Após o Concílio, a Santa Sé deu logo orientações pastorais sobre uma atenção especial ao Turismo.
Hoje, praticamente, pouco é posto em prática.
Há Secretariados para tudo, mas para uma Pastoral de Turismo, não.
Não se deve confundir Secretariado de Pastoral da Mobilidade que tem como objectivo principal os migrantes, que por causa do trabalho, de sobrevivência, etc...emigram ou imigram.
A Pastoral de Turismo tem a ver com aqueles que se movem para passar férias, passear, conhecer e conviver com a cultura de uma região, usufruir de praias ou de montanhas, da paisagens e do modus vivendi de um país ou região.
Para além disso, há o turismo religioso, mas qualquer, fora da terra natal, precisa de que a Igreja tenha a consciência que deve estar onde estão as pessoas ainda que seja nos Campings ou na Praia, na montanha, na aldeia e na cidade...
É por isso que a Igreja, os cristãos comprometidos, podia aproveitar algum do seu tempo ou de reforma para cumprir um dever da Igreja como acolhedora, orientadora, cumpridora e propmotora de romarias, de festas para cumprir o Santoral, ou as tradições de um povo.
O Turista não procura só coisas, também procura muitas vezes a contemplação, o retiro em lugares próprios ou o convívio normal com um povo em festa.
Exige a Pastoral do Turismo como já aqui abordei, em primeiro lugar, as portas abertas das Igrejas, das Catedrais, dos Santuários, porque ou querem conhecer a arte, a beleza artística do templo, ou rezar.
Quem acolhe à porta da Igreja? Há formação para quem faz esse trabalho? Como apresentamos a casa de comunidade?
Ás vezes os turistas medem o valor de uma Comunidade pelo templo material e moral que os acolhe...
Já há muitos anos tenho panfletos que apresenta a história da Igreja paroquial de Nª Senhora de Fátima para aqueles que só são turistas e para aqueles que são turistas e crentes.
Num postal ao fundo da Igreja há uma palavra do pároco e, fora, um placard onde chama a atenção dos passantes que ali está uma igreja...
Organizamos a nível paroquial passeios em que, para além do turismo, se oferece propondo também o carácter religioso.
Era bom que todas as Dioceses do País tivessem uma organização e uma preocupação com os turistas para chegar às Paróquias, sobretudo, as mais procuradas pela sua história ou pela sua localização.
A organização não pode ser só para o estrangeiro ou para o país, muitos através de nós, conhecem o país inteiro, a Espanha toda, e pormenores da nossa terra como o “românico na Ribeira Lima”, o “românico na Ribeira Minho” a Serra Amarela, a Serra d’Arga, o Lindoso e a sua barragem, igrejas paroquiais de muitas freguesias, as romarias mais famosas da região e do País.
Esta organização a nível diocesano levaria a um melhor conhecimento da Diocese. Interessa-nos conhecer o País e as aldeias do Interior ou do litoral do Norte a Sul, como tantas vezes realizamos, mas a nossa terra natal, temos de a conhecer mais e melhor e conviver para fazer comunidade.
Já realizamos visitas guiadas a pé aos pontos centrais desta Paróquia.
Há necessidade desta pastoral que leva a uma interacção muito importante para criar a comunidade diocesana.
Há necessidade de dar orientações às Paróquias para reflectirem sobre o cumprimento desta missão cristã de acolher e orientar a quem chega, mostrar o seu templo se isso for desejado e útil para depois se criarem parecerias de interacção entre Paróquias e acções conjuntas.
Estamos muito longe do que estou a reflectir. Quantas paróquias têm um Conselho Paroquial de Pastoral?
Como pode haver um Conselho de Pastoral Diocesano sem haver Conselho Paroquial de Pastoral e Interparoquias, arciprestais para chegarmos a poder ser veículos de transmissão entre a hierarquia e os fiéis e os fiéis e a hierarquia numa verdadeira e autêntica corresponsabilidade eclesial.
Fantasias, foguetes, às vezes, não faltam; mas a fé que dá a cara?...deixa muito a desdejar. Parece que vivemos de uma fé mórbida que é preciso, pôr de lado, para não morrermos sufocados!...
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