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domingo, 26 de fevereiro de 2017

A casa dos da Vila

A casa dos da Vila
Apontamentos que completam ou vão completar outros em relação ao cruzamento de famílias – por actualizar em 2017
O “José da Vila” foi a pessoa mais antiga que conheci da família do lado que, para além de serem vizinhos, são ainda familiares. Vamos todos entroncar em António Francisco dos Reis, casado em 1756, vindo de Alvarães casar em Mazarefes com Maria Rodrigues, de Gavindos, junto do Vermoim de Baixo e Coibindos.
O José da Vila, de nome José Francisco Ferreira dos Reis, casado com Joana Fernandes Oliveira de Stª Marta, a 29 de Outubro de 1885, era filho de Manuel Francisco Ferreira dos Reis, natural de Viana do Castelo, de Stª Mª Maior, onde foi baptizado, neto de João Francisco dos Reis e Maria das Dores, moradores em Viana, ao lado da Doca, junto ao armazém do Cerqueira, e junto à garagem da SINCA-Cordoeiros. A sua mãe era Ana Ribeiro que casou para a casa do bisavô do marido António Francisco Reis e avô, Manuel Francisco Reis. Ela era natural de Mazarefes e filha de José Pereira Pinto, que veio a falecer em 1900 e de Teresa Ribeiro. A Ana Ribeiro morreu com 37 anos, em 23 de Maio de 1890 depois de ter casado aos 32 anos, em 16 de Julho de 1884, pelo que esteve casada apenas 5 anos. Morreu ao dar à luz a filha Maria.
O Manuel trouxe o pai de Viana para Mazarefes e aí nasceu a casa dos da Vila para a distinguir da casa dos Brasileiros.



Do casamento nasceram 2 filhos: o Zé, conhecido pelo Zé da Vila e a Maria, nascida a 17 de Abril de 1890, conhecida por Maria Russa que casou com José Rodrigues Vaz Coutinho.
O João Francisco dos Reis era filho de Manuel Francisco dos Reis e Maria Rodrigues dos Reis. O pai do Zé da Vila era primo do Miguel Francisco dos Reis e bisneto, pelo lado do Pai do António Francisco dos Reis, dono duma casa Térrea na esquina do lugar, (3) e de Maria Rodrigues da Rocha (1). Os pais eram primos carnais pelo lado da mãe, era neto de João Gonçalves Rato e de Maria Rodrigues dos Reis. Tinha um irmão com o mesmo nome do pai. Era ainda bis-sobrinho  de Manuel Francisco da Rocha, o Brasileiro, proprietário da casa grande.
O “Zé da Vila” e a “Maria Russa” ficaram órfãos de mãe antes dos 4 anos, de modo que o tio, pai do Miguel, Manuel Francisco dos Reis que esteve no Brasil com o tio Manuel Francisco da Rocha, deve ter tomado conta do sobrinho, pois a sobrinha Maria, foi educada pela Tia Freirinha, ou ajudado o pai a criar os filhos. As casas tinham ligação interna e ficavam as cozinhas apenas separadas por uma parede com porta de passagem no local da mesma do lado da casa dos brasileiros existe um armário embutido. O saleiro servia as duas casas separado apenas por uma fina pedra que ainda conheci em criança.
A “Maria Russa” casou com o José Rodrigues Vaz Coutinho, (irmão do António que casou com a prima do cordoeiro da capela e veio para a casa dos brasileiros) e foi mãe de Emilia (casada e mãe de duas filhas), Maria (casada e mãe de uma filha), Rosa casada e mãe de um filho, (Deolinda casada, mas faleceu sem geração), Manuel (Sacerdote com a dignidade de Monsenhor), Madalena (casada e mãe de um filho), Abel (faleceu solteiro de acidente no Brasil, José (casado e mãe de uma filha); e o único irmão, o José, casou com Joana Oliveira, de Stª Marta que também conheci, e foi pai de Manuel casado para Santa Marta e pai de um casal de filhos, José casado com a prima Madalena e pai de um filho, o António casado para Vila Fria e pai de 2 filhos, a Rosa casada para as Neves e mãe de uma filha e filhos e o Avelino casado também com uma prima e pai de José Avelino, João, Manuel, todos casados e com geração e Abel que faleceu de acidente. Voltando atrás o primo Miguel, da casa do lado norte, estava solteiro. O Miguel resolveu casar aos 52 anos, com Maria Pereira da Cunha que, pelo que consta, a mulher não levava boa vida, ou sofria de depressões e deitou-se afogar no poço da casa, um dia em que havia uma feira em Vila Verde para onde estava o primo Zé da Vila e o marido, Miguel Francisco dos Reis, de bicicleta. A notícia do seu afogamento deu-se no fim da missa de Domingo. Toda a gente soube, pois era Domingo e havia muita gente na igreja.
O Miguel teve com ele o sobrinho de quem era tutor, o José Pitta Reis que era órfão de mãe, filho de Manuel Francisco Reis Júnior, seu irmão, casado em Darque com Rosa Pitta Bezerra; queria ele que este sobrinho casasse com a sobrinha Maria, filha da irmã Ana Ribeiro da Silva e seu marido António Rodrigues de Araújo Coutinho, o Cordoeiro, da Casa das Boas Novas. Foram infrutíferos os esforços feitos pelo tio Miguel com esse projecto e o sobrinho não teve outra solução senão abandonar o tio quando pôde para ir para Mato Grosso, no Brasil, e vir depois a casar com quem pretendia que era a Rosa Sá Freitas Lima, de Darque.
Por outro lado, o Zé do Cordoeiro, louvado de profissão, estava interessado em casar o filho João com a referida Maria, sua sobrinha em continuação com o pai dela e seu irmão, o António, o tio Miguel não estava muito pelos ajustes e como estava pesado de anos e queria alguém que lhe fizesse companhia procurou então o casamento da sobrinha Maria com o primo, António Rodrigues Vaz Coutinho, filho dum irmão do pai, do Alexandre, tio também da referida sobrinha e os dois foram viver com ele. No entanto, ele morreu pouco depois, em 19 de Agosto de 1922. O Miguel fez testamento a favor de A. R. V. Coutinho e Maria Ribeiro da Silva Coutinho. Foram testemunhas o pai do Zé da Vila e o Zé da Vila.
1- O Manuel Francisco dos Reis faleceu cedo. A mãe, Maria Rodrigues, isto é, a esposa fez testamento, em 1856, a favor dos 4 filhos ainda vivos o Manuel, o António, a Maria e o João. Ficaram 50 missas pelo filho Pe. Jerónimo e 10 missas pelo tio Manuel Francisco da Rocha.
O Manuel, casado e em sua companhia, o António casado nesta freguesia, a Maria casada para Vila de Punhe com José da Silva Quintas e João Francisco dos Reis, casado para Viana, e como avó do Jerónimo que foi casar em Vila Franca e andava a estudar para Padre, deixou-lhe um campo para o património. Faleceu a 29 de Outubro em 1863, neste lugar da Namorada, com 81 anos. O João ficou tutor do irmão Jerónimo (o que foi para Vila Franca) quando morreu o pai, pois tinha apenas 17 anos.
2- O Manuel Francisco da Rocha, solteiro, fez testamento a favor dos filhos da irmã, casada com António Francisco dos Reis, apenas excluindo o sobrinho José, ausente na Galiza, por ser um sobrinho muito rebelde e ingrato e àqueles sobrinhos que se opusessem a esta condição. Deixou as casas em que vive e o dinheiro dividido por todos.
À vizinha Maria Rodrigues, mulher de José Afonso Forte deixou 50.000 reis de esmola, à Maria Miranda, mulher de João Ribeiro Gomes, 30.000 reis, à Criada, Senhorinha Rodrigues à conta da soldada 130.000 reis, à Criada Maria Gomes, 70.000 reis e uma leira da "Virinha", no lugar de Ferrais com obrigação de dar 1.200 reis à Senhora do Terço, da Capela do Espírito Santo, de Barcelos. No testamento exige que lhe sejam celebradas 615 missas e um ofício de 50 padres (1818).
3- O António Francisco dos Reis exigiu por testamento 3 ofícios de 7 padres, no funeral, no 30º dia e no ano e 228 missas: por sua alma (150), pela mulher Maria Rodrigues, sogra Maria Rodrigues, cunhada Joana Rodrigues, tia Joana, e tia Teresa Rodrigues, os pais - Gaspar Francisco dos Reis e Teresa Lourença e o terço ao filho Manuel Francisco dos Reis que vivia com uma demente. (1816).
4- O Miguel casou aos 52 anos com Maria Pereira Cunha, em 1912.
A Maria Rodrigues dos Reis nasceu em 1782, faleceu em 1863, com 81 anos, filha de João Gonçalves Rato e de Maria Rodrigues dos Reis, moradora no lugar da Namorada, a nossa casa.
O Manuel Francisco dos Reis compra uma casa pequena a José Barbosa e Joana Alves Correia que possuía na esquina do lugar por 18.000 reis.
O Miguel comprou o Souto d'Abade em 1910.   



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