Se fosse a solução definitiva era bom fazer o que D. Carlos sugeriu, mas o problema subsiste por não se saber se o dinheiro vai ou não resolver, definitavamente, o asssunto, a crise. Então, não só os políticos, mas também todos o que tivessem um salário igual a 2000 euros com uma percentagem menor a começar em 5% até aos 15% , proporcionalmente, ao que fosse acima. D. Carlos sugeriu...a crise é de todos. Os maiores culpados devem pagar mais, mas a culpa também é de todos porque, quem nos governou até agora, foram para lá com os votos do Povo e quem não votou será talvez masis culpado. Eu só consigo entender a democracia assim.
Agora não é uma questão de caridade, é uma questão da sociedade e todos nos queremos ver livre desta fase.
Ninguém sabe o que pode acontecer de um dia para o outro. Há gente a fugir e a procurar viver, onde se sinta melhor...a Pátria para mim ainda é um valor, não por ser cristão católico...isto não diz só respeito aos cristãos, mas a todos os cidadãos sejam de que raça forem, sejam de que credo forem... Isto já não vai com csaridadezinhas, mas com uma consciencialização de todos e de cada umn e todos tomarem parte visível na solução.
D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa, desafiou os políticos portugueses a abdicarem de 20 por cento dos seus salários, verba que será encaminhada para um fundo social. A proposta surgiu no seguimento da reunião extraordinária do Conselho Consultivo da Pastoral Social que pediu "mais responsabilidade social e política perante a crise" e "soluções corajosas" para a ultrapassar.
A Igreja Católica, pela voz do presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, fez ontem um forte apelo aos vários sectores da vida portuguesa para a realização no nosso país de um pacto social que possa de forma realista combater a pobreza e as desigualdades.
Para o Bispo Auxiliar de Lisboa a crise existente em Portugal neste momento é de tal forma profunda que lhe permite propor aos políticos católicos que abdiquem de 20 por cento dos seus salários para a criação de um fundo social.
Em declarações à RTPN, D. Carlos Azevedo apelou ao contributo dos políticos para que a crise e as suas vítimas não continuem a aumentar.
"Os políticos cristãos que têm como orientação na sua vida os princípios do evangelho poderiam dar este testemunho de modo voluntário renunciando a uma parte do seu salário para um fundo que vai ser criado junto da Caritas para atender às situações mais criticas e que serão veiculadas através das paróquias que conhecem as pessoas e sabemos que esta proximidade é fundamental para que a ajuda chegue a quem realmente precisa e não as pessoas que são mais expeditas a conseguir aqui e acolá", referiu D. Carlos Azevedo.
Estas declarações surgiram um dia depois do presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social ter referido que "a crise é tão grave" que Governo e oposição, patrões e sindicatos devem superar os conflitos "uns com os outros" porque estes "só provocam mais vítimas".
No final da reunião extraordinária do Conselho Consultivo da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo, pediu a todos "mais responsabilidade social e política perante a crise" e "soluções corajosas" para a ultrapassar.
O bispo auxiliar de Lisboa não deixou de apelar a um "pacto social justo" e apontou a existência de "desigualdades gritantes" e "realidades dramáticas" que afectam os mais desfavorecidos ao mesmo tempo que lembrou o facto de o rendimento de inserção social ser uma "ajuda fundamental" para muitos ultrapassarem a sua pobreza profunda.
In Diário do Minho
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