Antes do Estado está a pessoa, o indivíduo. O Estado está para a pessoa apenas para a regular e vigilar, não com agressividade e humilhação, ou amesquinhamento da iniciativa privada a favor do bem comum , mas com zelo ajudar a comunidade no desenvolvimento para o bem de todos.
Com o indivíduo, a pessoa, nasceu a religião. O Homem é um ser religioso por natureza, por isso, antes do estado está a Religião, seja ela qual for. Antes da pessoa há Deus que é necessidade de substância para a pessoa. Penso isso mesmo em relação aos que se confessam ateus. Não acredito no ateísmo prático. Não existe, pode haver transferência. O que é preciso é estar atento para descobrir onde está o deus.
É por isso que não cabe ao Estado substituir-se ao cidadão, pois a pessoa é sujeita, fundamento e fim.
A soberania, em primeira mão, está no Povo e não no Estado. O Estado só é legítimo quando o povo lhe dá soberania.É ao contrário da religião.
Deus está antes de tudo, por isso, Bento XVI diz na sua última encíclica "a religião cristã e as outras religiões só podem dar o seu contributo para o desenvolvimento, se Deus encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, económica e particularmente política”. (Caritas in Veritate, n.º 56)
O Estado veio como exigência do povo, conjunto de pessoas com culturas, costumes, tradições e religião iguais ou semelhantes e que à sombra de um Estado com autoridade ganhou coesão, de bandeira na mão e cantando o hino da nação, não contra a outra, mas com a outra pelo bem de todos.
É por isso que antes de “tudo pela Pátria” será “tudo por Deus”, o que devíamos pensar no quotidiano antes do trabalho,durante e depois do mesmo. Esta presença deve ser sempre um grito de gratidão, de louvor ao nosso Deus, ou, como S. Paulo dizia ,tudo seja para maior Glória de Deus. Padre A. Coutinho
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