acções mereciam, mas Ele nada praticou de condenável». E
acrescentou: «Jesus, lembra-Te de mim quando estiveres no Teu Reino».
Ele
respondeu-lhe: «Em verdade te digo: hoje mesmo estarás Comigo no
Paraíso»." (Lc 23, 40-43).
Senhor, ao
prometeres o Teu Reino ao bom ladrão, prometes, hoje, o perdão por acções que
merecem um castigo... Quantas coisas praticamos de condenável?
Apesar de
tudo, queremos redimirmo-nos e pedir-Te:
* Lembra-Te
de nós quando vieres do Teu Reino! Esta prece, Senhor, tem a ver com este
Centro de Juventude-
Ozanan, que procura um lugar mais propício ao ânimo e à
valentia. Torna-se um Centro apostólico para marcar uma presença que seja o Teu
sinal no mundo e na vida dos Jovens...
Senhor, estes
Jovens querem mais e mais... Querem consolidar a sua estadia e converter este
local em ambiente mais sadio. Aproximar mais as crianças e as camadas jovens,
criando novas partilhas de convívio, de divertimento, de diálogo, de união
entre famílias...
Seria bom,
Senhor, que as nossas ilimitadas fraquezas se convertessem em fidelidade ao Teu
amor, buscando, acima de tudo, uma solução que permita marcar uma presença
digna neste Centro de Juventude, que é nosso, mas que, perante os sacrifícios, tem de subsistir com
a ajuda de todos quantos ainda andam afastados das realidades...
E a realidade
mais premente, Senhor, é condicionar este local ao centro do mundo, só
imaginado pelos Jovens e amparados pelos seus pais!...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
12ª Estação: Jesus na Cruz, a Mãe e
o discípulo
"...Ao
ver Sua Mãe e, junto dela, o discípulo que Ele amava, Jesus disse à Sua Mãe: «Mulher,
eis aí o teu filho». Depois disse ao discípulo: «Eis aí a tua Mãe». E,
desde aquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa." (Jo
19, 26-28).
Senhor, esta Mãe que nos deste, a Senhora do Carmo, a
Senhora do Escapulário, é a Nossa Rainha...
Por isso,
todas as casas a recebem e se comprometem a empreenderem um caminho que conduza
à felicidade verdadeira, àquela felicidade que não se lê nos livros, não se vê
nos ideais e não se encontra em partidos, mas, que se lê, que se vê e que se
encontra no íntimo do coração: A Palavra MÃE.
Senhor, os
Carmelitas podem, talvez, melhor testemunhar esta Mãe, esta Senhora, que não se
cansa de nos avisar dos perigos da ingratidão e da injustiça que alastram pelo
mundo: assassínio e morte!
Ela, Senhor,
está presente na antiga Jusgoslávia aonde os seus filhos sofrem e aonde a
humanidade não se entende... Ela chora, Senhor! Nós vêmo-la chorar!
Quantas
vezes, Senhor, ela Te segura o braço para que não dê início ao fim da
ingratidão dos homens?
Quantas
vezes, Senhor, a sentimos falar: «Filho, tem mais um pouquinho de paciência.
Lembra-Te dos que ainda Me são fiéis e todos os dias pedem pela paz!».
Senhor, não
somos dignos desta Mãe, nem merecemos que Ela sofra!...
No entanto,
ainda podemos pedir perdão e oferecer-Vos, Senhor, o nosso humilde
arrependimento pelos fracassos na vida...
Queremos
apresentar-Vos, diante do Sacrifício, diante da Cruz, as nossas oferendas de
valentia, de heroísmo e de conquista, que conduzam à verdadeira amizade e à
honra de termos como Mãe, Nossa Senhora do Carmo!...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
13ª Estação: Jesus morre na Cruz
"...Por
volta da hora sexta, as trevas cobriram toda a terra, até à hora nona, por o
sol se ter eclipsado. O véu do templo rasgou-se ao meio, e Jesus exclamou,
dando um grande grito: «Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito». Dito
isto, expirou." (Lc 23, 44-46).
Senhor, o
grito que deste, entregando nas mãos do Pai o Teu espírito, faz-nos acordar
para que deixemos de torturar e matar os nossos irmãos que sofrem nas Américas,
na África, no Oriente e na Europa...
O asilo das
Meninas Órfãs e Desamparadas quis honrar Santa Teresa, a nobre Missionária
Carmelita, tendo-lhe dado o nome de Lar de Santa Teresa. É testemunho vivo das
necessidades de muitas Meninas criadas, precisamente, pela luxúria e pelo ódio
da humanidade...
Santa Teresa,
Senhor, não estará muito contente pelo que se passa ainda em algumas partes do
mundo, mas está, certamente, satisfeita com o trabalho que este Lar desenvolve
em prol dos mais carenciados, minimizando as dificuldades e, sobrepondo-se, à
injustiça que alastra pelo mundo: abandono, fome, maus tratos, mortes,
espancamentos!...
Tudo isto,
Senhor, são palavras que as crianças não gostam de ouvir, mas que permanecem
latentes quando lêem jornais e ouvem a Comunicação Social...
Senhor,
ajudai este lar de Santa Teresa na luta a favor dos direitos do homem e dos
direitos das meninas, adolescentes e jovens, dando-lhes o afecto que precisam
para que, um dia, possam dizer: Ressuscitamos para a vida!...
Que a Senhora
das Carmelitas se sinta feliz no Céu pelo trabalho deste Lar que prepara todas
as crianças para uma vida de educação e protecção, incutindo-lhes no espírito
os passos seguidos pela "Freirinha de Viana"...
-
Nós Te adoramos e bendizemos, ó Jesus...
* * * * * * * * * *
14ª Estação:
Jesus é encerrado no sepulcro
"...José
tomou o Corpo, envolveu-O num lençol limpo e depositou-O num túmulo novo, que
tinha mandado talhar na rocha. Depois, rolou uma grande pedra para a porta do
sepulcro e retirou-se." (Mt 27, 59-61).
Olhando o Seu
Filho morto, Maria, recorda os tempos de meninice e juventude d'Aquele que
nasceu para os humildes de coração, os valente...
Mãe,
O Teu Filho -
morto, inerte
Acaba como
vês...
Olha-O, vem
aí
Num lençol
moldurado
Para ser
sepultado...
Não é Ele?
Sim, é Ele
que caminha
Mas
devagar...
Num último
esgar,
Tudo o que
Ele tinha
Nasceu do
tempo
Até ao
sepulcro!...
Olha-O...
Consola-O...
Porque...
será que é verdade?
Sim, Mãe, Tu
sabes
Que Ele não
morreu,
Somente
adormeceu
No Teu
regaço.
Que cansaço!
Mexeu-se?
Não!
Era só o
acariciar da Tua mão!...
Olha, Mãe, os
mirones... Que olham eles também?
Estão do lado
de quem?
Da amargura
de O teres perdido
Ou de O terem
confundido
Quando um
outro qualquer?
Se alguém,
hoje, quer
Compreender
os filhos teus,
Terão de
primeiro morrer
E, então,
compreenderão a Deus
Do Céu terem
de merecer!...
Mas Teu Filho
Jesus
A redenção
prometeu...
A todos quis
salvar
E também
comemorar
Que o
Calvário valeu.
A longa
caminhada
Das Estações
até aqui,
Foram um hino
a Ti,
Mãe querida,
Mãe amada!
Só por isso
Te ofereceu
A maior
surpresa:
Te deu o
sorriso
Da maior
beleza,
Que ninguém
no mundo
Foi mais
capaz
De ter
oferecido
Com devoção,
Com
convicção,
Com perdão,
Com servidão,
Com
recordação,
Com
compreensão,
Com solidão,
Com
admiração,
Com paixão:
- A SUA
RESSURREIÇÃO!!!...
"Bem-aventurados
sereis, quando, por Minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo
disserem todo o mal de vós. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos Céus a
vossa recompensa." (Mt 5, 3-12).
Cântico:
Bem-aventurados...
CELEBRAÇÃO
DA PÁSCOA EM FAMÍLIA
Abrir a porta à cruz é abrir a família à relação do
anúncio mais espectacular da História da Humanidade – a Ressurreição.
Esta iniciativa ainda é possível graças a voluntários da
comunidade cristã...o mais nobre, por isso, parece tratar-se de juntar a
família e os amigos e receber o respectivo compasso pascal...
Quando por qualquer motivo isso se torna difícil, pois
não é hora própria, ou não há condições favoráveis a uma relação afectuosa,
isto é, com vida e alma, então...meu caro irmão, aconselhava-o a usar este
ritual pequenino que junto nesta folha.
Não deixe de celebrar a Páscoa que é esperança, é causa
da nossa fé e motivo de todos os nossos actos de amor, que desejámos, em Jesus
Cristo Ressuscitado, sejam instrumentos e garantias para uma vida eterna, no
céu.
Nota:
A família reúne-se à volta de uma mesa para o almoço ou
para o Jantar.
Sobre a mesa coloque uma toalhinha branca (conforme o
tamanho do crucifixo) com um crucifixo e com um círio da Vigília Pascal aceso.
Saudação (pelo
Pai ou pela Mãe de Família)
“Aleluia! Jesus ressuscitou verdadeiramente!
Ele é a nossa Páscoa! Aleluia!”
Todos respondem: Aleluia! Aleluia! Aleluia!...
Leitura
do Evangelho
«Jesus de Nazaré, o Crucificado, ressuscitou»
Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo São Marcos (lido por um dos presentes).
“Depois de passar o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de
Tiago, e Salomé compraram aromas para irem embalsamar Jesus. E, no primeiro dia
da semana, partindo muito cedo, chegaram ao sepulcro ao nascer do sol.
Diziam umas às
outras: «Quem nos irá revolver a pedra da entrada do sepulcro?»
Mas, olhando, viram que a pedra já fora revolvida; e era
muito grande.
Entrando no sepulcro, viram um jovem sentado do lado
direito, vestido com uma túnica branca, e ficaram assustadas. Mas ele
disse-lhes: «Não vos assusteis. Procurais a Jesus de Nazaré, o Crucificado?
Ressuscitou: não está aqui. Vede o lugar onde O tinham depositado. Agora ide
dizer aos seus discípulos e a Pedro que Ele vai adiante de vós para a Galileia.
Lá O vereis, como vos disse»
Palavra da salvação.
Todos- Aleluia! A Vida venceu a Morte,
Aleluia!...
Todos dão um beijo no crucifixo que o Pai ou a Mãe
apresenta aos presentes (durante este acto poderão cantar “Ressuscitou...” ou
pôr-se uma música de fundo apropriada).
Oração da família
Pai ou Mãe – “Nesta
Páscoa em que Jesus nos deu a alegria com a certeza de que é possível dar novo
sentido à nossa vida, apresentemo-lhe as nossas intenções:
1- Abençoai o nosso lar,
a nossa família, os nossos amigos, a nossa comunidade.
R:
Abençoai-nos, Senhor, Aleluia!...
2- Dá-nos
força e coragem para testemunhar o Teu Amor...
R: Dá-nos
força, Senhor, Aleluia!...
3- Ajudai-nos
a confrontar Todos os que sofrem de qualquer mal para que não percam a
esperança...
R: Ajudai-nos,
Senhor, Aleluia!...
4- Dai-nos
Capacidade para amar mais, para compreender, para perdoar.
R: Dai-nos
Capacidade, Senhor, Aleluia!...”
“Pai Nosso”
Oremos:
“Deus, nosso Pai, ao celebrarmos com
alegria a Ressurreição do Vosso Filho, concedei-nos, pela fé, a Graça de sermos
fiéis aos vossos ensinamentos para que um dia possamos viver com Ele na Glória
eterna.
Por Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo. “
Todos: Amém, Aleluia!
Cântico apropriado ou música gravada e adequada.
Santas Páscoas
A Páscoa é festa porque nos
traz mudanças de atitudes que se prolongam para a vida eterna!...
NATAL
2000
Celebram-se
os aniversários de ano a ano e faz-se mais festa quando se festejam 25 ou 50
anos de alguma coisa e ainda quando são celebradas festas centenárias e
milenárias.
A
festa de Natal deste ano é maior. Há 2000 anos nasceu Jesus. Não é há um
século, mas há vinte séculos.
Nasceu Jesus. Nasceu de família humilde e pobre.
Jesus cresceu como todos os bebés, foi criança,
adolescente e jovem. Viveu o tempo necessário para concluir um projecto tão
grande que não tem fim, e ainda hoje é possível celebrar o aniversário do seu
nascimento ocorrido há 2000 anos.
Celebramos o seu nascimento e não a sua morte, porque Ele
está vivo no coração de todos os homens de boa vontade.
Conforme foi crescendo, foi cumprindo as regras sociais
da sua época e foi apresentado no templo. Naturalmente, como um bom Judeu, ao
sábado frequentaria o templo. Um dia foi o leitor. Outro dia entrou no templo
e, aí, zangado mostrou que não era lugar para negócio, mas sim um lugar
sagrado.
Jesus esteve presente numas bodas, assistiu com emoção à
morte de amigos, sentiu fome e sede, chorou e gostava do monte para orar,
também admirava a natureza e louvava o Pai em todo e qualquer lugar, mas
procurava lugares de muito silêncio e de elevação, em momentos mais difíceis.
Nos últimos 3 anos da sua vida, dedicou-se à Boa Nova.
Falou das coisas do Pai, dos mandamentos e fez ver a todos que o principal
mandamento era Amar a Deus e ao próximo... Ele próprio, disso, deu testemunho e
nunca o vemos noutro lado que não seja à beira do pobre, do desprotegido, do
oprimido, do doente, do triste, do só, do marginal, do pecador, do abandonado,
do desprezado...
Tinha bons sentimentos e procurou dar resposta aos
problemas que encontrava: Ressuscitou o filho da viúva; acalmou tempestades;
matou a fome à multidão; chorou perante a morte do amigo Lázaro; deu vista aos
cegos; pôs os coxos a andar e os mudos a falar; curou da lepra e perdoou;
entregou-se por Amor e por Amor morreu numa Cruz, onde novamente voltou a
perdoar.
Jesus, afinal, não morreu porque, com o exalar do último
suspiro no alto da Cruz, apenas nos quis dizer que daquela maneira tinha
acabado o seu projecto terreno, como peregrino deste mundo e como qualquer ser
mortal.
Apareceu aos discípulos, voltou a fazer milagres. Subiu
ao céu e enviou o espírito paráclito.
De facto Jesus continua manifestamente vivo nas boas
obras de todos os que O ama, continua vivo no coração de todos os que, como
Ele, se entregam em gestos de solidariedade e de amor.
Jesus sempre viveu, pelos séculos dos séculos, no coração
de todos os que se esforçaram por amarem ao jeito d’Ele. Jesus Cristo continua
vivo num terço da população da humanidade, em mais de 1 900 milhões de
habitantes deste planeta.
Hoje celebramos este Natal de Jesus!
Perante esta celebração, dão-se situações e reacções
diversas: os indiferentes e os que se incomodam com estas coisas; outros que
exultam de alegria, vibram e fazem realmente festa porque para além das luzes,
das cores, da música, das prendas, dos cartões de boas-festas, dos pinheiros e
dos azevinhos e do convívio no aconchego familiar, sentem que uma grande LUZ
nasceu para nos conduzir a uma maior dignidade, responsabilidade e paz.
Esta LUZ é Jesus!
Coragem irmãos...é Natal!
Parabéns porque esta Luz continua hoje viva. Esta luz
trouxe-nos aqui e nos reuniu como uma família que acredita neste Deus feito
Homem.
Parabéns, Parabéns e Cantemos todos de pé, Parabéns.
OFERTÓRIO SOLENE NO DIA DO JUBILEU DO IDOSO
Sachola
e Foice – “Senhor, esta sachola e esta foice foram
instrumentos do nosso trabalho no campo. Com eles, a terra foi preparada, a
semente foi lançada e os frutos saciaram a fome do mundo.”
Uma
Pá e uma gamela da broa – “Estes instrumentos ajudaram-nos a
preparar o pão de cada dia com o suor do nosso rosto. Aceita-os, Senhor, como
gesto de gratidão pela benção que de vós recebemos.”
Canga
– “Senhor, esta canga representa o esforço
dos animais que puseste ao nosso alcance para nos ajudar nos trabalhos da vida.
Aceita-a, Senhor, como símbolo da nossa obra nascida das tuas mãos.”
Serra
– “Esta serra, senhor, foi o instrumento
que nos ajudou a tirar da natureza tantas coisas que nos eram necessárias no
nosso dia-a-dia! Que o homem, ao transformar o mundo, o respeite como obra da
criação.”
Vassoura – “Esta vassoura simboliza o esforço quotidiano de tantas
mulheres que à limpeza e ao asseio do lar dedicaram toda a sua vida. Aceita-a,
Senhor, como lembrança do nosso desejo de purificação interior.”
Mala – “Esta mala, senhor, lembra-nos todos aqueles que
deixaram as suas terras em busca de melhores condições de vida. Aceita-a como
sinal de agradecimento por nos teres acompanhado nesta dolorosa situação.”
Toalha
Regional – “Esta toalha lembra-nos os momentos
festivos da família. Com ela embelezamos também a mesa do senhor e partilhamos
a comunhão. aceita-a como expressão do nosso amor.”
Acordeão – “Com ele te oferecemos o entusiasmo e dedicação de todos
os que, pela música, nos tornaram a vida mais agradável.”
Bengala
– “Esta bengala, Senhor, simboliza o
suporte que tantas vezes precisamos para nos ajudar a caminhada. Ensina-nos a
sermos também bordão de sabedoria e amor para os outros...”
Pão – “O pão é mantimento indispensável à vida e sinal de
alimento espiritual pela vivência da palavra e dos valores cristãos. Recebe-o
como fruto do nosso trabalho e gesto de adesão à tua mensagem.”
Vinho – “O vinho traduz a alegria, a amizade e a comunhão de
sentimentos entre os irmãos. Aceita-o como o nosso desejo de construção da paz
e união entre os homens.”
Cálice – “O cálice é sinal da partilha. Aceita-o, Senhor, como
fonte de esperança e alento para todos os que sofrem.”
RITUAL
Entrada dos adolescentes na igreja
* Cântico de entrada
- FESTA NA CIDADE
Há
muita gente pelas estradas
A
cidade por encanto amanheceu
Todos
se falam com alegria
Toda a
tristeza e rancor desapareceu
Refrão
É
festa em toda a cidade
é
grande a vontade de cantar
é
o dia mais belo pr’a descobrir
a
amizade que existe entre nós
as luzes brilhando com fulgor
ainda
é maior nossa alegria
é festa e o sol há-de brilhar
sempre mais dentro do nosso coração
Quando
amanhã for trabalhar
Voltará
a mesma vida da cidade
Mas se
em todos vir um amigo
Esta
alegria novamente encontrarei
Saudação do
presidente
*
Feito pelo Sr. Padre Coutinho
Apresentação pelos pais
PAI
- Pai Santo, fonte de toda a vida, trazemos à Vossa
presença estes filhos que nos destes. São eles a nossa alegria, a nossa
consolação, o nosso tesouro, a nossa vida.
MÃE - Criancinhas ainda,
já os entregávamos à Vossa Igreja pelo Baptismo. Agora, tendo experimentado a
vida de fé, eles querem comprometer-se também com a mesma fé, para que possam
professá-la e receber a plenitude do Espírito Santo, no Crisma.
Alegremo-nos ao vê-los entusiasmados com a fé que lhes
destes.
Apresentação por um catequista
Catequista - Nós caminhamos juntos na fé durante este ano
de catequese. Estais dispostos a continuar esta caminhada e a preparar-vos para
receber o Crisma?
Nós, catequistas, alegramo-nos por esta vossa decisão e prometemos dar o apoio que
precisarem.
Acto penitencial
Senhor,
sabemos que queres para nós uma vida feliz, em paz e amizade; queres que os
pobres tenham as suas oportunidades, e que ninguém seja excluído da vida.
Perdoa os nossos desencontros, o egoísmo que leva à guerra e à violência.
Senhor tem piedade de nós
Somos
o teu povo pecador
Toma
a nossa vida de pecado e dor
Enche
o nosso espírito de amor
Cristo
tem piedade de nós
Somos
....
Senhor
tem piedade de nós
Somos
...
PAIS
- Cristo, sabemos que os nossos filhos esperam descobrir
nos nossos olhos, nas nossas palavras e gestos, e no nosso amor, o amor com que
Tu os amas. Nós somos, muito amiúde, impacientes, desalentadores, pouco disponíveis.
Perdoa- -nos a falta de
verdadeira caridade e a nossa dificuldade em partilhar.
Cristo
tem piedade de nós....
SACERDOTE
- Senhor, sabemos que a Tua Igreja está aberta a todos os
homens. Pela nossa pequenez de coração, pela nossa vaidade, pela nossa
dificuldade para falar com simplicidade... Perdoa as nossas infidelidades.
Senhor
tem piedade de nós.....
Leituras
Leitura dos Actos dos Apóstolos
“Naqueles
dias, Paulo e Barnabé voltaram a Listra, a Icónio e a Antioquia. Iam
fortalecendo as almas dos discípulos e exortavam-nos a permanecerem firmes na
fé, «porque - diziam eles - temos de sofrer muitas tribulações para entramos
no reino de Deus». Estabeleceram anciões em cada Igreja, depois de terem
feito orações acompanhadas de jejum, e encomendaram-nos ao Senhor, em quem
tinham acreditado. Atravessaram então a Pisídia e chegaram à Panfília; depois,
anunciaram a palavra em Perga e desceram até Atalia. De lá embarcaram para
Antioquia, de onde tinham partido, confiados na graça de Deus, para a obra que
acabavam de realizar. À chegada, convocaram a Igreja, contaram tudo o que Deus
fizera com eles e como abrira aos gentios a porta da fé.”
Palavra do Senhor.
Cântico:
Aleluia
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo S. João
“Naquele tempo, estavam, junto à cruz de
Jesus, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto, Jesus disse a
sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho».
Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe».
E, a partir
daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa.”
Palavra da salvação.
Homilia
Propósitos e Profissão
(Às perguntas que vão ser feitas pelo celebrante, só
respondem os meninos e as meninas que quiserem. É melhor não responder, que
responder falsamente).
ADOLESCENTE
-
Vivemos juntos estes anos de catequese. Procurámos entender-nos e ajudar-nos
uns aos outros a compreender a nossa vida e a escolher a Nosso Senhor Jesus
para mudar de conduta. Connosco estiveram os nossos catequistas, os nossos
pais, familiares e amigos, e o nosso pároco. Reconciliámo-nos uns com os
outros.
SACERDOTE
-
Ao viver esta experiência, vivestes algo do que se chama a Igreja. Obtivestes
ajuda do Espírito de Deus. Descobristes que somos solidários com os santos e
santas que vivem para sempre. Por isso,
eu vos
pergunto agora: Acreditais
no Espírito Santo, na Santa Igreja
Católica, na comunhão dos Santos, no
perdão dos pecados,
na ressurreição dos mortos e na
vida eterna?
Cada
um responde: SIM CREIO
SACERDOTE
-
Quereis continuar com os vossos encontros de catequese para que o Espírito de
Deus vos ajude a viver, segundo os ensinamentos de Jesus?
Cada
um responde: SIM, QUERO
ADOLESCENTE
-
Nós observamos e escutamos Jesus. A Jesus que
arrastava os homens a segui-l’O, que se fez servo de Seus amigos, que perdoava
a Pedro e punha nele Sua confiança, que depois de morto, fez que O
reconhecessem vivo, pelo modo de partir o pão.
SACERDOTE
-
Com tudo isto, vos familiarizastes mais
com Jesus Nosso Senhor e nosso
irmão. Por isso, eu vos pergunto agora: Acreditais em Jesus Cristo, Filho único
de Deus, Nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, sofreu a paixão, foi
sepultado e ressuscitou de entre os
mortos e está vivo na glória do Pai?
Cada
um responde: SIM CREIO
SACERDOTE
-
Quereis procurar viver de acordo com as palavras de Jesus, e encontrar-vos, de
novo, com Ele na Eucaristia?
Cada
um responde: SIM, QUERO
ADOLESCENTE -
Admiramos a variedade que tem a natureza e as
muitas formas que há de vida. Nós compreendemos, ainda, que para viver
em amizade, fraternalmente, há que reconhecer que Deus é nosso Pai, como
o fez Jesus.
SACERDOTE
-
Deus é para nós um Mistério. Mas todas estas chamadas de vida e das palavras de
Jesus vos aproximaram
deste Mistério. Por isso,
vos pergunto: Acreditais em Deus, Pai
Todo Poderoso que,
por amor , criou o céu e a terra,
que nos mostrou o Seu amor em Jesus
Cristo, e que conta connosco, Seus Filhos?
Cada
um responde: SIM CREIO
SACERDOTE
-
Quereis ser fiéis em rezar a Deus, nosso Pai, e em dar perante os outros, na
vida de cada dia, testemunho do amor que nos tem?
Cada
um responde: SIM, QUERO
Oração universal
ADOLESCENTE
-
Pelo
Santo Padre, que na deslocação a Fátima nos apontou o caminho da santidade no
exemplo dos Pastorinhos, para que toda a Igreja os acolha em seu coração e
ganha a força e a humildade das crianças, que em toda a parte são escolhidas
para se revelarem os mais admiráveis desígnios de Deus,
OREMOS,
IRMÃOS.
ADOLESCENTE
-
Pelos pais de todo o mundo, por todas as
famílias para que juntamente com os catequistas e demais educadores, contribuam
para a transmissão aos mais novos dos autênticos valores do Evangelho, a paz, o
amor, a concórdia; sejam como Cristo o Bom Pastor, que sempre acompanha e vela
pelo seu rebanho,
OREMOS,
IRMÃOS.
Pai
-
Senhor, como no dia de Pentecostes, começaram os
Apóstolos a aceitar as suas
responsabilidades, nossos filhos encontram-se a ensaiar responsabilidades que gradualmente as vão assumindo para uma
vida de cristãos adultos. Que Ele nos
ensine a dar testemunho da nossa fé, nas nossas famílias, e a suster assim a
fidelidade dos nossos filhos.
OREMOS,
IRMÃOS.
ADOLESCENTE
-
Por toda esta comunidade de Nossa Senhora de Fátima que solenemente celebra e
renova a sua Profissão de Fé com estas crianças; para que Cristo, o Bom Pastor,
não deixe que nenhuma das suas ovelhas se perca nos silvados dos mundo e confie
as suas vidas à Senhora de Fátima, para sempre nossa Mãe e Padroeira,
OREMOS,
IRMÃOS.
CATEQUISTA
-
Senhor, nós, os catequistas, Te pedimos por
estes adolescentes que se preparam para uma profissão de fé adulta, no
Crisma. Têm que chegar a ser livres; cremos que o serão de verdade, se se mantiverem
dóceis ao Teu Espírito. Que o seu compromisso de hoje seja um ponto de partida
no viver com Cristo, como adolescentes.
OREMOS,
IRMÃOS.
Ofertório solene
*Cântico
Ofertório - SÃO DIAS QUE PASSAM
São dias que passam, são horas que vão
São lábios que cantam, são mãos que se dão
E deixam saudade de não ser assim
Toda a vida, a vida de agora
É tempo, é tempo de aprender a ser
Subindo por dentro e sempre a crescer
Pisando caminho, esquecendo talvez
O deserto de ontem sozinho
Tudo quanto penso, tudo quanto sou
É grande é imenso, é tudo o que dou
E ao dá-lo recebo e fico maior
Do que sou quando me nego
Criança era ontem, cresci, aprendi
A aposta da vida ganhei e perdi
O risco me trouxe até o que sou
Nunca basta a vida que foi (bis)
LUZ
– O Círio como sinal de Luz
A luz é uma fonte de vida, é uma bússola que nos
indica bom caminho e nos faz reflectir
nas coisas erradas.
Sem a luz nós não existíamos e tudo ficaria escuro e
triste.
A
luz também nos revitaliza, dá-nos força para enfrentarmos o dia a dia e muita
alegria.
VIDA
– As flores como sinal de vida
É
como uma flor que nasce, vive e morre, como um rio que tem um destino, como uma
peça de uma máquina que tem a sua função... Um labirinto de sentimentos, maus e
bons onde só queremos uma coisa, o caminho certo.
É
como um puzzle, por cada peça que montamos descobrimos sempre uma nova
coisa. É um mar de surpresas...
ALEGRIA - O CD como sinal de alegria.
A
alegria existe na nossa vida e é partilha com os outros.
Nos
momentos mais felizes da nossa vida apetece-nos cantar e sorrir para toda a
gente. A música é uma alegria para a alma.
ABERTURA - As chaves como abertura do Coração
A abertura do nosso coração aos outros começa,
quando o abrimos a nós próprios. Temos o
desejo sincero de abrir de par em par o nosso coração para dar lugar a Cristo e
à sua mensagem.
TEMPO - O relógio como sinal do tempo.
O
tempo voa. Quantas vezes não o conseguimos controlar.
Queremos
fazer tudo e não temos tempo para nada. Temos o desejo de amar os irmãos a
tempo inteiro; porque é este o mandamento novo que de Vós recebemos.
LIBERDADE
–O desatar da corda como sinal de liberdade
A
liberdade é uma coisa que se deve usufruir com medidas...
Toda a gente tem direitos mas também tem deveres, o que
deve lembrar e cumprir.
Muita gente não a sabe usar, pensando que só tem direitos
e não tem deveres. Essas são aquelas pessoas gananciosas que só pensam nelas!
A liberdade é como um copo que quando se excede na
quantidade, transborda!...
PAZ
– A pomba símbolo da Paz
A paz é uma coisa que o mundo actual precisa e que
infelizmente pouca gente a espalha e compreende. A paz quando invade o nosso
coração faz-nos sentir bem, e põe-nos felizes para o resto do dia!...
Quem dá paz às outras pessoas também é retribuído com paz, e está a proporcionar um
modo de vida melhor, o que é gratificante e faz com que nos empenhemos nela.
PÃO
– Pão como alimento
Neste
pão, oferecemos-Te, Senhor, o trabalho de cada dia, o alimento que a muitos
falta na má distribuição da humanidade. Que este pão transformado no Teu Corpo
nos leve a saber partilhar com os outros a abundância dos teus dons e sejam
eles o alimento que nos dá a força e a coragem do gesto que salva.
Que estas crianças que hoje te querem receber na sua
Comunhão Solene, partam para o mundo sem esquecer que só Tu podes saciar a fome
de paz, justiça e unidade.
VINHO
– Vinho como sinal de trabalho
O vinho que apresentámos será transformado no Sangue com
que remiste a humanidade. Com ele estabeleceste a definitiva aliança, apontando
a todos a salvação que está derramamento de sangue pelo irmão.
Apaga a sede de quantos te procuram e ainda não te
encontraram e ajuda-os a compreender que nem sempre sofrer é morrer.
PARTILHA
– As ofertas como partilha
Nestes
dons queremos manifestar a alegria que nos deixaste em saber partilhar.
Ajuda-nos a saber partilhar tudo quanto nos dás para que a ninguém falte a
alegria do dar e receber.
Eucaristia
(Anáfora
II das crianças)
O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Corações ao alto.
Todos: O nosso coração está em Deus.
Dêmos graças ao Senhor, nosso Deus.
Todos: É nosso dever, é nossa
salvação.
Pai, que
sois tão bom, sentimos grande alegria em estarmos aqui reunidos, junto de Vós.
Queremos agradecer-Vos e, com Jesus, Vosso filho, cantar- -Vos a nossa alegria.
Todos: Glória a Vós Senhor, que
tanto nos amais.
Vós sois tão nosso amigo, que criastes para nós este
mundo grande e belo.
Todos: Glória a Vós Senhor, que tanto nos
amais.
Vós sois tão
nosso amigo, que nos dais o Vosso Filho, Jesus, para nos guiar até junto de
Vós.
Todos: Glória a Vós Senhor, que
tanto nos amais.
Vós sois tão
nosso amigo, que em Jesus, reunis todos os homens como filhos de uma família.
Todos: Glória a Vós Senhor, que
tanto nos amais.
Porque sois
tão nosso amigo, ó Pai, queremos dar-Vos graças; e, com os Anjos Santos que vos
adoram, no Céu, cantamos com alegria:
Santo, Santo é o Senhor Deus
Deus do Universo, Deus do Universo
Cheios estão os céus e a terra
Da Tua glória, Hossana
Hossana Hossana Hossana Nos céus (repete)
Bendito o que vem
Em nome do Senhor, Hossana nos céus Hossana
Santo, Santo...
Sim, ó Pai,
bendito seja Cristo Jesus, que Vós nos mandastes; o amigo dos pequeninos e dos
pobres.
Ele veio para nos mostrar
como podemos amar-Vos e
amarmo-nos uns aos outros.
Ele veio para tirar do coração dos homens toda a maldade
que não nos deixa ser amigos, que não nos deixa ser felizes.
Ele prometeu que o Espírito Santo estaria connosco todos
os dias para podermos viver da Vossa vida.
Todos: Bendito o que vem em nome do
Senhor! Hossana nas alturas!
Em seguida, tomou o cálice com vinho, fez, de novo,
uma oração para Vos dar graças; depois entregou o cálice a cada um, dizendo:
“Tomai e bebei todos: este é o cálice do meu sangue, o
sangue da nova e eterna aliança, derramado por vós e por todos os homens, para
remissão dos pecados.”
Todos: Jesus Cristo entregou-Se por
nós.
E disse-lhes, ainda:
“Fazei isto em memória de mim”.
Por isso, ó Pai, que sois tão bom, lembramos, agora, a
morte e a ressurreição de Jesus, o Salvador do mundo: Jesus deu-Se a nós para
ser agora a nossa oferta e nos levar até junto de Vós.
Todos: Nós Vos louvamos, nós vos
bendizemos, nós vos damos graças.
Escutai-nos, Senhor, nosso Deus; dai o Vosso Espírito
de amor a todos nós que participamos nesta refeição par ficarmos cada vez mais
unidos na Vossa Igreja, em união com o Papa, João Paulo II, o nosso Bispo, José
Augusto, e com todos os outros Bispos do mundo inteiro e com todos os que
trabalha pelo Vosso Povo.
Todos: Somos a Igreja de Cristo,
para Vossa glória.
Lembrai-Vos, ó Pai, de todos os nossos amigos (...) e
também daqueles de quem não gostamos tanto.
Lembrai-Vos daqueles que já partiram deste mundo (...)
recebei-os, com amor, na Vossa glória.
Todos: Somos a Igreja de Cristo,
para Vossa glória.
Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai Todo
Poderoso, toda a honra e toda a glória, agora e sempre na unidade do Espírito
Santo.
Todos: Amén.
*
Cântico: PAI NOSSO
Junto
ao mar eu hoje ouvi,
Senhor
Tua voz que me chamou
E me
pediu que me entregasse
A meu
irmão
Essa
voz me transformou
A minha vida ela mudou
E só
penso agora Senhor
Em
repetir-te
Paz
* Cântico: PAZ AOS HOMENS
Ouvi
uma criança a cantar
Baixinho
pr’a ninguém ouvir
Brilhando
no seu olhar
A
mensagem que queria transmitir.
Refrão:
Paz aos
homens
Paz aos
homens
Paz aos
homens
De toda
a terra
Olhou-me
com ternura e a sorrir
Porém
não parava de cantar
Sua voz
fez-me sentir
Vontade
de também cantar.
Comunhão sobre as duas espécies
*
Cântico: CANTAREI
Se crês
em Deus
Se
acreditas que Ele há-devoltar
Segue o
caminho que Jesus nos veio ensinar
Então
verás que a vida se pode tornar melhor
Refrão:
Cantarei,
Cantarei
O que
Deus no veio ensinar:
Que a
maneira de chegar ao Céu,
É amar,
é amar, é amar, é amar
O pobre
o rico e o pecador
E tudo
o que nesta vida é querido do Senhor
Se Deus quiser,
Hei-de deixar de pensar em mim,
E assim roubar tempo ao tempo para O adorar,
Serei feliz, e comigo será tudo o que cantar
* Poema
Senhor, eu te ofereço tudo o que sou.
É muito pouco, mas é toda a minha riqueza.
A minha voz para continuares a falar aos homens.
Os meus pés para que te possas aproximar de quem caiu
As minhas mãos para continuares a acariciar, a curar, a levantar.
O meu coração para continuares a amar e a perdoar setenta
vezes sete.
Senhor, eu te ofereço tudo o que sou.
para que a tua mensagem de salvação chegue a toda a
gente.
Enche a minha ignorância com a tua claridade,
o meu cansaço com a tua fortaleza,
o meu egoísmo com o teu amor,
a minha desilusão com a tua esperança,
as minhas sombras com a tua luz
o meu pecado com a tua misericórdia.
Senhor, eu te ofereço tudo o que sou
e te digo com humildade e alegria:
“Conta comigo! ”
Cântico:
DE ACÇÃO DE GRAÇAS
Fica entre nós, Senhor neste dia
Fica entre nós, em paz viveremos
Refrão:
Fica
entre nós, dá-nos tua luz
a
noite jamais há-de vir
fica
entre nós, dá-nos tua luz
nos
caminhos do mundo, senhor
Juntos iremos nós pelos mundo,
Juntos iremos ter com os homens
Quero Senhor as minhas mãos dar-te
Quero Senhor meu ser entregar-te
Benção final
*
Cântico: SOU AINDA MUITO JOVEM
Refrão:
Sou ainda muito jovem mas eu sei
Que o homem que amanhã eu quero ser
Vai crescer, vai crescer dentro de mim
É como a flor que eu cuido com amor no meu jardim
E que o
mundo tem direito a colher
É como
a flor que eu cuido com amor no meu jardim
E que o
mundo tem direito a colher
Tenho
vontade de dizer e de cantar
Dá-me
um pouco de atenção só pr’a dizer:
Que a
vida é dom há que cuidar
Todo o
homem tem direito a viver
Tenho
vontade de dizer e de cantar
Dá-me
um pouco de atenção só pr’a dizer:
“Que a
paz é flor, a desabrochar
Mas só
no coração pode nascer”.
Tenho
vontade de dizer e de cantar
Dá-me
um pouco de atenção só pr’a dizer:
“Que a
esperança é fogo, é chama, é luz
Que é
urgente neste mundo acender”.
Procissão Solene da Padroeira
ORDEM
DA PROCISSÃO DE N.ª SRA. DE FÁTIMA
11/05/2003
*
Fanfarra – Fragoso
*
Escuteiros (se os houver)
*
Guião
*
Bandeira N.ª Sr.ª de Fátima
*
Figurado (se houver)
*
Bandeira N.ª Sr.ª das Necessidades
*
Figurado (se houver)
*
Bandeira da Legião de Maria
*
2 Figurados (se houver)
*
Bandeira de S. Vicente de Paulo
*
Figurado (se houver)
*
Bandeira do Sagrado Coração de Jesus
* Catequese – Pré
*
Catequese – 1º
*
Catequese – 2º
*
Catequese – 3º
*
Catequese – 4º
*
Catequese – 5º João Dias e Ricardo Bragança
*
Catequese – 6º
*
Catequese – 8º
*
Catequese – 9º
*
Catequese – 10º
*
Pastorinhos
*
Andor
*
7º Ano da Catequese – Comunhão Solene
*
Cruz – Veiga, Rui Castelejo, Ramos
*
Turíbulo – Conceição Meira, Felisberto Eira
*
Pálio – P.e Brito, Simões e Cachulo
*
Juízes – José Martins e Fernando Amado
*
Autoridades – Presidente da Junta(?), Presidente ou Representante da Câmara
*
Comissão de Festas – Comissão Fabriqueira
*
Povo
*
Lanternas do Pálio – Fernando Dias, Bento Ferreira Viegas, Manuel Meira e João
Vieira Ferraz
*
Pálio (Varas) – Eng.º José Carlos Silva, Dr. Paulo Gigante, Dr. Armando
Sobreiro, Dr. José Carlos Loureiro, Dr. António Viana Cunha, João Carlos
Salgado
*
Andor (Lanternas) – José Alberto Ferreira Silva, Fernando Pereira, José Galvão
e João Miguel Gomes
*
Varas do Juiz – José Martins (1º Juiz) e Fernando Amado (2º Juiz)
*
Bandeira da Senhora de Fátima – João Passos Fernandes, Francisco Viana, Manuel
Mota (genro do Puga)
*
Bandeira Sagrado Coração Jesus – Domingos Fornelos, Saúl Carvalho e Cesário
Lima
*
Bandeira N.ª Sr.ª das Necessidades – Victor Rosário, Pedro Silva e Aníbal Silva
*
Bandeira de S. Vicente Paulo – Carlos Alberto Braga, António Puga e Fernando
Mendes
BENÇÃO
DA POUSADA DE JUVENTUDE DE VIANA DO CASTELO
20 de Agosto
de 1999
Ritos iniciais
Presidente:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Todos:
Amém.
Presidente:
Reine nesta Pousada e em todos os que, de futuro, a procurem, a paz do Senhor.
Todos:
Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo
Introdução
Elevemos,
irmãos, a nossa fervorosa oração a Jesus Cristo, que quis nascer da Virgem
Maria e habitou entre nós, para que se digne entrar nesta Pousada e abençoá-la
com a sua presença.
Nosso Senhor Jesus Cristo esteja aqui no meio de vós,
alimente fraternalmente a vossa juventude, tome parte nas vossas alegrias e vos
conforte nas tristezas.
E vós, seguindo os mandamentos e exemplos de Cristo,
procurai, acima de tudo, viver de tal modo que esta Pousada seja lugar onde
reine a hospitalidade sadia, e donde se difunda ao longo e ao largo a suave
fragância de Cristo.
Evangelho
Leitura
do Evangelho segundo são Lucas (Lc. 10, 5-9)
Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: “Quando
entrardes nalguma casa, dizei primeiro: «Paz a esta casa» . E se
lá houver homens de paz, a vossa paz repousará sobre eles; senão, ficará
convosco. Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que tiverem, porque o
trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa.
Quando entrardes nalguma cidade e vos receberem, comei do
que vos servirem, curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: «Está
perto o reino de Deus»”. Palavra do Senhor.
Salmo
Salmo 126 (127)
Refrão: O Senhor edifique a nossa casa
Se o Senhor não edificar a casa,
Em
vão trabalham os que as constroem.
Se o Senhor não guarda a cidade,
Em vão vigiam as sentinelas.
Refrão
É inútil levantar-vos antes da aurora
E trabalhar pela noite dentro,
Para comer o pão dum trabalho duro,
Porque Ele o dá aos seus amigos, até durante o sono
Refrão
Os filhos são uma benção do Senhor
O fruto das entranhas, uma recompensa:
Como flechas nas mãos de um guerreiro,
Assim os filhos nascidos na juventude.
Refrão
Feliz
o homem que encheu a aljava:
Não
será confundido,
Quando
enfrentar os inimigos às portas da cidade.
Refrão
Preces
Nosso
Senhor Jesus Cristo, tomando sobre si as nossas fraquezas e sofrimentos, passou
fazendo o bem, deixando-nos o exemplo para que sigamos os seus passos.
Confiando no Seu amor infinito, invoquemo-l’O, dizendo:
“Ficai connosco, Senhor...”
- Senhor Jesus
Cristo, que com Maria e José santificastes a vida doméstica, dignai-vos
habitar nesta Pousada, de modo que Vos sintamos sempre como nosso hóspede
e vos honremos como nosso Mestre e Senhor.
Todos: “Ficai connosco, Senhor.”
- Senhor Jesus
Cristo, em quem todo o edifício bem construído cresce para formar templo
santo, fazei com que todos os que usufruam desta Pousada, sejam morada de
Deus pelo Espírito Santo.
Todos: “Ficai connosco, Senhor.”
- Senhor Jesus
Cristo, que ensinastes os vossos fiéis a construir a sua casa sobre rocha
firme, fazei que a vida nesta Pousada se apoie firmemente na Vossa palavra
e, evitando a divisão e a discórdia, Vós sejais servido de coração sincero
e espírito generoso.
Todos: “Ficai connosco, Senhor.”
- Senhor Jesus
Cristo, que, não tendo morada própria, aceitastes com a alegria da pobreza
a hospitalidade dos amigos, fazei com que todos os viajantes e peregrinos
encontrem nesta pousada.
Todos: “Ficai connosco, Senhor.”
- Senhor Jesus
Cristo, que na família de Nazaré encontrastes a plenitude do amor fazei
que também nesta pousada todos possam viver a experiência da dignidade
humana.
Oremos
Todos: “Ficai connosco, Senhor.”
Benção do
edifício
Assisti Senhor, os vossos servos, que, ao ignorar hoje
esta pousada, imploram humildemente a vossa benção, para que, nela estando,
encontrem em Vós um refúgio, ao saírem, Vos tenham por companheiro, ao
regressarem, Vos sintam como hóspede, até que um dia cheguem felizmente à
morada para eles preparada na casa do vosso Pai.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito
Santo.
Todos: Amém.
Cântico: “Avé
Maria”, de Schubert
Conclusão
A paz de Cristo reine nos nossos corações, a palavra
de Cristo habite em nós com abundância, de modo que tudo o que fizermos, por
palavras ou por obras, seja tudo em nome do Senhor.
Todos: Amém
CAPÍTULO VI
A PARÓQUIA E A
ACÇÃO SOCIAL
Alguns trabalhos que ele apresentou ou
escreveu para o Jornal “Paróquia Nova” que dirige.
Se
há alguma coisa que apaixona verdadeiramente o P.e Coutinho é a
acção social, o serviço aos outros. Isso se vê nos apelos que fez ao
voluntariado e às obras que criou. Sinal de que, para ele, não se pode pregar a
“estômagos vazios”.
INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE
como expressão de Caridade ou
Solidariedade numa Comunidade
1. Boa Nova de Jesus Cristo
“Dou-vos um mandamento novo: que vos amais uns aos
outros; que vos ameis uns aos outros assim como que vos amei. Por isto é que
todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.”
(João 14, ou 16...)
Quando esta Boa Nova atinge os
corações ela é aceite, isto é, a adesão e o compromisso modelam, forçosamente,
o agir humano ao jeito da pessoa de Jesus Cristo.
a) A Fome e a Miséria
Ninguém pode descansar enquanto não
forem erradicados problemas como a fome e a miséria. É a fome e a miséria que
têm de ser combatidas para que a salvação se dê na globalidade do corpo e da
alma: o ser físico, mental e espiritual. Caso contrário, constituirão sempre um
bloqueio a essa salvação. Essa miséria vai desde a fome, privação de bens
essenciais à sobrevivência do ser humano até aos sem abrigo, marginalidade,
etc..
b) A atitude de Jesus
A opção de Jesus Cristo foi sempre
muito clara. Logo após o seu nascimento, ele voltou-se para a gente simples e
abandonada, e durante a vida sempre optou pelos pobres a quem muitas vezes
matou a fome. (Mt. 14, 13-21).
Não vemos Cristo a ocupar outro
lugar. Está sempre ao lado dos pobres e dos que precisam, dos aleijados, dos
estropiados, dos doentes, dos pecadores e dos pecadores públicos, dos que
passam fome e sede...
c) A nossa atitude
A atitude dos crentes também não
pode ser outra na vida. Não devemos estar tão preocupados com o aparato e as
grandes obras. Quando Jesus nos diz que “Vejam as vossas obras e louvem o
vosso Pai do Céu” (Mt. 5,6), é para que sejamos grandes realizadores com
meios simples e humildes, pois só na humildade e na simplicidade é que seremos
capazes de descobrir sinais de Deus.
Tanto hoje, como ontem, numa região com o menor poder de
compra do país, onde encontramos pessoas que nos batem à porta esfomeadas,
também Jesus nos diz, como aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmo de
comer!” (Mt. 14,16).
2. Na história da Igreja
No
princípio da Igreja “pôr em comum os bens” era normal. Sobretudo era esse o
testemunho que mais cativava... “Olha como eles se amam”. Depois, na época
patrística, aparecem também testemunhos claros de preocupação pelos pobres
como, por exemplo:
* S. Gregório de Nissa (335-394): “O
tempo actual apresenta-nos uma quantidade de nus e de sem abrigo. Há multidões
de escravos junto de cada porta. O estrangeiro e o emigrante também não faltam.
Por toda a parte mãos estendidas buscando auxílio” (Os padres da Igreja e a
questão social, 25).
* S. Gregório de Nazianzo (330-390):
“... mas, e aqueles, num sofrimento enorme, enquanto nós bem abrigados em
casas luxuosas... e os míseros, tremendo de frio, nos seus farrapos
grosseiros... quem não se angustia com estes lamentos? Que olhos são capazes de
ver este espectáculo?” (idem, 43).
*
S. João Crisóstomo (345-407): “Age com misericórdia e bondade:
socorre a penúria, mata a fome, afasta as tribulações. Recomendo que aos
necessitados se dê com abundância” (idem, 79).
Depois,
na Idade Média, começou-se a desenvolver a liturgia e tudo o que envolve esta
acção, como seja, a arte. Por isso, houve na história da Igreja, tempos em que
a acção sócio-caritativa não era considerada missão da Igreja ou, pelo menos,
era relegada para último lugar. E no mesmo sentido se afirmava que a função
essencial da Igreja era ser missionária: “Ide e ensinai todos os povos”
(Mt. 28, 19-20). Pregar e baptizar era a sua particular missão.
Ainda hoje,
a função da Igreja continua a ser objecto de algum tabu ou de algum medo. Falta
muitas vezes a coragem de S. Paulo: Fazer tudo, para a todos levar a Cristo.
Isto significa risco e ser cristão é um risco.
3. O Concílio Ecuménico
Este
Concílio ajudou-nos a não esquecer, a partir das missões de Jesus Cristo como
Sacerdote, Profeta e Rei, que ser Rei era servir e servir era amar, era dar a
vida pois não basta celebrar a fé e proclamá-la, é preciso também vivê-la.
Em Jesus
Cristo, fomos baptizados nesta tríplice missão e se Cristo era o Caminho, a
Verdade e a Vida, temos, como pessoas de fé e comprometidas com Cristo, também
nós de ser sacerdotes para santificar, profetas para proclamar a verdade e reis
para abrirmos caminhos de felicidade aos que dela precisam. Isto diz-se para os
ministérios ordenados e não ordenados, realçando-se não a responsabilidade, mas
a co-responsabilidade.
4. A Instituição Particular de
Solidariedade Social
Uma
I.P.S.S. é uma iniciativa unicamente de leigos ou de leigos comprometidos na
Igreja, com estatutos próprios e com objectivos definidos e aprovados pelo
Bispo da diocese. Mas a I.P.S.S. pode ser fundação de um outro movimento
eclesial, a nível diocesano ou
paroquial, desde que aprovado pelo Bispo. Tem de ser autónoma para
cumprir 3 objectivos fundamentais na comunidade, como sua mandatária: expressar
a generosidade individual, articular a generosidade e equilibrar ou coadjuvar a
organização social com os serviços do Estado. Esta autonomia é-lhe concedida
pela comunidade, reconhecida pelo Bispo e também, se for o caso, pelo Estado.
Não resulta da lei, nem da autoridade estatal, resulta da iniciativa generosa e
espontânea da comunidade. Ela é um meio
pelo qual a Igreja exerce parte da sua missão
socio-caritativa para com os Homens. É um meio eficaz para o exercício,
permanente e obrigatório, da caridade, pois não basta a pregação e a oração, é
preciso testemunhar por meio de obras para que façamos parte da Luz que, por
excelência, é Jesus.
Uma I.P.S.S. deve ser, numa diocese ou numa paróquia, um
lugar de comunhão fraterna, um espaço onde a comunidade ou as comunidades exercem
o Amor e a Solidariedade entre as pessoas.
A grande força moral e a riqueza do serviço aos outros
deve resultar do facto da I.P.S.S. ser um serviço de leigos da Diocese ou da
Paróquia, onde a co-responsabilidade laical pode ser mais notória, visto abrir
as portas da integração e participação a pessoas com várias sensibilidades. A
I.P.S.S., neste caso, é apenas uma oportunidade criada pela comunidade,
presidida pelo Bispo, para servir de suporte a todos os que assumem a estrutura
comunitária e institucional para as necessidades encontradas, envolvendo
voluntários, na resolução das necessidades da Igreja.
Quem trabalha por esta causa dá provas de saber o que
quer, saber fazer com fé, justiça e verdade, passando teimosamente por cima de
muitas contrariedades.
5. Necessidade de Informação e
Formação.
Como obra da Igreja não podemos falar de Identidade sem
falar de Espiritualidade.
Algumas questões poderão ser levantadas em relação à
formação de voluntários, para uma colaboração orgânica e articulada, de acordo
com as capacidades de cada um. Poderá ainda a I.P.S.S., numa Comunidade, colaborar com outros serviços e
movimentos como a Cáritas, Vicentinos, a Legião de Maria e por aí fora..., para
dar uma perspectiva social que também os deve nortear.
Desnecessário é dizer que a solidariedade cristã, para
cristãos confessos, tem de ser iluminada pela fé. Não pode ser uma opção
puramente humana. Daí a necessidade da Igreja lutar pela formação dos
voluntários e trabalhadores assalariados das nossas obras sociais, nas I.P.S.S.. Há que apostar em equipas
profissionais multi-disciplinares e com habilitações próprias, com
características humanas e de formação cristã adequadas à missão de qualidade
exigida a respostas sociais que damos.
É importante o estudo da acção social e da sua relação
com a missão da Igreja, da Comunidade, da vida de fé, esperança e caridade. É
importante o estudo dos textos da Doutrina Social da Igreja, da vocação do
cristão, da nova evangelização, do compromisso social como exigência da fé dos
baptizados.
Os problemas da pobreza, da marginalidade, das diversas
carências da fome, da deficiência, da doença, da velhice, dos isolados e ainda
das crianças abandonadas ou vítimas de maus tratos, são todos objecto da acção
I.P.S.S.. Visto se tratar de grupos vulneráveis, têm de ser objecto do Amor de
Deus através da Igreja e essa Igreja é constituída por todos nós.
6. I.P.S.S. - Espaço de liberdade e globalidade.
Uma I.P.S.S. tem uma exigência legal diferente dos outros
movimentos e grupos de acção da mesma Igreja, pelo facto de se envolver em
acções em que o Estado pode e deve, por justiça, colaborar com o que hoje
fazemos por caridade ou solidariedade. E quando o Estado o fizer por justiça,
nós, I.P.S.S., faremos outra coisa...
A Instituição dá a cara em nome da Igreja, de um
donativo, de uma partilha e até de um serviço. Deste modo, garante a liberdade
do beneficiário e do beneficiado e, ao mesmo tempo, pode memorizar a oferta do
benfeitor prolongando a sua memória. É uma forma de oferecer e garantir a
estabilidade e eficácia da acção de quem dá, de quem se dá sem se comprometer e
que quer fazer bem sem mostrar o rosto. É uma questão de liberdade! A luz
põe-se sobre o alqueire, mas em nome duma Comunidade pode ser mais forte!...
Pode iluminar mais... e ir mais longe.
A I.P.S.S. tem por isso personalidade jurídica, canónica
e civil, e é responsável administrativamente, perante a Igreja e perante o
Estado, pelo que faz, e como faz. Ela tem, sobretudo, a obrigação de prestar
contas, à Igreja hierárquica, sobre a qualidade dos serviços que presta à
Comunidade.
Ao Estado pode interessar o tecnicismo; à Igreja, mais do
que o tecnicismo, interessa a técnica iluminada pelo amor, o modo como se faz para que outro não
sofra, ou sofra menos. O Amor está sempre, na Igreja, acima da lei e da
técnica.
7. Conclusão
Muitos leigos, com capacidades excepcionais, permanecerão
afastados de certas práticas de solidariedade Cristã, ao serviço da Comunidade,
por desconhecimento do que é uma I.P.S.S. e qual o seu objectivo.
Na Diocese tem de haver lugar para Cáritas, Vicentinos,
Legião de Maria, Centro de Cristandade, Serviços de Doentes e também para as
I.P.S.S. que, animadas pela Doutrina Social da Igreja, podem ir mais longe em
relação aos mais pobres, vulneráveis, desprotegidos, que são os predilectos do
Senhor.
Diz S. Paulo aos Romanos (14,47) que o Reino de Deus não
é uma questão de comida ou bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito
Santo.
A I.P.S.S. deve ser cada vez mais Serviço aos Pobres,
serviço à Comunidade, que, por missão, tem de cumprir.
A IGREJA E OS CENTROS SOCIAIS PAROQUIAIS
O serviço do padre Artur Coutinho, em relação à Igreja,
sempre se pautou por um serviço social e de há vários anos para cá, como pároco
de Nossa Senhora de Fátima, continuou a desenvolver esse seu serviço no Centro
Social Paroquial, criado na comunidade desde que lá chegou.
Ele realiza este trabalho na linha da "opção pelos
pobres", apontada pelo Concílio Vaticano II.
A Boa Nova de Jesus Cristo só atinge os corações
quando as mentes são esclarecidas e, para que isso aconteça, é preciso vencer
primeiro a fome e a miséria para que a salvação se dê na globalidade do corpo e
da alma, o ser físico, mental e espiritual.
A Igreja e a opção pelos Pobres
A opção
pelos pobres foi sempre a atitude tomada por Cristo pois sempre se voltou para
a gente simples e abandonada e à qual teve de matar muitas vezes a fome (Mat.
14, 13-21).
Não vemos Cristo a ocupar outro lugar. Está sempre ao
lado dos pobres, e dos que precisam, dos aleijados, dos estropiados, dos
doentes, dos pecadores e dos pecadores públicos, dos que passam fome e sede...
Não nos preocupa tanto o aparato e as obras grandes,
porque quando Jesus nos diz "vejam
as vossas obras e louvem o vosso Pai do Céu" (Mat. 5,16) é para que
sejamos grandes realizadores com meios simples e humildes.
Hoje, como ontem, numa região das mais pobres do País
onde nos encontramos e diante de populações esfomeadas que nos cercam, também
Jesus nos diz, como aos seus discípulos: "Dai-lhes vós mesmo de
comer!" (Mat. 14,16).
Um dever da Igreja
Durante algum tempo se ensinou que a acção caritativa não
era missão da Igreja. Nesse sentido, se afirmava que a função essencial da
Igreja era ser missionária: "Ide e ensinai todos os povos" (Mat. 28,
19-20). Pregar e baptizar era a sua particular missão.
O Concílio Ecuménico levou-nos a não esquecer as outras
dimensões da fé cristã, a partir das missões de Jesus Cristo que é Sacerdote,
Profeta e Rei.
Em Jesus Cristo fomos baptizados, por isso, participamos
neste Jesus Cristo Sacerdote, Profeta e Rei, ou seja, neste Cristo que é Vida,
Verdade e Caminho. Como sacerdotes a Igreja, que somos todos nós os baptizados,
tem de vivificar, santificar; como Profetas cabe à Igreja a missão de proclamar
a verdade, anunciá-la e como Caminho temos de ser luz, exemplo a seguir por
todos...
Por isso, um Centro Social é um meio pelo qual a Igreja
exerce parte da sua missão para com os homens. O Centro Social é o meio para o
exercício da caridade de modo eficaz, permanente e obrigatório, pois fazem
parte da tríplice missão de Jesus Cristo manifestada nas obras. Não basta
oração e pregação, é preciso o
testemunho para que sejamos parte da Luz que, por excelência, é Jesus.
Força unificadora da Paróquia
O nome de "Centro", que se deu a esta Obra
Social da Paróquia, evidencia a função que lhe cabe: uma força unificadora. Se
a Paróquia é uma porção do Povo de Deus, uma Comunidade de comunidades, um
lugar de comunhão fraterna, o Centro Social ajuda a Comunidade Paroquial a
encontrar-se, pois é o Centro Social que exerce o amor e a Solidariedade entre
as pessoas.
Centro Social e Paróquia
A grande força moral e a riqueza do serviço aos outros
deve resultar do facto de esta Instituição ser um Centro Social paroquial, portanto
um serviço de Leigos na Paróquia. ´E através da sua integração e da sua
participação na vida da Paróquia - da qual faz parte - que o Centro Social
paroquial atinge toda a sua dimensão na Igreja local que o criou e que lhe dá
suporte.
O Centro não pode ser uma estrutura à parte da Paróquia.
O Centro é uma resposta Institucional da Paróquia às necessidades encontradas e
deve envolver os paroquianos - voluntários - no processo de resolução dessas
mesmas necessidades.
Neste campo, levantam-se algumas questões quanto à
necessidade de informação e de formação de voluntários para que todos possam
colaborar duma forma orgânica e articulada de acordo com as capacidades de cada
um; simultaneamente, o Centro poderá também colaborar com os outros serviços e
movimentos da paróquia dando-lhes a perspectiva social que também os deve
nortear.
É importante que seja clara, para todos, a ideia que se
tem da acção social e da sua relação com a missão da Igreja, da Paróquia e da
vida de fé, de esperança e de caridade. É importante encontrar meios de estudar
certos textos da Doutrina Social da Igreja, da vocação do cristão, da nova
evangelização, do compromisso social como exigência da fé de baptizados.
É importante movimentar o Centro Social Paroquial para
que faça cada vez mais parte da Igreja local e Paroquial, e que a Paróquia e o
Centro vivam, em conjunto, as respostas a dar à comunidade. Os problemas da
pobreza, da marginalidade, das diversas carências, da fome, da deficiência, da
doença, da velhice isolada e ainda das crianças abandonadas ou vítimas de maus
tratos, constituem os grupos sociais com o qual o Centro Social Paroquial
normalmente trabalha.
Estes grupos devem ter, na Paróquia, um lugar predilecto
e devem ser uma preocupação constante, exactamente porque são os mais
vulneráveis de entre todos os paroquianos.
Além dos meios materiais e humanos a Paróquia tem ainda
de dar prioridade à oração por todos aqueles que trabalham nos seus Centros,
para que o que façam seja de uma forma cada vez mais humana e cada vez mais
fiel ao Espírito da caridade cristã.
Dirigentes, voluntários e técnicos
O Centro Social paroquial é dirigido, por exigência
legal, civil e canónica, por um conjunto de pessoas que constituem os órgãos
sociais dirigentes da Instituição. Estes são voluntários de entre os
paroquianos que estejam dispostos a desenvolver os conhecimentos que têm, na
perspectiva do exercício da Acção Social e da Solidariedade Cristã.
Mas não é só de voluntários dirigentes que o Centro
Social Paroquial precisa. Muitas outras actividades, eventuais ou mais ou menos
regulares, poderiam vir a beneficiar as pessoas que delas precisam se mais
Leigos voluntários dessem algumas horas dos seus tempos livres ao serviço
destes irmãos. Para isso, estamos agora a implementar mais uma vez o serviço de
voluntários. E não esqueçamos que Frederico OZANAN, jovem universitário,
começou por juntar lenha para os pobres se aquecerem e não passarem frio. O P.e
Américo acolheu e promoveu a pessoa humana. O P.e Adolfo Kolping
promoveu o trabalho comunitário. O P.e Cardijn lutou por maior
dignidade da classe operária. O P.e Óscar Romero foi assassinado por
defender os direitos dos explorados. A Madre Teresa de Calcutá acolheu os
moribundos abandonados. Monsenhor Airosa fundou uma obra para
"Regeneração" das raparigas da rua. O P.e Abel Varzim
criou uma obra de raparigas marginais. Mons. Moreira das Neves e Maria Luísa
Ressano Garcia fundaram a obra do “Ardina“. Frei Bartolomeu dos Mártires deu
tudo o que pôde para salvar da peste de 1570 e da carestia de 1574. João de
Deus (S.) deu a vida pelos doentes.
Muitas pessoas com capacidades excepcionais permanecerão
afastadas de certas práticas de Solidariedade Cristã, ao serviço da Paróquia e
do Centro Social, por desconhecimento do que é o Centro e qual o seu objectivo.
Dizemos solidariedade cristã porque, para paroquianos
confessos, esperamos que esta seja iluminada pela fé, que seja uma questão de
opção cristã e não apenas por opção puramente humana.
É de salientar que o Centro Social Paroquial, à medida
que cresce o âmbito da sua acção e que assume exigências de qualidade
comprovada, tem de integrar na sua equipa profissionais com habilitações
próprias e com características humanas e de formação cristã adequadas à missão
que desempenham e ao cariz da Instituição que representam. Daí o nosso esforço
na melhoria da qualidade das respostas sociais que damos.
A Paróquia atinge a sua dimensão de Igreja na medida em
que vive conscientemente a missão de louvor, anúncio e serviço em união com
Cristo e com a sua Igreja, na Eucaristia.
Lugar do Centro Social Paroquial
na missão eclesial da Paróquia
Se há lugar para Vicentinos, Legião de Maria, Serviço de
Doentes e muitos outros, há, por certo, também um lugar próprio para o serviço,
de uma forma regular, contínua, estruturada e organizada segundo normas e
indicativos técnicos comummente aceites pelos Serviços Oficiais e pela Doutrina
Social da Igreja, aos mais pobres, vulneráveis e desprotegidos, pois são os
predilectos do Senhor.
S. Paulo afirma: "O Reino de Deus não é uma
questão de comida ou bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito
Santo" (Rom. 14,47).
O Centro Social Paroquial deve ser cada vez mais o
SERVIÇO aos Pobres, serviço que a Paróquia, por missão, tem de cumprir.
A VISIBILIDADE
DA IGREJA ATRAVÉS DA INTERVENÇÃO SOCIAL
A Igreja e os sinais de Caridade
Os sinais de
Caridade são os únicos e inequívocos sinais de visibilidade da acção pastoral
da Igreja por vontade de Jesus Cristo. Como pessoa divina, assim reconhecido
pelos Magos no Presépio, proclamado no seu baptismo e reconhecido como tal nos diversos milagres que acompanharam a sua
acção e, como pessoa humana que concomitantemente reunia na sua essência,
sempre se manifestou sensível, muito humano, a participar das alegrias e das
tristezas dos seus comtemporâneos, nas Bodas de Caná ou na morte de Lázaro e,
quer num quer noutro acontecimento, surgem dificuldades. Apesar de tudo, Jesus
está atento e transmite sempre a alegria. Fez o milagre da transformação da
água em vinho para que os noivos não ficassem mais preocupados e menos alegres
ao verem os seus convivas bem. Restituiu a alegria às irmãs e aos amigos de
Lázaro, ao dar de novo a vida a um corpo morto e já fétido...
Os Apóstolos
entenderam bem esta mensagem pelo que, desde a primeira hora, após a
Ressurreição de Jesus e a sua subida ao Céu, logo realizaram comunhão de vida e
se dedicaram ao serviço fraterno.
Fomentaram
entre os primeiros cristãos verdadeiras e autênticas comunidades que
interpelavam os estranhos, sobretudo pela comunhão de vida a partir dos bens.
Por isso, os estranhos exclamavam “Vêde como eles se amam”. Formando-se
assim em comunidades verdadeiramente modelares porque não eram obras do poder,
mas obras do Espírito.
Criaram
tradição. Este é o património deixado pela tradição apostólica. Ainda hoje é
regra de ouro na actualização permanentemente das orientações pastorais e na
vivência cristã da Igreja.
Depois dos
Apóstolos somos nós, a igreja de hoje que tem de continuar esta tradição, esta
comunhão de vida e este serviço fraterno. É por isso que dizemos que a nossa
missão, a partir do baptismo, é uma missão tríplice porque é participação da
mesma missão de Jesus Cristo, como sacerdote, profeta e rei,
ou seja, há que conhecer estudando e partilhando saberes, há que celebrar
pontualmente as alegrias do Mistério que se nos é revelado e há que servir, na
vivência com os outros, as exigências dos mesmos mistérios para que este
serviço seja luz do mundo, isto é, se transforme em luz que se coloca sobre o
alqueire, em sal da terra para que deixe de ser insípida, em fermento na massa
para que a levede, em semente que morre na terra para dar fruto.
Isto é
visibilidade.
A Lei do Amor e o distintivo das nossas obras
Isto não é
outra coisa senão o AMOR que atinge o coração de qualquer homem da sociedade
contemporânea. Arde por dentro e nos projecta para a transformação total em
Jesus Cristo. “Amai-vos uns aos outros...”
Segundo
Santo Agostinho: “O Amor a Deus é o primeiro na ordem do preceito, mas o
amor ao irmão é o primeiro na ordem da acção...”; “ Ama o próximo e examina,
esse amor pelo outro. Naturalmente encontrarás a causa de Deus. Então reparte o
teu pão com o faminto, abre a tua casa ao que não tem abrigo, veste o nú e não
desprezes a nenhum dos que são da tua raça humana.”
Só o Amor é
capaz de gerar solidariedade e fraternidade e de nos conduzir a vencer em
comunidade a fome e a miséria para que a salvação se dê na globabilidade do
corpo e da alma: o ser físico, mental e espiritual.
A nossa
missão é por isso Caridade, Amor e Acção. Amor sem Caridade não é Amor. Serviço
fraterno sem Amor não é Caridade. Aqui está o segredo da nossa competência,
imprimir uma certa disciplina social à nossa vida, fundada sobre os valores
humanos de justiça, responsabilidade e solidariedade. Esta Caridade
comprometida é símbolo dum Amor soberano, pessoal e colectivo, foco irradiante
da essência cristã.
“É
escandaloso a pretensão de exercer a caridade sem promover a justiça e a luta
por ela” dizem os nossos Bispos na Instrução Pastoral
sobre a Acção Social da Igreja.
Jesus
continua hoje a dizer quando nos lamentamos da miséria, do sofrimento, dos
marginais, dos drogados, dos toxicodependentes, dos alcoólicos, da presença dos
imigrantes de Leste: “Dai-lhes vós mesmo de comer!” (Mt.14,16).
Pregar e
Baptizar já não é missão única para a Igreja. Esse tempo já passou. A “Rerum Novarum”, de Leão XIII, em 1891, é
um exemplo de que não basta matar a fome é preciso humanizar as estruturas e
fazer o mundo mais humano, como concluía Paulo VI. Doutrina que todos os Papas
têm proclamado nas diversas encíclicas sociais até aos nossos dias. O culto não
pode estar antes da justiça e da solidariedade para com os que sofrem. “Eu
detesto as vossas festas...e não gosto dos vossos cultos...(cf. Amós 5) “ O jejum
que eu aprecio é este: abrir as prisões injustas, desatar os nós do jugo,
deixar ir livres os oprimidos, quebrar
toda a espécie de jugo...” Só quando isto acontecer, a tua luz surgirá como a
aurora e as tuas feridas cicatrizarão. (cf. Isaías 58)”A nossa missão vai mais
longe...
A Paróquia célula visível da comunidade
A Paróquia é
um espaço de comunhão bem curto, bem pequeno. A comunhão começa na família,
estende-se ao conjunto de famílias, à Paróquia, às Paróquias, isto é, à
Diocese, que coordena a Comunhão máxima da Igreja local, em relação à Igreja
Universal.
Por isso, na
Paróquia, o espaço próprio para o encontro da identidade cultural e social dum
grupo de famílias que se conhecem mutuamente e pelo nome, onde a Comunhão é
mais viável e evidente, encontramos o espaço onde a visibilidade da Igreja se
torna sacramento mais fácil e eficaz.
Para a
concretização ordenada desta missão eclesial, existe um Conselho Paroquial de
Pastoral, o meio pelo qual a Igreja exerce parte da sua missão para com os
homens. O exercício da Caridade é exercido de modo mais eficaz, permanente e
espontâneo, mas obrigatório.
É na
Paróquia que mais facilmente nos envolvemos de uma forma integral na vida
íntima duma comunidade, isto é, na comunhão com os outros enraizada na fé de Jesus
Cristo, ressuscitado, que está sempre vivo, presente e actuante no meio da
mesma. É na Comunidade onde nos
identificamos com mais facilidade e podemos também, com facilidade,
exercer a Caridade de Jesus Cristo, que ilumina a solidariedade humana nos
deveres para com as pessoas singulares ou colectivas. Dissolvendo
protagonismos, brilhará mais longe a Grande Luz, a primeira que inspirou a
Comunidade a reunir a generosidade
individual para dar corpo à acção do espírito.
Esta Luz faz
com que as nossas obras tornem a Igreja visível porque fará das nossas obras
ofertas preciosas de Amor e nisto serão obras diferentes das do Estado. É na
visibilidade do Espírito que os outros encontrarão a diferença e nos
apontarão... “Vêde como eles se amam!”.
Esta competência
e missão da Igreja numa sociedade altamente competitiva, de violência e de luta
de classes, manifestar-se-á através dos leigos como bons profissionais, bons
políticos, bons companheiros de trabalho e bons membros de família. Nesta
competência estão as denúncias públicas de injustiças sociais, as respostas às
situações mais diversas de pobreza, tendo em conta que o conceito de pobreza da
Igreja é diferente do conceito de pobreza dum político. Uma vez que, segundo a
lógica Cristã, o rico pode ser pobre e o pobre pode ser rico.
A nossa
própria linguagem tem de ser sinal de caridade e criar novidades para que as
nossas obras ultrapassem o domínio das de origem política ou de puro altruísmo.
O que estamos a fazer, aqui e agora, é procurar que, nesta semana, aprendamos a
dar um sentido novo à vida. A vida no Amor...
Opção preferencial
pelos pobres
Cristo fez uma opção preferencial pelos pobres, foi uma
atitude clara e sempre se voltou para a gente simples, abandonada, e marginal,
à qual teve muitas vezes de matar a fome (Mat. 14, 13-21). Não vemos Cristo a
ocupar outro lugar. Está sempre ao lado dos pobres e dos que precisam, dos
aleijados, dos estropiados, dos doentes, dos pecadores e dos pecadores
públicos, dos que passam fome e sede. Não basta, no entanto, pôr as obras de
misericórdia em dia porque muita outra gente é capaz de dar de comer também aos
famintos, mas que as nossas obras sejam distinguidas pelas razões com que as fazemos.
A pobreza em si é um mal para o homem. Deus criou o homem
para ser feliz e criou os bens da terra para os pôr à disposição dos homens, de
todos os homens, segundo a justiça, inseparável da caridade para que
por eles fossem administrados, trabalhados e os mesmos dessem frutos (Gen.
1,28...e cf. G. S. 69)
As promessas de Deus incluem bem-estar material: “A
geração dos justos será abençoada, haverá em sua casa abundância e bem-estar”
(Salmo, 112,3).
O grito dos pobres ultrapassa as nuvens e não descansa
enquanto não chegar a Deus. O pobre não se consola enquanto Deus não o atender
e o juiz justo lhe fará justiça. (cf. Ecl. 35)
Deus revela-se como o Deus de todos, pobres e ricos, mas
vêmo-lo na pessoa do seu Divino Filho ao lado de quem sofre.
Embora sendo o Pai de todos, Deus ama o rico, mas repudia
os seus bens injustos e, no amor ao pobre, pede solidariedade e exige justiça para com ele.
Jesus nasceu pobre, é acolhido pelos pastores, gente
pobre. Vive uma vida pobre e humilde, em Nazaré. Começa sua vida pública
aliando-se nas filas dos que se reconheciam pobres pecadores ao procurar o perdão pelo baptismo de João. Este
procedimento era visto com desdém pelos fariseus, ricos e “justos”.
Em Nazaré, declara-se cumpridor precisamente da promessa
messiânica aos pobres: “o Espírito do Senhor me ungiu para levar a boa nova
aos pobres, para proclamar a libertação aos cativos, dar vista aos cegos, libertar os oprimidos,
anunciar o ano de graça do Senhor” (Lc. 4, 16 ss).
Só o Amor consegue compreender esta dicotomia de pobres e
ricos e Deus, que não quer a pobreza, sendo criador, é Pai de todos; a todos
ama com justiça e com bondade.
Está longe de viver a fé cristã quem diz que não há
pobres. “Na minha paróquia não há pobres”, tantas vezes se ouve dizer.
Quem assim fala não entende nada do que
é o sentido da Caridade cristã, da mensagem de Jesus de Nazaré.
É urgente, onde este tipo de comportamentos existe, fazer
uma revolução. Não uma revolução de armas, mas uma revolução onde o paradigma
seja amor.
Em primeiro lugar, é preciso conhecer a realidade
comunitária em relação à vida e à dor dos que sofrem o esquecimento, a solidão,
a opressão, as inquietações de injustiça, de fraude, de isolamento que todos os
dias envenenam a convivência social, da ignorância, dos que sofrem a
marginalização...
Em segundo lugar, Amar e amar segundo Jesus Cristo é
criar atitudes e comportamentos de honradez, austeridade de vida, de
solidariedade com todos os pobres que sofrem a miséria e a fome, abrir caminhos
e descobrir causas passíveis de solução, criar consciência em toda a comunidade
de que a dimensão sócio- caritativa é fundamental para ela, e de que o serviço
da Caridade deve implicar uma resposta
comunitária visível.
Organigrama duma Comunidade
Visível
A organização paroquial tem de ser visível, como prova do
Amor que pulula nos corações dos aderentes e que interpela os alheios e os
indiferentes.
Desse
modo a Comunidade tem de contar com o padre,
com o Bispo e com as estruturas que com eles governam ou gerem a
coordenação pastoral e que incluem leigos responsáveis, comprometidos que devem
ser testemunho de vivência de fé, preocupados com as diversas dimensões da
teologia pastoral, isto é, a Catequese, a Liturgia e a Acção Social e
Caritativa.
No
sector da catequese dirigida às famílias, idosos, trabalhadores, jovens e
crianças tem de haver catequistas e escolas.
No sector da Liturgia dirigida ou destinada à celebração
alegre de todos, conta com leitores, acólitos, cantores, animadores, etc..
No sector Social e Caritativo destinada a todos e não só
aos carentes, aos pobres. Quem não é pobre aos olhos de Deus? Todos precisamos
da Caridade e todos precisamos na Igreja de usar de Caridade. Ela é a alma
visível através do nosso comportamento na comunidade e, por ela, os outros
poderão abandonar a indiferença e o seu alheamento, para aderirem à fé de Jesus
Cristo e integraram-se na Comunidade- igreja visível.
Tem, como as outras dimensões da Igreja, de contar com
animadores através dos movimentos próprios, como os Centros Sociais, os
Vicentinos ou Cáritas, os grupos voltados para os doentes, para a integração social,
para a juventude...
É grato aos Bispos de Portugal testemunhar aqui o seu
apreço pela actividade altamente meritória que tantas Instituições, grupos e
Cristãos em geral vêm desenvolvendo em todo o País e nos mais diferentes
domínios de acção social. (cf. I. P. De Episcopal Portuguesa, 1997).
Da visibilidade através da intervenção social da Igreja, pelo que expus,
parece-me não restarem dúvidas. Quanto aos sinais vividos nas comunidades
paroquiais, encontram-se presentes, quando qualquer situação de dificuldade é
capaz de fazer levedar a massa da solidariedade, conduzindo as pessoas a uma maior comunhão de
vida e de bens, fazendo festa, celebrando com alegria a palavra, a comunhão da
disponibilidade, do serviço porque Deus é, porque Deus Ama, porque Deus é AMOR
(S. João).
Artur Coutinho, in “Semana
de Pastoral Social”, em Fátima
MISSÃO DO CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL
DE N.ª Sr.ª DE FÁTIMA
Dr.
José da Costa Calçada,
Sociólogo
do Centro Social Paroquial
O Centro Social e Paroquial de Nossa
Senhora de Fátima surgiu da iniciativa da Legião de Maria e da
Conferência Vicentina que criaram um grupo de idosos a reunir na sacristia e a
fazer daí um centro de convívio.
Mais tarde, por iniciativa da Comissão Fabriqueira,
aparece a obra da Residência Paroquial, que foi aproveitada para, sob ela, ser
feito um grande salão com o objectivos de lá instalar os idosos. A Comissão
prepara então os estatutos e a residência paroquial é erecta canonicamente em
26 de Abril de 1982, por sua Ex.ia Rev.ma Sr.
Arcebispo-Bispo de Viana do Castelo D. Júlio Tavares Rebimbas.
É uma Instituição Particular de Solidariedade Social
(I.P.S.S.) que disponibiliza à comunidade Paroquial um apoio global e
abrangente, através de um serviço de atendimento diário no âmbito do apoio à
Infância, à Juventude, à população Sénior e ao acompanhamento familiar das
famílias dos utentes das diversas valências.
Desde a sua génese, tem sido uma preocupação desta
Instituição contribuir para inclusão e promoção integral de todas as pessoas,
em situação de exclusão social, que a procuram, e dar uma resposta concertada
às problemáticas familiares que lhe batem à porta. Esta instituição estende a
sua acção aos habitantes das paróquias vizinhas, coadjuvando os serviços
públicos e privados num espírito de solidariedade humanista e social.
Neste sentido, tem feito um esforço por trabalhar em
sintonia com as diversas Instituições da cidade que, directa ou indirectamente,
prestam serviço à população-alvo. Conta com um grupo de voluntários e com vários
protocolos de cooperação com diversas instituições da cidade – Centro Distrital
de Solidariedade e Segurança Social de Viana do Castelo, Ministério da Saúde,
Ministério da Educação e Ministério da Juventude e Desporto e Escola Superior
de Enfermagem.
Para a prossecução dos seus objectivos, está ainda
envolvido noutros programas e projectos como, por exemplo: os Alcoólicos
Anónimos, a Escola de Música, o Projecto Ser do Leste, Associação Nacional de
Formadores (A.N.FOR.C.E.), Gabinete de Atendimento à Família (GAF), Comissão
Local de Luta Contra a Sida, Centro de Saúde de Viana do Castelo - Projecto
MIMAR de apoio à terceira idade para concelho de Viana do Castelo, Hospital de
Santa Luzia, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Viana do Castelo, Conselho
Local de Acção Social... Projectos onde experimenta a riqueza de um trabalho
realizado em parceria.
Para levar a cabo os objectivos a que se propõe, o Centro
Social dispõe de vários serviços:
"Berço" de Nossa Senhora das Necessidades
Centro de Acolhimento de Bebés e Crianças Abandonadas
ou de Alto Risco (maltratadas), no lugar da Abelheira, com acordo de cooperação
celebrado com o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Viana
do Castelo, para 12 bebés e crianças.
Jardim de Infância
O Centro Social abriu, em
1987, um infantário com capacidade para 50 crianças, após a sua abertura
oficial, em 28 de Agosto de 1986.
Refeitório Social
O Serviço de Refeitório
Social (SRS) desenvolve-se a partir de uma estrutura já existente (Centro de
Dia) e destina-se exclusivamente a utentes Sem-abrigo, Toxicodependentes,
Alcoólicos, Passantes e Casos de Emergência Social.
CECAN/RD - Centro Comunitário de Apoio ao
Necessitado, Recolha e Distribuição
Abriu
igualmente um Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e
Distribuição, designado por CECAN/RD, na rua Campo Morteiro, Lote 1. Esta
iniciativa partiu da Comissão Fabriqueira em colaboração com a Conferência
Vicentina.
Centro de Dia
Na tentativa de responder às
necessidades detectadas a Instituição criou, em Julho de 1980, um equipamento
social – O Centro de Dia para Idosos.
Centro de Convívio
para idosos
Em Janeiro de 2002, para
fazer face à demanda, implementou-se o Centro de Convívio para idosos.
ADI -Apoio
Domiciliário Integrado
Ele assume uma natureza preventiva, reabilitadora e de
apoio às pessoas em situação de dependência. (Apoio Social e Cuidados
de Saúde Continuados Dirigidos a Pessoas em Situação de Dependência, Despacho
Conjunto, n.o 407/98).
SAD -Serviço de
Apoio Domiciliário
Desde Fevereiro de 2002, o
Centro Social colocou em marcha o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD).
Escola de Música
O Centro Social, através da
sua Escola de Música, oferece um leque variado de propostas para ocupação dos
tempos livres e aquisição de conhecimentos musicais.
Alcoólicos
Anónimos
O Centro Social acolhe a
Associação dos Alcoólicos Anónimos para combater o flagelo do alcoolismo, a
nível distrital, do qual muitas famílias são vítimas desta patologia.
Entidade Formadora
Processo de creditação como entidade formador com o
número 3041, atribuído pelo INOFOR.
Voluntariado
O Centro Social conta com
cerca de 20 voluntários a apoiarem as diversas valências. A actividade do
trabalho voluntário é mais expressivo no Berço de Nossa Senhora das
Necessidades, Jardim de Infância, CECANIRD, Centro de Dia e de Convívio para
idosos, ADI e SAD. Os voluntários têm todo o apoio que solicitarem, quer seja
logístico, quer seja técnico.
Animação cultural
Tem
organizados vários eventos e certames, como jornadas de estudos sobre o idoso,
jornadas sobre o ambiente, Semana do Euro, Celebração do Dia Internacional do
Idoso, da Água e da Música...
CENTRO PAROQUIAL DE FORMAÇÃO
(C. P. F.)
O Centro Paroquial de Formação é a
designação dada à actividade de Catequese de Adultos e cujo programa se esboça
também ano a ano. Como é sabido, a educação cristã dos adultos tem constituído
uma das prioridades pastorais da Igreja Católica e a Paróquia de Nossa Senhora
de Fátima não foge a esse desafio que, frequentemente, parte dos próprios
leigos.
Uma das preocupações da Comissão
Episcopal da Educação Cristã é “educar os crentes na fé, dar-lhes cultura
religiosa suficiente e formação sólida, capaz de os manter fiéis num mundo
descristianizado”.
Desde 1988 que se têm realizado, no
Centro Social Paroquial, sessões sistemáticas de formação de adultos,
constituídas por palestras, debates, grupos de reflexão e partilha de palavra.
Frequentam essas sessões adultos de
diversos níveis sociais e culturais, bem como membros de movimentos apostólicos
e de acção pastoral que sentem necessidade de formação cristã adequada e
actualizada.
Confrontados com os problemas novos
que se colocam na vida de cada um e na sociedade em que desenvolvem a sua
actividade, necessitam de alimentar a sua fé para responder convenientemente a
esses problemas e melhor dar testemunho dela.
Uma catequese bem organizada e com
um programa bem definido melhor pode responder às necessidades das sociedade e
da Igreja.
Tendo em conta que o Concílio
Vaticano II, há trinta anos, foi já a preparação para o grande jubileu do 3º
Milénio, para este ano o C. P. F. terá este tema em conta. No entanto, e por
propostas de participantes nestes encontros quinzenais, optamos por continuar a
seguir o Catecismo Romano, cuja temática e calendarização formulamos,
provisoriamente, do seguinte modo:
PLANO PARA ESTE ANO
DE 2001/2002
29/10/2001-
A Lei Moral (Lei moral natural, lei antiga e lei nova)
12/11/2001-
A Graça e a Justificação (graça, mérito e santidade)
26/11/2001-
Idem
10/12/2001-
A Igreja, Mãe e Educadora (Vida Moral, Magistério, Preceitos e Testemunho)
14/01/2002-
1º Mandamento
28/01/2002-
2º Mandamento
18/02/2002-
3º Mandamento
04/03/2002-
4º Mandamento
08/04/2002-
5º Mandamento
22/04/2002-
6º Mandamento
06/05/2002-
7º Mandamento
03/06/2002-
8º Mandamento
15/06/2002-
Avaliação e encerramento
Claro
que esta formação que se estrutura, a partir do Catecismo da Igreja, será
aquela que achamos suficiente, mas o aprofundamento desta temática será
difícil. Para ir mais longe que o nosso nível... estaremos muito próximo de uma
Escola de Teologia, onde se poderá saciar mais à vontade...
A
equipa coordenadora esforçar-se-á por divulgar as actividades do C. P. F., mas
desde já considera convidados todos os paroquianos interessados em aproveitar
esta iniciativa da Paróquia, nomeadamente os membros mais empenhados nos grupos
de liturgia, acção sócio-caritativa e catequese.
SOCIEDADE S. VICENTE DE PAULO
À
PROCURA DE DEUS PAI
com
S. Vicente de Paulo e com o beato Frederico Ozanan
Uma Surpresa para Si?!...
“Vencer sem perigo é
triunfar sem glória. Quanto mais difícil for a obra, tanto mais belo é
desempenhá-la.”
Frederico Ozanan
“O exercício de acção social
e caritativa não se pode reduzir a um mero sentimento de compaixão ou à
partilha por ocasião de uma calamidade local ou geral...”
“... Há ainda muitas
comunidades que carecem de qualquer estrutura organizativa”.
D.
José Augusto Pedreira
“ A
solidariedade ajuda-nos a ver o “outro” – pessoa, povo ou nação – não como um
instrumento qualquer, de que se explora, a baixo preço, a capacidade de
trabalho e a resistência física, para o abandonar quando já não serve: mas sim,
como um nosso “semelhante”, um “auxílio” (cf. Gén. 2,18-20), que se há-de
tornar participante, como nós, no banquete da vida para o qual todos os Homens
são igualmente convidados por Deus”
Enc. “A solidariedade Social da
Igreja” – João Paulo II
Sociedade de S. Vicente de Paulo ¾ Movimento de serviço
Fundada
em Paris, em 1883, por Frederico Ozanan, a Sociedade de S. Vicente de
Paulo está actualmente espalhada por todo o mundo.
A
S.S.V.P. é uma organização católica de leigos que, voluntariamente, se empenham
no apoio a pessoas e famílias marginalizadas, privilegiando o contacto pessoal
e a visita domiciliária, com vista a descobrir e a ajudar a solucionar os seus
problemas.
Área de actuação:
- Pessoas vítimas de doenças ou de diminuição física
ou mental;
- Famílias com carências económicas;
- Idosos vítimas de solidão;
- Crianças sem amparo familiar, vítimas de maus
tratos, ou em situação de perigo moral;
- Pessoas vítimas de alcoolismo ou
toxicodependência;
- Pessoas vítimas de prostituição;
- Reclusos e suas famílias;
- Desempregados;
- Ciganos e outros grupos sociais minoritários e
marginalizados.
A S.S.V.P.
também mantém e dirige Lares, Centros de Dia, Jardins de Infância e
Colónias de Férias.
_________________________________________________________________________________
CASA OZANAN – Santa Maria da Feira
Áreas de actuação:
- Acolhimento de idosos e deficientes em situação de
abandono;
- Acolhimento temporário de crianças em situação de
risco;
- Acolhimento temporário de pessoas sem abrigo.
INFORMAÇÕES
Sociedade de S. Vicente de
Paulo
Rua de Santa Catarina, n.º
769
4000 – 454 PORTO
Tel./Fax: 22.2006255
_________________________________________________________________________________
OZANAN – Centro de Juventude ¾ Viana do Castelo
Largo das Carmelitas, 19
4900 – 463
Viana do Castelo
Tel. 258 821538
Áreas de actuação:
* Serviço à família
- Visita domiciliária;
- Apoio material, moral e
jurídico;
- Apoio a prostitutas, mães
solteiras e toxicodependentes;
- Recolecções espirituais.
* Serviço a doentes:
- Visitas;
- Acompanhamento;
- Consultas;
- Conforto;
- Farmácia.
* Serviço a presos:
- Visitas;
- Campanhas de Natal e
Páscoa;
- Reintegração social.
* Serviço a Idosos:
- Visitas, festas e
convívios;
- Passeios;
- Praia;
- Comunhão Pascal.
* Serviço a Crianças:
- Acolhimento;
- ATL;
- Alimentação;
- Acolhimento de
abandonados.
* Serviço a Jovens:
- Ocupação de tempos livres;
- Campos de férias;
- Retiros;
- Encontros de formação;
- Informática;
- Labores.
* Outras:
- Construção de casas;
- Recuperação e restauro de
casas;
- Pagamento de rendas de
casa;
- Pagamento de água e luz;
- Empréstimos pecuniários;
- Assistência a tempos
livres;
- Criação de postos de
trabalho;
- Encaminhamento no mundo do
trabalho;
- Distribuição de roupas;
- Distribuição de
electrodomésticos;
- Distribuição de mobílias e
brinquedos;
- Distribuição de bens
alimentares.
_________________________________________________________________________________
* Sede Internacional
- Paris
- Presidente: César Viana
(português)
Ø Existem 50.000 Conferências
Vicentinas com cerca de 1.000.000 de membros em todos os Continentes.
* Em Portugal há:
- 1 Conselho Nacional cujo
presidente é o Sr. Manuel Torres (tel.: 21 3535882);
- 21 Conselhos Centrais;
- 42 Conselhos Particulares;
- 900 Conferências;
- 10.000 Vicentinos.
* Em Viana do Castelo:
- Conselho Central
Presidente: Dr.ª Maria
Piedade Cachadinha Gonçalves (tel. 258 823793);
- Conselho Particular
Norte
Presidente: Maria Rita
Guerreiro (tel. 258 826876);
- Conselho Particular Sul
Presidente: Dr. Tomás Belo
(tel. 258 321710);
- Conselho Particular de
Ponte de Lima
Presidente: José Xavier de
Lima (tel. 258 941762/942868);
- Conselho Particular de
Caminha
Presidente: Eng.º Eduardo
Caldas (tel. 258.727453);
- Serviço de Jovens.
“Ao servir os pobres
serve-se Jesus”
* Se desejar contactar os
Vicentinos, para mais informações, dirija-se aos respectivos presidentes dos
Conselhos ou, por escrito, aos mesmos, para:
Largo das Carmelitas, 19 – r/c
4900 - 463 Viana do Castelo
Tel.:
258 821538
(Desdobrável
realizado pela Conferência Vicentina da Paróquia)
A OBRA “FAMÍLIA KOLPING”
A
Obra Kolping nasceu na Alemanha por iniciativa de Adolfo Kolping, no séc. XIX,
aquando da revolução industrial em que o artesanato começou a correr riscos de
extinção, dando origem ao desemprego e a inúmeros famílias sem meios de
subsistência.
Adolfo Kolping sentiu dolorosamente
a situação dos seus colegas de trabalho que, dia após dia, caíam na miséria.
Aos 23 anos deixou o trabalho e continuou
os seus estudos tendo em mente o sacerdócio. Ele foi ordenado aos 32 anos.
No dia 6 de Maio de 1849 deu início
ao seu projecto cujo método de trabalho fundamentava-se na vida comunitária dos
seus membros. Nas «famílias Kolping» cultivava-se o relacionamento amigo, o
clima de família, a participação comunitária e o espírito democrático.
Adolfo Kolping formou as comunidades
para serem escolas de vida, tanto no campo do trabalho, como na família e na
sociedade ou ainda na religião ou na recreação.
A “Família Kolping” apareceu, em
Portugal, há mais de trinta anos, em Bragança com várias «famílias», assim como
em Lamego. Em Viana do Castelo, por iniciativa de Nuno Cachadinha (já
falecido), existiu um grupo, na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, desde Outubro
de 1986 até 1989.
ESTATUTOS DA “FAMÍLIA KOLPING”
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
Art. 1º - A Associação “Família Kolping” da
Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima tem por fim:
·
Preparar os seus associados a serem cristãos autênticos no mundo e, deste modo,
afirmarem-se na profissão, no matrimónio e na família, na Igreja, na Sociedade
e no Estado;
·
Prestar ajuda, na vida, aos seus associados e à comunidade;
·
Promover o bem estar comum num espírito cristão, através das actividades dos
seus associados e agrupamentos, e colaborar na contínua renovação e humanização
da sociedade.
Art.º 2º - A associação tem a sua sede
na rua da Bandeira, na freguesia de Sta. Maria Maior, no concelho de Viana do
Castelo, e durará por tempo indeterminado a contar de hoje.
Art.º 3º - Os direitos e obrigações
dos associados, as condições da sua admissão e exclusão, bem como os termos da
extinção da associação e consequente devolução do seu património, serão
constantes do Regulamento Interno aprovado em Assembleia Geral.
Art.º 4º - Constituem receita da
associação as quotas mensais dos associados, os subsídios e donativos, os
rendimentos da actividade promovidas e quaisquer outros rendimentos.
Art.º 5º - Os órgãos da associação
são:
·
a Assembleia Geral;
·
a Direcção;
·
o Conselho Fiscal.
Art.º 6º - A competência e a forma de
funcionamento da Assembleia Geral são as previstas no Regulamento Interno.
Art.º 7º - A mesa da Assembleia Geral
será composta por um Presidente e dois Secretários.
Art.º 8º - A Direcção compõe-se de 5
(cinco) elementos, competindo-lhe a gerência social, administrativa, financeira
e disciplinar, nos termos do Regulamento Interno;
Art.º 9º - O Conselho Fiscal é
constituído por um Presidente, um Secretário, um Relator, competindo-lhe
fiscalizar os actos administrativos e financeiros da Direcção, conforme o
Regulamento Interno.
Art.º 10º - No que estes estatutos
sejam omissos, rege-se esta associação pelo Regulamento Interno e pelas
Disposições legais aplicáveis.
CAPÍTULO VII
A PARÓQUIA E
OS JOVENS
PÓLO
JUVENIL
Grupo de jovens que nasceu de um embrião dos Jovens
Legionários de Maria, em 1990, pela iniciativa da irmã Adela Morante, religiosa
Carmelita Teresiana Missionária, da fundação P.e Palau.
Este
grupo movimentou muita juventude, sobretudo em actividades lúdicas: campos de
férias, romeiros a S. João d’Arga, montanhismo, encenações, etc., para além, é
claro, de alguns trabalhos de reflexão, debate e oração.
ESTATUTOS DO
PÓLO JUVENIL
CAPÍTULO PRIMEIRO
DENOMINAÇÃO,
NATUREZA, ÂMBITO DE ACÇÃO E FINS
ART.
1º “Pólo Juvenil”
é um associação católica constituída essencialmente por jovens e, por eles,
apresentada ao Bispo da Diocese para fundação e aprovação canónica dos
estatutos. Terá a sua sede em Viana do Castelo, na Rua da Bandeira, n.º 591,
tendo como base:
- A
pessoa e mensagem de Jesus Cristo;
- A
doutrina social da Igreja Católica.
ART. 2º “Pólo Juvenil” propõe-se:
a) Organizar acções de índole socio-caritativa
junto de jovens carenciados e marginalizados, com angariação de fundos para
distribuição aos materialmente mais carenciados.
b) Preparar
encontros com Deus através de celebrações.
c) Organizar
acções de formação e o estudo das Encíclicas Sociais.
d) Organizar várias actividades
desportivas, festas e convívios, espectáculos e animação cultural.
ART.
3º Serão membros da associação
aqueles que, por proposta, forem admitidos pela Direcção e que obedeçam aos
seguintes aspectos:
1 – Ser crismado e com idade igual ou superior a 14 anos
e inferior a 25 anos.
2 – Ser um jovem baptizado que
pretende fazer uma caminhada para estudar o problema da sua vocação à fé e que
se compromete a observar os estatutos.
3 – Ser um jovem que não sendo
baptizado que se compromete a observar o regulamento e os estatutos.
a) Os jovens dos pontos 2 e 3 podem participar
de todos os actos, mas sem voto no Conselho Geral e não são passíveis de serem
eleitos para órgãos directivos.
b) São elegíveis para a Direcção apenas jovens
maiores de idade e abrangidos pelo número 1 deste artigo.
ART.
4º O seu âmbito
de acção será preferencialmente a cidade de Viana do Castelo.
CAPÍTULO SEGUNDO
– ÓRGÃOS DIRECTIVOS
–
ART. 5º São órgãos de gestão do “Pólo Juvenil”:
a) a Direcção;
b) o Conselho Geral.
ART.
6º 1 – A todos
os membros dos corpos gerentes não será permitido o desempenho de mais de um
cargo na associação.
2
– O exercício de qualquer cargo, nos corpos gerentes, é gratuito, mas pode justificar
o pagamento de despesas dele derivados.
ART.
7º O
mandato dos corpos directivos tem a duração de 2 anos, podendo cada membro ser
eleito por segundo mandato.
ART.
8º 1 – Em caso
de maioria dos lugares de cada órgão, deverá proceder-se ao preenchimento das
vagas verificadas, no prazo de um mês.
2 – Os membros designados para preencher as
vagas, nos termos do parágrafo anterior, apenas completarão o mandato.
ART.
9º 1 – Os
vários corpos gerentes serão convocados pelos respectivos presidentes (Direcção
e Conselho Geral), e só poderão deliberar com a presença da maioria dos seus
titulares.
2 – As deliberações são tomadas por maioria dos titulares
presentes, tendo o presidente, além do seu voto, direito a voto de desempate.
ART.
10º Os membros
dos corpos gerentes não poderão votar em assuntos que directamente lhes digam
respeito ou nos quais estão interessados os respectivos cônjuges, ascendentes,
descendentes e equiparados.
ART.
11º Serão sempre
lavradas actas das reuniões de qualquer órgão da associação e serão
obrigatoriamente assinadas por todos os membros presentes.
– DIRECÇÃO –
ART.
12º 1 – A Direcção será constituída por 7 membros:
PRESIDENTE, VICE - PRESIDENTE, SECRETÁRIO, TESOUREIRO, 3 VOGAIS.
2 – O Presidente será eleito de entre
os associados de acordo com o ART. 3º, ponto 1 e com a alínea b)
do ponto 3, podendo delegar as suas funções no Vice-Presidente.
3 – Os restantes membros serão
designados pelo Presidente eleito.
ART.
13º Compete, em geral, à Direcção gerir a
associação e representá-la, incumbindo-lhe designadamente:
a) Elaborar anualmente o relatório e
contas da gerência, bem como o orçamento e o programa de acção, submetendo-os
ao parecer do Conselho Geral.
b) Assegurar a organização e o
funcionamento dos serviços, bem como a escritura dos livros nos termos da lei.
c)
Manter sob a sua guarda e responsabilidade os bens e valores da
associação.
d) Elaborar e manter actualizado o
inventário do património da associação.
e) Deliberar sobre a aceitação de heranças,
legados de doações, em conformidade com a legislação aplicável, civil e
canónica.
f)
Providenciar sobre fontes da receita da associação.
g) Celebrar acordos de cooperação com
serviços oficiais.
h) Zelar pelo cumprimento da lei, dos
estatutos e das deliberações dos corpos gerentes.
i)
Fornecer ao Conselho Geral os elementos que este solicitar para o
cumprimento das suas atribuições.
ART.
14º Compete ao Presidente da Direcção:
a)
Superintender na administração da associação.
b) Convocar e presidir a todas
reuniões da Direcção, dirigindo os respectivos trabalhos.
c)
Representar a associação, em juízo e fora dela.
d) Assinar e rubricar os termos de
abertura e de encerramento e rubricar o livro de actas da direcção.
e) Despachar os assuntos normais de
expediente e outros que careçam de solução urgente, sujeitando-se estes últimos
a confirmação da Direcção, na primeira reunião.
ART.
15º Compete ao Vice-Presidente coadjuvar o
Presidente no exercício das suas atribuições e substituí-lo nas suas ausências
e impedimentos.
ART.
16 Compete ao Secretário:
a)
Lavrar as actas das reuniões da Direcção.
b) Preparar a agenda de trabalho para
a reunião da direcção, organizando os
processos dos assuntos a serem tratados.
c)
Superintender nos serviços de secretaria.
ART.
17º Compete ao Tesoureiro:
a)
Receber e guardar os valores da associação.
b) Promover a escrituração de todos os
livros de receita e de despesa.
c) Assinar as autorizações de
pagamento e as guias de receitas, conjuntamente com o Presidente.
d) Apresentar, mensalmente, à Direcção
o balancete em que se descriminarão as receitas e despesas do mês anterior.
e) Superintender nos serviços de
contabilidade e tesouraria.
ART.
18º Compete aos 3 Vogais superintender, em consonância com os restantes
membros da Direcção, as acções promovidas por cada um dos gabinetes:
- Gabinete Org. Juvenis;
- Gabinete de Acção de Apoio Caritativo e Espiritual;
- Gabinete de Formação e Oração.
ART.
19º A Direcção reunirá, obrigatoriamente, uma vez por mês e sempre que for
convocada pelo Presidente.
– CONSELHO GERAL –
ART.
20º O Conselho Geral é constituído por
todos os sócios da associação.
1- O Conselho
Geral será presidido pelo Pároco, por inerência do cargo, que escolherá 2
Secretários.
ART.
21º 1- O Conselho Geral reunirá, obrigatoriamente, duas vezes em cada ano, ou
quando:
-
2/3 dos
sócios o exigirem;
-
o pároco o
convocar;
-
a Direcção,
por escrito, pedir ao Presidente do Conselho Geral.
a) Reunirá para aprovação do plano de
actividades.
b) Reunirá para aprovação das contas.
2- Compete
ao Presidente e aos Secretários vigiar pelo bom cumprimento da lei e dos estatutos e, designadamente:
a) Exercerá
a fiscalização sobre a escrituração de documentos ;
b) Assistirá
à reunião da Direcção sempre que julgue conveniente;
c) Após
eleições, apresentará os novos órgãos sociais ao Bispo para aprovação.
CAPÍTULO TERCEIRO
– PATRIMÓNIO E
RECEITAS DA ASSOCIAÇÃO –
ART. 22º Constituem receitas da associação:
a) Cotas
mensais;
b) Os
possíveis auxílios financeiros da comunidade paroquial e outros.
c) O
produto das heranças, legados e doações instituídas a seu favor.
CAPÍTULO QUARTO
– PATRIMÓNIO E
RECEITAS DA ASSOCIAÇÃO –
ART.
23º Os presentes estatutos só poderão ser alterados mediante proposta da
Direcção, sujeita à aprovação do Conselho Geral que, por sua vez, a apresentará
ao Ordinário Diocesano para aprovação canónica.
ART.
24º Em caso de cessação da actividade do “PÓLO JUVENIL”, os bens que, à data existirem na associação, passarão para a Paroquia
de Nossa Senhora de Fátima, de acordo com o Ordinário Diocesano.
LISTA DE ELEITORES
P.e Artur Coutinho
Irmã Adela Morante Sanchez
Alexandra Maria Magalhães Loureiro
Ana Isabel Alves Ramos Rodrigues
Antónia Cristina da Costa Afonso de Gaspar
António Manuel Viana da Cunha
Camilo da Torre Martins Correia
Carla Susana Souto
Celina Oliveira
Cláudia Gabriela Barbosa de Alpuim
Daniela Maria Vieitos Carvalhido Santos Lima
Filipa Alexandra de Matos Fontinha
Francisco José da Silva Miranda
Hugo Rafael da Motta
C. Gonçalves Cachadinha
Isabel do Carmo Teixeira Baganha
Joana Cristina Pereira Campainha
Joana Maria Martins Rosa Maia de Oliveira
Joaquim Amadeu Branco da Rocha Ferreira
José Carlos de Magalhães Loureiro
José Miguel Lourenço Aviz Miranda de Melo
Luciana Aurora Oliveira Ferreira
Marco Fernando Guerreiro Barbosa
Maria João Juncal Fornelos Pereira
Mário Relha
Paulo Nuno Alves Ramos Rodrigues
Pedro José dos Santos Cunha
Pedro Miguel Queirós Meira Cruz
Regina Alexandra Magalhães Esteves
ROMEIROS A S. JOÃO D’ARGA
PROGRAMA
Dia
28 de Agosto de 1992
*
22 h 30 -
ACOLHIMENTO em frente à Igreja Paroquial.
* 23 h 00 - BÊNÇÃO DO ROMEIRO e saída.
* 05 h 00 -
PEQUENO ALMOÇO no Chão do Guindeiro (ovos cozidos, pão, queijo fresco,
azeitonas, chouriço, ... ).
* 06 h 30 - Chegada ao local com 3 voltas à Capela e
arraial.
* 11 h 00 - PARTICIPAÇÃO NA MISSA DA FESTA E PROCISSÃO.
*16 h 00 -
Regresso, em autocarro, com passagem por S. LOURENÇO.
Atenção! Inscrições
até ao dia 24 de Agosto.
Uma
organização do PÓLO JUVENIL.
PLANO DE ACTIVIDADES DO PÓLO
JUVENIL
1992/1993
MÊS |
DIA |
ÂMBITO |
ACTIVIDADES |
SETEMBRO |
8
a 13 12 27 |
Paroquial Associação Paroquial |
Festa da Sr.ª das
Necessidades Reunião do Pólo
Juvenil (repete-se todas as semanas) Início oficial da
Catequese |
OUTUBRO |
10 19 |
Regional Paroquial |
O “Acordo de
MAASTRICHT” Conselho
Paroquial Pastoral |
NOVEMBRO |
7 28 |
Regional Associação |
Debate sobre “A
EUTANÁSIA” Festa Mistério –
21h00 |
DEZEMBRO |
7 8 16 20 25 27,
28 e 29 |
Paroquial Paroquial Regional Paroquial Paroquial Paroquial |
Vigília de Oração Encerramento das
comemorações dos 25 anos da Paróquia Início da Novena
do Menino da Abelheira Festa de Natal na
catequese Natal (Missa-
11h30) Presépio ao vivo Encontro, de
Natal, de jovens |
JANEIRO |
1 7 23 |
Associação Paroquial Regional |
Aniversário da
Fundação do Pólo Juvenil – Dia Mundial da Paz Aniversário do
Pároco Debate sobre “A
REFORMA EDUCATIVA” |
FEVEREIRO |
16 22 27 |
Diocesano Paroquial Paroquial |
Aniversário do
nosso Bispo – D. Armindo Lopes Coelho Carnaval Jovem –
21h00 Conselho Paroquial
Pastoral |
MARÇO |
13,
20 e 23 |
Paroquial |
Curso de Acção
Social – 21h30 |
ABRIL |
3 4 5
e 6 10 |
Paroquial Paroquial Paroquial Paroquial Diocesano Paroquial Paroquial |
Jantar de Jovens
– 19h00 Comunhão Pascal Dia da Juventude Via-Sacra Jovem Celebração na Sé
– 10h00 Encontro de
Jovens Vigília Pascal |
MAIO |
9 13 22 29 |
Universal Paroquial Regional Paroquial |
Dia do Bom Pastor Dia da Padroeira Debate sobre “Os
Riscos da SIDA” Vigília do
Pentecostes |
JUNHO |
20 26 27 |
Regional Paroquial Internacional |
Peregrinação a S.ta
Luzia Passeio-convívio
dos Membros de Obras e Organismos Paroquiais Intercâmbio com
GLEHN |
JULHO |
3 24 29 |
Paroquial Associação Paroquial |
Conselho
Paroquial Pastoral Apresentação do plano
de actividades para o ano seguinte Campo de Férias |
AGOSTO |
10 28 |
Associação Regional |
Ilhas Cies Caminhada a S.
João D’Arga |
Ex.mo
Senhor Presidente
do
Conselho Geral da Administração
Pólo
Juvenil, P.e Artur Coutinho
Vimos por este meio, nós os sócios da Associação Pólo
Juvenil abaixo-assinado, pedir uma reunião do Conselho Geral, do qual o senhor
é presidente, de acordo com os Estatutos vigentes na Associação (Artigo 21º),
no próximo dia 30 pelas 21.30 horas, no Salão Paroquial de Nossa Senhora de
Fátima, com o objectivo de serem discutidos e normalizados problemas que se
passam na gestão dos corpos directivos e consequente mal-estar na Associação.
Viana do Castelo, 22 de Janeiro de 1993, com os nossos
respeitosos cumprimentos, abaixo-assinámos:
António Manuel Viana da Cunha
Ana Isabel Alves Ramos Rodrigues
Ricardo Fernandes Castelejo
Marco Fernando Guerreiro Barbosa
Sónia Patrícia Viana da Conceição
Rui Pedro Carvalho Fernandes Lima
Paulo Nuno Alves Ramos Rodrigues
Francisco José da Silva Miranda
José Miguel Lourenço Aniz Miranda de Melo
Rui Miguel Cunha de Araújo
Filipa Alexandra de Matos Fontinha
Carlos Alberto Pires de Araújo
Rita Maria Arêzes Parente
Daniela Maria Vieitas Carvalhido Santos Lima
Isabel do Carmo Teixeira Bagonha
Carla Susana Souto
Carlos Alberto Puga Carvalhido
Cláudia Gabriela Barbosa de Alpuim
Pedro José dos Santos Cunha
Maria Joana Alves Laranjeira
Joana Maria Martins Rosa Maia Oliveira
Céline Oliveira
Luciana Ferreira
Joana Campainha
Joaquim Amadeu Branco da Rocha
GRANDE ESPECTÁCULO DE
SOLIDARIEDADE
A FAVOR DO BERÇO N.ª SR.ª DAS
NECESSIDADES
AUDITÓRIO
DO SEMINÁRIO DO CARMO
16
DE DEZEMBRO DE 1994
21.30
HORAS
PROGRAMA
·
Ronda Típica da Meadela
·
Grupo Etnográfico de Areosa
·
Orquestra Típica e Rancho (Univ.
Coimbra)
·
“Orxestra” Pitagórica (Univ. Coimbra)
·
Oportuna (Porto)
·
Estudantina Universitária de Coimbra
(Univ. Coimbra)
·
Grupo de Fados de Coimbra “Alta
Medina”
ENTRADAS
·
De pé
..................................................................... 500 Berços
·
Cadeiras (Pré-comprados até 15/12/94)
............... 1000 Berços
BEM-VINDO À NOITE DO MILÉNIO!
Esperamos que aprecie esta noite que pretendemos tornar
memorável!
Pedimos-lhe que tenha em conta os
seguintes conselhos, para bem de todos os presentes:
1 . Esta é uma quinta particular, respeite, por isso, a
propriedade e os bens que nela se encontram.
2 . A alimentação é medieval (foi conservada durante
alguns séculos!...) e, por isso, não esteja à espera de algo muito sofisticado.
(Pelo preço, também não podia esperar melhor!)
3 . Só serão servidos aqueles que apresentarem, na
cozinha, a senha de refeição que é dada na entrada a todos os que se
inscreveram.
4 . A água-pé e a água com limão estão incluídos no preço
da inscrição. As outras bebidas estão sujeitas à seguinte tabela:
Cerveja: 200$00
Refrigerantes: 150$00
Águas: 100$00
A água da torneira, como é óbvio, é gratuita e potável!!!
Divirta-se!!!
A
Organização
NOITE DO MILÉNIO
A
Noite do Milénio é uma organização da Paróquia de Nossa Senhora de
Fátima.
O guião e as projecções são da responsabilidade de
Carlos Loureiro.
São figurantes e actores: Albina Sequeira, Alfredo
Martins, Andreia Correia, Andreia Miranda, Bruno Felgueiras, Carlos Loureiro,
Cristina Gaspar, Daniela Lima, Filipe Alves, Hugo Felgueiras, Luísa Carvalhido,
Patrícia Fernandes, Pedro Castel-Branco, Ricardo Alves, Rita Felgueiras,
Rosário Castel-Branco, Sandra Rodrigues, Sérgio Felgueiras, Sónia Alves e
Susana Miranda.
A música ao vivo é orientada por Rui Araújo.
Ouvir-se-á música profana e sacra, gravada, do período entre o século XI
e o século XIV.
A cozinha está a cargo de Filomena Rodrigues.
Contamos
também com o apoio da Escola Secundária de Monserrate.
Agradecemos a colaboração de Gorete Silva e Sílvia
Barreto, assim como de todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para
esta noite e que não foram acima mencionados.
O TERRITÓRIO
O poderoso chefe militar árabe Almançor tinha-se
transformado, por volta dos finais do século X, no terror dos cristãos. O
objectivo último da sua ofensiva visava o centro religioso da fé cristã da
Península Ibérica: Santiago de Compostela. Em 997, o norte cristão é humilhado
pela destruição daquela cidade. O sul da Península é dominado pelos muçulmanos,
a partir da cidade de Córdova.
Após as grandes dificuldades sentidas até cerca do ano
1000, a resistência cristã aproveita a dissolução do califado de Córdova, em
pequenos e frágeis reinos taifas, e avança.
Em meados do século X, o território entre o Minho e o
sul do Douro constituía o Condado de Portucale, administrado por condes locais,
com certa autonomia, em nome do rei de Leão. As terras entre o rio Douro e os
campos do Mondego formavam um outro condado, o de Coimbra, sob a autoridade de
um poderoso moçárabe, Sesnando, sujeito à mesma Coroa.
Assim, Portugal, como reino independente, ainda não
existe. Só em 1096 é concedido a D. Henrique o Condado Portucalense, embrião do
futuro reino de Portugal que só se tornará independente de Castela com D. Afonso Henriques.
BEM-VINDO À FEIRA
A multidão deambula entre comerciantes de produtos
agrícolas, acrobatas e pedintes. Um vendedor mostra tecidos. Alguns juntam-se e
divertem-se junto da taberna. Muitos trazem consigo a sua refeição cozinhada no
forno. Ceava-se pelas seis e sete horas da tarde. Estamos, portanto, atrasados.
A CEIA
De uma maneira geral, a alimentação medieval era pobre.
Cereais e vinho eram a base da alimentação do povo. A cozinha medieval,
apoiava-se em condimentos fortes, para melhorar o sabor dos alimentos. Alho e
sal eram obtidos com facilidade. O açúcar era escasso e, muitas vezes,
substituído pelo mel. À base do vinho e água se matava a sede. O vinho
temperado com água era a bebida ideal. A carne de matadouro, de criação e de
caça era abundante. Ovos e frutas representavam ainda um papel de relevo nas
dietas medievais. A fruta seca era muito popular. Preferia-se o queijo e a
manteiga ao leite. O fabrico de bolos e de doces não se encontrava, ao que
parece, muito desenvolvido.
O MILÉNIO
Entre o milénio do nascimento de Cristo e o da sua morte
reinou a ansiedade, favorecida pelo desenvolvimento da liturgia dos funerais e
o culto dos mortos. A angústia perante o fim dos tempos e a iminência do
Julgamento final marcou a cristandade daquele período. De todos os livros sagrados,
o Apocalipse era aquele que merecia maior atenção. Aí se lia que o
demónio libertar-se-ia e espalharia o mal pelos quatro cantos do mundo.
Com a aproximação do ano mil, os Homens, convencidos que
não havia fronteiras entre o mundo visível e invisível e que as intenções
divinas se manifestavam por sinais, apelos e presságios, esperavam prodígios
avisadores da cólera divina ou do triunfo do Mal.
A PENITÊNCIA
Uma das formas de aplacar a ira divina era a penitência
pública. Da privada pouco sabemos. Com a pública procuravam afastar a ameaça
constante que sentiam pairar sobre a sua existência e dar sentido à
incompreensível distribuição dos dias fastos e nefastos, da fecundidade e da
fome, das derrotas e das vitórias, da pilhagem ou do cativo.
O VESTUÁRIO
Na cabeça uma touca. Como vestes, uma saia até aos
joelhos, sapatos ou botas. Em tempo frio ou chuvoso um manto com capuz.
Utilizavam tecidos lisos de lã ordinária, fustão ou bragal. Camisas de linho e
aventais completavam a indumentária feminina.
PARTICIPANTES NA NOITE DO MILÉNIO
Abel
Coutinho, Eng.º, com mais 4 familiares; Adriano Vaz Sérvio, com mais 2
familiares; Agostinho Amorim, com mais 4 familiares; Alberto Vale Loureiro, com
mais 2 familiares; Aldorindo Pinto Cunha, com mais 2 familiares; Amélia Ribeiro
Oliveira, com mais 1 familiar; Andreia Correia; Andreia Cristina Gonçalves, com
mais 2 familiares; António Belo, Pe, com mais 2 familiares; António
G. Rodrigues, com mais 2 familiares; António Viana Penha, com mais 2 familiares;
Artur Barros, com mais 6 familiares; Benjamim Cerqueira, com mais 2 familiares;
Camilo Correia, com mais 2 familiares; Carlos Alberto Sousa, com mais 10
familiares; Carlos Joaquim Rodrigues, com mais 3 familiares; Conceição Correia,
com mais 1 familiar; Constantino Liquito, com mais 2 familiares; Domingos
Ferreira, com mais 3 familiares; Felisberto Eira, com mais 3 familiares;
Fernando Sousa Carvalho, com mais 2 familiares; Filipe Jaco Enes, com mais 1
familiar; Helena Rodrigues, com mais 1 familiar; Isabel e António Serafim, com
mais 2 familiares; Joaquim Amorim, com mais 5 familiares; Joaquim Lima Alves,
com mais 4 familiares; José Alberto M. Silva, com mais 2 familiares; José
Barros, com mais 4 familiares; José dias Cunha Junqueiro, com mais 1 familiar;
Dr. José Franco Castro, com mais 4 familiares; José Galvão, com mais 6
familiares; José Mendes Machado, com mais 2 familiares; José Sousa Martins, com
mais 2 familiares; Lucinda Alvadia, com mais 3 familiares; Luís Miguel
Gonçalves, com mais 6 familiares; Manuel Meira, com mais 2 familiares; Manuel
Rego, com mais 17 familiares; Manuel Rodrigues Cunha, com mais 2 familiares;
Manuel Silva Belo, com mais 5 familiares; Manuela Paulino Araújo, com mais 1
familiar; Maria Filomena Cunha, com mais 2 familiares; Maria Fátima Carvalhido,
com mais 3 familiares; Maria Isabel Faria, com mais 1 familiar; Maria Manuela
Brito Melo, com mais 1 familiar; Maria Rosa Martins, com mais 2 familiares;
Maria Teresa Marques, com mais 5 familiares; Maria Amélia Rocha Marques, com
mais 3 familiares; Maria Céu Fernandes, com mais 2 familiares; Maria Dores
Rodrigues, com mais 1 familiar; Maria Luz Coutinho Domenek, com mais 5
familiares; Maria Conceição Barros Cunha, com mais 2 familiares; Maria do Céu
Fernandes, com mais 2 familiares; Eng.ª Natália Castelejo, com mais 2 familiares; Olga Maria Afonso
Correia, com mais 4 familiares; Pedro Nuno Castel-Branco, com mais 2
familiares; Raúl Oliveira Silva, com mais 3 familiares; Rosa Amélia Rodrigues,
com mais 4 familiares; Rosa Carvalhido Cambão, com mais 5 familiares; Rosa
Conceição Rodrigues, com mais 2 familiares; Rosa Oliveira, com mais 1 familiar;
Rosa Prozil Abreu, com mais 1 familiar; Rui Araújo, com mais 2 familiares; Dr.
Salvador Peixoto, com mais 2 familiares e Responsável pelos Serviços – João
Carlos Loureiro – em Cena, com mais 32 jovens.
JAV – JOVENS AMIGOS DA VIDA
O JAV foi fundado por um grupo
presidido pela Conceição Martins e assistido pelo Diácono Eugénio Araújo, no
âmbito do projecto “Duas Mãos cheias de Paz”, apoiado pelo Programa Juventude
para a Europa e pelo Instituto Português da Juventude.
Para além de estatutos, este grupo
da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima editava todas as semanas um Boletim
denominado “PAXJAV”.
PEDALAR PELA PAZ
Decorreu,
no passado sábado 26 de Agosto, o passeio cicloturístico pela Paz, denominado
“O Pelotão da Paz”, tal como tinha sido já anunciado no “PAXJAV”.
O grupo, constituído por cerca de 70
pessoas, saiu de Viana pela manhã em direcção a Lanheses, onde decorreu um
almoço piquenique. Pelo percurso, o grupo não deixou de anunciar a sua
passagem, distribuindo informações sobre o projecto “Duas mãos cheias de Paz”,
e para a necessidade de todos -
mesmo todos -
contribuírem para a PAZ.
Na iniciativa participaram pessoas
de todas as idades, todos munidos da sua bicicleta. Decorreu sem incidentes de
maior, graças à assistência da PSP, da Brigada de Trânsito da GNR e da Cruz
Vermelha Portuguesa.
De lembrar ainda que a próxima
iniciativa do “Duas Mãos cheias de Paz” será a recolha de trabalhos artísticos
sobre a Paz, como textos, poemas, músicas, trabalhos gráficos, etc. As
inscrições ainda estão abertas a todos os que queiram participar.
In
PAXJAV, 2 de Setembro de 2000
O
JAV ORGANIZA CAMINHADA DE STA LUZIA ATÉ S. MAMEDE
Saída da Igreja N.ª Sr.ª de Fátima às 9h30
Jovens inscritos
André Filipe Mota da Conceição, Andreia Cristina Gonçalves,
Artur Jorge Rocha Martins Branco, Bruna Aguiar Fernandes, Bruno Tiago de
Oliveira e Silva, Carina Isabel Parente de Oliveira, Carlos Nunes de Oliveira
M. Meira, Cátia Raquel Faria Ribeiro, Cláudio Miguel Tenedório Augustos, Débora
Maria Rodrigues Gomes, João Pedro Barreto Balinha, Liliana Rosário Esteves
Passos, Luciana Gonçalves Malojo, Manuel António R. Martins, Maria da Conceição
R. Martins, Pedro Filipe Matos Mendes, Renato Nuno Rocha Portel, Sofia Cardona
de Passos, Vânia do Vale Cardona, Vânia Manuela Correia G. Costa e Vitor Manuel
Ribeiro da Cunha.
PROJECTO:
PLANETA TERRA
GRUPO:
CLUBE DO SOL
O Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima
estende o seu âmbito de trabalho por uma zona de enorme desenvolvimento urbano
da cidade de Viana do Castelo.
A escassez de espaços de convívio para jovens,
especialmente numa dinâmica de interesses musicais, fez surgir um “Clube de
Guitarras” no seio da sua Escola de Música, liderada pelo professor Júlio
Viana.
É de realçar que a Câmara Municipal de Viana do Castelo
apoiou esta iniciativa.
A
composição de melodias e sua organização possibilitou a criação dum CD cujo produto
da venda reverterá a favor de “O Berço”, que é um Centro de Acolhimento de
bebés e crianças abandonadas e/ou de alto risco.
Desenvolvimento do Projecto:
·
O “Clube de Guitarras” adoptou como tema para o desenvolvimento das suas
actividades “O Ambiente”.
·
A constatação da sua beleza e a observação do seu mau trato suscitou diversos
sentimentos.
·
Trocaram-se opiniões, discutiu-se e debateu-se o tema.
·
Convidaram-se alguns amigos e formou-se o “Clube do Sol” ¾
o Sol é luz, o Sol é cor, o Sol é vida, o Sol é música...
·
Elaborou-se uma mensagem, através da criação de poemas e da composição de
várias melodias.
·
Produziu-se um CD.
·
Nasceu uma obra a favor dos abandonados.
“Deixemos o mundo um pouco melhor do que o encontramos.”
Baden Powell
CAPÍTULO VIII
A PARÓQUIA E O
JUBILEU DO ANO 2000
O P.e Artur Coutinho tem
uma forma muito peculiar de ver e viver a vida, mesmo a sua vida sacerdotal e
os projectos em que se envolve.
Nos
dias de ausência e de meditação preparou um projecto que, apesar de apresentado
fora de horas ao Conselho Paroquial de Pastoral, foi imediatamente aprovado
para a celebração paroquial do Jubileu 2000, em colaboração com os padres do
Carmo
Neste
capítulo são apresentadas algumas das ideias que ele escreveu e permitiu, como
Director do Jornal, que outros escrevessem sobre a efeméride.
2000 anos
Ano 2000
JUBILEU DA PAZ
Desde o dia 24 de Dezembro de 1999, na celebração da
“Noite de Natal” presidida pelo Papa João Paulo II na Basílica de São Pedro, em
Roma, e no dia seguinte, 25 de Dezembro, NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS
CRISTO, nas outras basílicas romanas; em Jerusalém, Belém e Nazaré; e em todas
as catedrais do mundo, UM TEMPO DE GRAÇA, pelo acontecimento extraordinário da
humanidade, inicia o seu itinerário de celebrações jubilares. Na nossa diocese
com uma Procissão da Igreja da Misericórdia, o Bispo acompanhado de sacerdotes
e fiéis entrou na Sé transportando o Evangelho, que concluirá no dia 6 de
Janeiro de 2001, EPIFANIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
O que celebramos?
Com os olhos postos no mistério da encarnação do Filho de
Deus, celebramos o BIMILENÁRIO DO NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
Como Celebramos este acontecimento?
Seguindo a
prática da Igreja iniciada pelo Papa Bonifácio VIII em 1300, que se consolidou
na prática da celebração habitual, cada vinte e cinco anos, de um ano jubilar –
chamado também Ano Santo – o Papa João Paulo II convocou a Igreja à celebração
do Grande Jubileu do Ano 2000.
O que significa Jubileu?
A Palavra
“Jubileu” provém directamente do latim; e este do hebreu “Yôbel”, que significa
corno de carniceiro ou trombeta. Fazendo soar o Yôbel anunciava-se o início do
Ano Santo Judeu. Esta celebração produzia uma grande alegria em todos,
especialmente nos mais pobres. A alegria interior e exterior é uma das atitudes
chaves do Jubileu judeu e cristão.
O que é para nós, um Jubileu?
“Era um tempo de conversão”
O Jubileu no Antigo Testamento era um tempo santo, “ano
de graça do Senhor”. Era um tempo de conversão. Um ano de perdão e
reconciliação.
“A
encarnação de Deus em Cristo é o grande acontecimento que mudou o sentido da
história”.
Para os homens do Novo Testamento, “Jesus Cristo é o
grande Jubileu”. Nele se depositam todas as esperanças e alegrias da
humanidade. Ele é a salvação para todos nós. A encarnação de Deus em Cristo é o
grande acontecimento que mudou o sentido da história.
“A Igreja convida-nos a celebrar este Jubileu
extraordinário”
A Igreja, através da história tem celebrado Jubileus
periodicamente e sempre com os mesmos objectivos e sentimentos que vemos no
Antigo Testamento e em Jesus.
Quais são os aspectos específicos do grande Jubileu de 2000?
“...uma
grande oração de louvor e acção de graças”
Segundo a vontade do Papa João Paulo II O Jubileu do ano
2000 deve ser uma grande oração de louvor e acção de graças, sobretudo pelo Dom
da Encarnação do Filho de Deus e da Redenção realizada por Ele.
Quais são os sinais próprios de
todos os Jubileus?
A peregrinação aos lugares
santos: “A peregrinação tem sido sempre um momento significativo na vida dos
crentes... Evoca o caminho pessoal do crente seguindo as pisadas do redentor.”
A porta santa aberta nas
principais basílicas romanas. Ela “evoca a passagem que cada cristão está
chamado a fazer do pecado à graça, da morte à vida. Jesus disse: “Eu sou a
porta”. A porta santa indica-nos que nada pode ter acesso ao Pai senão
através d’Ele...”
Quais são os sinais próprios do
Jubileu do ano 2000?
Junto aos sinais seculares do Jubileu, há outros que o
Papa quer que se ponham particularmente de relevo nesta ocasião:
A purificação da memória,
“que nos pede a todos um acto de valentia e humildade para reconhecer as faltas
cometidas por quem tem levado e leva o nome de cristãos”. Por nossa parte, esta
”purificação da memória” deve levar-nos a ser mensageiros da paz e
reconciliação à nossa volta, apresentando um resto mais limpo e formoso da
Igreja, esposa de Cristo.
A caridade, “sinal da
misericórdia de Deus que nos abre os olhos às necessidades de quem vive na
pobreza e na marginalizarão”. Isto obriga-nos a traduzir em obras concretas de
ajuda aos mais débeis toda a experiência espiritual que conduz o Jubileu.
A “memória dos mártires”.
O seu testemunho não se pode esquecer. “Eles são os que anunciaram o Evangelho
dando a sua vida por amor maior que compreendia qualquer outro valor”.
Como celebrar o Jubileu?
Para viver melhor este Jubileu 2000, há que ter em conta
que os seus objectivos levarão os cristãos ao:
* Fortalecimento da Fé
* Testemunho de vida
* Desejo de conversão e renovação pessoal
* Oração mais intensa e à escuta da Palavra de Deus
* Solidariedade para com o próximo, especialmente o mais
necessitado.
Quais as condições para receber a
indulgência jubilar?
Para acolher Dom do Jubileu é necessário:
* A confissão sacramental
* A comunhão eucarística
* A oração pelas intenções do Papa
* Cumprimento de uma acção determinada: Peregrinação
(Roma, Terra Santa, Igrejas locais designadas pelo bispo – na nossa diocese a
Sé Catedral, Santuário de Nossa Senhora da Peneda, St.ª luzia, St.º Estevão de
Valença e Matriz de Ponte de Lima – participando num acto litúrgico. (A
peregrinação poderá ser substituída por: visita aos irmãos necessitados –
doentes, idosos, presos, marginalizados...–, fazendo os sacramentos e a
oração.)
“Todo o caminho jubilar tem como ponto de partida e de
chegada a celebração do sacramento da Penitência e da Eucaristia,
mistério pascal de Cristo, nossa paz e nossa reconciliação, acompanhados do
testemunho da comunhão com a Igreja manifestada com a oração pelas intenções do
Pontífice Romano e pelas obras de caridade”.
Como vamos celebrar o Jubileu na
Paróquia?
Catequese
da Luz
1. Anúncio
do programa.
Dia 2 de fevereiro de 2000 – Festa da Apresentação.
2. Benção do fogo em cada centro
Litúrgico.
Dias 25 e 26 de Março de 2000 – Festa da Anunciação
(dia 25 na Cadeia às 17h e no Carmo às 18h)
(dia 26 na Abelheira às 8h e na igreja Paroquial às 11h)
* 24 horas por Jesus, dias 14 e 15 de Abril
* Exposição de trabalhos da catequese, sobre Jesus
3. Páscoa – Círio
3.1 Vigília – 22/04/2000 – Encontro Convívio das
Assembleias
4. Festa da Padroeira
* Procissão de velas em Maio – 11 e 12 de Maio 2000
* Uma Bíblia em cada casa. Comunhão Solene no dia 14.
5. Novena de N.ª Sr.ª do Carmo –
9/07/2000
* Procissão de velas
- 24 horas por Maria, dias 15 a 16.
* Exposição Mariana.
6. Procissão de velas de Setembro de
Nossa Senhora das Necessidades – 08/09/2000
7. Imaculada Conceição – dia 8 de Dezembro
de 2000
Confissões e peregrinações à Sé.
8. Partilha
9. Compromisso – dia de Natal e
epifania.
SIGNIFICADO DO LOGOTIPO
No
campo azul de forma circular, que significa o universo, está inscrita a cruz,
que sustem e rege a humanidade que habita os cinco continentes representados
por cinco pombas.
A cruz está pintada com as mesmas
cores das pombas para significar o mistério da Encarnação: Cristo assume a
mesma condição humana “fazendo-se um de muitos”. Deus entra na história da
humanidade e redime-a.
A luz dimanada do centro indica que
Cristo é a luz que ilumina o mundo. Ele é o “ÚNICO SALVADOR, ONTEM HOJE E
SEMPRE”.
A forma circular com que estão
representadas as pombas representa o espírito dinâmico de solidariedade que
anima o Grande Jubileu do Ano 2000.
A vivacidade e a harmonia das cores
querem recordar a alegria e a paz como momentos peculiares da celebração
jubilar.
As palavras que compõem o logotipo
estão em latim.
Fora do círculo, “IUBILAEUM” =
Jubileu; A. D. (Ano Domini) = No Ano do Senhor; 2000 = anos passados a partir
do nascimento de Jesus Cristo e que motivam a celebração do Grande Jubileu.
Tudo seguido quer dizer: JUBILEU NO ANO DO SENHOR 2000.
Dentro do círculo, “CHRISTUS – HIERI
– HODI – SEMPER” = CRISTO, ONTÉM, HOJE E SEMPRE.
O desenho do
logotipo é de Emanuela Rocchi, de 22 anos, militante da Acção Católica e aluna
da Escola de Arte das Medalhas do Instituto Polígrafo e Moeda do Estado
Italiano.
ORGANIZAÇÃO
*
Comunidade Paroquial de Nossa Senhora de Fátima
* Comunidade do Carmo
VIANA DO CASTELO
O JUBILEU VISTO PELO “PARÓQUIA NOVA”
*
Janeiro de 2000
Amigo(a):
Estamos
a celebrar um Ano Jubilar! Não é em
qualquer ano que se celebra um jubileu como este... Este ano jubilar já vinha a ser anunciado há
muito, não ao toque de “trombeta”, mas por meios próprios desta época. Ele vem
a ser preparado desde há três anos. Formalmente, o Papa anunciou-o há um ano
com a bula “Incarnationis Mysterium”.
É motivo de
júbilo, de festa e de alegria!
Todos somos
chamados a atingir a perfeição possível na nossa humanidade: Deus é um Pai que
nos ama, que perdoa sempre que O procuramos e nos dispomos a perdoar ao nosso
semelhante. Este Deus é “rico em misericórdia” e sente felicidade em nos
libertar da escravidão, do pecado em que nos encontramos mergulhados... Uma
coisa apenas nos é exigida por justiça, é que também temos de ser
misericordiosos à maneira de Deus.
Aos Judeus,
nos anos jubilares, era-lhes exigido que perdoassem as dívidas, soltassem os
presos, libertassem os escravos, devolvessem as hipotecas e os campos que, por
problemas financeiros os seus donos tinham vendido..., isto é, deste modo se
santificavam e faziam o próximo mais feliz. Ora, o jubileu que celebramos, nós
cristãos, é, no seu essencial, o mesmo que era celebrado entre os judeus.
O ano
jubilar é uma oportunidade para uma conversão mais cuidada, para um encontro
especial com Deus, um encontro pessoal e comunitário, mudando as nossas
atitudes em relação aos irmãos, perdoando e pedindo perdão, reconciliando-nos
com eles e com Deus.
Este Jubileu
é a festa dos 2000 anos sobre o nascimento do nosso Maior que tem um nome -
Jesus Cristo, filho de Deus Pai, que nos difundiu uma mensagem de respeito pela
integridade da criação, de respeito pela dignidade da pessoa humana, criada à
imagem e semelhança do Pai, e que, por esta humanidade enfraquecida, se
entregou na Cruz...
Arrependei-vos,
convertei os vossos corações, orai a Deus, confiai n’Ele e confiai-Lhe a vossa
vida, partilhai com o próximo até aos limites das vossas possibilidades...
Alegrai-vos, regozijai-vos porque a Paz do Senhor habitará entre vós. E Cristo
nascerá no vosso coração... Esta mensagem,
própria do tempo do Advento que acabamos de celebrar, diz-nos tudo. Viver o
Jubileu é pois descobrir propiciação para nos realizarmos como cristãos, indo
ao encontro da perfeição, amando e perdoando, “tudo a todos, e com todos tudo
partilhar”.
O nosso
bispo, D. José Augusto Pedreira, no dia de Natal, ao abrir oficialmente o Ano
Santo disse: “Do nascimento até à morte cada um de nós vive a condição
peculiar de peregrino”. “A purificação da mente”, ou seja, “o
reconhecimento dos erros cometidos pelas nossas comunidades cristãs, e pela
Igreja, através dos tempos, o propósito de pedir perdão às pessoas ou grupos de
pessoas a quem tenhamos ofendido, se for caso disso, e a disposição de conceder
sempre o nosso perdão”. O Ano Jubilar é ocasião propícia para a “caridade”
ao abrir “os nossos olhos às carências daqueles que vivem na pobreza ou
sofrem outras formas de marginalização”.
Quem não
cometeu erros no passado, ou não os comete no presente? E... Quem não pecou?
Amigo,
Foi mesmo
para ti que escrevi esta carta. Ela foi pensada e é uma necessidade urgente.
Não me sinto bem sem me dirigir a todos os paroquianos e dizer ao coração de
cada um:
Estamos
a celebrar um Ano Jubilar e ele tem de ser um ano vivido a sério.
Ele deve ser
um ano de graça, um ano de mudança, de reencontro, de reconciliação, de perdão.
Eu sou o primeiro a necessitar do perdão...
A falta de
discernimento suficiente para sentir que estava a fazer mal passou certamente
muitas vezes, na minha vida de pároco, quer por acções, quer por omissões.
Sinto que o pecado pessoal nos destrói e faz-se pecado colectivo quando
prejudicamos a verdade, a harmonia, a paz, o amor, isto é, as relações
autênticas de fraternidade.
Peço-te,
irmão, que me lês: Sê generoso em dar o teu perdão. Não sejas exigente.Rezemos
juntos:
“Pai Nosso, que estais no Céu; Santificado
seja o Vosso nome; Venha a nós o Vosso Reino; Seja feita a vossa vontade, assim
na terra como no Céu; O Pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as
nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; - e não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.”
Atempadamente
iremos anunciando acções a levar a efeito, no Jornal, na Luz Dominical ou
através dos meios que normalmente costumamos utilizar.
Esperando a
melhor compreensão, se subscreve,
P.e Artur Coutinho
*
Maio de 2000
Jubileu da Luz e da Paz
Há
dois mil anos apareceu uma nova luz para os homens de boa
vontade quando, em Belém, um Deus feito Homem nasceu num presépio, cresceu na
família e envolvido por um ambiente pobre e, naturalmente, aprendiz de
carpinteiro, se fez adulto numa comunidade político-social e religiosamente
judaica. Esse Deus-Homem, em diálogo com os Homens, fez amigos e comeu com eles
à mesa. Com os amigos estabeleceu uma aliança. Uma aliança nova com a
humanidade. Traído, é morto numa cruz e nela vence a morte, ressuscitando-se,
dando a todos nós a garantia da nossa ressurreição, dando a todos nós uma luz
que nunca mais se apagará.
É esta luz
que nos dá alegria e não nos traz na confusão ou no escuro, mas antes, pelo
contrário, nos ajuda a ver o caminho e a ver o irmão que, ao nosso lado,
caminha connosco para o mesmo fim. Esta LUZ que ilumina o coração do Homem que
o leva ao diálogo com os outros e a sentar-se à mesma mesa, a servir-se da
mesma refeição cuja comida é o próprio Cristo que se oferece, é capaz de gerar
amizade, entendimento e PAZ – ambiente necessário para que reine entre todos
uma verdadeira e autêntica cultura de PAZ.
* Junho de 2000
Jubileu da Paz
O
Jubileu do ano 2000 da Ascenção de Jesus ao Céu é mais um convite a que sejamos
cristãos eficientes, isto é, dinâmicos e activos na descoberta de respostas
eficientes aos problemas do mundo de hoje. O compromisso que Jesus nos deixou
foi esse mesmo. Ele não nos quer apenas contemplativos, de braços cruzados a
olhar o Céu, vendo-O subir, ou a olhar o Céu à espera que desça pela segunda
vez a julgar os vivos e os mortos.
A Páscoa de
Jesus foi completada com a Ascenção. Páscoa e Ascenção são o mesmo mistério da
glorificação de Jesus, depois da entrega da sua vida na cruz. Este triunfo de
Jesus não é só ponto de chegada, ele é antes ponto de partida, para cada um de
nós em Igreja. Fazermos o Seu caminho, que foi um caminho de serviço aos
irmãos, darmos vida aos “ossos ressequidos” continuando a celebrar a Páscoa em
Sua memória e anunciarmos aos outros, pela palavra e pelo exemplo, que vale a
pena esta opção por Jesus que nos deu a certeza da nossa própria ressurreição,
será esse a nossa missão.
Jesus subiu
ao Céu e deixou-nos o compromisso de sermos cristãos eficientes.
Como
cristãos e peregrinos de Nossa Senhora de Fátima, temos de olhar bem à nossa
volta e veremos uma sociedade moderna onde os empregos começam a escassear, a
falta de recursos e as privações vão aumentando, o ciclo da pobreza e da
exclusão social não param, talvez porque ainda não conseguimos descobrir a
resposta social e eficiente para dar ao sistema organizativo da sociedade, não
descobrimos novos estilos de vida para dar lugar aos grupos sociais, como os
idosos, os deficientes, os desempregados, as minorias étnicas, os migrantes e
os emigrantes, os toxicodependentes, os seropositivos, os dependentes do
alcoolismo e da prostituição...
A nossa
missão é hoje pôr fim a estas situações. A Paróquia tem respondido a algumas
carências, mas nem tudo terá feito... e sobretudo, nem tudo terá sido feito com
a eficiência que a fé exige.
Não bastará
acolher as crianças e os bébés abandonados, retirar os idosos à solidão,
estimular os deficientes, cegos e amblíopes, os pobres que andam por aí à
procura de roupa ou de comida, de dinheiro para pagar rendas, remédios ou
alimentos...
Não basta à
Paróquia ter Vicentinos, CECEAN/RD, Berço, Centro de Dia, Refeitório Social,
Centro de cegos e amblíopes... A resposta principal está no Amor que cada
paroquiano põe naquilo que faz pelo outro, sem nome, e sobretudo, naquilo que
faz com os outros, em comunidade, isto é, em comunhão com aqueles que partilham
dos mesmos ideais para que a resposta social da paróquia seja, de facto, uma
resposta eficiente, à maneira de Jesus.
A paz que
Jesus nos trouxe exige trabalho, dedicação, doação total aos irmãos. É a
eficiência da nova fé que está na resposta, nas obras de amor à maneira do
Mestre.
Em Julho, no
programa jubilar da Paróquia, temos uma acção mariana, depois da festa da
Padroeira, a celebração de N.ª Sr.ª do Carmo com Procissão de Velas, exposição
mariana, Eucaristia e as 24 horas por Maria que serão de 14 para 15 e não de 15
para 16 como estava previsto.
Sejamos cristãos eficientes também na
oração porque, não havendo fé sem obras, não poderá haver fé sem oração, à
maneira de Jesus, que tantas vezes se retirava para, no silêncio, falar com o
Pai.
A.C.
* Julho de 2000
O Jubileu e a Vassoura
A vassoura é
um elemento fundamental para a limpeza da casa, assim como para a limpeza duma
igreja.
Ela tem de
passar também pelo espaço físico e humano em que decorre a actividade própria
de pastores como é a actividade da Igreja.
A eficiência
desta actividade a que chamamos pastoral – pastoral litúrgica, profética ou
sócio-caritativa – tem de passar pelo uso da vassoura. Se faltar nas mãos duma
pessoa a vassoura ou o aspirador que limpa o chão, o espanador que levanta o pó
das imagens da igreja, das talhas, das lâmpadas, não haverá ambiente para uma
pastoral eficaz.
As portas
abertas duma igreja, local de oração, de encontro e reencontros, de comunhão e
de conversão, de intimidade com o transcendente, o absoluto, o supremo, o todo
poderoso, não é suficiente para que digamos que está tudo feito. Isto exige que
as portas abertas duma igreja ofereçam ao visitante, ao transeunte, ao
paroquiano um espaço físico acolhedor, agradável, limpo e convidativo ao
repouso, à meditação e ao diálogo íntimo com o nosso Deus que nos ama e
espera...
A vassoura é
um objecto que temos de ter em conta na pastoral. Mas não é só o pó e o lixo
miúdo que nos hão-de preocupar, também, o género de bancos que devem ser cómodos, as toalhas dos altares
que devem estar limpas e alinhadas, as flores ou outras decorações que devem
ser sempre sóbrias.
Sobre o
altar da Eucaristia nada deve haver para além da toalha, da vela, das flores
que não devem ser mais que o altar. Às vezes há jarras ou arranjos que se fazem
desproporcionados com as dimensões dos altares, pequenos demais ou
excessivamente grandes. Nada deve encobrir o mais importante que, neste caso,
é a Eucaristia.
Por vezes,
nas festas, vêem-se arranjos tão grandes que escondem talhas artísticas,
escondem móveis fundamentais como o altar e o que sobre ele se passa. Mais
parece a festa da flor ou competição decorativa do que uma festa da fé.
Todas as
decorações para tornar o espaço acolhedor devem ser sempre tão sóbrias que não
ofusquem o mais importante... O Altar não pode ser uma secretária de trabalho
ou uma mesa de biblioteca...
Em relação à
liturgia e ao acolhimento numa igreja, cada coisa tem o seu lugar, próprio e
discreto, adequado ao “Mistério da Fé”, àquilo que se celebra...
O que se diz
a propósito da liturgia, diz-se da catequese e das suas salas que podem ser
polivalentes, mas... imaginem uma sessão de catequese, numa sala cujas paredes
estão marcadas por quadros de violência... A proclamação da Palavra tem de ter
ambiente e espaço digno, cómodo, longe de barulho, com cenário atraente ou
paisagem positiva e... silêncio... O local onde se proclama a Palavra deve
proporcionar facilidades de abertura ao espírito...
Também a
vivência desta Palavra, manifestada em obras de amor, de serviço, próprias de quem ama até ao fim, tem de ser vista
porque a luz põe-se sobre o alqueire para que ilumine a todos... e os
dinheiros que correm, lançados nas caixas das esmolas, tantas vezes, fruto de
lágrimas, de suor, de sangue, de renúncias... ou do que se pede, têm de ser
vistas nas obras... As obras materiais devem aparecer e o brilho será tanto
maior quanto maior for o espírito de serviço e de amor que se lhe incute...
Neste ano
Jubilar a vassoura deve funcionar, não só para limpar algumas teias-de-aranha
do nosso espaço físico e purificar muitas coisas que, à nossa volta, não estão
bem, pois não deixam passar a luz de Jesus Cristo nem a sua a mensagem, mas
também para limpar e purificar o nosso espaço espiritual, o nosso coração que
se pode fechar a esta luz ou ofuscar aquela que dizemos existir em nós.
O Jubileu da
Paz, do nascimento de Jesus, a autêntica PAZ, devia trazer, para além da
conversão e duma maior aproximação com a Perfeição, espaços materiais novos,
onde a actividade litúrgica profética e sócio-caritativa pudesse gravitar. Esta
Paróquia tem necessidade urgente de espaços, onde a vivência social da fé
cristã possa desenvolver-se convenientemente, assim como a celebração e a
proclamação. Aguardamos a aprovação pela Camâra Municipal do Projecto que já foi apresentado. Esperamos
que este ano jubilar traga grande graça
à Comunidade. Esperamos que o poder civil tenha força suficiente para mostrar
aos jovens de hoje que não podemos ser
“parasitas”, vivendo em espaços, do passado, velhos, sem condições e
ultrapassados, aliás, o melhor que os nossos antepassados nos legaram,
naturalmente, com muito sacrifício, amor e fé... e que foi bom, mas agora pode
e deve ser melhorado para que o nosso testemunho actual fique para os
vindouros.
A.
C.
O Jubileu das Instituições da Paróquia
Instituição
pode ser qualquer grupo ou movimento activo fundado, instituído em benefício da
comunidade paroquial. Temos muitos e diversificados serviços na Paróquia desde
a catequese à litúrgia e ao sócio-caritativo.
No entanto,
aqui, neste ano da CARIDADE, se estamos em Jubileu, refiro-me sobretudo às
instituições de índole social, que as temos em abundância, como respostas a
vários problemas sociais.
Quem com
certeza se envolve na vida íntima duma
comunidade paroquial, isto é, na comunhão com os outros enraizada na fé de
Jesus Cristo, o Ressuscitado, que está sempre vivo, presente e actuante no meio
da mesma, entende que uma Instituição não é algo que está a mais numa
comunidade Paroquial.
A
Instituição garante a liberdade do beneficiado e memoriza a oferta do
benfeitor, prolongando a sua memória; oferece e garante a estabilidade e a
eficácia da acção e quem dá, dá-se sem se comprometer e quer fazer bem sem
mostrar o rosto... É uma questão de liberdade!... A luz deve pôr-se sobre o
alqueire, mas em nome duma comunidade pode ser mais forte!... Pode iluminar
mais... e mais longe...
A
solidariedade humana é a razão da existência da Instituição, é o aspecto
fundamental e mais importante, por isso ela tem deveres para com as pessoas
singulares e colectivas. Não se fecha num casulo e não se limita a uma ilha. Na
Instituição, na colectividade, dissolvem-se os protagonismos e se alguém
inspira a Instituição, também esta informa e projecta...
Por isso, a
Instituição tem de ter a sua autonomia para exercer 3 objectivos fundamentais
na comunidade, como sua mandatária: expressar a generosidade da Comunidade,
reunir a generosidade individual e articular a generosidade e o equilíbrio da
organização social com os serviços do Estado.
A identidade
duma Instituição vem da sua autonomia concedida pela comunidade, reconhecida
pelo Bispo e também, se for o caso, pelo Estado. Não resulta da lei, nem da
imposição da autoridade estatal, resulta da iniciativa generosa e espontânea da
comunidade. É fruto de sonhos, de projectos para a melhoria das condições da
vida da comunidade. É por isso ancestral, e por ela passa o tempo e o espaço
onde se põem em prática inegáveis virtudes que enobrecem os dias de hoje...
Quem trabalha por esta causa, dá provas de que sabe o que quer, sabe fazer com
fé, justiça e verdade, passando teimosamente por cima de muitas contrariedades.
São os valores destas virtudes que moldam a nossa identidade e fazem as nossas
obras falarem por si, com cultura própria, património moral e cívico único, que
evolui para não morrer ou perder o rumo ou os objectivos a que, na origem, nos
propusemos.
Nas obras
sociais da Igreja não podemos falar de identidade sem falar de espiritualidade.
As nossas instituições são da Igreja e têm uma cultura diferente, como se pode
ver nas obras. Aliás elas falam por si. O património moral e cívico, iluminado
pela fé vivida dos crentes ao longo dos tempos, é enorme, mas nem sempre este
património hoje como ponto de referência da
mesma Igreja... É que a Igreja é formada por Homens sujeitos à tentação
do individualismo, do protagonismo, dos títulos e, às vezes, é capaz de
faltar naqueles que, em vez de a
servirem, se servem dela.
Entre nós, alguma parece perder o norte, isto
é, os objectivos que um dia se propôs. Não acompanhou o evoluir dos tempos. Se
os seus objectivos foram ultrapassados porque, por justiça, o Estado já os
resolveu, então, por que manter a chama e lançar mãos a outras carências a
descoberto na sociedade civil.
Há que ter a
noção de que hoje se vive num mundo de interdependências e a mudança no sector
social tem cada vez maior exigência. Antigamente, por exemplo, ninguém se
escandalizava com o trabalho infantil, hoje não é aceite. As Instituições têm
de definir bem a sua capacidade de resposta aos problemas e intervir, ainda que
tenham de favorecer o debate público com parcerias semelhantes da região,
do país
ou do estrangeiro, dum modo
particular com quem tem mais afinidades, no sentido do desenvolvimento de
esquemas de cooperação, da sistematização de avaliações de sucessos e
insucessos para que o percurso possa, com mais facilidade, fazer parte da
memória colectiva.
Não
podemos procurar eficácia nas respostas cristãs aos problemas de hoje se
continuarmos com o nosso individualismo, nem podemos esconder ou justificar a
nossa omissão porque as coisas têm de ser feitas com perfeição... A dávida duma
instituição ou daqueles que a ela se entregam
não se mede com critérios humanos, isto é, não é fácil de medir, pois o
amor colocado no mais pequenino serviço pode ter diante de Deus um valor
infinito e, naturalmente, perante os homens esse pequenino gesto, no lugar
próprio, teve eficácia cristã, foi
sinal, foi testemunho, deixou passar a mensagem...
A Instituição
faz história, cria património e também experiência. Não é fácil uniformizar tão
diversificada acção!... No entanto, ela exige, gera autonomia, identidade e
solidariedade...
Esta acção
vem da pré-história e nós devemos implementá-la, embora adaptada
aos tempos de hoje e capacitada para responder cabalmente à problemática da
nossa época...
Todos os
problemas sociais devem ter uma solução eficaz na comunidade e o Estado devia
colaborar para que essa eficácia fosse
ao encontro das soluções exigidas pelas realidades sociais de hoje.
A.C.
* Agosto de 2000
O Jubileu das Férias...
“In
illo tempore” não se falava de férias, mas do dia do descanso semanal: ao
Sábado, no Judaísmo; ao Domingo, no Cristianismo.
Não se
falava de férias porque isso não fazia parte da cultura da época... Hoje as
férias são uma necessidade natural a que nem todos têm direito. Por razões
várias, razões económicas, razões da organização da sociedade, muitos ainda não
as podem gozar, dum modo particular, as mulheres ditas “donas de casa”...
Quebrar a
rotina ordinária da vida, uma vez no ano, um mês nos doze meses, não aparece
como norma na Sagrada Escritura porque, como dizia, não fazia parte da
civilização da época... mas creio que, sendo o nosso Deus tão humano, Ele nos
convida hoje não só ao descanso semanal, mas também a disfrutar de momentos
mais alargados de distensão, de descanso, de reflexão, de silêncio, para nos
reencontramos connosco e com os amigos... tantas vezes Jesus Cristo o fez,
convidando os amigos para um lugar ermo, para a intimidade, para o encontro com
o transcendente, para o encontro com o Pai...
Hoje é
inumano não se fazerem férias. O homem não é de ferro e o trabalho, o stress, o
barulho, a informação que nos chega dos média, de todo o mundo e a cada
momento, mais cansa o homem que deve procurar cuidar-se e salvar-se desta
confusão toda... O dia semanal de repouso e de oração já não basta. O Domingo,
semana a semana, já não chega.
Haja férias,
gozem-se as férias e que elas possam ser gozadas por todos os humanos e todos
possam chegar ao fim com mais energia, mais vontade e mais entusiasmo, ao
retomarem os seus trabalhos que são trabalhos do Reino de Deus e para o Reino
de Deus.
Esta é a
nossa missão. A missão pela qual devemos dar a vida, porque vale a pena esta
vida que o Bom Deus nos dá com a missão de a gerirmos bem, sob pena de a
destruirmos e de nos destruir. As férias são tempo sagrado que precisamos para
zelar a Vida.
A.
C.
* Setembro de 2000
O Jubileu e o dinheiro
A
dinâmica pastoral do Jubileu tem levado muita gente a descobertas de gestos
proféticos verdadeiramente marcantes, autênticos sinais de esperança no Amor de
Deus, que a todos prende e arrasta. Neste contexto, os bens materiais em geral
e o dinheiro em particular têm sido objecto de reflexão e de atitudes de
desprendimento, neste ano jubilar, mais se partilha em ordem aos que precisam
numa atitude de verdadeira solidariedade humana. Isto é mais frequente, à nossa
volta, do que aquilo que parece...
Estamos no
Ano da Caridade e redescobrir a Caridade, como dinamismo que desenvolve a
justiça e a paz social, potência a presença cristã e a acção salvítica na área
social da Igreja. O ano Jubilar trouxe maior sensibilização da nossa sociedade
para o envolvimento e empenhamento dos cristãos na vida real do dia a dia.
Este
envolvimento arrasta consigo um compromisso sério, levando as pessoas a um
"ajornamento" capaz de tocar a sensibilidade dos outros.
Quanto ao
dinheiro, de facto, as pessoas começam a convencer-se que o dinheiro não é
tudo, aliás nada do que possuímos nos pertence plenamente. Nada é nosso e tudo
é de Deus. Somos apenas uns meros gerentes das coisas para que elas produzam
fruto, o fruto que Deus quer para toda a humanidade.
O dinheiro
não pode ser um ídolo porque, na medida em que o for, ele é motivo de divisão,
de virar costas, de indiferença e até de ódio; de fechar os olhos para deixar
de ver a miséria alheia; de tapar os ouvidos para deixar de ouvir os gemidos
dos que sentem fome; de cruzar os braços para nada fazer quando algo nos obrigaria
a não ficar indiferentes e lançar mãos às obras de solidariedade; de não querer
sentir o que qualquer humano dotado de inteligência e vontade sente, para não
ser incomodado...
O dinheiro
cava entre os homens abismos que dificilmente se transpõem.
Neste ano
jubilar há muita graça de Deus a correr nas veias de todos os cristãos... e até
na partilha se nota, sinal de que a gente se convence que o dinheiro não é
tudo. Na verdade, há que olhar mais alto e ouvir com mais atenção os gritos dos
que têm necessidades, de ver com maior atenção as mazelas da nossa sociedade, a
paisagem da marginalidade, do racismo, da xenofobia, dos portadores de HIV, dos
descarnados pela fome, dos sofredores das injustiças, da opressão e do pavor da
guerra, etc....
Nota-se, respira-se
uma aragem nova de solidariedade e não é de estranhar que, no fim do ano, se
verifique que aumentou ou “dobrou a parada” em relação à partilha, na
comunidade, a favor dos que precisam.
Vamos mandar
mais para Timor? Para Moçambique? Para Angola? Vamos socorrer as vítimas da
explosão de Lanhelas?
A.
C.
Glehn e Viana – Celebrando o Jubileu
O
encontro jubilar entre as duas paróquias geminadas, Nossa Senhora de Fátima e
Glehn, realizou-se com a pompa merecida. Desta vez, a comunidade portuguesa de
Neuss deixou-se mostrar, ainda que muito timidamente. Os jornais locais
deixaram transparecer, duma forma elegante e digna, este encontro, inédito
nesta região. Duas paróquias que mantêm estes intercâmbios humanos e que se
deixam livremente entrelaçar e interpelar pela Palavra de Deus, espaço comum, e
pela vivência da mesma fé, é, segundo a nossa experiência, invulgar nestas
paragens.
Amizade
dos povos em foco traduzida em cores vivas e alegres.
Foi a
alegria do reencontro para muitos dos que no passado testemunharam esta
experiência. Foi o mergulhar num mundo cultural, parcialmente conhecido pelas
notícias esporádicas dos nossos meios de comunicação social.
As molas
insubstituíveis deste movimento foram os respectivos párocos, com carácteres e
interesses tão diversos, mas que possuem ambos a clareza necessária da importância da complementaridade e da
beleza da diversidade. São eles o P.e Istel de Glehn e P.e
Artur Coutinho de Viana do Castelo.
Estratos
sociais diversos unidos pela única vivência.
Foram operários
fabris, advogados, professores, donas de casa, reformados que se sentiram
membros duma única família e que durante uma semana conviveram e partilharam o
mesmo estilo de vida. Os jovens vieram em grande número emprestando, ao grupo,
um colorido agradável. O escutismo mostrou-se nas cerimónias religiosas, dando
um brilho especial às celebrações Eucarísticas e Marianas.
Venerando
em conjunto Maria, a Mãe carinhosa de todos.
Nossa
Senhora de Glehn, outrora venerada por uma vasta região, sentiu-se devidamente
honrada. As ruas envolventes à bela Igreja de Glehn foram testemunho da fé à
Mãe que os dois povos publicamente manifestaram. Há muito que não se realizavam
as procissões em homenagem à Nossa Senhora, tendo em consideração os habitantes
doutras denominações cristãs, mas estas foram reavivadas. Os irmãos alemães
acorreram em grande número. Os cânticos, assim como o terço, foram em português
e alemão, em alternância. A festa da Assunção cobriu-se de solenidade. Além dos
cânticos e da homilia nas duas línguas, o Sr. P.e Coutinho não
deixou de depor aos pés da Virgem a amizade que une as duas comunidades,
implorando a benção para todos os presentes.
Neuss,
cidade do distrito mereceu um contacto e visita.
O convento
de S. Sebastião, com a sua secular Igreja, mereceu dos romeiros vianenses uma
visita. Esta igreja é por muitos apelidada como o pulmão da cidade, já que
situando-se no coração de Neuss, com todo o ruído que implica, respira-se no
seu interior a tranquilidade e a harmonia, tão ansiada pelo mundo de grandes
velocidades. Pelo seu valor foi escolhida, pelo bispado, como igreja jubilar
para a região. Houve ocasião para um encontro ameno e pessoal com o Senhor. Ao
Frei Daniel Sembowlki, assistente religioso da comunidade desta cidade e
região, deu-se-lhe a oportunidade de tecer uma análise social, humana e
religiosa da emigração portuguesa aqui radicada. Através dum diálogo
disponibilizou-se para responder às perguntas saídas da Assembleia presente.
A Igreja
matriz de S. Quirino, foi outro marco importante desta visita. Puderam apreciar
os diversos estilos de construção ao longo dos anos e um pouco da sua história.
Apoio das autoridades
civis foi insubstituível e meritório
Além dos
promotores locais, sendo de destacar o casal Drath e o conselho paroquial, que
sempre se mantiveram atentos aos pequenos pormenores, a solidariedade do
governo civil não faltou. O Sr. Klose, um nome já muito familiar na esfera
política nacional, fez questão em estar presente na festa da despedida,
encurtando as suas férias. O presidente da câmara de Korschenbroich, depois de
ter recebido o grupo com as pompas devidas, e do Sr. director da Caixa
Económica, após ter oferecido um almoço a toda a comitiva, participaram, com as
suas esposas, no jantar de despedida oferecido pela comunidade de Glehn.
Uma
Oliveira...
Por ser o “Ano
Internacional para uma Cultura de Paz” e o ano do “Jubileu da Paz”,
a nível paroquial, o grupo levou uma oliveira, símbolo da Paz, que foi entregue
no ofertório da missa celebrada em Steinford para que, amanhada ou tratada
pelos nossos amigos, na Alemanha, possa passar mais facilmente de símbolo a
realidade...
Lá ficou
mais este elo de união na ajuda mútua para o enriquecimento cultural dos dois
povos, das duas comunidades tão distantes e tão díspares...
Arranjo
floral.
As
lembranças não ficaram pela oliveira, foi entregue também um prato gravado, nas
duas línguas, com os distintivos das duas cidades: Viana do Castelo e
Korchenbroich, e, como era de esperar, o grupo presenteou N.ª Sr.ª de Glehn com
um belo arranjo floral após a oração formulada, em duas línguas, com a ajuda
das intérpretes, pelo P.e Artur Coutinho.
Foi um gesto
que muito sensibilizou até à emoção, portugueses e alemães.
Laços de Amizade
Paroquianos de Nossa Senhora de Fátima de Glehn, no Norte da Alemanha, viveram
momentos de grande emoção e amizade, por motivo de uma digressão efectuada
àquele país e que, no percurso, incluiu paragens sobretudo em Bordéus, Paris,
Bruxelas, Luxemburgo, de um grupo de pessoas da Paróquia vianense.
Não era, no entanto,
uma estreia este encontro entre naturais de Viana e de Glehn, pois já
por quatro vezes que paroquianos de Nossa Senhora de Fátima se haviam deslocado
àquela localidade alemã, para além de em diversos momentos o seu pároco, P.e
Artur Coutinho, ali ter estado presente em eventos relacionados quer com a vida
da comunidade paroquial quer de pessoas
com ela relacionadas. Por outro lado , também
já por mais de uma ocasião a paróquia de Nossa Senhora de Fátima recebeu
a visita de representantes de Glehn. Poder-se-á dizer que os contactos, embora
não com a frequência que muitos desejariam, estão estabelecidos e são em certa
maneira já normais. Daí que tanto os de Glehn como os de Viana do Castelo se
sintam como que familiares e amigos quando se deslocam às terras de uns e de
outros.
Do convívio com a comunidade de Glehn trouxeram os de
Viana as melhores recordações pelos cuidados e atenções de que foram objecto
por parte de todos e, de um modo muito, especial do seu pároco, P.e
Istel e da comissão, que o assessorou e que esteve sempre presente durante os
dias da nossa permanência na sua terra, de destacar os já habituais e dedicados
amigos de N.ª Sr.ª de Fátima, como
sejam Drath, Théo, Christian e Otto.
Foram momentos altos desse convívio a recepção à nossa
chegada seguida de encontro na antiga
escola primária da aldeia, sendo os visitantes contemplados com um oportuno e
apetitoso lanche e onde, para além dos membros da comissão e da comunidade,
compareceram também emigrantes portugueses ali radicados, nos quais era visível
a satisfação por receberem a visita de
compatriotas, evidenciando todavia uma
boa inserção naquele país de
acolhimento. As missas celebradas em comum, no primeiro e último dias, e a
procissão de velas pelas ruas de Glehn, com cânticos e orações, ora em alemão
ora em português, e até em latim, constituíram assinaláveis momentos de comunhão de fé e de ideais que nem a barreira das línguas conseguiu
impedir. No entanto, nas homilias das missas, nas visitas efectuadas e recepções por parte das autoridades locais,
de muito valeu a competente acção das nossas intérpretes Dr.as
Lurdes Caló e Lígia Magalhães, bem como dos emigrantes José Rodrigues e Luís
Genro que colaboravam com a comissão da
paróquia de Glehn.
Os nossos anfitriões não se pouparam a esforços para
proporcionar a todo o grupo uma estadia confortável e culturalmente
enriquecedora. Acompanharam-nos numa visita a Lindberg, uma aldeia medieval,
que, do ponto de vista urbanístico, mantém ainda muito do seu ambiente primevo,
com as ruas, casas, fortificações e monumentos a testemunhar a sua origem e
história multisseculares. Em Korchenbroich,
foi o grupo recebido na Câmara Municipal, tendo o seu presidente, depois
de dirigir palavras de muito apreço e simpatia,
distribuído lembranças a todos os elementos da comitiva vianense. A
Paróquia, pelas mãos dos mais jovens elementos da comitiva, Daniel Sousa e João Flores,
ofereceu ao Presidente da Câmara uma linda peça de Louça de Viana que
foi muito apreciada. Seguiu-se a visita à igreja paroquial, que fora objecto de
uma cuidadosa reconstrução após a destruição sofrida por efeito do bombardeamento aliado na
Segunda Guerra. Ainda na mesma cidade, foi o grupo recebido pelo seu Director
nas modernas e inovadoras instalações da Sparkasse, o banco oficial alemão,
onde foi mais uma vez alvo de manifestações de apreço e simpatia e contemplado
com lembranças e almoço. Porém, foi em
Steinford, que estava reservado o maior momento de festa e de convívio. Numa antiga vacaria, agora transformada em
restaurante típico, que pela riqueza e
variedade decorativas lhe conferiam a categoria de verdadeiro museu
etnográfico, decorreu um jantar festivo de despedida a que não faltaram as
danças, os cantares, a animação e até os discursos que fizeram, deste momento,
uma verdadeira apoteose final expressiva da empatia, entendimento e comunhão de
vontades e interesses que ligam as duas comunidades e que muito se deseja que
sejam continuadas e aprofundadas no futuro. De destacar a presença de autoridades
locais e regionais, nomeadamente um Ministro do Governo Regional, o Presidente
da Câmara de Korchenbroich, o Director da Sparkasse, o Pároco, P.e
Istel, e toda a comissão organizadora.
Muito notória foi, durante a permanência na Alemanha, e
que causou muito agrado aos paroquianos de Nossa Senhora de Fátima, foi a
simpatia, o respeito e a receptividade de que era alvo o pároco de Nossa
Senhora de Fátima, senhor padre Artur Coutinho, traduzidos por vezes em gestos
de tom familiar e brincalhão como aconteceu
em Steinford, quando, no calor da festa, o proprietário do restaurante o
chamou ao palco e, entre palavras um tanto inacessíveis em alemão para a
generalidade dos falantes portugueses, lhe ofereceu uma simpática vaca de
peluche, espécie de versão alemã da “vache qui rit”. Escusado será dizer que o
simpático “bicho” logo ali ficou instituído em mascote do grupo.
Antes de abandonar a Alemanha puderam ainda os visitantes
deslocar-se a Neuss, Colónia e Aachen. Na primeira destas cidades, na igreja da
Missão Portuguesa, tiveram oportunidade de satisfazer as condições do Jubileu e ouvir uma intervenção do
Padre Daniel sobre a função da missão naquele meio; em Colónia, visitar a
famosa catedral, de dimensões imponentes, e apreciar o seu riquíssimo património
artístico; e em Aachen, antiga “Aix-la-Chapelle”, cidade que foi residência
preferida de Carlos Magno, saborear o seu tipicismo, a sua traça antiga e
alguns monumentos como a catedral e o edifício do município.
Um apontamento final a salientar foi o agradável ambiente
de convívio, de entendimento e de cooperação reinante durante toda a viagem
entre a comitiva, tão heterogénea do ponto de vista etário, de sensibilidade,
de formação e ocupação profissional, factores muitas vezes, quando
indevidamente equacionados, potenciadores de conflitos e de tensões. Por outro
lado, uma deslocação com o número e variedade de pessoas, como a que foi
realizada, obrigando a longos períodos de permanência em comum e dentro de um
autocarro, exige a disciplina e o respeito pelas pessoas e normas de
convivência essenciais para que os objectivos do programa sejam atingidos. E
foi a consciência destes valores e um alto espírito de compreensão, de
tolerância e de cooperação que todos os elementos do grupo evidenciaram e que
ao autor destas linhas, como responsável do grupo, muito lhe apraz registar.
Certamente que o conhecido jogo do amigo com as actividades que vai
desencadeando, muito contribuiu, pelo seu carácter joco-sério, para o
estabelecimento de empatia e boa disposição. E mais uma vez deu bons
resultados: a produção poética gerada em torno das actividades que suscitou,
ficam a atestar as suas possibilidades.
Mesmo para concluir, um desejo: que as viagens
organizadas pela Paróquia, como espaços privilegiados de lazer e de convívio,
continuem a contribuir para que cada um conheça melhor o mundo e o aprecie; que
ajudem a um melhor conhecimento de cada um e dos outros e enraízem nas relação
humanas sentimentos e práticas de
fraternidade, compreensão, tolerância e entreajuda.
Albino Ramalho
* Outubro de 2000
O Jubileu e a Catequese
Começámos
um ano novo na Catequese, como é vulgar todos os anos pelo mês de Setembro!
Mas, este ano, reveste-se de particular importância porque estamos em Ano
Jubilar.
Ao
celebrarmos o Jubileu do nascimento de Jesus Cristo arranjamos oportunidades
para vivermos o Jubileu, em referência a estes e àqueles, atingindo todos os
mesteres da vida e todas as pessoas da comunidade dos humanos, desde os bispos
aos mais humildes, passando pelo jubileu dos catequistas...
Na Catequese
impõe-se Jubileu, isto é, mudança... renovação.
É frequente
verificarmos que há cristãos sem conhecimentos básicos para fundamentar a sua
fé e “para dar razões da sua esperança”. Frequentaram a catequese na infância,
julgam conhecer tudo sobre a fé e vivem toda a vida uma fé infantil, ou perdem
a que têm.
Por esse
motivo, facilmente se deixam levar por seitas. Na vida, não dão testemunho
público da dimensão duma fé esclarecida e aberta, antes pelo contrário, dão,
muitas vezes, claros sinais de incapacidade para o compromisso cristão, o que
leva a surpreender aqueles que vivem ao
seu lado e nunca receberam o dom da fé e choram por não o terem...
A Igreja
tem-se preocupado, já há muitos anos, com o problema da ignorância religiosa do
povo e, por isso, os responsáveis pela acção pastoral, dum modo particular os
párocos, têm procurado suprir esta lacuna, organizando cursos, encontros de
formação cristã, dando formação específica ou circunstancial, ao longo do ano e
dos anos, organizando debates sobre temas actuais que preocupam a sociedade
moderna numa prespectiva cristã...
Ao falar
hoje da catequese, já não se compreende apenas a catequese da infância, mas
também a da adolescência, da juventude e de todas as idades... Há catequese
para todos sem a reduzir aos conhecimentos básicos, doutrinais da mensagem de
Jesus, porque o Cristianismo, mais do que doutrina, é uma opção, adesão à
pessoa de Jesus que nos interpela a fazer caminho caminhando, a
proclamar a verdade anunciando, a viver o amor,
celebrando...
Este ano
Jubilar, virá reforçar esta vertente e fará com que as nossas catequeses desde
a Infância à Terceira Idade proporcionem mais conhecimentos doutrinais que
fundamentem uma fé esclarecida e personalizada, orientem os comportamentos morais,
introduzam numa vida espiritual, em união com Cristo e com a Comunidade dos
Crentes, através da vida litúrgica e da oração, e dêem a todos mais
responsabilidade religiosa.
Um ano de
catequese que começa para toda a gente em ano jubilar é uma Graça que vem do
Alto e a que todos devemos estar abertos a Ela.
* Novembro
de 2000
O Jubileu dos Santos e
das Alminhas
O
culto aos mortos é tão antigo como o mundo. Ele fez parte de todas as
civilizações do universo. A época outonal em que a natureza parece apagar-se
com o cair da folha ou entrar em letargia para, naturalmente, descansar do seu
ciclo produtivo e ser purificada pelo frio para voltar a reviver ao chegar a
primavera, foi, desde os primórdios do mundo, o tempo propício a um culto mais
intenso aos mortos.
A Igreja
também contou sempre com esta época para dar vida aos mortos honrando-os pela
santidade que aprovou e propondo o seu
culto aos fiéis ou trazendo-os simplesmente à memória viva das famílias, dos
amigos, isto é, da comunidade.
Os Santos nem
todos se encontram no catálogo oficial da Igreja. Esses são os canonizados e
são apenas um número simbólico. Uma multidão incontável está no Céu e, por
isso, o Papa Gregório IV, no Séc. IX, fixou o dia 1 de Novembro a festa de
Todos os Santos para extravasar o referido catálogo e honrar toda essa multidão
anónima que se encontra no seio de Deus.
Nesse mesmo
dia, é possível antecipar a comemoração do Dia dos Fiéis Defuntos, na
celebração de vésperas, como que unindo, em júbilo de alegria e esperança, o mistério
do triunfo e o mistério da purificação a caminho do refrigério na mansão da luz
e da paz, que Deus lhes reserva. O dia 2 de Novembro é celebrado também no séc.
IX, da iniciativa do Abade de Cluny, Santo Odilon, e tornou-se universal na
Liturgia no séc. XIII.
O mês de
Novembro é, por isso, conhecido pelo “mês das almas” porque durante este mês se
enraizou um culto diário onde as almas do purgatório são objecto de veneração e
sufrágio mais intenso.
Este culto
que praticamos não tem nada a ver com a transmigração das almas, “os espíritos
da noite”, as “Almas penadas”, “os espíritos”, o fogo, as águas, os animais, os
astros, as coisas, os números, nem com as fadas, os lobisomens, os fantasmas,
os mouros e as mouras; a feitiçaria, a bruxaria, os ensalmos, as calendas; nem
com a magia das horas, dos dias da semana, dos agouros humanos e animalescos,
das adivinhações; nem ainda com as “almas do outro mundo”, os “corpos abertos”,
as “procissões de defuntos”, coisas em que não acreditamos e que tiveram reminiscência
no paganismo. Já vêm da antiguidade e ainda há quem dependa destas crenças que
deformam, muitas vezes, alguns dos fiéis cristãos que usam amuletos como figas,
ferraduras, chaves, tesouras, peneiras, chifres, alhos, alecrim...à mistura com
crucifixos ou medalhas de N.ª Senhora ou dos Santos.
Ao
celebrarmos os mortos, nós queremos simplesmente fazer uma afirmação de fé -
acreditamos na Ressurreição, acreditamos na vida do Além, uma vida eterna que
Deus quer feliz para todos os homens.
Acreditamos
na Ressurreição de Cristo como o argumento fundamental para provar a sua
divindade e que, tendo vivido com os Homens, por eles entregou a vida, para
lhes dar a possibilidade de viver para sempre junto de Deus, garantindo-lhes a
sua ressurreição.
Deste modo,
o nosso culto aos mortos leva-nos a viver este mês com maior intensidade a fé
no mistério do triunfo da coroa de glória dos Santos, no mistério da
purificação, “antecâmara” do Céu, para poder atingir a plenitude da
felicidade e o mistério terreno onde cada um de nós, candidato à
santidade, procura viver a opção cristã com a dignidade necessária, não sem
limitações, sem pecado à mistura, que tornará a nossa vida numa luta pela
perfeição que só na morte tem o seu termo e a compensação pelo esforço
empregue. Pelos Santos louvamos a Deus e são nossos intercessores; pelas Almas
do Purgatório pedimos por elas e são nossas intercessoras. Nada mais poderemos
fazer por aqueles que, na vida, nada fizeram por prosseguir consciente, livre e
responsavelmente, como opção fundamental, um ideal de perfeição a não ser que
ainda possamos, nesta vida, dar-lhes sobretudo a nossa compreensão, exemplo e
Amor!...
Celebrar o
Jubileu das Almas e dos Santos é tudo isto que há dois mil anos nasceu em Jesus
e que se tornou na verdadeira “Comunhão dos Santos” que professamos no
Credo.
A.C.
O Jubileu e
os seus frutos...
Já
se aproxima do fim o Jubileu dos 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo. É
tempo de reflexão e já nos podemos interrogar se valeu ou não a pena este
Jubileu...
Foram várias
as programações de actividades jubilares, a nível da Igreja Universal com
centro em Roma; a nível nacional com centro em Fátima; a nível diocesano com
centro na Sé e noutros templos jubilares da nossa diocese; a nível paroquial na
igreja da Comunidade, no Carmo e na Senhora das Necessidades.
Várias foram
as oportunidades dadas aos cristãos para celebrar este ano de graça.
Naturalmente, uma das grandes graças foi descobrir mais uma vez a Bondade de
Deus – "Todo Poderoso, por ser Bom".
Deus não nos
quer escravos de nenhuma coisa, nem de obediência cega, nem de obrigações a
cumprir, mandamentos ou regras, para que tenhamos acesso ao céu, ou que
desprezadas, desçamos aos infernos e fiquemos condenados eternamente.
Deus aponta-nos
um caminho de felicidade para o qual fomos criados, por isso o livro do
Levítico (19,2 - 3) nos diz: "Sede santos, porque Eu sou santo. Eu, o
Senhor vosso Deus. Que cada um de vós respeite a sua mãe, o seu pai e guarde os
Meus sábados. Eu sou o Senhor, vosso Deus."
Nesta
santidade está o respeito pelo pai e pela mãe, o respeito pelos outros, o
respeito pela dignidade dos mais pobres, o respeito pelo descanso e, quando
alguma destas coisas falhar, está em perigo a santidade, como está em perigo a
sociedade em que vivemos. Todos somos protagonistas, neste mundo em
crescimento, pois todos precisamos deste respeito, somos virtualmente pais e
mães, somos administradores de bens que Deus nos confia para gerir com
generosidade, sempre solícitos em distribuir com quem precisa, de um modo
particular, o perdão e a misericórdia, dons que recebemos abundantemente da
bondade de Deus.
Celebramos
um ano de graça. Resta deixar passar o testemunho de algumas realidades vividas
neste jubileu, especialmente no serviço aos irmãos, perdoando e pedindo perdão,
reconciliando-nos com todos. Deste modo, passará o sinal de que este tempo foi
"tempo propício para o homem realizar a sua missão: santificar-se,
aproximando-se da perfeição e praticando a Misericórdia à semelhança de Deus.
Amar e perdoar, tudo a todos, e com todos, tudo partilhar".
Louvemos a
Deus porque nos deu o Seu Filho Jesus e a possibilidade de vivermos um ano de
realizações que nos fazem felizes e mais próximos da Santidade e da Paz, e nos
enlevam a viver uma fé mais coerente na vida de todos os dias.
CAPÍTULO IX
A PARÓQUIA
VISTA PELO P.E COUTINHO
O jornal “Paróquia Nova”, para além de ser um órgão de
informação sobre problemas sociais, e não só, da Comunidade, da região e mundo,
tem também uma componente formativa.
Na qualidade de director do jornal, a redacção aproveita
muitas vezes artigos simples, sem grande profundidade científica, mas acessível
às pessoas, pelo que é um veículo de formação religiosa que ele tem para chegar
a todos os leitores.
Agora, vou retirar do respectivo jornal, o que é uma
Paróquia para um padre que é pároco há 31anos, 25 dos quais na Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima.
A PARÓQUIA
VISTA PELO PADRE COUTINHO
“O
pastoreiro de paróquias pequenas requer um tratamento singular, diferente do
que lhe temos dispensado até ao presente.
É
conhecido o bairrismo exagerado das respectivas populações que defendem a sua
manutenção como paróquias. Mas, na realidade, elas não representam mais do que
pequenos lugares duma comunidade maior. No futuro, não fará sentido dizer-se
que este ou aquele sacerdote tem a seu cargo 3 ou 5 ou 7 paróquias, mas uma
comunidade paroquial, distribuída por vários centros. (...)
Esta
indispensável mudança só será positiva se dispusermos de alguns leigos capazes
de assumir maiores responsabilidades nessas pequenas comunidades cristãs. (...)
A supervalorização das capacidades da razão humana, a absolutização dos métodos
positivos do saber, a relativização dos valores, a concepção individualista da
vida, a superocupação das pessoas centradas na produção e consumo de bens
materiais, provocaram profundas mudanças na sociedade e nas pessoas. Afectam o
modelo e as funções da célula familiar sobretudo com o trabalho feminino fora
de casa, que saudamos, apesar dos desafios que levanta. Enfraquecem as
motivações religiosas dos indivíduos e embotam a sensibilidade aos valores
consistentes nos quais se incluem os valores religiosos e tudo o que aponta
para o transcendente.(...)
Evangelizar
dentro duma cultura secularizada, pode ter dificuldades acrescidas, mas deve
despertar em nós um desafio entusiasmante.”
“Agora, às nossas comunidades cristãs estão a chegar
imigrantes, vindos de países africanos ou de Leste, da América Latina ou
simplesmente da União Europeia. Temos uma missão a cumprir para com eles.”
(Esse fenómeno) “requer tratamento pastoral próprio que
passa pelo bom acolhimento, pelo respeito pelas diferenças culturais e mesmo
religiosas, pela ajuda na aprendizagem da língua e na escolarização, pela
colaboração no superar de outras carências como a procura de habitação, a
congregação de toda a família, etc.”
“O pluralismo religioso, que se tornou uma das
características da cultura do nosso tempo, até há pouco inexistente entre nós,
será uma realidade presente em grande parte das nossas comunidades paroquiais.
O fenómeno da mobilidade e a omnipresente comunicação social que traz até nós
as diferentes experiências de vida e de crenças, põem-nos em contacto com
pessoas de outras culturas, vivências religiosas, tradições e formas de
manifestação religiosa. (...)
Um são e esclarecido ecumenismo favorecerá a convivência
entre as pessoas, a tolerância e respeito mútuo pela vivência religiosa dos
outros e a descoberta e assimilação daqueles valores de que essas Igrejas
também são portadoras (...). Por motivos diferentes, mas com igual delicadeza e
caridade, devemos manifestar estima pelas principais religiões não cristãs
historicamente fundamentais como são: o Judaísmo e o Islamismo, religiões
monoteístas, e ainda pelo Budismo, não só pelo elevado número de praticantes
que congrega mas também porque ele «constitui um grande acontecimento da
história».”
“Aos fiéis leigos – é nossa convicção –
está reservada uma missão de evangelização desta cultura contemporânea marcada
pela secularidade. (...)
Vós, melhor do que ninguém, podeis marcar presença junto
dos vossos contemporâneos. Conheceis e utilizais a mesma linguagem, usufruís
das mesmas ou semelhantes experiências de vida, ao nível pessoal, da família,
do mundo do trabalho, da produção e consumo, dos locais de lazer, do sagrado e
do profano. Tendes a experiência do positivo e do negativo da modernidade.”
“A paróquia não mais subsistirá como mundo
fechado sobre si próprio. O pastor que não se abra à coordenação
supra-paroquial perde, em boa parte, a capacidade de cumprir a missão de
despertar o desabrochar da fé dos seus paroquianos e de alimentar o seu
crescimento. A coordenação a nível de unidades pastorais, envolvendo várias
paróquias com relações sociológicas de proximidade, a nível de zona, de
arciprestado ou a nível diocesano, constitui um imperativo indispensável para a
eficácia e frutuosidade da evangelização.”
“Tudo leva a crer que se venham a introduzir entre nós as
celebrações da fé orientadas por Diáconos permanentes ou por leigos de
reconhecida formação e competência. Urge promover a sua formação humana,
teológica e pastoral.”
in Carta Pastoral de D. José
Augusto Pedreira
(nos
25 anos da Diocese)
Já em Julho, no Conselho Paroquial de Pastoral, foi
sugerida a realização de uma Missão Popular na Paróquia, neste ano de Pastoral.
Voltou a ser discutido o mesmo assunto na última reunião de Outubro, por
ocasião da apresentação, apreciação e aprovação do Plano de Pastoral para este
ano, mas ninguém incluiu esta iniciativa e continua em discussão, o que não
impede que ela seja uma realidade ainda este ano de pastoral.
Tudo indica que a acção, por aqui ou por acolá, seja uma
realidade na Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima. Há necessidade de uma sacudidela
especial e a Santa Missão é um tempo especial de intensiva e extensiva
evangelização, de retiro espiritual popular, um tempo de misericórdia, de
diálogo eclesial, de ecumenismo e de serviço pastoral e fraternal.
Qual o sentido a dar à vida e à história, assim como
descobrir o mundo em que vivemos como sujeitos, os anseios que sentimos, a
descoberta de respostas, o motivo da nossa fé cristã e o sentido da Comunidade
serão objectivos que nos orientarão na estratégia para a eficácia da Missão.
O Conselho Paroquial de
Pastoral e a Diocese em Sínodo
“O primeiro documento para estudo, ou para trabalho,
distribuído pelo grupo dinamizador diocesano pelos organismos e movimentos não
foi muito fácil de digerir pelos responsáveis da pastoral paroquial, devido à
profundidade teológica das questões.
Os objectivos não foram talvez, por isso, alcançados na
sua plenitude, mas é possível que valessem por si, para pôr os crentes mais
responsáveis a reflectir e a tirar uma conclusão: falta algo importante para a
caminhada-formação e conversão.
Prevendo esta conclusão, já em Julho de 2002, no Conselho
Pastoral Paroquial, foi lançado por mim um repto aos conselheiros: nunca
poderemos ir longe se não houver um trabalho de base, e esse trabalho, penso
eu, é incluir no programa de pastoral para 2003 um Missão Popular na
Comunidade. Há necessidade de uma sacudidela especial e a Santa Missão é um
tempo especial de intensiva e extensiva evangelização, de retiro espiritual
popular, um tempo de misericórdia, de diálogo eclesial, de ecumenismo e de
serviço pastoral e fraternal.
No fundo é isto que a Diocese quer em Sínodo e que uma
paróquia deve procurar.
Uma Missão Popular ajuda a dar sentido à vida e à
história, assim como a descobrir o mundo em que vivemos como sujeitos e os
anseios que sentimos, as respostas que procuramos. O motivo da nossa fé cristã
e o sentido da Comunidade serão os objectivos que nos orientarão na estratégia
para a eficácia da Missão. Entendo que a Missão Popular seria uma rampa de
lançamento e para a tornar mais renovada, convertida, comprometida e atenta aos
reptos que vêm de cima, isto é, aos frutos dos trabalhos duma Diocese em
sínodo. Houve discussão, e nenhum organismo ou movimento mais falou nisso, nem
a isso se referiu na apresentação dos programas do Ano Pastoral.
Voltou a ser discutido o mesmo assunto na última reunião
de Outubro, por ocasião da apresentação, apreciação e aprovação do Plano de
Pastoral para este ano, mas ninguém incluiu esta iniciativa, o que não impede que ela seja uma realidade
ainda neste ano de pastoral.
No próximo C.P.P. vamos ter testemunhos diversos de
crentes atingidos por Missões Populares e por evangelizadores com diversas
metodologias, com métodos verdadeiramente missionários de evangelização para os
tempos de hoje.
Muitos poderão achar difícil, mas não é com coisas fáceis
que se consegue viver sempre em tempo de páscoa.
A Ressurreição, Fundamento da nossa fé, custou um
calvário bem mais doloroso.”
P.e
Coutinho
O Conselho Económico Paroquial numa Diocese em Sínodo
“O Conselho Económico Paroquial ou mais comummente
conhecido por Comissão Fabriqueira, é o órgão que administra os bens, zela o
património da Comunidade, responde por ele, desenvolve-o, regista-o e guarda-o.
Dele dá contas à Comunidade e ao Bispo.
A este Conselho Económico preside, por natureza, o pároco
coadjuvado por um grupo de leigos, onde há um secretário e um tesoureiro,
ouvindo a comunidade através de pedidos de sugestões, ou eleições, conforme o
pároco entender, pois ele tem um papel preponderante nas opções a fazer.
Reúne uma vez por mês ou mais, conforme as necessidades
da Comunidade.
Numa comunidade pequena não será preciso tanto, mas
quanto maior for a comunidade e a actividade desenvolvida por ela, pode levar a
reuniões mais frequentes. Tudo depende do trabalho desenvolvido e dos bens
patrimoniais.
Numa Diocese em Sínodo, nesta altura, parece que o que se
deve procurar incutir a um C.E.P. é a uma maior abertura, não só à comunidade
em si (paroquial), como também e, sobretudo, ao exterior, a começar pela
Diocese.
A Igreja Diocesana é uma família. Ou não é? Eu acredito
que é uma família, por isso os C.E.P.(s) devem estar abertos às partilhas a
favor da Diocese como Igreja Mãe, Igreja Plena com o Bispo à frente e aberta às
C.E.P.(s) das outras comunidades, sobretudo das mais pequenas ou com
dificuldades e com grandes obras urgentes a fazer.
Não pode um C.E.P. considerar-se feliz, se outro, ao seu
lado, porque é uma comunidade mais pobre, está em dificuldades sérias ou tem
uma igreja a cair porque, de facto, os paroquianos são tão pobres que não podem
sequer conservar o que têm de comum. Isto, a propósito do C.E.P., penso-o de
igual modo a partir do Conselho Económico Diocesano ao qual preside o Bispo,
que deve partilhar com as paróquias com evidentes necessidades.
Não posso esquecer que um incêndio deflagrou numa
sacristia duma Igreja. Não faltou solidariedade e recordo um C.E.P., de Paróquia vizinha, que deu uma contribuição sem que tenha sido
pedida. Esta abertura à solidariedade, numa situação destas, não é difícil, mas
aquilo que mais sensibilizou foi a comunhão entre duas comunidades. É claro que
os paroquianos contribuíram e até houve pessoas, completamente alheias a ela,
que quiseram participar.
Uma Diocese em Sínodo, é uma diocese em mudança. Daí que,
nesta área, também o C.E.P. se deve
abrir à mudança e a dar testemunho de pertencer a um conjunto de famílias,
sujeitas a uma só família que é a Diocese, célula, por sua vez, de uma grande família eclesial a que preside
o Papa.
Foi com agrado que se recebeu o 2º Caderno da equipa do
Sínodo sobre «As celebrações litúrgicas para o cristão de hoje», caderno
muito mais feliz que o anterior porque muito melhor estruturado, mais claro
,mais conciso, mais acessível ao comum dos fiéis. Está de parabéns a equipa que o elaborou.
Se o nosso C.E.P. comprou umas dezenas, foi para ajudar
os mais responsáveis a reunirem-se e a estudar um tema tão caro como é para nós
a celebração da fé. Não foi por acaso que o CEP ofereceu a todos os lares da
Comunidade em dia de Páscoa, 3520 exemplares de um livrinho sobre os diversos
passos da liturgia eucarística, preparado pelo Padre Belo e que, mês a mês, foi
publicando no Paróquia Nova. Tem feito isto como um adicionante à catequese ao
domicílio.
Veio mesmo a calhar porque completam-se nesta área de tão
grande significado para os cristãos.”
Paróquia e a Diocese – a Unidade
“A Paróquia, tal como se apresenta na nossa realidade, é
uma Instituição eclesiástica, reconhecida pela ordem civil e administrativa,
não deixando de ser uma instituição social de características próprias.
A palavra “paróquia” vem do grego e significava, no
início, “habitação ou reunião de habitantes”. É o primeiro nome dado à diocese
no início da Igreja, havendo, por vezes, confusão entre diocese e paróquia.
Segundo Miguel de Oliveira, em «As paróquias rurais
portuguesas», qualquer destas etimologias se adapta ao primitivo
significado de paróquia (paroikia em grego ou parochia em latim ) que era o
primeiro habitáculo que um cristão ou uma igreja cristã encontram na
peregrinação terrena, a caminho da pátria celeste.
Entrou no século IV na linguagem administrativa da
Igreja. A palavra pároco teve três etimologias: do grego, párokos, colono ou
cultivador; do latim, parochi, funcionário encarregado de sub-administrar o
necessário em nome de alguém; ou ainda do grego, paroikeo que significa morar
na vizinhança. O pároco tinha de morar entre os paroquianos.
Até ao século III a Catedral era a única paróquia e o
bispo o único pároco. Só as catedrais tinham Pia Baptismal e só lá eram feitos
os baptismos. Com o aparecimento das igrejas rurais começou a criar-se a ideia da necessidade de criar também a Pia
Baptismal, para que não se tivessem de dirigir à igreja onde estava o Bispo.
Aparecem assim as igrejas paroquiais, a que, por confusão, também chamaram
diocese. Também este facto deu origem a chamar Pias a algumas paróquias, porque
tinham igreja com pia e Paróquias eram as dioceses. Essa confusão só passou
quando, de facto se começou a chamar Diocese ao território sob a administração
dum Bispo, conjunto de Paróquias.
A palavra “ecclesia”, igualmente do latim, tomou do grego
o sentido de comunidade regularmente reunida ou, como hoje ainda, o local
sagrado onde se reúne esta assembleia, com certa regularidade sob a direcção do
chefe, em nome do Bispo. Na Igreja, enquanto ajuntamento dos fiéis, “filius”
(filhos), nascerá o termo freguesia, o mesmo que agrupamento dos filhos da
Igreja. A Freguesia, normalmente, era uma Paróquia. Hoje há Freguesias que têm
mais que uma Paróquia, como no nosso caso - Paróquia de Nossa Senhora de
Fátima, freguesia de Santa Maria Maior, com a igreja matriz, hoje catedral ou
Sé (Sede) do Bispo.
Uma vez que somos Paróquia autónoma e não freguesia,
então não utilizarei freguesia, mas Paróquia, palavra esta que começou a ser
usada com o significado que tem, depois do Concílio de Trento.
A Paróquia é hoje a divisão mais pequena, a célula da
divisão territorial da Igreja, da Diocese, e define-se como: pessoa moral,
jurídica, nascida por um acto da autoridade eclesiástica competente, uma vez
que tenha povo e território, pároco e igreja, para a cura de almas. Com este
acto vem o benefício eclesiástico, com dotes para a manutenção de lugar sagrado
e para sustentação do sacerdote instituído de modo permanente e subordinado ao
Bispo. Surgem paróquias urbanas e rurais.
A nossa paróquia foi um acto de D. Francisco Maria da
Silva, Arcebispo de Braga, em 1967. Consta que na mesma altura criou também a
do Senhor do Socorro. Foi a título experimental a do Senhor do Socorro e com
carácter definitivo a de Nossa Senhora de Fátima. O decreto foi assinado pelo Arcebispo, segundo testemunhos da época,
mas como o mesmo não apareceu, mais tarde presumiu-se que seria também a título experimental, sendo D. Armindo Lopes
Coelho, o então 2º Bispo de Viana, que a criou definitivamente, conforme o
decreto que se transcreveu no livro «A Cidade de Viana, no presente e no
Passado - da Bandeira à Abelheira». Este já não se perderá.
Na origem, o Cristianismo centrou-se nas cidades e as
paróquias ou dioceses eram, portanto, de carácter urbano e presididas sempre
por um Bispo, sucessor dos Apóstolos. Só mais tarde as comunidades com pia
baptismal começaram a aparecer no meio rural. Até aí, os aldeões eram pagãos.
Pagão era rural.
Os pagãos convertidos ao cristianismo deram origem a igrejas particulares e também rurais, tendo
dos fiéis serem baptizados nas igrejas do Bispo porque só aí havia pia
baptismal. Depois estas igrejas particulares e também rurais deram origem às
paróquias rurais, aos seus párocos também, pelo que a Paróquia rural é
posterior à urbana, que era a Diocese. E as primeiras paróquias rurais não
tinham todo o culto, tinham ainda os fiéis de ir à Catedral participar na maior
parte dos sacramentos, como o baptismo.
Por isso não foi uma disposição legal que criou as
paróquias rurais, estas foram uma exigência espontânea pela conversão dos
pagãos, longe da cidade. Inicialmente, por isso, os párocos eram: residentes
uns e itinerantes ou visitadores outros. Devido a isso não se sabe como
nasceram e quando nasceram a maioria das paróquias. Ao mesmo tempo era uma
exigência apostólica, própria da fé, ir ao Campo levar a fé e a vida de fé...
para sair das cidades...
No século III, o Concílio de Elvira, na Península
Ibérica, mostrou uma grande difusão territorial do cristianismo e uma
organização muito desenvolvida. Nesse Concílio participaram representantes das
comunidades cristãs de mais de 50 povoações, das quais 20 eram episcopais e 19
tinham, ao menos, um sacerdote à frente; três dos Bispos eram da Lusitânea.
É claro que a unidade da diocese quebrou-se com o
aparecimento das paróquias rurais, não só quanto ao culto como quanto ao
património. Hoje há uma preocupação enorme para que se volte tudo para a
Catedral, onde preside o Bispo. Aqui também pode andar a ideia de globalização,
que sendo coisa boa, também traz irremediavelmente os seus erros, dum modo
particular em relação à Religião. Isto tem muita lógica, mas, muitas vezes, as
horas e os espaços litúrgicos duma Catedral são pequenos para que se possa
congregar tudo num só lugar à volta do Bispo. O Bispo é, de facto, a plenitude
do sacramento da Ordem, é o chefe da Igreja Particular. Não há celebração
nenhuma, de nenhum dos grandes momentos ou dos sacramentos da Igreja que o
Bispo celebre na Catedral, em que tenham de fechar as igrejas à volta. Era bom,
mas temos de ter em conta as realidades como o espaço, o momento, a
predisposição das pessoas, o conforto. Não está aí uma demonstração da unidade,
às vezes pode trazer enfraquecimento da
vida de fé, por se querer dar a ideia que é obrigação e medo de quebrar a
unidade à volta do Bispo. Ainda que para isso não haja condições e queiramos
viver sempre como parasitas à custa das catedrais ou das igrejas que os outros
nos deixaram.
Vejamos, por exemplo, uma crismação, em dia de
Pentecostes, de 150 pessoas, com os pais, os padrinhos, já para não falar nos
irmãos, nos tios, ou nos avós, não há catedral nem igreja nenhuma em Viana que
ofereça as condições mínimas para uma celebração condigna, em que 60% dos
familiares não poderão ser testemunhas, não poderão assistir, não poderão fazer
a unidade, a não ser espiritual e à distância... É certo que também tem valor,
mas humanamente falando é errado. Muitos já nem vão. Esperam em casa ou no
café...
A tão desejada e justa Unidade não se faz com a multidão
acotovelada ou incomodamente instalada horas e horas. Só os mais pacientes
muitas vezes fazem essa “unidade”, mas quantas vezes arreliada e a dizer
impropérios, nada testemunhantes de uma sadia Unidade.
Não é preciso ir muito longe. Infelizmente, encontramos
isso dentro de casa, na família. Todos em casa vivem, comem e dormem, são
família e quantas vezes não há comunhão autêntica, falta de verdade?...
O mesmo pode acontecer na celebração à qual preside um
Bispo ou um Pároco, em que, apesar de multidões acotoveladas, de “casa cheia”,
pode haver menos comunhão e verdade do que com menos multidão. Mas, com gente
que livremente participa e pelo conforto até escuta a Palavra e ouve o Bispo,
comunga com ele e pela fé no Maior -
Jesus Cristo - vai depois para o meio do mundo com a missão de prolongar a
Unidade e a Comunhão com os irmãos .
A palavra paróquia, hoje, começa a perder o seu uso
normal para se chamar, aliás, aquilo que sempre foi: “Comunidade”.
Ouve-se já, na era pós-conciliar, chamar comunidade
paroquial para se distinguir de outras comunidades que não são paroquiais. A
Comunidade Paroquial é a Paróquia que tem um padre nomeado pelo Bispo, e as
outras comunidades não têm pároco. Assim, aqui entre nós, há a comunidade do
Carmo que não tem pároco, mas é uma comunidade religiosa que depende do
superior da Congregação dos Padres Carmelitas Descalços. A sua Paróquia, em
razão da sua localização, é a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. O seu
superior é um sacerdote, mas não tem a missão de pároco, embora colaborante
como paroquiano e sacerdote, como todos os seus colegas da comunidade que nesta
altura não tantos como noutros tempos.
Isso não acontece com facilidade porque à Paróquia, geralmente, está ligado um
território com fronteiras e um grupo de pessoas que se identificam
sócio-culturalmente. Hoje discute-se se a Paróquia ou a Comunidade e o pároco
deve estar ligada ou definida por um território ou se por um conjunto de
pessoas que fazem comunidade e que, muitas vezes, podem ser de culturas
diversas, de territórios diferentes, que se juntam por relação de conhecimento,
amizade, relação de serviço profissional ou por uma relação vivencial da fé.
No futuro, este sentido de Comunidade é o que irá
prevalecer em prejuízo do da Paróquia, ou, melhor dizendo, virá a Paróquia a
ser “Diocese” com o Bispo à frente, e as Comunidades com sacerdote ou diácono
designado pelo Bispo, delegado dele junto das pequenas comunidades. E as
comunidades serão menos comunidades em razão do espaço, mas maiores em razão do
espírito, do carisma. Assim, haverá a comunidade que se pode confundir com uma
paróquia actual, mas há a comunidade religiosa que vive à volta duma igreja,
duma capela, dum carisma próprio como, por exemplo, a comunidade dos
carismáticos, dos néo-catecumenais, da
Opus Dei, e virão depois os que são focolares, legionários de Maria,
Vicentinos, etc.. Hoje tudo isso já existe, mas em função da Paróquia
territorial.
A Igreja do futuro irá estar mais aberta, será mais
pobre, organizar-se-á de outra maneira e a sua administração será diferente,
mas talvez vivencialmente mais rica, a confundir-se com as primeiras
comunidades.
As Comunidades de Base, nascidas no Brasil, foram a primeira
abertura a um espírito novo da Igreja e o desconhecimento do Concílio
Ecuménico, pela parte de muitos leigos e outros “hierarquicamente superiores”,
a propósito da co-responsabilidade eclesial é que vai resistindo à lufada dum
“espírito novo”...
P.e
Coutinho
Os
Movimentos numa diocese em sínodo
“Os Movimentos duma Paróquia podem ser de origem
paroquial e devem ter a aprovação do Bispo, ou podem ser organismos ou
movimentos que têm aprovação da Igreja Universal e são reconhecidos pelo Bispo
da Diocese. Esses têm, normalmente, uma hierarquia própria através de Sedes
Diocesanas, Nacionais, Internacionais... e são representados por Secretariados,
Direcções, Delegações, Centros próprios, conforme a estrutura estatutária ou as
orientações de cada Bispo na sua Diocese.
Há variadíssimos movimentos ou organismos, serviços e
obras, conforme a diversidade de carismas existentes na Igreja. Não vou
apontá-los porque seria uma lista
interminável, mas não resisto em falar daqueles que melhor conhecemos porque até
trabalhamos com eles na Paróquia.
Na Comunidade de N.ª Sr.ª de Fátima existe o Movimento
dos Cursos de Cristandade, a Legião de Maria, a Sociedade de S. Vicente de
Paulo, o Apostolado de Oração, o M.E.V. (Movimento Esperança e Vida), os
Cruzados de Fátima, o Coral Litúrgico, o Coral Juvenil, o Coral de Música
Clássica, o dos Leitores, o dos Ostiários, o da P. da Família, o da Catequese,
o do Escutismo, o dos Acólitos, o dos Ministros Ext. da Comunhão, o do
Acolhimento, o dos Zeladores; o Serviço de Comunicações Sociais (Luz Dominical
e “Paróquia Nova”), o Centro Social Paroquial com as valências ( o Centro de
Acolhimento de Bebés e Crianças Abandonadas ou de Alto Risco - vulgo Berço, o
Jardim Infantil, o Centro de Deficientes (Samaritanos), o Centro de Cegos e
Ambelíopes, o Centro de Dia, o Centro de Convívio, o de Assistência ao
Domicílio Integrado, o do Serviço de Apoio ao Domicílio, o Refeitório Social
(para passantes, vagos, ex-toxicodependentes, indigentes, sem- -abrigo,) a Escola de Música, o Ozanan-Centro
de Juventude (assistência aos tempos livres de crianças e jovens), o CECAN-RD
ou Centro Comunitário de Apoio aos Necessitados- Recolha e Distribuição; a
Comissão Fabriqueira, o Concelho Pastoral Paroquial. Na área da Paróquia, ainda
existe um Seminário da Ordem do Carmo – Carmelitas Descalços, com alunos e com
uma obra social de reintegração de pessoas de várias carências sociais (desde a
indigência aos ex-toxicodepentes) e dirige ainda um Gabinete de Apoio à Família
com o Projecto Casinha para as crianças das famílias que acolhe, Projecto
“Viana sem Fronteiras” ao serviço dos imigrantes sobretudo do Leste, Rotas de Intervenção, Estrada com
Horizontes em relação a pessoas da rua , Ecos (Prevenção Primária da
Toxicodependência), Casa Abrigo, Casa de Acolhimento a mulheres vítimas de maus
tratos ou vítimas da violência doméstica, assim como os seus filhos.
A Diocese é composta de tudo isto... e muito mais. Se se
está em Sínodo, quer dizer que todos nós estamos envolvidos nesta tarefa da
Igreja, como tempo de reflexão, de mudança. Quando digo nós, digo, os que estão
ou não comprometidos em movimentos ou grupos, sejam de carácter diocesano,
sejam de carácter paroquial ou sejam simples cristãos empenhados em tarefas
temporais. Como nos partidos políticos, nos sindicatos, nas comissões de
trabalhadores ou ainda sem nenhum compromisso oficial. Todos os baptizados
devem sentir este movimento sinodal, movimento de conversão, de mudança, numa
Igreja co-responsável, onde o Bispo sozinho não tem razão de existir, como sem
o Bispo não há baptizados, não há expressão laical e co-responsabilidade. A
Igreja faz-se desta comunhão não só com Deus, mas com os irmãos, com aqueles
que se cruzam também connosco no trabalho, na rua, no café, ou dormem debaixo
do mesmo tecto, com aqueles que se sentam à mesma mesa, em família.
Sendo assim, não se compreende que, nesta altura, um
movimento paroquial ou não, desde que a trabalhar na Diocese, viva de costas
voltadas ao trabalho do Sínodo, ou que este não seja motivo de discussão, de
debate, de estudo nas respectivas reuniões e quem diz um grupo, diz um cristão
isolado ou dedicado a obras temporais que devem ser sempre iluminadas com o
espírito do Evangelho.
Ainda
há pouco, celebrámos a Páscoa e ela foi celebrada depois de uma Sexta-feira
Santa onde a Cruz foi a bandeira da glória para o crente e do fracasso para o
malfeitor.
Nós celebrámos a Páscoa, somos crentes...Não podemos
esquecer que se queremos permanecer em Páscoa, teimosamente temos que amar sem
explorar o outro, sem lhe faltar ao respeito, sem lhe querer tirar o lugar mas,
pelo contrário, partilhar, dar amor,
para que o ressuscitado continue vivo no coração dos humanos, no coração da Diocese, em todos possa brilhar
o testemunho d’Aquele que O descobrimos vivo e dinâmico. Quem sabe se, “desanimadamente”, Ele no irmão
que está ao nosso lado, não venha a exclamar: “não valeu a pena”, “ continua
tudo igual”, “se ao menos Deus me levasse...” ou não é verdade que ouvimos
muitas vezes isto a muitos sofredores...
Que Ele possa brilhar em todos...
P.e
Coutinho
A Administração de uma Paróquia
“A origem da maioria das nossas paróquias não a sabemos,
como referi no número anterior, mas sabemos que muitas delas nasceram dos
Castros existentes. Houve Castros que deram origem a várias igrejas rurais e
privadas que, até ao séc. VII, nem funcionavam como paróquias porque se tinha
de ir à igreja onde presidia o Bispo ou à igreja que, por este ou aquele
motivo, já era possuidora de pia Baptismal. Portanto, algumas não tinham culto
com carácter paroquial.
Também no início não estavam definidas estas paróquias
por limites territoriais, como hoje. Tudo isso aparece mais tarde.
Canonicamente, cada paróquia tinha a sua própria organização. Cada Comunidade
criava a Instituição à sua maneira.
Com a organização e a fundação de Portugal, a diocese de
Tuy por exemplo, perdeu as paróquias entre o Rio Minho e o Rio Lima. Também
nessa altura, a divisão territorial das paróquias e dioceses não foi sempre
pacífica. Os bispos e o Papa tinham de intervir. Às vezes, sem resultados tão
claros como seria para desejar, como aconteceu com Viana do lado norte.
A invasão Árabe, encurralando os Ibéricos nas Astúrias,
também foi obra e deixou marcas, sobretudo, na reconquista, o que alterou
muitas formas de viver na igreja, fosse uma igreja particular, fosse paroquial.
É nessa altura que dão mais valor ao padroeiro ou seu fundador. Desse tempo é a
Senhora da Vinha, na Areosa; Senhora das Areias, em Darque; S. Simão da
Junqueira, em Mazarefes, etc.
As igrejas particulares foram-se convertendo em igrejas
públicas, e os bispos começaram a impedir a construção de igrejas que não
tivessem um verdadeiro fundamento, isto
é, tinha de haver grande motivo pastoral para facilitar aos fiéis o cumprimento
dos actos do culto, sobretudo a missa, pelo que a distância, o aglomerado
populacional, os rendimentos destinados à manutenção do templo e do culto eram
algumas das condições fundamentais para a autorização. Tinha de haver uma
dotação capaz da manutenção e, às vezes, como não chegasse, recorriam aos
ex-votos que usavam como propriedade própria
e que passavam de herdeiros para herdeiros...Estes abusos, ou
intromissões no governo de ex-votos, bens espirituais, acabaram nas igrejas
tornadas paroquiais. Aliás, na Idade Média, havia determinação hierárquica para
usar os meios ao seu alcance a fim de conseguir que as igrejas, bens
espirituais por excelência, deixassem de
fazer parte da administração apenas e só pelos leigos ou mordomos.
O direito do patronato substituiu a propriedade e, já no
séc. XI, grande número de igrejas rurais são oferecidas como esmolas pelos seus possuidores (padroados) aos
cabidos das catedrais e aos mosteiros. Os templos consagrados ao culto eram
considerados propriedade da Igreja e o Bispo nomeava o clérigo enquanto o padroado apenas ficou com o direito de
apresentação, como uma honra, privilégio, mas ainda com a obrigação de
alimentar, em caso de necessidade, de defender os seus bens e direitos. Tais
privilégios, muitas vezes foram perdidos, porque alguns caíam na indigência ou
eram dados como incapazes de assumir tais compromissos.
Até ao séc. XIV,
por vezes, levavam os visitadores rendas, frutos que muitas vezes até
faziam falta ao sustento do presbítero ou à manutenção do respectivo templo, ou
da casa residencial do mordomo ou do pároco...
Começavam a receber a visita do Bispo ou dos seus
visitadores, delegados do Bispo . Ainda assim acontecia no séc. XIX e ainda hoje, quando o Bispo faz uma
visita pastoral a uma Paróquia, o Arcipreste faz uma visita canónica para
apresentar um relatório, preparando a visita pastoral. Na alta Idade Média
havia nobres que faziam capelas com dotes, para justificar o cumprimento do
preceito dominical da família, dos
criados e dos caseiros... um pouco contra o espírito de Paróquia, mas não de
comunidade!...
A nossa Paróquia
nasceu dum acto de D. Francisco, Arcebispo de Braga, em 1967, pois ainda fazia parte de Braga,
portanto, a sua história é recente, como Comunidade Paroquial.
A Paróquia continua hoje a ter a sua própria
administração, de que já se falou neste local aquando do Conselho Económico
Paroquial, o C.E.P. ou Fábrica da Igreja Paroquial. Mas, a propósito, há ainda
muita coisa a dizer.
Na
administração duma Paróquia, temos, em primeiro lugar, o património :a igreja,
as capelas, os seus recheios artísticos, como altares ou as talhas, a
estatuária, ou imagens, as alfaias litúrgicas, todo o mobiliário, não só
destinados directamente ao culto, como o destinado também aos escritórios ou a serviços dependentes da vida paroquial.
Mas o C.E.P. é o
responsável, a nível paroquial, por todo o tipo de arquivo: orientações
pastorais saídas do Papa ou do Bispo, registo dos actos, como reuniões,
deliberações, correspondência recebida e expedida, o registo de documentos institucionais,
registos dos baptismos, dos casamentos e dos óbitos; registos que temos
verdadeiramente organizados e estão já informatizados para fácil consulta. Tem
mensalmente de ter a contabilidade organizada dos dinheiros recebidos como
donativos, partilhas feitas nos
ofertórios das missas, ex-votos lançados nos peteiros da igreja ou
capelas...legados, rendas, foros, rendimentos diversos, e guardar em lugar
seguro as ofertas, ex-votos, em espécie, como objectos em ouro ou de outro
valor, como um terreno ou uma casa, as quais não os pode vender sem expressa
licença do Bispo. Fazer escrituras para eles precisa da autorização expressa do
Bispo. Também lhe compete, seguidamente, fazer
os respectivos registos de propriedade; zelar pela manutenção das
igrejas ou capelas, fazendo obras de conservação, assim como dos terrenos ou
casas desde que sejam propriedade da Paróquia. Tem ainda o registo dos
ficheiros dos paroquianos, que habitam naquele território sob a jurisdição de
um pároco. Poderá não estar actualizado
porque as pessoas até mudam de residência com facilidade. Mudam de Paróquia e
esquecem-se da sua fé religiosa, da inserção na comunidade. É que há freguesias
que possuem várias paróquias, como Santa Maria Maior, com duas. Por isso este
ano entregámos a todos os habitantes um mapa...
Há pessoas que só quando precisam de documentos para
casamentos, para baptizados ou por óbitos, é que acordam e vêm fazer a sua
inscrição paroquial. Às vezes, o pároco tem dificuldade de atestar aquilo que
não conhece. Não conhece a pessoa, não conhece a família.... Como pode numa
situação destas o pároco atestar idoneidade moral ou religiosa na organização
de um processo de baptismo, de casamento?... E, às vezes, nem com a ajuda dos
leigos vizinhos...
Não se fica por aqui a administração duma Paróquia. Vai
mais longe. Estende-se a todos os sectores da vida da comunidade e, sobretudo,
é mais complicada quando uma Paróquia tem nos seus diversos sectores da
Pastoral uma actividade intensa e bem organizada, na Catequese, na Liturgia e
na Acção Social e Caritativa. Nesta Acção Social há iniciativas que podem gerar
instituições ou fundações que são autónomas na sua administração. Embora sempre
integradas na Comunidade e tendo como pano de fundo esta que, às vezes, não só
lhes serve de suporte moral, mas também económico, apesar de, para o mesmo
efeito, ter possíveis apoios através de acordos com o Estado.
A conhecida por Comissão Fabriqueira deve prestar contas
anualmente aos paroquianos e ao Bispo, assim como cada direcção de alguma instituição ou fundação o deve
fazer. Estas também, em relação ao Estado, pois se com ele têm acordos,
advêm-lhe o direito a saber como é que o dinheiro foi gerido.
De qualquer modo, gerir bens relacionados com os bens do
espírito não é assim tão fácil como parece. Esta administração tem as suas
regras canónicas e é de grande responsabilidade para aqueles que na Comunidade
têm esta função. Desta o pároco não se pode abster e tem de ser o primeiro
responsável com os leigos, que para o efeito foram eleitos. Esta é a
co-responsabilidade em que o Concílio Vaticano II tanto se empenhou. Os padres
não podem fazer tudo e os leigos devem ocupar o seu lugar em igreja tão
responsavelmente como a hierarquia.”
P.e
Coutinho
A Paróquia e a Espiritualidade...
“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu
estarei no meio deles”. Estas palavras de Jesus aplicam-se à Comunidade em que
sempre devemos estar integrados.
A descoberta de Deus trinitário leva à descoberta do
outro. O nosso Deus é um Deus de relação. A descoberta de Deus leva
necessariamente a uma relação de amor, de diálogo que se projecta para os
irmãos do lado, porque não podendo ver a face de Deus, reconhecemos a sua
transcendência e o seu poder absoluto, Ele é o Criador e Todos somos irmãos.
Ser irmão é relação fraternal, é ser amor e quem ama
aproxima-se e dialoga, ou se não dialoga pelo menos gosta de estar ao pé de
quem se ama. Se isto acontece em relação aos irmãos, o que se dirá em relação
aos Pais e, em especial, ao Pai comum a quem chamamos Deus, Senhor do Céu e da
Terra.
Deus não é exigente, mas é Amor.
Não é preciso grande arte para este diálogo que é oração,
mas ela terá outro sabor, se fizermos o que fizeram os discípulos de Jesus:
“Senhor, ensinai-nos a orar”. Também podemos rezar com arte, isto é, rezar bem,
com fé, com humildade e confiança. Sempre devem estes itens ser objecto de uma
relação filial em relação aos irmãos.
Importa rezar com fé, com amor, humildade e solidariedade
porque no mundo não estamos sós e reconhecemos a Deus nos irmãos porque se
amamos a Deus é porque amamos os irmãos, pois é mais fácil amar o que se
conhece do que aquilo que não se conhece...
Já falámos da evangelização que nos abre os sentidos para
o conhecimento de Deus e O amarmos mais.
A Humanidade tem necessidade deste diálogo amoroso com o
seu Deus, um diálogo verdadeiro e autêntico, mas às vezes é capaz de ter as
mãos cheias de sangue e Deus dizer como no Antigo Testamento: “cessai de
fazer o mal, aprendei a fazer o bem, caso contrário os meus olhos fecham-se perante
os vossos actos e os meus ouvidos fechar-se-ão à voz das vossas súplicas”.
A nossa oração deve ser sempre nova, adaptada às
circunstâncias e sempre em busca de uma nova imagem de Deus que nos chama à
conversão, que quer o nosso bem e que, se o soubermos fazer, Ele sempre nos
atenderá: “Batei, batei e abrir-se-vos-á...”.
Por vezes, somos tentados mais a pedir a Deus do que a
louvá-Lo, quando temos mais motivos para louvar do que para pedir. Ele sabe do
que cada um precisa. Conhece-nos e até sabe o número dos nossos cabelos.
A oração de petição sustenta a ideia de eficácia com
Deus, pois Ele faz o que diz: “Quando um filho lhe pede peixe, dar-lhe-á um
escorpião?”.
A Paróquia é um espaço composto de pessoas com cultura
e costumes semelhantes, que têm os mesmos objectivos comuns como um povo em
marcha. Daí que este espaço seja o espaço mais próprio para o crente que
precisa de se relacionar com os outros e sente a necessidade de orar em
conjunto com eles, porque a sua oração até parece ser diferente e ter mais
força diante de Deus Pai.
É importante a oração individual, naturalmente, e é a
partir dela que o orante sentirá a necessidade da oração comunitária, da oração
com os outros, com os mais conhecidos.
A Paróquia é esse espaço privilegiado onde o crente
encontra lugar e tempo próprio para a eucaristia, a oração por excelência do
cristão, para outros momentos oferecidos pela Comunidade para a oração
colectiva. Não só na administração de sacramentos, mas também noutros momentos
paralitúrgicos...
Na Comunidade, o crente encontra o ambiente que dá
expressão vital à fé e não é possível rezar e roubar ao mesmo tempo, atraiçoar,
prejudicar, maldizer ou cometer toda a espécie de injustiças e atropelos à
dignidade e aos direitos dos outros...
É também, na Comunidade, onde pode e deve encontrar a
escola de oração para que a oração seja sempre um acto digno, um acto feito com
arte, aquela arte que faz com que a oração seja a expressão sincera e
autêntica, adequada e perfeita, confiante e humilde.
Não foi por acaso que este ano de pastoral 2002/2003 foi
um ano em que o C.P.F. levou a efeito uma reflexão, ao longo de todo o ano,
sobre a oração por especialistas nesta matéria, como são os senhores padres
carmelitas.
Nós queremos uma vida com sabor, isto é, com qualidade,
com entusiasmo, uma vida que seja sal da terra. Somos nós que, ao corrompermos
a terra, deixamos de ser esse sal, que não serve para nada a não ser para ser
lançado fora e ser pisado pelos homens (Cf. Mt. 5,13).
Ao vermos hoje tantas desgraças, tanta corrupção, tanta
violência que mais é que havemos de esperar?
Renovar a nossa aliança com Deus e com os Homens.
É fazer com que este sal que somos não se deixe corromper
neste mundo secularizado. É voltar à graça do baptismo que nos regenera pela
Confissão e faz de nós membros activos, nos identifica com Cristo, nos abre o
coração e a mente ao Espírito, nos faz disponíveis para os outros e nos põe à
escuta interior que nos conduz à espontaneidade com alegria para a relação
tanto com Ele, como com os Irmãos.
A Espiritualidade não consiste em escolher ou ir aqui ou
acolá fazer exercícios espirituais, ou à igreja. Ela é algo mais fundamental
como um desejo interior que nos arrasta para Deus e para a Humanidade... e nos
conduz a Cristo que nos amou até ao fim, à caridade que é o Amor e à oração que
é a fonte de toda a vida espiritual. A vida espiritual é que conduz à Liturgia
onde ritualmente se envolve o silêncio, a palavra, a posição do nosso corpo,
todos gestos com um significado adequado àquilo que se está a viver.
Por isso, a espiritualidade de um povo é o motivo mais
forte que leva à Comunidade, é a alma da Comunidade. É o tal sopro que faz um
povo viver como um só Corpo, um só Espírito porque baptizados num só Baptismo,
no dizer de S. Paulo.
Esta espiritualidade, vivida na Paróquia de N.ª Sr.ª de
Fátima, tem, naturalmente um outro sabor: é o sabor mariano, não fosse a
Comunidade centrada no espírito de Maria, em N.ª Sr.ª de Fátima que é a
Padroeira, a Senhora do Carmo outro centro importante com Igreja e Seminário
dentro da Comunidade, assim como em N.ª Sr.ª das Necessidades com capela no
coração do lugar da Abelheira.
A espiritualidade, como princípio de toda a vida
sobrenatural, que é o Divino Espírito Santo é a posse da Graça de Deus, é
chamada à Santidade, à unidade, e na diversidade dos seus dons, na variedade
dos seus carismas.
Numa Diocese em Sínodo, como está a actuar o Espírito em
cada uma das Paróquias, células da Diocese? A pergunta é extensiva a todas,
inclusivé, à Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima.”
P.e
Coutinho
A Liturgia e a Paróquia numa Diocese em Sínodo
“Sem evangelização não poderá haver liturgia, pois esta é
fruto da experiência de fé para poder compreender vivencialmente a complexidade
tão nobre, como é nos seus aspectos, compromissos e experiências pessoais e
comunitárias para todos os que participam numa celebração litúrgica.
Não se celebra a liturgia sem comunhão entre os
participantes, pelo menos, não será verdadeira liturgia. Não haverá liturgia
autêntica se não houver comunidade e a comunidade é fruto da liturgia, sem que
se despersonalize a pessoa que, na comunidade, participa. Uma comunidade
religiosa é uma realidade social, quer queiramos, quer não, quer seja perfeita,
quer seja imperfeita.
A comunidade religiosa é um grupo de pessoas que vivem
com objectivos comuns do âmbito religioso, onde a pessoa se realiza
socialmente. Ninguém, pois, se pode realizar independentemente dos outros...
Ninguém pode neste mundo ser uma ilha...
É na dimensão social do Homem que ele vive mais
profundamente a comunidade religiosa e, através dela, forma uma comunhão
pessoal de vida. É através da Comunidade que a pessoa comunica e participa, dá
e recebe e onde exerce as virtudes da humildade e da generosidade, do
compromisso e da partilha...
Está com os outros e é com os outros. Enriquece a sua
espiritualidade porque “nem só de pão vive o homem”. É nela que se integra e se
manifesta ser para os outros e ser com eles. Há aqui uma relação diferente
quando ela é religiosa, cultural, pois vai mais além, é transcendente e não é
aleatória; parte da vontade própria e sente a necessidade de intervir, de ser
no mundo assim, com os outros e para os outros...
A base desta comunidade litúrgica está na trindade, onde
ela é perfeita. A nossa, por mais perfeita que seja será sempre um sinal muito
frágil da Trindade Santíssima. Através da liturgia, os fiéis entram em comunhão
com a Santíssima Trindade.
Pela
encarnação do filho de Deus, Deus estabeleceu a sua morada entre nós, não está
junto a nós, mas está connosco. Isto quer dizer que, pela encarnação do Verbo,
nasceu a Igreja. A Igreja é a humanidade reunida e convocada para a comunhão
com Deus, para a comunhão entre os Homens, e entre estes e Deus. Só assim é
possível pelo Espírito vivermos congregados num só Corpo.
Nos Actos dos Apóstolos há uma passagem muito
significativa quando se refere a Ananias e Safira que usurparam dos bens que
lhes pertenciam não os entregando todos como os outros fizeram generosamente ao
serviço da Comunidade. Pedro chama-lhes a atenção: “Mentistes contra o
Espírito... contra Deus...”. Cf. Hebreus 5.
A comunidade deve discernir que não é ela própria que
escolhe, mas Deus. Não somos nós que escolhemos, ou nos elegemos, para viver
comunitariamente um ideal inspirado pelas nossas aspirações religioso-ascéticas.
É Jesus que actua para a nossa santificação. Tem de aceitar que nela pode haver
pluralidade de carismas. Se o Espírito Santo é a alma da comunidade, a
pluralidade de carismas é natural porque onde está o Espírito está a abundância
das suas graças, na construção do Reino, onde sempre existirá o pecado entre os
membros. Será uma comunidade de pecadores, e ininterruptamente chamados à
conversão.
Já
aqui abordei a origem da comunidade cristã.
E, como comecei, não há comunidade sem Liturgia, nem
Liturgia sem comunidade, daí que até um sacerdote sozinho pode rezar, fazer a
oração, rezar a liturgia das horas com toda a Igreja, mas não tem que celebrar
a Eucaristia que é um acto estritamente comunitário, onde a comunhão se deve
manifestar e o padre sem fiéis não tem motivo para esta oração, acção de
Graças.
Toda a liturgia nasce da comunidade cultural. O culto é a
fonte sempre insubstituível da vida e do desenvolvimento.
A liturgia da Igreja não tem como objectivo aplacar os
desejos e os medos do homem, mas escutar e acolher Jesus ressuscitado.
A liturgia é, por isso, um mistério e renovar o
ritualismo desta vivência cultual, exige grande trabalho, esforço de formação
para que a espiritualidade que a liturgia envolve seja o mais concreta possível
e de acordo com a espiritualidade de Jesus Cristo.
É por isso que sempre tivemos o cuidado de celebrar os
sacramentos com a liturgia mais adequada, a começar pela Eucaristia que, depois
do Baptismo, é aquela que alimenta a vida de Comunhão.
Logo em 1979 já tínhamos uma equipa de liturgia que
preparava as missas de cada Domingo. Dela fizeram parte várias pessoas que,
semanalmente, na sacristia, se reflectia sobre a liturgia da Palavra, etc..
Logo houve no princípio um curso de leitores que já se
repetiu por quatro vezes. Embora tenhamos insistido, nem sempre se lê do melhor
modo, o que me faz muita pena. Ainda outro dia ouvi um comentário destes, “O
meu marido telefonou-me para que se fosse à missa desse atenção à primeira
leitura e afinal não entendi uma palavra sequer”. E isto que eu estava a ouvir
uma senhora a contar a outra, era na realidade, uma verdade porque tinha sido
eu o celebrante e ouvi e calei-me. Muitas vezes acontece isso, um ou outro
leitor não sabe o que vai ler e depois lê para ele e nem sequer ele, às tantas,
foi capaz de compreender.
Tudo tem de ser preparado com antecedência.
Pessoas que nunca participaram em formação de leitores,
só em caso de suplência devem ler, mas deve preparar-se antes, como qualquer
outro o devia fazer.
Também em 1979, surge a primeira “Luz Dominical” de forma
muito rudimentar, mas havia esse cuidado, com comentários às leituras e
informações paroquiais. Nesta altura é de formato A5 e, hoje, contém os
cânticos da missa, sobretudo da missa vespertina.
O coral a que chamamos coral litúrgico, é o coral dos
mais velhos, formado de pessoas que ficaram do Espectáculo Marcos 9,37 animado
por Joaquim Gomes. Aqueles que pertenciam ao coral quando aqui entrei
continuaram, mas a pouco e pouco, por isto ou por aquilo, foram deixando, mas
há um núcleo que vem desde 1979 ao qual já se juntaram vários colaboradores e,
assim, se tem mantido o coral que anima a missa vespertina e festas importantes
da Paróquia.
A missa da catequese sempre foi animada por outra gente,
mas há 15 anos que a Célia Novo, formada em Arte e Design é a animadora de um
grupo juvenil, sempre escolhendo cânticos ao gosto das crianças...
Aparece, mais tarde, um grupo de jovens que supriu a
falta do “coral litúrgico” que também cantou na missa do meio-dia, a tomar este
lugar. Na maioria são alunos da Academia de Música, cantam cânticos às vezes a
4 vozes, cânticos clássicos; enfim, uma missa diferente e que a assembleia
também gosta.
Logo que aqui dei entrada pareceu-me litúrgico o
sacerdote receber à porta da igreja todos os que chegavam para a celebração.
Fiz isso muitos anos. Agora é raro, mas quando posso ainda me sinto bem a fazer
esse acolhimento a quem chega para celebrar comigo.
Há sempre uma palavra diferente para um ou para outro,
enfim... Vamos fazer comunhão poucos momentos depois...
No entanto, estão sempre dois paroquianos a receber quem
chega a entregar a “Luz Dominical” e, certamente, a fazer um pouco aquilo que
eu fazia... Um olá! Uma palavra! Um bem vindo!... Como está?
Entretanto, enquanto se faz o acolhimento, o animador da
assembleia e o coral faz os últimos ensaios dos cânticos para que a assembleia
aproveite e possa acompanhar depois o coral, fazendo com que muitos participem
no canto. O mesmo se diga dos salmistas que também têm sido preparados para que
a celebração seja sempre muito digna.
Procuro não me alongar na homilia, apenas 5 a 7 minutos.
Não vá a minha palavra ser mais importante que a palavra de Deus!... Também não
tenho grande dom de palavra!...
Deste modo, são sempre os 45 a 50 minutos o tempo da celebração.
Às vezes, por motivo de festa, pode ir mais longe...
Os Ministros Extraordinários da Comunhão não só colaboram
na distribuição da Sagrada Comunhão, como levam a comunhão aos doentes.
Já há uns anos que fizemos paroquialmente formação para
Acólitos Adultos e, desse modo, temos uma equipa que soleniza os dias de festa
com o sacerdote, utilizando a procissão com o crucífero com a cruz levantada à
frente, os ceroferários, o turiferário e o ajudante com a naveta, seguindo os
dois acólitos e o sacerdote.
Mas, a missa não é o único acto de culto. Todos os outros
sacramentos são actos de culto com liturgia também apropriada.
Lutamos pelos baptismos comunitários, celebrados em
colectividade ou celebrados dentro das missas. Os pais são acolhidos por um
casal e depois há preparação para pais e padrinhos mensalmente feita pelo
pároco. Os párocos da cidade distribuíram ultimamente uns desdobráveis dando
informações sobre o que é e as condições necessárias para o Baptismo. Um
trabalho foi feito em comum com as paróquias da Meadela, N.ª Sr.ª de Fátima, S.ta M.ª Maior, Monserrate, Senhor do Socorro,
Areosa e Darque.
Para o sacramento da Penitência que renova a graça
baptismal, prejudicada pelo pecado, temos tempos fortes pela Páscoa e pelo
Natal. Pela Páscoa temos 24 horas de acolhimento para a Confissão e, durante o
ano, à quinta-feira, pela manhã antes da missa e à tarde também antes da missa.
Já se fizeram celebrações penitenciais por altura da
Quaresma, mas as pessoas não aderiam com facilidade. O número era muito
reduzido. Fazêmo-las agora na festa do Perdão para as crianças da catequese.
O sacramento da Confirmação é administrado, há 24 anos,
aos jovens que completem 10 anos de catequese. No tempo de D. Armindo Lopes
Coelho, de 2 em 2 anos sensivelmente vinha crismar aqui na Paróquia, embora
alguns fossem à Sé para não esperar pela data da Paróquia. Com os critérios do
novo Bispo de Viana alguns têm ido à Sé Catedral para serem crismados no dia de
Pentecostes. Aqui agora só haverá crisma quando for marcada visita pastoral.
Para os que saem fora do esquema da catequese normal, e
já têm idade adulta, há outro tipo de preparação para o Crisma.
O Sacramento da Santa Unção tem sido administrado
anualmente a idosos e doentes na quarta-feira santa na Igreja, de forma comunitária,
e ao domicílio quando pedem. Procuramos que cada ano seja diferente a festa da
Administração do Sacramento da Santa Unção e da Comunhão Pascal.
Quanto ao Sacramento do Matrimónio é feito um acolhimento
por um casal e depois é feito o C.P.M. (Centro de Preparação para o Matrimónio)
ao Domingo pela manhã, no Colégio do Minho, de organização diocesana.
Temos tratado do processo civil para ajudar, ou
facilitar, os noivos e organizamos o processo religioso, como não poderia
deixar de ser. Quanto à liturgia procuramos dar a oportunidade aos noivos de
escolherem as leituras e, até às vezes fazer uma liturgia apropriada a cada
casamento para não ser tão repetitiva.
Quanto ao Sacramento da Ordem!... nada se tem feito a não
ser o aconselhamento e o desafio feito para que despertem vocações sacerdotais
ou religiosas, mas... infelizmente sem sucesso! Só houve um seminarista no
Seminário Diocesano e no Seminário do Carmo, nestes 25 anos. E o último
sacerdote que esta zona deu à Igreja foi o P.e Manuel Miranda; ainda não era Paróquia e já
faleceu, assim como uma irmã religiosa.”
P.e
Coutinho
A Paróquia e as Migrações
“A Comunidade Paroquial não pode estar alheia aos
problemas das migrações. Esta comunidade já teve um número razoável de
emigrantes, como em todos os lados. Não tanto talvez, como nas aldeias, porque
na cidade sempre se abriam mais facilmente perspectivas aos necessitados de
trabalho.
Quando para aqui entrei havia emigrantes em número de
mais de vinte famílias. Algumas nunca tinham voltado a Portugal.
Hoje, as contas são forçosamente outras não porque os que
cá estavam, tivessem saído, mas porque muitos emigraram de outras terras
vizinhas e aqui compraram um apartamento para viver, ou por motivos
profissionais, passarem a semana de trabalho, ou até para passar férias. Esses
em relação à comunidade, podemos considerá-los também imigrantes.
Nós somos emigrantes no Brasil, na França, na Argentina,
na Venezuela, África do Sul, etc.. Sabemos o que custa ser emigrante, por isso,
devíamos compreender a dificuldade daqueles que são hoje imigrantes na nossa
terra.
Um problema novo que nos surge para reflexão e para um
debate de carácter social, cultural, económico. A paróquia tem de criar
processos dinâmicos de integração do imigrante e, para isso, há esforços que
têm de ser feitos mutuamente, os que acolhem e os que são acolhidos. Exige uma
interactividade, de igual para igual, caso contrário não conseguiremos a
verdadeira integração dos que chegam, porque só assim haverá afecto comum que
conduzirá ao respeito mútuo.
Onde os direitos e os deveres, a precaridade e
vulnerabilidade, de empregadores sem escrúpulos, e equiparação dos salários aos
nacionais, pois “trabalho igual ... salário igual”.
O facto de acesso à formação profissional...
Os imigrantes se chegam é porque fazem falta. Se houver
ofertas de trabalho que não são preenchidas pelos nossos, devemo-nos sentir
felizes porque há quem chegue e os imigrantes não só levam o dinheiro a que têm
direito para a terra deles, mas também deixam obras e dinheiro à nossa terra.
Em 2001, segundo dados estatísticos deram um rendimento público de 65.000.000
contos.
Uma Comunidade Cristã deve acolher e defender, às vezes,
fragilidades injustas e explorativas Há que potenciar e facilitar a comunicação
e lutar contra a discriminação étnico-cultural.
Quando
uns e outros puderem exercer a cidadania num país, isto é, exercer direitos e
deveres iguais então temos uma integração social e cultural.
É importante que na Paróquia os movimentos ou as
instituições participem num acolhimento claro e franco aos que chegam como
gostaríamos que os outros, noutros tempos, ou ainda hoje, nós gostamos de ser
acolhidos para onde vamos.
A imigração é agora um problema para nós desde legalidade à ilegalidade, desde aqueles que
chegam com vontade de trabalhar e de fazer algo até àqueles que vêm apenas para
manter vícios de pedincha, de roubo, ...
Da nossa parte, deve existir a boa vontade em acolher
bem, em saber qual o seu problema e ajudá-lo, em primeiro lugar, na sua
legalização... se não estiver interessado, então só nos resta ajudá-lo a que
regresse à sua terra... ”
P.e Coutinho
A Paróquia e a Evangelização, numa diocese em Sínodo
“A Evangelização é uma das vertentes fundamentais da
Teologia Pastoral da Igreja: “Ide e ensinai!...”
Trabalhai, dai testemunho e falai das coisas de Deus, da
fé, aos homens de boa vontade, a “tempo e fora de tempo”. Esta é a missão de
qualquer crente baptizado. A Evangelização não é só devida ao Bispo, ao padre
ou ao diácono... – a eles pertence salvar a doutrina e ajudar a interpretá-la e
ensiná-la, – mas falar de Deus, falar da fé, falar da vivência de uma fé
autêntica e cristã é, sem dúvida nenhuma, um dever para qualquer um dos
baptizados.
Evangelizar é oferecer uma Boa Nova, oferecer aos Homens
que vivem, numa sociedade concreta, Jesus Cristo, como modelo da Humanidade.
A fé é um dom e esse dom recebe-se no Baptismo. A fé não é um conjunto de
verdades estáticas, ela tem de ser, sobretudo, uma realidade dinâmica, pelo que
conduz ao encontro, ao relacionamento com o outro, ao desenvolvimento normal de
relações humanas, na medida em que ela se revela na pessoa do outro, porque os
seus conteúdos não são o bastante para o convencer. Só há evangelização quando
o outro começa a ter uma atitude diferente no modo de acolher o que o outro lhe
comunica.
Quando mutuamente começamos a acolher a mensagem, a
vivê-la no dia a dia, há compromisso, fé, evangelização...
Portanto, a fé é o resultado de um encontro interior com
alguém que se nos revela, seja pelo outro, seja por qualquer sinal que tornou
alguém atento e dinâmico, com vontade de o mostrar e não de o esconder. É como algo de maravilhoso na
vida que o leva a comunicar-se igualmente como crente, porque se confrontou com
a revelação de Deus e para quem esta teve sentido.
Cremos que muitos dos nossos cristãos não são religiosos.
Todo o homem tem uma dimensão religiosa e isso defendemos, mas o “modus
vivendi” de muitos... que está longe da religião que é algo em que se vê o
senhor absoluto, transcendente, algo de divino, sobrenatural que tem uma
relação de Amor com o Humano, a quem este
obedece e para quem ordena toda a sua vida, segundo a sua vontade.
Não é uma tendência constante para o “religioso”, como um
mito; isso será religiosidade mas não
religião. Não é medo de lobisomens, de almas do outro mundo, do obscuro, para o
que precisam de esconjuros ou ritos mágicos para aplacar o transcendente que
domina e castiga.
Há muita falta de clareza de ideias, de discernimento nos
nossos crentes, às vezes com projectos humanos tão próximos da realidade, e tão
longe de Deus, que não é o “salva vidas”.
“Hoje, à medida que o Evangelho entra em contacto com
áreas culturais que estiveram até agora fora do âmbito de irradiação do
cristianismo, novas tarefas se abrem à falta de culturação. Colocam-se à nossa
geração problemas análogos aos que a Igreja teve de enfrentar nos primeiros
séculos”, segundo João Paulo II, in “A Fé e
a Razão”.
A evangelização, nesta altura, é uma das vertentes da
Igreja que mais necessita do empenho não só dos pastores, dos responsáveis
hierárquicos, mas de todos os leigos que devem aproveitar todas as formas de
catequese através dos Institutos Católicos, (em Viana temos um), como através
da Catequese ou organizações sistemáticas, para jovens e adultos, ano a ano, para
que fique, de uma vez para sempre, para trás a fé infantil, a fé dos bancos da
catequese, a fé da tradição, a fé dos antepassados que já não oferece respostas
aos problemas que o mundo de hoje apresenta.
Cada vez mais a nossa fé tem de ser pessoal, opcional,
clara, tão dinâmica e luminosa que deixe passar a mensagem que se vive. Essa
mensagem deve ser evangélica. O
Evangelho nunca é contrário a esta ou àquela cultura, mas, sem as privar de
nada, as estimula a admitirem-se à novidade da verdade evangélica, da qual
recebem impulso para novos progressos”(Cf. “A Fé e a Razão” n.º 71).
É claro que o nascimento do homem novo encontra sempre
alguma resistência tanto a nível pessoal, como social. É a experiência que
temos quando em 1984 lançámos as
catequeses quinzenais para adultos na Paróquia
.
Quantos e quantos foram convidados, apesar dos apelos
feitos nas missas de Domingo!... Sempre tão poucos os que aproveitam momentos
de reflexão, estudo, para que cada um possa compreender os problemas da nossa
sociedade de hoje e poder ter respostas de fé
para as novas questões que nos são levantadas.
Cristo continua, hoje, a ter lugar na nossa esperança, na
nossa vida, ainda que muitos tenham medo de o escrever como Alguém que mudou a
história da Humanidade. Trouxe uma nova civilização, na qual a Europa se
envolveu e se empenhou.
Esse medo é fruto do que dizia antes. Está visto que os
nossos políticos, os que nos representam, como eleitos do povo, das
Comunidades, também terão aquela fé infantil que não tem valor nenhum para os
dias de hoje.
É isto que temos de combater. A Paróquia falha, se não se
interessar por este sector da teologia pastoral. Nas Paróquias temos de acabar
com a catequese infantil se não nos debruçarmos também e a sério numa catequese
de adultos, dos pais e dos avós.
Tudo pode funcionar concomitantemente. Não podemos falar
da catequese de Infância sem falarmos na necessidade que os adultos têm de
frequentar cursos de Teologia, algumas cadeiras no Instituto Católico ou, ao
menos, na Paróquia, aproveitar o que ela oferece para que não se fique com uma
fé tão débil, porque o mundo de hoje exige muito mais de todos.
A Paróquia só pode dar sentido à celebração litúrgica se
tiver fé, e ter fé é ter conhecimento, experiência vivencial de Deus, na vida
em comunhão com os outros. Se for assim, a Paróquia pode ser uma comunidade acolhedora para fazer
festa, celebrando-a na comunhão na
alegria e no perdão.
A Paróquia, como célula viva da Igreja particular, a
Igreja Diocesana, não se esgota na evangelização: ela é missionária, é
evangelizadora, é acolhedora, participa na igreja universal através da igreja
diocesana, à qual preside o Bispo.
Não pode haver Paróquia sem baptismo. No início, só a
Igreja do Bispo tinha pia baptismal e tudo partia daí, mas, com o passar dos
tempos, a evangelização teve de chegar ao campo, saindo da cidade. Assim,
surgiu a necessidade de aparecerem igrejas mais ao longe com pia para o
baptismo. Então o baptismo passou a ser feito também nessas igrejas.
A
Igreja nasce do baptismo.
Muita gente tem sempre uma certa afeição, e muito justa,
pela igreja onde foi baptizada, pela pia por onde passou, no Baptismo, a Homem
Novo. Este sentimento é justo e respeitável.
Hoje, já se baptizam crianças crescidas, em idade de
catequese de adultos para o que é necessária uma adequada preparação. O
Baptismo será melhor entendido.
Não basta querer ser baptizado. É preciso saber por quê e
para quê? É necessário conhecer a razão que é a razão de Cristo.
É por isso que se exige tempo e amadurecimento para este “querer
ser baptizado”. Conhecer bem os objectivos de Cristo, a pessoa de Cristo, para
iniciar então um caminho novo na vida, um caminho com olhos novos preparados
para ver o outro e amá-lo até ao fim, à maneira do Bom Samaritano. No outro
pode estar representada toda uma comunidade de fé, de escuta, de esperança
vivida e comunicada, no trabalho com os doentes, nos que mais precisam, nos que
passam fome ou têm sede, nos imigrantes, nos presos, nos que precisam seja lá
do que for. Só assim entenderemos a Paróquia como uma Comunidade de Amor, feita
de comunidades mais pequenas que são as famílias – a igreja doméstica. Estas
serão as primeiras experiências de comunidade, de evangelização e
complementaridade numa Comunidade maior que é a Paróquia, onde todos serão
co-responsáveis e participativos, cada um segundo o seu carisma e vocação.
Inseridos, pelo baptismo, na comunhão dos filhos do
Reino, no Corpo Místico de Cristo, vamos padres e leigos levar a mensagem com
dignidade, fundamentalmente iguais perante Deus, fundamentalmente iguais
perante a natureza humana. Para satisfação e salvação, peregrina e vocacional, conforme Jesus a
assumiu. Os leigos, no mundo, têm eles a facilidade de sacralizar a família, o
trabalho e a comunidade, não como quistos, mas na diversidade da unidade
através da Legião de Maria, Vicentinos, Coralistas, catequistas,
administradores, consultores, comissões de Pais, animadores, asseios e
limpezas. Aos padres cabe o mesmo, mas o seu objectivo fundamental é acompanhar
com a Palavra, alimentar com a Eucaristia, e salvar em Jesus Cristo o Homem
caído.
Aliás, o Projecto de Deus sempre foi este, desde Adão e
Eva, uma comunidade de Homens livres. Desde Abraão que, pela fé, fez a
Comunidade dos Crentes; desde Moisés que pela lei fez a Comunidade Libertadora;
desde os Profetas, que pela palavra, fizeram a Comunidade da Diáspora se
preparar para receber Cristo. Pelos Apóstolos, chegou às pequenas comunidades,
e só depois à Igreja, Povo de Baptizados, povo da Eucaristia e povo missionário
(missa = enviado) até à Plenitude que será a Comunhão dos Santos.
Numa Comunidade envolvida em Sínodo Diocesano, a
evangelização talvez seja o fundamental, porque a maioria dos cristãos não sabe
sequer o que é um Sínodo, porque se o soubesse, e conhecesse a co-responsabilidade
que os documentos conciliares lhes confere, iria trazer muitos efeitos de
renovação, de Igreja nova, de homem novo, a começar pelos padres, até ao mais
simples dos fiéis. Se assim fosse... os alheios ou não crentes poderiam sentir
algo que os fizesse reflectir.
Vamo-nos
contentando com o que se passa na sacristia?!...”
P.e Coutinho
A
Paróquia e a Demografia
“Há vinte e cinco anos esta Paróquia
tinha pouco mais de mil fogos e hoje tem mais de quatro mil.
Nada acontece para muita gente. Mas
se olharmos à nossa volta verificamos que o litoral cresce em população contra
a desintegração do interior.
Será que uma coisa destas pode
deixar-nos a todos de mãos cruzadas a deixar que tudo corra como corre, sem
regras, sem sugestões para um desenvolvimento harmonioso, também no interior.
Isto mesmo no aspecto político.
Bom,
mas o que aconteceu já não vai acontecer para gáudio de alguns porque o índice
de natalidade desceu. Será esta a solução mais adequada e mais justa?
Vejamos
na nossa cidade o seu crescimento populacional de há 25 anos para cá... Nas
paróquias da cidade (Areosa, Meadela, N.ª Sr.ª de Fátima, Darque, Monserrate e
Socorro).
Se formos um pouco mais além, vejamos o que aconteceu em
Barroselas, Lanheses, freguesias do concelho para além de outras...
Não fiquemos por aqui, o que aconteceu, de há 25 anos
para cá, nas vilas da nossa Diocese.
A nossa Diocese não é a mesma, os nossos arciprestados
não são os mesmos, as nossas paróquias não são totalmente iguais.
O Concílio Vaticano II já foi há mais tempo e os
documentos conciliares obrigam-nos a não ficarmos impassíveis com as mudanças
sociais, os problemas novos da sociologia humana.
Quando passei algum tempo como arcipreste de Viana do
Castelo tive oportunidade de organizar um convívio de sacerdotes do
arciprestado. E à sombra dos pinheiros, junto à Urbanização Nova que se
encontrava em construção na Praia da Amorosa, foi feita uma reflexão sobre a
demografia das nossas paróquias, vilas e cidade. Isto levantou uma série de
problemas pastorais reflectidos ali
quanto ao acolhimento, quanto às iniciativas novas para poder atingir
pastoralmente esta mobilidade de pessoas. Uma das questões foi até aos espaços
litúrgicos na cidade e vilas ou paróquias. Por fim, na qualidade de arcipreste,
fiquei de ser o porta-voz junto do Bispo em nome dos padres do Arciprestado
para lhe comunicar a necessidade de se criar uma equipa pluridisciplinar,
composta por Teólogo da Teologia Pastoral, Sociólogo, Engenheiro do Ambiente,
Engenheiro Civil, um Arquitecto, etc., para que, a nível diocesano, pudesse
acompanhar os planos de pormenor concelhios ou os, na altura, P.D.M., para que
estudando em equipa juntamente com os párocos, envolvidos em desenvolvimento
demográfico inesperado, fossem ajudados a que a dimensão religiosa duma
povoação, paróquia, vila ou cidade em que a maioria é católica, não fosse
esquecida.
Deste modo, há mudanças do centro de gravidade,
deslocamentos populacionais, as igrejas longe das povoações ou tão pequenas que
não favorecem o empenhamento pastoral, a descoberta de respostas futuras para
os problemas que já são de hoje, ou já eram de ontem.
Este é um problema de hoje, depois... há paróquias que
não conseguem terreno para uma igreja, por exemplo, não é preciso ir mais
longe, vejam o que aconteceu à Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima que, por este ou
aquele motivo, ninguém compreendeu o pároco actual, nem aqueles com quem ele
trabalhou e trabalharam a não ser o Dr. Defensor Moura, actual Presidente da
Câmara Municipal que, mesmo sem audiências de 30 pessoas, resolveu o
problema...
Para já esperamos!... porque para outros lados, incluindo
religiosos, as coisas parecem não ser tão prioritárias como deviam... uma
Paróquia que nasceu em 1967 que se pensava numa residência, numa igreja nova,
mas as coisas se interessavam a uns, não eram convenientes para outros. Vejam
agora o deslocamento da igreja em relação à população em geral. O que fazer e
como fazer acolhimento a tanta gente que aqui chega?
Há uns anos tentei participar no colóquio nacional de
paróquias. Só estive um dia, mas gostava de continuar. Nem sempre me condizia
com o meu programa de pastoral paroquial. Este ano, por motivos de saúde, não
participei no Colóquio Europeu de Paróquias, como tanto gostava, na Suíça, de 6
a 10 de Julho, no seu já 22º colóquio.
Uma das conclusões é que as Paróquias continuam a manter
estruturas passadas perante as transformações que se dão na sociedade de dia
para dia.
As Paróquias, os Arciprestados e as Dioceses têm que
continuar a oferecer ao homem de hoje o espiritual, a oração, a vida interior
que tanto o homem procura, mas não pode ficar só por aqui. Se queremos melhor
qualidade de vida, melhor bem estar para a nossa gente, isto tem de se
manifestar também nas estruturas físicas e religiosas. Tem de ser criativa para
quebrar a rotina que o homem não gosta, a paróquia tem de ser criativa e
oferecer oportunidades a todos os que se dizem paroquianos, tem de ser lugar
para a festa, para o perdão, para a fraternidade e para a reconciliação. Não se
pode fechar na sacristia ou reduzir-se a festas com sermões ou pregações.
Uma Paróquia que não proporcione ou não esteja atenta
àquilo que é capaz de unir os paroquianos nos mesmos objectivos de fé, é
paróquia que tende a morrer.
Dizia aqui noutra local que a Paróquia ou volta a ser aquilo
que era no princípio ou, então, não há razão para existir e ir resistindo ao
tempo, apenas para constar e fazer parte das estatísticas, também não vale a
pena.
É claro que a evolução social e o crescimento
demográfico, as novas vias rodoviárias, a democratização da cultura e da
mentalidade corrente oferecem problemas novos não só aos políticos que agora
querem ser concelhos e não o são.
O que acontece na política, por conta dos votos, não pode
acontecer na Igreja, mas a Igreja às vezes peca em retardar demais ao ver que o
padre não responde às exigências pastorais duma determinada Paróquia, não é
sinal eficaz da presença da Igreja naquele local, a Igreja não tem resposta
para poder beneficiar da qualidade de vida religiosa de muitos que ficaram isolados,
longe da sua igreja paroquial...
O facto da Igreja ter em conta a evangelização, a
celebração e a partilha fraternal, identidade cultural e religiosa não serão os
únicos meios, ou argumentos, que podem levar um Bispo a exercer a competência
da erecção de uma Paróquia quer lhe dê um padre ou um diácono; já que os padres
podem escassear.
Os bispos como co-responsáveis que são na vida da Igreja
tudo devem fazer para que a autoridade competente sinta a necessidade de uma
acção eclesial mais eficaz. É importante hoje mais que noutros tempos a relação
pessoal Bispo e Padre com o seu povo como elemento determinante para a fundação
de uma Paróquia ou Diocese.
Caso contrário não se precisa de padres, bastam os
diáconos e um Bispo, mas não creio que essas medidas evangélicas, sejam
verdadeiramente proféticas para a fé dos nossos crentes.
Paróquia, volta àquilo que foste, lugar de culto, de
fraternidade, de perdão e de festa e voltarás a ser alfobre de vocações a
nascerem nas famílias.
Volta
a ser comunidade aberta às outras comunidades, tenham elas os carismas que
tiverem, desde que o Espírito seja o mesmo.”
P.e
Coutinho
A Paróquia e o Domingo
“Não foi por acaso que, ao sétimo dia, Deus descansou,
segundo o livro do Génesis. É de direito divino descansar ao menos um dia em
cada semana. O Homem encontra-se consigo mesmo, com Deus e com os outros.
Desde o nascimento da Igreja, os primeiros cristãos
começaram a celebrar o primeiro dia da semana, o dia da ressurreição do Senhor,
com cânticos dos salmos e leituras, começando depois a celebrar também a
Eucaristia, o partir do pão e a bênção do mesmo, segundo a ordem de Jesus.
Como à Paróquia presidia um Bispo, era a comunidade maior
sediada nas cidades, só quando passaram para o campo e mais tarde, pelo séc.
III ou IV, atingiram as terras mais longínquas, aí surgiram Paróquias sem
bispo, presididas por um presbítero ou diácono, umas com pia outras sem pia,
isto é, umas com direito a baptizar e outras não, pois o ideal era sempre que
alguns sacramentos, como os de iniciação cristã, fossem administrados pelo
Bispo que, então, na igreja da cidade onde presidia, era já a diocese.
O Domingo foi sempre um dia sagrado para os cristãos, dia
de oração, de missa, de encontro, de festa, de partilha, de fraternidade, de
solidariedade, dia da família.
Criaram-se costumes interessantes que bem manifestam a
importância do Domingo.
Antigamente, a roupa de Domingo era diferente da roupa da
festa e da semana. A roupa era normalmente comprada para a “festa”, passava
mais tardes a ser a roupa domingueira e, depois, ainda era a roupa da semana ou
do trabalho.
Ao Domingo comia-se melhor, mas do que havia em casa, o
chouriço, o presunto ou o toucinho ou outra parte do “frigo”, a salgadeira.
A carne de vaca ou da melhor rês do rebanho era coisa que
se usava apenas nas festas.
Era ao Domingo que as pessoas reservavam tempo para ir à
missa e, no final, encontravam-se com os amigos. Quando estes estivessem
doentes havia que destinar tempo, na tarde de Domingo, para os visitar, em
casa, ou no Hospital.
Um
outro tempo do Domingo era passado em família e, muitas vezes, um almoço mais
demorado, talvez um piquenique, juntava-se a família. Os casados visitavam os
seus progenitores, juntando-se muitas vezes os irmãos em grande cavaqueira na
casa paterna até altas horas da tarde.
Era um ritual que o Domingo trouxe para além do descanso,
convívio familiar, encontro com Deus na Oração ou na Eucaristia, enfim, o
encontro com os outros amigos da mesma terra que normalmente ao sair da missa
havia mais uns minutos de cavaqueira, com este ou com aquele, porque todos eram
conhecidos e viviam na mesma terra, às vezes com os mesmos problemas.
Não era difícil esses momentos serem também momentos de
decisões importantes, de acordos, para a comunidade, e às vezes com a “bênção”
do padre, outras vezes, ocasião para coisas contrárias à harmonia.
Ao Domingo também era o dia destinado para o passeio ou
para a romaria...
Mas, para um cristão, Domingo sem missa, não era Domingo
e consideravam o maior dos pecados porque era apenas uma questão de tempo, e o
tempo “Deus dá-o de graça”.
A missa era assim como o principal elo de união entre os
paroquianos à volta do seu pároco. Dela as pessoas voltavam mais alegres e
felizes a casa, por terem encontrado o transcendente, o absoluto, o divino e
tendo-o comungado, voltam às suas casas, a comungar do bem ou do mal, que
muitas vezes descobriam com os amigos, no fim da mesma.
Por isso, o Domingo não é um dia qualquer para uma
Comunidade Cristã, como deve ser uma Paróquia.”
P.e
Coutinho
A Paróquia e a Cruz
Claro
que a Cruz de que se trata aqui não é daquela cruz, cujo o homem primitivo lhe
deu o significado de fogo, de luz, de sol porque pela fricção de dois paus
obtinha o fogo. Também não é aquela que lhe deram ainda, mais tarde, um outro
significado a parte vertical significava o poder e a horizontal a submissão. Ou
ainda a que outros lhe deram o significado do bem à haste vertical, e à
horizontal a haste do mal.
Quem vai ao Egipto compra hoje cruzes com um arco (uma
asa) usada pelos faraós. Apareceu já nessa altura as cruzes suásticas que nada
tinham a ver com o nazismo, mas com o culto do sol, pois os seus elementos
radiais nada têm a ver com a opressão, o racismo, como se depreende pelo uso
nazista.
Em quase todas as civilizações este sinal significava
sol, luz, vida. Também a contextura física do homem é uma cruz. Ora ponha-se aí
de pé e abra os braços.
A Cruz que aqui me refiro é que a Paróquia sem a Cruz,
não pode ser Paróquia, porque Cristo dá-lhe uma simbologia completamente
diferente. Foi nela que Cristo remiu e salvou o mundo; foi nela que consumou a
obra de redenção humana, foi nela que abraçou todo o mundo, o passado, o
presente e o futuro.
Os paroquianos não podem deixar de olhar para esta cruz e
se sentir atraídos porque nela Cristo, o seu Senhor, foi crucificado e morto.
Manifestou amor nunca visto até então!
Aparece então a Cruz com Cristo crucificado apenas pelo
século V e completamente nu, depois com uma cinta da qual pendia uma ponta, e
mais tarde vestido de túnica sem mangas; de barbas e mostrando a chaga de lado.
Veio o Concílio de Constantinopla de 692 e ordenou a representação do
crucifixo.
No século XI generalizam-se os crucifixos com o Cristo
vestido da cintura para baixo e com os olhos abertos, como encontramos em
abundância na Espanha. Começa a Cruz a andar associada a símbolos cristãos: o
sol, a lua, o alfa e o omega, o monograma
de Cristo, o cordeiro, a vida. Conforme a arte e as civilizações através
dos tempos se foi apresentando duma maneira ou doutra, pois da verdadeira Cruz
não há um documento, uma fotografia que possa ser reproduzida tal e qual por um
escultor, fica quase tudo baseado em textos e à imaginação do artista. Com um
só cravo nos pés, com um cravo em cada pé, figura serena ou trágica, conforme a
visão do artista, até chegar à arte dos nossos dias e o vermos à maneira do
escultor José Rodrigues, no “Cristo para Viana”, que se apresenta na capela do
Seminário Diocesano desta nossa terra Vianense, etc.
Relacionando com esta cruz de Cristo, temos as cruzes das
nossas igrejas, exteriores e interiores, cruzes de procissões, cruzeiros,
calvários, dos cemitério, cruzes em nossas casas...
Celebra-se a 14 de Setembro a festa da Exaltação da Santa
Cruz.
De qualquer modo a cruz sempre foi um instrumento de
suplicio e de morte, mas a liturgia cristã quis que ela fosse símbolo de força,
de beleza, de capacidade humana de amor sobre o ódio, a injustiça e a mentira.
A morte do Jesus na cruz destruiu a vida natural sobre a
terra para a substituir pela vida sobrenatural, como dizia Santo Efrén , um
diácono sírio, no século IV.
É por isso que a cruz de Cristo é bandeira de glória para
a Paróquia, para os crentes, para todos aqueles que à sombra dela se reúnem com
a mesma fé e o mesmo amor; enquanto para os não crentes, pode significar uma
ignomínia, um fracasso, ou até, um sinal de masoquismo.
A Paróquia acredita e vive a vida de Jesus porque sabe
que o sofrimento de Jesus na cruz não vem justificar o nosso sofrimento, mas
abrir um sentido novo à nossa vida, mesmo à vida de sofrimento.
Na Cruz, Cristo
salva-nos porque nos dá o seu amor, e o seu amor é capaz de nos atrair,
converter ou fazer mudar o nosso coração, as nossas atitudes...se alguns
perante o mal do mundo que todos os dias observam na televisão desesperam,
perdem a esperança, deixam a fé...outros encontram mais depressa Cristo e a
força capaz de se sensibilizar para a solidariedade com os que sofrem e lutar
pela construção dum modo melhor e mais humano.
Esta é uma aprendizagem a partir da Cruz.
Há muitas missões de solidariedade como os médicos sem
fronteiras e...usa-se a racionalidade da ciência, mas o coração muitas vezes
está longe do sentido da Luz de Cristo, só apenas como actos de puro humanismo,
altruísmo... e geram-se deste modo novos anjos, novos espíritos, novas fadas,
novas mitologias, canções, festivais, consumo de drogas, sexo e tudo o mais que
este mundo parece oferecer como felicidade imediata...
Hoje procura-se penetrar nessa felicidade seja como for:
uns auto-ajudam-se, outros procuram exercícios físicos, ou mentais, rituais
diversos, recursos às sabedorias antigas do oriente e às religiões orientais.
Às vezes domina demasiado na nossa sociedade o âmbito do mercado e do Marketing
e, do mesmo modo que no mercado o que mais interessa é a utilização imediata,
rápida e satisfatória, o prazer sugestivo, agora e aqui, do que a verdade das
coisas; esta Luz que vem da Cruz é muitas vezes preterida porque é exigente e
verdadeira...
Se queremos o bem estar social, a melhor qualidade de
vida, na nossa Comunidade Humana, na nossa Paróquia não podemos deixar de
discernir bem os desejos que são iluminados por esta Cruz Salvadora.
Cristo foi feliz porque amou. Não procurou a felicidade
própria, mas a do outro. A sua preocupação foi só a nova felicidade para os
outros, para mim e para cada um dos paroquianos, como para toda a igreja, e
ainda para todos os homens de boa vontade.
Foi pelos outros que Cristo foi vencedor e todos podemos
cantar vitória porque se venceu a morte em noite santa da Vigília Pascal e
celebrar a sua exaltação, glorificação também em 14 de Setembro, como devoção
ao madeiro, ao santo lenho, onde morreu crucificado o Corpo de Cristo, é prova
que a Comunidade vive à volta da cruz.
Se não tivermos os olhos na cruz do Mestre, não poderemos
ser Comunidade em comunhão com o pároco, com o Bispo, com o Papa, com a Igreja
Universal.
P.e
Coutinho
A Paróquia e a Comunicação
O
dom mais importante que Deus deu à natureza foi o dom do Homem se entender por
palavras e gestos. Como todos os seres vivos, os animais irracionais
entendem-se também, cada um com sua espécie, pela sua linguagem. Os seres
inanimados sentem o frio ou o calor, a mão do Homem inteligente e “aceitam” que
este lhe faça mal ou bem. Não se queixam.
O
Homem, enquanto ser racional e supostamente inteligente, destrói por destruir
ou destrói para construir. Às vezes gere tão mal a natureza que sofre depois
facturas pesadas.
Ao Homem, Deus deu-lhe o dom da fala que, na relação
com os outros, o leva a uma vida em comum que será encontrada na cruz, por isso,
esta comunidade humana não pode ser vivida na solidão do claustro, mas no
acompanhamento, mesmo do inimigo, como Cristo chegou à Cruz acompanhado dos
blasfemos e dos malfeitores.
Aí está uma missão difícil, uma tarefa árdua. “O reino
de Jesus Cristo deve ser edificado no meio dos seus inimigos. Quem rejeita isto
renuncia a formar parte deste reino, prefere viver rodeado de amigos, entre
rosas e lírios, cheios de maldade, em círculo de gente piedosa. Não vedes que
assim blasfemais e atraiçoais a Cristo? Se Jesus tivesse actuado assim como
vós...quem seria possível salvar-se?” (Lutero).
A Comunidade Cristã significa construção em Jesus
Cristo e por Jesus Cristo. Nenhuma comunidade cristã poderá ser nem mais nem
menos do que isto, pois tem de ser uma comunidade de crentes que apresenta
Cristo como mediador, como a nossa paz (cf. Et. 2, 14).
Cristo mediador entre Deus e os Homens, e, pelo baptismo,
fomos eleitos para sempre. Por isso, somos a fraternidade cristã não com o
ideal humano, mas na realidade de Deus e na realidade da ordem espiritual e
psíquica.
O Homem tem uma espiritualidade psíquica e o dom gratuito
de Deus, elemento essencial na vida comunitária que forma a igreja cristã em
missão com Cristo cabeça e nós os seus membros.
A vida de comunidade deve ter regras de conduta desde o
nascer ao pôr do sol, desde o deitar ao levantar.
Quer dormámos quer trabalhemos, é sempre este Reino que
está em causa.
Alimentemo-nos, em comum, com a leitura da Bíblia, com o
cântico, com a oração e com o partir do pão, com o trabalho, com a festa, com a
comida e também com o saber estar só no teu quarto mas, em comunidade, unida
pelo mesmo espírito de todos.
As tarefas de Comunidade têm de ser em comunhão, senão
não são de comunidade, daí a importância do diálogo entre os Homens, como
primeiro meio de comunicação ao serviço dos outros, sem altivez mas sempre
sabendo escutar, ajudar, aceitar o próximo e respeitá-lo ainda que por ventura
caia em pecado.
O pecado destrói a comunhão com Deus e com os irmãos.
Saber suportar o pecado do irmão, sem o desprezar, significa dar-lhe perdão e
abrir caminho para entrar de novo na comunidade. (Cf. Sal. 6,1. ).
A Palavra de Deus deve ser sempre seguida com o mesmo
objectivo através das obras, do testemunho e da palavra que utilizamos, através
dos meios de comunicação social a nosso alcance, porque todos eles, sem
excepção, devem estar ao serviço de Deus.
É por aqui que temos de caminhar e não devemos ter medo
da televisão, da rádio, da Internet. Só tem medo quem não souber viver em comunidade
fraterna.
Não podemos ter medo de dizer por esses meios que “Confessamos
mutuamente os nossos pecados”.
Deus veio por nós pecadores, para nos salvar.
Alegrai-vos!
Se fordes verdadeiros este mensageiro vos libertará. Não
podeis ocultar a Deus, por maior que seja a vossa máscara diante dos Homens.
(cf. Provérbios 23).
O convite a confessar-se com o irmão e a receber o perdão
fraternal no seio da comunidade cristã é um convite a aceitar a graça de Deus
na igreja.
Pela confissão chegamos à comunidade. O irmão que não
sente, não o fez em próprio nome, nem por uma própria autoridade pessoal, mas
por ordem de Jesus Cristo, isto é, em nome da comunidade de que Cristo é a
cabeça.
A raiz de todo o pecado é o orgulho e soberba, e a
confiança perante o irmão é a humilhação que o torna capaz de conduzir à cruz
numa vida nova. A ruptura do passado e a gratidão para com a misericórdia
divina é o fato novo para se sentar à mesa dos convidados, na Eucaristia.
Quando chegarmos a usar todos os meios ao nosso alcance
para falar, sem medo nem preconceitos, desta fé que nos invade, a Comunidade
estará a ser uma Comunidade de Salvação e de Comunicação.
P.e
Coutinho
CAPÍTULO X
A PARÓQUIA
VISTA PELO JORNAL “PARÓQUIA NOVA”
Ao acaso, o jornal “Paróquia Nova” oferece-nos uma grande
variedade de informação que nos desperta para os mais diversos temas.
Até por aqui se descobre que não
escapa nada ao P.e Coutinho e que, para ele, a vida é feita de tudo
um pouco.
Assim sendo, põe todos a trabalhar e oferece qualidade de
vida ao rico e ao pobre, à criança e ao idoso.
*
Abril de 1993
Paróquia Nova
«Paróquia Nova» não é um projecto novo
da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima. «Paróquia Nova» é o nome que, já desde o P.e
Rogério, há mais de 15 anos, se dava a uma folha informativa a circular pelos
paroquianos.
A
partir de 1978 esta folha policopiada começou a distribuir-se mensalmente por
todos os lares. Nos últimos anos, apenas trimestralmente, tendo sido
compensada, entretanto, com outra folha semanal a que se chama «Luz Dominical».
Em
1992, foi celebrado o jubileu dos 25 anos da Paróquia e, com as máquinas que a
comunidade possuía, «Paróquia Nova» foi beneficiada não só no tamanho, como
também na qualidade e no conteúdo.
Ao
terminar as referidas celebrações, em 8 de Dezembro, dizia-se que uma nova era
pastoral surgia na Paróquia, pois só assim teriam interesse as grandes
celebrações realizadas.
Ora,
foi mesmo a partir daí que surgiu este projecto que, não sendo novo, pretende
ser ampliado e mais diversificado, onde seja dada oportunidade para acolher e
promover a colaboração que muitos leigos, e sobretudo jovens, têm para
oferecer, cada um segundo as suas possibilidades, pois que um adequado uso dos
meios de comunicação social, numa paróquia ou numa região, reverterá
naturalmente em benefício da comunidade em geral.
«Paróquia
Nova» é, por isso, um órgão de comunicação social da imprensa não-diária que
estará ao serviço da comunidade e aberto a toda a região que a envolve, desde a
concelhia e distrital até à nacional e internacional. Eis, pois, um jornal
ampliado a criar mais solidariedade cristã entre os Homens, baluarte dos
verdadeiros valores humanos ao serviço do progresso, da integridade do Homem,
do desenvolvimento da sociedade. Este órgão de comunicação vai ser um
verdadeiro órgão de comunicação com honestidade, sinceridade e verdade, vai ser
projecto de um jornal sério que, mês a mês, levará a todos os habitantes desta
região informações úteis, possibilidades de enriquecimento cultural, propostas
de desenvolvimento, espaços para a recreação do espírito e elos de unidade,
nesta diversidade tão acentuada da comunidade a que pertencemos.
A. C.
*
Outubro de 1993
A Alemanha com a Europa...
No
dia 3 de Outubro, a Alemanha celebrou o dia da unidade, da reunificação das
duas Alemanhas – República Federal Alemã e República Democrática Alemã.
Para
o efeito, o director deste jornal, P.e Artur Coutinho, foi convidado
pelo Estado de Korschenbroich a participar nas respectivas celebrações, no programa organizado por aquele estado de que
faz a Paróquia de Glehn com a qual a Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima mantém relações de amizade, há já
alguns anos.
No
jantar de recepção aos convidados estrangeiros: um francês, um inglês, um
italiano, um húngaro e um português, o P.e Artur Coutinho proferiu
um discurso onde abordou assuntos relacionados com o povo alemão, desde a
evangelização dos povos germânicos, nos primeiros séculos, à reorganização
eclesiástica no século VII, à influência visigótica em Portugal e à amizade que
envolve a Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima e a Paróquia de Glehn.
Também
no dia 3, participou com os estrangeiros presentes num debate subordinado ao
tema: “Que futuro para a Europa?”, tendo sido aplaudida a sua intervenção por
uma assembleia de uma centena de pessoas.
O P.e Francisco Palau e as Carmelitas Missionárias Teresianas
Quem
é Francisco Palau?
Nasce
numa aldeia chamada Aitona (Espanha), em 1811. Teve uma infância marcada pela pobreza, insegurança e opressão.
Aos 17 anos ingressa no Seminário. Abandona-o depois para entrar para o
Carmelo.
Professa
como Carmelita Descalço aos 21 anos.
A
revcolução de 1835 tira-o do seu convento. Exila-se em França. Vive a sua
vocação carmelita como eremita e apóstolo incansável. Até à sua morte, em 1872,
o P.e Francisco Palau percorre os caminhos da penúria, perseguição e
desterro... uma vida de luta e uma procura constante.
Profeta da Igreja do sue tempo, apóstolo
comprometido, amante da Virgem Maria, contemplativo e missionário, dele poderia
ter escrito Santa Teresa:«ditosas as vidas que se acabam ao serviço da Igreja».
Em
1860 inicia a obra crucial da sua vida: funda a congregação das Carmelitas
Missionárias Teresianas. «Encomendei-a muitíssimo a Deus – diz – e, estudados
certos incidentes da minha vocação à Ordem de Santa Teresa creio que me chamou
para esta obra.»
O
P.e Palau morre com fama de santidade, em Taragona, em 1872. O seu
corpo descansa no Templo da Casa-Mãe da sua Congregação desta mesma cidade. A
Igreja reconheceu as suas virtudes heróicas elevando-o aos altares em 24 de
Abril de 1988.
As
Carmelitas Missionárias Teresianas continuam a dar vida ao carisma do seu
fundador, estando disponíveis para as necessidades mais urgentes da Igreja,
evangelizando escolas, hospitais, obras de promoção feminina, obras sociais,
missões, catecumenato, centros de espiritualidade e tantos outros...
Deste
modo a actualização e o vigor da mensagem palautiana estende-se pelo mundo,
Europa, África, Ásia e América.
*
Outubro de 1994
A Desfolhada
Uma
desfolhada do milho, em Mazarefes, reuniu as Crianças e Adolescentes do Ozanan
– Centro de Juventude com os idosos do Centro de Dia de N.ª Sr.ª de Fátima, num
quintal da irmã do nosso pároco.
Deste
modo se evocou o trabalho comunitário da aldeia, a tradição associada à festa
que tende a desaparecer. Não faltou, por isso, o Professor Gigante que
voluntariamente prestou, com o seu acordeão, um serviço animador. E, claro,
houve baile após o lanche, onde não faltou arroz-doce.
*
Agosto de 1995
Bodas de Ouro
Para
a nossa Paróquia, há cerca de 17 anos veio o P.e Artur Coutinho exercer as suas
funções de pároco. Felizmente que a sua família, composta por dois irmãos e
seus pais, acompanharam até hoje o seu sacerdócio como pároco da nossa Paróquia
– Nossa Senhora de Fátima.
Presentemente,
seus pais encontram-se a viver com o seu filho P.e Artur Coutinho.
Os
paroquianos já se habituaram a ver o casal, sempre juntos com o seu ar
sorridente de boa disposição na Missa
Vespertina, pois por onde passam dão sempre um ar da sua graça.
No
dia 13 de Agosto fizeram as suas «Bodas de Ouro» numa Celebração realizada na
Igreja Paroquial de Mazarefes, de onde são naturais.
Em
nome de toda a Comunidade, desejamos a este casal muita saúde e longa vida.
Uma paroquiana
*
Outubro de 1996
Em Memória
Foi
sempre uma pessoa generosa e disponível para os outros, lutador pela causa em
que acreditava.
Estamos
a falar do Sr. Manuel Ribeiro Coutinho que, por vontade de Deus, faleceu no dia
6 de Outubro de 1996, contando com 75 anos de idade.
Como
marido e pai foi afável e extremamente zeloso. Como avô, granjeou dos seus
netos a delicadeza das suas ternuras. Como homem, fazia amigos com facilidade e
contagiava-os com uma forte cultura de amor. Era de fácil comunicação e amigo
de brincar com todos, divertindo com inofensivas brincadeiras.
Antes
de atingir a idade da reforma e, após insistentes conselhos de seus filhos,
abandonou o trabalho árduo do campo para viver na companhia do filho, P.e Artur
Coutinho, passando desde então a gozar uma vida mais sossegada, como recompensa
do esforço e sacrifício duro do amanho do campo.
Tornou-se
muito próximo de nós e, por isso, deixou-nos uma enorme saudade.
Graça Meira
*
Novembro de 1996
A ternura dos 100
Já
lá vão cem anos que, no dia 26 de
Novembro, Vitorino das Donas ( Ponte de Lima) viu nascer a Sr.ª D. Maria dos
Anjos da Rocha.
Filha
de lavradores modestos, passou a
mocidade entre o trabalho árduo, nos campos da Quinta da Torre, e as anuais
festas locais, às quais ia acompanhada do seu «paizinho» (forma
carinhosa que utiliza quando recorda o seu pai). O seu espírito alegre atenuava
as agruras da vida dançando, tocando harmónica e cantando ao desafio, com as
suas amigas.
A
parca alimentação, à base de caldo de batata e couves, com ou sem azeite,
conforme as possibilidades permitiam, não reduziam as forças de Maria dos Anjos
e do seu «paizinho» que, frequentemente, vinham a Viana e, como a
própria afirma (com saudade dos momentos difíceis, mas alegres) «trazíamos o
que nos fazia falta».
Ainda
nova, veio para Viana servir numa casa particular e trouxe consigo a sua única
filha, com quem vive numa habitação da Estrada da Abelheira.
Rosto
marcado pelo tempo, lenço na cabeça e cajado na mão, Maria dos Anjos afirma-nos
com toda a convicção – apesar de não se recordar da sua idade e transferir para
a filha essa tarefa memorial – «... ‘tou peca, estou!... Já sou velha!... Eu
já sou velha!».
Não
obstante os condicionalismos que a idade lhe impõe, gosta de dar longos passeios
pelos arredores e de visitar constantemente a capela de Nosso Senhor do Alívio,
sempre acompanhada da sua filha.
Maria
dos Anjos teve vários irmãos que faleceram já «com muita idade».
«Agora
está muito esquecida!»
afirma a filha, mas noutro tempo «rezava muito, muito, muito...», contava
muitas histórias, relatava a sua história e cantava alegremente, em casa e no
quintal da mesma.
Um dos
desejos desta centenária senhora é regressar à sua terra «Pessegueiro»,
da qual fala repetidamente, deixando transparecer uma imensa saudade.
Alfredo
Martins,
Carla Santos e
Sandra Silva
*
Dezembro de 1996
Irmã Adela Morante
A
irmã, assim conhecida no vulgo, foi uma das irmãs Carmelitas Missionárias
Teresianas que mais tempo esteve entre nós e que em 1994, por necessidade da
Congregação, voltou para Espanha com as suas irmãs.
Neste
momento encontra-se numa paróquia missionária, no Paraguay. Lá recebe este
jornal e vai escrevendo. Nesta altura de Natal chegou uma carta da qual, com a
devida vénia, se transcreve o seguinte:
“Pelo
jornal estou inteirada de todo o trabalho paroquial que cada vez á mais
dinâmico nas suas actividades. Deus os abençoe em todas as iniciativas.
Mando
lembranças para toda a comunidade paroquial. Faça-as chegar oportunamente em
alguma missa de sábado e domingo. Tenho-os no coração e apresento-os ao Senhor.
Por aqui vou entrando no trabalho pastoral. Estou a participar na organização
da 1ª comunhão e confirmação. É tudo diferente, tudo mais sóbrio e pobre.
A
nível de catequese trabalhamos na confirmação e tencionamos trabalhar na
formação de catequistas.
A
nossa Paróquia só tem pároco ao fim de semana, durante a semana não há missa,
na comunidade das irmãs realizamos celebração da palavra. Há uma grande
carência de padres em todo o país...!
Aqui
fica. Para a Irmã Adela os nossos cumprimentos e os votos de apostolado
profícuo.
*
Julho de 1997
Catequese...
Para
quê?
Vivemos,
actualmente, num mundo muito agitado e muito ocupados. Quer na cidade, quer nas
aldeias, o casal trabalha e é obrigado a deslocar-se, os filhos vão para a
escola e para os tempos livres, e o tempo que sobra é pouco para fazer as
tarefas indispensáveis do dia a dia.
O
fim de semana é pequeno para as tarefas mais profundas da casa e, por isso,
ainda mais pequeno para passear.
É
mais ou menos assim a vida de toda a gente. A agitação é muita porque... não se
pode parar.
Naturalmente
que, nas preocupações dos pais e dos filhos, vai muita coisa... Infelizmente a
catequese é das últimas coisas a passar no pensamento.
Parei
e pensei no assunto.
Porque
é que a Catequese é só mais uma opção?
Ouvi
a resposta na voz de um jovem: «A Catequese aprofunda o conhecimento e o amor
por Jesus. Por isso, é que começa enquanto as crianças são pequenas,
despertando-lhes o interesse. Elas têm uma forte capacidade de amar e, ao mesmo
tempo, de querer saber o porquê».
É
assim; aprenderem a gostar de Jesus não só através do que os catequistas lhes
ensinam, mas também através das suas perguntas, ao longo de 10 anos de
catequese.
Claro
que estes 10 anos de catequese, “só” fazem sentido para quem quer conhecer
Jesus e aderir a Ele, caso contrário, a catequese é “chata”.
Felizmente
que muita gente ainda tem tempo para aprofundar a fé em Cristo. Quanto mais se
sabe mais se quer saber; quanto mais se conhece mais se ama!
Rosa Arieira
*
Abril de 1999
Centro Paroquial da Abelheira
Finalmente
a Luz no Fundo do Túnel... Celebrado protocolo de cedência do terreno...
O
moroso e complicado processo de construção do Centro Paroquia da Abelheira,
velha aspiração com mais de 20 anos, depois de inúmeros contratempos traduzidos
em sucessivos avanços e recuos, está, finalmente, a encaminhar-se para a
resolução definitiva. É bem caso para dizer que, depois de tanta escuridão,
surge uma luz ao fundo do túnel.
Efectivamente,
no dia 24 de Março, pelas 18 horas, e de forma um tanto inesperada, teve lugar,
sem pompa mas com a circunstância e a discrição que o acto impunha, entre o
Presidente de Câmara e o Pároco de Nossa Senhora de Fátima, a assinatura do
protocolo de cedência do direito de superfície sobre o terreno onde será
implantado o Centro Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, na Abelheira.
Os
espaços cedidos localizam-se na antiga Quinta do Meio, adquirida à família
Espregueira Mendes pela firma Lima e Rodrigues, onde actualmente decorrem obras
de infra-estrutura para construção de um bairro habitacional, e compreendem a
capela de Jesus, Maria e José, Casa da Quinta com os respectivos anexos e
terrenos de implantação.
Com
é também do conhecimento de muitos leitores do Paróquia Nova, para esta
localização, mas com uma área muito maior, chegou a ser divulgado um projecto e
maquete de um Centro Paroquial, com dimensões e valências muito mais ambiciosas
que poderiam vir a albergar as diferentes obras e instituições da Paróquia,
actualmente disseminadas por vários edifícios e instalações. Porém, o
atravessamento do terreno pela Via Entre-Santos e a posterior transacção
operada entre a família Espregueira Mendes e a firma Lima e Rodrigues tornaram
inviável a manutenção de um lote com as dimensões iniciais para a construção do
Centro. Não obstante, foi possível à Câmara Municipal salvaguardar, nos
terrenos localizados a Sul e Nascente da Via Entre- -Santos, a casa da quinta e anexos, capela
(muito ligados à memória da Abelheira) e terrenos de implantação. São estes os
espaços cujo direito de superfície foi agora cedido à Paróquia de Nossa Senhora
de Fátima. Isto significa que o novo projecto a elaborar terá de ser adaptado
às estruturas já existentes e ao espaço disponível. Desta tarefa está incumbido
o Arquitecto Faro Viana de quem se espera dentro de algum tempo um estudo
pormenorizado das possibilidades que os
espaços e os edifícios cedidos permitem, tendo em conta as novas funções a que
foram destinados.
Apesar
do terreno e espaços não consentirem a concretização de um projecto com a
amplitude e a polivalência do inicial, pensamos que o aproveitamento que vai
ser feito permitirá dotar a Paróquia de um conjunto de instalações e de
infra-estruturas que muito contribuirão para uma melhoria muito significativa
da sua acção nomeadamente no campo assistencial, da formação e acompanhamento
dos jovens e mesmo do culto.
Está
pois de parabéns a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, por mais este
importante passo em direcção à realização da velha aspiração de um Centro
Paroquial na Abelheira e através do Paróquia Nova desejamos expressar o nosso
reconhecimento ao senhor Presidente da Câmara Municipal que, desde o início,
revelou muita sensibilidade para este problema e manifestou empenhamento para
resolvê-lo. O próximo passo será a transformação do protocolo em escritura
pública, o que acontecerá, ao que julgamos, brevemente.
Daqui
para a frente, novas responsabilidades se colocam aos paroquianos de Nossa
Senhora de Fátima e a todos os que de uma forma ou de outra vão beneficiar da
implantação desta importante estrutura sócio-religiosa, pois, até ser posta em
pé, muitas energias, recursos, vontades e capacidades terão de ser mobilizadas,
o que exigirá a colaboração de todos.
Albino Ramalho
*
Janeiro de 2000
Novo Centro Paroquial
Encontra-se
em fase de acabamento o projecto do Centro Paroquial a construir na Abelheira.
Aguarda-se com certa ansiedade a conclusão para que se dê continuidade às
respectivas aprovações e escrituras a fim de se concorrer a subsídios
comunitários e darmos início à obra que há mais de 20 anos a população desta
área da cidade tanto deseja.
A
obra vai estar dimensionada para dois vectores: o paroquial e o social.
Quanto
ao paroquial, prevê instalações polivalentes para a celebração litúrgica,
conferências, encontros com aposentos para aproximadamente 800 lugares
sentados, salas de catequese, sede de escutismo e serviços de apoio,...
Quanto
ao social, está previsto que no edifício da antiga quinta “Espregueira Mendes”
surjam novas instalações para o Berço e um serviço de dia integrado para os
idosos.
*
Abril de 2000
P.e
José Tomás em festa
No dia 18 de Junho, o P.e José
Tomás celebra as bodas de ouro sacerdotais. Neste ano jubilar, vamos
alegrar-nos com o dom da sua vocação e da sua entrega à Ordem Carmelita e à
Igreja, particularmente, nesta diocese de Viana do Castelo.
A comunidade dos seus irmãos carmelitas e um
grupo de amigos do P.e Tomás já estão a elaborar o programa deste jubileu.
Um Reparo
Há casos que devem ser
postos a nu para servir de exemplo do que não se deve fazer. Tornam-se a maior
das vergonhas para quem os pratica, mas paciência...
No dia 13 do mês de Março,
do ano em curso, quando, às 14.30 horas, foram abertas as portas do CECAN,
pelas senhoras que habitualmente o fazem, para atender pessoas carenciadas,
estavam encostadas à porta, no exterior, 6 cadeiras de jardim imundas e um sem
número de objectos metidos em sacas plásticas que de útil nada tinham, mas era
apenas lixo daquele que repugna olhar para ele. As pessoas que o fizeram deviam
dar a cara para que se ficassem a conhecer, porque aquilo não passou de um acto
de cobardia, um acto da maior baixeza para quem o cometeu. Os pobres só porque
o são, merecem o nosso maior respeito, eles são pessoas dignas de toda a nossa
atenção e devem ser acarinhados de forma a que não se sintam marginalizados.
Há, no entanto, alguma gente, e
lamento que isso aconteça, que pensa o contrário. Também quero aqui deixar a
minha maior repulsa a todos aqueles ou aquelas que para se verem livres do lixo
que têm em casa o metem em sacos e o enviam para os Vicentinos, é o caso da
roupa suja, rota e, por vezes, a cheirar mal.
Eu
e quem trabalha desinteressadamente para os pobres pedimos que,
respeitem os pobres e não lhes dêem aquilo que já não tem utilidade. Tratem-nos
com dignidade e não como lixo. Eu quero pedir desculpa àquelas pessoas, e
felizmente ainda é a maioria, que oferecem roupas ou mobílias, etc.. que são de
verdadeira utilidade para as pessoas carenciadas. Para aquelas pessoas que se
querem ver livres da imundície que os aflige, vou deixar-lhes aqui o número do
telefone em que são atendidos para lhes fazerem a limpeza, ou antes, irem
buscar o lixo a casa: 808200282. Liguem sem que seja necessário pagar e serão
atendidos.
O CECAN/RD, o Centro
Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e Distribuição é um
serviço dos grupos, movimentos e instituições da Paróquia, feito por
voluntários, a favor dos pobres. Respeitem os pobres e quem para eles
generosamente trabalha.
Não se trata, por isso, de um serviço
de limpeza, nem de uma lixeira.
Francisco Viana
*
Maio de 2000
Vigília Pascal
A festa
cristã mais importante do ano é a festa da Páscoa. Dura 50 dias. Desde a
Vigília Pascal até ao Pentecostes.
Este
ano, na Vigília Pascal da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima foram baptizada 5
pessoas, uma delas adulta, e, como estava previsto no programa jubilar, a
assembleia litúrgica, uma das melhores de sempre, e a assembleia da Igreja do Carmo
saíram das respectivas igrejas em procissão, conforme o tempo permitiu, para se
encontrarem numa só assembleia partilhando um bolo em andor que levou 444 ovos,
sobre os quais estava colocada uma bela cruz da Ressureição, transportado por 4
homens da Abelheira.
O bolo
foi religiosamente confeccionado por trabalhadores do Centro de Dia, Ozanan,
Berço e Infantário, sob as orientações de Maribela Sobreiro Machado, enquanto o
recinto e a champanhe foram da responsabilidade da Comunidade do Carmo.
Deste
modo, houve uma saudação, muito ao gosto popular, dos 2000 anos, partilhando um
bolo regado com champanhe, e, com a colaboração do conjunto “Absorção”,
cantaram-se os parabéns e viveram-se ainda momentos de muito entusiasmo até à
meia-noite.
Uma
vigília para não esquecer. Pena foi o mau tempo que prejudicou alguns actos do
programa.
*
Setembro de 2000
Homenagem
ao P.e Istel
A Paróquia de Glehn fez uma festa
condigna de despedida ao Pastor Istel que foi pároco durante 23 anos, naquela
Paróquia.
O P.e
Istel granjeou muita simpatia nos 23 anos de paroquialidade, aliás como é seu
timbre. Quando, por duas vezes, visitou a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima a
todos cativou.
No dia 10 de Setembro voltou a Glehn
para uma homenagem que lhe quiseram prestar, crentes e não crentes, católicos e
protestantes. De todas as comunidades sociais e de todas as idades, jovens e
crianças, velhos e novos, pobres e ricos, autoridades civis e religiosas
tiveram palavras de apreço, gestos de simpatia, no meio de muita emoção e num
ambiente cheio de muito calor humano. O director deste jornal também se
deslocou lá com mais duas pessoas a convite da Paróquia de Glehn e do P.e
Istel.
O P.e Istel vai fazer
serviço de capelania no Hospital de Neuss e trabalhar na Pastoral daquela cidade
de S. Quirino, onde se encontram alguns amigos também da nossa comunidade
paroquial.
Rolando a favor da Paz
Ligeiros, sobre duas rodas, rolando
estrada fora, corpos ao vento, soltos em liberdade controlada pelo impulso das
nossas sensações, partimos felizes para a jornada.
Éramos um grupo de meia centena de
pessoas, de ambos os sexos, de idades compreendidas entre os 5 e os 70 anos.
Partimos imanados pelo espírito da
iniciativa “Jornada da Paz” e, se o conhecimento entre o grupo facilitou a unidade,
por sermos todos elementos da mesma comunidade paroquial, essa unidade saiu
reforçada pela partilha em comum do mesmo ideal e empenho em favor da paz.
O percurso foi feito em ambiente de
festa e alegria. Pelo caminho, da Paróquia a Lanheses, houve tempo e momentos
para tudo:
* Saudar as pessoas que ao longo do
percurso nos olhavam com admiração;
* Deixar a mensagem de paz escrita,
que o vento levava para poder chegar a todos;
* Deixar no ar o eco da mensagem
sonora, a reflexão sobre o tema, o apelo à paz;
* Paragens para refrescar e
descansar, sim, porque as pernas de alguns não estavam treinadas para vencer o
percurso.
Chegámos todos a Lanheses, cada um
pelo fruto do seu esforço e pela ajuda, tão preciosa, daqueles que atentos aos
mais novos lhes punham, nas subidas, uma mãozinha de fada nas costas, e atentos
aos inexperientes lhes davam a sua ajuda na companhia discreta e na palavra
amiga e experiente, “meta a mudança para a bicicleta ficar mais leve na
subida”, “pedale devagar para não se cansar”, “vá lá mais um bocadinho, estamos
quase no cimo da subida”, palavras de gente amiga, que fazem eco em nós e nos
dão o estímulo necessário para vencer obstáculos, para continuar a caminhada e
assim conseguirmos chegar; situação impensável para alguns se tivessem de fazer
o percurso isoladamente.
Fomos em mensagem de paz e fizemos
paz com todos. Foi agradável “perdermos” uma manhã de sábado para peregrinarmos
por um ideal tantas vezes longínquo e distante dos nossos corações. Sim, porque
a paz é harmonia, é primeiro que tudo sentirmo-nos bem com nós próprios, é
sermos capazes de ser livres daquilo que nos torna mesquinhos, e quantas vezes
nos falta essa harmonia interior, essa vontade de mudança.
Fizemos alguma coisa, pouca, mas com
generosidade e com vontade de que o nosso gesto tenha reflexos em nós e nos
outros. Vale a pena contribuir com a simplicidade de um gesto quando a vontade
quer alcançar um valor que não tem limites, que incomensurável e que grita no
mais íntimo de cada ser humano.
Paz não é ausência de guerra, não é
bem-estar... é muito mais do que isso, é o pulsar da vida total em harmonia,
nas pequenas e nas grandes coisas.
Donzília Rocha
*
Novembro de 2000
D. Duarte Pio e um Livro
Em 25 de Novembro, Duarte
Pio de Bragança, Herdeiro da Casa Real Portuguesa, esteve presente na
Apresentação de um novo livro de António Manuel Couto Viana, editado pelo
Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima a favor do Berço de N.ª Sr.ª das
Necessidades, Centro de Acolhimento Temporário de Crianças e Bebés Abandonados
ou de Alto-Risco.
Ao acto presidiu a vereadora do
pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Dra. Flora Silva. A
apresentação da obra e do seu autor coube ao Dr. Alberto Antunes de Abreu,
nosso particular amigo, também num gesto de solidariedade com a obra social da
Paróquia de N.ª Sra. de Fátima.
O Centro Social Paroquial mais uma vez
oferece à Comunidade um precioso contributo cultural, conjugando esforços e
boas vontades de amigos em benefício da obra que gere, não só em relação às
crianças abandonadas, mas também em relação aos idosos, vagos, deficientes e
outras situações de carência.
Duarte Pio e António Manuel Couto
Viana ficam ligados, deste modo, à obra dos que precisam.
D. Antonino Novo Bispo de
Braga
Monsenhor
Antonino Eugénio Fernandes Dias, ex-reitor do Seminário Diocesano, Pró-vigário
Geral da Diocese, Vigário Episcopal para o Clero, tendo exercido outros cargos
de grande responsabilidade pastoral e de pároco, durante 8 anos, na freguesia
de St.ª Marta de Portuzelo, foi nomeado Bispo Auxiliar de Braga.
Monsenhor
Antonino é natural de Monção, sobrinho do Cónego Dr. Álvaro Dias, antigo
professor de Teologia e do padre Antonino Dias, seu padrinho, que foi pároco de
Afife e capelão da Caridade, ambos falecidos. A mãe de Monsenhor Antonino, por
sua vez, era sobrinha de 3 sacerdotes.
Será sagrado
Bispo em 21 de Janeiro na Igreja de S. Domingos (Monserrate), junto do túmulo
de Frei Bartolomeu dos Mártires.
Está de
parabéns a Diocese e a sua terra natal por este dom de Deus para o bem de
todos.
Bem haja.
*
Novembro de 2000
Criança
é Rima de Esperança das colunas dum Jornal a Livro
Em 1979, corria o Ano Internacional da
Criança, António Manuel Couto Viana legendou, com 29 poesias, 29 fotografias
“fortes” colhidas ao acaso de reportagens de guerras, campos de concentração,
situações de miséria extrema em que as vítimas eram, paradoxalmente, esses
seres frágeis que Deus colocou ao nosso cuidado e que são as crianças. Vivia-se
uma situação de slump internacional: depois da crise de meados da década de 70
que, em Portugal, agravou todo o andamento do P.R.E.C., dava-se agora o segundo
choque petrolífero. Os problemas agravavam-se, também a nível internacional,
com a guerra do Camboja e as guerras civis em África que parece que nasciam de
geração espontânea aqui e além, mas eram fomentadas pela crise das indústrias
de armamentos e os conflitos da Guerra Fria...
Estes 29 poemas, curtos, de construção ecfrástica, eram
poemas de denúncia. A curta extensão de poesias deste tipo, que parecem
funcionar como palavras de ordem, permite um silêncio reflexivo. Não é o caso
aqui, onde não há um verso que se possa degradar em slogan. Os 29 poemas são 29
gritos que se calam, de repente, como os gritos e nos deixam parados de pasmo e
receio. Por isso, a sua linguagem é directa, de descodificação imediata, tirada
do vocabulário do dia a dia. A sintaxe é também linear, com predomínio da
parataxe. A muitas frases falta o desvio semântico ou mesmo gramatical; noutras
a linguagem é quase puramente denotativa. Como denúncias feitas ao tribunal do
bom senso e dos bons sentimentos da humanidade, são para serem entendidas por
todos os elementos sensatos, bem formados, “de boa vontade” do universo humano.
Utiliza-se até o anexim popular: “Trabalho de menino é pouco // Mas quem o
perde é louco”, e clichés habituais, como: “coroa de espinhos”, “pássaros
engaiolados” – clamor no deserto de conhecida origem bíblica1 ,
“fome / De pão” de ressonância bíblica também2 ,
“dormem em paz”, “aqui jaz”, “mundo melhor”.
Estes gritos denunciam a prisão e opressão de crianças, a
pobreza (que é identificada com a morte), a fome, a guerra com os
bombardeamentos, os refugiados a monte e os campos de concentração, o ensino de
valores errados. Os processos literários usados são, dum modo geral, os
intensificadores: a repetição para efeitos de reforço (como em “chorar, chorar,
chorar”); o trocadilho para acentuar uma antífrase chocante (uma arma chamada
de “brinquedo para brincar”).
As metáforas
não são só no texto porque também provêm da vida, onde o acto de escrita as vai
recuperar: a arma como brinquedo, as balas como peças de colecção, a boneca
mutilada que é reversível com a menina latino-americana que brinca com ela. Mas
também o é o par de meninos pisoteando sucata. Estas metáforas foram-lhe
fornecidas já feitas pela vida. Mas outras as construiu ele com os ingredientes
que a vida lhe deu, como o grupo de rapazes a jogar futebol na rua do bairro
que o poeta deseja que chutem o mundo velho.
Com efeito, nem todos estes 29 poemas são gritos. E nem
todos os gritos são de desespero. Couto Viana hipostasia nas crianças toda a
esperança que lhe resta na vida. A criança é o futuro: o menino da maçã com que
a série termina “chama-se Amanhã”; a criança é “nome / De futuro”.
Mas não só de futuro: a criança é, no dizer de António Manuel Couto Viana,
“nome / De futuro e de flor”, de vida, de beleza, de alegria, de tudo o que
uma flor pode significar ou sugerir. “Na imagem da criança / A vida vibra em
paz e continua”, a criança é “bandeira de paz”, “lê a vida com um riso
nos lábios” pinta o mundo “de alegria”, porque tem a “pureza da
inocência”. E António Manuel Couto Viana que, desde os tempos marcelistas,
vem vivendo ansioso com o destino da Pátria, não perde o ensejo duma aula de
Geografia para colocar nas crianças a esperança de recuperação do “espírito,
a graça / Da alma da Pátria”.
Por isso, Couto Viana começa a série com um poema de
esperança que, como poeta, descobre ser o eco de criança. Uma criança é “luz
[...] em qualquer lado / Para ser sol”. As armas, destinadas à guerra, são
a negação ontológica das crianças, ingénuas por natureza. Com elas os adultos
destroem, e uma criança (de)formada por eles, “constrói o ódio, o medo / Para
um mundo pior”.
Estivemos perante um belo conjunto poético. Mas iria
morrer numa hemeroteca gerida por um rapaz cheio de zelo e carências
orçamentais que iria impedir a consulta dos jornais, que só podem consultar-se
em microfilmes e “não foi disponibilizada verba para microfilmar”. E assim
morreriam de humidade ou pó numa prateleira de biblioteca pública. Mas houve
uma madalena portadora de unguentos que intercedeu pela ressurreição dos poemas
e os colocou em reprodução fotostática nas mãos de Couto Viana. Por isso com
muita justiça a reedição3 foi
dedicada a Fernando de Passos. Para ela, todos os poemas foram revistos, alguns
modificados, um totalmente substituído e acrescentado um longo poema inicial
intitulado “Primeiras palavras”.
Este poema é simultaneamente um sumário da colectânea
e sua actualização. Faz o elenco dos problemas que são tema das poesias
reeditadas – a guerra, a fome, a inversão de valores, o trabalho (concretamente
adjungido aos correlativos castigos e medos); reposiciona problemas, como o da
recusa da infância e a discriminação, que já se encontravam implícitos na
publicação primeira; e acrescenta duas outras formas de sofrimento e exploração
das crianças que surgiram depois e não obstante este Ano Internacional da
Criança, ou das quais só depois dele se tomou consciência da sua presença e
enormidade: a droga e a exploração sexual (p. 9-12). Nestas circunstâncias, a
infância aparece como se estivesse em valeta de que só a poesia a pode salvar
(p. 11).
O poeta
reassume-se, assim, aos 77 anos de idade como um demiurgo, que condena os erros
e aponta normas e directrizes, e já se não limita ao lamento pelo mal da Pátria
como vinha fazendo desde o fim da década de 60. Por outro lado, coerente com o
trajecto poético até aqui seguido, reassume o tom didáctico, que lhe vinha duma
orientação normativa e serve-se do parêntese, tanto para este efeito como para
o da dramatização do poema, através da inserção dum aparte que transforma o
leitor em espectador cúmplice.
De resto, todos os textos foram mantidos, com apenas a
substituição de alguns “para” por “pra”, com o que a linguagem ganhou em
ligeireza e eufonia ao aproximar-se da elocução popular. O ritmo é, portanto, o
prosaico, com frases que constituem versos com o respectivo grafo rítmico
(tenham elas 8 ou 12 sílabas como os alexandrinos e com a respectiva
acentuação, sejam hendecassílabos, redondilhas, ou sejam quebrados de qualquer
destas unidades maiores). Uma novidade é a utilização do eco como rima,
partindo-se o verso por vezes entre o modificador e o verbo, o que, além de
introduzir uma novidade dinâmica, por contrariar o ritmo da prosódia, permite
valorizar a sonoridade dos actos de fala, tantas vezes reforçados por
aliterações que reforçam termos como “vida” em “a vida vibra” (p.
34) ou exprimem foneticamente a dureza do trabalho infantil no segundo e duro
verso da quadra: “o povo que o diz com clara razão” (p. 60).
O único poema novo é o da criança com os animais (p. 55).
Substitui um texto menos bem conseguido que nem era de Couto Viana, e enriquece
a colectânea, por num simples dístico constituído por um hendecassílabo e um
quebrado de quebrado de hendecassílabo e com apenas um verbo – “cresce”
–, exprimir a convicção de que uma criança que gosta de animais é mais feliz
(uma criança é um ser humano a crescer), chega a adulto com menos dificuldades
(tem companhia, tem afecto, dá afecto), será melhor adulto – porque cresceu a
amar seres mais indefesos, a protegê-los a ser por eles afagada. Couto Viana é
um mestre da síntese ao ponto de a construir em texto rimado, proeza que só
consegue quem domina com muita segurança a difícil Língua Portuguesa.
Alberto
A. Abreu
1
Is. 40, 3; Mt. 3, 3 e par.
2
Dt. 8, 3a; Mt. 4, 4b e par.
3
Viana 2000c.
* Janeiro de 2001
Festa de Natal
Centro de Dia de N.ª Sr.ª de
Fátima
Pelo segundo ano consecutivo,
realizou-se no Centro Paulo VI, em Darque, a habitual festa natalícia desta
valência. E constou das seguintes iniciativas:
* Celebração
Eucarística, presidida pelo Bispo da
Diocese, D. José Augusto Pedreira (que disponibilizou um pouco do seu preenchido
tempo para proferir umas palavras reconfortantes às pessoas da terceira idade),
e foi concelebrada pelo presidente da instituição, o senhor Padre Artur
Coutinho, sendo animada pelo coro dos utentes do Centro de Dia.
No fim da
concelebração o Sr. Padre Artur Coutinho agradeceu a disponibilidade do Sr.
Bispo. E falou para os utentes, dissertando à cerca da melhoria das respostas
sociais do Centro Social, quer em ordem à infância quer em ordem aos idosos do
Centro de Dia. Para o efeito conta já com um
sociólogo, Dr. José Calçada, e
espera-se, no futuro, a admissão de um psicólogo e de um animador
social.
O pároco de Nossa Senhora de Fátima
deu ainda conta aos presentes do novo projecto «Idoso, 24 Horas». Este
projecto, apresentado pelo Centro Social, pretende prestar todos os cuidados
domiciliários aos utentes que vivam sós nos seus lares, durante as 24 horas
(limpeza da casa, tratamento de roupas, higiene pessoal, distribuição de
refeições e assistência médica e medicamentosa aos utentes). Estas são algumas
das tarefas que o projecto abrange, mas devido aos seus avultados custos, só
será possível com a parceria da Segurança Social e do Ministério da Saúde.
* No almoço, em que as pessoas
aproveitaram para aconchegar o estômago e para manter uma agradável cavaqueira,
o Senhor Padre Coutinho agradeceu a colaboração dos voluntários,
oferecendo-lhes uma singela lembrança.
* O Programa Cultural: os vários
movimentos da Paróquia solidarizaram-se com os idosos, proporcionando-lhes
momentos de alegria, cantando, dançando e fazendo uma representação teatral.
Também não faltou o «Pai Natal» que distribuiu uma lembrança doce pelos
presentes. Este capítulo cultural foi concluído com uma representação musical
do nascimento de Jesus pelos utentes do Centro de Dia.
* Depois das pessoas cantarem,
dançarem, representarem e aplaudirem nada melhor do que retemperar energias com
um lanche, concluindo-se assim a Festa de Natal.
Só nos resta agradecer à direcção, aos
trabalhadores, aos voluntários e aos movimentos e valências os momentos
agradáveis proporcionados a todos quantos estiveram presentes.
António Gonçalves
* Março de 2001
Idosos no Cortejo
Carnavalesco
Pela primeira vez o Centro
de Dia de Nossa Senhora de Fátima foi convidado pela Câmara Municipal a
participar no Cortejo Carnavalesco.
A ideia foi recebida com
agrado pelos responsáveis e com entusiasmo pelos utentes do Centro de Dia.
Desde a primeira hora
utentes do Centro de Dia se ofereceram para participar no cortejo.
Os dias que se seguiram
foram diferentes, vividos com mais entusiasmo, acompanhando a preparação das
personagens do “Big Brother” e/ou do “Big Broncas” que cada um iria viver.
Chegados ao grande dia, 27
de Fevereiro, a alegria e o entusiasmo eram grandes, apesar do tempo estar
chuvoso.
O Cortejo correu da melhor
maneira, não fora a chuva torrencial e o granizo que ofuscaram a festa, mas não
o entusiasmo e a alegria dos utentes do Centro de Dia.
* Outubro de 2001
Centro de Dia celebra
festas importantes
No dia 26 de Setembro, os utentes do
Centro de Dia do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima participaram numa desfolhada, em Mazarefes.
Não faltaram os cantares e brincadeiras típicas, a ansiedade de encontrar a
espiga vermelha, as quadras populares alusivas ao tema,...
Poesia? E se
fosse? Afinal “o poeta não faz senão ver melhor o que escapa aos olhares
distraídos ou cegos dos outros homens”.
No dia 2 de
Outubro celebrou-se, no Centro de Dia, o Dia do Idoso. Houve muita animação,
entusiasmo e alegria. Dançou-se o malhão, cantaram-se os parabéns, cortou-se o
bolo e recebeu-se uma pequena prenda, com o objectivode registar o
acontecimento.
No dia 16 de
Outubro, Dia da Alimentação, a equipa técnica não podia deixar passar esta data
em branco e do programa do evento constou a decoração do Centro e uma pequena
palestra alusiva ao tema em questão.
Também se
realizaram as comemorações dos aniversários dos idosos, referentes ao mês em
curso.
Mas os anos
parecem não se compadecer com os cenários e com os actores sociais,
particularmente quando se deparam com uma alta montanha de projectos a somar às
“Folhas Caídas da Memória”. Há, pois, que redefinir decisões e fazer do futuro
o passado realizável...
Nisto
cogitava eu enquanto comemorava e reinava...
* Fevereiro de 2002
125º Aniversário do
Lar de Santa Teresa
O Lar de
Santa Teresa, instituição aberta desde 1877 com o nome de Asilo das Meninas
Órfãs e Desamparadas, está a celebrar os 125 anos da sua actividade. Nesse
sentido promovem um vasto programa para as celebrações jubilares, ao longo de 4
meses. No dia 25 de Janeiro, em sessão solene, presidida pelo Secretário de
Estado da Solidariedade e Segurança Social, Simões de Almeida, deram-se por
abertas as referidas comemorações de que constam: o Terceiro Encontro de
Ex-educadores, em 23 de Fevereiro de 2002; Actividades desportivas, em 23 de
Março de 2002; Actividades Culturais, de 20 a 27 de Abril. O encerramento está
previsto no Teatro Sá de Miranda, no dia 24 de Maio.
A Direcção
do Lar, à qual preside Armando Soares Pereira, está de parabéns e estão do
mesmo modo de parabéns todos os que com ele fazem parte dos Corpos Sociais,
toda a cidade e toda a região, porque esta Instituição solidária é resposta
social e eficaz para muitos dos nossos problemas.
* Junho de 2002
Ralf Roeb
Neto dum
austríaco, nasceu a 26 de Junho de 1963 em Neuss. Trabalhou na sua Paróquia de
Santa Maria de Neuss sobretudo com a juventude. Sempre teve no pensamento ser
padre e seus pais sempre sonharam com um filho padre, no entanto, a sua maneira
de ser parecia-lhe não corresponder a tais anseios.
Estudou. Foi
militar. Trabalhou 13 anos num Banco, na área da economia, onde se realizou e
subiu nos escalões da profissão, no âmbito da formação. Aperfeiçoou os seus
conhecimentos tirando um curso de técnico de contabilidade. Apesar de estar
contente com a sua actividade profissional, ainda tinha tempo livre suficiente
para se dedicar ao trabalho na sua comunidade paroquial, nomeadamente no
escutismo, no acolitado juvenil e, dum modo geral, entre a juventude pelo que é
notária a influência de Ralf entre os jovens, como se viu na sua ordenação de
diácono, em 26 de Maio. Ralf dedicava-se ainda, seus tempos livres, a outras
actividades culturais como música, dança, debates (sendo importantes os que
realizou com as Testemunhas de Jeová), desporto, onde foi árbitro de futebol, e
também actividades políticas. Fazia parte da comissão organizadora das Festas
da Cidade de Neuss.
Um dia
decidiu abandonar o Banco e seguir o que há muito sentia, ser padre, e não pela
confiança nele próprio ou nas suas capacidades, mas pela confiança em Cristo
que o chamava, pois Cristo também se fez homem.
Comunicou a
sua decisão à família, numa tomada de café, e mudou de profissão. Foi estudar
Teologia em Bona e em Roma. Fundou uma Associação do Cardeal Frins, filho de
Neuss e activo participante no Concílio Vaticano II, com o objectivo de
conservar vivo o espírito do Cardeal.
Ralf Roeb
veio a Portugal em 1997. Visitou Fátima, Porto, Viana e Santiago de Compostela.
Conserva boas recordações de Portugal e convidou amigos para a sua ordenação de
diácono, ocorrida em Neuss, com mais 4 colegas, no dia 26 do corrente mês, pelo
bispo auxiliar de Colónia, Maufred Mesel.
Será
ordenado presbítero em Junho de 2003.
Hermann Drath
Hermann
Drath, o grande amigo da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, celebrou em 26 de Maio
o seu 79º aniversário de nascimento e o Director deste jornal esteve presente,
em Rubelrath. Hermann participou na 2ª Guerra Mundial, esteve preso pelos
Russos perto de Berlim.
Teve uma
firma de artefactos para militares, com 50 trabalhadores.
Fez parte do
Governo Regional de Dusseldorf no sector dos funcionários públicos. Foi
vice-presidente da Câmara de Liedeberg, juiz conselheiro no Tribunal de
Dusseldorf e casou em 1950 com Kathi Thissen, Educadora de Infância em Neuss e
natural de Aldonoven.
Honra e Mérito
Hoje
“Honra e Mérito” traz à estampa a figura de um jovem que frequentou as nossas
catequeses e participou com empenho e responsabilidade em acções paroquiais.
Trata-se
de Jorge Nuno de Sá, neto de Noémia Fernandes da Costa que em “Um de cada vez”
abordámos no mês de abril e só por lapso não dissemos que Noémia, se fosse
viva, sentiria o orgulho de qualquer avó que vê um neto ser o mais novo
deputado português.
Foi
a 8 de Abril que Jorge Nuno tomou posse como deputado da nação, apenas com 24
anos de idade.
Parabéns
ao Jorge Nuno, parabéns aos jovens de Viana que podem sentir orgulho por terem
um colega, lá no centro do poder, que melhor poderá usar uma linguagem política
mais próxima da juventude.
“Paróquia
Nova” completa com nota de mérito aquilo que, há pouco tempo, dizia da sua avó, e deseja que Jorge Nuno,
com a sua generosidade e disponibilidade para os outros, honre aquela que ele
muito amava.
“Capitães de Abril” festejam bodas de prata
A
Cooperativa de Habitação Económica “Capitães de Abril” festejou,no passado dia
14 de Setembro, 25 anos de existência. O centro dos festejos foi o núcleo de S.
Vicente, mas a acção da Cooperativa estende-se ao núcleo da Abelheira e de S.
Marta de Portuzelo.
Para
assinalar a data, a direcção elaborou um interessante programa de actividades
que preencheram todo o dia e ainda se prolongaram noite dentro.
Após
a recepção às entidades –Capitães de Abril, Câmara Municipal,
Governador Civil, Pároco da freguesia, Estaleiros Navais e outros convidados –
seguiu-se o descerramento de uma placa comemorativa, visita às instalações e um
passeio de observação pela área habitacional.
A direcção
convidou todos os cooperantes – e muitos que responderam ao convite – para um
almoço-convívio num restaurante de S. Marta de Portuzelo. Na pessoa do “capitão
de Abril”, actual Tenente-Coronel Vasco Lourenço que se deslocou expressamente
a Viana do Castelo para se associar à celebração, foi relembrado o espírito de
pioneirismo despertado pela revolução e, para assinalar o acontecimento, foi
oferecida uma medalha comemorativa à Associação 25 de Abril. A medalha foi
desenhada por um dos cooperantes.
À
noite a festa continuou nas instalações da Cooperativa e no ringue de
patinagem: música, danças e cantares, e ameno convívio ao ritmo dos assadores
de sardinha bem fresca, de fêveras e costeletas com as bebidas adequadas.
O tempo não
colaborou muito, mas não foi tão agreste que fizesse esmorecer os ânimos.
A
Cooperativa Capitães de Abril poderá não ser um modelo de construção
requintada; nem o poderia ser dadas as características cooperativas. Parece,
porém, que pode ser apontada como modelo na largueza dos espaços públicos, no
bom estado de conservação e asseio desses espaços ajardinados e áreas de lazer
e de desporto.
* Dezembro de 2002
Campanha de Natal a Favor do Berço
Com
o aproximar do Natal há todo um ambiente de festa com iluminações, músicas,
encenações, festinhas nas instituições para as crianças, para os idosos, ceias
de Natal para os amigo... Presépios... e o mais importante é que o Natal é
festa do AMOR. É festa da Fraternidade. A vida cristã é pessoal e comunitária,
pólos da corrente dinâmica do amor e da comunhão. Cria em nós atitudes
interiores de tolerância, de aceitação positiva das diferenças porque o nosso
Deus é rico em diferenças.
Este
vínculo amoroso leva-nos a viver intensamente a festa natalícia e a participar
na comunidade que nos apoia, nos ajuda a viver a fé cristã, dando-nos
oportunidade de comunhão e partilha material e espiritual.
A
Obra Social de N.ª Sr.ª de Fátima precisa da ajuda de todos. O Natal é ocasião
propícia para partilhar. As crianças do Berço e os indigentes que todos os dias
batem à porta a pedir alimentação, banho e roupa, criam-nos situações
embaraçosas. Colabore connosco. Faça a sua partilha a favor desta gente frágil
da comunidade... para podermos acolher bem... e ter sempre resposta comunitária
aos problemas dos outros.
O
Berço de N.ª Sr.ª das Necessidades é obra social que merece um apoio especial
porque é um centro de acolhimento temporário de bebés e crianças abandonadas
e/ou de alto-risco que acolhe temporariamente as crianças privadas do seu meio
familiar normal, até ao equilíbrio da sua situação, adopção ou tutela.
Tem,
para o efeito, um quadro de pessoal fixo e de voluntariado interagindo com
organismos públicos ou privados competentes, e oferece às crianças:
*
Ambiente de afecto e segurança;
*
Alimentação racional e equilibrada;
*
Acompanhamento na saúde;
*
Protecção nos perigos;
*
Oportunidades de actividades, sono e repouso;
*
Desenvolvimento integral como pessoa social e ser inteligente, sujeito a
direitos e obrigações.
Como
se pode ajudar esta obra?
Através da liga dos Amigos, com
pagamento de comparticipações mensais, ou anuais, ou de donativos entregues
eventualmente e de prestação de serviços relevantes.
Pode ainda
oferecer o leite, as vacinas, as fraldas, os remédios, mensal ou anualmente.
Dirija-se à
Instituição e poderá descobrir como poderá ajudar, de forma mais permanente, as
crianças sem família...
CAPÍTULO XI
A PARÓQUIA
E A CULTURA
A PARÓQUIA E A CULTURA
Para além da formação
específica no campo da catequese, da liturgia e da acção sócio-caritativa, sempre
foram promovidas acções paralelas, que vieram a enriquecer a cultura em geral,
tais como:
·
Exposições de:
-
Filumenária,
-
Filatelia,
-
Postais Marianos,
-
Retrospectiva paroquial dos 25 anos da Paróquia,
-
Ecumenismo,
-
Medalhística,
-
Pintura,
-
Fotografia,
-
Etnografia da Abelheira,
-
Esculturas e outros objectos Marianos,...
-
Retrospectiva de 25 anos de sacerdócio do P.e Artur Coutinho
·
Jornadas e/ou Fóruns sobre:
-
a Família,
-
a Tolerância,
-
o Idoso,
-
o Ambiente e Civismo,
-
a Identidade Cultural da Abelheira,
-
o Urbanismo – Tradição e Modernidade;
- etc..
·
Espectáculos com pequenas encenações na Igreja, no salão do Carmo, na Escola
Secundária de Santa Maria Maior, ao ar livre, no Salão Paroquial,
·
Várias construções mímico-musicais com
mensagem cristã;
·
Debates sobre:
-
Droga,
-
Sida,
-
Sexo,
-
Planeamento Familiar,
-
Meios anti-concepcionais,
-
Desenvolvimento e Tecnologia,
-
Procriação Assistida,
-
Implantação das Seitas,
-
Os Quadros das Grandes Religiões e seus princípios fundamentais.
·
Viagens um pouco por todo o Mundo;
·
O jornal Paróquia Nova,
que tem muita procura mesmo fora da Paróquia e da Cidade;
·
Edições de vários livros de carácter histórico, etnográfico e religioso:
- “A
Cidade de Viana no Presente e no Passado” (2ª edição), de P.e Artur
Coutinho;
-
“Mosaicos da Serra d’Arga”, do P.e Artur Coutinho;
-
“Contos e Contas”, do Dr. Pires Moreira;
- “Duas
mãos cheias de Paz”, do Dr. José Carlos Loureiro;
-
“Antologia Poética”, de Linda Martins;
-
“Maravilhas de Cultura Italiana”, de Fernando de Pinho;
-
“Criança Rima de Esperança”, de Manuel Couto Viana;
-
“Milagres de Amor”, do P.e Artur Coutinho;
-
“Lutas para todo o ano”, de José Cachulo;
-
“Aleluias para todo o ano”, do P.e Dr. António Belo;
-
“Celebração em Família”, do P.e Artur Coutinho;
-
“Palavra e Celebração”, do P.e Dr. António Belo;
-
“Oração em Família”, do P.e Artur Coutinho;
-“Livro
de Bênçãos”, do P.e Artur Coutinho.
-
“Rugas... Testemunhos da geração, do saber, do amar...”, da Dr.ª Natália
Castelejo e do P.e Artur Coutinho;
- “Páscoa como um
girassol”, de Albino Ramalho.
·
Biblioteca Paroquial e Escola de Música;
·
Cursos de Bordados, Crochet, Ponto de Cruz, Ponto Aberto, Informática
(iniciação e texto), Pintura em Barro,
em vidro e em cerâmica, Arraiolos.
INTERCÂMBIO INTERNACIONAL
São conhecidas as boas relações existentes entre a
nossa Paróquia e a Paróquia de S. Pancrácio de Glehn.
Em 21 de Maio de 1986, a Acção
“Silbermowe” convidou D. Armindo Lopes Coelho – Bispo de Viana do Castelo – e o
P.e Artur Coutinho – pároco de Nossa Senhora de Fátima – para participarem de 10 a 14 de Setembro,
juntamente com outras personalidades estrangeiras, no 89º “Dia dos Católicos
Alemães” – KATHOLIKENTAGE – realizado, nesse ano, na vetusta e histórica cidade
de Aachen (cidade de Carlos Magno). Foi um grande encontro de cristãos da
Alemanha e dos vários quadrantes da Europa.
Desde então a amizade entre o povo
de Glehn e o de Viana do Castelo foi crescendo e o P.e Artur
Coutinho foi o mentor máximo para que estes laços se expandissem e
fortalecessem. Do lado germânico, foi o P.e Istel que formou uma
comissão cuja finalidade era tecer, manter e alargar este intercâmbio. Desta
comissão destaca-se o casal Drath que tem sido também ele um dos grandes
mentores, pela parte alemã, do referido intercâmbio.
Ao longo destes 16 anos de
relacionamento humano e religioso,
desenvolveram-se uma série de acções tendentes a estimular cada vez mais
esta colaboração, como conferências, colóquios, exposições, excursões aos dois
países com a participação nas festas anuais de cada núcleo, etc.
Quem entra na Igreja de Nossa
Senhora de Fátima, em Viana do Castelo, sente que não se é alheio ao sentir
religioso das gentes de Glehn. Uma grande imagem de Nossa Senhora de Glehn,
oferta da Paróquia alemã, está exposta numa das paredes laterais da igreja.
O auge deste intercâmbio religioso
aconteceu no ano 2000. Ambas as paróquias enveredaram todos os esforços para,
em conjunto, celebrarem condignamente o ano jubilar.
Uma representação dos paroquianos
vianenses deslocou-se, de autocarro, até Glehn e lá permaneceu durante quatro
dias, tendo a possibilidade de venerar Nossa Senhora de Glehn, antigo centro de
peregrinações, naquela região alemã.
É notável o facto da partilha de um
ideal comum conseguir suprir as diferenças de etnia, cultura, língua e trato
social. As linguagens do coração, do amor e da empatia são mais forte e mais
compreensivas. É a prova concreta do Ecumenismo Cristão...
A título de curiosidade, podemos
lembrar o que o Povo da Abelheira ainda diz que a sua Terra já foi habitada por
Visigodos... Será verdade? Por que motivo se chama aos habitantes da Abelheira
os germânicos ibéricos?
Dos Visigodos temos grandes marcas
no direito eclesiástico e civil, na tradição de 8 séculos de monarquia, na
linguagem, na decoração, nos usos e costumes...
Os Visigodos eram cristãos arianos
pelo que este aspecto trouxe problemas complexos à nossa terra, mas por outro
lado a reconversão ao catolicismo com Hermenegildo e Recaredo à cabeça
impregnou a história ibérica de belas páginas de história religiosa.
A crer na veracidade desta tese, esta aproximação
entre as duas paróquias é, na verdade, uma reaproximação!
Importante
é também o contacto com uma missão do Moxico Velho, em Angola. Como prenda
desta comunidade foi oferecida uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, entre
outras.
A Igreja da
Missão de Nossa Senhora de Fátima de Moxico Velho, Luena, Angola, tem
como sacerdote o missionário beneditino, Padre Estevão Simões.
Estão estabelecidos outros
intercâmbios, embora muito ténues, como acontece com a Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima da Beira, Moçambique, a Paróquia de Piraiú, Paraguai, onde se
encontram as freiras que trabalharam nesta Paróquia, as irmãs Carmelitas
Missionárias Teresianas.
VIAGENS
São
algumas centenas de amigos que nos procuram para participarem nas viagens que
organizamos.
Tudo
começou com a primeira viagem, em 1979, que teve como destino Lourdes, e com as
que se seguiram. Foi grande colaborador um homem muito experimentado António
Correia Vieira, já falecido.
Deste modo se percorreram terras,
visitaram-se monumentos, Palácios, Museus, Catedrais e Santuários de Portugal,
Madeira, Açores, Espanha, França, Andorra, Itália, Jugoslávia, Áustria, Grécia,
Tunísia, Malta, Las Palmas, Turquia, Egipto, Israel, Suíça, Alemanha, Polónia,
R. Checa, Hungria, Roménia, Bulgária, Bélgica, Holanda, Suécia, Dinamarca,
Inglaterra, Noruega, Finlândia, Marrocos, Ceuta, Rússia, Estados Unidos,
Canadá, Brasil, Índia, Tailândia, China, Macau, Hong-Kong e Goa... de avião,
autocarro ou comboio.
Ao todo, foram visitados quase 60
países ao longo de 25 anos. Em alguns casos como Fátima viajaram 32 grupos,
Roma 30 grupos, Lourdes 28 e à Terra Santa 12. Os países menos visitados, isto
é, uma única vez, foram a Argentina, o Uruguai, o Paraguai, a Roménia, a
Bulgária e Cuba.
Portugal e Espanha já foram visitados na sua totalidade,
por diversas vezes.
Assim se proporcionou a muita gente
contactos com diversas culturas, diversas gentes, diversos usos e costumes,
permitindo um enriquecimento cultural muito grande, para além de se criar, em
todos os grupos, um verdadeiro espírito de fraternidade, ao ponto de ser uma
autêntica família ambulante, apesar da heterogeneidade dos mesmos.
Imprime-se assim uma
dinâmica que permite uma inter-relação e o descontracção de cada um dos
participantes. Exemplo disso, entre muitos, é o caso de um dos regressos da
Áustria, em 1988, em que, no último dia, uma das viajantes – Maria Zulmira
Oliveira – elaborou algumas quadras, que passo a transcrever:
“Viajar em autocarro Viajamos
confiantes
sempre, sempre me assustou com muita
descontracção
este ano fiz a experiência vamos
dar-lhes nível cinco
e para o ano cá estou. Nas artes
da condução.
O passeio está no fim Sempre
muito bem disposto
e agora p’ra terminar há p’raí
certo senhor
variadas peripécias que
a contar anedotas
vamos hoje recordar. parece um
computador.
Houve concursos e testes Na
corrida para as latas
fim do mundo em camisa há
muita gente implicada
a presidente do Júri é
preciso um atrelado
era a Dr.ª Luísa. p’ra
levar tanta latada.
Que
sejam muito felizes
e
o Futuro lhes sorria.
E
que Deus lhes dê na vida
paz,
amor e alegria!”
AS PEREGRINAÇÕES
“Desejo
partir para estar com Cristo”
(Fil. 23)
Esta ansiedade de S. Paulo, convertido à fé, deve ser
agora a nossa ansiedade. O nosso coração crente é um coração sereno e inquieto
porque, embora seja Cristo que vive em nós, é preciso partir para o encontro
pleno com Ele.
Esse encontro devia realizar-se num
santuário. Claro que não em nenhum santuário deste mundo, mas no santuário
celeste, o da “Jerusalém Celeste”. Só esse Santuário é o fim, o verdadeiro
ómega de todos os santuários.
Nesse sentido, todos temos que
partir e, ao mesmo tempo, deixar que Cristo “permaneça na carne”, para que
nesta caminhada de peregrinos de Cristo, Ele apareça pelo testemunho da nossa
vida.
Somos, por natureza, um povo
peregrino, e é rico peregrinar... Por isso, em todas as regiões se fizeram e
fazem peregrinações. Desde Abraão a Jesus Cristo, desde Jesus Cristo até à
parusia, peregrinamos sempre com a Virgem Etéria.
Como oportunidades fortes de espírito
peregrino, organizamos viagens aos Santuários deste mundo, mas não como meta
final, pois caso contrário estaríamos a negar o que Cristo disse à Samaritana: “(...)
vai chegar a hora em que, nem neste monte, nem em Jerusalém, adorareis o Pai...
Os verdadeiros adoradores hão-de adorar o Pai em espírito e verdade, pois são
esses os adoradores que o Pai deseja” (Jo 4 -19s).
Nesta experiência de peregrinação
organizada aos santuários deste mundo à procura de serenidade, de paz e de um
encontro cada vez mais íntimo e forte com Cristo, temos ido a vários lados:
Fátima, Lourdes, Covadonga, Macarena, Santa Teresa de Ávila, Lisieux, Roma,
Assis, Terra Santa, Sinai, Grécia, etc, repetindo a maior parte delas,
sobretudo Fátima, Covadonga, Lourdes e Roma, onde temos ido todos os anos.
Com as peregrinações procura-se dar
ao Homem o sentido do seu próprio viver, o porquê da sua caminhada, a
descoberta do sentido genuíno de todos os valores humanos, a descoberta do
carácter passageiro de tudo quanto é terreno, sobrepondo o espiritual ao
material, dando vida àquilo que parece sufocar o espírito da alegria, da paz,
da esperança, do profundo sentido de caminhar.
É
assim que muitos conseguem encontrar-se com o Homem novo, nascido do baptismo,
através da oração individual e comunitária, do recolhimento, da audição e
meditação da Palavra de Jesus, na celebração verdadeiramente digna da
Eucaristia, na recepção pessoal do Sacramento da Penitência e nas relações
fraternais com outros povos, outras gentes, mais ricas ou mais pobres, de
outras dioceses ou paróquias, nas oportunidades que se oferece de inter-ajuda.
É claro que, como diz S. Gregório de
Nissa por experiência própria, as peregrinações não são necessárias para a
Salvação, nem foram preceituadas por Jesus Cristo, mas uma coisa é certa: podem
ajudar nesta descoberta total de Jesus Cristo.
Quantas pessoas vivem desagregadas
de si mesmas e, através de um encontro num lugar diferente, sereno e calmo,
onde tudo inspira ao alto, desaparece essa desagregação pelo encontro feliz
consigo mesmas e com Deus.
Alguma gente não acredita em
milagres e, pelo sentido que lhes dão, eu também não. Mas milagres há-os todos
os dias. Para vê-los é preciso abrir os olhos da Fé e o coração do Amor.
Nas nossas peregrinações têm sido
notórios alguns milagres.
Às vezes vale mais uma viagem bem
feita e organizada, mesmo que não seja de carácter religioso, para valer mais
que um grande retiro espiritual.
P.e Artur Coutinho
ANO SANTO DA REDENÇÃO
1983
O
melhor texto para falar do Jubileu é a passagem de S. Lucas, onde Cristo, na
sinagoga de Cafarnaum, toma o texto do profeta Isaías (Is. 61,1-2).
Ele
vem transcrito no roteiro que vos foi distribuído.
Todo
o Jubileu se encontra lá com as suas características.
Um
ano de bênçãos e de libertações anunciadas pelo profeta se cumpriram no tempo
de Cristo, o tempo da Sua missão de salvação, cuja hora da Sua Morte e da Sua
Ressurreição seria o cume, o momento mais importante e, ao mesmo tempo, o
momento que se repetiria pelos séculos fora... duma vez por todas, era o
momento alto da história da salvação do Homem.
Em
Cristo, se celebra um ano particular, o ano sabático ou do grande Jubileu
celebrado todos os 50 anos, segundo o Levítico 25.
Ao
dizer que este Jubileu se cumpriu n’Ele, Cristo proclama que todo o tempo é
tempo de libertação e de Graça. Todos os anos são anos de bênçãos. O
acontecimento de Cristo tornou permanente esta possibilidade de Graça.
No
entanto, como acontece nos grupos sociais e religiosos em que há sempre uma
celebração, uma “jornada”, põe em evidência uma realidade vazia no quotidiano
para aí manifestar o sentido, permitir aos membros do grupo o restabelecimento
da unidade e o “relançamento” para um novo viver o dia a dia, o futuro.
O
Santo Padre diz na Bula isso mesmo:
“É
evidente que o Jubileu da Redenção não deve ser outra coisa que um ano
ordinário celebrado de um modo extraordinário: a Graça da Redenção, que é nossa
e que é vivida ordinariamente na e pela estrutura mesma da Igreja, descobrindo
um dom extraordinário através do carácter particular desta celebração”.
Um
segundo aspecto que ressalta no texto de S. Lucas é lido com um sentido
eclesial: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor me
consagrou pela unção”. Esta frase que se aplica de maneira eminente e única a
Cristo, aplica-se também, doravante, a Seu Corpo, a Igreja, e a cada um dos
baptizados,
Neste
sentido, a Igreja, pelo poder e pela verdade do Espírito, tem poder e missão de
significar as libertações anunciadas pela profecia.
Ela
também tem o poder e a missão de anunciar um ano de bênçãos.
E
cada cristão, pela sua vida, deve anunciar igualmente o Ano Santo.
Pertence
a cada cristão utilizar os sacramentos como sinais do seu esforço pela
libertação, pela conversão, pelo testemunho da Graça de Deus Salvador.
Cada
cristão é responsável pelo sinal jubilar e responsável pelo sinal que tem a dar
deste ano de bênçãos, pelo sinal que ele mesmo, por proposta do Santo Padre,
decide celebrar.
Este
sinal que compete a cada um dar, deve fundar-se na consciência que cada um deve
ter, de que Deus é Salvador e donatário de todos os bens, de que a posse dos
bens materiais não é absoluta, mas apenas uma gerência, devido a esta
gratuitidade de Deus, de que a libertação das dívidas e dos bens adquiridos se
realiza nas relações sociais.
A
celebração do Ano Santo tem de ser um acontecimento revolucionário para
celebrar de um modo autêntico o Senhor Soberano e a gratuitidade seus dons,
fazendo cada um por se voltar para seus irmãos e lhes faça justiça.
Celebrar
o Jubileu neste Ano Santo é essencialmente celebrar o Deus das maravilhas, o
Deus que faz Graças: celebrar Deus como origem de tudo em que tudo aparece e se
reconhece como Graça; celebrar Deus que faz Graça a toda a Humanidade e que
cada Homem, Homem pecador – a quem lhe perdoa – pelo dom de Jesus Cristo, Seu
Filho, na liberdade do Seu Amor; celebrar Deus que renova o Seu perdão e a sua
aliança num tempo de Graça, tempo reconhecido como privilegiado pela comunidade
dos que têm fé.
Celebrar
o Jubileu é viver num tempo em que se abstrai do trabalho quotidiano e marcado
pela rentabilidade, em que se reconhece o que há de bom numa pessoa, um
acontecimento, um dom; se elogie e se dê louvores por esta pessoa, por este
acontecimento; se descubra e se exprima o que há de bom e o que de bom possa
trazer ao grupo ou aos seus membros, para o futuro.
Ganhar
o Jubileu que celebramos é entrar, pela Graça, no mistério de Cristo, passar na
sua Páscoa, receber d’Ele uma vida nova.
É,
enfim, receber a Graça da conversão e dignificar o dom dessa Graça, por
mudanças de atitudes da vida livre, renovada e fraternal.
É
necessário o nosso esforço para ganhar esta Graça, mas temos que reconhecer que
não basta, é preciso contar com a Graça merecida por Cristo, mas o esforço da
nossa humanidade é já ele mesmo uma Graça.
A
celebração do Ano Santo tem de representar para cada um de nós uma conversão.
Dar as mãos uns aos outros em sinal de unidade, dar os corações uns aos outros
no perdão em sinal de caridade; conviver uns com os outros na partilha em sinal
de comunhão; festejar Jesus Cristo Redentor na unidade e no Amor é partilhar e
comungar do mesmo ideal, é realizar a Salvação.
Que
ninguém fique insensível à Graça do Ano Santo e que todos numa só voz anunciem
as maravilhas de Deus, levando a todos os homens de boa vontade a Graça da
Redenção.
Abri as portas ao Redentor, Ano Santo da
Redenção!
Absolvendo-me com o meu amigo, Eis o que comemoramos.
Não quis aceitar o meu amor, Torna o homem mais
são,
Jesus, eu tanto sofro contigo. Pois para isso
oramos.
JOTACÊPÊ ANTÓNIO ALEIXO
Abri as portas Ano
Santo da Redenção
Ao Redentor, Nem
sei bem o que isso é
Pois estão abertas Vou
procurar vir a saber
As estradas do Senhor. Para
aumentar a minha fé.
ANTÓNIO
ALEIXO MICAS
“Abri as portas ao Redentor” Ano Santo da
Redenção
Propõe a Igreja no Ano Santo Segundo o mundo
cristão
Podemos transformar nossa dor Para todos que têm
devoção
Em jubiloso e doce canto. E chamam ao
próximo seu irmão.
MANUEL
LIMA FERNANDO PESSOA
Abri as portas ao Redentor Ano Santo
“Redenção”,
Se apressa; Sua Santidade Ano Santo de
amor.
Com tanta falta d’amor Que
do Céu desça a bênção
Que será da humanidade? De Jesus Nosso
Senhor.
MARLUSA FAROL
Acorda! Sê um jardim, Ao
ver-se tanta maldade
Onde plantes Conversão; Entre a humana
criação,
Só depois dirás: Em mim Que
a pobre da humanidade
Vai florir a Redenção. Veja em
Deus a Redenção!
MARVEDO ANTO
A gente da ribeira A
Redenção de uma vida
Vai ao Senhor da Prisão, Está sempre
nas mãos de Deus:
Passando a vida inteira Jesus
sofreu, alma ferida
A pedir a Redenção. E
por nós todos morreu.
REIMA MADALENA
Alma que vais meditando, A Redenção
merecerei
No Ano da “Redenção”. Com
meu grande amor a Deus?
Vai depressa e vai buscando Todo o bem que
pratiquei
Jesus p’ró teu coração. Remirão
pecados meus?
SIZÉ JOÃO
VIANA
A Redenção quer dizer redimir Cada homem foi
liberto
Os pecados da humanidade Do pecado e
escravidão
Dá-nos esperança o porvir Porque Cristo
abriu a todos
Para a vida da Eternidade. As portas da
Redenção.
OSB QUELHA
A Redenção tem raízes Caminha,
vê no que passa
Até num coração de réu... A imagem do
Redentor;
Ela é uma árvore E
o ódio que nos grassa
Com frutos colhidos do Céu!... Dará lugar
ao amor.
INSULINDIA MARVEDO
As algemas do pecado Cansada
da ingratidão
São doloroso grilhão. Deste
mundo, eu olho os céus
Delas fomos libertados E
encontro a Redenção
Através da Redenção. No
meu grande amor a Deus!
CURTO MARIA DA FÉ
As mãos sangrando na Cruz, Certo dia em meu
redor
Nos olhos paz e perdão Vi uma
criança a gritar
- Eis como morreu Jesus Abri as
portas ao Redentor
E nasceu a REDENÇÃO!... P’rá Humanidade
se salvar.
MADALENA MARLUSA
A Terra é Céu para alguns, Chegou o Ano
Santo da Redenção!
Que dizem só terem sorte... Pai, Tu farás o
homem reflectir,
Mas rezam ao REDENTOR E
logo implorará o seu perdão,
Ao verem chegar a morte... A Ti, Senhor,
que o estás a ouvir.
MILAU JOTACÊPÊ
Barcos de vinho, saudade, Clamo por
Redenção
Redenção num sol-posto... Em prol do meu
pecado
Lê-se dor, felicidade, Peço
humildemente perdão
Na geografia dum rosto! A Jesus
Cristo muito amado.
ALTAMIRA FERNANDO PESSOA
Búzio nas dobras do vento... Com humildade Vos
peço Senhor
Sopro de vida na vaga... O favor do
Vosso perdão
Redenção é, cá por dentro, Senão jamais
encontrarei
Chama que não se apaga!... O caminho da
Redenção.
IBIZA LUMAAN
Depende somente de nós Em Jesus está
a Redenção,
Viver a alegria, esquecer a dor O
amor, o caminho e a paz,
Ouçamos da Igreja a voz Tudo o que o
mundo, irmão,
E abramos as portas ao Redentor. De nos
dar não é capaz!
MANUEL
LIMA ÁLIA
Depois do pecado a Redenção Enquanto
houver neste mundo
A caminho do verdadeiro Falta de
vida, de fé e amor...
Seria o pensamento cristão Pela Vossa
Redenção
E como tal Mandamento primeiro. Muito
obrigada, Senhor!
FERNANDO PESSOA CATARINA
VIANA
De tudo foste capaz É
o som dum sino, a repicar
Ó grande
Redentor, Redenção,
Redenção, Redenção?...
Sofreste morte na cruz; Anuncia-nos
o Ano Jubilar
Tu foste o Salvador. E
traz-nos a paz ao coração.
CURROS IR
Do Paraíso ao pecado, É
pôr nossa alma e coração
Do pecado à escravidão, Ver o
sacrifício da Cruz
Do amor até à cruz 1º PRÉMIO A nossa
sublime Redenção
E na cruz, a Redenção. Veio pelo
sangue de Jesus.
ZILITA OSB
É difícil compreender, É puro
resgate, a Redenção
Mas de fácil aceitação, Mudou
nossa infeliz sorte
Que a liberdade do homem Ela nos trouxe a
Salvação
Nos veio pela Redenção. Por Jesus
Cristo, sua Morte.
CURTO OSB
Ele morreu para nos dar a vida Escreve-se
esperança
E a paz no espírito do amor Com amor e
redenção,
De nós fez deuses, pela Sua dor querida Quando sangue é
a tinta
Nos libertou e O fez Redentor. E tinteiro o coração.
GAIVOTA CRAVO
DO RIO
Embarca imensidade... Espelho
de Redenção: a alma...
Descobre o horizonte... Espelho
do Céu: o mar...
Redenção é a verdade Nascem
sonhos, morrem sonhos,
Cristalina é a fonte... Vida é
constante sonhar!
LI
– TUAN NANUK
Esperei com paciência, Ficou
sem o bater certo
O Ano da Redenção, Quando
ela por lá passou...
Perdi a minha ciência, Se há
ordem no coração
Agora faço oração. Nela
REDENÇÂO não entrou!...
JOTACÊPÊ XU
– VU
Esta fé que nos assiste Foi
amor verdadeiro
E nos faz crer no perdão, Que na Redenção
ficou...
É a prova que Deus existe Quem “ama” só o
dinheiro
Na obra da Redenção!... Certamente
nunca amou!...
EDIAL UALIBEL
Esta palavra Redenção Jesus
nasceu em Belém,
Tem tal encanto e magia, Lhe
devemos oração,
Que, quem a descreve em prosa, Uma luz que do céu vem,
Sem querer faz poesia!... Dai ao mundo
Redenção.
AL
– FAY ZEZA
Este ano estamos em festa Jesus: Ouve
as minhas preces
Nós, todos os cristãos Que
são mais do que palavras...
Pois o nosso SANTO PADRE E redime as
criancinhas
Proclamou-o da Redenção. Que ainda vivem
como escravas!
MICAS
PICUÍNHAS ALESIG
Este mundo é um roteiro, Jesus tende
piedade,
Ó Deus tende compaixão, Abençoais a
nação,
Abençoa o mundo inteiro, Dai-nos a paz
de verdade,
No Ano da Redenção. No
Ano da Redenção.
ZEZA MADALENA
Estrelas nos meus olhos Juntos...
nesta vida
Ainda estou a vê-las... Caminhemos
de mão na mão
Redenção: cama de luar Para assim
dia a dia
Com cobertor de estrelas... Celebrarmos a
Redenção.
AUÁ JOMAR
Eu bem queria ser santa Mais do que
o brilho profundo
Neste Ano da Redenção Que
há na cor das loiras tranças...
Se a Virgem não me ajudar Jesus redimiu o
mundo
Vou pecar por tentação. Pelos olhos
das crianças!
MICAS
PICUÍNHAS ALESIG
Mais de que te redimisses Não me chamem
muito rico
Na fé que juras manter, Por ter
farta casa e pão,
Para que tu existisses Mas por
ter esta palavra
Foi que Jesus quis morrer! Dentro do meu
coração!...
ANTO ROSEMAR
Minha alma chora Não
sei que sina fatal
Em busca de perdão, Anda
o mundo a conquistar;
Perdoai-me Senhor! Deus
redimindo-o do mal
Mostrai-me o caminho da Redenção. E o homem
sempre a pecar!
ÁRIA D.
FLOR
Morrer e nascer de novo Não percas o
sentido do viver
Como Cristo Redentor Nem
faltes ao dever da caridade
Comungar com este povo Carrega a cruz
porque é razão de ser
Natal e Páscoa de amor. Da Redenção,
amor e verdade.
LUMAAN ÁRIA
Morrer e voltar à vida Não te
faças “doutor da lei”
É renascer. Atenção Mas
vive sempre em comunhão
Alma nova renascida Sê
pelo menos humilde
É sinal de salvação. No
Ano Santo da Redenção.
GAIVOTA JOMAR
Muito obrigada Deus nosso Não te lembres de
esquecer
Pela vida, a fé, o amor... Não te
esqueças de lembrar
E a santa Redenção... No
Ano Santo da Redenção
Muito obrigada Senhor! A partilha
deve aumentar.
ZITA
MEIRA JOMAR
Na encruzilhada da vida Na palavra
da verdade
Para o crente só existe uma razão Redimir
é noite em luz;
É a procura de um estilo de vida Cristo
a olhar a humanidade
Que nos conduza à Redenção. Tombando a
fronte na cruz!
LUMAAN ANTO
Não fiques sozinho chorando, Na pobreza me ocultei
Festeja em amor Redenção. Crendo em Deus, e
foi então
Só Deus te poderá ajudar, Que muito rica
fiquei
A “Ele” abre o coração! Na
esperança da Redenção!
OUTORGA GENY
Na Redenção há alegria... No leito da
minha existência,
Também lágrimas da vida... Lateja o meu
coração,
Azeitona dá azeite É
o palpitar de Deus,
Só depois de espremida! No mundo da
“Redenção”.
CHIMITU SIZÉ
Neste Ano da Redenção No
mar da vida se chora...
Perdoai seja a quem for Choro é
Redenção ao vento...
Abramos o coração A
chorar se ri por fora,
E as portas ao Redentor. A rir se
chora por dentro!
PARADISE
GREEN SIMPLÓRIO
Neste Ano da Redenção, Nos braços
largos da cruz
Uma pergunta vou pôr: A
Redenção é presença,
Porquê tanta ingratidão Porque à
cruz deu-Se Jesus
Em troca de um grande Amor?... Pela multidão imensa!
MARVEDO PEDRA
VERDE
Neste Ano da Redenção, Nosso Senhor,
Pai Divino,
Vamos todos ser irmãos. Eu digo do
coração,
Com amor no coração. Nós
andamos neste mundo
Vamos todos dar as mãos. Por tema da
Redenção.
PARADISE
GREEN LALÉ
Neste mundo conspurcado e egoísta No tempo
sê luz para alumiar
Pela guerra, injustiça e paixão, Sê
o fermento a levedar o pão
Resta no homem crente a esperança Sê terra
fértil para semear
Naquele que foi a nossa Redenção. A
semente do bem, a Redenção.
ZILITA ÁRIA
Neste mundo egoísta, Ó
Cristo, que és o nosso Redentor,
Que o Ano Santo da Redenção E que por
nós foste crucificado!
Seja por todos lembrado, Mostra, mais
uma vez, Teu amor
Mesmo que na provação. Para que o
homem deixe o pecado.
CURROS ANTÓNIO
ALEIXO
No Ano da Redenção O homem que deixe o
crime
Todos devem amar, E
em Deus veja o que é bem feito;
Entoando uma canção Um
peito não se redime
Para a guerra acabar! Se
não couber noutro peito!
REIMA NAZARENO
O mundo para ser belo, Para sermos
redimidos,
Redenção e esperança, Morreu
Cristo numa cruz.
Bastava ser caramelo E
tão mal agradecidos
Na boca duma criança!... Nós temos
sido a Jesus!
UPSÁLIA CONFIANTE
O pecado foi ofuscado Passo
a vida a rezar
Pelo brilho da Redenção. Por uma certa
razão;
Através dela pôde o homem Não tendo mais que
pensar
Confiar na libertação. No Ano
da Redenção.
CURTO VILAS
O que significa Redenção?... Passos dados por
alguém
- É o chamamento à Santidade Que
precisa de perdão,
P’la penitência e oração São passos
dados por bem,
O Resgate da Humanidade. São passos de
Redenção.
IR PEDRA
VERDE
O tema da Redenção Pela
Humanidade, Jesus
Eu digo e não tremia, Padeceu
em REDENÇÃO:
Foi Deus Nosso Senhor Subiu
aos Céus numa Cruz,
Que nos deu a luz do dia. Veio dos Céus
a Salvação!...
LALÉ MILAU
Para este mundo tão falho P’la luxúria e
ambição
A Deus pedi Redenção. Está
cego o mundo e perdido!...
Dai-nos SAÚDE e TRABALHO, P’ra esses... a
Redenção
Mas, NUCLEAR... ISSO NÃO! É o ouro conseguido!
OLEGNA MARIA JOÃO
Para ganhar o meu pão Perdera
a Terra o seu brilho,
Passei a vida a trabalhar, Porque
imperava a maldade,
No Ano da Redenção Mas
Deus mandou-lhe o Seu Filho,
Passei-o sempre a rezar. Redimindo a
Humanidade!...
VILAS EDIAL
Mal me livrar do Mal Perdoa
em vez de ferir
Redenção a Deus pedi. A
asa que te roçou...
Sabes qual foi o final? Perdoar é
redimir 3º PRÉMIO
DEUS, libertou-me de ti!... O teu irmão que
pecou!
OLEGNA NAZARENO
Poderá o homem ignorar Que este Ano
Santo da Redenção
O nascimento do Redentor? Pelo povo de Deus
seja assumido,
Por que mantém então as algemas? Para
qu’este cresça e se multiplique
Não confia no Libertador? Já que todo o
homem foi redimido.
CURROS ZILITA
Põe os olhos em JESUS. Que Jesus
Nosso Senhor
Homem que fazes a guerra, Nest’Ano da
Redenção,
Subiu ao Céu numa Cruz Nos
traga paz e amor...
Em REDENÇÃO pela terra... Seu infinito
perdão.
MILAU BUGIO
Por favor parem as guerras! Quem pecou uma só
vez
No Ano da Redenção Pede
ao Senhor perdão:
E todos os dias será Porque não soube o que fez
Uma verdadeira oração. No Ano da
Redenção!
ESTRELA
DO NORTE VILAS
Porque é que a Redenção Quem pelos
outros padeceu,
Nos foi dada por Jesus? Dando aos
outros tanto amor,
Porque S’entregou por nós Foi uma estrela
do Céu,
Sofrendo morte na Cruz. Foi Jesus, o
REDENTOR!
MOCA PECADOR
Porque fujo e me escondo, Queres ser feliz
e alegre,
Tendo medo de Ti, Senhor? Faz com teus
irmãos união.
Se vozes gritam ao mundo Só assim poderás
celebrar,
Abri as portas ao Redentor! O Ano Santo da
Redenção!
MANUEL
LIMA OUTORGA
Quando é Natal há uma pausa Querer uma vida ao
“SOL”
Para o mal retroceder; E boa
Redenção não ter,
Apenas por nossa causa É como
existir farol
Jesus voltou a nascer! Sem o mar
sequer haver!
D.
FLOR ASTROZINA
Qu’a conversão de cada homem Quer João Paulo II
Seja pura realidade Com
este Ano da Redenção,
Nest’Ano Santo confirmada Que só haja Paz
no mundo
Nos homens de boa vontade. E amor no coração.
QUELHA PARADISE
GREEN
Quero que saibas, irmão, Remir os
próprios pecados
Que todos fomos redimidos, Já é difícil, Jesus
...
Que nos foi dado o perdão Mas Tu remiste os
pecados
P’ra todos sermos amigos! De todo o mundo,
na Cruz ...
ÁLIA PECADOR
Rainha de sonho sem peias ... Salvar a alma da
gente
Embarca a vida na mão ... Foi obra de um
grande Amigo;
Redenção é sal nas veias, Redenção, eis a
semente 2º PRÉMIO
Pingo de lua e coração! ... Que há dois mil
anos dá trigo! ...
SUKY
– AUÁ D.
FLOR
Redenção bem acolhida Santa
Maria Mãe do Senhor
É alma bem recheada ... Foste
escolhida ó Santidade
A maior tristeza da vida De Ti
nasceu o Redentor
É a alma cheia de ... nada ... Para salvar a
Humanidade.
SRI
– LANCA MARLUSA
Redenção, é mais que amor, Se a inteligência
me desse,
É toda uma doação Vos
digo do coração,
Que nos fez Nosso Senhor Se com poemas
pudesse,
A ti, a mim, meu irmão! Dar
ao mundo Redenção.
ÁLIA ZEZA
Redenção foi-nos dada por Cristo Se a
voz bela da razão
Ele é o nosso Redentor Fosse
sempre bem ouvida,
Redimiu o mal o imprevisto A palavra
Redenção
Tão sublime é, o Seu amor. Nunca era
proferida.
IR PEDRA
VERDE
Redenção: o mais profundo Segue em frente,
não aprisionado
De tudo o que se sente ... Nessas
paixões, toma com coragem
Não há em todo o mundo A tua cruz,
escuta a mensagem
Palavra mais convincente! Do Redentor, e
deixa o pecado.
LURERITZ GAIVOTA
Redenção que nos foi dada Senhor! Eu não me
esqueci
Pelo madeiro da cruz, Do
Ano da Redenção
Nem sempre por nós lembrada, Tudo darei para Ti
Perdão, querido Jesus. Como
dei o coração.
MOCA ESTRELA DO NORTE
Senhor, Senhor, peço perdão Ter ou não ter,
pouco importa...
De todos os meus pecados; Na vida tudo é
ilusão...
No Ano da Redenção Mas
ter Redenção morta
Devem ser perdoados. É
ter morto o coração! ...
REIMA HIKARI
Se o pavor do inferno, Tira de ti
a maldade
Obriga a ser cristão, Dá
aos pobres do teu pão
A sementeira p’ró Céu, Ama a
Deus, com lealdade
Floresce a “Redenção”. E terás...
a Redenção!
SIZÉ RIBATEJANA
Se toda a humanidade Todo
aquele que ama,
Visse o Irmão em cada irmão, Consegue fazer
oração.
Reinaria a amizade, Leva
contigo amigos
Viver-se-ia a Redenção. No caminho
da Redenção!
DEOMAR OUTORGA
Sinfonia de beleza Todo
o cristão consciente
Em serpentinas de vento... Não deverá
esquecer
Só a palavra Redenção Que
o Ano da Redenção
É veludo cá por dentro... Será sempre
até morrer!
TREVO
– AXEL ESTRELA DO NORTE
Só amor o coração lavra Uma cruz p’ra
os Céus erguida
Quando a ambição é esquecida; E um mundo sem comoção;
REDENÇÃO, eis a palavra Eis o retrato
da vida
Que foi a origem da vida! Onde Cristo é
a Redenção.
NAZARENO EDIAL
Tecendo sonho real, Veio
uma estrela e fulgiu
Tecendo paz e pureza, Simbolizando
uma cruz;
Tecendo imagem grandal, Cristo também
redimiu
Redenção tece beleza! ... A noite que se
fez luz!
FUSIAMA ALESIG
Tempo para meditar,
Tempo para reflectir,
É tempo de Redenção,
É tempo de decidir.
QUELHA
EXPOSIÇÃO ETNOGRÁFICA
FESTA DE N. SENHORA DAS NECESSIDADES 1992
25 ANOS DE PARÓQUIA DE N.ª Sr.a DE FÁTIMA
ABELHEIRA
“O
lugar da ABELHEIRA surge na zona oriental da cidade, lugar antigo,
característico e tipicamente RURAL, onde vivem os Cambões, os Balinhas, os
Maduros, os Gaivotos, os Cabanelas, e os Arezes.” (...)
“Não
restam dúvidas que a vila de Castro, referida pelos diversos historiadores do
séc. passado, se situava na ABELHEIRA, e pela ABELHEIRA, estou convencido,
passaram muitos daqueles que vieram formar a povoação que deu origem a Viana.”
(...)
“Em
diversos textos se pode “verificar que esta vila era essencialmente agrária,
pois pagavam ao rei toda a espécie de legumes, linho, trigo, frangos...”
in, “A
cidade de Viana no presente e no passado”
1986
O que pôde encontrar
nesta exposição, dentro dos Quintais da Dr.ª Alzira Cerqueira:
Na cozinha
-
Barrica da
Barrela -
Pás dos Fornos
-
Caneca do Vinho - Peneiras
-
Fornos a Lenha -
Potes
-
Gamelas -
Tachos da Marmelada
-
Maceira -
Trempes
-
Malgas -
Toalha Regional
No exterior
-
Ancinhos (engaços)
-
Arados (lavrar)
-
Balde da Lavadura (porcos)
-
Banco com Canga (1932)
-
Bilha d’ Água
-
Bilha do Azeite
-
Bilha do Leite
-
Bomba do Vinho (lagar/pipo)
-
Caixão (lavadeiras)
-
Cambão (camboada)
-
Canal de água em madeira
-
Candeeiros
-
Caneco
-
Cangas
-
Cangalhos
-
Cantaros d’ água
-
Chaminé
-
Corda dos porcos (chamboril)
-
Carroças (1800-1960)
-
Debulhadora manual
-
Borna do Vinho
-
Engarrafador
-
Enxofradores
-
Escada
-
Escadote
-
Esmagadeira de Uvas (reladeira)
-
Forquilha
-
Funil
-
Gamelos
-
Grade
-
Imprensa (prensa de livros)
-
Malhos
-
Marginador de centeio
-
Medidor (rasa/meia-rasa)
-
Padiola
-
Pás
-
Peneira
-
Pipos
-
Pisão
-
Pote das azeitonas
-
Regadores
-
Ripo das azeitonas
-
Ripo do linho (cedeiro)
-
Sachador (milho)
-
Selha
-
Serra
-
Serrão
-
Sulfatador
-
Tabuleiros das vindimas
-
Vassoura de giestas
Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima
4900 Viana do
Castelo
Telfs.: Cartório
(Fax) 823029 – C. Dia / Samaritano 824722
ATL / Ozanan 821538 – Infantário
821510
EXPOSIÇÃO MARIANA
Abriu no dia 2 do corrente, pelas 19 horas, com a
presença do senhor Vigário Geral da Diocese e do Dr. Rui Viana, representando o
Sr. Presidente da Câmara Municipal, uma valiosa exposição de Postais e Selos
Marianos, nos anexos à Igreja Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima. De parabéns
estão a Paróquia e os paroquianos Sr. Crispim da Silva, filatelista, e Joaquim
Gomes, coleccionador de postais Marianos e que, para além dos postais, tem
também uma maravilhosa recolha, em fotografia, das imagens de N.ª Senhora à
veneração dos fiéis na nossa região.
Deste
modo, a Paróquia prepara-se para celebrar o dia da Imaculada Conceição que
corresponde à data da sua criação, em 1967, por isso este ano em que celebra os
seus 25 anos, o dia irá ser celebrado especialmente com o encerramento das
Comemorações Jubilares iniciadas em 7 de Dezembro do ano passado.
Entretanto
realizou-se no Domingo uma comunhão solene de Profissão de Fé para 60
adolescentes, e, no dia 8, está programada (depois duma sessão solene de Boas
Vindas às autoridades) a Eucaristia, na qual serão crismados mais de 60 jovens.
Ao
fim da tarde e a terminar as comemorações haverá um convívio no adro da Igreja
e um brinde popular à comunidade.
1992
Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima
Rua da Bandeira, 639
4900 VIANA DO
CASTELO
Cartório:
Tel. / Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058
821538
PROTOCOLO
Para a celebração do Ano Internacional da Família,
o Instituto Católico de Viana do Castelo e a Escola Superior de Teologia levam
a efeito uma Exposição de Obras de Arte relacionadas com o tema “Família” e,
para tal, estabelece um protocolo com a Comissão Fabriqueira da Paróquia de N.ª
Sr.ª de Fátima, Viana do Castelo, para empréstimo de 3 (três) imagens com os
seguintes pontos:
Primeiro:
As imagens solicitadas são
apenas para a exposição que terá lugar no Centro Paroquial de Sta. Maria Maior,
integrada na IIIª Semana de Estudos Teológicos e subordinada ao tema: “Boa Nova
da Família”, de 14 a 18 de Março de 1994.
Segundo:
O Instituto Católico de Viana do Castelo é a única entidade responsável,
perante a Comissão Fabriqueira da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, pelos danos
que as imagens solicitadas eventualmente possam vir a sofrer, em virtude do seu
transporte e utilização.
Terceiro:
A Paróquia oferece-se para transportar as imagens desta para a exposição e
vice-versa.
Quarto:
As imagens só estarão disponíveis a partir do dia 11 até ao dia 19, pela manhã,
uma vez que nesse dia é dia de S. José, estando prevista uma festa na Paróquia
pela solenização do dia do Pai.
Quinto:
É condição especial para a cedência de todo o material de valor histórico que
ele esteja devidamente assegurado, o que nos parece estar previsto pela carta
que recebemos desse Instituto, no dia 9 de Fevereiro de 1994.
Sexto:
As imagens em questão têm as seguintes características:
- Século XVIII;
- Madeira policromada;
- Em movimento;
- S. José: 1,40 m de alto com bastão e resplendor;
- N.ª Senhora: 1,45 m com bastão e resplendor;
- Menino: 0,67 cm com resplendor.
* Todas se encontram registadas em álbum da Paróquia e
da Diocese.
1994
A comissão Fabriqueira
O Instituto Católico de Viana do Castelo
Festa da Paróquia – Teatro Municipal Sá de Miranda
Introdução
“Festa da Paróquia” é o título que damos ao espectáculo
de fim de ano pastoral.
A Paróquia reúne-se muitas vezes em festa, na igreja, ao
ar livre... aqui e acolá! Uns e outros, ao longo do ano, se reúnem para
celebrar a Padroeira, a Páscoa, o Natal, as festas das Comunhões e, ao Domingo,
a celebrar a Eucaristia à volta do altar. A Paróquia é uma festa pois cada
cristão é uma pessoa em festa, que testemunha sempre e em toda a parte Cristo
Ressuscitado de braços abertos para receber a todos no seu amor. Isto é festa!
Neste espectáculo, a Paróquia encontra-se de forma
diferente. Todos os grupos activos e dinâmicos saberão imprimir a alegria, a
generosidade e a amizade, numa demonstração de coesão comunitária. Aquilo que
acontece numa liturgia, numa catequese ou numa acção sócio-caritativa ao longo
do ano, acontece hoje entre grupos num espaço e tempo mais limitados, fazendo
uma experiência artística e, em simultâneo, brincando reforçam a unidade que
deve ser o timbre de uma família como a Paróquia.
Boa iniciativa! De parabéns está o C.P.P ( Conselho
Paroquial de Pastoral ), que ao aprovar o programa de pastoral e o calendário
de actividades para 1997/1998, sugeriu e aprovou esta efeméride.
O Teatro Sá de Miranda, verdadeiro ex-libris da arte
cénica vianense, vai ser o palco deste acontecimento.
Agradecemos à Câmara Municipal e a todos os que colaboram
com a Paróquia neste evento, de um modo particular aos Jovens, aos responsáveis
dos grupos, ao grupo Gospel-Night e à Comissão Coordenadora.
P.e Artur Coutinho
Organismos Participantes:
Comissão
de Culto N.ª S.ª das Necessidades
Centro
de dia de Idosos
Berço
de N.ª S.ª das Necessidades
(Centro
de Acolhimento temporário de Bebés e Crianças abandonadas)
Centro
Paroquial de Formação (CPE)
CECAN/RD
(Centro
Comunitário de Apoio ao Necessitado, recolha e distribuição)
Catequese
Paroquial
Praesidium
de N.ª S,ª das Necessidades – Legião de Maria
Conferência
Mista de S. Vicente de Paulo – Vicentinos
Coral
Juvenil das 11.00 h.
Coral
Juvenil das 12.00 h.
Jornal
Paróquia Nova
OZANAN
– Centro de Juventude
Samaritano
1 do Centro Social
Escola
de Música – Clube de Guitarras
Agrupamento
990 – Escuteiros
Centro
de Apoio a Cegos e Amblíopes
Equipas
de Nossa Senhora
Apoio e Colaboração:
Câmara Municipal de Viana do Castelo
Comissão Fabriqueira
Teatro Noroeste
Escola Superior de Educação
APPACDM
Ficha Técnica
Som – Júlio Viana
Luzes – João Branco
Cenografia – Teatro do Noroeste e
Organismos participantes
Projecção – João Branco Ferreira
Imagens – Susana Castreja, Júlio Viana
e Orlando Novo
Comissão Coordenadora
Cap.
Orlando Novo
Dr.ª
Célia Novo
Dr.ª
Maria da Conceição Silva
“É essencial consciencializar a todos do seu dever como
protagonistas duma Paróquia a caminho do 3º milénio, em que Cristo é excelente
referência para a caminhada de todos que algum dia fizeram uma opção cristã.”
(do programa de Pastoral Paroquial
97/98)
EXPOSIÇÃO
Igreja
Paroquial
25/12/97
a 05/10/98
VITRINA
– 1
*
Noivos
*
Alcofas
*
Alianças
*
Namorados
*
Carta de amor
*
Senhora do Ó
*
Cristo Jazente
*
Lenço de amor
*
Lenços de casamento
*
Boletim de casamento
*
Cartilha da 1ª Comunhão
*
Laço da comunhão solene
*
Participação de casamento
*
Lembranças de casamento
*
Livro de missa e da 1ª Comunhão
*
Pão para consagrar na Igreja Ortodoxa
*
Caneta para assinar os assentos ou casamentos
*
Caixa de madre pérola dos pretendentes à dança
* Cálice anterior a
Frei Bartolomeu dos Mártires – estanho
VITRINA
– 2
* Postais
*O
amor cantado pelos autores
*
Suporte para guarda dos parabéns
*
Medalhas – S. João de Deus, Sagrada Família
*
Lembrança do Avô, Dia do Pai, da Mãe, Baptizado
VITRINA – 3
*
Samaritana
*
Saco de roupa
*
Toalha de Baptismo
*
Toucas de Baptismo
*
Vestido de Baptismo
*
Nossa Senhora das Dores
*
Lembranças de baptizado
*
Nossa Senhora da Conceição
*
Touca da ama que acompanhava os bebés
QUADRO
– 1
- Casamento de Nossa Senhora (séc. XVII)
QUADRO
– 2
- Poema da Mãe à Filha
QUADRO
– 3
- Jesus dorme, mas o coração está vigilante
QUADRO
– 4
- Poema da Mãe aos Filhos
QUADRO
– 5
- Poema da Mãe à Filha
QUADRO
– 6
- Bordado a Matins
QUADRO
– 7
- Presépio
QUADRO
– 8
- Presépio da Paróquia (realizado por um grupo de jovens
da paróquia)
IMAGEM
– 1
- S. Vicente de Paulo
IMAGEM
– 2
- N. Srª. Da Conceição (obra de uma
paroquiana da rua das Bandeira)
IMAGEM
– 3
- Sagrada Família
IMAGEM
– 4
- Presépio (pintado por deficientes)
ORATÓRIO
– Altar de Família – Igreja doméstica (séc. XIX)
A
Vida é Bela!
Respeitemo-la...
Participantes:
-
Dr. Albino Ramalho;
-
Dr. Araújo Novo;
-
Donzília Eira;
-
Dr.ª Isabel Silva;
-
Laura Castel-Branco;
-
Lídia Correia;
-
Dr.ª Maria de Lurdes Vieira;
-
Maria José Valença;
-
Rui Castelejo;
-
Rosa Ribeiro;
- P.e Artur Coutinho.
EXPOSIÇÃO DE MEDALHAS DE NATAL
24
de Dezembro a 12 de Janeiro de 2000
Igreja
Paroquial
A “medalha”
foi criada na Itália, na época do Renascimento, por um artista de raro engenho
e exímio pintor, nascido em Verona no ano de 1397, António Pisano (o
Pisanello).
Em 1439 foi executada a primeira
medalha com o retrato do Imperador do Oriente, João VII, no anverso.
Os primeiros discípulos expandiram a
sua execução pela França, Alemanha, Holanda e Inglaterra.
Normalmente, as primeiras medalhas
tinham módulos de cera, grandes e reproduzidos em bronze ou chumbo, pelo
processo de fundição.
Depressa se inventaram novos
processos de fabrico, aperfeiçoados até se chegar à cunhagem actual.
Em Portugal, a primeira tentativa
foi empreendida no reinado de D. João IV, por voto do monarca à Imaculada
Conceição quando tomada por Padroeira do Reino.
Só pelo séc. XVIII nasceram os
primeiros entusiastas da coleccionação de medalha. Hoje em dia não faltam
coleccionadores, mesmo na nossa terra.
Manuel Ribeiro de Sousa Torres era
um coleccionador de várias modalidades, incluindo a medalha Mística. À Paróquia
ofereceu uma colecção de filumenária. Da
colecção de filatelia ofereceu a macrofilia e da medalhística cerca de 200
medalhas, que se conservam, e das quais expomos, nesta época de Natal, cerca de
30 relacionadas com o Jesus Menino, conforme já programávamos desde Setembro.
Aqui se pode admirar a arte do
escultor na modelação e na interpretação dos mistérios de Jesus. Nesta
exposição podemos contemplar, meditar e viver melhor a celebração do
Natal de Jesus, que deve ser força para uma verdadeira e autêntica
transformação da nossa vida.
*
Decorações:
1- Altares: - Dora Ribeiro
- Etelvina Campaínha
- Helena Rodrigues
- Ana Correia
- Albertina Ferreira
2- Presépio: - Marta Castelejo
- Marisa Silva
- Juliana Sá
- José Cunha
- Cecília Fernandes
- Carina Novo
- Clara Novo
*
Exposição de Medalhística: - Carina Novo
- Cecília Fernandes
EXPOSIÇÃO DE INVOCAÇÕES DO MENINO
JESUS
O Presépio e o Menino Jesus
No
Hebraico, etimologicamente, “presépio” significava manjedoura dos
animais, mas usava-se com frequência também para significar estábulo. Segundo
S. Lucas, Jesus, ao nascer, foi reclinado no presépio... que seria uma
manjedoura. Foram várias as representações dos presépios, ao longo dos séculos,
com ou sem montanhas, com ou sem gruta, com mais pastores ou menos, com animais
em número de dois, mais, menos ou nenhum.
De facto as figuras centrais são o
Menino, Maria e José.
Mas, os presépios tomaram nova forma
na reconstituição de figuras esculpidas, em 1223, por S. Francisco de Assis, na
Aldeia de Greccio, na noite de 24 para 25 de Dezembro, ao montar um presépio
composto por uma manjedoura com feno, um boi, um jumento e, sobre a manjedoura,
o altar onde foi celebrada a missa da meia-noite.
Foi a partir daqui que, devido a uma
visão do Santo que ocupava o lugar de diácono, na referida celebração, a
descrição do acontecimento deu origem a numerosas figuras esculpidas na Itália,
passando a outros países. Em Portugal, sabe-se da existência do presépio no
século XVII, no Convento do Salvador em Lisboa. No século XVIII estava
vulgarizado o presépio em casa, em toda a Península Hispânica, dando origem a
verdadeiras obras de arte em madeira e barro.
São famosos pela sua arte os
presépios que se atribuem a Machado de Castro, existindo um, aqui bem perto de
nós, em S. Lourenço da Montaria.
Na Basílica da Estrela, podemos
admirar um presépio português setecentista com mais de 500 figuras.
No entanto, o presépio começa a ser
esquecido porque esquecido está a ser o significado do Natal. Há, hoje em dia,
uma fuga para a festa do consumo, a festa das prendas, do dinheiro... Mas ainda
é, felizmente, a festa da família, o que já não é mau de todo... Pois, este é
também um valor a defender, mas ao qual começa a faltar o sentido cristão o que
origina o consequente desaparecimento da
ideia dos presépios.
A exposição que realizamos agora não
é de presépios, mas sim da figura central dos mesmos – O Menino Jesus
( invocações e expressões). Um tema que pouco tem sido explorado a nível de
coleccionadores e daí que não haja muito material para expor.
Alguns postais de Portugal e do
Estrangeiro ilustram a temática que poderá ser, mais e melhor, explorada no
futuro.
Esta temática é importante pelo
facto de reunir, nesta quadra natalícia, oportunidades de reflexão artística
através da figura central do Natal, toda a comunidade e, de um modo particular,
os coleccionadores.
PLACARD
MENINOS JESUS DE PRAGA
- MILOSTNÉ PRAZSKÉ
JESULÁTKO V SATCKACH
Z
FIALOVÉHO
HEDVÁBI, I. POLOVINA
20. STOLETI
- DEDICATÓRIA NATAL
1993
- MILOSTNÉ PRAZSKE
JESULÁTKO V SATECKACH
SE
SYMBOLY
KATOLICKYE CH SKAUTI,
DAR SKAUTI Z
R 1947
- SANTUARIO GESÚ
BAMBINO DI PRAGA
16011
ARENZANO (GÉNOVA)
- MILOSTNÉ PRAZSKE
V SATECKÁCH DAROVANÝCH DIE
TRADICE
V R. 1743
CÍSA ROVNOU MARIT
TEREZIT
- MILOSTNÉ PRAZSKE
V SATECKÁCH DAROVANÝCH
RODINOU
HRUBÝCH – GELENI, 80. LÉTA
20. STOLETI
FOTO
LUBOUIR SYNEK
- DEDICATÓRIA 23/7/1996
- MILOSTNÉ PRAZSKE
JESULÁTKO V SATECKÁCH
DAROVANÝCH
PARÉ ROSIE STANEKOUOU
Z NEW
YARKU,
1968
- MILOSTNÉ PRAZSKE
JESULÁTKO V SATECKÁCH
CERVENÉHO
ZLATEM VYSÍVANÉHO RIPSU
A S PLÁSTÍKEM
Z PRAVÉHO HERMÉLINU,
KOLEM 1900
- DEDICATÓRIA 27/7/1996
- MILOSTNÉ PRAZSKÉ
JESULÁTKO V SATECKACH
DAROVANÝCH
JOSÉ ROBLESEM Z
FILIPÉN, 80. LÉTA
20.
STOLETI
- MILOSTNÉ PRAZSKÉ
JESULÁTKO V SATECKÁCH
DAROVANÝCH
JOSÉ ROBLESEM Z
FILIPÉN 1975
“MENINOS JESUS” - VÁRIOS
CARTOLINA
CÔR-DE-ROSA
*
Menino Jesus com Nossa Senhora do Carmo;
*
Mosaico de Virgem Maria com Menino Jesus
(Istambul);
*
Irmãzinhas de Jesus;
*
Maria e o Menino Jesus (Alemanha);
*
Menino Jesus e anjos;
*
Menino Jesus e Maria de Belgrado.
CARTOLINA
AZUL
*
Menino Jesus das Carmelitas e das Misericórdias Teresinas;
*
Menino Jesus de St.ª Teresa (convento de S. José de Ávila);
*
Menino Jesus de Praga;
*
Menino Jesus de Cebul;
*
Menino Jesus da Cartolinha;
*
O Infante Jesus (Índia);
*
Menino Jesus da Cartolinha (Miranda do Douro);
*
Menino Jesus com o traje de peregrino a Santiago de Compostela.
CARTOLINA
CINZENTA
*
Anjinhos;
*
Menino Jesus de Coração;
*
Menino Jesus Carpinteiro;
*
Menino Jesus das Filipinas;
*
Menino Jesus da Igreja Paroquial;
*
Menino Jesus de Santiago;
*
Menino Jesus da Cartolinha;
*
Menino Jesus de Sta. Teresa;
*
Menino Jesus da Cartolinha;
*
Menino Jesus de Goa;
*
Menino Jesus Carmelita.
PARTICIPANTES
-
Luísa Martins
-
Família Castelo Branco
-
Maria Martins Azevedo
-
Laura Castelo Branco
-
Joaquim Gomes
-
Francisco Viana
-
Maria José Valença
-
Clara
-
Benilde Fornelos
-
Rui Castelejo
-
P.e Artur Coutinho
ORGANIZAÇÃO
-
Soraia Tenedorio
-
Vânia Belo
-
Bárbara Fernandes
-
José Carlos Loureiro
-
Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima
INTERVENÇÃO
Dias
9 e 10
- P.e Jeremias Carlos, da OCD de Lisboa (autor
do Menino Jesus do Coração)
A espiritualidade deste trabalho.

JORNADAS
DO IDOSO
3 a
8 de maio de 1993
INTEGRADAS NO ANO EUROPEU DO IDOSO
E DA SOLIDARIEDADE ENTRE GERAÇÕES
OBJECTIVOS
* Sensibilização e Formação para a problemática do Idoso.
* Identificação de necessidades de respostas novas.
* Aceitação e superação das realidades.
DESTINATÁRIOS
* Idosos;
* Familiares de
Idosos:
* Jovens;
* Trabalhadores
com idosos e todos os interessados pelos problemas sociais.
PROGRAMA
Dia
3 - A SAÚDE E A FAMÍLIA
15h00 – A promoção da saúde do idoso – Dr. Manuel Afonso, especialista
de Saúde Pública membro da C.I. da ARS
de Viana do Castelo.
21h30 – Abertura
com a presença das Autoridades.
22h00 – A família, Comunidade do Idoso – Dr.ª Raquel Ribeiro
(Directora Geral da Família e Presidente da Comissão Nacional para a Política
da Terceira Idade) – Lisboa – Testemunho do Idoso * Lar * Centro de Dia *
Centro de Convívio * Reformados (Associação dos...).
-
Concerto de Bach para dois Violinos e Piano em Ré Menor (João, Rui Cerqueira e
Edite Rocha).
Dia
4 - ENVELHECER É NATURAL
15h00 – Alterações Fisiológicas no
Processo de Envelhecimento – Dr. João Tavares, Assistente de Clínica Geral e Director do
Centro de Saúde de Valença.
21h30 – Alterações Intelectuais no
Processo de Envelhecimento – Dr. Valdemar Valongueiro – Especialista de
Neurologia, médico do Hospital Distrital de Viana do Castelo.
– Grupo de Cavaquinhos “Samaritano”.
Dia
5 - DOENÇAS CRÓNICAS DO IDOSO NO CONTEXTO SOCIAL
15h00 – Achaques da 3ª Idade, como controlá-los e
aprender a viver com eles – Dr. João Tavares.
21h40 – O Idoso no Contexto
Sócio-económico – Dr. Lopes Cardoso, Advogado e Vicentino – Porto.
– Sonata para Piano a 4 mãos, nº 1 de Mozart
– Sonata para Violino e Piano, nº 4 de G. F.
Handel ( João e Rui Cerqueira).
Dia
6 - A IMAGEM DO IDOSO E A SUA ALIMENTAÇÃO
15h00 – Comer bem na 3ª Idade –
Dr. Rui Teixeira, Prof. de Nutrição e Dietética da Escola Superior de
Enfermagem de Viana do Castelo.
21h30 – Conforto e Cuidados
Estéticos em Geriatria – Enf.ª Laura Margarido – Enf.ª Chefe do HDVC.
Dia
7 - UMA VELHICE DE QUALIDADE
15h00 – Morrer Tarde, o Mais Novo Possível
– P.e Dr. Anselmo Sousa, CRSS de Braga e responsável pelo “Projecto
Homem” da Cáritas de Braga (Recuperação de Toxicodependentes).
21h30 – MESA REDONDA – O
Idoso no Distrito - O que se faz? Quem faz? Como se faz?
Coordenação de Dr.ª Maria Júlia Perestrelo
* União das Misericórdias – Dr.
Oliveira e Silva;
* IPSS – Manuel Sobral;
* Conferências Vicentinas – Dr.ª
Piedade Gonçalves;
* Cáritas – Prof. Engrácia Correia;
* CRSS – Dr.ª Maria de Lurdes
Rodrigues;
* Secretariado Diocesano de Acção
Sócio-Caritativa – P.e Artur Coutinho.
Dia
8 - ESPIRITUALIDADE E MORAL PARA O IDOSO
18h15 – Eucaristia na Igreja Paroquial
21h30 – O Idoso na Ética da Solidariedade entre Gerações – P.e
Dr. Jorge Cunha, Prof. da Universidade Católica – Porto
– Coral Polifónico.
22h30 – Encerramento com a presença das Autoridades.
LOCAL
- Às 15 h00 – Centro Social Paroquial
de N.ª Sr.ª de Fátima, Rua da Bandeira, n.º 639.
- Às 21 h 30 – Auditório do Lar de
St.ª Teresa, Largo das Carmelitas, à Rua da Bandeira (tel. 058 828998).
COMISSÃO EXECUTIVA
* Dr. Manuel Afonso
* Major Manuel Fernandes
* Josefa Freire
* Madalena Barbosa – Utente
* José Marques – Utente
* João Ferreira – Utente
* Irmã Anália Lucas - Trabalhadora
ORGANIZAÇÃO
Direcção do Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima
– Viana do Castelo
SECRETARIADO
* Cartório Paroquial – tel. 058 823029 (Fax) ou
824722 ;
* Dr. Manuel Afonso – Tel. 058 828901 (Fax) 829990;
* Major
Manuel Fernandes – Tel. 058 826060.
Com
a Colaboração da Direcção-Geral da Família, Centro Regional de Segurança Social
e Administração Regional de Saúde.
CONCLUSÕES
DAS JORNADAS DO IDOSO
3 a 8 de Maio de 1993 – Viana do Castelo
Durante seis dias, na cidade de Viana do Castelo, através
da Direcção do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima e com
colaboração da Direcção Geral da Família, Centro Regional de Segurança Social e
Administração Regional de Saúde, foi possível criar espaços e tempos de
reflexão sobre a problemática da pessoa idosa. Estas jornadas que estão integradas
no Ano Europeu do Idoso e Solidariedade entre Gerações, tinham como objectivos:
·
Sensibilizar e Formar para a
problemática do idoso.
·
Identificar as necessidades de
respostas novas.
·
Aceitar e superar as realidades.
A temática foi amplamente desenvolvida pelos diversos
conferencistas ( João Tavares, Valdemar Valongueiro, Manuel Afonso, Rui
Teixeira, Laura Margarido, Lopes Cardoso, Jorge Cunha, Anselmo Sousa, etc...
Podemos dizer que os objectivos foram plenamente
alcançados, os quais se consubstanciaram também pela grande afluência diária de
público, pela qualidade das intervenções e pela oportunidade e vivacidade dos
debates que se lhes seguiram, tendo sido notório a presença de elevado número
de jovens.
Em jeito de balanço, a Comissão Executiva elaborou as
principais conclusões que na sessão de encerramento apresentou de forma
telegráfica, de modo a serem de fácil e rápida memorização e servirem também
como pontos de referência e de reflexão e que passamos a transcrever:
·
A População do
Distrito de Viana do Castelo continuou a envelhecer durante a década de oitenta
a um ritmo superior ao do País, apresentando uma percentagem de população idosa
superior à média nacional. Os
responsáveis locais e nacionais deverão ter em conta esta realidade,
aquando da programação e dotação de meios para fazer face à problemática deste
grupo etário.
·
Deverá ser
efectuado, a nível de cada freguesia, um levantamento das necessidades da
população idosa.
·
O apoio à pessoa
idosa deverá ser articulado entre as várias instituições e equipamentos sociais
existentes. Tais como outros grupos etários, os idosos têm especificidades
próprias, não devendo ser vistas como um grupo improdutivo e marginal em
«fim-de-linha».
·
A pessoa idosa é
a consequência natural do envelhecimento biológico e do facto de estar na vida,
podendo por isso ter algumas limitações físicas, psíquicas e sociais que
obrigam a uma atenção própria e a uma intervenção adequada.
·
Os lares, centros
de dia e outras instituições são necessárias como opção de escolha do Idoso, e
nunca como forma de rejeição ou comodidade familiar. Estes e outros
equipamentos afins, são ainda insuficientes para as necessidades do Distrito.
·
As Instituições
Particulares de Solidariedade Social, embora apoiadas através de acordos de
cooperação, pela sua importância social, carecem de apoios, nomeadamente a
isenção do I.V.A.
·
A Família deve
ser a referência social do idoso, mesmo quando internado em lar.
·
As Famílias de
Acolhimento são um recurso a explorar.
·
Deve ser
recuperado e incentivado, na medida do possível, o modelo da família
tradicional em que seja possível o encontro de gerações, a troca de saber,
experiências, usos e costumes e, na qual o idoso se sinta útil e amado
·
São necessárias
políticas de incentivo e apoio à habitação, que permita tornar possível o
encontro de gerações.
·
Os mais novos
devem crescer num ambiente em que o encontro de gerações contribua para
estruturar uma postura de aceitação, compreensão e respeito pela pessoa idosa.
·
É necessário
estar disponível, saber ouvir e compreender as especificidades da pessoa idosa.
·
A velhice
prepara-se na juventude e deve ser encarada com naturalidade.
·
A marginalização,
o desenraizamento e o isolamento social do idoso devem ser prevenidos e
contrariados.
·
Devem ser
estimulados os contactos interpessoais da pessoa idosa, incentivando-se as
«redes de solidariedade informais».
·
A pessoa idosa
deve sentir-se socialmente activa, na medida das suas possibilidades físicas,
capacidades intelectuais e necessidades sociais.
·
Deve ser
incentivada e salvaguardada a mobilidade do idoso através da adaptação da
habitação, dos equipamentos sociais e dos transportes às necessidades e
especificidades da pessoa idosa, tendo as autarquias uma particular
responsabilidade nesta matéria.
·
A sensibilidade
para a problemática do idoso deve iniciar-se ao nível da formação de
formadores, bem como, incentivar e facilitar a formação dos trabalhadores
voluntários e assalariados com os idosos.
·
As políticas de
reforma devem prever a possibilidade do reformado não ter um corte abrupto com
o seu trabalho, aplicando-se o princípio de que « se deve trabalhar enquanto se
pode e se quer », sendo desumano paralisar as pessoas por força da lei.
·
A alimentação do
idoso deve ser semelhante à da população em geral, variada e quantitativamente
ajustada à sua actividade física e ao seu estado de saúde.
·
O nível
civilizacional de uma sociedade mede-se pela atenção que esta dá aos mais
indefesos e desfavorecidos, em especial, crianças e idosos.
·
Não compete aos
Estados resolver todos os problemas do idoso. À sociedade em geral e em
particular às Organizações Não Governamentais cabe um papel fundamental na
resolução dos problemas do idoso num espírito de subsidiariedade.
P’la Comissão Executiva
(Dr. Manuel Gomes Afonso)
JORNADAS DA FAMÍLIA
PARÓQUIAS
N.ª Sr.ª de FÁTIMA e St.ª M.ª MAIOR
VIANA
DO CASTELO
ANO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA
As Paróquias em Jornadas
A proclamação, pela
Assembleia Geral das Nações Unidas, de 1994 - Ano Internacional da Família –
surge como resultado da progressiva consciencialização das autoridades
políticas do perigo que representam as crescentes ameaças à família como célula
natural e fundamental da sociedade. Também é a resposta a um conjunto de
anseios e esperanças das famílias a nível mundial. O Santo Padre e os Bispos
acolheram esta iniciativa, conscientes da importância do A .I. F. , e exortam
os fiéis para a participação comprometida nesta efeméride. Este ano é, ainda, o
reconhecimento público de que o presente e o futuro da humanidade passam, efectivamente,
pela família. “O Futuro da Sociedade depende da Família”, disse o Papa. Daí,
pois, o alerta a todas as instituições, quer religiosas quer civis,
especialmente aquelas de quem mais directamente depende a elaboração e a
aplicação das políticas relativas às famílias.
É, pois, nesta linha de pensamento,
conscientes das realidades locais, que os Conselhos Pastorais Paroquiais de
Santa Maria Maior e de Nossa Senhora de Fátima promovem umas “Jornadas da
Família”.
Pretende-se proporcionar, ao público
em geral, momentos de consideração e análise sobre os problemas actuais da
família, levando as famílias a reflectir sobre a sua importância como meio de
humanização da sociedade.
A sociedade é como que um espelho da
família. A “saúde” ou “doença” desta, contagia, de imediato, a sociedade,
tornando-a, de igual modo, saudável ou doente.
Deseja-se que não seja somente mais
uma iniciativa, mais uma semana de reflexão, mais umas jornadas ou mais uns
colóquios. O seu objectivo é “despertar”, penetrar no seio das famílias,
sensibilizar os seus membros para a crise ou ausência de valor nas mesmas, para
a falta de pontos de referência da juventude. Só “sacudindo” e “despertando” as
pessoas é que as famílias serão atingidas e, dessa forma, invertida a tendência
negativa que se vem observando.
Oxalá no final das Jornadas todos os
participantes se possam tornar agentes evangelizadores da Família,
testemunhando e influenciando a sociedade através da vivência saudável do seu
ambiente familiar.
26/03/1994
A Comissão Executiva
JORNADAS DA FAMÍLIA
PARÓQUIAS
N.ª Sr.ª de FÁTIMA e St.ª M.ª MAIOR
VIANA
DO CASTELO
SESSÃO DE ABERTURA
Em nome de todos
quantos programaram e deram execução a estas “Jornadas da Família” apresentamos
a todos os presentes as nossas boas vindas e, desde já, agradecemos a vossa
participação nas diversas sessões.
Trata-se
de uma organização conjunta das Paróquias de Santa Maria Maior e Nossa Senhora
de Fátima, a qual tem por fim não tanto celebrar o Ano Internacional da Família
mas antes aproveitar este acontecimento para levar as famílias a reflectir
sobre múltiplos problemas que as afligem, alguns dos quais talvez lhes passem
despercebidos, apenas lhes sentindo os efeitos.
Ao
ser proclamado 1994 - Ano Internacional da
Família - o poder civil e político manifestou publicamente a
sua preocupação pelas crescentes ameças que a família, como célula natural e
fundamental da sociedade, vem sofrendo. E, desta forma, foi indirectamente
reconhecida a razão da Igreja que há muito vinha alertando para esta situação,
consciente de que a saúde ou a doença da sociedade estão directamente
relacionadas com a saúde ou doença das famílias.
Seguros,
pois, desta realidade, deseja-se que estas não sejam apenas mais umas jornadas
ou mais uns colóquios. O seu objectivo é despertar, penetrar no seio das
famílias e sensibilizar os seus membros de forma a que, com o contributo de
todos, se possa ir invertendo a tendência negativa da sociedade.
Oxalá,
no final, todos os participantes se possam tornar agentes evangelizadores da
família, testemunhando e influenciando a sociedade através da vivência saudável
no seu ambiente familiar.
Viana
do Castelo, 24 de Abril de 1994
Paróquia
*
N.ª Sr.ª de Fátima
*
S.ta Maria Maior
24 de Abril a 01 de Maio de 1994
ANO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA
Objectivo Geral
Sensibilizar
a opinião pública e as comunidades paroquiais para os problemas da família.
Destinatários Todos os paroquianos em geral e dum modo particular:
Pais e Mães de família, jovens, médicos, educadores, catequistas, professores,
assistentes sociais, políticos, membros de movimentos e obras, trabalhadores de
Instituições Sociais, etc.
Local Auditório do Centro Social e Paroquial de S.ta Maria
Maior.
Organização Conselhos Paroquiais de Pastoral das Paróquias de N.ª
Sr.ª de Fátima e de S.ta Maria Maior.
Programa
21h15 1- “O Homem, o Amor e o Sentido da
Vida”
1 - A Felicidade e o
Sentido da Vida.
Mons. Reis Ribeiro –
Director do Notícias de Viana
2 - Análise da crise espiritual
do Homem.
P.e Dr. Agostinho
Castro – Superior do Seminário do Carmo
3 - A sexualidade humana
e a lei natural.
Dr. Miranda de Melo – Médico
Especialista e Director do HDVC
4 - Do Amor surge a Vida
– A Paternidade Responsável.
Dra. Paula Sampaio e Eng.º
José Sampaio (Médica e Eng. Civil)
* Música clássica (Irmãos
Cerqueira)
21h15 2- “O Cristianismo e a Família”
1 - Os princípios básicos da Família na perspectiva da Igreja.
Frei Bernardo Domingues, O. P. - Professor da
Universidade Católica
2 - A Família em transformação e os valores na sociedade.
P.e Dr.
Valdemiro Domingues – Professor e Pároco
* Música clássica (Irmãos Cerqueira)
21h15 3- “O Trabalho e os Direitos
Económicos da Família”
1 - O Trabalho familiar não remunerado – um valor
económico a defender.
Dr. Oliveira e Silva – Advogado e
Deputado
2
- Os Direitos Económicos da Família.
Dr. Branco Morais – Economista e
Professor do Instituto Politécnico
* Declamações
21h15 4- “Subsdiariedade à Família”
1 – O Estado e a Família.
Dra. Filomena Bordalo – Directora
Regional da Segurança Social
2 - A Paróquia como apoio de espaço às famílias
P.e
Artur Coutinho – Pároco de N. S. de Fátima
3 - A Consciência e a motivação para o serviço de
voluntariado.
Cón.
Constantino M. Sousa – Pároco de Sta. Maria Maior
* Cavaquinhos (Escola de Música do Centro Social
Paroquial)
21h15 5- “A Sociedade e a Família”
1 - A Família para além das Ideologias.
Conceição e José Maria Sousa – Professora
e Técnico de Finanças
2
- A Política ao serviço da Vida.
Dr. Euclides Rios – Professor e Jornalista
* Música Popular (Escola de
Música do Centro Social Paroquial)
16h00 6- “O Jovem e a Família”
1
- A delinquência juvenil e a família no século XX.
Dr. Miguel Forte – Delegado do Ministério
Público
2
- O Jovem no seio da Família.
Dra. Alexandra Lopes – Advogada em estágio
* Canções
18h15 7- “A Eucaristia – consolidação da
Família cristã”
21h15 8- “Problemas da Família e
Respostas”
1 - A Família e a criança numa sociedade em mudança
(O direito à mudança na qualidade). Dr. Rui Osório – Redactor Principal do
JN
2 - A Família lugar ideal para a sobrevivência do
Idoso (O direito a uma velhice de qualidade). Dra. Maria Augusta Manso –
Psicóloga e Professora do Instituto Politécnico.
3 - A Família espaço normal para o crescimento da
criança e as estruturas sociais de apoio: Creche e Infantário. (O direito à
formação e ao convívio). Izilda Aguiar – Educadora de Infância
4 - As crianças em situação de risco e à família (O
direito a uma vida de qualidade). Dra. Luísa Sousa – Assistente Social
5 - Os sem
Família e a integração Social (O direito à Família)
6 - A Família espaço adequado ao desenvolvimento do
deficiente (O direito à existência). Manuel Domingues – Director da APPACDM
7 - As associações juvenis ao serviço da Família (O
direito da Família à cooperação). José Carlos Loureiro – Professor
estagiário, curso de História
8 - A adopção como resposta – testemunho de um
casal...
* Coral Polifónico
9 “Festa da Mãe”
A realizar
nas respectivas Igrejas paroquiais.
1 – Eucaristia e Festa para as Mães pelas crianças da Catequese.
COMISSÃO EXECUTIVA
Aníbal Esteves
Maria Regina Magalhães
Filipe João Manso
Lia Martins de Carvalho
José Pedro Pereira
Idalina Barbosa
Felisberto Eira
Maria Donzília da Rocha
Telefones para contacto
058 823029 e 822436
(Fax 823029)
Paróquia de N. ª Sr. ª de Fátima e Paróquia S.ta Maria Maior – Viana do Castelo
“O Futuro da Sociedade depende da Família” – João Paulo II
ANO INTERNACIONAL DA FAMÍLIA
Conclusões Das Jornadas Da Família
Paróquias de St.ª
Maria Maior e N.ª Sr.ª de Fátima
24 de Abril a 01
de Maio de 1994
Terminadas as “Jornadas da Família”, promovidas pelas
Paróquias de Santa Maria Maior e Nossa Senhora de Fátima, realizadas de 24 de
Abril a 1 de Maio, no Auditório do Centro Social de Santa Maria Maior,
chegou-se, após analisadas as intervenções e debates por estas motivados, às seguintes
conclusões:
* A celebração do Ano Internacional da Família
valerá pelos seus resultados práticos, a nível da sensibilização das famílias
para a sua importância na humanização da sociedade e pelas medidas políticas e
legislativas que a mesma possa ter motivado.
* Os valores humanos só serão respeitados na sociedade
na medida em que os mesmos forem vividos no seio das famílias.
* O amor vivido em diálogo, doação, partilha e
comunicação é uma contribuição fundamental para a felicidade e para a alegria.
* Essa felicidade depende da aceitação de nós
próprios, tal como somos, e, consequentemente, da aceitação dos outros para o
diálogo numa perspectiva de paz e amor.
* A crise espiritual e cultural dos nossos tempos
caracteriza-se pela subversão da ordem dos valores estáveis, pelo materialismo
e pelo secularismo.
* A vida em casal implica um amor plenamente humano,
total, fiel, exclusivo e fecundo, aberto à transmissão da vida.
* Um casamento estável exige maturidade intelectual,
afectiva, social e ética, bem como um conhecimento recíproco aprofundado e a
aceitação clara da respectiva identidade do outro.
* O trabalho familiar não tem preço. No entanto, é
incontestável e oficialmente reconhecida a sua importância como valor
económico. É urgente, por isso, que o trabalho doméstico, em regime de
exclusividade, seja convenientemente remunerado.
* A Família deve ser naturalmente uma escola
administrativa onde o consumo nunca se sobreponha à produção. Sempre que ocorre
a inversão desta situação, a Família enfraquece e é abalada na sua estrutura.
* A Família é, para além de “berço” e espaço
privilegiado de educação, socializadora, desenvolvendo e transmitindo valores,
e é garantia de coesão do tecido social.
* O aumento da delinquência juvenil está grandemente
relacionado com o mau uso do aumento das liberdades individuais. É necessário,
por isso, que a autoridade paternal seja exercida com firmeza, embora sem
prepotência, mas também sem demasiada benevolência, isto é, sem demissão do
direito de educar.
* É necessário pensar na desmarquetização para que o
Homem seja menos robot, mais responsável pelos seus actos e, consequentemente,
menos dependente de influências exteriores.
* A Paróquia é um espaço generoso de acolhimento. É o
centro convergente das famílias, onde, em comunhão com elas, são vividos os
grandes momentos da festa da Fé na Família.
* A oração comprometida leva o orante a descobrir que
é necessário fazer da vida oração pessoal e familiar geradora de esperança e de
paz, pela abertura à “boa nova” do encontro com DEUS.
* O voluntariado implica espontaneidade e gratuitidade
e exige disponibilidade para estar pronto e apto a substituir o familiar que
não existe ou está ausente. É urgente desenvolver a consciência de voluntariado
na sociedade de hoje.
* A consolidação da Família passa pela Eucaristia. Na
Família, igreja doméstica, não pode faltar o Altar, o Ambão e o Sacrário. Na
Família há sacrifício e comunhão, palavra e diálogo, coração e amor, tudo o que
existe numa Eucaristia em plenitude.
A Comissão Executiva
JORNADAS da
tolerância
Vocação, Juventude e Seminário
Paróquia de N.ª Sr.ª
de Fátima
1995

FESTA DA PADROEIRA
OBJECTIVOS:
Sensibilizar
e consciencializar as Famílias da sua importante posição enquanto suporte
básico de transmissão de valores, tais como o respeito pelo outro, a capacidade
de convivência, a solidariedade, a realização pessoal, o compromisso eclesial e
os deveres individuais e colectivos.
DESTINATÁRIOS:
Todos os
paroquianos em geral e, dum modo particular, Pais e Mães de Família, jovens,
médicos, educadores, catequistas, professores, assistentes sociais, políticos,
membros de movimentos e obras, utentes e trabalhadores de Instituições Sociais,
etc..
LOCAL:
Auditório
do Seminário do Carmo.
PROGRAMA:
Dia 9 de
Maio
21h30 – O Seminário Diocesano,
espaço de desenvolvimento comunitário e formação humanista.
Prof.
Dr. Manuel Costa Santos (Prof. da Universidade Católica).
Responsabilidade da escola ao despertar da
Vocação.
Prof. Dr. Valdemiro
Domingues (Director do Dep. Diocesano do Ensino Religioso nas Escolas).
Dia
10 de Maio
21h30
– O Respeito e a Tolerância para
com as vocações não concretizadas.
Frei Mário Bota (Prof. de Sociologia na Universidade Nova
de Lisboa).
O
Divorciado (o separado) e a sua inserção na Comunidade: Família, Igreja e
Sociedade.
Dr. Edmundo Soares (Prof. do Colégio do Rosário – Porto).
Dia
11 de Maio
21h30 – A Família, Escola e Paróquia na
Educação Sexual da Juventude.
Dra. Maria Augusta Manso (Prof. da ESE – Viana do
Castelo).
O
Alcoolismo, Toxicodependência e outras razões de conflitos, de rupturas
familiares e sociais.
Dra. Lucinda Neves (Directora do CAT de Viana do Castelo).
Os
direitos das minorias e o respeito pelas diferenças.
Prof. Dr. Rui Morgado (Director da Faculdade de Farmácia
do Porto).
ORGANIZAÇÃO:
Conselho Paroquial
de Pastoral da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
COMISSÃO EXECUTIVA:
Membros
do Centro Paroquial de Formação (CPF).
PADROEIRA
Dia 12 de Maio
21h30
– Procissão de Velas da Igreja para a
Capela de Nossa Senhora das
Necessidades.
Dia 13 de
Maio
16h40 – Inauguração da Sede do
Escutismo - Rua Campos Monteiro
(Abelheira)
17h30
– Marcha para a Igreja.
18h15 – Missa Solene.
19h30 – Inauguração do “Humanitus
Fórum”, assinaturas do protocolo de Cooperação com o CER (Centro de Estudos
Regionais) e Porto de Honra (Largo das Carmelitas, n.º 504).
-
Arraial nocturno com iluminações e música por um Famoso Conjunto e ainda a
participação do Grupo de Cavaquinhos – Samaritano.
Dia 14 de Maio
09h30 – Festa da Palavra, capela de Nossa
Senhora das Necessidades.
10h00 – Procissão Solene
a sair da Capela de Nossa Senhora das Necessidades para a Igreja Paroquial.
11h00 – Missa da Catequese.
13h00 – Almoço-Convívio (por inscrição).
FÓRUM
“Abelheira: Tradição e
Modernidade. Que futuro?”
8 de Maio de 1996
“Abelheira: Tradição e
Modernidade. Que Futuro?”
1- “A Abelheira na Geografia e na Memória da
Cidade”
Orador: Dr.
Francisco José Carneiro Fernandes, Prof. do Ensino Secundário
Moderador: Prof. P.e
Costa Neiva, Professor Universitário e 1º Pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.
2- Testemunho Abelheirense.
3- Animação musical
“A preservação dessas condições ambientais que
favoreçam um melhor desenvolvimento e convivência humana é um dever moral, um
novo desafio à criatividade e à responsabilidade de todo o empresário”. - Solicitudo
rei socialis de João Paulo II
9 de Maio de 1996
“Abelheira: Tradição e
Modernidade. Que Futuro?”
1- “A Abelheira no enquadramento sócio-económico de
Viana do Castelo”
Orador: Dr.
Carlos Branco Morais, Economista
Moderador:
Dr. Romeu de Sousa, Advogado
2- Testemunho da Escola do 1º Ciclo da Abelheira.
3- Animação musical.
“A destruição do meio ambiente é o resultado de uma
visão redutora e antinatural que denota às vezes um verdadeiro desprezo do
homem”- João Paulo II
10 de Maio de 1996
“Abelheira: Tradição e
Modernidade. Que Futuro?”
1- “Algumas coordenadas culturais do lugar da
Abelheira” ( Painel)
* “Toponímia da Abelheira”
P.e
António Baptista, Pároco da Facha e investigador.
* “Formas de religiosidade popular”
P.e
Artur Coutinho, Pároco de Nossa Senhora de Fátima.
* “Património cultural e religioso”
Dr. José Carlos Loureiro, Prof. do Ensino
Secundário.
* “Aspectos Antropológicos”
Dr. José Rodrigues Lima, Prof. do Ensino
Secundário
Moderador:
Dr. Rui F. Viana, Director da Biblioteca Municipal.
2- “Testemunho Abelheirense
“A terra está na desolação”. “A terra foi profanada
por seus habitantes... Por isso a maldição devora a terra... Os crimes dos
homens pesaram sobre ela”. - Is 24,4 - 6.19-20
11 de Maio de 1996
“Abelheira: Tradição e
Modernidade. Que Futuro?”
1- “Tradição e Modernidade. Que futuro para a
Abelheira?” (Painel)
* “O Plano de urbanização da Cidade e a Abelheira?”
Dr.
Defensor Moura, Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, e Técnicos
da Câmara Municipal.
* “Tradição e Modernidade Ambiental”
Eng.
Horácio Faria, Presidente do NAIA.
* “Tradição e Modernidade Urbanística”
Arq.
Fernando Meireles dos Santos.
* “A Abelheira nas preocupações da Junta de
Freguesia”
Junta de
Freguesia.
Moderador:
Arq. Vasco Cameira da Comissão de Coordenação da Região Norte.
2- “Testemunho Abelheirense”
“...são de mencionar os graves problemas da moderna
urbanização, a necessidade de um urbanismo preocupado com a vida das pessoas,
bem como a devida atenção a uma «ecologia social do trabalho»” - Centesimus
annus de João Paulo II
Local:
Auditório do Lar de Santa Teresa,
Largo das Carmelitas, Viana do Castelo
Horário
Início das sessões : 21h30
Comissão executiva
* Dr.
Albino Nunes Ramalho
* Dr.
Francisco José Carneiro Fernandes
* Dr.
José António Cambão
* Dr.
José Carlos Loureiro
*
Dr.ª Isabel L. Rodrigues
*
Enf. Olinda Ferraz
Apoios / Patrocínios
*
Governo Civil
*
Câmara Municipal de Viana do Castelo
*
Junta de Freguesia de Santa Maria Maior
*
Centro de Estudos Regionais
* Comissão Fabriqueira da Paróquia
AS TERRAS TAMBÉM
TÊM UMA ALMA
Por uma terra com
rosto, com vida, com alma...
“Preservar as condições de
habitabilidade da terra, para que os valores ecológicos, culturais, históricos
e monumentais não se percam ou descaracterizem mas se desenvolva e incrementem,
é hoje considerado um dever cívico, e um imperativo cristão para que o
magistério da igreja vem chamando a atenção cada vez com mais insistência.
Com
o fim de alertar para este objectivo, efectuou a Paróquia de Nossa Senhora de
Fátima o Fórum “Abelheira: Tradição e Modernidade. Que Futuro?”, em Maio do ano
passado, cujas conclusões se lembram a seguir.
n Uma vez que os espaços verdes, numa zona de acentuada
tradição rural, estão a desaparecer, impõe-se a necessidade de concretizar e
aplicar planos de pormenor para a zona oriental de Viana do Castelo
(Abelheira), tendo em vista uma adequada utilização dos espaços e uma
equilibrada e correcta definição das funções de ocupação do solo.
n
Face ao desaparecimento das manchas de ruralidade, acentuando-se a sua
transformação em dormitório da cidade, e para lhe conferir condições de
habitabilidade de acordo com os imperativos da pessoa humana e combater o
surgimento de comportamentos marginais, é imperiosa a implementação das
seguintes medidas:
·
a construção do Centro Paroquial da Abelheira, de há muito reclamado às
autoridades municipais;
·
a criação de zonas de convívio e de lazer e de manchas verdes disseminadas;
·
a valorização dos equipamentos já existentes, nomeadamente a Escola do 1º Ciclo
e a Escola C+S da Abelheira, dotando-as das condições e dos espaços que
carecem;
·
incrementação do adequado policiamento, praticamente inexistente.
n
A sensibilização dos novos residentes da Abelheira e da cidade para os valores
específicos que nos aspectos cultural, etnográfico, religioso, monumental e
artístico informaram a comunidade da Abelheira, em ordem à sua preservação e
valorização, afigura-se uma tarefa inadiável.
n Criação de um espaço de alcance cultural e social,
numa área natal, para dar a conhecer aos vindouros as memórias e vivências da
Abelheira que, em muitos casos, deram corpo e alma à cidade de Viana do
Castelo, seja nos transportes (carreteiros), no comércio de ferragens, seja na
própria construção civil (ferreiros), nos serviços de higiene e limpeza
(lavadeiras) e ainda no sector alimentar através dos tempos (cultura de
legumes, milho, trigo, centeio e produção de vinho).
“O empenho teórico e prático, pela defesa e pela
promoção da vida, em conexão com o compromisso para a construção de uma
sociedade fundamentada na justiça e na solidariedade, constitui uma dimensão
básica da humanização, tal como proposta pela revelação bíblico-cristã”.
A . Garcia Rubio
“A destruição do meio ambiente é o resultado de uma
visão redutora e antinatural que denota às vezes um verdadeiro desprezo pelo
homem.”
João Paulo II,Dia Mundial
da Paz, 1990
FESTA DA
padroeira
Dia 8
“O Homem e a Natureza – Uma Relação Ética”
por Mons. Reis Ribeiro, no Auditório do Lar de Sta.
Teresa.
Dia 9
“Desenvolvimento Económico e o Equilíbrio Ecológico”
pelo Eng. Mário Russo, no Auditório do Lar de Sta.
Teresa.
Dia 10
14h00
– Visita guiada ao Lugar de Abelheira
21h30 – Procissão de
Velas em Honra de N. S. de Fátima, a sair da Capela do Senhor do Alívio.
Dia 11
18h15 –
Terço e Celebração da Eucaristia na Capela de N.ª Sr.ª das Necessidades.
Dia 12
21h30
– Procissão de Velas da Capela de N.ª
Sr.ª das Necessidades para a Igreja Paroquial.
Dia 13
19h15 –
Celebração Solene da Eucaristia.
– Jantar-convívio, por inscrição.
Dia 15
21h30 –
Na Igreja Paroquial “Missão para a Comunhão” por Georgino Rocha.
SEGUNDAS JORNADA DO IDOSO
Centro Social Paroquial de N.ª
Sr.ª de Fátima
26 a 31 de Janeiro de 1998
Apresentação
Abordar a
problemática do envelhecimento e das respostas que a sociedade deve encontrar
para satisfazer as necessidades específicas dos idosos é uma exigência
directamente relacionada com o nível civilizacional de uma comunidade.
Estamos hoje no limiar da fronteira
entre as respostas de sobrevivência e as respostas do bem-estar, da felicidade,
acrescentando qualidade de vida aos ganhos na esperança média de vida.
A abordagem das questões relativas à
saúde, ao conforto e ao bem-estar dos idosos deverá tender para a dessacralização,
sendo os prestadores de cuidados de saúde apenas uma das parcelas contributivas
desses pressupostos, no sentido de possibilitar a máxima fruição da vida, a
máxima autonomia e felicidade da pessoa idosa. Os profissionais de saúde não
são os únicos nem os principais agentes do sistema, mas sim um dos
componentes, em parceria com os sujeitos do processo, com a família e com
outras estruturas organizadas da sociedade.
Nesse sentido, surgem estas Segundas
Jornadas do Idoso, nas quais, possivelmente, algumas ortodoxias não serão
integralmente respeitadas.
Espera-se que estas Jornadas
propiciem, com simplicidade e desinibição, o tempo e o espaço de debate com o
maior número de sujeitos e agentes interessados nos processos do
envelhecimento, conforto e bem-estar da pessoa idosa.
Delas esperamos conclusões
pertinentes e, provavelmente, o mundo pulará e avançará na justa medida do
saber, da imaginação e da motivação de cada um dos participantes.
Objectivos
- Sensibilizar as populações em geral e as
instituições para a problemática do envelhecimento.
- Contribuir para a melhoria da qualidade de vida do
idoso.
- Envelhecer com felicidade.
Destinatários
- Idosos;
- Familiares;
- Jovens;
- Médicos e Enfermeiros;
- Assistentes Sociais;
- Outros prestadores de cuidados aos idosos.
Organização
*
Centro Social e Paroquial de Nossa
Senhora de Fátima (Centro de Dia)
Colaboração
* Centro Sub-Regional de Saúde de Viana do Castelo;
* Direcção Sub-Regional de Segurança Social de Viana do
Castelo;
* Hospital de Santa Luzia;
* Governo Civil e Câmara Municipal de Viana do Castelo.
Comissão Executiva
- Dr. Manuel Afonso (Médico);
- Dr. Emídio Morais (Médico);
- Dr.ª Benedita Correia (Ciências da Educação);
- Dr.ª Cristina Pires (Assistente Social);
- Maribela Machado (Educadora Social);
- Rui Castelejo (Voluntário);
- Dr. Pires Moreira (Reformado).
Secretariado
* Cartório Paroquial - Elsa Fernandes
Telefone: 823029 / 811088; Fax: 823029
Local
- Tarde: “Humanitus Fórum”, Rua da Bandeira, 504;
- Noite: Auditório do Lar de St.ª Teresa, Largo
das Carmelitas
PROGRAMA
29
de Janeiro
SEMINÁRIO:
“Saúde dos Idosos - Envelhecer com Qualidade”
30
de Janeiro (programa anexo)
8h30
- Abertura do Secretariado.
9h00
- Sessão de Abertura
9h15
– Contributos para o Bem-estar do Idoso
* Alimentação do Idoso – Alegrias
e Pesadelos – Dr. Rui Teixeira
* Prevenção de Acidentes Domésticos
/ Promoção do Conforto no Lar – Dr. Emídio Morais
* A
Higiene do Idoso – Prática e Bom Senso – Enf. Emília Azevedo.
Moderador:
Dr. José Manuel Soares.
Intervalo – Café.
11h00
– Prevenção da Patologia da Imobilidade
* Dr. Carlos Rio - Fisiatra;
* Dr. João Carlos Tavares - Clínico
Geral;
* Dr.ª Clara Gomes - Prof.ª da
E.S.E.V.C.;
* Dr. João Carlos Parente -
Enfermeiro.
Moderador:
Dr. João Pimenta
Almoço.
14h30
– Acidentes Vasculares Cerebrais ¾ Novas Abordagens
* Dr. Adriano Natário - Direcção
Geral de Saúde;
* Dr.ª Ivone Marques - Internista;
* Dr. Valdemar Valongueiro –
Neurologista;
* Dr.ª Isabel Venâncio - Clínica
Geral.
Moderador:
Dr. Miranda de Melo.
Intervalo
– Café.
16h30 - O
que Falta aos Grandes Dependentes do Distrito? ¾
Mitos e Realidades.
* Dr. Alberto Vasconcelos - Médico
de Saúde Pública;
* Dr.ª Maria Olinda Amaral -
Assistente Social;
* Dr.ª Otília Cardoso - Enfermeira;
* Dr.ª Manuela Coutinho - Assistente
Social;
* Dr. Costa e Silva - Chefe de
Divisão de Acção Social.
Moderador:
Dr. Alcindo Barbosa Maciel.
18h00
- Encerramento.
Local:
Auditório do Lar Santa Teresa.
FÓRUM
“AMBIENTE E CIVISMO”
PROGRAMA
6 de Maio de 1998 - HUMANITUS FÓRUM
17,30 Horas
* Abertura do Fórum e lançamento da reedição do livro “A
cidade de Viana do Castelo no passado e no presente – da Bandeira à Abelheira”
da autoria do Padre Artur Coutinho, com apresentação do Dr. Francisco Carneiro
Fernandes.
7 de Maio de 1998 - AUDITÓRIO DO LAR DE SANTA TERESA
21,30 Horas
* Colóquio sobre “Ética e Ambiente”, orientado
pelo Dr. Henrique Manuel Pereira, da Universidade Católica Portuguesa.
8 de Maio de 1998 - AUDITÓRIO DO LAR DE SANTA TERESA
21,30 Horas
* Painel sobre “Educação, planeamento e gestão
ambiental” com intervenções de responsáveis da Direcção Regional do
Ambiente do Norte, Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Viana do Castelo
e associações ambientais: Amigos do Mar,
Quercus, FAPAS, NAIAA, CER.
9 de Maio de 1998 - AUDITÓRIO DO LAR DE SANTA TERESA
16,00 Horas
Colóquio – Debate “Sociedade de consumo e qualidade
de vida”, orientado pelo Dr. Mário Freitas, da Universidade do Minho.
- CAPITÃES DE ABRIL
21,30 Horas
Procissão de velas e missa campal na Urbanização
“Capitães de Abril” de S. Vicente, com alocução sobre “O ambiente na sua
relação com o Espírito” pelo P.e Dr. José Maria Gonçalves,
Pároco de Candemil – Vila Nova de Cerveira.
Este acto, bem como os restantes do fórum, integra-se
nas cerimónias da celebração da Padroeira, Nossa Senhora de Fátima, cujo dia
principal ocorre no dia 13 de Maio.
Fórum
Ambiente
Civismo
... um contributo para...
1. Promover
debate e confronto de ideias e experiências sobre os
problemas ambientais.
2.
Consciencializar
para o papel dos valores ecológicos na formação
integral do ser humano.
3. Alertar
para a incidência dos comportamentos e atitudes das
pessoas na qualidade do ambiente.
4. Equacionar
os problemas do desenvolvimento com qualidade de vida
e preservação do ambiente.
Pensamentos...
“A terra não é uma herança.
Recebemo-la de
empréstimo dos nossos filhos.”
(Provérbio
indiano)
“ Um conceito muito divulgado é a ideia de que quem
prejudica o ambiente são certos
sectores da actividade humana potencialmente poluentes como a agricultura, a
indústria, certos serviços, etc.. Porém, a defesa do ambiente começa, antes
de tudo, nas atitudes de cada um.”
(Dr. Mário Freitas)
“... Mais importante que saber coisas sobre ambiente é
amar o ambiente e, principalmente, fazer alguma coisa para o defender.”
(Idem)
Organização
Comissão Fabriqueira da Paróquia de Nª Sª de Fátima –
Viana do Castelo
FÓRUM
“AMBIENTE E CIVISMO”
CONCLUSÕES
* A Natureza está a esgotar-se progressivamente. Os
recursos naturais pareciam inesgotáveis, ainda nos princípios deste século, mas
hoje estão a mostrar os seus limites. Particularmente se afigura como uma
necessidade imperiosa o repovoamento florestal das zonas ardidas ou destruídas,
dado considerar-se já terem sido ultrapassados os limites dos recursos mínimos
à vida do planeta.
* Como em tudo, também em Ecologia os extremismos são
perniciosos. É no meio termo que se joga o necessário equilíbrio que conduzirá
o homem a um uso racional e ponderado da Natureza, devendo nortear-se para com
ela por uma atitude de condómino e não de domínio despótico.
* Uma visão sacralizada da natureza tem conduzido, da
parte de certos movimentos, a uma visão unilateral da mesma. É na sua condição
de recurso ao serviço do homem que adquire todo o seu significado. Os
princípios de equilíbrio, harmonia e desenvolvimento sustentado devem estar na
base da exploração e utilização dos seus recursos.
* É preciso estarmos atentos às relações de interdependência
existentes na Natureza. A destruição de um elemento, numa cadeia trófica, pode
implicar a extinção em bloco, pois na Natureza “tudo se relaciona com tudo e em
todos os tempos”.
* Os motivos económicos e a moral ecológica quotidiana
são quase sempre minimalistas e inibidores de maior audácia no aspecto de
políticas e comportamentos ambientais. Quando a protecção do ambiente colide com os interesses de política
económica ou individuais, não abdicamos facilmente do nosso egoísmo e comodismo
imediatos, pelo que se faz sentir a necessidade de uma verdadeira educação e
responsabilidade ambiental a todos os níveis.
* No caso concreto de Viana do Castelo, é preciso
estarmos atentos aos valores ambientais de que ainda disfrutamos para melhor os
defender e preservar.
* A defesa e a preservação do meio ambiente é hoje uma
questão essencial para uma vida com o mínimo de qualidade e de dignidade.
Exige, da parte do ser humano, uma nova consciência dos valores ambientais que
assenta numa educação permanente e em todas as fases do desenvolvimento do
homem.
* Como instâncias da educação ambiental ressalta-se,
pelo alcance da sua acção e pela possibilidade de induzir comportamentos, o
papel da Família, da Escola, da Igreja e do Movimento Associativo.
* Os problemas do ambiente traduzem uma errada relação
do Homem com a Natureza e dos Homens entre si: implicam respeito do Homem pelos
outros elementos: consciência dos direitos e deveres de uns e de outros. Daí
que a alteração deste estado de coisas remeta sempre para o domínio da educação
e do civismo, o que implica alteração de comportamentos e de atitudes.
* A melhoria da qualidade do ambiente exige o
empenhamento, político e social, dos diferentes órgãos do poder e a assunção da
responsabilidade individual dos cidadãos – condição essencial para o sucesso de
qualquer medida de política ambiental.
* A informação desempenha um papel imprescindível na
criação de uma nova consciência e atitude ambientais. É obrigação dos órgãos do
poder informar de forma clara, precisa e oportuna sobre tudo quanto tenha
incidência na qualidade do ambiente.
* Se todo o Homem deve ser solidário com a Natureza e
com o seu semelhante, por mais motivos o Cristão, iluminado pela fé, deve
empenhar-se não só para evitar agressões à Natureza, mas para considerar como
imperativo moral a melhoria do ambiente, dignificando-o com a sua presença e
valorizando-o com a sua acção
* É possível conciliar consumo e qualidade de vida.
Sendo assim, o conceito de qualidade de vida deve centrar-se mais no ser do que
no ter, e manifestar preferência por bens e produtos não agressores do
ambiente.
CONCURSO DE FOTOGRAFIA
“OLHARES SOBRE O AMBIENTE”
REGULAMENTO
1. Objectivo e Tema
Este concurso tem como objectivo primordial sensibilizar
e alertar, através de imagens fotográficas, para os problemas ambientais do
meio em que vivemos. Cabem aqui numerosos motivos, perspectivas e enfoques,
pelo que o tema geral do concurso seja justamente “Olhares sobre o
Ambiente”.
2. Trabalhos Fotográficos
As fotografias deverão ser originais, não publicadas
ou expostas, resultantes de negativos a CORES, que serão apensos aos trabalhos
apresentados a concurso.
Cada participante poderá concorrer com um número
máximo de 5 trabalhos, cujo formato deverá ser 18x24 cm.
No verso de cada fotografia deverá ser indicado o
título e o pseudónimo do concorrente.
3. Quem pode concorrer
A participação neste concurso é aberta a todos os
alunos das Escolas C+S e Secundárias de Viana do Castelo.
4. Entrega de trabalhos
4.1- O prazo
limite, para a entrega, será dia 30 de Abril de 1998, até às 19 horas, esta
deverá ser feita em mão ou pelo correio, para:
Comissão Organizadora do Concurso de Fotografia
Cartório da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Largo das Carmelitas
4900 Viana do Castelo
4.2- Aos
trabalhos submetidos a concurso deverá juntar-se um envelope fechado, contendo,
no exterior, o pseudónimo do concorrente e, no interior, fotocópia do bilhete
de identidade, endereço e telefone do concorrente.
5. Prémios
5.1- Serão
atribuídos prémios aos três trabalhos melhor classificados e cinco menções
honrosas.
5.2- As
fotografias premiadas serão propriedade da Organização, a quem será cedido o
negativo/diapositivo. Esta Comissão reserva-se o direito de utilizar trabalhos
para exposição/publicação, abdicando assim os concorrentes de quaisquer
direitos de autor. Nessas situações será sempre salvaguardada a indicação do
nome do autor. A Comissão tomará ainda o máximo cuidado na conservação dos
trabalhos recebidos, não se responsabilizam por eventuais danos ou extravios.
6. Avaliação dos trabalhos
Um júri, multidisciplinar de cinco elementos e
integrando personalidades com formação específica, apreciará todos os trabalhos
sujeitos a concurso, de modo a atribuir os prémios e as menções honrosas.
Poderá, eventualmente, não atribuir prémios caso considere que os trabalhos não
possuam a qualidade necessária.
As decisões do júri são soberanas e não admitem recurso.
A participação neste concurso implica a aceitação
integral deste regulamento.
7. Publicação dos resultados / entrega de prémios /
exposição
7.1- A
publicação dos resultados e a distribuição dos prémios será feita em cerimónia
pública, em local e data a anunciar, após a avaliação de todos os trabalhos
admitidos a concurso.
7.2- Será
feita uma exposição com todos os trabalhos concorrentes, durante a realização
do Fórum, nas instalações do HUMANITUS FÓRUM, à Rua da Bandeira, em frente à
Igreja das Camelitas.
FÓRUM
“AMBIENTE E CIVISMO”
De casa para a escola,
os miúdos observam a Natureza
Como estratégia de catequese e de sensibilização para os
problemas do “Ambiente e Civismo”, tema do fórum que a Paróquia
levou a efeito por ocasião das celebrações da Padroeira, foram os alunos das
escolas do 1º ciclo da cidade convidados a reflectir sobre essa temática. De
concreto, foi-lhes sugerida a participação num concurso em que fixariam, num
desenho e suporte escrito, a sua visão do ambiente no percurso que diariamente
fazem de casa para a escola. Daí o tema do concurso – “De casa parar a
escola, eu observo a Natureza” – como forma de reflectir precisamente
esse objectivo.
Responderam ao convite as Escolas da Meadela, Darque, Carmo
e Abelheira, num total de cerca 350 trabalhos que estiveram expostos no
HUMANITUS FÓRUM, onde puderam ser vistos até ao transacto dia 12.
Todos os trabalhos foram apreciados por um júri composto
pelo fotógrafo profissional Sr. Camilo Arezes, pelo Dr. Júlio Capela da Cruz e
Dr.ª Dorinda Fernandes, professores de Artes Visuais e de Português,
respectivamente. Todos se congratularam pelo elevado número de participantes e
felicitam as escolas pela quantidade e qualidade de trabalhos apresentados.
Realçaram a qualidade plástica dos trabalhos da escola da Meadela, embora a
falta de texto, componente obrigatória, os tivesse afastado do grupo dos
premiados.
Da análise e avaliação dos trabalhos sujeitos a concurso,
e de acordo com o previsto no regulamento, o júri premiou os seguintes alunos:
1º Prémio: Joana Catarina
Martins Peixe – 3º Ano, Escola do Carmo;
2º Prémio: Teresa Maria
Alexandra R. A. Costa – 3º Ano, Escola do Carmo;
3º Prémio: Jorge dos Santos
Costa – 2º Ano, Escola da Abelheira.
Menções
Honrosas:
Pedro Miguel C. Marques Silva – 3º Ano, Escola do Carmo;
Ana Margarida Pinto Mascarenhas – 2º Ano, Escola da
Abelheira;
Rosa Isaura Rodrigues Pires – 3º Ano, Escola do Carmo;
Helena Andreia Martinho dos Santos – 4º Ano, Escola do
Carmo;
Margarida Paula Santos Morais Costa – 3º Ano, Escola do
Carmo.
A Comissão organizadora do fórum felicita, mais uma
vez, todas as escolas e alunos que participaram neste concurso, que certamente
terá constituído uma ocasião de reflexão e alerta para os problemas que afectam
o ambiente.
Dirige ainda uma palavra de muito apreço aos
professores que dinamizaram os seus alunos para este trabalho, apesar do
incómodo que esse esforço terá representado, pois as solicitações terão sido
mais do que muitas. A Organização compreende, valoriza e agradece tais gestos.
A Organização
N N N N N
PROJECTO
Formas
de ver
N
OBJECTIVOS
1- Consciencializar
os jovens e cegos/amblíopes da importância do equilíbrio ambiental;
2- Fomentar
a comunicação e solidariedade entre cegos/amblíopes e outros jovens sem esta
deficiência;
3- Criar
um centro de documentação sobre o ambiente, utilizável por este grupo alvo;
4- Promover
a reciclagem de materiais, nomeadamente do papel;
5- Animar
um Centro de Apoio a Cegos/Amblíopes, com infra-estruturas tecnológicas
adequadas às populações em questão.
N
PROGRAMA
6 a 14 de Outubro de 1998
Inscrições abertas para participação
nas actividades do projecto.
17 de Outubro de 1998 (10 horas)
Sessão
de formação: “A árvore, o seu contexto e importância ecológica”.
Local: Humanitus
Fórum
24 de Outubro de 1998 (10 horas)
Sessão de formação: “A
Madeira e o seu valor económico”.
Local: Humanitus
Fórum.
31 de Outubro de 1998 (10 horas)
Visita à Adega
Cooperativa de Ponte de Lima, com prova de vinho.
Local:
Ponte de Lima.
7 de Novembro de 1998 (10 horas)
Sessão de Formação: “Os
produtos da Floresta: Os Frutos”.
Local: Humanitus
Fórum
14 de Novembro de 1998 (10 horas)
Visita a uma oficina de um cesteiro
tradicional e a um espaço de reciclagem de papel.
21 de Novembro de 1998 (10 horas)
Sessão de Formação: “Os
Produtos da Floresta : A Folha”
Local: Humanitus
Fórum.
28 de Novembro de 1998 (10 horas)
Caminhada pedestre com
magusto.
5 de Dezembro de 1998 (10 horas)
Foot-paper com base em
provas de conhecimento de espécies.
12 a 19 de Dezembro de 1998 (10 horas)
Workshop sobre papel
reciclado.
Restante mês de Dezembro
Realização de um Herbário com os elementos recolhidos e
produzidos nas actividades anteriores.
Janeiro de 1999
Elaboração e organização
de material para exposição.
6 a 14 de Fevereiro de 1999
Exposição de materiais (herbários,
folhas de papel reciclado, fotos dos encontros...).
Local: Humanitus
Fórum
27 Fevereiro de 1999
Almoço/Convívio entre os
participantes no projecto.
JOVEM inscreve-te!
* Este projecto está aberto a
cegos e amblíopes, assim como a jovens entre os 15 e os 25 anos. A inscrição é
gratuita. Sê solidário.
Nome
__________________________________________________________
Morada
________________________________________________________
Telefone
_____________________________________
Idade ____________
Pretende transporte? SIM c NÃO c
SIM, indique a partir de que local
____________________________________
Identifique a sua situação
S/ Deficiência c
Amblíope c Cego c
Data _________________________________
Ass.
_________________________________________
N
contactos
* Anabela Dias – CENTRO DE CEGOS E AMBLÍOPES (Tel. 82 47
22);
* Cartório Paroquial de NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (Tel. 82
30 29).
N
PROMOTOR
* Centro Social Paroquial de
Nossa Senhora de Fátima
(VIANA DO CASTELO)
N
APOIOS
* PROGRAMA “JUVENTUDE PARA A EUROPA”
* OZANAN – CENTRO DE JUVENTUDE
Ø
Este programa está editado em braille. Se estiver interessado solicite o seu
envio pelo tel. 058 823029.
N
FORMAS DE VER

JORNADA DO IDOSO
|
22 de Fevereiro de 1999
Ano Internacional do Idoso
Objectivos das
Jornadas:
- Identificação de respostas às necessidades de 3ª idade;
- Sensibilização e formação para a
problemática da 3ª idade.
Destinatários:
- Idosos;
- Familiares de idosos;
- Técnicos que trabalham junto de
idosos;
- Todos os interessados pelos
problemas sociais.
Local:
-
Auditório do FORPESCAS
PROGRAMA
09h00 –
Início da acção. Auditório do Forpescas.
I . Sessão
de Abertura com a presença das autoridades
1) Justificação da
actividade;
2)
A importância da educação de adultos e intervenção comunitária, junto da
3ª idade – Prof.ª Dr.ª Carla Oliveira: Departamento de Educação e Psicologia da
Universidade do Minho.
II . O
Processo de Envelhecimento
1) Mudanças
físicas e cognitivas;
2) Mudanças
de estatuto e consequências psicológicas
-
Dr.ª Delfina Pinto Oliveira: Prof-Adjunta da Escola Superior de Enfermagem.
III .
Psicopatologia e o seu tratamento
1) 1)
Depressão
2) 2)
Ansiedade
3) 3)
Demências
4) 4)
Alzheimer
– Dr. Manuel Afonso: Médico Especialista de Saúde Pública, Chefe de
Serviço.
Intervalo
para almoço
IV . Histórias de vida na 3ª idade
-
Testemunhos de idosos
V . Ocupação de tempos livres na 3ª idade
-
Baile e lanche convívio
17h30
– Encerramento da
acção com a presença das autoridades.
ORGANIZAÇÃO:
* Ana Maria Ramos e
Sousa e Ana Maria Rodrigues Barros – Estagiárias de Licenciatura em Educação,
Ramo de especialização em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária, no
Projecto de Luta Contra a Pobreza em Viana do Castelo;
*
Colaboração de Ana Araújo – Voluntária do Centro de Dia de N.ª Sr.ª de Fátima –
e da Dra. Natália Castelejo – Professora da Escola Secundária de St.ª Maria
Maior.
APOIO LOGÍSTICO:
*
Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima;
*
Projecto de Luta contra a Pobreza de Viana do Castelo;
*
Centro Regional de Segurança Social;
*
Câmara Municipal de Viana do Castelo;
*
FORPESCAS.

COMPROMISSO E DIREITOS
HUMANOS
|
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Viana do Castelo
Maio de 1999
PROGRAMA DO 4º FÓRUM
Justificação
O Conselho de Pastoral Paroquial, de 18 de Setembro de
1998, consagrou e aprovou os objectivos gerais a que obedecerá o “Programa de
Pastoral” da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, para 1998/1999.
Deste programa fazem parte as já habituais jornadas, nas
quais se insere um 4º Fórum que, à semelhança dos anteriores, procura reflectir
sobre um tema da actualidade que seja sentido pela população e para com o qual
a comunidade paroquial se sinta particularmente envolvida.
Assim,
desta feita, será abordado o tema “Compromisso e Direitos Humanos”, não só como
corolário da recente celebração do 50º aniversário da respectiva “Declaração
Universal”, mas também como contributo para a consciencialização da necessária
e congruente relação entre o “ser” cristão e o “parecer”, ou seja, entre o
compromisso intrínseco da Mensagem de Cristo e a visibilidade expressa da
vivência quotidiana de cada um.
Objectivos gerais
Através de acções de formação e de informação,
procura-se, em primeiro lugar, dar a conhecer à comunidade a DECLARAÇÃO
UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, a sua génese histórica, a sua integração na
Constituição Portuguesa, o seu lato sentido humano e a observação e constatação
da sua coincidência com os princípios humanos da Igreja Católica.
Paralelamente, procurará induzir-se a reflexão acerca do
“COMPROMISSO CRISTÃO” no mundo, dando visibilidade à obra social da Igreja, ao
muito que ainda há por fazer e à “obrigação” pessoal de todos e de cada um,
enquanto cidadãos comprometidos com princípios que, embora não objectivamente
visíveis, estão sempre presentes e a presidir a todo e qualquer acto da sua
vida.
“O substrato cristão, bem como o de outras culturas
humanistas, está bem patente no texto da Declaração e nos valores que o inspiram.
(...)
Em Cristo e por Cristo, Deus revelou-se plenamente à
humanidade e aproximou-se definitivamente dela; e, ao mesmo tempo, em Cristo e
por Cristo, o homem adquiriu plena consciência da sua dignidade, da sua
elevação, do valor transcendente da própria humanidade e do sentido da sua
existência. (...)
Compaginar cada um dos direitos
humanos, tal como vêm na Declaração Universal, com a doutrina social da Igreja,
expressa nas encíclicas papais, nos documentos conciliares, nas exortações
sinodais, nos demais documentos e mensagens pontifícias, constitui um estímulo
diário ao compromisso e à generosidade dos cristãos e à responsabilidade da
Igreja.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, apesar das
limitações do seu enunciado e das transgressões e omissões da sua aplicação,
faz parte do património cultural da humanidade. Por isso nos incumbe a todos o
dever da sua defesa, da promoção do seu conhecimento e aplicação, e da denúncia
dos actos contrários e lesivos dos direitos pessoais e sociais, por parte de
responsáveis, sejam eles entidades, grupos ou indivíduos. (...)
Um cristão tem redobrados motivos para fazer dos direitos
humanos um campo de militância e para se empenhar com eles e com outros,
cristãos ou não, na mesma causa, tão urgente como importante.” (*)
(*)
Excertos da “Carta Pastoral da Conferência Episcopal
Portuguesa”, Fátima, 1/12/1998.
Comissão Organizadora
João Silva
Maria José
Cristina Roque
Clara Reis
Alda Felgueiras
Pereira de Carvalho
Romeu de Sousa
Armando Brochado
Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima
C O N V I T E
A Comissão Organizadora do 4º Fórum “COMPROMISSO E
DIREITOS HUMANOS”, tem a honra de convidar V. Ex.ª a assistir aos seguintes
momentos:
·
Palestra por D. Manuel Martins (Bispo Emérito de Setúbal) –
auditório do Centro Social, em St.º António, dia 14 de Maio, Sexta-feira, às
18,30 horas.
·
Exposição de réplicas, em miniatura, de embarcações, executadas
pelo artesão Francisco Passos, no “Humanitus Fórum” (em frente à Igreja
de Nossa Senhora de Fátima), dia 16 de Maio, Domingo, às 15,30 horas.
Esperando merecer o favor da sua ilustre presença, nestes
e nos restantes momentos do programa anexo, apresentamos os melhores
cumprimentos.
Viana do Castelo, 10 de Maio de 1999
A COMISSÃO ORGANIZADORA
O Pároco de N.ª Sr.ª de Fátima
(P.e
Artur Coutinho)

COMPROMISSO E
DIREITOS HUMANOS
|
Os Jovens, Os Adolescentes e as Crianças
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
Dia 16 de Maio de 1999
Os Direitos da Criança
Ser Criança é Ter Direito
À
igualdade, sem distinção de raça ou de cultura, de religião ou nacionalidade.
À melhor protecção possível, no
desenvolvimento físico, mental e social.
À honra de um nome e de uma
nacionalidade.
À
alimentação e conforto de uma casa; a todos os cuidados médicos, para si e para
a mãe que lhe deu a vida.
À
educação e atenções especiais, quando se trata de criança física ou mentalmente
diminuída.
É Ter Direito
À
compreensão e amor de uma família e da sociedade.
À
educação gratuita, ao desporto e ao lazer.
À
prioridade de assistência, em caso de desastre.
À
defesa e protecção contra o abandono e a exploração no trabalho.
À
formação integral, em espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça
entre os Homens.
Programa
Domingo,
dia 16 de Maio
* Às 15 h 30 -
Abertura da Exposição de trabalhos do artesão Francisco Freitas Passos,
que se manterá aberta nos seguintes horários: 9 h - 12h e 14h - 17h, até ao Domingo seguinte, às 13h.
* Às 16 h 00 -
Exposição de trabalhos da Catequese sobre os direitos humanos.
·
Desenho ·
Painéis
·
Pintura ·
Poemas
·
Artigos de Opinião ·
Cartazes
·
Texto-composições
Encenações
·
Teatro ·
Dança · Declamações
·
Canções ·
Jograis
Folclore
·
Desfile
·
Exibição
Música de Câmara
* Às 19 h
00 -
Encerramento com música cigana.
Justificação
O Conselho de Pastoral Paroquial, de 18 de Setembro de
1998, consagrou e aprovou os objectivos gerais a que obedecerá o “Programa de
Pastoral” da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, para 1998/1999.
Deste
programa fazem parte as já habituais jornadas, nas quais se insere um 4º Fórum
com tema “Compromisso e Direitos Humanos”, não só como corolário da recente
celebração do 50º aniversário da respectiva “Declaração Universal”, mas também
como contributo para a consciencialização da necessária e congruente relação
entre o “ser” cristão e o “parecer”, ou seja, entre o compromisso intrínseco da
Mensagem de Cristo e a visibilidade expressa da vivência quotidiana de cada um.
Objectivos gerais
Através de acções de formação e de informação,
procura-se, em primeiro lugar, dar a conhecer à comunidade a DECLARAÇÃO
UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, a sua génese histórica, a sua integração na
Constituição Portuguesa, o seu lato sentido humano e a observação e constatação
da sua coincidência com os princípios humanos da Igreja Católica.
“O substrato cristão, bem como o de outras culturas
humanistas, está bem patente no texto da Declaração e nos valores que o
inspiram. (...)
Um cristão tem redobrados motivos para fazer dos direitos
humanos um campo de militância e para se empenhar com eles e com outros,
cristãos ou não, na mesma causa, tão urgente como importante.”
A
Comissão Executiva

JORNADAS DA PAZ
|
A Família e a Cultura da Paz
11 a 24 de Maio de 2000
Objectivos das Jornadas:
-
Assinalar o Ano Internacional para a
Cultura da Paz;
-
Promover a reflexão sobre o papel da
família na construção de uma sociedade de Paz;
-
Comemorar o sexto aniversário do
Gabinete de Atendimento à Família;
-
Celebrar a Festa da Padroeira
(Paróquia Nossa Senhora de Fátima), no âmbito do Ano Jubilar.
Organização:
- Gabinete de Atendimento à Família
-
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
15 15
16
ÿ
Encontro de Reflexão
A
FAMÍLIA E A CULTURA DA PAZ
Auditório do Lar de Santa Teresa
19 de Maio de 2000
9
h - Abertura do Secretariado
Entrega de Documentação
9
h 30 - (1º Painel)
A Família e a Paz: Que relação?
Dr. Rui Moreira (Centro Reg. de Alcoologia do Porto)
Dr.ª Fátima Melo (Projecto de Luta Contra a
Pobreza de Viana do Castelo/Lar Santa Teresa)
Dr.ª Ângela Pontes (GAF)
Moderador:
Dr. Carlos Gonçalves (F.P.C.E. – Univ. do Porto)
11
h - Intervalo
11h
30 - (2º Painel)
Cultura da Paz:
Que instituições, que intervenções?
Dr.ª Cristina Andrade (Assist. Médica Internacional)
Dr. Armando Borlido (Amnistia Internacional – Núcleo Reg.
V. C.)
Dr.ª Maria dos Prazeres Guimil (SOS Racismo)
Moderador:
Dr.ª Manuela Coutinho (Segurança Social – V. C.)
13
h – Almoço
14
h 30 - (3º Painel)
Os Media e a Cultura da Paz
Frei Bento Domingues
Dr.ª Maria Cerqueira (RTP)
Dr.ª Felisbela Lopes (Univ. do
Minho)
Moderador:
Dr. Reis Ribeiro
16
h
Vídeo com Testemunhos de Paz dos
alunos de Agrupamento de Escolas da Abelheira – V. C.
SEMANA DO EURO
22 a 25 de Maio de 2000
OBJECTIVOS
* Sensibilizar e informar a população
da comunidade local relativamente ao uso da nova moeda que entra em vigor em
Janeiro de 2001.
*
Informar sobre o nascimento e evolução da comunidade Europeia.
*
Contactar com os desenhos das notas e moedas do Euro.
* Promover uma feira, com produtos de
primeira necessidade, onde a moeda transaccionada será o Euro.
ESTRATÉGIAS
Teórica:
Nos dias 22, 23 e 25, a partir das
21h30, a comunidade local tem a oportunidade de participar nas conferências
sobre o Euro.
Prática:
Durante o dia (das 10h00 às 17h00) os
idosos, crianças e escolas podem visitar a feira, nos anexos ao Humanitus
Fórum.
PROGRAMA
1ª
Sessão – 22/05/2001 (terça-feira)
* Abertura da semana sobre o Euro pelo Padre
Artur Coutinho.
* Conferências:
1.
“A antiguidade da Europa como
experiência para vencer o futuro.”
Dr.
José da Costa Calçada
2.
Evolução da Europa Comunitária: “Da Europa do carvão e do aço à
Europa dos cidadãos”.
Dr. José Carlos Loureiro
2ª
Sessão – 23/05/2001 (quarta-feira)
* Conferências:
1. “Países da zona do Euro”
Dr.ª Teresa Barroso
2. “Direito de livre circulação de
pessoas e bens na Europa dos cidadãos”
Dr. Franco Castro
3. “Visão federalista da Europa”
Dr.ª Graça Gonçalves
3ª
Sessão – 25/05/2001 (sexta-feira)
* Mesa Redonda: “Diversos pontos de
vista sobre a União Europeia”
1. “Concepção das notas e moedas do Euro”
Eng.ª Natália Castelejo
2. “Visão cultural da União Europeia”
Dr.ª Maria de Fátima Agra
3. “Mercado Único e suas implicações”
Dr.ª Teresa Barroso
Moderador:
Dr. Franco Castro
22h30
– Encerramento
I
Encontro de Jovens
15,
16 e 17 de Dezembro de 2000
Auditório
de Sto. António – Viana do Castelo
Projecto “Duas Mãos
cheias de Paz”
Centro
Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima
PROGRAMA
15
de Dezembro
Humanitus
Fórum, R. Bandeira, 504
17h00: Recepção dos
Jovens participantes no encontro.
18h00: Visita à Exposição
“Homens pela Paz”.
22h00: Recital de poesia.
16
de Dezembro
Auditório de
Santo António
09h30:
Animação de rua
10h00
- 12h00: Recepção dos participantes. Início dos
trabalhos do Encontro.
* “Conversando”: Políticas para
uma cultura de Paz (convidados os dirigentes da juventude do distrito).
* “Pára, escuta e vê”: Ambiente, desenvolvimento e
cultura de paz.
* “Comunicando”: Envio de mensagens de paz via Internet.
Intervalo para o Almoço
14h00
- 18h00: Continuação dos trabalhos.
* “Pára, escuta e vê”:
Religiões: entre a cultura de paz e a cultura de guerra.
* “Comunicando”: Apresentação
de projectos e ideias promotoras de uma cultura de paz (pelos participantes).
* “Conversando”: Os Direitos
Humanos e a Cultura de Paz (convidados defensores dos direitos humanos).
* “Comunicando” : Envio de
mensagens de paz via Internet.
* “Agindo” : Pintura do “Mural
da Paz”. Apresentação da “Manta da Paz”. Acção de sensibilização
junto de crianças: lançamento de balões com mensagens de paz.
Intervalo para Jantar
21h30:
Animação de rua
22h00:
Espectáculo musical (com a participação de bandas, coros, tunas e grupos
musicais convidados).
17
de Dezembro
Humanitus
Fórum, R. Bandeira, 504
10h00: Oração pela paz, a partir de textos de
diferentes religiões. Encerramento da Exposição “Homens pela Paz”.
Quem
pode participar?
Jovens a partir dos 13 anos,
a título individual ou como representação de uma associação ou grupo de Jovens.
O espectáculo será aberto à comunidade.
Como
participar?
·
Música pela Paz
O espectáculo musical está aberto à
participação de coros, grupos musicais, tunas e actuações
individuais. Será realizado à noite sendo permitida a entrada de não participantes
no encontro.
·
Ideias pela Paz
Apresentação de participação ideias e projectos
promotores de uma cultura de paz. A pode ser a título individual ou
como representante de associações. Aberto a todos sem distinção
sócio-económica, política, cultural, religiosa ou étnica.
·
Outras formas de participar
Apresentação de peças de teatro, dança, declamação de
poesia ou textos alusivos à Paz. Participação aberta aos grupos e a título
individual.
Apoio do Instituto
Português da Juventude – Programa “Juventude para a Europa”
I N
Duas mãos cheias de PAZ
O projecto inclui 10 acções
diferentes, a desenvolver por jovens. O objectivo é promover uma cultura de paz
na comunidade local e a ocupação dos tempos livres. O projecto inclui
actividades de ar livre, ateliers, trabalho com novas tecnologias, iniciativas
musicais e um encontro de jovens que pretende promover o debate sem distinção
social, política, económica e religiosa.
O projecto destina-se a jovens entre
os 13 e os 25 anos. As actividades decorrerão entre Junho de 2000 e Janeiro de
2001.
IMAGENS PELA
PAZ
ARTES PLÁSTICAS
PELA PAZ
I
POESIA E “ESTÓRIAS”
PARA A PAZ
RALLY-PAPER
ENTRE GERAÇÕES
TECNOLOGIA
DA PAZ PELA PAZ Internet
IMAGENS PELA
PAZ
{ CICLISMO
PELA PAZ
} IDEIAS PELA
PAZ
NI
CAMINHADA
PELA PAZ
HOMENS PELA
PAZ
Duas mãos cheias de PAZ
Projecto promovido pelo Centro Social e Paroquial de N.ª
Sr.ª de Fátima, J.A.V. (Jovens Amigos da Vida) e apoiado pelo Programa
Juventude para a Europa. Para saberes mais contacta o Cartório Paroquial de N.ª
Sr.ª de Fátima – Tel.: 258 823029.
A primeira fase de inscrições decorre até ao fim do mês
de Junho.
I N
2001 ANO INTERNACIONAL
DOS VOLUNTÁRIOS
“VOLUNTARIADO E CARISMA”
8 de Dezembro de 2001
Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima
Viana do
Castelo
Em
Ano de Voluntariado este “Hino à Vida”:
·
Sempre que sou capaz de dar as mãos e
ajudar o outro...
·
Sempre que procuro mitigar a sua dor e
estou atento à sua alegria e ao seu sofrimento...
·
Sempre que sou capaz de ouvir, confortar,
ajudar, acompanhar...
·
Sempre que partilho o meu saber, o meu
dinheiro ou o meu descanso...
·
Sempre que “Desorganizo” o meu tempo
organizado, que me dou...
·
Sempre que arranjo tempo para admirar
as maravilhas da vida, da natureza, do belo...
·
Sempre que na minha oração falo ao
Senhor nas grandes preocupações e alegrias da mulher e do Homem de hoje...
·
Sempre que sou capaz de dar as razões
da minha Esperança e Partilha no dom da Fé a favor dos Outros...
“ Eu estou a fazer da minha vida um Hino à Vida”
(Autor
desconhecido)
ORGANIZAÇÃO
* Paróquia da Senhora de Fátima
* Colaboração do Agrupamento de
Escuteiros, que celebram o 10º aniversário da sua fundação.
* Colaboração de todos os Grupos,
Movimentos, Instituições e Valências da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.
LOCAL
*
Auditório do Castelo de Santiago da Barra, Viana do Castelo
COMISSÃO
EXECUTIVA
*
Comissão Fabriqueira
*
Conselho Pastoral Paroquial
OBJECTIVOS
* Comemorar o dia
do Voluntário das diversas Valências das Instituições ligadas à Paróquia;
* Assinalar o Ano Internacional do
Voluntariado;
* Promover a
reflexão sobre a figura e o papel do voluntário nas instituições e na
intervenção social;
* Facilitar o encontro e partilha de
experiências entre os voluntários;
* Identificar os
meios e as formas adequadas para que um número cada vez maior de pessoas se
interesse pela realização do trabalho voluntário.
DESTINATÁRIOS
*
Todos os voluntários da Paróquia.
PROGRAMA
8 de Dezembro de 2001 (Sábado)
Dia de N.ª Sr.ª da Conceição
10h30
– Concelebração Eucarística
Presidida pelo P.e Artur Coutinho, Pároco de N.ª Sr.ª de
Fátima
14h30
– Sessão de Abertura
P. e Artur Rodrigues Coutinho, Pároco
Painel:
* “Voluntariado
organizado e institucional”
José Calçada, Sociólogo e Func.
Centro Social Paroquial
* “Voluntariado como deontologia e pedagogia de encontro com o Outro”
P.e
Dr. Alípio Lima, Professor da Universidade Católica
* “Voluntariado
como educação para a Cidadania”
João Silva, Sociólogo e Func. da Câmara Municipal de Viana do Castelo
Moderador:
P.e Dr. Joaquim Teixeira, Superior do
Seminário do Carmo
16h00
– Espaço Musical
GRUPOS PAROQUIAIS INTERVENIENTES
*
Acólitos *
Infantário
*
Berço de Nossa Senhora das Necessidades
*
Catequese *
JAV – Jovens Amigos da Vida
*
Centro de Dia *
Legião de Maria
*
CECAN – RD *
Leitores
*
Comissão Fabriqueira *
Ministros Extraordinários da Comunhão
*
Conselho Paroquial de Pastoral *
Ostiários
*
Corais *
Ozanan
*
Escola de Música *
Refeitório Social
*
Escutismo *
Samaritano – 1
*
Vicentinos *
Zeladores
Coordenação
do Dr. Albino Ramalho
17h15
– Sessão de Encerramento
Com a participação das autoridades.
(Distribuição de lembranças adequadas)

PRIMEIRAS JORNADAS
|
“COMUNIDADE AO SERVIÇO DA INFÂNCIA E TERCEIRA IDADE”
8
de Fevereiro de 2003 a 5 de Abril de 2003
Intenção
A fé não tem sentido se não for provada pelas obras. Uma
comunidade paroquial sem o exercício sócio-caritativo pode estar a declarar a
sua morte antecipada. O Centro Social e Paroquial ao organizar as Primeiras
Jornadas “Comunidade ao Serviço da Infância e Terceira Idade”
quer dar a conhecer a sua obra social à comunidade em geral e informá-la das
problemáticas contingentes a esta realidade e à sociedade pós-moderna: porque
todos somos ignorantes, o que nos diferencia é que nem todos ignoramos as
mesmas coisas.
Objectivos
*
Formar, formar-se e reflectir sobre as problemáticas que são contigentes à
Infância e Terceira Idade.
* Facilitar o evento e a partilha de
experiências a nível da intervenção junto da Infância e Terceira Idade.
* Sensibilizar para uma maior adesão
e empenhamento no serviço a esta população - alvo.
* Dar a conhecer a obra social da
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima.
Destinatários
*
Instituições Sociais: Todos os que trabalham na área do apoio à Infância
e Terceira Idade, Centros Sociais Paroquiais, Cáritas, Conferências Vicentinas,
Misericórdias, I. P. S. S., ...
* Acção Social:
Técnicos de Serviços Sociais, Voluntários da Acção Social, Membros de
Movimentos e Obras Sócio - caritativas.
* Outros:
Estudantes de Sociologia, Serviço Social, Educação, Psicologia, Enfermagem,
Fisioterapia, entre outros.
PROGRAMA
Dia 8 de Fevereiro de 2003 – 16:h30
* Abertura das Jornadas com a
presença das autoridades
Moderadora:
Dr.ª Teresa Barroso, Professora e Membro da
Direcção do Centro Social de Nossa Senhora de Fátima, Comissão Executiva
1º Painel:
* A Paróquia ao serviço da família e da
inclusão social da infância e terceira
idade
* A obra social da Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima
* A metodologia das jornadas
(Comissão organizadora das jornadas)
Apresentação
das Valências da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima:
ÁREA
DE INTERVENÇÃO INFANTO - JUVENIL
Dia 8 de Fevereiro de 2003
O Berço – Centro de Acolhimento Temporário de Bebés e
Crianças em Risco.
Eng.ª
Natália Castelejo / D. Maria Lúcia Lourenço (Assistente Maternal do Berço de
Nossa Senhora das Necessidades)
Dia 15 de Fevereiro de 2003
Jardim de Infância de Nossa Senhora de Fátima
Eng.º
António Mota / Maria José Martins (Educadora de Infância, Jardim de Infância de
N.ª Sr.ª de Fátima)
Dia 22 de Fevereiro de 2003
OZANAN – Centro de Juventude
Dr.ª
Piedade Gonçalves / Arménia Rego (Educadora de Infância, OZANAN – Centro de
Juventude)
Dia 6 de Março de 2003 – 21h00
2º Painel:
* “O papel e a
missão dos Centros de Acolhimento Temporário como resposta a crianças em
situação de risco”
Dr.ª M.ª Gabriela Salvador A. da Silva,
Técnica Superior de Serviço Social, CDSSS de Viana do Castelo.
* “O papel da
família no desenvolvimento harmonioso da criança”
Dr. Carlos Aguiar,
Presidente da Associação Portuguesa de Famílias de Braga.
* “A Educação e
Formação Parental: Formas de educar para a felicidade”
Dr.ª M.ª Augusta Manso, Psicóloga e Prof. Da Escola
Superior de Educação de Viana do Castelo, membro da Direcção do Centro Social e
Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima
* Indicadores de maus tratos em
crianças e jovens, na perspectiva médica”
Dr.ª Joana Moura, Serviço de Pediatria
do Centro Hospitalar do Alto Minho
* “Panorama da violência doméstica no Distrito de
Viana do Castelo”
Dr.ª Isolinda Pequeno, Técnica
Superior de Serviço Social, CDSSS de Viana do Castelo.
Moderadora:
Dr.ª Luísa de Sousa, Técnica Superior de Serviço Social, CDSSS de Viana do
Castelo, Comissão Executiva.
INTERVENÇÃO E APOIO À POPULAÇÃO SÉNIOR
Dia 8 de Março de 2003
“Centro de Dia e Centro de Convívio”
Dr.ª
Teresa Barroso / Maribela Machado (Educadora Social do Centro de Dia de
N.ª Sr.ª de Fátima)
Dia 22 de Março de 2003
Serviço
de Apoio Domiciliário e Apoio Domiciliário Integrado:conjugação da resposta da
saúde com a resposta social.
Dr.ª
Teresa Barroso / Dr. José da Costa Calçada (Sociólogo e Coordenador do Serviço
Social do Centro Social e Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima, Comissão Executiva)
Dia 27 de Março de 2003 – 21h00
3º Painel:
* Testemunhos de
alguns utentes do Centro de Dia, Centro de Convívio e Apoio Domiciliário
* “Um Olhar
sobre os factores de vulnerabilidade geriátrica em meio urbano”
Dr.ª Maria Augusta da Cruz Martins,
Assistente de Clínica Geral, Centro de Saúde de Viana do Castelo
* “Promoção do
envelhecimento no seio da família”
Dr.ª M.ª Augusta Manso, Psicóloga e Prof. Da Escola
Superior de Educação de Viana do Castelo, membro da Direcção do Centro Social e
Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima
* Promoção da longevidade activa e com
autonomia”
Dr.ª Maria Ermelinda Ribeiro Jaques, Prof. Coordenadora
na Escola Superior de Enfermagem de Viana do Castelo
Moderador:
Dr. Manuel Afonso, Delegado de Saúde de Viana do Castelo, Médico
Voluntário do Centro Social e Paroquial
de N.ª Sr.ª de Fátima, Comissão Executiva.
ENCERRAMENTO
DAS JORNADAS
Dia 27 de Março de 2003 – 21h00
4º Painel:
* “Fundamentos
teóricos da animação para idosos”
Dr.ª Manuela Costa, Educadora Social,
Projecto de Luta Contra a Pobreza “Viana do Castelo Município Saudável”
* “Deontologia e
ética no apoio ao idoso e ao doente cronicodependente”
Cón. Dr. Rui Osório
de Castro Alves, Jornalista do Jornal de Notícias, Cónego da Sé do Porto
* “Doutrina
Social da Igreja e Pastoral da Saúde no apoio à Infância e Terceira Idade”
D. Manuel Martins, Bispo Emérito da Diocese
de Setúbal
Moderador:
Dr. Franco Castro, Jurista e Membro da Direcção do Centro Social de Nossa
Senhora de Fátima, Comissão Executiva
Encerramento
das Jornadas com presença das autoridades.
ORGANIZAÇÃO
*Centro
Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima
SECRETARIADO
* Cartório Paroquial (Tel.: 258 823029 / 824722)
* Dr. José da Costa Calçada
* Dr.ª Teresa Barroso
LOCAL
* Auditório do Lar
de Santa Teresa, Viana do Castelo
COMISSÃO EXECUTIVA
* Dr. José da Costa
Calçada, Sociólogo
* Dr.ª Teresa Barroso, Professora
* Dr. Manuel Afonso, Médico
* Dr. Franco Castro, Jurista
* Dr.ª Luísa de Sousa, Técnica Superior de Serviço
Social
CAPÍTULO XII
25 ANOS DA PARÓQUIA
A
Paróquia promoveu uma festa com um grande programa que terminou com um
jantar-convívio, acompanhado de encenações de vários gostos, que reuniu quase
900 pessoas entre: familiares, amigos, paroquianos e ex-paroquianos,
conterrâneos e amigos da Paróquia de Glehn.
OS
SINOS VÃO TOCAR
A Paróquia de Nossa Senhora de Fátima prepara-se para viver
uma das datas mais festivas da sua vida comunitária: a celebração das Bodas de
Prata Sacerdotais do seu pároco, P.e Artur Rodrigues Coutinho. Vai
acontecer em Julho. Um programa diversificado de acções, que irão certamente
concitar a atenção de paroquianos e amigos do pároco e das suas obras, está a
receber os últimos retoques, esperando-se para breve a sua publicação.
As
comemorações concentram-se na semana de 5 a 12 de Julho. Abrirão com uma
conferência centrada na temática da pastoral social da Igreja para os tempos de
hoje. No dia 7, segunda-feira, terá lugar a inauguração de uma exposição
retrospectiva dos vinte e cinco anos de vida sacerdotal do senhor Padre Artur
Coutinho, decorrendo também no mesmo dia o lançamento do último livro da sua
autoria, “Mosaicos da Serra d’Arga”, onde se registam, sistematizam e
desenvolvem diversos materiais recolhidos ao longo de anos de contacto do autor
com as riquezas e os mistérios da Serra d’Arga.
O dia 9,
aniversário da ordenação sacerdotal, será assinalado com uma Eucaristia de
acção de graças na Igreja Paroquial, ao fim da tarde. Uma sessão solene com a
presença das autoridades civis e religiosas preencherá o serão do dia 11,
contando com a presença do célebre cantor de temas religiosos, Frei Hermano da
Câmara, que desta vez vem a Viana não propriamente para cantar, mas para um
testemunho sobre “A Vocação para a Santidade no Limiar do Terceiro Milénio”.
As
comemorações conhecerão o seu ponto culminante na tarde do dia 12, sábado, com
uma Eucaristia Solene presidida pelo senhor Bispo da Diocese, seguida de um
jantar-convívio no refeitório dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. A
animação está a cargo dos utentes das obras da Paróquia, contando-se ainda com
a participação de agrupamentos de Viana que dessa forma manifestarão, ao
homenageado, o seu apreço e reconhecimento pela acção desenvolvida em favor da
cidade.
In “Paróquia Nova”, Maio de 1997
BODAS
DE PRATA SACERDOTAIS
P.e Artur Rodrigues Coutinho
A
comissão Fabriqueira da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima saúda calorosamente
o seu Presidente, Senhor Padre Artur Rodrigues Coutinho, pela celebração das
suas Bodas de Prata Sacerdotais.
Une-se, em espírito, a toda a Comunidade Paroquial em
atitude de acção de graças pela dádiva do seu Pároco, de cuja dedicação e zelo
apostólico tem beneficiado ao longo dos 19 anos da sua presença nesta
Comunidade, e eleva a Jesus Cristo, Sumo Sacerdote, as suas preces para que Ele
continue a ser fonte de Vida, de Fortaleza e de Inspiração.
Manifesta-lhe toda a sua solidariedade e determinação
para colaborar na superação dos futuros combates que o desenvolvimento
espiritual, humano e social venham a exigir da Comunidade.
Viana do Castelo, 9 de Julho de 1997
A Comissão Fabriqueira
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA CÂMARA
Como representante
da comunidade concelhia e como cidadão Vianense, tenho de exprimir o meu
desgosto por não poder estar presente nesta cerimónia de justa homenagem ao
Senhor Padre Artur Coutinho, cuja notável obra apostólica, assistencial e
cultural merece o respeito, a admiração e a gratidão de todos os vianenses.
Uma inadiável missão de
representação de Viana do Castelo junto de cidades brasileiras, fundadas por
ilustres Vianenses, impede-me de cumprir a grata e honrosa obrigação de
participar nesta homenagem a um Vianense que a cidade tanto estima e admira.
Substituo, por isso, a minha
presença física por esta mensagem onde deixo expressa a minha admiração pela
personalidade e pela obra do ilustre pároco de Nossa Senhora de Fátima.
A simplicidade e singeleza de
carácter dotam o Senhor P.e Coutinho de um trato fácil e afável, que
tem o condão de atrair as pessoas às suas causas e objectivos que sempre visam
a solidariedade com os mais pobres e carenciados, com os marginalizados, com
todos aqueles que, por qualquer motivo, necessitam de apoio, conforto ou de uma
mão amiga que os ajude a sair de situações de angústia ou de precaridade.
Os breçários, os infantários, os
jardins de infância, as salas de ocupação dos tempos livres, as salas de
leitura, as bibliotecas, as cantinas para estudantes e idosos, o lar para a
terceira idade, as obras de apoio às vítimas da droga e do alcoolismo, os
acampamentos para a juventude, as viagens ao estrangeiro com pensionistas e
reformados, formam um conjunto de iniciativas que põem em relevo o espírito
solidário e humanista do actual responsável espiritual da paróquia urbana de
Nossa Senhora de Fátima.
E, apesar desta intensa actividade
humanitária e altruísta, além da apostólica, o Senhor P.e Coutinho
ainda encontra tempo para se dedicar a estudos e recolhas de carácter
etnográfico, arqueológico e histórico das paróquias onde tem trabalhado.
É, por isso, muito justa esta
homenagem a que a Câmara Municipal se quis oficialmente associar,
atribuindo-lhe, por unanimidade, o título de «Cidadão de Mérito» de Viana do
Castelo, distinção que a sua brilhante e abundante folha de serviços à
comunidade justifica plenamente.
É também, por isso que, embora já o
tenha informado pessoalmente, quero dar aqui notícia pública que a Câmara
Municipal já negociou o terreno para o Centro Paroquial de Nossa Senhora de
Fátima, um projecto que lhe é tão querido e pelo qual tanto tem lutado.
Senhor P.e Coutinho,
receba as minhas felicitações institucionais e um abraço pessoal, expressão da
minha consideração e amizade que me fazem desejar-lhe êxitos ainda maiores para
as suas iniciativas e projectos futuros.
O Presidente da
Câmara
Defensor Oliveira
Moura
ORAÇÃO
DOS 25 ANOS DE SACERDÓCIO
Obrigado Senhor,
Pelos pais, irmãos, familiares, amigos,
e conterrâneos que me deste...
onde pude nascer e crescer...
Obrigado pela Escola,
Seminários, professores,
sacerdotes, e colegas
que puseste no meu caminho...
onde aprendi a correr para Ti...
Obrigado pela Legião de Maria
que no Seminário me proporcionou
o contacto com o mundo
e a pastoral da juventude...
e me ajudou a decidir mais depressa...
Obrigado pelo Abade de Balazar
e pela gente da sua comunidade
onde saboreei a visita aos doentes
e abri os olhos para realidades pastorais...
Obrigado pelos jovens da Casa dos Rapazes
onde me habituei a compreender
que há comunidades diferentes...
e tem de haver um lugar para todos...
Obrigado pelas gentes de Argas e Dem
onde experimentei os primeiros voos
pastorais, como pároco...
onde saboreei o que é ser pároco
em terras onde os paroquianos são bons
e generosos em partilha de amor e de misericórdia...
Obrigado por todos os que habitam a Paróquia de N.ª Sr.ª
de Fátima,
motivo dos meus anseios, preocupações...
por quem, neste momento, me entrego noite e dia
com aqueles que, sem olhar aos seus próprios interesses,
me dão a mão na busca duma comunidade viva,
comprometida...
onde reine a partilha, o perdão e a festa!
Obrigado pelos velhinhos que amo como se meus avós
fossem;
Pelos que não têm olhos para ver o que eu vejo;
pernas para andar o que eu ando,
cabeça para pensar com a mesma força que eu penso;
Pelos abandonados e/ou maltratados
para que no meu coração haja sempre lugar para mais um;
Pelas crianças, pelos adolescentes e os jovens
para que seja
sempre para eles a luz do teu sacerdócio...
Pelos casais jovens e por todos os que se encontram ao
meu lado
nas obras e movimentos, a lutar pelo crescimento desta
família.
Por todos os que trabalham comigo
para que não registem as minhas fraquezas...
Senhor, sabes que não esqueço o meu Pai
e o que me consola é acreditar que está contigo.
Recordo a vida que vivia com muita coragem, entusiasmo e
animação
e as avé-marias do rosário que balbuciava quando à noite
o ia ver à cama...
Com ele estão os meus avós, os bisavós que conheci,
a Maria que me estimava como minha mãe,
os meus amigos e paroquianos que assisti na doença e na
morte...
Todos continuam vivos no meu coração
e, por eles, Te peço Senhor,
mais coragem para viver...
mais entusiasmo para me entregar...
mais amor para dar...
OS
SINOS TOCARAM
BODAS DE PRATA DO P.E
ARTUR COUTINHO
A comunidade paroquial acaba de viver um dos seus
momentos altos com a celebração das Bodas de Prata da Ordenação Sacerdotal do
seu Pároco Artur Coutinho.
Como este jornal tinha vindo a
anunciar, os sinos tocaram festivamente, na torre da igreja e por dentro de
cada um. A demonstrá-lo esteve a elevada e digna participação de amplos
sectores desta comunidade nos diferentes actos do programa, que se traduziram
na justa homenagem de reconhecimento e congratulação pela obra realizada pelo
Padre Coutinho.
A presença de pessoas provenientes
de outras freguesias da cidade, da Serra d’Arga, Mazarefes e outros locais do
país foram suficientemente elucidativos de quanto a figura e a obra do pároco
de Nossa Senhora de Fátima são conhecidas e apreciadas.
A associação das autoridades,
representadas ao mais alto nível, significou também o reconhecimento da
sociedade civil pela acção desenvolvida sob a iniciativa e o impulso do
homenageado, no campo da solidariedade social e da promoção e dignificação do
Homem. Daí a atribuição justa e oportuna da Câmara Municipal, ao cidadão que
muito honra a sua terra, da Medalha de Cidadão de Mérito de Viana do Castelo.
Serviram ainda estas festividades
para a concretização de um velho sonho da Paróquia e do seu pároco: o anúncio
pela representante do Presidente da Câmara, da concessão do terreno para a
construção do Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, na
Abelheira. Esperemos que nos termos em que tal anúncio foi feito, não haja mais
lugar à hesitação e ao recuo. Que para trás fiquem de vez afastadas as
indefinições e os retrocessos. A salva de palmas com que a assistência acolheu
aquela notícia, foi reveladora da sua satisfação pelas diligências
desenvolvidas pelo actual executivo municipal, que assim vem trazer um remate
feliz a quase duas décadas de esforços e perplexidades por parte do pároco e
seus colaboradores.
Com este presente de festa, um novo
desafio se coloca agora à Paróquia de Nossa Senhora de Fátima: pôr de pé a obra
há tantos anos reclamada (o que só será possível com o esforço e a colaboração
de todos).
A dimensão e a qualidade pretendidas
pelos actos comemorativos que agora encerram, só foram possíveis pelo trabalho
e generosa colaboração de muitos paroquianos que integram a organização ou que
de forma silenciosa, mas activa e empenhada, se prestaram à execução das mais
diversas tarefas, imprescindíveis ao êxito das pequenas e das grandes obras. A
todos o nosso reconhecimento e apreço.
Também aqui desejaríamos deixar o nosso agradecimentos
pelos apoios recebidos das mais diversas proveniências: Governo Civil, serviços
da Câmara Municipal, empresas e particulares. A sua colaboração ajudou a
organização a reunir os meios económicos e logísticos para a concretização das
acções realizadas.
A
Comissão Organizadora
In
“Paróquia Nova”, Julho de 1997
NO
RESCALDO DAS MINHAS BODAS DE PRATA
“Os sinos vão tocar” foi um mote, neste jornal, de
vários meses e que dizia alguma coisa onde se vislumbrava uma grande festa.
O programa concretizou pormenores e
todos ficaram mais esclarecidos, pelo menos eu.
Agora que “Os sinos tocaram” e houve
festa, não posso deixar de me pronunciar sobre ela para os nossos estimados
leitores.
Nunca desejei uma festa desta
envergadura. A Comissão Organizadora quando me pediu a anuência para que
aceitasse a festa, mesmo sabendo que meu pai tinha falecido a menos de um ano e
a minha empregada em Maio de 1996, não me disse o que ia ser feito.
Festa e mais festa com muita gente a
participar em todos os actos do programa... Mensagens e mais mensagens de todo
o país e do estrangeiro... discursos e mais discursos a elogiar, sem motivos
para isso, a minha pessoa...
Momentos de grande tensão, muita
emoção a exigir grande capacidade para resistir... Tudo parecia um sonho que
desejei que acabasse o mais rápido possível.
Não trabalhei, nestes 25 anos, para
me fazerem esta festa. No entanto, reuniram-se vontades e ela foi feita mesmo
sem grande mérito meu, pois se alguma coisa fiz é porque o devia ter feito, e se
alguma coisa fiz com mérito, ainda que eivado de “ineditismo” e de “risco”, é
porque uma causa impulsiona a minha vida – a causa de Jesus Cristo. Por esta
causa vale a pena trabalhar, até correr riscos e ultrapassar, às vezes, as
regras dos Homens e que só o amor é capaz de compreender.
Vale a pena ser padre para melhor
servir esta causa, a causa de Jesus Cristo, fundamento e razão do nosso
trabalho para os outros, para a comunidade...
Nesta perspectiva comunitária, de
família que formamos a partir do ideal que vivemos, eu, como sacerdote em
exercício há 25 anos, aceitei a festa de Acção de Graças a Deus pelos
benefícios que, porventura através deste sacerdote, chegaram à comunidade.
Agradeço aos amigos da Comissão
Organizadora, a todos aqueles que se associaram à iniciativa, desde os que
anonimamente participaram nos diversos actos, até aos que deram o nome e apoio
económico, às autoridades civis, militares e religiosas, à Câmara Municipal
pelo título com que me distinguiu e pela disponibilidade do terreno para a
construção do Centro Paroquial (não é Centro Social mas só Paroquial, pois
aparece às vezes Social e não o é) com a nova igreja integrada.
Muito obrigado.
A.
Coutinho
In
“Paróquia Nova », Agosto de 1997
CAPÍTULO XIII
25 ANOS DA
PARÓQUIA
25 ANOS DE PARÓQUIA
1967 – 1992
PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
VIANA DO CASTELO
I - É TEMPO DE REFLEXÃO NA PARÓQUIA
A nossa reflexão e participação vai ser enriquecida com a
experiência consciente e com a colaboração pessoal de cada um.
Vamos dialogar para que juntos possamos discernir o
caminho. Será esta a melhor maneira de ser Igreja, de ser comunidade paroquial.
Assim, pouco a pouco, podemos ir descobrindo que a Igreja
é uma família de filhos de Deus, irmãos dos Homens, especialmente atentos a
servir os mais desprotegidos, chamados a mostrar o rosto de Deus no mundo e
eleitos para transformar a sociedade à luz do Evangelho e do Concílio Vaticano
II.
Todos animados pelo mesmo espírito, unidos na mesma
oração, juntos à volta da mesma mesa de reflexão e diálogo, estamos a viver a
gozosa experiência pascal destes 25 Anos de Paróquia.
II - MODELO DE IGREJA DE ACORDO
COM O VATICANO II
A igreja é concebida
como «POVO DE DEUS», comunidade de crentes guiada pelo Espírito Santo:
a)
Centrada na mensagem de Jesus, no espírito das Bem-aventuranças.
b) Evangelizada e Evangelizadora.
c) Coerente com o que prega.
d) Orante.
e) Fraterna na relação co-responsável entre pastores e
leigos
f) Profética porque proclama a palavra
de Deus para a libertação, denuncia as injustiças, solidariza-se com os que
sofrem e luta por transformar a realidade.
g) Encarnada na realidade social,
comprometida com os mais necessitados e ao serviço deles.
III - É TEMPO DE ACÇÃO NA PARÓQUIA
OBJECTIVOS
A ATINGIR COM A CELEBRAÇÃO DOS 25 ANOS
* Sensibilizar a comunidade para a
participação e vivência.
* Valorizar o espírito comunitário de
partilha, de festa e de perdão.
* Incentivar à integração de todos na
família paroquial, célula da Igreja Universal.
* Criar a necessidade de viver a fé na
vida e a vida na fé em atitude coerente e assumida.
* Proporcionar um conhecimento mais
detalhado da actividade já desenvolvida.
* Valorizar a cultura e os recursos
naturais desta comunidade.
Para o efeito, importa promover acções formativas e
celebrativas, animadoras à participação de todos.
Assim, o programa foi aceite do seguinte modo:
IV - PROGRAMA
1.
Reflexão a partir do modelo de igreja, à luz do Vaticano II (Março a
Junho).
2.
Espaços de Oração para crianças, adolescentes e adultos, sobretudo na
Quaresma.
Criação de grupos de Oração para os diversos níveis
etários.
3. Celebração do Dia do Pai
21 de Março – Colóquio no Salão Paroquial, às 21h00, «O
PAI NA FAMÍLIA»
22 de Março – Celebração Litúrgica (09.30h)
4.
Festa Pascal da Família
3 de Abril – Mesa Redonda com a participação dos jovens e
adolescentes no salão Paroquial às 21h00.
5 de Abril – Comunhão Pascal às 11h30.
5.
Queimada do Judas (18 de Abril – Junto à Igreja)
6.
Medalha Comemorativa (Maio)
7.
Celebração do Dia da Mãe
2 de Maio – Colóquio no Salão Paroquial, às 21h00, «A MÃE
NA FAMÍLIA»
3 de Maio – Celebração Litúrgica (09h30)
8.
Exposição Retrospectiva dos 25 anos (Salão Paroquial – 6 a 12 de Maio).
9.
VIGÍLIA DA PADROEIRA. Procissão de Velas, no dia 12 de Maio.
10.
Dia da Padroeira
19h15 – Missa e renovação da Consagração da Paróquia a
Nossa Senhora.
20h30 – Jantar Convívio.
11.
Exposição Etnográfica
7 a 12 de Setembro – Abelheira.
12.
Teatro. Revista dos 25 anos (Outubro)
13. Concurso a nível do Primeiro ciclo
do Ensino Básico, em expressão plástica e(ou) literária. A PARÓQUIA VISTA PELAS
CRIANÇAS.
14.
Berço de Nossa Senhora das Necessidades (Abertura)
15.
Criação duma Ludoteca e Mediateca (Novembro)
16.
Exposição Mariana (Selos/Postais).
4 a 8 de Dezembro, Salão Paroquial.
17.
Dia 8 de Dezembro, às 14.30h. Sessão Solene de Encerramento.
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
4900 Viana do Castelo
Tel./Fax: 058 823029 (Cartório)
25
ANOS DE PARÓQUIA
As Comemorações Jubilares dos 25 ANOS da Paróquia de Nossa Senhora de
Fátima estão a meio do seu programa e atingiram o seu ponto alto, como era de
esperar, na festa da Padroeira.
Conforme foi largamente difundido
pela imprensa, a Imagem de Nossa Senhora de Fátima peregrina percorreu os
bairros novos de maior densidade populacional e, no dia 12, terminou com uma
procissão de velas que saiu da Capela da Senhora das Necessidades para a Igreja
Paroquial.
Esta acção levou os moradores das
ruas, largos e praças a fazerem tapetes de flores, grandes obras de arte que há
muitos anos se faziam na Abelheira, aquando da visita do Senhor aos Enfermos.
Desta vez, a iniciativa começou pela Urbanização Capitães de Abril
estendendo-se a todo o lugar da Abelheira, Urbanização Bela Vista, Senhor do
Alívio, Senhora das Necessidades, Largo do Bairro do Jardim e Bandeira.
Em todos os actos, foram inúmeros os
participantes, de um modo especial no dia 12, com um acompanhamento nunca visto
numa procissão do género.
Foram vários os oradores como o P.e
António Gonçalves (Carmelita), P.e José Ribeiro, P.e Dr.
Barbosa Moreira e P.e Dr. Alípio Lima.
Houve muitos foguetes e fogo de
artifício, principalmente no dia 12.
No dia 13, às 19h15, houve uma celebração dos 75 ANOS do
aparecimento de Nossa Senhora, em Fátima,
com vários sacerdotes, colaboradores na Paróquia, e, no final, a
partilha de um gigantesco bolo confeccionado, para o efeito, por uma jovem
catequista, Fátima Cambão, aluna de Turismo no Instituto Politécnico de Gestão
e Turismo, em Viana do Castelo. Tudo foi devidamente acompanhado por música e
uma iluminação muito original. Após a partilha, seguiu-se, pela noite dentro,
um convívio paroquial no Centro Social.
Encerrou também no dia 13 a
exposição retrospectiva dos 25 ANOS da Paróquia, a qual mereceu o maior
interesse por parte de muitas centenas de pessoas, inclusive do Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo.
Entretanto, no âmbito destas
comemorações, estão a realizar-se as antigas marchas populares do Bairro da
Bandeira e do Jardim, assim como o concurso, a nível do Ensino Básico,
subordinado ao tema “ A PARÓQUIA VISTA PELAS CRIANÇAS”.
13/05/1992
GÉLITA
NOSSA SENHORA PEREGRINA NA ABELHEIRA
Prezado Amigo:
A população da Abelheira acedeu,
alegremente, à sugestão do P.e Coutinho de assinalar os 25 ANOS da
Paróquia fazendo com que a sua Padroeira – NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – peregrine
desde o dia 8 até ao dia 12 de Maio, de acordo com o programa em divulgação.
No dia 9, o Andor da Virgem sai da
“Urbanização Capitães de Abril”, pelas 21h30 e vem para a Abelheira. Aqui será
acolhida na Cave do Lote 14 da “Urbanização da Bela Vista”.
Reina em todos um grande entusiasmo
e satisfação com esta iniciativa. É grande o propósito de um empenho sério para
que esta peregrinação seja um êxito e se traduza numa grande jornada de louvor
a Nossa Senhora, de cujas aparições em Fátima ocorre este ano o 75º Aniversário
e que temos a graça de louvar como Patrona principal desta paróquia.
Sugerimos a participação de todos
nesta manifestação de Fé, ainda que tal signifique e exija algum sacrifício
que, estamos certos, ninguém deixará de oferecer. Esse sacrifício será gratidão
pela existência desta paróquia e súplica para que nunca nos falte a protecção e
a benção maternal da Senhora que vamos homenagear publicamente.
Em Igreja, e numa perspectiva de
salvação, Nossa Senhora é Mãe. É assim que a sentimos e chamamos.
À Mãe nunca se diz “Não!”, ou seja:
a Mãe é sempre a última pessoa cuja vontade deixamos de fazer (se é que alguma
vez somos capazes de contrariar a vontade da nossa Mãe).
Em momentos difíceis, a Mãe é a
primeira por quem chamamos e a última que esqueceremos no mundo das nossas
recordações.
É sempre com muito amor e carinho
que participamos na festa da Mãe. Da Mãe da Terra. Vamos fazer o mesmo com a
nossa Mãe do Céu. A Mãe das nossas Mães.
Mês de Maio é Mês de
Maria.
Mês da Mãe. Mês da
Festa.
Vamos dizer SIM.
Vamos participar com alegria num dia de festa para a Mãe.
Presentes, vamos rezar, cantar e
aclamar um esforço solidário de testemunhar o grande amor da nossa vida de
Cristãos Católicos (mesmo que não ou pouco praticantes).
Contamos consigo e com todos os da
sua casa!
Momentos
principais do programa:
Dia 9 – 21h30 -
Procissão de velas dos Capitães de Abril para a Abelheira e respectivo
acolhimento na Bela Vista.
Dia 10 – 10h30 - Celebração da Eucaristia na Bela Vista.
18h30 -
Mês de Maria para toda a paróquia, na Bela Vista.
20h30 -
Oração Solene do Terço e Consagração.
21h30 - Levar Nossa Senhora, pela Socomina, para a
Capela do Senhor do Alívio.
* Ao longo do percurso, acendam-se velas nas janelas e
enfeitem-se as varandas e sacadas com colchas e flores.
* Convidam-se todas as crianças e adolescentes para se
juntarem, em alas, para a chegada do Andor à Bela Vista, a fim de, sobre ele,
lançarem pétalas de flores, que devem trazer em cestos e sacos.
*
Para a Missa das 10h30, solicita-se a comparência de todos uns minutos antes
para se fazer um ensaio dos cânticos.
* Pensou-se fazer, no interior da Urbanização, um tapete
com flores para o dia da chegada à Bela Vista. O Andor entra na Urbanização da
Bela Vista e segue, pela direita, para o Lote 14. À saída, acabará de dar a
volta ao Bairro, saindo do Lote 14 pela direita.
* Para ornamentação e para o tapete, pede-se a
colaboração de quem puder comparecer na tarde de Sábado, entregando verdes e
flores no Lote 14.
* Se puder e
quiser (tendo para isso boa vontade), inscreva-se para participar em turnos de
oração, para que Nossa Senhora nunca esteja só, fechada numa cave, sobretudo
durante a noite. É um acto de coragem e de sacrifício.
* Inscreva-se, também, para ajudar a transportar o Andor
de Nossa Senhora de Fátima entre os Capitães de Abril e a Abelheira.
* No dia da saída, convidam-se novamente todas as
crianças para formarem alas à saída de Nossa Senhora e atirarem sobre o Andor
pétalas de flores.
* Para qualquer informação, contactar a Paróquia.
Prezados Amigos:
Venham.
Venham todos. Vamos fazer uma festa.
Venham à esta festa da MÃE.
Vamos festejar Nossa Senhora de
Fátima e confiarmo-nos a Ela, sob a sua protecção, ao amor misericordioso do
nosso Pai do Céu de quem imploramos benção nestes 25 ANOS da nossa Paróquia.
Muito obrigado a todos.
06/05/1992
Pela
Comissão,
(António P.
De Carvalho )
25 ANOS DE PARÓQUIA
CONVÍVIO PAROQUIAL
30
de Agosto de 1992
Local:
No quintal da casa natal do vosso pároco,
P.e Artur Coutinho
10h00 – Acolhimento e preparação para a
Eucaristia.
11h00 – Eucaristia.
12h00 – Almoço típico com ambiente musical
para animar o convívio, até às 15h00.
* Aparece!
* É o primeiro que se faz, no género, a nível Paroquial!
* Há meio de transporte gratuito a partir da Igreja, às
9,30 h.
* Os que quiserem podem ir preparados para, a partir das
15h00, fazer praia no rio Lima -
na veiga de S. Simão.
*
Também pode fazer equitação.
OBS.:
Este convívio destina-se a todos os que têm compromissos
paroquiais em movimentos, obras ou comissões. No entanto, requer inscrição no
Cartório, ou a entregar ao Sr. Simões, da Legião de Maria.
Precisamos de saber até 20 de Agosto quantos os
interessados, como é óbvio, para preparação do almoço. É gratuito. Oferta do
Pároco e familiares.
Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima
Contribuinte n.º 501 171 762
Rua da
Bandeira, 639
4900 VIANA DO
CASTELO
Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 – Centro:
058 824722
Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058
821538
Paroquianos:
Conforme é do conhecimento
geral, no próximo dia 8, às 15h30, será a festa do Encerramento das
Comemorações dos 25 anos da Paróquia.
A vós, que aqui sempre
vivestes ou que aqui viveis há mais de 25 anos, há alguns anos ou mesmo há
alguns dias, gostaria de vos comunicar que seria, para mim, um motivo de grande
alegria ver a comunidade paroquial toda reunida, em comunhão, a participar
neste acto de encerramento das comemorações.
Aliás, espero que ele seja
mais que um encerramento, anseio que seja o início de uma nova era na pastoral
desta comunidade, à qual me entreguei, em 2/9/1978, para fazer comunhão
convosco na comunidade diocesana presidida pelo nosso Bispo D. Armando.
Todos temos procurado
realizar aquilo que é possível no culto, na catequese e na acção social, quer sob o aspecto cultural, quer sob o
aspecto da caridade e da solidariedade.
Venho, por isso,
convidá-lo(a) a que, de algum modo, participe nesta celebração, pela qual muito
nos prezamos.
Esperando a melhor atenção
de cada um de vós, se subscreve desde já o vosso pároco e amigo.
15/11/1992
P.e Artur
Coutinho
COMEMORAÇÕES DOS 25 ANOS DE
PARÓQUIA
PROGRAMA DE ENCERRAMENTO
Dia 2 de Dezembro
– Abertura da Exposição de
Postais e Selos Marianos
Dia 8 de Dezembro
* 14 h 00 – Entrada de uma
famosa Banda de Música e concertos até às 15 h 20.
* 15 h 30 – Eucaristia e
Administração do Crisma.
* 17 h 00 – Em frente à
Igreja, partilha dum bolo monumental de aniversário e brinde com champanhe.
- Concerto pela Banda de Música até às 18.00h.
- Encerramento da Exposição de Postais e Selos
Marianos.
CAPÍTULO XIV
ALGUMAS DAS
INTERVENÇÕES
DO PADRE ARTUR
COUTINHO
Todas as intervenções feitas pelo P.e Artur
Coutinho mostram bem a humildade e a simplicidade que o caracterizam.
Contudo, este seu modo de ser não o impede de, sempre que
necessário, incutir dinamismo nos que o rodeiam, tendo em vista a concretização
dos seus objectivos e projectos.
Todas as provas dessa sua determinação estão à vista de
todos.
Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo
Ex.mo Senhor Governador Civil
Ex.mo Senhor Presidente da Câmara
Ex.mo Senhor Director do Equipamento e
Planeamento
Ex.mos Senhores Directores da Segurança Social
Amigos,
À medida que as multidões crescem e se instalam em
determinadas zonas, nos subúrbios das cidades, em bairros humildes ou em
centros urbanos, o impulso da evangelização e da expansão, que caracteriza e
justifica a existência da Igreja, vai até lá em novas paróquias.
Ora, dado o incremento que se vinha acentuando no sector
oriental desta cidade e principalmente atento às realidades humanas, às
necessidades das almas que, embora conhecessem o seu pastor, não ouviam quase
nunca a sua voz, decidiu o Senhor Arcebispo de Braga, D. Francisco Maria da
Silva, de saudosa memória, criar esta Paróquia.
Fez precisamente na quarta-feira passada 15 anos.
Foi seu primeiro pároco o Dr. António da Costa Neiva,
hoje professor do Instituto Teológico de Braga, seguindo-se o Padre Rogério
Fernandes da Cruz e hoje entregue aos meus cuidados pastorais pelo Senhor
Arcebispo-Bispo de Viana, D. Júlio Tavares Rebimbas, agora Bispo do Porto.
Creio ter-se feito chegar aos cristãos desta paróquia, no
meio das vicissitudes da época, tanto quanto temos podido, toda a vitalidade da
Igreja. Temos procurado que a paróquia não seja uma central de serviços
religiosos, de serviços funerantes e uma secretaria para expedir certificados.
Temos trabalhado para que a paróquia seja uma comunidade onde Cristo Se torne
visível, mas, devido à nossa fraqueza humana, nem sempre conseguimos os nossos
objectivos.
Há mais de 30 anos que a Igreja das Carmelitas foi aberta
ao público, graças ao esforço, boa vontade e à personalidade sócio-religiosa
das gentes da Bandeira.
Aqui está o movimento de muitos que contribuíram, como
embrião, para estarmos hoje aqui.
Quantos já foram chamados para Deus e quantos se
ausentaram de nós!...
A nossa presença aqui, hoje, nesta inauguração, é uma
prova da continuidade do espírito que animou há 30 anos os que começaram. Resta
a todos essa consolação e desejamos que, daqui a 30 anos, outros possam dizer
que cresceram e se multiplicaram na fé.
Desde que tomei posse do pastoreio desta comunidade,
verifiquei logo que os paroquianos ansiavam por chegar ao dia de hoje. Logo me
associei a essa ansiedade e aqui estamos a pôr um ponto final, para já, neste
assunto.
Fizemos diligências e, a pouco e pouco, surgiram indícios
de esperança ao pároco e paroquianos. É sempre assim, quando as pessoas dão as
mãos umas às outras, no empreendimento comum.
Logo no início, fizeram-se diligências junto da família
Espregueira Mendes e dela obtivemos a promessa de um lote de terreno para a
construção da residência, mas as vicissitudes burocráticas iriam atrasar a
resolução e, ainda hoje, o assunto está por resolver. Conseguimos depois, com a
colaboração dos Serviços Técnicos afectos à Câmara Municipal da cidade, obter a
demarcação e a reserva no plano de urbanização no lugar da Abelheira e em
terrenos da família Espregueira Mendes, de cerca de 2400 metros quadrados, que
a paróquia deve adquirir por compra, logo que a Câmara autorize e as partes
entrem em acordo.
Aqui, sim, far-se-á o Centro Social, estrutura para
vários serviços sociais, com um salão polivalente, que poderá servir para a
celebração da Eucaristia, pois ninguém duvida que a igreja paroquial não chega
para receber os fiéis. A zona é demasiadamente populosa e, de dia para dia,
estão a aumentar os prédios e as torres. É em termos de futuro que devemos
projectar as obras no presente.
Esta residência que inauguramos foi um ensaio e começou a
partir da descoberta do terreno, pelo senhor José Maria Parente, que era feitor
dos respectivos proprietários – o engenheiro Sotto Mayor Cardia e sua tia Maria
Júlia Sá Pinto. Foi no primeiro contacto por uma comissão “Ad Hoc”, feito no
Porto, que tudo começou bem. Em 28 de Fevereiro de 1980 fazia-se a escritura.
Em 10 de Julho de 1980 estava o projecto preparado pela Direcção do Equipamento
e Planeamento de Viana do Castelo e aprovado pela Câmara Municipal, em 17 de
Outubro de 1980.
Organizaram-se comissões de angariação de fundos e a
resposta dos paroquianos foi francamente satisfatória.
Assim se conseguiu, em Junho de 1981, dar início à obra.
Ela é constituída pela residência para o pároco, por salas para alguns dos
serviços burocráticos da paróquia e por este salão onde nos encontramos.
Pretendemos que este salão esteja ao serviço da comunidade,
como centro e mola polivalente de animação paroquial. Iremos pensar, sobretudo,
em dar lugar, nas tardes dos dias da semana, aos da terceira idade para se
distraírem, para se encontrarem e para darem do melhor que têm aos outros, à
comunidade, como pessoas válidas, embora limitadas, e não arrumadas ou
esquecidas. Depois, ao fim de semana, como ocupação de tempos livres, aos
jovens.
Este salão irá servir para outras tantas actividades
compatíveis com o seu normal funcionamento e com os objectivos pastorais. Só
para isso ele foi feito e não para ganhar pó... Há que dar vida aqui dentro,
para que lá fora ela exista em maior abundância.
Chegamos onde queríamos.
Não faltou a colaboração dos paroquianos: aqueles que nos
ajudaram, encorajando-nos moral e materialmente; aqueles que andaram de porta
em porta, aqueles que vieram procurar-me ao cartório, aqueles que me
interpelaram na rua, aqueles que não fazendo parte da comunidade, também
connosco colaboraram.
Está, assim, a Comissão Fabriqueira grata a todos os que
disseram SIM a este empreendimento, sobretudo, ao Senhor Luís Gil, que a
substituiu, hora a hora, dia a dia, renunciando, muitas vezes, ao descanso e
aos seus afazeres. Está a Comissão Fabriqueira grata a todos aqueles que aqui
trabalharam gratuitamente e estamos ainda gratos à Segurança Social, que
connosco colaborou, não podendo sem a sua contribuição, concluir a obra deste
salão em que nos encontramos. Praticamente, a obra do salão foi concretizada
com a sua grande colaboração.
Acredito que não precisamos de estar agradecidos senão a
Deus, porque se esta obra é fruto da fé da comunidade, ela não pode ficar por
aqui. Ela será antes ponto de partida para outros empreendidos, consequência e
exigência do dinamismo proveniente duma adesão esclarecida, autêntica e pessoal
a Cristo.
É Cristo a nossa esperança, é Cristo a nossa meta e, como
tal, se não O perdermos de vista, jamais deixaremos de estar vigilantes e
atentos às necessidades e carências da comunidade e da Igreja, onde ela é
célula vital, unida ao seu Bispo.
Desculpem-me
se fui enfastiador, mas nunca tive jeito para estas situações protocolares. No
entanto, quis fazê-lo sem protocolo e na maior das simplicidades, como se
estivesse, em casa, com a família.
Senhor D. Armindo , Bispo de Viana, pode contar connosco.
Estamos crentes que unidos a V.ª Ex.ª Rev.ma e ao Santo Padre,
cumpriremos a nossa missão cristã.
Agradecer a V.ª Ex.ª Rev.ma a sua presença,
assim como agradecer às autoridades civis que aqui se encontram não fará falta,
pois a alegria desta comunidade por este melhoramento é também motivo de
alegria para cada um de vós que estais irmamente unidos no mesmo ideal, na
mesma fé, na mesma esperança e no mesmo amor.
VIVA A SANTA IGREJA! VIVA O SANTO PADRE! VIVA O NOSSO
BISPO!

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL
|
DE
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Contribuinte n.º 501534822
RUA DA BANDEIRA, 639
4900 VIANA DO CASTELO
Tel.: 24722 *
Cartório – 823029 (Fax)
Infantário – 821510
Visita
do Secretário de Estado da Inserção Social
Ex.ª :
Tudo aconteceu em
1980 quando um movimento paroquial fez da sacristia um Centro de Convívio de
idosos. A sacristia era uma sala com duas frestas de luz onde, durante dois a
três anos, se reuniam pessoas idosas para conversar, bordar, fazer crochet e
confeccionar um lanche numa grelha de gás adquirida para o efeito.
Quando este salão
paroquial foi inaugurado, saiu a sorte grande porque logo levantámos a hipótese
de transferir este gáudio diário dos mais velhos da comunidade para aqui.
Foi mais tarde,
pela acção do Dr. Manuel Martins Alves, na altura director na Região de Viana,
que o Centro de Convívio se transformou em Centro de Dia. Aqui está, e não
estará ele arrependido, nem temos nós, Direcção e utentes, motivo para estarmos
descontentes.
Aqui se vive um
ambiente de família, uma família numerosa de mais de 40 idosos e mais 12
utentes que, não tendo idade de reforma, têm problemas de isolamento e
necessidade de se mostrarem e sentirem úteis à sociedade. É também a inserção
social que se mantém à sombra do Centro de Dia.
Aqui, nestas
instalações, dança-se, canta-se, joga-se, fazem-se concursos de trajes antigos,
enfeites carnavalescos, quadras populares, exposições; organizam-se, a partir
daqui, passeios, convívios, passeios de turismo para idosos pelo país e pelo
estrangeiro, passeios mistério; organizam-se desfolhadas na aldeia, assim como
a festa da vindima, também na aldeia; realizam-se intercâmbios com outros
Centros de Dia e visitas guiadas e culturais ao nosso património regional – o
Museu da Cidade, Igrejas e Conventos, Centros de Cultura, Centros de Diversões,
visitas às feiras da região e participação nas organizações culturais do
Instituto Católico e do Centro de Estudos Regionais como no Projecto “Memória e
Fronteira”, no Enterro do Pai Velho no Lindoso, nas visitas às Brandas de
Melgaço, participação nas rádios locais...
Organizam-se,
nesta rua, os magustos e a venda de castanhas assadas, ao público e à maneira
antiga, há bailes diversos e tece-se...
Em Maio e Junho,
há a Caça aos Grilos, O Dia Mundial do Idoso, do Deficiente, da Mulher, da
Primavera, da Família. Não escapam o S. João, o S. António, o S. Pedro, A
Páscoa e o Natal, também anualmente celebrados com grande festa.
Aqui vêm tunas
académicas, Grupos Musicais, tardes mágicas, aniversários natalícios, pequenas
encenações...
Ex.ª :
Não posso ter a
preocupação de dizer tudo, mas se algo importante falhar, não faltará alguém
que corrija.
Este Centro Social
não se limita à dinâmica para a 3ª idade e as actividades com idosos, que
acabamos de enumerar, não se limitam todas a este espaço. Os utentes
encontram-se repartidos, conforme as necessidades ou situações, por outros dois
espaços aqui a 50 ou 60 metros, nesta mesma rua: ao todo temos mais de 450
metros quadrados. Não é muito para a dinâmica que imprimimos nestes serviços,
mas tem sido o suficiente para dar a esta população um ambiente de qualidade, a
fim de todos os utentes se sentirem felizes por terem trabalhadores e
voluntários que se entregam, de alma e coração, a dar a vida e a pôr vida nas
coisas que são feitas com amor.
No entanto, a
nossa obra não acaba aqui.
Este Centro Social
Paroquial tem, como V. Ex.ª deve saber, um infantário no lugar da Abelheira,
inaugurado pelo Secretário de Estado Luís Filipe Pereira.
Tem ainda um
Centro de acolhimento temporário de Bebés e Crianças Abandonadas ou Mal
tratadas de Alto-risco – O Berço de N.ª Sr.ª das Necessidades, também no lugar
de Abelheira.
Acopulado ao
Centro de Dia, existe um Refeitório Social para vagos, passantes, indigentes,
servindo refeições ao meio-dia e, por vezes, também pela manhã e ao fim da
tarde.
Participa este
Centro com o OZANAN – Centro de Juventude, a Conferência Vicentina e a Paróquia
num Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e Distribuição, de
designação(CECAN/RD). Este centro comunitário está aberto todos os dias úteis e
permite que carenciados, da comunidade e da região, peçam roupas, mobílias,
electrodomésticos, alimentação, etc... Novo ou usado, o que recebemos é
entregue. No ano passado movimentou-se um valor de 7.000 contos.
O Centro Social e
Paroquial participa ainda, com a Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, numa Escola de
Música com cerca de 120 alunos, em 1995/96.
Ele apoia ainda,
por cedência de espaço, uma Associação de Alcoólicos Anónimos, que muito bem
tem feito à região.
Ex.ª :
Claro que não
seria necessário dizê-lo, mas muito do que se faz deve-se ao apoio eventual que temos recebido do Ministério de que V. Ex.ª é
digno e mui ilustre Secretário; deve-se ainda aos acordos de Cooperação
celebrados com o CRSS para o Centro de Dia, para o Infantário, para o Centro de
Acolhimento Temporário de Bebés e Crianças Abandonadas e para o Refeitório Social...
O nosso muito
obrigado dizemos todos os que aqui estamos.
No entanto,
permita V. Ex.ª que lhe faça um pedido: precisamos de alargar o nosso acordo do
Centro de Dia para mais 10 idosos...
No próximo ano
queremos publicar um livro que o Dr. Pires Moreira, aqui presente, está a
coordenar com dados e recolhas das actividades dos utentes deste Centro de Dia.
Pedíamos uma ajuda para que fosse mais fácil e fazermos melhor...
Creia V. Ex.ª que
temos posto o máximo esforço para conseguirmos manter esta dinâmica ao rubro
todos os dias, causando-nos grandes despesas, um serviço mais caro. Também temos
o grato prazer de sermos muito procurados, daí que tenhamos nomes em lista de
espera. Um Centro de Dia não pode ser de modo nenhum um local morto ou uma
antecâmara da morte... Muito esperamos de V. Ex.ª, pelo que já temos
verificado, sensível como é a estes problemas sociais, não nos vai deixar sem
resposta generosa porque é justo e benevolente.
Obrigado...
11/10/96
O Presidente

CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL
|
DE
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Contribuinte n.º 501534822
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4900 VIANA DO CASTELO
Tel.: 24722 * Cartório – 823029 (Fax)
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Inauguração
do “O Samaritano”
Apresentação
Da iniciativa do Centro Social e Paroquial de Nossa
Senhora de Fátima, vai ser inaugurado, no dia 20 de Outubro, um Centro de
Convívio para pessoas com problemas de locomoção, psicológicos, invisuais e
outros, a que se deu o nome de “O Samaritano”, sito na rua da
Bandeira, n.º 601 – trás.
Foi com as diversas solicitações, quer de Assistentes
Sociais, quer de Instituições e Empresas particulares, pedindo apoio neste
sector, que a Direcção deste Centro procurou, mediante os seus recursos
económicos e contando com algum apoio do Centro Regional de Segurança Social,
desenvolver este projecto que parece ser tão necessário quanto útil. O projecto
deverá ter a atenção de todos para que desenvolva as suas potencialidades, não
só para a referida Paróquia mas também para toda a zona da cidade de Viana.
Assim, “O Samaritano” será um local de convívio, onde as
pessoas sentir-se-ão úteis e felizes ao desenvolverem trabalhos, mediante as
suas possibilidades de saúde, e ao criarem novas amizades que as ajudarão a
passar o seu tempo que, a partir de agora, será mais proveitoso e
reconfortante.
São de louvar obras como esta. Desta forma, a Direcção
deste Centro faz um apelo à partilha a favor do “O Samaritano”, que é de todos
e para todos, pois não são só os mais desfavorecidos da sociedade os mais
interessados nesta grandiosa obra.
Um apelo se faz à solidariedade de todos que, para o
efeito, podem inscrever-se no livro de registos de amigos, com algum donativo
eventual, quota semestral ou anual, consoante queira, devendo exigir sempre um
recibo próprio para eventuais deduções do I. R. S.
Votos para que “O Samaritano” cresça cada vez mais e
melhor, com a ajuda de todos os VIANENSES.

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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
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Inauguração
do “O Samaritano”
Intervenção
do Pároco
Em
11 de Dezembro de 1982 inaugurámos o Centro de Dia dos Idosos cujo
funcionamento tem sido de indiscutível valor. Com efeito, o espaço reservado a
esta actividade encontra-se superocupado com actividades socioculturais, tais
como: a escola de música, os Alcoólicos Anónimos, conferências, encontros,
etc., de tal modo que, desde as 09h00 até às 24h00, não há espaço para mais nada.
Em 1988 inaugurámos, com a presença do Secretário de
Estado, o Jardim Infantil, à Rua Campos Monteiro, na Abelheira, outra valência
necessária. Basta dizer que se muitos nos batiam à porta para pedir favores
para os filhos serem admitidos nos Jardins existentes, isso acabou, sinal que
agora a cobertura desta valência, na área da cidade, deve estar mais ou menos
satisfeita por iniciativa particular.
A essa iniciativa particular não está alheia a
colaboração do Centro Regional de Segurança Social, a quem esta Instituição
também deve apoio em subsídios eventuais e efectivos, bem como o apoio técnico
de pessoal especializado no acompanhamento de alguns casos.
Hoje, dia 20 de Outubro de 1990, estamos aqui para,
oficialmente, inaugurarmos as instalações que o Centro de Dia vai destinar ao
serviço de determinados casos de patologia médica que não tenham outra hipótese
de formação ou de ocupação útil do seu tempo livre, arrancando--os à solidão ou
aliviando, durante as horas fortes do dia, as respectivas famílias.
Isto foi fruto de insistentes pedidos de admissão no
Centro de Dia por Assistentes Sociais, empresas particulares e públicas. Depois
da Direcção deste Centro avaliar as situações e verificar que se tratava duma
carência real a descoberto nesta nossa terra que, para além do APPACDM – um
modelo, a nível nacional – nada mais possui para os outros casos, assumimos,
experimentalmente, alguns casos acumulados com o Centro de Dia. Foi um bom
resultado, só que os problemas dos idosos são muito diferentes uns dos outros
e, embora devam conviver todos, sobretudo à mesma mesa, na maior parte do tempo
precisam dum trabalho e duma atenção diferente, e duma prática muito
diferenciada. Isto levou-nos, com a ajuda de amigos e paroquianos, a adquirir
este espaço para transferirmos os respectivos serviços que agora inauguramos.
Contamos com o apoio técnico voluntário de um psicólogo,
um psiquiatra, um médico, uma religiosa educadora social e uma auxiliar de
Assistente Social. Procuramos assim que o Centro corresponda aos objectivos e
anseios da comunidade.
Chamamo-lhe “O
Samaritano”. Foi sem dúvida uma inspiração do Evangelho.
CAPÍTULO XV
O PADRE
COUTINHO A EPISTOLAR
Um modo do
P.e Coutinho trabalhar é, muitas vezes, dirigir-se aos paroquianos
por escrito, com um serviço de distribuição ao domicílio, por voluntários, que
o faz vulgarmente para os diversos programas do plano de pastoral, que
normalmente é aprovado em Conselho Paroquial de Pastoral, todos os anos, nos
princípios de Outubro.
Dirige-se muitas vezes, para além
disso, em ocasiões de festas familiares, tendo em conta aniversários de
nascimento, de casamento, de falecimento. Normalmente, nos casamentos feitos na
Paróquia, entrega sempre, aos noivos, uma medalha de bronze com texto para
justificar o acto.
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
4900 Viana do Castelo
Catequista amigo (a):
Gostava que esta carta, que
te escrevo, tivesse já seguido pelo correio. Não é porque a considere importante,
mas pela sua oportunidade e pelo seu significado.
Gostava de passar o Natal
contigo, mas não é óbvio o meu desejo. Tão pouco nos encontramos e que, nos
momentos de Natal, como passo com os meus familiares, gostava também de os
passar com todos aqueles que vivem a família paroquial.
É costume ir à Cadeia na
noite de Natal. Espero poder fazê-lo este ano, porque me parece importante.
Gostava, pelo menos, de sentir o teu calor espiritual por um envolvimento muito
mais participativo nas missas da comunidade: ao menos, poderei sentir essa
alegria no dia de Natal!
Voltando atrás, pois
estou-me a afastar um pouco do meu propósito, penso em todo o trabalho
realizado até esta data e penso no trabalho que ficou por fazer! Penso no
trabalho que temos de desenvolver para que a vida floresça cada vez mais nesta
comunidade, sobretudo, a partir da catequese. Penso em todos aqueles que,
comigo, tentam fazer uma comunidade viva e arejada, a palpitar de fé e de
caridade.
NESTE NATAL, QUERO AGRADECER
AO MENINO A PRENDA QUE VÓS SOIS AO MEU LADO NESTE TRABALHO ÁRDUO E COMPLICADO,
CHEIO DE VITÓRIAS E DE FRACASSOS, MAS SEMPRE COM MUITA FÉ E MUITO AMOR.
Rezo por ti. Deus abençoe o
teu trabalho! Deus está sempre ao lado de quem generosamente se entrega aos
outros, comunicando esperança.
Desculpa, mais uma vez,
fugia por outro lado, quando, afinal, não posso neste papel dizer tudo o que
queria sobre a fé que nos anima.
É NATAL. É altura de todos
nos juntarmos como catequistas desta família paroquial. Já anunciei o dia e,
vinha de novo, lembrar-te o dia 2 de Janeiro, num sábado, das 15 às 17 horas
, no Centro Social, à Rua da Bandeira, n.º 639. Toma nota. Faz por não
faltares. Renuncia a alguma coisa para que sintas mais felicidade neste
encontro.
É preciso trocar impressões
sobre as crianças que Deus nos deu, é preciso comungar das dificuldades e dos
progressos, é preciso corrigir, planificar, pois uma segunda etapa vai começar,
no dia 9, e é preciso começá-la bem.
Ajuda-me a ser generoso e
marca presença, porque Cristo precisa de ti.
Se vai a tempo, aceita que,
desta maneira tão simples, deseje a ti e aos teus familiares um Natal Santo e
um Ano Novo cheio dos melhores êxitos espirituais e temporais.
Abraça-te o teu amigo e
Pároco.
22/12/1987
(
P.e Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua
da Bandeira, 635-639
4900
VIANA DO CASTELO
Tel.:058 823029
Ex.mo(a)
Senhor(a) :
Com os nossos cumprimentos, venho, por este meio,
comunicar-lhe que era conveniente lembrar ao seu educando(a) a necessidade de
se preparar convenientemente para o Crisma.
Para além do Crisma, será uma
oportunidade que terá de se ir actualizando em matéria religiosa, acompanhando
os outros para um melhor crescimento harmonioso, uma formação integral mais
autêntica.
Nós temos um grupo ao domingo, no 3º
ano do Crisma, e vamos ter um ao sábado e outro à quinta-feira, às 18,30 horas.
Também aproveito a oportunidade para
lembrar que o Sacramento do Crisma é um dos Sacramentos de iniciação com o
Baptismo e a Eucaristia.
É por isso que, agora, para se ser
padrinho ou madrinha de baptismo é preciso ser-se crismado. Alguns
aborrecimentos já surgiram para aqueles que, querendo exercer essa função, não
puderam. Convém como pai / mãe evitar que, no futuro, aconteça uma situação
incómoda tanto para o(a) jovem, como para o pároco, como também para as
famílias ou amigos.
Tenho presente que a educação cristã
foi também um compromisso assumido pelos pais na ocasião do baptismo.
Esperando a melhor atenção de V. Ex.cia,
se subscreve, o seu pároco e amigo.
04/10/1989
(P.e
Artur Coutinho)
P.S.
No próximo dia 14, sábado, às 17 h no salão paroquial, à Rua da Bandeira, n.º
639, haverá uma reunião para o seu educando(a).
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua
da Bandeira, 635-639
4900
VIANA DO CASTELO
Tel.:058 823029
Jovem amigo(a):
Se me permites, irei entrar em
contacto contigo, já que muitas vezes não nos encontramos como devíamos, isto
é, frente a frente, dialogando sobre os problemas que nos afectam mutuamente.
Acabou um ano escolar, começam
exames e férias.
Para os jovens trabalhadores as
férias a que têm direito serão mais diversificadas, sobretudo no tempo. Isto de
férias merece um pouco de atenção. Há que fazer balanço à vida. É necessário
parar e reflectir.
Quem trabalha tem o direito e o
dever de descansar, de repousar.
Ora, as férias são precisamente para parar. Isto não quer
dizer que não se vá fazer nada... Repousar é encontrar-se; é distrair-se dos
afazeres habituais para se encontrar com a natureza, as montanhas, as florestas
e o mar.
Este encontro exige um outro
trabalho, exige que procuremos nas coisas a face do Criador, exige portanto,
predisposição para tal. Este esforço humano à procura de algo que eleve o
espírito é um bom trabalho para o tempo de férias.
É uma boa ocasião para nos dispormos
ao serviço do irmão mais velho, do irmão doente ou deficiente, do irmão
drogado, do irmão afastado da fé, como consequência deste encontro no repouso
justo, fruto dum dever cumprido.
Este tempo é bom para partilhares a
fé com os outros, para te recreares e te reconstruíres das energias gastas.
No outro tempo, muitas vezes
deixamo-nos absorver pelo trabalho e pecamos até quando, ao fim de semana, nos
esquecemos de repousar e de nos darmos aos outro como devíamos.
O tempo de férias deve ser preenchido com um conteúdo
novo, aquele conteúdo que te faz homem.
Quem sou eu para censurar, condenar
ou ajuizar projectos de férias que tu já tenhas?
Deixa-me apenas partilhar contigo
esta minha fé e dizer-te baixinho ao ouvido:
Afasta de ti o ócio, que é o maior
dos vícios, e procura saber distrair-te, porque nem todas as distracções são
dignas duma pessoa e muito menos dum jovem como tu.
Dedica tempo à família, ao teus
pais, irmãos e outros, eles precisam do teu calor e do teu sorriso. O teu
estilo de vida, a tua juventude, a tua coragem têm de criar um equilíbrio entre
a família e o mundo.
Se sentes necessidade de mudar...
Se sentes que era necessário trabalhar por um mundo novo
mais parecido contigo...
Se quiseres conversar comigo sobre o modo como pôr isto
em prática, estou às ordens. Aparece cá pelas 14 horas, excepto aos sábados e
domingos.
Desta vez ficamos por aqui.
Procura estar vigilante e viver uma fé que valha a
pena...
Aceita um abraço em Cristo - Jovem,
do amigo.
25/06/1990
( P.e
Artur Coutinho)
P.S. :
Afinal ficou para o fim um projecto para férias.
Podes participar...
CAMINHADA
* Dia 21 de Julho, às 7h00: uma caminhada a um santuário
mariano, Nossa Senhora do Corporal em S. Salvador.
A caminho pelas diversas terras (
Meadela, Sta. Marta, Serreleis, Cardielos, Nogueira, S. Salvador) juntar-se-ão
a nós outros jovens dessas terras.
Vamos organizar esta caminhada?
Aparece à reunião que para efeito fazemos no dia 7, pelas
14.00 horas, no Salão Paroquial, e vamos lançar mãos à obra.
Se não concordares aparece para
dares sugestões.
Esta acção é para tidas a idades
superiores a 12 anos.
CAMPO
DE FÉRIAS
* Do dia 11 ao dia 14 de Agosto, na Serra d’Arga: campo
de férias para adolescentes dos 12 aos 15 anos. É necessário fazer a inscrição
até ao dia 7 de Julho, no cartório.
No dia 14 de Julho estará afixado o programa do Campo,
onde constam actividades culturais e recreativas: Campismo, Montanhismo,
Pesquisas, Entrevistas, Levantamentos topográficos, Recolhas de Usos e
Costumes.
O campo de férias custará 1.250$00 e no acto da inscrição
pagarás 500$00. O preço inclui alimentação e viagem.
Fala com os teus pais. Mostra-lhes esta carta e pede-lhes
para participares. Preenche o boletim ao lado e inscreve-te a tempo porque
podem esgotar-se os lugares.
BOLETIM
DE INSCRIÇÃO
Eu
_____________________________________________________ autorizo que
____________________________________________ morador(a) em ___________
________________________________________,
nascido(a) _____/____/_______, com o telefone n.º __________________, participe
no Campo de Férias da Paróquia e remeto 500$00 para pagamento da inscrição.
Assinatura
____________________________________________
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
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VIANA DO CASTELO
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Amigo(a) Vicentino(a):
Chamo-lhe vicentino(a) porque quem
contribui regularmente com quota para a acção vicentina, na paróquia, é também
vicentino(a). Embora não possa participar directamente numa obra organizada de
carácter sócio-caritativo, participa indirectamente para que não falte o
aspecto financeiro.
Daí o(a) senhor(a) estar de parabéns
e me permitir que o(a) trate por vicentino(a).
Como sabe, testemunhar a fé em
obras, através de uma acção pessoal veiculada pela visita em espírito de
Justiça e Caridade, é um dos objectivos primordiais do vicentinismo.
A Conferência foi fundada, nesta
paróquia, em 1978. A primeira fundação que fiz. De lá para cá, com altos e
baixos, com alegrias e tristezas, mas com uma esperança enorme e uma fé cada
vez maior, tem-se desenvolvido este espírito.
Para além do que é comezinho ou mais
trivial, esta Conferência tem apostado sempre em grandes obras: conservação e
restauro de casas de pobres e a fundação do Ozanan-Centro de Juventude, com
espaço para ocupação de tempos livres para jovens e crianças e ainda um
restaurante social.
Hoje, preside à Conferência
Vicentina a Sra. D. Rosa Parente Amado e, com ela, um grupo de jovens
vicentinos, além de outras dedicadas pessoas.
No entanto, a acção vicentina só
pode vingar se tiver como centro a “Eucaristia”, a Santa Missa, pelo menos, em
dia de Domingo.
Celebrando-se em 27 de Setembro o dia de S. Vicente de
Paulo, venho lembrar a necessidade que existe na participação de todos quantos
procuram e se esforçam por viver o espírito de S. Vicente de Paulo e de
Frederico Ozanan.
Nesse dia, às 18h15, era bom que
toda a família vicentina se concentrasse, na Igreja, à volta da mesa
eucarística em honra de S. Vicente de Paulo, sufragando as almas de todos os
que, de algum modo, foram beneficiados pela Conferência Vicentina, de todos os
que ajudaram os pobres, benfeitores e contribuintes...
Creia amigo(a) que a sua presença na
Eucaristia desse dia é também um sinal do amor que o(a) leva à partilha e à
comunhão nos ideais cristãos animados por Ozanan e S. Vicente de Paulo.
Espero vê-lo(a), nesse dia, com
todos os vicentinos, a celebrar a fé pela qual nos afirmamos como vicentinos e
amigos dos pobres.
Aproveito a oportunidade para
informar que no Domingo seguinte, dia 30, haverá um almoço-convívio no Ozanan,
às 13h00, e as inscrições estão abertas.
Aceite um abraço do pároco e amigo.
11/09/1990
(P.e
Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
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Catequista amigo(a):
Não sendo Natal nem Páscoa...
resolvi, contudo, escrever-te para colmatar, em parte, faltas à reunião geral
de catequistas ou até às reuniões de preparação semanal.
Continua a ser preocupação:
1. A assiduidade
às preparações semanais das sessões de catequese. Isso não só é útil como
encontro de unidade no espírito e na acção, como também na descoberta de
métodos mais úteis para transmitir a mensagem e ajudar a imprimir,
naturalmente, uma dinâmica criadora sempre nova e diferente, ano após ano.
2. As faltas à catequese de crianças cujos pais nunca
foram contactados pelos catequistas, ainda que pelo telefone.
Era bom que houvesse, ao longo do
ano, sempre esta relação criança-catequista-pais, de tal modo que as crianças
sentissem que a catequese semanal era algo que compromete, por Jesus, a
comunidade e que não se reduz àquela hora, mas a todas as horas da semana,
porque até o catequista pensa nelas, para além dos pais, fora daquela hora.
Se, por este trabalho, o catequista
tivesse de fazer despesa, eu sei lá... em telefone ou em deslocações devia
apresentar as suas despesas à Comissão Fabriqueira para que esta as cobrisse. É
um serviço de comunidade para comunidade.
3. O deixar as
salas sem papéis no chão, os quadros pretos limpos, as janelas fechadas e as
luzes apagadas.
4. O Dia do Pai
(19 de Março / Dia de S. José), será celebrado, a nível da catequese, no dia 17
do corrente mês, na missa das 9.30h. Há que animar as crianças e os pais. Cada
catequista poderia dar essa informação por escrito (mesmo à mão) a cada
criança, para levar para casa e mostrar aos pais. É uma sugestão. Mas pode haver
outra.
5. No dia 24 de
Março é o dia da Comunhão Pascal, na
missa das 9,30 horas.
a) No sábado antes (dia 23), há uma celebração
penitencial com confissões que começará às 15 horas e que será por grupos de
classes distribuídos por 6 salas. Pelas 15,45 h seguir-se-ão as confissões na
igreja. Este trabalho supõe que os catequistas das respectivas classes vão
juntar-se para preparar a celebração da palavra e, depois, vão assistir e
acompanhar as crianças nas confissões.
b) Para as crianças da Pré, 1ª e 2ª classes, que não têm
confissões, aconselha-se que, por classes, se juntassem nesse dia ou no
Domingo, no salão paroquial ou no Samaritano, e fizessem uma celebração da
Palavra referente à Páscoa, com uma partilha de sentimentos pascais através de
imagens, desenhos,...
c) O dia 24 é também dia de Ramos. A Festa de Ramos
far-se-á na missa das crianças. Por isso se aconselha todas as crianças a
trazerem o seu ramo ( oliveira, palmeira,...).
6. Por tudo isto se vê a necessidade dos encontros
semanais de preparação. Aconselhava a escolherem outras horas ou outros dias
para aqueles que estão impossibilitados de comparecerem nas horas ou dias já
marcados.
7. Que não aconteça o que por vezes sucede: crianças não
participam nas festas porque o catequista não disse nada. Às vezes, acontece
que há catequistas que parecem viver alheios à vida paroquial. Se é assim, é
muito grave e, então, não há catequese, há passatempo ou outra coisa qualquer
que não poderei tolerar. Para além disso, o catequista não o será verdadeiramente
se não der testemunho pelas obras e pela prática religiosa, isto é, por
frequência que se veja.
O catequista deve estar muito unido ao Pároco que é, a
nível paroquial, o primeiro catequista. Esta união passa pelas reuniões de
grupo (semanais) e pelas reuniões gerais.
Crê, amigo(a) catequista, que depois
de tudo bem feito, quer da minha parte quer da vossa, nada mais nos resta que
agradecer ao Senhor por nos ter dado a Graça de termos feito o que devíamos.
Aceita um abraço do teu Pároco e
amigo.
Março
de 1991
(P.e Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
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P Á S C O A
Caro Paroquiano(a):
Vamos celebrar a Páscoa!
Este ano, a nossa lembrança
comunitária para celebrar as alegrias da Ressurreição corresponde a este
livrinho “Dia Santificado” que parece insignificante, mas que é, todavia, muito
prático.
É um devocionário! ... um catecismo!
... um livrinho que pode estar em casa, em lugar próprio, ou até andar no
bolso! ...
No entanto, a Páscoa não é importante pelo livrinho, mas
por tudo o que vivemos na Quaresma e pela qualidade da nossa participação nas
cerimónias da Semana Santa, que têm como cume ou síntese a grande Vigília
Pascal, no Sábado Santo, às 21.30 horas.
Este ano a nossa Páscoa é Jubilar
como comunidade paroquial, daí que o convite à alegria e à esperança seja
reforçado por tudo o que nos anima o espírito, unidos na mesma oração,
caminhando juntos como irmãos, reunidos à volta da mesma mesa de reflexão e
diálogo, e a viver a experiência gozosa destes 25 anos.
Vinte e cinco anos de Paróquia, vinte e cinco anos de Páscoa.
Que a Páscoa deste ano traga, como fruto, uma comunidade renovada com uma fé
mais profunda, autêntica e que a todos nos amolde ao Amor de Cristo, sob os
auspícios de Nossa Senhora de Fátima. São estes os votos do amigo.
Abril
de 1992
(P.e Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
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Ex.mo(a) Senhor(a):
Cá estamos mais uma vez. Este ano, é
a primeira vez, mas para muitos já são tantas vezes quantos os anos de
catequese dos seus filhos ou educandos. Esta missiva é para pedir! Todos
sabem quão difícil é governar uma casa! E governar uma Paróquia... com as
esmolas... Esperamos que, de boa vontade, chegam duns e doutros para aquilo que
é necessário ou para os projectos que a comunidade pretende levar por diante.
Chegou a hora, conforme está
programado desde o princípio do ano no calendário catequético, que foi
distribuído a todas as crianças, de iniciar a partilha a favor das despesas da
catequese.
Precisamos de suportar muitos
encargos, sobretudo com o material didáctico, porque os catequistas não
trabalham por dinheiro, antes pelo contrário, ainda gastam do que é seu em
viagens e em encontros de formação, às vezes em telefonemas e outras coisas
mais e... só por amor à causa. Mal seria se a Paróquia não fornecesse o
material necessário para um, pelo menos, suficiente trabalho de catequese para
o milhar de educandos!...
Venho, pois, cumprir algo que também
me custa, que é pedir, pois, se não o faço também não podemos crescer e
a comunidade tem de se sustentar a si própria, não só para subsistir, mas para
crescer e se desenvolver. É com a ajuda de todos, uns mais... outros menos, que
se pode fazer uma comunidade viva. Não estipulamos nada a ninguém, mas pedimos
partilha, disponibilidade e, tudo isto, de acordo com a capacidade e
generosidade de cada um.
Creio, aliás cremos, nós Comissão
Fabriqueira, na vossa boa vontade e que as ajudas vão chegar sem mais encómios
nossos. Bastará entregar ao catequista ou no cartório e, se quiserem, podem
pedir recibo para deduções no IRS. É de costume passar-se recibo daquilo que se
recebe.
Se já não tem o calendário das
actividades da catequese, que foi distribuído no princípio do ano, peça-o no
cartório.
Quanto às contas paroquiais
referentes a 1992, lá para Fevereiro elas serão apresentadas conforme o
costume, isto é, depois de ordenadas pelos tesoureiros e pelos técnicos, serão
apresentadas em Reunião do Conselho Paroquial e outros órgãos intermédios, em
Assembleia Paroquial, tornadas públicas e afixadas.
Esperamos a melhor compreensão de
todos vós, com um grande abraço e votos de um ano de 1993 muito próspero, para
si e toda a família.
14/01/1993
O
amigo
(P.e
Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
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Rua
da Bandeira, 639
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VIANA DO CASTELO
Cartório: Tel. /
Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Centro de Catequese * Centro de Liturgia
Centro de Idosos * Samaritano
(Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés
E crianças Abandonadas e de Alto
Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens
Consultório Médico * A . A . * Escola de Música *ATL Ozanan
Catequista amigo(a):
Vivemos momentos altos da nossa fé. Celebramos a
Páscoa no nosso coração quando fazemos Cristo Vivo e Presente em cada irmão.
Como catequistas, sentimos bem mais fundo a alegria e
a necessidade de fazermos com que a Páscoa seja uma Celebração contínua, de um
modo particular, em relação aos meninos, às meninas e aos pais que a comunidade
nos confiou.
A todos desejo, do coração, FELIZ PÁSCOA.
Aproveito para convidar a todos os catequistas
efectivos e auxiliares para uma reunião a realizar no próximo sábado, dia 9,
pelas 16 horas. Nessa reunião, falará dos Actos dos Apóstolos o P.e
Dr. João Barbosa e, logo de seguida, falaremos dos problemas da nossa catequese
assim como das festas que os diversos anos têm no mês de Maio.
Atenção que isto é muito importante, pois é tudo
novidade para os catequistas e para os pais. Será bonito estarmos todos bem
sintonizados com as orientações pastorais sobre o assunto. Esperemos que, nesta
matéria, nenhum pai se escandalize com o catequista por não saber que
informação dar...
Peço a presença de todos e sugiro que participem na
Missa Vespertina, às 18h15, como conclusão do encontro.
O encontro realiza-se no Ozanan.
FELIZ PÁSCOA!
31/03/1994
O
Pároco
(P.e Artur Coutinho)
SERVE DE CONVITE
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Centro de Catequese * Centro de Liturgia
Centro de Idosos * Samaritano
(Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés
E crianças Abandonadas e de Alto
Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens
Consultório
Médico * A . A . * Escola de Música *ATL
Ozanan
NATAL DOS SÓS
No dia 24 de Dezembro, organizado
pela Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, como já vem sendo habitual realiza-se uma
Ceia de Natal para os Sós, no Ozanan – Centro de Juventude, Largo das
Carmelitas.
As inscrições estão abertas até ao
próximo dia 20, no cartório.
Se vive sozinho, se quer uma ceia de
Natal fazendo família com outros, inscreva-se.
BERÇO
DE N.ª Sr.ª DAS NECESSIDADES
Também para as Crianças Abandonadas ou de Alto-Risco será
promovido no dia 19, próximo Domingo, uma festa de Natal, onde estarão
presentes algumas das autoridades.
As instalações estarão abertas aos
membros da Liga dos Amigos do Berço das 14h30 às 15h30 e situam-se na Rua
Campos Monteiro.
Se quiser colaborar com esta obra,
faça-se membro da Liga.
“NATAL
E FAMÍLIA”
A Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima, em colaboração com as
escolas do 1º Ciclo da área, levou a efeito um concurso subordinado ao tema
“Natal e Família”, de muito interesse para estímulo à expressão plástica das
nossas crianças e a propósito de um tema muito querido para os cristãos.
Concorreram cerca de 400 crianças e
foram atribuídos prémios a:
*
1ª fase: 1º - Marco Rocha (Carmo), 2º - Isabel Rod. Ferreira (Abelheira), 3º -
Cátia Andreia Sousa (Abelheira).
* 2ª fase: 1º -
Carolina F. Viana (Carmo), 2º - Mariana Lopes Caló (Carmo) e 3º - Maria
Filomena Cunha (Carmo).
Fizeram parte do júri: Dr.ª Maria
Augusta Manso (Psicóloga), Arquitecto Faro Viana, P.e Dr. António
Belo, Prof. Ilda Carvalho e Irmã Adela Morante.
Os trabalhos encontram-se expostos
ao público no Ozanan -
Centro de Juventude, até 27 de Dezembro.
1994
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua
da Bandeira, 635-639
4900
VIANA DO CASTELO
Tel.:058 823029
Ex.mo(a) Senhor(a):
Paroquianos
(as) _____________________
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
4900
Viana do Castelo
Amigo(a):
Não basta discutir e reflectir sobre
os problemas da Família e os seus valores na sociedade, é necessário que
interiorizemos e assumamos a responsabilidade que nos cabe em modificar as
situações em risco.
A FAMÍLIA é algo sagrado: sem
ela não pode haver humanidade saudável.
Neste Mês de Maio temos muito
presente a Família ao louvarmos Maria.
O dia 13 é o dia da Padroeira desta
Comunidade Paroquial. Nesse dia haverá Missa solenizada às 19h15. Na véspera,
dia 12, sairá da Igreja Paroquial, às 21h30, uma Procissão de Velas que
percorrerá as zonas da Paróquia.
Neste Ano Internacional da Família, venho, por este meio,
convidá-lo(a), juntamente com a sua família, participar na referida Procissão
de Velas.
Creia que faço este apelo convicto de que a felicidade da
Família também passa pela oração comunitária à volta de Nossa Senhora de
Fátima, em Procissão de Velas, num dia tão querido como é a véspera do dia 13
de Maio.
Desde já o agradecimento pela Vossa comparência.
25/04/1994
O Amigo,
P.e Coutinho
PROGRAMA da
FESTA DA PADROEIRA
*
Dia 12 de Maio – 21h30: Procissão de Velas
Itinerário: Rua da Bandeira,
Capitães de Abril (S. Vicente), Rua Campos Monteiro, Rua Francisco Sá Noronha,
Rua do Barronco, Bela Vista, Estrada Abelheira, Capitães de Abril – Brejo,
Socomina, Rua Guerra Junqueiro, Rua José Espregueira, Rua Fiúza Júnior, Igreja
Paroquial.
*
Dia 13 de Maio – 19h15:
- Missa solenizada;
- Devoção do Mês e do dia 13;
- Renovação da Consagração da
Paróquia a N.ª Sr.ª de Fátima;
- Convívio Paroquial no Centro
Social.
Transmita
felicidade vivendo feliz...
Aconselha-se:
Os moradores que desejarem podem e devem colocar colchas
nas janelas ou uma vela acesa nos respectivos itinerários.
Dê testemunho da sua alegria na vivência pascal em dia da
Padroeira da nossa comunidade paroquial.
O mais
importante é acompanhar a imagem de N.ª
Sr.ª de Fátima.
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
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VIANA DO CASTELO
Tel.:058 823029
Ex.mo Senhor:
Há dias havia, na caixa do
correio, uma carta. Uma carta diferente daquelas que habitualmente se recebem.
Vinha da paróquia em que reside e onde possivelmente faz, com a família, a sua
vivência cristã.
Estamos no Ano
Internacional da Família. Nós acreditamos e sentimos A Família como
um Valor a Promover e a Defender. Obviamente porque o futuro continua a
jogar-se , de novo e cada vez mais, na Família. Nela reside o segredo da
solução de muitos problemas que afligem o nosso tempo e o nosso mundo.
É o Mês de Maio. Lindo Mês do ano... em que
a natureza nos presenteia com flores belas, de todas as cores e perfumes. Mês
que a piedade cristã consagra, muito especialmente, a Maria. Para nós,
Portugueses, é o mês da 1ª aparição de Nossa Senhora, em Fátima, no ano de
1917. Recordamo-lo no dia 13 de Maio.
Quiseram os antepassados
desta zona, há 26 anos – quando foi criada a paróquia – que Nossa Senhora de
Fátima fosse sua Padroeira. Colocaram sob os auspícios marianos a protecção da
comunidade de que hoje fazemos parte.
Tem-se colocado o maior
empenho em viver festivamente, com profundo sentido eclesial, os dias 12 e 13
de Maio. Este ano, voltados para a Família colocamo-la no coração das
iniciativas programadas para estes dias e mesmo para todo o Mês.
A procissão de velas, no dia
12 à noite, é um momento de particular devoção e manifestação do nosso amor a
Maria - Mãe e Madrinha dos nossos
destinos enquanto membros da Família Paroquial.
Aceitem o desafio que, como
moradores desta zona, sentimos nesta hora. E deixem-nos, enquanto vizinhos,
reforçar o apelo a que participemos neste acto, com a nossa Família e em
espírito de Família. Se não for doutro modo, ao menos saiamos à rua, ao
passar do andor, saudemos Nossa Senhora com lenços brancos, luzes e colchas nas
sacadas ou janelas das nossas casas. Seria um gesto simpático esperarmos a
procissão à entrada da nossa zona e acompanhá-la até à próxima, se não o
pudermos fazer em todo o percurso.
Vamos fazer festa neste Ano
Internacional da Família... A festa de Maria, para que Ela seja Madrinha do
nosso próprio lar. Maria é fonte do verdadeiro Amor, da Alegria e da Felicidade
que desejamos em todas as Famílias da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima e na
nossa própria Família.
Obrigado!
08/05/1994
O Pároco
(P.e Artur
Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
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da Bandeira, 635-639
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VIANA DO CASTELO
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FESTA DA PADROEIRA
Paroquianos Amigos:
Entusiasmei-vos,
através do jornal, da rádio e de apelos feitos nas Missas e ainda através duma
carta, a participar numa Procissão de Velas.
Sei
como era grande o entusiasmo por todo o lado, em todas as ruas e em todos os
Bairros e Urbanizações!
Sei
que muita gente trabalhou multiplicando a minha carta ou provocando contactos
pessoais de que até tenho conhecimento!
Sei
que muitos procuraram, na sua zona, ornamentar o local previsto no itinerário
com flores, tapetes, luzes, dísticos e música...
Enfim,
a comunidade estava em polvorosa nesta manifestação junto à Padroeira, Nossa
Senhora de Fátima... Aliás como a pensei e desejei...
No
entanto, as condições meteorológicas do dia foram péssimas. Do meio da tarde
para o fim, bem parecia que a bonança chegava, mas, na hora de sair, voltaram
sinais evidentes de rajadas de vento e chuva o que me levou a decidir não
sairmos com a Procissão...Já depois de todas as coisas preparadas...
Bem sei que para todos quantos se entusiasmaram e
tanto trabalharam, desde os gastos com flores para o andor, ornamentação e
iluminação do mesmo, tapetes nas ruas e centros, luzes e som, polícia e
transporte, ..., é difícil compreender as razões que me levaram a suspender a
Procissão. Mas foi por uma questão de prudência e até de amor que o fiz.
Reconheço o lapso de não ter enviado um carro de som a informar da minha
decisão.
AMIGOS,
o nosso trabalho, quando feito com amor e por amor, está sujeito à dor. Ninguém
ama sem sofrimento! Nossa Senhora aceitou o nosso duplo sacrifício, a nossa boa
intenção, aceitou o esforço de tanto trabalho como prova de muito amor.
Por
isso, saibamos aceitar a contrariedade também com amor e não exasperemos,
porque isso nos destroi e, ao mesmo tempo, mata a significação dos nossos
actos. Pelo que me toca, muito obrigado por todo o carinho com que aceitastes o
meu apelo.
Nossa
Senhora melhor vos poderá compensar por tanto sacrifício e tanto amor colocado
na Celebração da Padroeira.
Se
alguém está triste por não se ter realizado a Procissão de Velas na noite do
dia 12 de Maio, sou eu. Mas tenho, contudo, a esperança e o propósito de a
realizar no próximo ano e, de futuro, fazer dela um dos momentos grandes da
celebração da Festa da Padroeira.
20/05/1994
O
Pároco
(Pe.
Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua
da Bandeira, 639
4900
VIANA DO CASTELO
Cartório: Tel. /
Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Centro de Catequese * Centro de Liturgia
Centro de Idosos * Samaritano
(Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés
E crianças Abandonadas e de Alto Risco
* Jardim Infantil * Centro de Jovens
Consultório
Médico * A . A . * Escola de Música *ATL
Ozanan
MATRÍCULAS NA CATEQUESE
Aos Pais:
A
Comunidade Paroquial sente-se responsável na cooperação com os pais na educação
cristã dos seus filhos.
Daí
virmos, por este meio, lembrar-lhe que o(a) seu(sua) educando(a) faz este ano 5
anos e, por isso, pode matricular-se na pré-catequese para o despertar
religioso.
Ao
iniciar a campanha da fé do(a) vosso(a) educando(a), gostávamos de ter a
certeza de que todo o nosso esforço, em cada sessão semanal, não é mais do que
a concretização da vivência, em família, do Amor que Jesus veio preparar e
ensinar a viver. Sem a vossa ajuda nada
conseguiremos!
Vós
pais, ocupais o lugar primordial na educação do(a) vosso(a) filho(a), pois sois
os seus primeiros catequistas.
Se
o(a) vosso(a) filho(a) sentir no primeiro grupo social que conhece - a Família - esse Amor, então podemos ter a
certeza que podemos trabalhar ao longo do ano, pois a catequese não será
sentida como uma obrigação, mas como uma hora semanal de interesse para o
diálogo familiar e com Deus.
A
pré-catequese não é um ano obrigatório para a formação da 1ª Comunhão, mas é
conveniente a sua frequência pelo seu objectivo geral que é o despertar
religioso, do sentido do religioso para a criança que depois, a partir do 1ª
ano, será desenvolvido com um outro tipo de temática mais directa e mais
voltada ao Homem e ao Mundo.
Certos,
porém, do vosso interesse na pré–catequese vimos informá-lo que as matrículas
estão abertas de 05 a 14 de Setembro, nos horários de expediente do Cartório, e
que a catequese começará a 25 de Setembro.
Sem
outro assunto, se subscrevem com um abraço,
19/08/1994
O
Pároco e os Catequistas
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua
da Bandeira, 639
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VIANA DO CASTELO
Cartório: Tel. /
Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Centro de Catequese * Centro de Liturgia
Centro de Idosos * Samaritano
(Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés
E crianças Abandonadas e de Alto Risco
* Jardim Infantil * Centro de Jovens
Consultório
Médico * A . A . * Escola de Música *ATL
Ozanan
Ex.mo(a) Senhor(a):
Terminaram
mais umas férias... É caso para dizer: “era bom, mas acabou-se”. Enfim, é a
nossa própria condição de peregrinos e apesar de parecer que estamos sempre no
mesmo sítio, a caminhada está a ser feita...
Também
nos levantamos pela manhã e nos deitamos pela noite... trabalho e férias, tudo
é necessário para completarmos a nossa peregrinação terrena.
Das
férias ficam-nos gratas viagens da peregrinação que se fez. Foram novos
companheiros, novos amigos, reforçamos amizades antigas, apreciamos culturas e paisagens diferentes e
elevamos o nosso espírito ao criador por tanta maravilha que nos concedeu
saborear.
Para
recordar ainda alguns momentos das nossas férias, através de fotografias e dos
amigos, venho convidá-lo(a) para nos reunirmos a partir das 19 h 30, no dia 17
de Setembro.
O encontro realizar-se-á no quintal da minha casa
natal, em Mazarefes, onde nos será possivelmente servido um arroz de marisco
enquanto formos conversando e vendo fotografias. Também é possível que não
falte música para animar o encontro e que, na eira do quintal, todos dêem um
bocadinho ao pé.
Para
uma boa organização pede-se que todos façam a sua inscrição por carta ou para o
telefone do Cartório da Paróquia
(823029) dirigido à menina Rosa Arieira, dizendo o seu nome ou o de algum
familiar que venha fazer companhia.
Esta
inscrição deve ser feita até ao dia 9 de Setembro.
A
“multa” para este encontro - convívio vai ser de 1000$00 a 1250$00 por pessoa..
As crianças pagarão apenas 50%. Essa multa será liquidada na ocasião.
Faça
a sua inscrição e vamos conviver festivamente um pouco.
Sem
outro assunto, se subscreve,
30/08/1994
O
Pároco
(P.e
Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
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da Bandeira, 639
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Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Centro de Catequese * Centro de Liturgia
Centro de Idosos * Samaritano
(Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés
E crianças Abandonadas e de Alto Risco
* Jardim Infantil * Centro de Jovens
Consultório Médico * A . A . *
Escola de Música *ATL Ozanan
Ex.mo(a)
Senhor(a) :
Com os meus cumprimentos, venho, por este meio,
convidá-lo(a) para uma reunião do CPP (Conselho Paroquial de Pastoral) a
realizar no dia 15 do corrente mês, às 21h30, no Centro Social, à Rua da
Bandeira, n.º 639.
Foi distribuído o plano de actividades para o ano de
Pastoral de 1994/1995 com base nos planos apresentados pelos grupos em Julho.
Apenas foi acrescentado o plano do Centro Paroquial de
Formação.
No entanto, em relação às Jornadas ainda gostaria de
ouvir o CPP sobre a temática e, possivelmente, aproveitar alguma sugestão e
parecer sobre a inclusão dum curso bíblico, durante este ano, e sobre a
renovação do modo de viver o dia de Páscoa relativo à Urbanização Capitães de
Abril ou outras novas Urbanizações da área da Paróquia.
Aproveito para agradecer a ajuda prestada e pedir que
não falte a mais esta reunião do CPP.
Sem outro assunto, se subscreve,
04/10/1994
O
Pároco
(P.e
Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua
da Bandeira, 639
4900
VIANA DO CASTELO
Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 –
Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Centro de Catequese * Centro de Liturgia
Centro de Idosos * Samaritano
(Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés
E crianças Abandonadas e de
Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens
Consultório Médico * A . A . *
Escola de Música *ATL Ozanan
À
Rádio Geice
Praça
1º de Maio, n.º 6-T
4900
Viana do Castelo
Ex.mo
Senhor:
Com
os nossos cumprimentos, vimos, por este meio, pedir que fizesse circular esta
informação nesse órgão de comunicação social que representa.
Desde
já os nossos agradecimentos.
18/01/1995
O
Pároco
(P.e
Artur Coutinho)
CENTRO COMUNITÁRIO DE APOIO
AO NECESSITADO
C E C A N / R D
A
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima abriu um Centro Comunitário de Apoio ao
Necessitado – Recolha e Distribuição, à Rua Campos Monteiro, Lote 1, Cave –
Direito, propriedade da C. Fabriqueira. Esta fundação, designada pela sigla
CECAN/RD, resulta da cooperação de serviços entre as diversas instituições e
movimentos da Paróquia de índole sócio-caritativa: Centro Social Paroquial,
Ozanan – Centro de Juventude, Conferência Vicentina, Pólo Juvenil, Clube de
Jovens – Ozanan.
O
CECAN/RD tem por fim recolher bens úteis, novos ou usados (em bom estado), como
roupas, mobílias, electrodomésticos, alfaias, brinquedos, aparelhos
audiovisuais, etc., para distribuição aos pobres.
Encontra-se
aberto diariamente das 14h30 às 16h30 e é orientado por voluntários da
Conferência de S. Vicente de Paulo e Jovens do Ozanan, aguardando-se a oferta
de Jovens do Pólo Juvenil.
À
inauguração estiveram presentes, para além dos corpos sociais que tomaram
posse, o Senhor Director da Sub-Região de Segurança Social de Viana, o
Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, elementos do Conselho
Pastoral Paroquial, Vicentinos e outros paroquianos.
Os
corpos sociais são constituídos por: Dra. Maria Augusta Durães Fernandes - presidente; Crispim da Silva - secretário; Fernando Pereira - tesoureiro; Dra. Piedade Gonçalves, Rosa Amado,
Camilo da Torre Correia e André Manso Gigante - vogais da Direcção; P.e Dr. Agostinho de
Castro - presidente do Conselho Fiscal; Dr. Castro Loureiro e
Henrique Balinha - vogais deste Conselho.
No
horário de abertura, tanto se aceitam os referidos bens, como se distribuem.
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua
da Bandeira, 639
4900
VIANA DO CASTELO
Cartório: Tel. /
Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Ex.mo(a) Senhor(a)
Com os nossos cumprimentos, vimos
por este meio comunicar-lhe o seguinte:
Como sabe a Páscoa é a festa mais
importante da vida cristã. Na Páscoa está a base da nossa fé. Cristo deu a sua
vida por nós na Cruz e Ressuscitou ao terceiro dia, numa entrega total de Amor.
A Celebração da Páscoa tem como
centro a Vigília Pascal, no Sábado Santo, à noite. Celebrar a Páscoa sem a participação
na Vigília é um erro grave na ordem da fé.
Antigamente, depois desta Celebração
que levava toda a noite, os cristãos percorriam as ruas, as praças e as casas
das famílias e dos amigos a festejar popularmente o acontecimento, como que
dando continuidade à Vigília que tinha decorrido durante a noite.
Através dos tempos, as coisas foram
alteradas e simplificadas. A Vigília deixou de ser toda a noite. O dia de
Páscoa começou a reduzir-se a um grupo de leigos conjuntamente com o Sacerdote,
no meio de mais ou menos animação festiva, a levar a boa notícia da
Ressurreição, de casa em casa. Surgiu assim o Compasso Pascal que ainda hoje se
usa.
É uma tradição que não convinha
acabar...
No entanto, as dificuldades em
mantê-la têm sido algumas devido à falta de sacerdotes. Também não é
interessante a forma como é feito o Compasso: a correr para se dar a volta
toda!...
Foi por essas dificuldades que na
Urbanização Capitães de Abril, no princípio, lancei a ideia não da supressão da
tradição mas da sua transformação numa festa diferente, criando maior
fraternidade entre os moradores. Sugeri reunir, prédio por prédio, os que vivem
debaixo das mesmas telhas, na cave, e levar o Compasso Pascal a visitar, prédio
a prédio, toda a Família reunida à volta duma mesa comum.
A ideia foi aproveitada em alguns
prédios, no todo ou em parte porque alguns se limitaram aos halls do prédio,
mesmo sem mesa. A Missa de encerramento celebrou-se numa praça da Cooperativa e
organizou-se outro tipo de festa profana.
Uma
vez que está a ser aceitável os grupos de leigos a fazer o Compasso Pascal de
porta a porta, gostaria de reflectir e amadurecer esta ideia a implementar na
Cooperativa, porque de acordo o número de requerentes da visita ao domicílio do
Compasso, tem de se ter em conta a determinação relativa à expressão Pascal
vivida em toda a Cooperativa, podendo levar o dia todo e precisar de dois
grupos para ser feito com certa dignidade...
Daí esta mensagem aos moradores da
Urbanização Capitães de Abril, pedindo que fizessem o favor de responderem, o
mais rápido possível, ao inquérito que junto.
Pode entregá-lo no Cartório, na
Residência Paroquial ou na Igreja no próximo fim de semana, ao Sacristão ou
ainda no Café Vitral para depois se fazer o estudo conveniente.
21/03/1995
O
Pároco
(
P.e Artur Coutinho)
INQUÉRITO
1.
Gostava de manter o ritmo que se criou para expressão Pascal nesta Urbanização?
Sim Não
2.
Está de acordo com alterações a introduzir este ano ou para o ano?
Sim Não
3.Está
interessado(a) em receber o Compasso Pascal no Domicílio?
Sim Não
4.
Está interessado(a) em receber o Compasso Pascal, no Domicílio, a qualquer hora
do Domingo de Páscoa?
Sim Não
5.
Aceita uma equipa de leigos?
Sim Não
6.
Se, por hipótese, fosse resolvido que uma equipa de leigos fizesse a visita, em
que altura do dia preferia?
Manhã Tarde
7.
Está disposto(a) a colaborar numa equipa para fazer esse trabalho?
Sim Não
Nome ______________________________________________________________
Morada
______________________________________________ Piso___________
P.S. Entregue com urgência até ao dia 27 do corrente mês,
segunda-feira.
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
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Cartório: Tel. / Fax - 058 823029 –
Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Centro de Catequese * Centro de Liturgia
Centro de Idosos * Samaritano (Deficientes)
* Centro de Acolhimento de Bebés
E crianças Abandonadas e de Alto Risco
* Jardim Infantil * Centro de Jovens
Consultório Médico * A . A . *
Escola de Música *ATL Ozanan
Caro Paroquiano:
Tem sido minha preocupação e a daqueles que comigo têm
vindo a colaborar, melhorar progressivamente a qualidade de todos os serviços
que esta Paróquia põe à disposição de todos. Porém, tal melhora só tem sido
possível, graças à colaboração, entusiasmo e generosidade dos Paroquianos.
É certamente do seu conhecimento a nossa intenção de
efectuarmos reparações na Igreja Paroquial, de modo a torná-la mais acolhedora
e confortável. Já se fizeram obras para remoção e remediação do salitre
existente nas paredes interiores por baixo do coro e nos anexos do Cartório.
Assim como as obras para mudar o sistema de iluminação, dadas as falhas e
insuficiências do existente, estando ainda por acabar o projecto que prevemos
para a iluminação. Pintar o exterior da Igreja é outra tarefa que gostaríamos
de executar. Tudo somado, iremos gastar nestas reparações cerca de dois mil
contos.
Dado que as actuais disponibilidades financeiras da
Paróquia não permitem fazer face aos encargos com estas despesas, venho, mais
uma vez recorrer à sua colaboração para que, com a sua oferta, nos ajude a
reunir a verba necessária à conclusão destas obras.
Desejávamos com estes melhoramentos, para além de um
maior conforto e embelezamento da Igreja Paroquial, dar um cunho mais festivo
às celebrações da Fé nesta Comunidade de Nossa Senhora de Fátima.
Como já tenho tornado isto público na Igreja, é
possível que já tenha contribuído e que esta carta seja inoportuna. Disso peço
desculpa.
Ela é enviada nesta data a todos os Paroquianos em
geral, daí o lapso.
De qualquer forma, estou certo de que compreende a
justeza deste apelo à sua generosidade, pelo que espero a sua colaboração.
Poderá depositar a sua oferta num envelope e entregar
no prato do ofertório das missas dominicais ou fazê-lo pessoalmente no Cartório
Paroquial.
Se o desejar, poderá pedir recibo da importância
oferecida para deduções no IRS. É-lhe deduzida a mesma taxa que lhe é tributada
neste imposto.
Sem outro assunto e esperando a melhor compreensão do
Paroquiano amigo, se subscreve
22/05/1995
O
Pároco
(P.e
Artur Coutinho)

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
|
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Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Centro de Catequese * Centro de Liturgia
Centro de Idosos * Samaritano
(Deficientes) * Centro de Acolhimento de Bebés
E crianças Abandonadas e de
Alto Risco * Jardim Infantil * Centro de Jovens
Consultório Médico * A . A . *
Escola de Música *ATL Ozanan
Ex.mo(a) Senhor(a) :
Tendo-se realizado no dia 10 de
Julho, conforme anunciado nas missas de 1, 2, 8 e 9 de Julho, uma reunião do
Conselho Paroquial de Pastoral para discutir o tema do próximo ano de pastoral,
ficou resolvido, na referida reunião, que o tema seria o seguinte: “O 3º
Milénio uma aposta cristã para formar e dignificar o Homem”.
Este tema pareceu ser o que teria
mais a ver com uma sensibilização para o 3º Milénio, segundo as orientações do
Papa e as orientações diocesanas, e também com o Ano Internacional para a
Erradicação da Pobreza, da ONU.
Precisávamos que, neste resto de
Julho, todos os grupos e movimentos fizessem os seus programas de actividades,
para o próximo ano, a contar com este tema. É urgente.
A próxima reunião, para apresentação
do programa de actividades dos grupos, será a 11 de Setembro, às 21h30, e não
podemos esperar muito mais porque, em Setembro, deve ser apresentado e aprovado
o plano de Pastoral Paroquial para o próximo ano.
Mãos à obra! No mês de Agosto são
férias!
Aproveito a ocasião para informar
que ficou decidido lançar um voto de louvor pela acção e presença da
Congregação Religiosa das Carmelitas Missionárias Teresianas, nesta Paróquia, e
informar a Provincial do mesmo, assim como prestar digna homenagem a 14 de
Agosto. A propósito irão ser dadas mais informações na “Luz Dominical”.
11/07/1995
Pároco
(
P.e Artur Coutinho)
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Caro paroquiano:
Durante o corrente ano, e celebrando
o Jubileu 2000, somos todos exortados a uma maior renovação interior,
procurando viver com maior intensidade a exigências da fé, em comunhão e
solidariedade com os irmãos.
Do programa estabelecido pelo
Conselho de Pastoral Paroquial, para estas celebrações, destacam-se, pela sua
importância e significado, as solenidades que decorrem por altura da festa da
Padroeira, cujo ponto culminante é o dia 13 de Maio. Assim, e conscientes do
papel que a festa assume nas sociedades como celebração da vida e do viver em
comum, gostaria a Comissão Fabriqueira da Paróquia de conferir mais brilho e
solenidade a esta festa, de modo que, especialmente este ano, ela constitua um
momento festivo e de encontro de todos os paroquianos.
É nosso desejo dignificar e
solenizar os actos religiosos como manifestações de culto e devoção a Nossa
Senhora de Fátima e, também, facultar aos paroquianos momentos de convívio e
descontracção próprios das festividades.
Para esse efeito, projectamos embelezar os espaços
próximos da Igreja Paroquial, por onde passará a procissão, com alguma decoração festiva, e organizar um
convívio seguido de arraial, animado por um conjunto musical, depois da missa
vespertina de sábado, dia 13 de Maio. Assim, o convívio paroquial que tem vindo
a ser realizado, em Julho, na casa do Sr. padre Coutinho, em Mazarefes, será
antecipado para este dia da Padroeira.
Com as decorações, convívio e
conjunto musical, projectamos gastar não mais de 300 mil escudos para cuja
cobertura esperamos a colaboração de todos, pois, quando todos ajudam, custa
sempre menos. Abrimos assim, uma campanha de angariação de donativos, em
dinheiro, para reunirmos a quantia necessária que permita satisfazer os
objectivos a que nos propomos, podendo o programa sofrer ajustamentos de acordo
com a verba reunida.
Estamos certos de que não deixará de
colaborar em mais uma iniciativa paroquial. O seu contributo poderá ser
entregue no Cartório paroquial ou em casa do representante de zona, abaixo
indicado.
Alguns têm caído no “conto do
vigário” e, deste modo, todos ficam informados do processo para este efeito.
Quando o fazemos, porta a porta, credenciamos as pessoas que o fazem.
Desde já, muito lhe agradecemos. E,
sobretudo, não deixe de marcar presença nas celebrações da Padroeira.
Esteja atento ao programa.
As nossas melhores saudações.
Viana
do Castelo, 27 de Março de 2000
A COMISSÃO
FABRIQUEIRA
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
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ANO
JUBILEU ¾
BIMILENÁRIO DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO ¾ NO ANO DA CULTURA DA PAZ : “A FAMÍLIA E A
CULTURA DA PAZ”
Aqui
vai uma mensagem.
Abra,
por favor, e leia!...
Amigo(a):
Neste mês de Maio, em Ano Jubilar,
em plena celebração pascal e animados pelos apelos do Papa ao perdão, temos de
continuar a manter uma maior consciência de bondade, de respeito mútuo, de
compreensão, de oferta de perdão mútuo para melhor colhermos as graças e as
indulgência jubilares, moldando a nossa vida segundo a Mensagem de Deus e da
Sua Mãe...
A celebração das “24 horas por
Jesus” foi um momento de grandes graças e benções de Deus para a Comunidade.
Não podemos perder esta luz que se acendeu nos nossos corações, na Páscoa,
fruto da experiência de um fogo de amor que é luz para todos os Homens de boa
vontade.
Ao mesmo tempo, vamos ter
possibilidade de reflectir sobre a Paz, a Família e a Cultura da Paz, em acções
desenvolvidas em conjunto com o GAF e que nos vão ajudar a situar a nossa vida
neste âmbito, em pleno Ano Jubilar.
Neste ambiente jubilar, aproxima-se
a festa da Padroeira, dia 13 de Maio. É um Sábado. Não vamos deixar passar em
branco o dia da nossa Padroeira, e, sobretudo, porque é um dia fácil para todos
os que queiram e possam prestar homenagem a uma mãe tão querida...
Creia que o apelo que faço, faço-o
convencido de que a felicidade de todos nós passa pela oração comunitária à
volta de Maria, Nossa Senhora de Fátima, em Procissão de Velas, em dias tão
queridos como estes de Maio. Dêmos, pois, também expressão material ao que nos
anima a viver em Comunidade.
Desde já o agradecimento pela vossa
comparência!...
28/04/2000
O Amigo,
Padre Coutinho

Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima
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Ex.mo(a)
Senhor(a):
Vimos dar a seguinte informação sobre as nossas relações
com Paróquias ou Missões estrangeiras:
1º – Entre a Paróquia Alemã de S. Pancrácio de Glehn, na
diocese de Colónia, e a Paróquia de N.ª Sr.a de Fátima, diocese de
Viana do Castelo, tem havido visitas mútuas desde 1986, intercâmbios, trocas de
galhardetes, etc..
No ano passado, o pároco de N.ª Sr.ª de Fátima visitou
por quatro vezes aquela paróquia. A primeira foi para tratar em comum do
programa do ano jubilar, uma vez que era, neste ano, que a Paróquia portuguesa,
visitava a alemã.
A segunda foi nas Bodas de Ouro matrimoniais dum casal
comprometido na Paróquia e para as quais tinha sido convidado.
A terceira, com um grupo de 50 pessoas, num programa de intercâmbio: encontros com
paroquianos e com visitas a lugares históricos, visita à igreja jubilar da região,
procissão de velas na véspera do dia da Assunção e encontros com serviços
públicos e industriais da região.
A quarta foi a participação na homenagem feita pela
Paróquia alemã ao pároco, na qual esta Paróquia se fez representar por 3
elementos.
2º – Não temos um serviço idêntico em relação à Paróquia
de N.ª Sr.ª de Fátima da cidade da Beira.
O pároco de lá já cá esteve. Contribuímos com algum
dinheiro para obras.
3º – O mesmo acontece com a Missão de N.ª Sr.ª de Fátima
em Moxico Velho, em Angola.
Do mesmo modo, o pároco tem vindo passar férias aqui.
Já houve troca de galhardetes e temos contribuído com dinheiro para obras dessa
Paróquia. O nosso pároco já preparou uma visita a esta Missão, mas saiu
frustada por razões diplomáticas.
4º – A Missão de Paraí, no Paraguay, também tem
recebido colaboração nossa através de um contacto mantido por uma freira de lá.
O pároco de N.ª Sr.ª de Fátima já visitou esta missão.
Sem outro assunto, se subscreve,
13/03/2001
P.e
Artur Coutinho

Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima
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Infantário / Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Catequista
amigo(a):
Alguns
já esperariam esta carta porque dela falei na última reunião de catequistas,
mas decidi dirigi-la a todos os catequistas actuais e a todos os que foram
catequistas, nesta comunidade, desde que cá estou como Pároco.
Ela
aí vai... Precisamos de nos encontrar.
Talvez
eu seja o que mais precise deste encontro porque precisarei de sentir a vossa
fé, o calor da vossa amizade e do vosso perdão.
Se
me quiseres dar a alegria da tua presença, celebrando comigo a Eucaristia de
Quinta-feira Santa, naturalmente, dar-me-ás uma grande alegria e poderemos
todos viver uma Páscoa mais feliz...
Vamo-nos
reunir num dia importante, numa hora própria, para que a unidade se realize em
propósitos de serenidade, de justiça, de compreensão para que, se feridas
alguma vez se abriram, ou mágoas, ressentimentos e até ódios se instalaram nas
nossas vidas, se desvaneçam e tudo fique esquecido, apagado e perdoado.
É
nesta medida que precisamos uns dos outros porque, afinal, todos temos
necessidade de sentir o perdão de Deus que passa pelos irmãos, a começar por
com quem convivemos e trabalhamos...
Não
esqueçamos que o Amor tem de ser mais forte, tem de vencer o nosso orgulho, a
nossa auto-suficiência e as nossas manias; tem de gerar humildade, fé,
maturidade e perdão. Por isso, reconciliados, em dia de quinta-feira Santa,
daremos graças, celebraremos a Eucaristia, isto é, agradeceremos em comunidade
a alegria do perdão, o dom do serviço que prestamos à comunidade através dos
mais novos, na catequese, porque o fazemos
por Jesus que era amigo das criancinhas e dos que são como eles.
Não
faremos mais do que cumprir as palavras de Jesus: “Fazei isto em memória de
mim ...”, isto é o que temos de fazer quando nos reunimos em nome d’Ele.
Celebremos a eucaristia com vida, fé e amor; celebremos a Páscoa de Jesus com
alegria e conviveremos, no fim, num
ágape que se realizará no Ozanan ou no Fórum.
Não
pedimos nada a ninguém. Apenas convidamos e se alguém não vier, ou não puder
vir, agradecia que telefonasse para a Rosa Oliveira, até terça-feira ao meio
dia, a comunicar para que não haja despesas desnecessárias.
Façamos
uma Páscoa diferente!
Que
a Páscoa de 2001 fique marcada na nossa mente e no nosso coração comunitário
como o acontecimento mais feliz da nossa
vida.
Feliz
Páscoa!...
05/04/2001
P.e
Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua da Bandeira, 639
4900 VIANA DO CASTELO
Cartório: Tel. /
Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Jovem amigo(a):
Muito gostava de te
falar, olhos nos olhos, do Cristo que amo. Seduziu-me uma vez e a Ele me rendi
ao ponto de não o esquecer nunca mais, apesar da minha fragilidade humana. Eu
sei que às vezes, sou náufrago e o procuro como salva-vidas a quem me quero
agarrar. Falo com Ele, como se de um irmão mais velho se tratasse, a quem peço
opinião. Às vezes reprova-me, mas com reprovações amigas e permite-me
recomeçar... Dirijo-me a Ele, como Pai bom e misericordioso, compreensivo e
justo...ouço a sua voz que me chama à generosidade e responde aos meus anseios,
aos meus porquês... Ele é a chama viva da minha vida que me ilumina no
caminhar...
Recordo-o no casamento
da Galileia a alegrar-se com os que se alegram, em Naim a chorar com quem chora
a morte de um jovem, filho de uma viúva e a reconquistar para Maria Madalena a
sua dignidade, reabilitando-a. Recordo o silêncio que procurava retirando-se
para falar com o Pai ou o silêncio com que escutava os acusadores para depois
libertar a mulher infiel e dizer-lhe “Vai e não peques mais...” . Este Jesus
Cristo que a ciência procura agora descobrir exactamente os contornos do seu
rosto, a cor dos seus olhos, dos seus cabelos e as feições da sua boca ou do
seu nariz... era desse Cristo que não me preocupa estes pormenores científicos
de que eu te gostaria de falar, pois mais importante é saber que estava com os
pobres, os doentes, os ignorantes, os simples, os pecadores, com as crianças,
os jovens e os velhos, que não recusava
o convite dos ricos, reconhecia a autoridade religiosa dos fariseus, convive na
amizade com os apóstolos, vibra com os lírios do campo e com as aves do céu...
que ensinava: procurai primeiro o reino de Deus e a sua Justiça.
Este
Jesus Cristo sentiu a fome, a sede e a falta de abrigo porque o filho do Homem
nem sequer tinha onde reclinar a cabeça, sente o peso do cansaço e descansa ao
atravessar o lago da Galileia, sente a pressão da violência e do ódio por ser
um profeta da sua terra, sente a força do dinheiro quando foi vendido por
Judas, sente a fraqueza do seu corpo e fica apavorado perante o sofrimento que
se aproxima “Pai, se é possível...”...
Jovem
amigo(a), não posso dizer-te mais. Tu sabes o resto.
PÁRA, ESCUTA E OLHA.
É por este Homem, que
morreu jovem por toda a humanidade, que celebramos Páscoa esta semana. É também
a nossa Páscoa!...
Vive
connosco a Páscoa de Jesus!
Não
te esqueças deste Homem generoso e bom até à última gota de sangue...
Quinta-feira,
podes encontrar-te com Ele na Reconciliação, às 17 horas na igreja. Podes procurar-me
ou procurar outro sacerdote, em qualquer dia, que te ajude a descobrir o grande
mistério de Jesus que a todos fascina... Por amor de Deus, seja onde for, não
esqueças Jesus que te abençoa, que te liberta, que te ama.
Não
posso continuar porque, naturalmente, já estou a ser longo ... e nunca para te falar deste Cristo, se Ele é a minha
vida, em carta nenhuma deste mundo poderia dizer tudo... Foi também com um
ímpeto de amor que me levou a escrever-te esta
para ta dar em Domingo de Ramos...
Um
xau... um beijo deste teu amigo e pároco,
2001.04.07
P.e Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
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Jovem amigo (a):
Fez um
ano, no dia 10 de Junho, que foste crismado.
A carta
que escrevi aos jovens, pela Páscoa, e que publiquei no “Paróquia Nova”
continua a ser actual. É por isso que a remeto, de novo, a ti para que,
lendo-a, possas atender ao convite que hoje te quero fazer.
No
próximo Domingo, gostaria de estar aqui contigo, às 10 horas da manhã. Pode
ser?
Conto
contigo. Aparece...
Não me
deixes sozinho a essa hora e nesse dia, pois já estou a reservar esse tempo
para ti.
Aceita
um abraço deste padre e amigo ao dispor,
23/06/2001
P.e
Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Paroquiano amigo(a):
Porta a
porta, pelas ruas da nossa comunidade, foram distribuídos postais a convidar
para o dia 7, a partir das 20 horas.
No
entanto, porque celebramos o Ano Internacional do Voluntariado, gostaria de
fazer um convite especial aos nossos voluntários.
Ninguém
como nós, em igreja, será voluntário e, entre eles, contamos na nossa Paróquia,
na linha da frente, com mais de 350 voluntários. Não sei se alguma vez os vi
todos juntos. Já vi multidões maiores de compromisso baptismal, mas, com
compromissos paroquiais, acho que não.
Muito
gostaria de encontrar toda esta gente que se dá à Comunidade nos Serviços, que
a mesma dispõe para o seu próprio crescimento e desenvolvimento: aqueles que
animam a liturgia, que cantam (os corais); que dão catequese à infância ou aos
adolescentes (os catequistas); que guardam a igreja na qualidade de ostiários;
os que servem a liturgia como acólitos; os que tratam dos pobres (os
vicentinos); os que tratam dos doentes ou
atenuam solidões (os legionários); os que tratam dos idosos, das
crianças abandonadas, das crianças em jardim, das crianças ou adolescentes em
ATL; os que visitam os doentes levando-lhes a Comunhão; os que tratam das
festas; os que tratam das leituras e os
que distribuem ao domicílio as nossas publicações; os que fazem limpezas; das
zeladoras dos altares; os que animam ao ar livre a nossa juventude (o
escutismo); os que rezam como os carismáticos ou os néo-catecumenais; os que
administram os bens paroquiais; os que preparam o jornal; os que animam com a
música ensinando e tocando; os que trabalham nos serviços administrativos; os
Conselheiros membros do C. P. P., etc.,
ou ainda os trabalhadores assalariados que o fazem mais com espírito voluntário
do que com espírito de quem espera apenas o fim do mês para receber o seu
salário...
Temos
que fomentar esta gratuitidade, este trabalhar com ímpeto próprio de quem ama até ao fim, porque
uma luz, lá do Alto, seduziu e ajuda a descobrir a grandeza da entrega aos
outros, numa missão de amor para o bem de todos – a Comunidade.
É
urgente fomentar este serviço aos outros nas camadas mais jovens, mais capazes
de exercer eficazmente esta missão.
Tendo
em consideração o que acabei de escrever, venho, por este meio, convidar para
uma reunião de voluntários desta Paróquia a realizar, nesse mesmo dia, às 17h00
na capela de N.ª Sr.ª das Boas Novas, em Mazarefes. É já no próximo Sábado.
Depois
dessa reunião, realizar-se-á a missa vespertina na mesma Capela, à qual se
seguirá o Convívio Paroquial no quintal da minha casa, com ementa e animação
previstas e cujo programa se encontra nos postais já distribuídos...
Obrigado
pela tua atenção e desde já os meus agradecimentos.
26/06/2001
O amigo e Pároco
P.e Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
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Ex.mo(a)
Senhor (a):
Para fortalecer a fé, cada
vez mais posta à prova com guerras
e progressos científico-tecnológicos, no
nosso projecto de vida e transformação, vamos começar, na próxima
segunda-feira, dia 29, os nossos encontros quinzenais do C. P. F. (Centro
Paroquial de Formação).
Será às
21h30 no HUMANITUS FÓRUM, na rua da Bandeira, n.º 504 (Largo das Carmelitas),
em frente à Igreja.
Juntamos
um programa para todo o ano. Através ele, pode ter em sua casa a temática com
as respectivas datas. No entanto, se houver alguma alteração, será anunciada no
Domingo antes, na Luz Dominical ou em avisos da missa dominical.
Esperamos
obter a colaboração e o interesse seu nesta acção de formação que consideramos
de relevo para todos os nossos amigos.
Vamos ter como base o novo Catecismo da Igreja
Católica, dando aliás continuidade ao do
ano anterior.
Normalmente,
a temática é abordada por conferencistas especializados.
Não
custa muito. É só um pouco de disponibilidade para se abrir ao Espírito...
E para
reflectir ou conhecer mais a doutrina não há limite de idade...
Desta
forma, procuraremos estar actualizados e a nossa fé deixará de ser tradicional
para ser cada vez mais uma fé de opção.
Contamos
consigo e com a sua família.
Aceite
os nossos cumprimentos.
17/10/2001
P.
e Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Amigo(a):
É
costume, de quinze em quinze dias, levarmos a efeito uma acção de formação,
conduzida por pessoas de reconhecida competência, sobre temas que vão versar
sobre o novo catecismo da Igreja Católica.
Começamos este trabalho há já mais de
13 anos, onde pessoas de diversos níveis sociais e culturais costumam
participar.
Na próxima segunda-feira começamos,
neste ano de pastoral, com este serviço do Centro Paroquial de Formação. Por
esse motivo, venho lembrar a necessidade de aproveitarmos o que a Paróquia
oferece para, doutrinalmente, nos actualizarmos e melhor podermos acompanhar o
avanço científico-tecnológico, os problemas dos sucessos e dos insucessos de
hoje.
Estes encontros são para toda a gente,
mas dum modo especial, são uma exigência para todos aqueles que se encontram
mais comprometidos com a Comunidade, nos Vicentinos, na Legião de Maria, nos
Corais, nos Acólitos, nos Catequistas, nos Ostiários, nos Leitores, nos
Ministros Extraordinários da Comunhão, nos Serviços Administrativos e nos
Sociais da Paróquia como: Ozanan, Centro Social, Berço, Jardim de Infância,
Escola de Música, Zeladores e todos os voluntários ou assalariados.
Seja qual for o seu compromisso,
lembro-lhe esta acção e convido-o a participar nela. Nunca é de mais dispormos
de algum tempo para aprendizagem, debate, reflexão sobre os problemas da vida
na perspectiva cristã. A nossa fé precisa também deste alimento para que não
seja facilmente abalada.
Na Luz Dominical dar-se-ão outras
informações...
É tudo... Até segunda-feira, às 21h30,
no Humanitus Fórum, se estiver livre e puder participar...
Conto sempre consigo...
Um abraço do Pároco e amigo,
24/10/2001
Para
melhor poder destinar o seu serviço e as suas ocupações, junta-se o programa
deste ano, com os respectivos dias......
P.e Artur Coutinho Na
luz Dominical dar-se-ão outras informações...
É
tudo... e até segunda-feira, às 21.30H no Humanitus Fórum, se estiver livre e
puder participar...
No
entanto, conto sempre consigo...
Um
abraço do Pároco e amigo,
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Ex.mo(a)
Senhor(a),
Amigo(a),
Caro(a)
Paroquiano(a),
Em
boa hora, a Assembleia das Nações Unidas deliberou proclamar o ano de 2001 como
Ano Internacional dos Voluntários (A. I. V.). Pretendeu-se, desta forma,
reconhecer a identidade própria da figura do voluntário, afirmar o seu papel
insubstituível para o desenvolvimento e dignificação social. Assim, a
comunidade paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima, comunidade solidária e voluntária
por excelência, não podia deixar de celebrar o Dia do Voluntário
Paroquial.
Conforme
tenho vindo a referenciar, o dia escolhido para celebrarmos o evento foi o dia
8 de Dezembro, tendo todo o interesse nesta celebração, para assinalar o Ano
Internacional dos Voluntários, o dia da Imaculada Conceição,
padroeira de Portugal, dia muito simbólico para esta paróquia e dia do 34.º
Aniversário da Primeira Eucaristia, celebrada às 9h30 pelo seu primeiro
pároco.
Venho, por isso mesmo, convidá-lo(a) a
si para esta celebração, da qual constam
dois momentos fortes: a Eucaristia na Igreja Paroquial, que será às 10h30, e a
magna Assembleia de Voluntários que se reunirá no Auditório do Castelo de
Santiago da Barra, tendo início às 14h30.
Ao longo da realização do programa da
tarde haverá lugar para a chamada de todos os voluntários desta comunidade
paroquial, percorrendo os respectivos sectores de actividade.
A celebração terminará apoteoticamente
depois de distribuição de lembranças significativas e precedida por uma sessão
de encerramento que contará com a presença das autoridades...
Muito gostava de o(a) ver presente,
não só a si como à sua família e amigos.
Sou pároco esta comunidade desde o dia
2 de Setembro de 1978 e senti, em algumas situações, o calor humano que os
paroquianos imprimiram em algumas celebrações, nomeadamente, na comemoração dos
25 anos da fundação da paróquia, na celebração do meu jubileu de 25 anos de
padre, em algumas festas marianas. Como vemos, não muitas as ocasiões em que
houve uma participação em massa da nossa comunidade. Então saia do seu pequeno
mundo e venha para a festa connosco!
Acredite que muito apreciarei a
presença de todos que agora convido, pois outros convidarei, de quem menos
espero correspondência ao apelo que lhe faço em particular a si, por razões que
se prenderão, como deve calcular, com a nossa convivência, compromisso e
afeição a uma COMUNIDADE que temos, em conjunto e voluntariamente, ajudado a
crescer.
Aceite aquele abraço amigo do
Aceite
aquele abraço do amigo que não o (a) esquece.
08/11/2001
P.e
Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
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Amigo
(a):
Jesus caminhou por cidades e
aldeias, a pregar e a anunciar a Boa Nova do Reino de Deus.
Com Ele andavam o grupo dos Doze e
algumas mulheres que tinham sido curadas de enfermidades...
Jesus convenceu todos os que o
ouviram ou presenciaram algum dos seus milagres. Convenceu o Zaqueu, Marta,
Maria, Lázaro, a Samaritana, Maria Madalena, os noivos de Caná, a viúva de
Naim, a mulher infiel,...,Tomé, os de Emaús...os discípulos em geral...
Muita gente recebeu-o com entusiasmo
e fez festa seis dias antes da Páscoa, em Jerusalém. E gritou Hossana!...
Hossana!... Hossana... ó Filho de David!...
Outros ficaram perturbados com os
seus actos porque, para este Cristo que nos fascinou, não havia preconceitos,
nem respeitos humanos. Sempre foi exigente, frontal, verdadeiro, livre, “agiu e
não se agitou, desperdiçando tempo ou energias” e sempre... sempre fazendo as
coisas orientadas para o serviço do Pai e dos Homens.
Estes temeram a sua autoridade, popularidade e empatia com todos os que o rodeavam... e
trataram de O matar, para que a imagem dos sacerdotes ou dos escribas não fosse
obscurecida, ou esvaziadas suas funções de conteúdo e significação religiosa ou
política.
Jesus respeitou a liberdade dos seus
malfeitores!...
Após a Ressurreição, começou um
mundo novo, o mundo da fé daqueles que n’Ele acreditaram e O sentiam vivo,
apesar de O terem visto, no alto da Cruz, castigado como um criminoso.
Veio o Pentecostes!... Os crentes
encheram-se de força e coragem e formaram as primeiras comunidades, ao ponto de
os cristãos serem “assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à
Fracção do Pão (Eucaristia) e à oração... Todos viviam unidos e tinham tudo em
comum: vendiam propriedades e bens, distribuíam o dinheiro de acordo com as
necessidades de cada um... Numa só alma, partiam o Pão em sua casas e tomavam o
alimento, com alegria e simplicidade de coração, louvando a Deus e tendo a
simpatia de todo o povo. E o Senhor ia agregando todos os dias ao grupo os que
eram salvos”. (Actos dos
Apóstolos.)
Hoje, neste século XXI, vivemos e
habitamos neste planeta e numa Paróquia, isto é, numa Comunidade feita de
pequenas comunidades, igrejas domésticas, em comunhão com a Comunidade
Diocesana, a Igreja Universal, com a participação, uns mais do que outros, no
debate, na reflexão, na oração e na partilha.
Na Comunidade sentimos melhor a
necessidade de proclamar a palavra, conhecendo-a, celebrando-a, interiorizando-a,
partilhando com o Outro, no tempo, o ter e o ser.
Jesus Cristo, agora, descobrimo-lo
na nossa miséria, no nosso pecado, na nossa solidão... quando sentimos
necessidade louca de nos agarrarmos a Alguém que seja o nosso Confidente e
Companheiro, o nosso salva-vidas do naufrágio em que, por vezes, nos
envolvemos, o irmão mais velho a quem nos entregamos, com quem dialogamos até
às últimas consequências... Ele consegue
ser a chama da minha vida que me interpela à generosidade, ao amor e à
partilha...
Por isso, não é a mais quando se
acrescenta na nossa vida ou na nossa linguagem: “seja por amor de Deus”,
“Graças a Deus que tudo correu bem”, foi a “vontade de Deus”, “Deus te
abençoe”, “Valha-me Deus”, “até à manhã se Deus quiser”, “Deus te acompanhe”, Deus
te pague”, “Deus é grande”, “Deus é Amor”, “Deus é Pai”.
Amigos, celebrar a Páscoa é
mudar, é transformar a nossa vida num verdadeiro Coração de Jesus. A nossa
vida, toda ela, sem sabermos o tempo que Deus nos dispõe, é uma preparação para
a Passagem e cada momento que passa deve
ser vivido como se se tratasse do último momento para vivermos a Páscoa
definitiva.
Por este Cristo que celebramos,
vivendo estes dias as horas mais trágicas
que só um Amor louco de Deus pela obra prima da criação pode compreender,
dêmos as mãos numa verdadeira comunhão com o Outro porque o maior pecado
no Mundo é a falta de Amor...
Esta falta de Amor talvez seja o
resultado de não darmos o testemunho eloquente da Ressurreição, de não
prolongarmos as aparições de Jesus pela nossa terra com a alegria deste acontecimento onde assenta toda a nossa
fé em Jesus, como fonte de vida.
O Compasso Pascal e o recebimento da
cruz, nas casas de cada um, é querer dar continuidade a este anúncio
maravilhoso de Cristo vivo, é dar à família a consciência de que de facto é uma
“igreja doméstica”, é fomentar a consciência de que todos formamos uma
comunidade de crentes, é assumir que a fé,
como o amor, precisa de
expressões rituais festivas, dando ao
encontro entre pessoas, aos cumprimentos, às saudações, um lugar para festa e
convívio. É que o Amor que nasce da Ressurreição é mais forte do que qualquer
outra coisa e, assim, tem necessidade de extravasar a área da pessoa em si, da
família, do lugar e da Paróquia. E se não nos encontramos no dia a dia, nem por
isso deixamos de nos sentirmos unidos.
As aparições de Jesus naquela manhã
de Páscoa são, hoje, verdadeiros encontros de catequese nas casas das famílias,
transformadas em autênticos lugares de culto pascal que se prolongará ao longo de todo o ano.
Vamos participar na Vigília, no
Sábado Santo à noite, às 21 horas.
Vamos viver uma Páscoa diferente,
muito alegre, e dessa alegria vamos dar testemunho, fazer festa e comunhão com
os outros. São os votos do pároco e amigo Padre Coutinho.
23/03/2002
O
Pároco
(P.e
Artur Coutinho)
Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Amigo(a):
É
costume, de quinze em quinze dias, levarmos a efeito uma acção de formação
conduzida por pessoas de reconhecida competência sobre temas que vão versar
sobre o novo catecismo da Igreja Católica.
Começamos
este trabalho já há mais de 14 anos, onde pessoas de diversos níveis sociais e
culturais costumam participar.
Na
próxima segunda-feira começamos, neste ano de pastoral, com este serviço do
Centro Paroquial de Formação. Por esse motivo venho lembrar a necessidade de
aproveitarmos o que a Paróquia oferece para, doutrinalmente, nos actualizarmos
e melhor podermos acompanhar o avanço científico-tecnológico, os problemas dos
sucessos e dos insucessos de hoje.
Estes
encontros são para toda a gente, mas dum modo especial, são uma exigência para
todos aqueles que se encontram mais comprometidos com a Comunidade, os
Voluntários nos Vicentinos, na Legião de Maria, nos Corais, nos Acólitos, nos
Catequistas, nos Ostiários, nos Zeladores, nos Leitores, nos Ministros
Extraordinários da Comunhão, nos Serviços Administrativos e Sociais da Paróquia
como: Ozanan, Centro Social, Berço, Jardim de Infância, A.D.I., Escola de
Música, e todos os voluntários ou assalariados.
Seja
qual for a seu compromisso, lembro-lhe esta acção e convido-o a participar.
Nunca é de mais dispormos de algum tempo para aprendizagem, debate, reflexão
sobre os problemas da vida na prespectiva cristã. A nossa fé precisa também
deste alimento para que não seja facilmente abalada. A nossa acção tem de ser
iluminada pelo espírito do Evangelho.
Para
melhor poder destinar o seu serviço e as suas ocupações, junta-se o programa
deste ano, com os respectivos dias...
Na
luz Dominical dar-se-ão outras informações...
É
tudo... e até segunda-feira, às 21.30H no Humanitus Fórum, se estiver livre e
puder participar...
No
entanto, conto sempre consigo...
Um
abraço do Pároco e amigo,
21/10/2002
P.e
Artur Coutinho
Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Amigo(a) e Senhor(a):
Por tradição, o mês de Novembro, em pleno Outono, de
cores frias e tristes, faz-nos lembrar mais uma vez os nossos antepassados,
aqueles que nos precederam e que nos deixaram recordação de qualidades e
virtudes que florescem agora no jardim da nossa memória, e enquanto os seus
defeitos murcham, as suas virtudes brilham e fazem que os ressuscitemos dos
túmulos que conservamos na necrópole dos
nossos corações.
Ressuscitados,
trazem-nos a necessidade de lhes expressarmos com actos autênticos, carregados
de amor e sentimento nobre de gratidão, dum modo particular, fazendo a nossa
vida digna das virtudes que admiramos para que, chorados no corpo e na alma, as
obras de Deus se manifestem pelo bem que fizermos.
Ir ao
cemitério levar uma flor, uma vela, o nosso corpo e alma, ainda que seja para,
silenciosamente, rezar e chorar junto dos restos mortais reduzidos a pó, a
cinza, a nada, não será do agrado do ente querido se porventura a nossa vida
não for em cada dia melhor e mais digna do
Deus que fez da morte não um fim, mas um princípio, começo da vida
eterna.
Todos
sabemos quanto esforço dos paroquianos
que se comprometeram com a vida da comunidade e contribuíram para aquilo que
somos hoje. Não podemos ficar indiferentes e , como a gratidão é dos
sentimentos que mais enobrecem as almas boas, por isso Jesus valorizou o agradecimento
do samaritano que de entre os dez foi o único capaz de reconhecer o bem
recebido, nós como humanos e como cristãos temos de ter presente esta nobreza
do reconhecimento do bem que se recebeu.
Nem
todos enobreceram a vida comunitária da mesma maneira, uns com mais trabalho,
mais generosidade, duma forma mais rica, ou mais pobre, outros com muito
dinheiro e até sem dinheiro, mas todos participaram na construção desta família
cristã sob o patrocínio de Nª Sra. de Fátima.
A todos
queremos lembrar, os que estão já junto de Deus, ou a caminho, nestes dias 1 e
2 de Novembro, oportunidade para avivar
a memória, que deve permanecer todo o ano. Daí que venha convidá-lo a si e toda
família para a celebração duma Missa Solene, às 12.00H do próximo dia 1, Sexta-feira,
Dia de Todos os Santos, onde queremos lembrar dum modo particular o
AMIGO E BENFEITOR Manuel Vila.
Esperando
a melhor atenção e a vossa presença, se subscreve, o amigo e pároco,
21/10/2002
(P.e Artur Coutinho)
P.S. - Pedimos para informar em nosso
nome, os restantes familiares, ou amigos se entender.
Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima
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Infantário / Berço:
058 821510 – Ozanan: 058 821538
Amigo (a):
Estamos já muito
próximos do Natal. Este período está a correr com certa normalidade, embora
tenha havido alguns problemas por falta de catequistas e catequistas doentes
... No entanto, tem-se procurado dar o melhor que se pode, não será muito,
conforme o que seria necessário, mas os pais também compreenderão as
dificuldades da Comunidade e de quem está à frente, dos responsáveis pela
Catequese Paroquial.
A motivação desta carta
é o facto de estarmos às portas do Natal e da Festa de Natal na catequese. Será
já no próximo fim de semana, dia 14/15 de Dezembro. A Festa será, depois da
catequese, para os de Sábado, às 16 horas e, para os de Domingo, às 11 horas.
Haverá catequese, actos
relacionados com o Natal e...até confissões.
Os catequistas orientarão. Vai ser cumprido o programa na medida do
possível e conforme as necessidades de cada um.
No Domingo, pela
tarde, às 14:30 horas, no salão do Seminário do Carmo então realizar-se-á a
Festa para todos, para os de Sábado e para os de Domingo. Será a apresentação
de diversas actuações com o aparecimento de um “Pai Natal” e um pequeno
convívio - partilha de lanche.
A Festa terminará à
volta de uma mesa, e para o qual pedíamos aos pais para trazerem algo para pôr
sobre a mesa. Não se preocupem com a quantidade ou qualidade, chegará sempre
para criar um espaço de diálogo e de encontro entre pais e crianças a nível da
catequese.
Aceite ainda esta carta
como um convite e um pedido a participar da maneira como entender, mas que as
crianças sintam que o Natal é Festa da simplicidade porque Jesus também nasceu
na simplicidade duma família pobre...
E até lá, um abraço do
amigo e Pároco,
17/12/2002
P.e Artur Coutinho
Paróquia de
Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
501 171 762
Rua da Bandeira, 639
4900 VIANA DO CASTELO
Cartório: Tel. /
Fax - 058 823029 – Centro: 058 824722
Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Amigos:
Aconteceu
que, no ano 2002, realizastes o vosso casamento. Com fé, viestes à igreja pedir a bênção de Deus para o vosso
enlace matrimonial o que é, na verdade, um forte testemunho sobre o tipo de
vida familiar que pretendeis viver, enquanto Deus vos der saúde, o que todos
auguramos que seja por anos sem conta.
Estamos
a celebrar mais um fim de ano civil, o qual marcou profundamente a vossa vida
e, liturgicamente, celebramos, no dia 29, a festa da Sagrada Família. Nesse
dia, como de costume, a Paróquia vai promover, na missa das 12 horas, uma
celebração em acção de graças pelo dom do matrimónio para os que casaram
durante o ano de 2002, ou há 25 anos ou há 50, conforme os casos. Dar graças é
gratidão e fazê-lo em família, em colectividade, é sinal de amor.
Desculpai
vir por este meio fazer-vos o convite para estarem presentes na missa do próximo dia 29, Domingo, dia da Sagrada Família, às 12 horas.
Conto
convosco. Por isso, se alguma razão vos levar a não poderdes marcar presença,
agradecia que me comunicásseis para o telefone: 258823029 do Cartório.
Para
uma melhor organização e preparação da Eucaristia pedíamos para comparecerem às
11 horas, os que puderem, no Humanitus Fórum, Rua da Bandeira, n.º 504.
Até
lá, continuação de umas muito Boas Festas Natalícias, são os votos do amigo e
pároco,
21/12/2002
P.e Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
Contribuinte n.º
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Amigo(a):
Venho,
por este meio, desejar-te um Ano Novo muito próspero e convidar-te para uma
reunião geral e ceia de catequistas a realizar-se no dia 5 de Janeiro, às
18h30. Terá lugar na residência paroquial. (Como é Domingo pode ser mais
cedo, pois dará mais tempo para uma breve reunião.)
Pelos
vistos, é necessário trazer alguma coisinha para a mesa e uma lembrançazinha,
de 1,50 euros, para uma troca de prendinhas e tudo o mais terminado em “inho”,
para fazermos uma festa de Reis antecipada e muito familiar... Assim já foi
este “paleio” nos anos anteriores e todos compareceram fazendo muita festa.
Se
não trouxeres nada também não morre ninguém, comparece que é mais importante. A
cozinheira do Centro de Dia propõe-se fazer um pratinho de arroz à valenciana,
se isto te chegar não precisas de trazer nada.
Gostaria
que me desses o prazer da tua presença e que esta fosse veículo de conhecimento
para os teus amigos catequistas.
Conto
contigo a celebrar os Reis na minha e vossa casa. Não há despesas para ninguém.
Estamos
entendidos? Então podes trazer o marido, o namorado, o pai ou a mãe, e só por
isso é que convém telefonares para o Cartório para a Rosa e dizer-lhe quantos
te vão acompanhar nessa festa. Faz isso até Domingo às 12 horas. Não te
esqueças para podermos organizar a festa que prometo acabar pelas 10.00H...
Lá
pelas 21h30 chegarão os Magos e vai ser uma festa de Reis porque, segundo a
tradição, os Magos eram Reis.
Fico
à espera... e um abraço do amigo.
27/12/2002
P.e
Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
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Caros Amigos:
É com prazer que vos escrevo,
sobretudo, para saudar-vos pelos filhos(as) que tendes e pelo interesse que
manifestais na catequese paroquial
acompanhando ou mandando os vossos filhos e filhas à catequese e à missa.
Esta é
uma contribuição da Paróquia na ajuda da formação religiosa, moral e
cívica das crianças que são o mundo de amanhã e que queremos que seja melhor do
que o de hoje.
A carta que agora escrevo já vem tarde
e, para alguns nem necessária foi, uma
vez que já contribuíram para as despesas da catequese. A Campanha foi lançada
no dia 12 de Janeiro.
Vínhamos por este meio lembrar apenas
a colaboração que se pede todos os anos para as despesas da catequese
paroquial.
Se já o fez, como dizia, não considere
este objectivo desta carta e desculpe não termos filtrado os que já
contribuíram, mas assim foi um método mais fácil de expediente.
Do donativo que der pode pedir recibo.
Pode entregar directamente ao catequista que depois lhe devolverá o recibo, ou
entregar no Cartório e levar logo o recibo para deduções no IRS.
A catequese será tanto mais adequada
aos tempos de hoje e do futuro de todos, pais e formadores, se conseguirmos
harmonizar despesas e receitas sem as quais... isto também não pode andar.
Sabemos as dificuldades do custa de vida, mas, onde todos ajudam ainda que seja
com pouco, será mais fácil à Paróquia oferecer melhores serviços de catequese à
Comunidade.
Participe e sinta-se um elo de
comunhão numa catequese que queremos eficaz e actual...
Um abraço do Pároco amigo e sempre ao
dispor,
09.02.2003
(P.e
Artur Coutinho)
Paróquia
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Ao
Amigo (a):
Numa hora difícil, muito perto da
Páscoa, no Getsemani, Jesus esteve a orar.
Entristeceu-se e angustiou-se.
Exclamou para Pedro e para os dois filhos de Zebedeu: “A Minha alma está numa
tristeza de morte; ficai aqui e vigiai Comigo”.
Os discípulos adormeceram e Jesus
voltando-se para Simão disse: “Nem sequer pudeste vigiar uma hora Comigo!”
(Conf. Mt 26, 40).
Amigos paroquianos, todos estamos a
atravessar horas difíceis neste momento em que irmãos nossos se encontram em
guerra. Enquanto isso, nós vamos gozando alguns momentos mais felizes, e daí termos de dar graças ao Bom Deus, que
nunca nos abandona e nos traz nas Suas mãos, como uma criança que, contente,
brinca acariciando um passarinho nas suas mãos abertas...
Deus é, para nós, um Pai
Misericordioso, cheio de Bondade, de Amor...
Nesta Quaresma, pede-se a todos os
paroquianos uma hora de oração diante do Santíssimo Sacramento (Corpo, Sangue,
Alma e Divindade de Jesus), realmente presente no Sacrário.
Não queremos perder como referência
esta intimidade com Jesus, o Sol da nossa vida, a luz do nosso caminhar, a
razão pela qual nós acreditamos e vivemos esta fé, esperança e caridade.
Não tenho a capacidade de persuasão
das palavras de Jesus, mas acredito piamente naquilo que vos escrevo.
Se não vos conseguir dizer nada com
esta carta, peço-vos que façais um pouco de silêncio interior e o Espírito vos
ditará, convencerá e animará a tomardes a decisão mais conveniente.
Como pároco desta comunidade, pedia
a todos vós esta oração que, se não for por outra coisa, seja pela paz,
juntando-nos ao Papa, ao Núncio, seu representante em Bagdad, aos Bispos
Católicos e Ortodoxos do Iraque com os seus cristãos que nos pedem oração pela
Paz.
Como preparação imediata para a
celebração da Vigília Pascal, decorre do dia 11, às 18h15, ao dia 12, às 18h15,
um Lausperene, levado a efeito pela catequese paroquial desde 2000. O horário
de catequese será assegurado pelos jovens e adolescentes das 19h00 às 24h00 e
pelas crianças das 14h00 às 18h00.
Para uma melhor organização sugiro
inscrições de pessoas que, espontaneamente, queiram participar da 1h00 às 7h00
da manhã. Para esse acto, gostaria que houvesse inscrições para todas as horas,
para que todas fossem asseguradas e o Santíssimo nunca estivesse abandonado.
À porta da Igreja está um mapa e
cada um pode inscrever-se na hora que desejar oferecer ao Santíssimo o seu
tempo de descanso. Quem não puder vir à hora que sugiro ou não puder vir em
grupo como seria mais conveniente, pois “onde dois ou três estiverem
reunidos em meu nome Eu estarei no meio deles”, vem à hora que puder.
O importante era não esquecer que o Santíssimo
está exposto na Igreja para a adoração dos fiéis.
Durante as 24 horas vamos ter
o serviço de confissões permanente, porque alguém pode querer aproveitar a
ocasião para se reconciliar.
Deus abençoará o nosso trabalho e a
nossa dedicação. Não esqueça. Se não concordar comigo e não tiver outro motivo
para dedicar, nesta Quaresma, este espaço de Oração, faça-o ao menos por
solidariedade com aqueles que em aflição pedem que oremos.
Deus seja louvado se esta carta
valer!...
Deus me perdoe se não conseguir com
estas palavras e com a minha vida persuadir-vos de que valerá a pena rezar e
celebrar a Páscoa com mais alegria, abrindo a porta à Cruz, símbolo duma
entrega generosa premiada com a Ressurreição.
Desde já peço desculpa por esta
longa missiva que envio aos amigos, aos paroquianos, e espero que, pelo menos,
seja entendida como um acto que me é devido como pároco...
Sem mais e com um grande abraço do
amigo,
28/03/2003
P.e
Artur Coutinho
Paróquia
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Catequista Amigo(a):
Este tempo de mais calma
também me trouxe a mim melhores dias, embora esteja sob o efeito de drogas que às
vezes evito porque não me queria tornar dependente...
A Catequese não tem sido
aquilo que mais me preocupa porque, na maioria, os catequistas são
verdadeiramente responsáveis, sabem o que querem e conhecem mais ou menos bem o
terreno que pisam. A todos vós eu me sinto, como primeiro responsável pela
Comunidade que somos, muito agradecido, mas só Deus poderá avaliar o vosso
trabalho e compensar-vos com as graças que precisais para o vosso dia a dia.
Creio que vós me
aceitais assim como sou, com um corpo de dor, às vezes severas, que variam de
dia para dia e de hora para hora. Nunca posso saber quando estou mais feliz ou
menos feliz. Sei que há dias em que me sinto muito feliz apesar de algumas
dores pontuais e localizadas. Desculpaste-me nessa altura a minha má cara, a
minha limitação, que como te recebi ou como te tratei. São coisas às vezes
difíceis de dominar, mas que espero vencer e fazer tudo para que tanto quanto
possível, mesmo sem te enganar, ter forças para continuar a servir a Comunidade
o melhor que possa e saiba.
Também não vos quero
dizer que na Comunidade alguma coisa me preocupa. Temos muitas coisas, mas não
me sinto só. Os que comigo trabalham a nível de gestão ou de direcções, são
para mim pessoas co-responsáveis e que gostam de mim e me ajudam cada vez mais
para que eu não sinta tanto o peso da responsabilidade. Há tanto carinho e
tanta compreensão à minha volta que às vezes até me iludo e julgo que não é
pelo trabalho e pelas canseiras, pelas muitas coisas que temos que a
fibromialgia me tenha despoletado. Certamente o gene já lá estava e o incêndio
da sacristia, o momento, o choque quando encontrei o fogo e a minha luta,
quatro investidas contra ele, o impossível; assim me safei da morte e fiquei a
sofrer de outro modo... Seria?...
Enfim, não quero
explorar mais este assunto e peço-te desculpa por este desabafo. Espero que me
compreendas sobretudo quando estiver bom porque sofro e quando estiver mal
porque sofro mais... Deus é Grande e N.ª Sr.ª de Fátima também pelo que tenho
fé que vamos continuar a trabalhar cada vez mais por uma Comunidade maior e mais rica no
espírito.
Há uma coisa que sempre
me preocupa em relação ao próximo ano. É ter catequistas para toda a gente.
Peço-vos que faleis a pessoas vossas amigas ou vizinhos que talvez vos ouçam e
venham dar um pouco de si a favor das crianças da Comunidade.
Também sobre a última
reunião se falou de formação de novo secretariado e de estudar a viabilidade de
missas com adolescentes e jovens. Vou pensar nisso durante as férias...
Precisamos de mais gente
a trabalhar... que se dê de alma e coração à Comunidade de Deus Pai, Deus Filho
e Deus Espírito Santo, sob a protecção da Mãe de Deus, N.ª Sr.ª de Fátima.
Aceita um xi do amigo
que sempre fará tudo por ser melhor em relação ao passado. Assim o creio, assim
o espero, apesar dos meus problemas pessoais...
2003.07.14
P.e Artur Coutinho
Paróquia
de Nossa Senhora de Fátima
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Infantário /
Berço: 058 821510 – Ozanan: 058 821538
Amigos:
Na vossa família cresce como fruto do amor conjugal e,
graças ao nosso bom Deus a vossa filha Maria Inês que, segundo os ficheiros desta
Paróquia, completa, este ano, 6 anos de idade.
Como jóia mais valiosa da família, o vosso amor vê-se
prolongado nesta criança a nascer para um mundo cada vez mais confuso, envolto
em consumismo e, por isso, mais materialista.
Por o vosso rebento fazer este ano 6 anos de idade
achamos oportuno dar-vos os parabéns e manifestar a nossa alegria de vos ver
felizes a olhar dia a dia o seu desenvolvimento... quem sabe se a observar os
seus gestos, as suas palavras, os seus sorrisos, birras e brincadeiras, nelas
podemos redescobrir valores que nós adultos estamos a esquecer...
A simplicidade de uma criança pode-nos ensinar a olhar
para o Alto, a conhecer melhor o Além e a procurar subir sempre. Pode levar-nos
a ser agradecidos ao Deus da vida, que nos mimoseia com um coração de ouro como
é o de uma criança. Sei que todo o vosso projecto de vida passa por ela e, como
responsável por esta Paróquia onde vos encontrais integrados, queria saudar-vos
e dizer-vos que sentimos muita alegria em poder-vos oferecer os nossos
préstimos na ajuda ao crescimento harmonioso que desejais para a vossa filha.
A Comunidade Paroquial está pronta para servir-vos com
regozijo segundo as suas possibilidades, ajudando-vos na educação dos valores
do Espírito e da Fé para melhor encararmos as dificuldades que nos aparecem.
Consideramos muito importante
matricular a vossa filha na catequese, se os pais pediram o baptismo e se
comprometeram a educar na fé. Pode-o fazer dirigindo-se à Paróquia com a cédula
do Baptismo, de 1 a 10 de Setembro, no horário de expediente (das 9 às 12h e
das 14 às 19h).
Termino com os melhores cumprimentos, deste vosso Pároco
e Amigo,
2003.07.14
O Pároco,
(P.e Artur Coutinho)
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