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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

“Olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”.

“Olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”.

O povo, na sua filosofia popular, sintetiza a sua ciência empírica numa linguagem proverbial, como acabei de citar.


Nem sempre é verdade, mas é quase sempre que o político diz uma coisa e faz outra; diz que é proibido fumar ali e ele é o primeiro a fumar mesmo ali. Qualquer pessoa que aconselha dá o melhor conselho, mas nem sempre ela o realiza.

Isto acontece até com o pregador que o povo diz: “ Bem prega frei Tomás o que ele próprio não faz”.

É que nunca ninguém sabe onde as nossas palavras vão chegar… depois de saírem da nossa boca podem ter um eco longe ou perto e até distorcido. São como balas que podem dar vida ou matar, aliviar ou ferir. É o caso de que quem conta um conto, acrescenta-lhe um ponto”. Esse ponto foi aquilo que não se disse: a “verdade” ou a “mentira”.







Cada um de nós tem de ser sal e luz, motivo de esperança de vida não só pelo que dizemos, mas também pelo que fazemos…

O mal é que nós só gostamos de ser juizes dos outros para lhe apontar defeitos, incoerências, eu sei lá que mais...muitas coisas

Tenho por hábito não ligar muito àquilo que ouço, quando se trata de apreciações de pessoas. Gosto de observar primeiro… Muitas vezes, a gente apreça-se em etiquetar os outros, em vez de lhes dar a mão, oferecendo meios para melhorar…

Desde a pessoa mais simples, à mais notável, desde a mais profana à mais sagrada, isto é possível acontecer sempre, porque ninguém é tão perfeito que possa ser tão claro como isso.


Bem dizia o Mestre: “Sede perfeitos como o vosso Pai no Céu é perfeito”. Existe em nós uma luta muito grande, naturalmente, pela perfeição, mas só a atingiremos na plenitude, se para isso trabalharmos.

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Se o médico que diz para não fumar que faz mal à saúde e ele fuma?!... O clínico diz que não beba, mas ele bebe até mais do que devia!... Se o professor que diz aos alunos que é bom falar sempre a verdade e ele é um mentiroso!... o trabalhador que disse que fez como queríamos, mas afinal até fez o contrário e depois justificou-se que percebeu outra coisa, ou aldrabou porque se serviu do tempo para trabalhar para si próprio, mas  a cochichar com o vizinho do lado…

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Eu próprio gostaria de dizer a todos “Não olhes para o que eu digo, mas para o que eu faço”, pois às vezes não digo bem o que queria e faço o que quis dizer. Outras vezes acontece o contrário digo bem; mas eu próprio fragilmente vou cair e faço aquilo que finquei bem quando disso fala a eloquência.

Claro que os políticos estão muitas vezes habituados a dizer, mas não fazer…a ditar leis para


os outros e eles ficam inimputáveis toda a vida…Falam e prescrevem para os outros, mas consideram-se de fora.

Não há ninguém que esteja ilibado de dizer uma coisa e fazer outra melhor, pior, nada.

Todos nos temos de penitenciar e vem um tempo bom, favrável, que é a Quaresma para reflexão, oração, penitência e fazer antes o que deve ser feito para ter autoridade moral para dizer e exigir depois. Que as nossas palavras sejam sempre edificantes para os outros e princípio de conversão.
Interessa fazer para dizer e dizer e fazer...
Há muito quem fale, há pouco quem viva.



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A palavra doce multiplica os amigos e mitiga os inimigos; e a língua amável no homem bom produz abundantes frutos.              (Ben Sira 6,5).

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