Li com grande interesse o artigo "sobre a necessidade de uma Igreja Nova na cidade". Alguns pensamentos surgiram na minha cabeça em associação com essa grande obra.
"Omnia ad majorem Dei gloriam" é uma frase do São Paulo que me lembra a mais idónea justificação para construir essa nova igreja. Muitos santos, no passado, tiveram a coragem de construir igrejas, mosteiros, escolas, albergarias, orfanatos, hospitais e casas para idosos, inspirados pela Providência e em grande parte começaram sem ter o dinheiro necessário (como por exemplo: santa Teresa de Ávila, Dom Bosco, São Francisco, São Bento). Tinham uma fé tão firme que acreditavam que Deus ajudaria.
É uma obra grande, mas não demasiadamente grande se se pensar na Sagrada Família, no Deus encarnado e presente no Tabernáculo.
Em França o arquitecto "le Corbusier” fez uma igreja, Ronchamps, que depois da construção está tão apelativa que atrai a si crentes e turistas, uns para rezar outros para ver, observar e quem sabe…se acabam por se sentirem chamados!...
Essa nova igreja parece-me um ovo de Páscoa que contém a nova vida do ressuscitado e que abraça com as paredes curvas, toda a Paróquia reunida na nave.
Esta é uma glorificação de Deus num novo material: o betão em abóbadas verticais. Elas concentram e levam à oração, contemplação e concentração como uma lupa para o interior - o Altar.
E como a lupa pode produzir o fogo com os raios de sol, também aqui pode nascer o calor do amor de Deus e ao próximo, nas nossas orações. Não longe desse fogo espiritual já se poderá ver a caridade em acção nas diversas obras sociais a que a Paróquia responde.
Da outra parte, a abóbada repete o barulho, o ruído excessivo que pode perturbar nossa conversa com Deus, o nosso silêncio de adoração.
Para a construção da igreja de São Pedro, em Roma, todas as paróquias da Europa pagaram um "dinheiro do São Pedro", muitos anos. O monumento é um orgulho da igreja católica. A Nova Igreja é uma obra grande para Viana, e ligada com um esforço financeiro enorme, mas será também uma honra para a cidade, quando acabada.
Depois do comunismo ateu, na Roménia pobre, surgiram centenas de igrejas novas como as flores depois da neve e o calor depois do frio.
Eugénio (Eugen Viehmann)
Gevelsberg 23.01.2010
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