José Augusto Lima de Matos nasceu em Vila Franca a 12-08-1921, filho de Manuel António de Matos de Vila Franca e de Albina da Conceição Rodrigues Lima, oriunda de Anha. Os seus avós paternos eram José António Matos e Rosa da Silva Meira, o seu avô era oriundo em segunda geração de Mazarefes e depois do Castelo do Neiva. Os avós maternos eram o Bernardino António da Rocha Correia, de V. Franca e de Maria Rodrigues Correia Lima, de Vila Nova de Anha.
Daí o parentesco entre o Pe. António José de Matos, abade de Mazarefes, oriundo da casa dos cirurgiões de Mazarefes, e o Pe. João José Lima de Matos, pároco de Vila Franca e natural de Vila Franca.
Os irmãos eram três: o João Augusto, o Artur Augusto e ele, José Augusto, todos casados e com geração à excepção de Artur Augusto de Matos, meu tio e padrinho de baptismo, casado com Maria Rodrigues de Araújo Amorim irmã da minha mãe.
Os seus pais tinham 3 irmãos e 4 irmãs: o António, o Dr. José António um dos grandes advogados da nossa praça, em Viana, o homem do Estádio José António Lima de Matos, casado com Rosa Carteado Mena, o mais novo e o primeiro a falecer (o pai dos Menas Matos). A Emília casada em segundas núpcias com Domingos Coutinho (conhecido pelo Domingos do Pinto que conheci e feitor da casa dos fidalgos de Mazarefes já falecido e sem filhos; a Rosa casada com o Deira (Francisco Rodrigues de Carvalho) " filho do Deira de Mazarefes", João Rodrigues de Carvalho que, por sua vez, casou com a Rosa Rodrigues Coutinho, do cordoeiro de cima e foi mãe do Francisco, Luzia e os gémeos António e João, todos casados e com filhos, ( na festa das Boas Novas, os Matos reuniam-se na casa dos Deiras, devido a este casamento da Rosa com o Francisco Rodrigues de Carvalho, depois passaram a reunir em almoço na casa do Artur Matos); o Francisco António casou com Silvânia e teve dois filhos o Avelino e o João, ambos casados e sem filhos; a Maria casada com um dos fidalgos de Alvarães, e com filhos e a Teresa casada para Subportela Era conhecida pela Teresa da Santa, por viver junto à Capela onde se vira para a Igreja de Subportela, sem filhos. Esta “era uma mulher de ferro e muito poupada”. Todas as semanas vinha de Subportela a Viana a pé trazendo um cesto à cabeça bem carregado das coisas do campo para o irmão, Dr. José António. Este comprava-lhe o bilhete para voltar, caso contrário ela voltava a pé.
O José Augusto Matos fez a Escola em Vila Franca, veio para o Liceu 2 anos, continuando os estudos na Escola Comercial e tomou conta da indústria de lacticínios do pai. Chegou a acabar os estudos de noite. Foi tropa em Lisboa e depois passou à Escola Prática de Infantaria de Tancos para o Curso de Sargentos Milicianos, daí passou à Repartição Técnica do Batalhão dos Caminhos de Ferro pertencentes à tropa, e ainda aos serviços confidenciais do Exército, muito próximos do general Santos Costa e Frederico Vilar.
Depois da tropa arranjou trabalho na Casa da Moeda, mas numa das vindas a casa o padrinho capitão José da Rocha Correia Lima deu-lhe trabalho e não saiu da terra, trabalhou a quinta do Capitão assim conhecida, em Vila Franca, onde hoje, octogenário ainda colhe vinho e frutas.
Casou com Albina Fernandes Barbosa da Ponte que conheceu na Escola Comercial onde também estudava, mas como era mulher não foi para o Instituto do Porto. Começou a ajudar e a fazer a contabilidade de seu pai na firma Casa Ponte que foi, primeiramente, uma ourivesaria deixando depois aquela especialidade dedicando-se ao rádio de bateria e tudo o que sem fios havia na altura. O filho João, agora, octogenário, contínua embora um pouco desligado e limitado pela idade, mas… ainda não perdeu de vista esta arte relacionada com o som , luz ou comunicações.
O João Ponte, seu sogro, era de baptismo João Francisco da Ponte, natural de Aveiro e irmão de José Francisco da Ponte casado em Aveiro e com filhos, e de Vitória de Jesus, mãe de Marina da Óptica Cruz, casada e com filhos euma outra casada em Ponte da Barca.
É genro do falecido "João Ponte" um grande comerciante activo, criativo que veio de Aveiro, assim como o Eugénio Pinheiro e o Dr. Manuel Freitas, homens que Viana não pode esquecer. A sogra era oriunda da Bandeira,de nome Maria José Barbosa da Ponte, irmã de António José Soares Barbosa, o alfaiate conhecido pelo "facadinhas" e foi mãe de João Hélio, Maria Vitória, Hondina da Conceição, Aldina Fernanda( esposa de José Matos) e de Letea ( do rio Lethes), todos casados e com filhos, à excepção da Hondina.
Voltando ao princípio, ao José Matos, ele foi sócio principal da Auto Vianense com o José Pequeno, de Mazarefes e Dinis de Passos, de Darque.
Tem um casal de filhos: a Andreia Dória assim conhecida, mas registada na igreja e no registo civil Andria Dória em honra das vítimas na tragédia do paquete Italiano abalroado por um outro Sueco por causa do nevoeiro no Atlântico a caminho da Manhanatam, que aconteceu no dia em que nasceu a 25 de Julho, dia de Santiago de 1956.
Para além da sua actividade profissional, ele foi Cônsul de França e, no seu tempo, desenvolveu uma actividade de 5 estrelas, no acolhimento e levando a conhecer este Alto-Minho, no rural e no urbano aos franceses. Conseguiu trazer 8 navios de guerra franceses, “entre eles” o “MALABAR” que foi um vaso de guerra francês que efectuou uma visita de cortesia ao porto de Viana do Castelo e região do Alto Minho em 25, 26 e 27 de Julho de 1986, a convite do Cônsul Honorário de França nesta cidade o sr. José Augusto Lima de Matos.
Tive ensejo de lhe dar entrada para o cais do novo Porto Comercial, na margem esquerda do rio Lima, e saída para o mar com destino a França.
Era um rebocador moderno com 51 metros de comprimento, sob o comando do Capitão de Fragata Mr. Benoit, com uma tripulação de 40 Oficiais, 15 sargentos e 15 marinheiros.
A exemplo de visitas anteriores de outros navios da Marinha de Guerra Francesa, foi proporcionado ao comandante e tripulação, um vasto e bem elaborado programa, delineado pelo sr. José Lima de Matos, com visitas aos concelhos dos vales do Lima e Minho”.- Bloguista AGUIARABIJO. Num desses barcos veio o Almirante L’Herminier que teve de atracar do lado do Cabedelo com 140 cadetes a bordo. Foi condecorado pelo Governo Francês, vindo a embaixatriz de propósito trazer a referida Condecoração, entregue no Governo Civil.
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