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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A CASA DOS CATRINOS = OS ARAÚJOS=

                 A CASA DOS CATRINOS
                        = OS ARAÚJOS=

Quem deu grande ser à Casa dos Catrinos foi o Manuel Araújo, carpinteiro, casado com a Maria (Forte), dos “funfuns”, Maria Rodrigues, filha de José Afonso Forte e Maria Rodrigues, também conhecidos pelos cabanos, avós do Alípio Forte.
Eram conhecidos pelos cabanos porque “tinham as orelhas grandes” e à semelhança do boi cabano - cornos baixos e levantados nas pontas, ou o boi pereiro - cornos para o ar. Os “funfuns” foram os primeiros da freguesia a viver mais a sul de S. Simão, onde viviam as capotas, junto dos “Muros”.
Ainda conheci grandes lages de pedra talvez da primeira cabana, (casa mudada da Veiga de S. Simão?).
Os Catrinos aparecem em Mazarefes na Casa que, depois tomou o nome de “Casa do Zé do Monte”, junto à passagem de nível do comboio e que hoje é do bisneto Duarte.
Esta casa era de António Araújo, pedreiro, oriundo de Vila Fria. Donde veio, por isso, a alcunha dos Catrinos, de Vila Fria.
O filho Manuel, como carpinteiro, foi trabalhar para Lisboa, para o restauro da cidade depois do terramoto, deixando naquela casa a mulher, meia dúzia de ovelhas e uma tourinha na corte. Ela dedicava-se à salga de sardinha em casa e a vendê-la a todos os que lá iam comprá-la. Fazia bom negócio, a ponto de, quando o marido veio de Lisboa em visita, já ter comprado uns bois e um carro. Depois do primeiro abraço, à chegada, mostrou-lhe o fruto do seu trabalho e demonstrou-lhe que, se ele foi trabalhar, ela também não ficou parada e fez pela vida.








Gente simples e humilde que vivia do seu trabalho, eram uma família muito unida e todos os Domingos, desde tempos antigos, de tarde, os irmãos se reuniam na casa paterna, chegando esse costume aos nossos dias. Todos tinham de entrar, ao Domingo, na casa onde tinham nascido, ainda que os seus progenitores já fossem falecidos. De gente simples se fez gente muito honrada e de teres e haveres.
Por causa desse costume, os filhos, por exemplo: o Manuel, o José e a Antónia faziam bailes na sala da casa, no tempo da chuva ao Domingo de tarde. O Manuel Araújo, do Cruzeiro tocava concertina, a Antónia e o Zé Araújo, da Regadia, o cunhado e as cunhadas dançavam...Um dia, o senhor abade António Francisco de Matos passou e ouviu os acordes da concertina, os pulos, os ritmos de dança, o bater do tacão e comentou: “lá estão os Catrinos no catruca-catruca, a catrucar na sala”.
Quanto à casa dos capareiros que ficava dentro do mesmo quintal e era conhecida pela “casinha” até 1985, por ser casa pequena onde moraram os capareiros hoje está reduzida pela casa nova que a Maria do Céu e o marido implantaram naquele terreno.
Esta casa dos Capareiros tinha sido comprada pelo Manuel Araújo, pai de três filhos. O canto do lado poente confinava com o Abade Matos que, para aumentar o seu património, pediu ao Manuel Araújo que lho vendesse, mas a resposta ao Abade Matos foi negativa e bastante irreverente.
Voltando às origens, António Araújo casou com Maria Rodrigues em 1781 e foi pai de 8 filhos, a saber: o António, o Manuel, a Maria, a Teresa, a Joana, o Francisco, a Rosa e a Luísa.
A Luísa casou com o primo José. O José era filho de Manuel Araújo e Catarina A. Peixoto (de Vila Fria). Foi o José, filho deste casal, que casou com a prima Luísa e foi pai de 3 filhos, a saber: o Manuel (1831), o António (1835) e a Rosa (1837), falecida a 1840.
O Manuel Araújo casou com Maria Rodrigues, filha de José Afonso Forte e de Maria Rodrigues, e foram o José e a Maria, pais de 4 filhos: o Manuel (1879), a Maria (1882), o José (1885) e a Antónia (1877).


Esta Antónia casou com José Rodrigues de Araújo Amorim, da casa do monte, depois, Casa das Claras, e foi mãe da Maria, José, Domingos e Deolinda. O Domingos morreu queimado na lareira no dia de Páscoa, ao meio dia, quando a mãe preparava a sala da casa para receber o compasso pascal. Curiosamente uma sobrinha neta ficou, em dia de Páscoa, à noite, na mesma cozinha sem uma mão. O José casou para Vila Fria com Conceição Lima, de Anha e sobrinha do tio José do Couto e, deste casamento, houve 5 homens (o Manuel Artur, solteiro; o Joaquim casado em Anha e pai de duas filhas; o José, solteiro; o Martinho casado em Melgaço e pai de um casal de filhos e o Agostinho casado na Meadela e pai de duas filhas).
A Conceição morreu cedo, de doença cancerosa e o José voltou a casar com Alice das Marinhas de quem teve duas filhas: a Renata casada e mãe de 4 filhos e a Sandra mãe de uma filha.

A Maria casou com Artur Augusto Matos, de Vila Franca, familiar do Pe. João Matos de Vila Franca, e não tiveram filhos.
A Deolinda casou com Manuel Ribeiro Coutinho, da Casa dos Brasileiros e é mãe de Artur, Abel e da Maria do Céu. O Artur é padre; o Abel casou com uma prima de Mons. Sebastião Pires Ferreira, de nome Joana Isabel Pires Lourenço, e tem duas filhas (Ana Filipa e Alexandra Maria); a Maria do Céu casou com o primo José Rodrigues Gonçalves Barreto, da Regadia. Deste casamento nasceram dois filhos, o José Jorge e o Duarte.
O Manuel casou com uma cordoeira, Rosa Coutinho e foi viver para o cruzeiro para uma casa pequenina e velha que restaurou em extensão e altura, ao lado duma do cunhado José Coutinho casado com a Deolinda Coutinho, prima, filha do Alexandre.
Foi pai de José casado na Argentina com Helena de quem tem o filho Sérgio;
de Manuel faleceu solteiro e deixou uma filha,
e de Maria casada com Francisco Coutinho de Carvalho, primo, ambos já falecidos, deixaram: a Fernanda, o Avelino, o António, a Sara todos casados e com geração e ainda o filho Manuel casado, mas sem geração, assim como houve deste matrimónio mais a filha Elisabete que faleceu criança. Essa casa foi conhecida pela “casa dos catrinos do cruzeiro”, onde vive a neta Sara.


O José casou com Maria Rodrigues Leite Vaz, oriunda da casa dos brasileiros e foi pai de Conceição que casou tarde com Manuel Coutinho, oriundo da casa dos cordoeiros de cima e não deixaram geração; do Manuel casado com Rosa Rodrigues Coutinho e pai de Artur Claudino, casado nas Neves e pai de uma filha; Abel casado com Fátima Esteves Pinto e pai de um filho a viver em França; A Maria da Conceição casada em Mazarefes e mãe de um casal de filhos; o José casado em Castelo do Neiva e pai de 4 filhos; o Manuel casado com Rosa Coutinho e pai de um casal de filhos e ainda de Maria Olívia que faleceu.
A casa foi conhecida pela casada catrinos da Regadia, onde habita a nora e a neta Maria da Conceição.

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