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domingo, 12 de fevereiro de 2017

ACOLHIMENTO NA COMUNIDADE PAROQUIAL

Paróquia de Nª Senhora de Fátima
Igreja Sagrada Família
Sessão 28 de Janeiro 2017
Horário – 9.30H às 11.30H

TEMA: ACOLHIMENTO NA COMUNIDADE PAROQUIAL

1 - A– Citações Bíblicas

“Acolhei-vos uns aos outros como Cristo vos acolheu para a glória do Pai” (Rom. 15,7)
“Quem acolher este menino em meu nome, é a mim que acolhe, e quem me acolher a mim, acolhe aquele que me enviou” (Lc. 9, 48-50)
“Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou” (Mat, 10,40)

1B – Casos de acolhimento – Exemplos
1-        Em Londres – Catedral
2-       Numa cidade – América Latina
3-        Emigrante em França - Paris

“Olha que eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Apo)

2- Pastoral do Acolhimento

São inúmeras as passagens bíblicas que mostram a importância da acolhida. São Paulo, na Carta aos Romanos (15,7), recomenda: “acolhei-vos uns aos outros, como Cristo vos acolheu para a glória do Pai”. Jesus escolheu e acolheu os apóstolos e discípulos para que seus propósitos se concretizassem (cf. Mt 10,1-8). Acolheu, sem discriminação ou preconceito, pessoas tidas como pecadoras, como por exemplo, cobradores de impostos (Mt 9,9-13), prostitutas (Lc 7,36-50), leprosos (Lc 17, 11-19; Mc 1,40-42) e outros tipos de doentes ou de pessoas consideradas impuras (Mc 6, 55-56). O Documento de Aparecida (DA, nn. 353-357) explica a ação de Jesus, destacando a acolhida como um serviço fundamental na Igreja. Mostra que a acolhida feita por Jesus é um gesto de amor e que só quem ama acolhe aqueles que são vítimas do desamor. A acolhida provoca transformações mútuas. Ao acolhermos, somos simultaneamente, acolhidos e essa reciprocidade é transformadora, provocadora de situações que geram outros gestos de amor.
Mas, afinal, o que é a Pastoral da Acolhida? É a Pastoral que acolhe as pessoas na comunidade paroquial. Acolher significa oferecer refúgio, proteção ou conforto. É mostrar com gestos e palavras, que a comunidade paroquial é o espaço onde se pode encontrar essa segurança. Demonstrar, na prática, como sugere Zygmunt Bauman, que “a comunidade é um lugar ‘cálido’, um lugar confortável e aconchegante”. Quando se é bem acolhido na comunidade, ela passa a representar, segundo Bauman, esse “teto sob o qual nos abrigamos da chuva pesada, como uma lareira diante da qual esquentamos as mãos num dia gelado”. Toda essa imagem figurada de segurança torna-se real na comunidade quando se é bem acolhido, porque acolher é também dar abrigo, amparar, dar ou receber hospitalidade, ter ou receber alguém junto de si. Assim sendo, a Pastoral da Acolhida vai muito além de recepcionar na porta da Igreja. Ela envolve uma rede de relacionamentos que dá sustentação e perseverança nas ações desenvolvidas na comunidade. Por isso ela deve ser permanente, continua e estar em todos os níveis e dimensões pastorais da paróquia.
Recepcionar bem na porta da igreja na hora da missa é muito importante e, talvez, seja o primeiro passo, mas a Pastoral da Acolhida não pode se limitar a essa ação. Já imaginou o que aconteceria se você desse uma bonita festa, acolhendo bem os convidados quando chegassem, mas, uma vez dentro dela, começasse a maltratá-los ou ignorá-los? Eles logo abandonariam a festa e nunca mais aceitariam seu convite. A mesma coisa ocorre na comunidade. Receber bem os que chegam para a celebração é de suma importância, mas, depois disso, vem a parte mais desafiadora da Pastoral da Acolhida: fazer com que as pessoas, que simpaticamente recebemos, continuem sendo alvo da nossa atenção e simpatia. Isso nem sempre é fácil, porque a comunidade é também lugar de conflitos e contendas. Só com o amor e o respeito humano as nossas diferenças e limitações são capazes de superar as fases mais desgastantes dos relacionamentos que ocorrem no dia-a-dia da comunidade paroquial.
Acolher é também receber o outro como ele é, admiti-lo no espaço que já estamos e permitir que se sinta à vontade. Se hoje estamos na comunidade desenvolvendo algum tipo de atividade, é porque um dia alguém também nos acolheu. Acolher é, portanto, aceitar, deixar que o outro venha fazer parte da nossa comunidade e não ver nele um concorrente, mas, sim, um colaborador, alguém que vem para somar. É também dar credito àquele que chega, levar em consideração que, se procurou a comunidade ou essa ou aquela Pastoral, é porque quer colaborar, oferecer algo de si; então, nossa missão como cristão é acolher da melhor forma possível.

3-Vida Quotidiana

A atitude de “acolhimento” está presente na nossa vida quotidiana.
Acolher alguém da família que chega a casa; acolher os amigos; acolher um vizinho; acolhemos quem nos traz uma mensagem; acolhemos aquele que bate à porta solicitando ajuda; acolhemos o funcionário dum serviço; acolhemos quem nos traz “ o correio”; acolhemos o conhecido e o desconhecido- “os pobres” acolhemos de quem sabemos o nome e ajudamos o estrangeiro, refugiados…
No Alto-Minho escutamos a frase:  “A porta está aberta e a mesa posta” manifestando a hospitalidade.
E ainda: “Não se recebe ninguém fora da porta; manda-se entrar”.
Pois na comunidade paroquial “O ACOLHIMENTO DEVE SER UMA REALIDADE VIVA” pois fazem parte da Família de Deus.
A mobilidade social hoje está facilitada e por vezes participam nas celebrações de modo especial, na EUCARISTIA, cristãos de outras comunidades.

O acolhimento é importante para todos pois é uma atitude evangélica: “Quem me recebe a mim recebe”
A missão do que pratica o acolhimento é ser autentico “ministério” ao serviço da comunidade paroquial.
Acolhamo-los a todos…



4-       Aprofundar as palavras (conceitos)
4.1 – Acolhimento
4.2 - Hospitalidade
4.3 -Convite
4.4 -Receber bem
4.5 -Empatia
4.6 -Ser simples
4.7- Aperfeiçoar a comunicação
4.8-Ter  iniciativa
4.9 –Saber ouvir
4.10 –Ajudar

       5- Prática no Acolhimento
5.1- Olhar com estima (sorriso)
5.2 – Cumprimentar (Bom dia ou Boa tarde)
5.3- Tratar a pessoa pelo nome
5.4 – Saudar Bem-Vindos
5.5 – Escutar – saber ouvir
5.6 – Dialogar
5.7 – Fornecer informação
5.8 – Acompanhar
5.9 – Ter perspicácia psicológica
5.10 – Disponibilidade (precisa de alguma criatividade)
5.11 – No final concretizar a despedida desejando boa semana e esperando encontrá-los na próxima celebração
5.12  -  Agradecer a presença na comunidade.
5.13– Sugerir próximas celebrações, horários, acontecimentos etc.

6-Sugestões gerais para a prática deste ministério do Acolhimento

Atribuições e requisitos: As atribuições e requisitos propostos pela Escola de Ministérios da Arquidiocese – EMAR, para os Ministros da Acolhida, nos levam para a prática do Ministério:1 - “Integrar a Equipe de Liturgia da comunidade, preparando em  conjunto as celebrações, com a responsabilidade específica de acolher as pessoas e favorecer um clima de bem-estar nas celebrações”.2 – Estar  atento para descobrir, acolher e integrar na comunidade os novos moradores e os visitantes.3 – Estar atento às despedidas de paroquianos que forem morar em outra paróquia/cidade.4 – Promover na comunidade um clima familiar de acolhida.5 – Formar na comunidade a Equipe de Pastoral da Acolhida.6 – Ter espírito ecumênico e de diálogo religioso”. 2. Características do Ministro da Acolhida: A esta altura, já se deve ter percebido a diferença entre o “recepcionista” e o Ministro da Acolhida. O primeiro pode até cumprir uma função, o segundo deve exercer uma missão, uma vocação de caráter permanente e necessário para a comunidade. Nesse sentido, são importantes algumas características do Ministro como servidor do Povo de Deus e, portanto como construtor do Reino de Deus; dar razões e testemunho da própria esperança e da própria fé; manifestar vibração pela pessoa de Jesus, pela causa do Reino e pela vida da Igreja; ter profunda caridade apostólica, feita de atenção, ternura, compaixão e disponibilidade para com os irmãos e irmãs; ter tolerância e respeito pelas ideias diferentes das outras pessoas;  alegrar-se com quem se alegra, sofrer com quem sofre; amar os pobres como os preferidos de Deus; valorizar as pessoas em sua individualidade (nome, necessidades, situação...); ser cordial e hospitaleiro; não fazer distinção de pessoas (Tg 2, 1-4), pois todos somos iguais e irmãos em Cristo (Gal 3, 28); receber cada irmão e irmã como se recebesse o próprio Jesus (Mt 25, 35); acolher as pessoas como se fosse o próprio Jesus que estivesse acolhendo alguém (Mc 1, 29-34; Lc 19; 1-10; 18, 15-17; 24, 13-35; Jo 4; Rm 15, 7); seguir o exemplo da Virgem Maria, que acolheu em si a palavra do próprio Deus (Lc 1, 38); imitar as irmãs Marta e Maria, que receberam Jesus em sua casa (Lc 10, 38-39); ir em busca da ovelha desgarrada, da moeda perdida e do filho pródigo (Lc 15, 1-32).3.Testemunhos de Ministros da Acolhida: Os próprios Ministros da Acolhida sentem necessidade de espiritualidade e assim se manifestam: “ Nós, os Ministros da Acolhida, precisamos cultivar uma espiritualidade muito forte para exercer bem o nosso ministério. Por isso precisamos iluminar a nossa vida com a Palavra de Deus, buscar em Jesus o exemplo inspirador e deixar-nos guiar pelo Espírito Santo, sempre em comunhão com a Igreja”.“Quando acolhemos alguém, estamos vivendo nossa fé que nos leva a ver um irmão naquele que acolhemos e a ver Jesus que vem nele”. “Além disso sabemos que o nosso coração tem muita força nesse assunto de acolhida pois acolher  - é receber as pessoas com  um movimento afetivo para com elas – a fim de fazer que possam sentir-se bem na comunidade”.


Final- “Onde dois ou três se reunirem em meu nome, EU estarei no meio deles (Mat 18)

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