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segunda-feira, 14 de março de 2016

Visita da Imagem Peregrina de Fátima em 1960


Visita da Imagem Peregrina  de
 
Fátima            

 

A Senhora entrou no Coração de Viana. Viana anda no Coração da Se­nhora. E assim a nossa Terra.

O programa cumpriu-se, com esplendor. Que mais salientar?

As decorações das Ruas? as luminá­rias das Casas? As flores naturais em tapetes sem par ? Os harcos? Os carros? A multidão?
 

 
 

Tudo foi maravilhoso. Mas o que mais me encantou foi a alma que todos, sem excepção, puseram em tudo, desde as pétalas ao Rosário e à Coroa gigantes­cos, alma que se deu com espontaneidade e vibração ao trabalho, à canseira, ao dis- pêndio, ao sacrifício, de noite e de dia, e que rematou simbolicamente a sua entrega ao serviço da Virgem quando, não po­dendo ir mais além, transformou em altar de luz, com velas a arder, o tapete sem igual de flores, defronte da Matriz.

A espiritualidade impressa pelos doentes e pelas crianças invadiu a cidade e o campo e manifestou-se ininterruptamente, de manhã e de tarde. A Igreja Matriz, aberta de par em par, nunca esteve vazia, nem sequer naquelas horas em que as senhoras que tomaram a seu cuidado, devotadamente, o adôrno do andor e da Igreja, mais precisavam de estar sós. Pelo contrário, muitas vezes esteve repleta, esvaziando-se lentamente, porque o tempo não dava para manifestar toda a fé que as gentes traziam.
 
 
 

Foi grande o dia da juventude e o da Família e o da Escola e o das Forças Ar­madas. Mas foi um privilégio o Rosário de Missas da l.a Quinta-feira de junho, dia do c.lero, dos Religiosos e dos Semi­nários. E marcou bem o apogeu daquele tom de espiritualidade que inundava a Cidade.

A Imagem Peregrina lá anda pelo Dis­trito, de que os Vianenses são a cabeça. A Cidade não pôde ir além de Santa Luzia. Mas de lá contempla tudo. E espera que todo o Distrito siga o seu exemplo. Es­pera e reza. Deu-o com consciência.

In “Família Paroquial de Santa Maria Maior” de julho de 1960

 

 

 

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