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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Avelino Ferreira de Sousa Mestre Canteiro, Cantador, Fadista, Agricultor e...um portugês na Espanha




















Nasceu em 8/8/43 – Boticas, Ardãos- Portugal


Mestre pedreiro chegou a fazer um escudo numa pedra.Várias +edras a recordar o escudo que "virava" euro. Pode correr o mundo inteiro está colocado nas paredes das fachadas dasd casas.
Quando acabou o escudo fez mais 7 ou 8 pedras, vários jugos e um cão de pedra e um jugo de pedra.

Isto é todo o estojo da lavoura: grade de pedra, carro, relógio de pedra.

Pedras redondas bolas cada e uma pesa 150 kg.
O Senhor Avelino Ferreira encontra-se agora em Espanha a viver com UMA FILHA QUE JÀ LHE DEU DOIS NETOS O DANIEL E A EVA; e gosta de falar.
Um do fados é de Fernando Farinha.
É um poço de sabedoria da vida ...

Fala Francês como Português,

 fala Alemão, Italiano,


 Espanhol, Galego, Inglês,



Tropa

e depois foi emigrante em França 10 anos


voltou a Portugal,


depois Suíça.


Já corri mundo e terras


para ganhar algum dinheiro,


por isso fui


para o estrangeiro.


Não tive sorte no emprego


e pensei em regressar.


Regressei ao meu país,


sem dinheiro, um homem estou.


Dediquei-me a outra vida,


vim trabalhar para a lavoura.


Um dia mais tarde pensei


em tomar novos conselhos.


Cheguei a pedir emprego


nas águas de Carvalhelhos.


Um dia pensei em casar


para dar uma vida nova


e início ao meu lar.


Para continuar a tarefa


resolvi ser cantor,


para no fim da minha vida


mostrar todo o meu valor.


Um dia à tardinha


pôs-se a pensar,


preparei as malas


e fui para o estrangeiro


para adquirir dinheiro.


Um dia à noitinha


Pus-se a pensar


como praticar


para adquirir dinheiro:


só preparei as malas


e pus-me a abalar.



Fado

O soldado na trincheira


Vive debaixo do Chão


Só pode ter alegria


De espreitar a luz do dia


Pela boca do canhão


O soldado na trincheira


Vive debaixo do Chão


Só pode ter alegria


De espreitar a luz do dia


De não ver o capitão


Mas cá dentro o pensamento


Corre mais que o vento


Voando pela nossa mãe


Rastejamos como os sapos


Com as fardas em farrapos


Pelas terras de ninguém


Mas se eu morrer na batalha


Só quero levar como mortalha


A bandeira nacional


E na campa este soldado


Só quero o nome gravado


O nome de Portugal


Soldado da nossa terra


São voluntários na guerra


Vêm- se bater pelo brio


Raça de povo e de glória


Que descobriu a nossa história


Em mundos que descobriu


Pela pátria distante


Brilha em nós a todo o instante


À luz de uma candeia


Quer de noite quer de dia


No altar da Virgem Maria


Cá dentro da aldeia

- Este fado é do Fernando Farinha





Quadra:


Para que gravado fique


Desde Angola a Moçambique


De Príncipe a S. Tomé


Foi grande o seu valor


De Macau até Timor

E de Cabo Verde à Guiné.

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