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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sofrimento - Qual a tua Dor !...( sta. Teresa de Ávila,Santa Teresa do Menino Jesus, S. João da Cruz, S.José Maria Escrivá,Santo Afonso Maria do Ligório, Evangelho e experiência

 
 
 
Q  u  a  l      a      

t  u  a      D o r  ! . . .

Parece macabro falar-se de dor, de sofrimento em tempos que todos fogem ao sofrimento, à dor e até há mães que evitam o parto natural para não sofrerem. Há medo da dor.
Não há felicidade sem dor. Não há amor sem dor. Ouvi outro dia a uma doente “Aceito o que Deus me dá!... as coisas boas... e as más, às vezes, são fruto da nossa miséria”
É custoso e duro sofrer, sentir a dor na cabeça que vem do pé. Esta sensação desagradável, “penosa”, como a horrível dor de dentes, ou uma dor abdominal pode ser grande, mas há dores e dores. A dor do ciúme, da paixão, do amor, da compaixão, da condolência, da saudade, pode ser uma dor moral maior que qualquer dor física, a dor da espera que leva ao desespero, a dor da impotência de não poder dar alegria a alguém que lhe falta, a saúde ou a vida.
Todos nós gostamos de uma vida estável, mas é quase impossível que, no dia-a-dia, não haja alegria e tristeza, amor e “ódio”. A dor pode ter várias origens de carácter biopsicosocial, comportamentais, culturais e não é uma entidade controlável. Dói agora
Os nossos neurónios levam da periferia ao cérebro a mensagem de algo fora do sítio e assim transmitem também à periferia uma positividade carregada de estímulos, impulsos potenciais de ação de luta e superação, mas nem sempre é possível viver com a dor.
A dor para a qual o nosso cérebro é chamado à atenção pode ser apenas variação mecânica ou sensorial que ativa uma determinação nervosa e recetora, ou fatores químicos dos pontos nevrálgicos compostas de células doentes ou inflamatórias.
E quando dói é porque algo não está bem; seja lá o que for, desde as coisas mais simples às mais complicadas.
É difícil chamar a uma pessoa hipocondríaco.Não há hipocondrismo, há pessoas que ou são doentes mentais ou são doentes de outros focos orgânicos a precisarem de correção. Nomeadamente quando dói, dói e há que descobrir a origem da dor.
Se alguém sofre um golpe, a dor que sente é uma dor passageira, que passa rápido; fica a sensação de dor imediata ou rápida devido às forças do nosso mecanismo neurológico que esticam o tecido onde se encontram as células que recebem a informação que levam ao cérebro.
Esta dor é dura mas limitada. Se o tecido morre é capaz de chegar a uma dor lenta, a chamada dor psicológica, como quando alguém corta uma perna e diz que ainda lhe dói.
Já os gregos e os romanos descobriram que a sensação  e a ideia de que o cérebro e o sistema nervoso têm uma ligação muito forte.
“Deus lá sabe o que quer de mim. Só não quero que ninguém sofra por mim. Isso é comigo.Ajudar-me a levar a cruz, isso é outra coisa, mas carregar-me mais, não”.
“A dor aproxima-me de Deus e não me desespera.” Dizia-me um doente. É verdade que Stª Teresinha do Menino Jesus dizia que  “o sofrimento aproxima-me de Deus” e Stº Afonso Ligório: “Quem sofre com mais paciência goza de mais paz”. Já tive tentações de raiva, mas isto há-de ir…É uma coisa sobre a outra” logo vem uma força muito forte que me serena e que me leva a pensar: cada coisa na sua vez.
O homem une-se na dor e põe o Senhor mais perto do homem (dizia S. João da Cruz?).
“Apesar dos progressos técnicos e científicos o Homem sente-se incapaz de descobrir o sedativo eficaz para a dor”.
“O sofrimento é um dom sacramental de amor que Deus Pai me oferece juntamente com a minha identidade; portanto, posso consagrar essas dores e consagrar-me, eu com elas, a Deus”(S. João da Cruz).
A dor lesa a natureza, mas Deus não é orgulho, vaidade, egoísmo, nós é que temos dessas coisas todas que mancham a natureza e, se porventura tu que me lês, és saudável, sabes que a esta hora há uma quantidade enorme de gente que no mundo inteiro chora com dor do corpo ou da alma, ou das duas?.
Quantos pais e filhos não choram porque alguém partiu, se acidentou, é sujeito a quaisquer  tipo de acidentes que fazem sofrer; doenças, fomes, injustiças….
Analisar com olhos humanos a dor é por isso confrangedor, mas vista com olhos de fé é esperança na qual  se renova a certeza de se estar mais próximo da cruz de Cristo, filho de Deus que num ato de Amor ao Pai e à Humanidade deu a sua vida e pôde pregar “Bem-aventurados os que sofrem…”
No budismo a filosofia da dor é o caminho da perfeição, o caminho para a “salvação cósmica”, (NIRVANA). “A vida é dor”.
A verdade também dói, pois há quem não goste de ouvir as verdades. Com a denúncia da verdade nasce o sofrimento e morre o sofrimento para quem a denunciou, é o desabafo. A verdade, afinal, cria e conduz ao caminho do sofrimento.
 “O Senhor é o Pobre do mundo. Espera só o dom das nossas preces” e de saber sofrer, descobrir o sentido do sofrimento no mundo.
“Eu sou a Verdade e a Vida”. Quem tem coragem para me seguir tome a sua cruz e siga-me.
Na vida prática nós descobrimos que as facilidades às vezes trazem dores, sofrimentos, dificuldades, desgraças…
Um autor desconhecido dizia que quem procura a cruz encontra a felicidade, quem procura a felicidade encontra a cruz. S. José Maria  Escrivá aconselhava recebe  a dor com espírito de Cristo  e estima-la-ás como um tesouro.
Ou como dizia Stª Teresa de Ávila “antes de dar a dor, Deus dá a paciência”.

 




A dor, normalmente, encontra-se mascarada por resignação, superação, que, sendo sobretudo nesa altura  hipócrita, engana quando se esconde para que não se  afete o ânimo dos outros e as dificuldades que ela às vezes traz atraiçoando a memória, a concentração e o bom humor que é natural na  pessoa que com ela convive  .

Creio na dor e na possibilidade de conviver com ela com lágrimas ou sem elas. Mas as lágrimas da alma são sempre um lenitivo de purificação que me conduz a Deus.

As lágrimas que se vêem e as que não se vêem são apenas gotas de suspiros que os nossos olhos “janelas da alma” deixam talvez transparecer uma mistura de sabor amargo-doce da fé e da esperança, que leva à luz que conduz à felicidade de um encontro infinito com o Pai Eterno.


2 comentários:

Adelino Pereira disse...

O melhor bloge obrigado
Precisava de um favor seu, deixar-me usar as suas palavras e as suas fotos dum moinho de água, para ficar num livro que tenho escrito, ENTRE DOIS PLANALTOS
REFIRO-ME À FREGUESIA DE MONTEIRAS, CASTRO DAIRE

Adelino Pereira disse...

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poetadarelva@hotmail.com