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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Linguagem de criança, ou?

Linguagem de criança, ou?



A minha inteligência não é capaz de atingir aquilo que gostaria  de chegar, mas como ninguém  me pode prender o pensamento ou tirar-me a liberdade de escrever o que penso, vou fazê-lo com a certeza que vou “errar”, mas prefiro dizer tátá como uma criança a zumbir como um primata.
Há oito milhões de anos, os primatas não falavam, apenas produziam ruídos, barulhos trabalhados, usando o esófago e a garganta até chegarem aos sons guturais “gummm”, de boca fechada). Aí começaram e evoluíram passando aos sons palatais, dentais e labiais. A evolução foi lenta e só o “Homo Sapiens” conseguiu juntar sílabas e construir palavras.
Quase todas as línguas têm a sua tonalidade diferente segundo as influências de colonos e da resistência dos nativos.
Os indígenas tinham a sua linguagem e a adaptação aos colonos foi uma evolução muito lenta, com mais ou menos velocidade, com mais ou menos boa vontade, com mais ou menos resistência, mas sempre com resistência.
Se os primatas, a pouco e pouco, foram descobrindo o ‘x’ e o ‘h’, e a vogal a, a primeira letra que o homem pronuncia como sofrimento (com dor) e o ‘a’ com alegria e liberdade.


Depois de chegar às palatais como o ‘g’, ‘q’ e ‘y’; com as palatais descobrem o uso da língua para pronunciar ‘j’, ‘t’, ‘d’, ‘g’ e ‘l’; para chegar às dentais ‘c’, ‘t’, ‘v’, ‘s’ e ‘z’, as labiais como o ‘p’, ‘b’, ‘m’. As guturais com esta mistura toda usando os dentes, os lábios, a garganta, o palato, e esquecendo a língua, descobriram algumas intermédias dentolabial, dento-palatal ou a posição de ambas ou mais...
Há uma letra palato-lingual que é o ‘r’, existente no alfabeto latino e grego, mas poucos a usam como o português, sobretudo, o ‘r’ dobrado ‘rr’ ou no princípio das palavras.
Há alfabetos que não a conhecem sequer, mas o hebraico tinha o ‘resh’ (r), assim como o grego o ‘rou’ (r).
De boca fechada, hoje, ou doentes a quem fizerem a extracção da garganta conseguem falar, dizer algo, que se faz entender, é uma questão de afinação, ressonâncias, controle e volume e de muito bem-querer.
Aqueles que, devido a um AVC, ficam sem voz, dizem sempre algo, ainda que seja de boca fechada, o ‘nh’ (ñ) prolongado, tanto para dizer sim com para dizer não, é conforme a ocasião, o gesto que acompanha com a cabeça e com as feições do rosto, por exemplo, completa a ideia...
Há pessoas que conseguem recuperar formas, sílabas e chegam a pronunciar palavras...e a fazer uma linguagem e vida normais.
Outra experiência é reparar na linguagem dos bebés, as primeiras letras, as primeiras sílabas e como as primeiras palavras; e a dificuldade de pronunciarem o ‘r’, tanto no princípio das palavras ou no meio quando dobrada, quando se tem de pronunciar “rr”, palatal duro (sem uso da língua) sendo mais fácil a palatal da língua, enrolando-a fazendo retroflexo, mas depois de levantado o corpo da língua, não acontecendo o mesmo no ‘r’ quando se encontra no final das palavras.


A vila de Barroselas, melhor o topónimo barroselas não é um topónimo fácil. Antigamente as  pronunciavam raboselas, bagruselas, rrabuselas, baruselas...É apenas um exemplo que o conheci na região... de pessoas crescidas e como crianças a começar a falar.

Assim acontece com alguma dificuldade nas consoantes juntas.

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