Maria Etelvina de Araújo Sampaio
Na fábrica o que ganhava dava à mãe, era dos irmãos, a mais velha.
Conheceu o marido, pescador, quando trabalhou na fábrica, com quem namorou e casou. Ele chamava-se José Luciano Passos Araújo e dele teve três filhos: José Manuel, António Manuel e Marco Paulo; todos casados e com geração. Tem seis netos.
Ao casar deixou a Somartis e o marido quis que tomasse conta dos filhos. No entanto, devido ao falecimento do marido com 51 anos e os filhos ainda eram menores lançou-se a procurar trabalhos no peixe e em limpezas. Passou muito, mas graças a Deus, tudo ultrapassou e os filhos estão bem na vida, têm o suficiente e tem uma neta na universidade.
Apesar de tudo, ainda teve coragem para receber uma menina com 10 meses de uma família desestruturada que a tem como filha. Hoje tem 31 anos, casada e com um casal de filhos. Nunca recebeu ajuda do estado para a educar, alimentar e dar-lhe o aspeto próprio de uma mãe. Ela chamava-lhe mãe e, de facto, a teve como filha. Também os filhos a têm como irmã, como as cunhadas. Ainda hoje é assim.
Viveu sempre na Ribeira até há catorze anos. Veio para a Bandeira, onde o filho mais velho lhe arranjou a casa.
Foi sujeita a uma cirurgia e começou a frequentar o Centro de Dia.
E apesar de tudo é muito feliz com a família que tem em casa e no Centro de Dia.
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