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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Tudo pela Pátria---Centenário da República

Os símbolos nacionais estão a ser esquecidos. Não é assunto nas escolas. Não se canta o Hino Nacional como quando nós andávamos na escola. É anti-democrático? Não parece, na globalidade há lugar para o patriotismo, para a identidade patriótica, para a coesão, para a diferença.


A Bandeira içada à qual, antes, se tirava o chapéu, hoje, não fosse o Scolari ninguém falava dela. Foi preciso um estrangeiro trazer ao de cima o patriotismo simbolizado na bandeira.

A mudança política em 25 de Abril de 1974 não devia, nem tem motivos para enterrar símbolos de um povo.

Os símbolos da nossa Bandeira são cheios de significados que nas escolas não se dá a conhecer. Qual o motivo?

“As 5 quinas simbolizam os 5 reis mouros que D. Afonso Henriques venceu na batalha de Ourique. “Os pontos dentro das quinas representam as 5 chagas de Cristo. Diz-se que na batalha de Ourique, Jesus Cristo crucificado apareceu a D. Afonso Henriques, e disse: "Com este sinal, vencerás!''. Contando as chagas e duplicando por dois as chagas da quina do meio, perfaz-se a soma de 30, representando os 30 dinheiros que Judas recebeu por ter traído Cristo.

Os 7 castelos simbolizam as localidades fortificadas que D. Afonso Henriques conquistou aos Mouros.

A esfera armilar simboliza o mundo que os navegadores portugueses descobriram nos séculos XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comércio.

O verde simboliza a esperança.

O vermelho simboliza a coragem e o sangue dos Portugueses mortos em combate.

Autores da Bandeira Republicana: Columbano, João Chagas, Abel Botelho”.

Assim acontece para isto como acontece na educação sexual, no retirar os crucifixosnas escolas, no aborto, no casamento gays, etc… e no que vem a seguir…tudo isto em nome da liberdade, da democracia. A propósito para que servem então as comissões de pais nas escolas?


Vale tudo para uma educação para nada.

E "o tudo pela pátria"? Era um lema , ou estou enganado. Se perguntar não ofende utiliza-se como lema só nas forças armadas?

Ora a bandeira é um pedaço de pano de uma ou mais cores e que serve de distintivo de uma nação associação, sociedade de santos ou das confrarias erguidas nas procissões.

Também é um quebra-luz, uma parte superior fixa ou móvel de alguma porta e janela assim como chama o povo ao pendão do milho, mas a bandeira que me interessa aqui é outra, é a Bandeira Nacional.

O decreto de Lei nº 150/87 de 30 de Março, estabelece regras no uso da Bandeira. A Bandeira é para ser hasteada às 9.00h até ao por do sol. Durante a noite se estiver hasteada tem de ser iluminada.

A Bandeira Nacional tem a sua história desde o início da Monarquia até à Republica. São cem anos de Bandeira sem a alterar, quando tomou o significado republicano.

Também o Hino tem a sua história que convêm sabê-la e não se ensina, como a Bandeira.

São símbolos de uma Pátria milenar.

O Hino é um poema cantado à divindade, composição poética e musical em honra da nação, de um partido. No caso, caso refiro-me ao Hino Nacional.

A pátria, do latim pagus aldeia, pagão. No italiano deu paese. De patris, terra paterna, terra natal ou adoptiva, onde não faltam espaços, vínculos para os afectos, os valores, cultura, história desde D. Afonso Henriques que criou a primeira coesão alargada intitulando-a como portugulense, patre princeps 1132 e em 1158 (rex = rei) cf. Martins Albuquerque. Fundada em 1143 como Portugal (de Portus calle).

Ao norte o país de verde com um litoral de ventos duros, e de lado de Espanha, noroeste um vento galego que leva “o pelo e o pelaço” uma terra de luz e de casas brancas ou coloridas, pelo negro da terra e dos muros escuros ou brancos, pelos rostos iguais ou língua raça, sentimentos semelhantes, culturas, tradições iguais e religião dentro de um espaço e problemas comuns.

Isto normalmente é que faz cantar a alma pátria, cf. Sofia de Mello Bryner.

Não há elitismo ou proselitismo num mundo global, como uma favela ou antro, cf. José Fausto Wolff.

A minha pátria" é luz, sal e água que elaboram e fazem a minha mágoa em longas lágrimas amargas." Cf. Vinicius de Moraes.

A pátria funciona como uma trama de romance realista de fraternidade aberta sem proselitismo ou elitismo, onde todos cabem, pobres, meios rico

2 comentários:

António Viana da Cunha disse...

O Centenário da República fica marcado (por enquanto...) pelo confronto institucional (que a própria República favorece/patrocina...) entre o Presidente e o Governo, pela corrupção política e económica, pelo adiamento de um desenvolvimento sustentado e sustentável, pelo desentendimento entre os principais partidos sobre as políticas de educação, saúde, justiça e emprego... fica em suma marcado pela "partidocria" que vai impludindo a participação e o poder de cada cidadão que a constitui!
Solução?
Um país novo!
Novo nas vontades, novo na sua liderança política, novo no modelo de organização da sociedade, novo nos direitos e responsabilidades que cada um pode e deve ter...!
Centenário de pouca comemoração, porque pouco há a comemorar...!
Talvez uma nova esperança se materialize, contudo há que a preservar, há que a conservar... tal como a Fé, para que ela se concretize sob a vontade dos cidadãos deste país!
Vivemos numa república onde ter um Presidente fica mais caro do que ter um Rei (como o de Espanha)! Vivemos numa república onde os títulos de "dr." ou "eng.º" condicionam a igualdade de direitos e o bem-comum! Vivemos numa república governada pelos ciclos eleitorais, quando deveria ser o país e a pátria um bem intemporal! Vivemos... sobrevivemos, em suma!
Em pleno centenário da república haja quem diga pela positiva e pela diferença: "Pro rege saepe, pro patria semper"!

Artur Coutinho disse...

Cunha, gostei desta reflexão tua.
Grato.
Não sou republicano, nem monárquico,nem anarquista, mas os bens da república, que celebramos os cem anos, podem contar-se pelos dedos de uma mão e os males também.
Falta ao que parece patriotismo e luta por causas do bem comum.
As lutas parecem ser outras para muitos dos políticos.