Reuniões do Clero
Todos os leitores sabem que a Diocese está dividida em 10 Arciprestados, correspondentes aos 10 concelhos do Distrito que corresponde à nossa Diocese. Cada Arciprestado faz uma reunião mensal do Clero. Todos os meses isso aconteceu e acontece. Para além disso, só há uns anos, começaram a reunir os párocos da cidade também todos os meses. Agora vem a propósito a última reunião do Arciprestado de Viana.
O Pe. Fernandes Moreno, Pároco de S. Romão do Neiva, Arcipreste do Concelho de Viana do Castelo, tem vindo já, desde o primeiro mandato, a imprimir uma nova dinâmica às reuniões de Arciprestado, fazendo-as mais atraentes e mais úteis.
Na última reunião, por lapso de memória, não cheguei ao princípio, mas quase à parte final e mereceu-me ainda para perceber e fazer justiça àquilo que ouvi do nosso Vigário Geral sobre o Estatuto Económico do Clero. Verifiquei que fez um rico trabalho, merecedor de ser aplaudido por todos, como foi, e suponho que já o apresentou noutras dioceses. É um trabalho jurídico fundamentado na doutrina conciliar e no novo código do Direito Canónico e, ainda, bem conciliado com a história jurídica da Igreja, da Arquidiocese de Braga e das nossas Paróquias, hoje, a fazer parte da Diocese de Viana.
A terminologia do “ Benefício Eclasiástico”, benefício anexo nas paróquias aos párocos constituídos por bens materiais como propriedades de que são os usufrutuários, prestações como “ côngruas” entregues pelas famílias e os direitos de estola e de pé de altar determinados pelas taxas diocesanas ou pelos costumes da terra...
Desde o Concílio Vaticano II até agora já se andou muito e pouco se fez, sobretudo, no que diz respeito à corresponsabilidade laical.
O Directório Pastoral dos Bispos( 1973- IE), aponta a necessidade dos clérigos se prepararem no seminário para mais tarde, à imagem da Igreja primitiva, mostrarem ser sua vocação a pobreza e a caridade mútua; deu-se mais um passo ao dizer: “ Sem deixar de observar a pobreza evangélica, na parte conveniente dos rendimentos dos benefícios e de todas as ofertas dos fiéis, deve ser destinada à côngrua sustentação dos ministros, bem como a sua previdência e assistência sanitária, de harmonia com as leis da Igreja e do Estado: quer exerçam ainda algum ministério, quer não, por motivo de doença, invalidez ou idade avançada “( IE,137).
Existe já projecto de Estatutos que me parece justo.
No entanto, gostaria apenas de voltar à corresponsabilidade laical. Isto mexe com as paróquias e os paroquianos. Tudo está a ser feito à revelia dos fiéis. Já foi discutido no Conselho Presbiteral de Pastoral e muito bem, mas impressiona-me que este assunto não seja debatido nas Paróquias através dos Conselhos Paroquiais de Pastoral e se a maioria não o têm deviam tê-lo, pois D. Armindo Lopes Coelho queria que em cada Paróquia houvesse um CPP. Antes de chegar ao C. Presbiteral parece-me que há toda uma mentalidade a mudar e até em muitos responsáveis das Paróquias.
As coisas nunca serão claras se as bases, ( porque os padres sem leigos não têm razão para existir), não entram na discussão para sugerir e depois o Conselho Diocesano Pastoral de Leigos, nascido dos Conselhos Paroquiais de Pastoral, ir até ao Conselho Presbiteral para que os Bispos decidam com clarividência e a contar que não vão fazer uma lei para o cesto dos papeis, mas uma lei justa e tão justa que padres e leigos a vão cumprir de coração.
O exemplo já devia vir de cima e não sei se todos os Conselhos Económicos Diocesanos também usam da mesma clareza para com os fiéis. É esta corresponsabilidade que falta?!... Há muito caminho para andar e mudar mentalidades não é de um dia para o outro. O Concílio já passou há muito tempo e só agora alguns estão a acordar porque os padres mais novos a isso exigem, pois “estudam por outra cartilha” , mais de acordo com o Papa e com o Concílio. Ao proclamar o próximo ano, o ano da Eucaristia, o Papa apela a que temos de voltar às origens do cristianismo. E como eram?...Leiam os Actos dos Apóstolos...
Isto não tem como finalidade uma crítica negativa, mas apenas uma reflexão que fiz, como queria lá chegar... quando, no final, apesar do pouco que ouvi, ter chamado a atenção para os Conselhos Paroquiais de Pastoral.
AVISO
Meus caros Leitores,
Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.
A partir de agora poderão encontrar-me em:
http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com
Obrigado
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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Henrique Medina
O Mestre Henrique Medina nasceu no Porto em 1901. Aos 10 anos fez o retrato da sua avó materna. Isso valeu-lhe ser admitido na Escola das Belas Artes, levado pela avó materna, orgulhosa do retrato que o neto lhe tinha feito. Aceite pelo Mestre Marques de Oliveira, frequentou o Curso de Desenho, de Anatomia e Perspectiva, de Desenho e Perspectiva e o Curso de Pintura e Perspectiva.
Era filho de mãe portuguesa e pai espanhol.
Não casou, ou melhor casou-se com a “arte” e os quadros eram os seus “filhos”. Quem admira os seus quadros não tem dificuldade em concluir que se trata dum artista singular, o melhor pintor português. Deu vida à pintura, desde as cores, os olhos, às mãos, com ternura, com enlevo e dinamismo, com realismo, numa harmonia expressiva com vida. Qual retrato!... Não admira que tenha apostado nos nus porque as minuciosidades do nu são sempre as mais difíceis de expressar, mas como o “artista se aproxima mais do mistério”...de Deus, também é capaz de exprimir na pintura a beleza próxima do ideal humano como imagem e semelhança de Deus.
Henrique Medina percorreu Mundo: Argentina, Brasil, Estados Unidos, Suécia, Dinamarca, Espanha, Inglaterra, França e Itália. Foi condecorado várias vezes em Portugal. Recebeu uma condecoração francesa. Teve várias distinções entre as quais uma em Espanha e outra no Brasil.
Deixou colecções em Museus e Bibliotecas de cidades por onde passou, nacionais e estrangeiras. Realizou exposições várias, em conjunto e individualmente.
Viana do Castelo é uma das cidades que o tem presente em edifício público como em casa particular, aqui mesmo na Paróquia.
A religião, a política, a vida do campo e todos os quadrantes da vida social não escaparam aos pincéis que mãos artistas manejaram sempre com o timbre de um coração cheio de vida e de sentimentos nobres transmitidos à tela.
Adoptou Esposende como sua terra, construindo a sua casa e o seu atelier na freguesia de Goios.
O seu sobrinho e afilhado Henrique Medina Martins, casado com D. Maria do Céu Cardoso Medina Martins, tem duas filhas, ambas muito habilidosas para o desenho, mas nenhuma seguiu a arte da pintura do tio-avô.
Em Lisboa, foi dado o nome de Henrique Medina a uma rua. Em Esposende, uma praceta com o seu nome e uma estátua preparada pelo escultor Leopoldo de Almeida perpetuam este artista.
Próximo na amizade de Henrique Medina foi a família Sobral Torres, de Esposende, avós e pais do Dr. Alexandre Sobral Torres que nesta Paróquia tem uma casa, onde passa férias e fins de semana, herdada de seus sogros.
Das relações de Henrique Medina também era a Drª. Maria Olinda Pinto da Silva Martins, poetisa “Linda Martins” que agora vive também aqui na Paróquia.
O Mestre Henrique Medina nasceu no Porto em 1901. Aos 10 anos fez o retrato da sua avó materna. Isso valeu-lhe ser admitido na Escola das Belas Artes, levado pela avó materna, orgulhosa do retrato que o neto lhe tinha feito. Aceite pelo Mestre Marques de Oliveira, frequentou o Curso de Desenho, de Anatomia e Perspectiva, de Desenho e Perspectiva e o Curso de Pintura e Perspectiva.
Era filho de mãe portuguesa e pai espanhol.
Não casou, ou melhor casou-se com a “arte” e os quadros eram os seus “filhos”. Quem admira os seus quadros não tem dificuldade em concluir que se trata dum artista singular, o melhor pintor português. Deu vida à pintura, desde as cores, os olhos, às mãos, com ternura, com enlevo e dinamismo, com realismo, numa harmonia expressiva com vida. Qual retrato!... Não admira que tenha apostado nos nus porque as minuciosidades do nu são sempre as mais difíceis de expressar, mas como o “artista se aproxima mais do mistério”...de Deus, também é capaz de exprimir na pintura a beleza próxima do ideal humano como imagem e semelhança de Deus.
Henrique Medina percorreu Mundo: Argentina, Brasil, Estados Unidos, Suécia, Dinamarca, Espanha, Inglaterra, França e Itália. Foi condecorado várias vezes em Portugal. Recebeu uma condecoração francesa. Teve várias distinções entre as quais uma em Espanha e outra no Brasil.
Deixou colecções em Museus e Bibliotecas de cidades por onde passou, nacionais e estrangeiras. Realizou exposições várias, em conjunto e individualmente.
Viana do Castelo é uma das cidades que o tem presente em edifício público como em casa particular, aqui mesmo na Paróquia.
A religião, a política, a vida do campo e todos os quadrantes da vida social não escaparam aos pincéis que mãos artistas manejaram sempre com o timbre de um coração cheio de vida e de sentimentos nobres transmitidos à tela.
Adoptou Esposende como sua terra, construindo a sua casa e o seu atelier na freguesia de Goios.
O seu sobrinho e afilhado Henrique Medina Martins, casado com D. Maria do Céu Cardoso Medina Martins, tem duas filhas, ambas muito habilidosas para o desenho, mas nenhuma seguiu a arte da pintura do tio-avô.
Em Lisboa, foi dado o nome de Henrique Medina a uma rua. Em Esposende, uma praceta com o seu nome e uma estátua preparada pelo escultor Leopoldo de Almeida perpetuam este artista.
Próximo na amizade de Henrique Medina foi a família Sobral Torres, de Esposende, avós e pais do Dr. Alexandre Sobral Torres que nesta Paróquia tem uma casa, onde passa férias e fins de semana, herdada de seus sogros.
Das relações de Henrique Medina também era a Drª. Maria Olinda Pinto da Silva Martins, poetisa “Linda Martins” que agora vive também aqui na Paróquia.
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