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sábado, 25 de março de 2017

Servir, Servir, Servir…VI


Servir, Servir, Servir…

Todos os que passam pela água baptismal, pelo sacramento do crisma e pela Eucaristia temos de estar prontos a servir ao modo e jeito do Sagrado Coração de Jesus, o sacerdote por excelência.
Ninguém se pode escusar e afirmar que nada tem a ver com Jesus Cristo.
O nosso Bispo na carta Pastoral dedica espaço ao “sacerdócio que é o Amor” e afirma que o Papa na Eucaristia para a Jubileu dos sacerdotes de Roma marcada para o dia do Sacerdócio do Sagrado Coração de Jesus convida-os a olhar para o coração do Bom Pastor e o nosso coração de pastores ao mesmo tempo que chama e abraça.


Jesus disse “onde estiver o vosso tesouro ai estará também o vosso coração”, isto é, nós somente somos como que o tesouro insubstituível no Coração de Jesus.
O Nosso pai Deus e nós seus filhos, somos seres de relação: encontro com o pai e encontro com as pessoas, pois o coração do pastor de Cristo só conhece dois caminhos: o do Senhor e o das pessoas em geral, mas sobretudo os que nos foram confiados pelo nosso próprio ministério e missão.
O nosso olhar deve estar fixo em Deus e nos irmãos. Não podemos, por isso, andar à deriva por outros caminhos se não o caminho do pastor que tem sempre em conta o bem-estar dos irmãos quer no aspecto material, quer no aspecto espiritual.
Eu sou padre, sou pai. Será que os outros irmãos a mim confiados me consideram ministro de Deus, do amor, da bondade da misericórdia ou ministro do comércio, da solidariedade, da educação, da falta de bom senso para não perder as “ovelhas” que me foram confiadas e ir atrás da que está tresmalhada?
Será que os outros me vêem como o pastor que abre a porta do aprisco, que sabe acolher com bondade, misericórdia, compaixão, com amor, como se do próprio Pai do céu se tratasse?
Naturalmente teria muitas surpresas, porque não faltaria quem me apontasse erros de tudo.
Ora aí está a falta de fraternidade entre nós cristãos porque temos medo de falar com o Sacerdote, com o padre e com caridade, também de dialogar com ele sobre os seus erros para que, reconhecidos, possam ser corrigidos e por exemplo eu ser melhor na comunidade.
É preciso também contar que às vezes o que parece erro não o chegou a ser, por isso é que qualquer sacerdote precisa deste diálogo franco e aberto, com os paroquianos, em vez de na igreja a cochichar ou  fora da missa, no adro da igreja, ou no café, dizerem ou falarem mal, difamarem ou caluniarem. Isto não é testemunho de alguém que se preze ser baptizado e cristão.
O abrir caminhos de esperança em novos horizontes a quem se encontra em dificuldades ou de algum modo fragilizado não é só devido ao padre, mas a todos porque todos juntos somos o Corpo Místico de Cristo que S. Paulo defende e se um dos seus órgãos com mais ou menos responsabilidade no funcionamento deste Corpo está doente, pode fazer todo o corpo doente. É como um fruto podre no meio de outra fruta, mais depressa a podridão chega a toda. O resto que ainda tinha aproveitamento acaba por ser lançada fora porque já está toda podre.
Eu sou padre e pároco. Já tive experiência destas coisas todas e tive de saber ser humilde quando alguém se aproxima e me “acusa” e saber ser humilde quando alguém me bate palmas. As palmas são manifestação de alegria e de bem dizer, gosto de as usar sobretudo para os outros e que o Senhor me perdoe quando alguma vez me senti orgulhoso por aquelas que justamente até as receberia.  
Eu sei que servir como o sacerdócio do Coração de Jesus nem sempre o consegui, ou às vezes, me esqueci mas que os irmãos me perdoem e Deus Pai também.

Que eu sirva o Senhor e agarre a todos nos braços, os conduza ao redil, isto é, à comunidade que se deve sentir feliz já neste mundo.                                                                             
                                                                                                                            P. Artur Coutinho

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