Paróquia de Nª Senhora de Fátima
Igreja Sagrada Família
Sessão 28 de Janeiro 2017
Horário – 9.30H às 11.30H
TEMA: ACOLHIMENTO NA
COMUNIDADE PAROQUIAL
1 - A– Citações Bíblicas
“Acolhei-vos
uns aos outros como Cristo vos acolheu para a glória do Pai” (Rom. 15,7)
“Quem
acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe, e quem me acolher a mim,
acolhe aquele que me enviou” (Lc. 9, 48-50)
“Quem
vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (Mat,
10,40)
1B – Casos de acolhimento – Exemplos
1-
Em
Londres – Catedral
2-
Numa
cidade – América Latina
3-
Emigrante
em França - Paris
“Olha
que eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu
entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Apo)
2- Pastoral do Acolhimento
São inúmeras as passagens bíblicas que mostram a
importância da acolhida. São Paulo, na Carta aos Romanos (15,7), recomenda:
“acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu para a glória do Pai”.
Jesus escolheu e acolheu os apóstolos e discípulos para que seus propósitos se
concretizassem (cf. Mt 10,1-8). Acolheu, sem discriminação ou preconceito,
pessoas tidas como pecadoras, como por exemplo, cobradores de impostos (Mt
9,9-13), prostitutas (Lc 7,36-50), leprosos (Lc 17, 11-19; Mc 1,40-42) e outros
tipos de doentes ou de pessoas consideradas impuras (Mc 6, 55-56). O Documento
de Aparecida (DA, nn. 353-357) explica a ação de Jesus, destacando a acolhida
como um serviço fundamental na Igreja. Mostra que a acolhida feita por Jesus é
um gesto de amor e que só quem ama acolhe aqueles que são vítimas do desamor. A
acolhida provoca transformações mútuas. Ao acolhermos, somos simultaneamente,
acolhidos e essa reciprocidade é transformadora, provocadora de situações que
geram outros gestos de amor.
Mas, afinal, o que é a Pastoral da Acolhida? É a
Pastoral que acolhe as pessoas na comunidade paroquial. Acolher significa
oferecer refúgio, proteção ou conforto. É mostrar com gestos e palavras, que a
comunidade paroquial é o espaço onde se pode encontrar essa segurança.
Demonstrar, na prática, como sugere Zygmunt Bauman, que “a comunidade é um
lugar ‘cálido’, um lugar confortável e aconchegante”. Quando se é bem acolhido
na comunidade, ela passa a representar, segundo Bauman, esse “teto sob o qual
nos abrigamos da chuva pesada, como uma lareira diante da qual esquentamos as
mãos num dia gelado”. Toda essa imagem figurada de segurança torna-se real na
comunidade quando se é bem acolhido, porque acolher é também dar abrigo,
amparar, dar ou receber hospitalidade, ter ou receber alguém junto de si. Assim
sendo, a Pastoral da Acolhida vai muito além de recepcionar na porta da Igreja.
Ela envolve uma rede de relacionamentos que dá sustentação e perseverança nas
ações desenvolvidas na comunidade. Por isso ela deve ser permanente, continua e
estar em todos os níveis e dimensões pastorais da paróquia.
Recepcionar bem na porta da igreja na hora da missa
é muito importante e, talvez, seja o primeiro passo, mas a Pastoral da Acolhida
não pode se limitar a essa ação. Já imaginou o que aconteceria se você desse
uma bonita festa, acolhendo bem os convidados quando chegassem, mas, uma vez
dentro dela, começasse a maltratá-los ou ignorá-los? Eles logo abandonariam a
festa e nunca mais aceitariam seu convite. A mesma coisa ocorre na comunidade.
Receber bem os que chegam para a celebração é de suma importância, mas, depois
disso, vem a parte mais desafiadora da Pastoral da Acolhida: fazer com que as
pessoas, que simpaticamente recebemos, continuem sendo alvo da nossa atenção e
simpatia. Isso nem sempre é fácil, porque a comunidade é também lugar de
conflitos e contendas. Só com o amor e o respeito humano as nossas diferenças e
limitações são capazes de superar as fases mais desgastantes dos
relacionamentos que ocorrem no dia-a-dia da comunidade paroquial.
Acolher é também receber o outro como ele é,
admiti-lo no espaço que já estamos e permitir que se sinta à vontade. Se hoje
estamos na comunidade desenvolvendo algum tipo de atividade, é porque um dia
alguém também nos acolheu. Acolher é, portanto, aceitar, deixar que o outro
venha fazer parte da nossa comunidade e não ver nele um concorrente, mas, sim,
um colaborador, alguém que vem para somar. É também dar credito àquele que
chega, levar em consideração que, se procurou a comunidade ou essa ou aquela
Pastoral, é porque quer colaborar, oferecer algo de si; então, nossa missão
como cristão é acolher da melhor forma possível.
3-Vida Quotidiana
A atitude de
“acolhimento” está presente na nossa vida quotidiana.
Acolher alguém da família
que chega a casa; acolher os amigos; acolher um vizinho; acolhemos quem nos
traz uma mensagem; acolhemos aquele que bate à porta solicitando ajuda;
acolhemos o funcionário dum serviço; acolhemos quem nos traz “ o correio”;
acolhemos o conhecido e o desconhecido- “os pobres” acolhemos de quem sabemos o
nome e ajudamos o estrangeiro, refugiados…
No Alto-Minho escutamos
a frase: “A porta está aberta e a mesa
posta” manifestando a hospitalidade.
E ainda: “Não se
recebe ninguém fora da porta; manda-se entrar”.
Pois na comunidade
paroquial “O ACOLHIMENTO DEVE SER UMA REALIDADE VIVA” pois fazem parte da
Família de Deus.
A mobilidade social
hoje está facilitada e por vezes participam nas celebrações de modo especial,
na EUCARISTIA, cristãos de outras comunidades.
O
acolhimento é importante para todos pois é uma atitude evangélica: “Quem me
recebe a mim recebe”
A
missão do que pratica o acolhimento é ser autentico “ministério” ao serviço da
comunidade paroquial.
Acolhamo-los
a todos…
4-
Aprofundar as palavras
(conceitos)
4.1 – Acolhimento
4.2 - Hospitalidade
4.3 -Convite
4.4 -Receber bem
4.5 -Empatia
4.6 -Ser simples
4.7- Aperfeiçoar a comunicação
4.8-Ter iniciativa
4.9 –Saber ouvir
4.10 –Ajudar
5- Prática no Acolhimento
5.1-
Olhar com estima (sorriso)
5.2
– Cumprimentar (Bom dia ou Boa tarde)
5.3-
Tratar a pessoa pelo nome
5.4
– Saudar Bem-Vindos
5.5
– Escutar – saber ouvir
5.6
– Dialogar
5.7
– Fornecer informação
5.8
– Acompanhar
5.9
– Ter perspicácia psicológica
5.10
– Disponibilidade (precisa de alguma criatividade)
5.11
– No final concretizar a despedida desejando boa semana e esperando encontrá-los
na próxima celebração
5.12 - Agradecer a presença na comunidade.
5.13–
Sugerir próximas celebrações, horários, acontecimentos etc.
6-Sugestões gerais para a prática deste
ministério do Acolhimento
Atribuições e requisitos: As atribuições e requisitos propostos pela Escola de
Ministérios da Arquidiocese – EMAR, para os Ministros da Acolhida, nos levam
para a prática do Ministério:1 -
“Integrar a Equipe de Liturgia da comunidade, preparando em conjunto as celebrações, com a
responsabilidade específica de acolher as pessoas e favorecer um clima de
bem-estar nas celebrações”.2 – Estar
atento para descobrir, acolher e integrar na comunidade os novos
moradores e os visitantes.3 – Estar atento às despedidas de paroquianos que
forem morar em outra paróquia/cidade.4 – Promover na comunidade um clima
familiar de acolhida.5 – Formar na comunidade a Equipe de Pastoral da
Acolhida.6 – Ter espírito ecumênico e de diálogo religioso”. 2.
Características do Ministro da Acolhida: A esta altura, já se deve ter percebido a diferença entre o
“recepcionista” e o Ministro da Acolhida. O primeiro pode até cumprir uma
função, o segundo deve exercer uma missão, uma vocação de caráter permanente e
necessário para a comunidade. Nesse sentido, são importantes algumas
características do Ministro como servidor do Povo de Deus e, portanto como
construtor do Reino de Deus; dar razões e testemunho da própria esperança e da
própria fé; manifestar vibração pela pessoa de Jesus, pela causa do Reino e
pela vida da Igreja; ter profunda caridade apostólica, feita de atenção,
ternura, compaixão e disponibilidade para com os irmãos e irmãs; ter tolerância
e respeito pelas ideias diferentes das outras pessoas; alegrar-se com quem se alegra, sofrer com
quem sofre; amar os pobres como os preferidos de Deus; valorizar as pessoas em
sua individualidade (nome, necessidades, situação...); ser cordial e
hospitaleiro; não fazer distinção de pessoas (Tg 2, 1-4), pois todos somos
iguais e irmãos em Cristo (Gal 3, 28); receber cada irmão e irmã como se
recebesse o próprio Jesus (Mt 25, 35); acolher as pessoas como se fosse o
próprio Jesus que estivesse acolhendo alguém (Mc 1, 29-34; Lc 19; 1-10; 18,
15-17; 24, 13-35; Jo 4; Rm 15, 7); seguir o exemplo da Virgem Maria, que
acolheu em si a palavra do próprio Deus (Lc 1, 38); imitar as irmãs Marta e
Maria, que receberam Jesus em sua casa (Lc 10, 38-39); ir em busca da ovelha
desgarrada, da moeda perdida e do filho pródigo (Lc 15, 1-32).3.Testemunhos de
Ministros da Acolhida: Os próprios Ministros da Acolhida sentem necessidade de
espiritualidade e assim se manifestam: “ Nós, os Ministros da Acolhida,
precisamos cultivar uma espiritualidade muito forte para exercer bem o nosso
ministério. Por isso precisamos iluminar a nossa vida com a Palavra de Deus,
buscar em Jesus o exemplo inspirador e deixar-nos guiar pelo Espírito Santo,
sempre em comunhão com a Igreja”.“Quando acolhemos alguém, estamos vivendo
nossa fé que nos leva a ver um irmão naquele que acolhemos e a ver Jesus que
vem nele”. “Além disso sabemos que o nosso coração tem muita força nesse
assunto de acolhida pois acolher - é
receber as pessoas com um movimento
afetivo para com elas – a fim de fazer que possam sentir-se bem na comunidade”.
Final- “Onde dois ou três se reunirem em meu
nome, EU estarei no meio deles (Mat 18)
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