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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

S. Bento, padroeiro da Europa

O trabalho do artista Eugen Wihemann é fácil de explicar:

Bento significa Bendito ou Benedito.


Bento nasceu em 24 de Março de 480 na região da Úmbria em Itália e teve uma irmã gémea que se chamava Escolástica. Ela foi consagrada e fundou as monjas beneditinas. Nasceram na Úmbria, centro de Itália.

Ele também foi monge e fundou a Ordem dos Beneditinos no Monte Cassino, no Subiaco onde lá estive e visitei esse lugar refrescante e refúgio que convida à contemplação e oração.

Ele faleceu 40 dias depois da sua irmã e adivinhou o dia da sua partida mandando preparar tudo.

Faleceu em 21 de Março de 547. Foi canonizado em 1220. É venerado por Ortodoxos, Luteranos, Anglicanos, para não falar da Igreja Católica. É o padroeiro da Europa e da Alemanha. As suas relíquias estão , na França, em Orleans.A Regra Beneditina foi uma obra dele.A sua irmã faleceu em 10 de Fevereiro de 547.

Também na morte da sua irmã uma pomba apareceu a Bento como a dar-lhe a notícia da morte da irmã. S. Bento assim percebeu.Um corvo com um pão na boca, em memória ao pão envenenado que recebeu de um sacerdote invejoso apareceu a Bento.




Eugen apresenta  neste quaddro a óleo dse 210 por 150 cms + ou - as duas figuras quase simétricas (são irmãos gémeos tanto no nascimento como na fé e na ordem religiosa). Ambas têm um livro. S. Bento não podia ser outra coisa, senão a REGRA. Os hábitos semelhantes. O "báculo" símbolo do superior, chefe, ambos fundadores da Ordem Beneditina, um abade e uma abadessa.

As corôas símbolo da santidade. Em S. Bento a ave é preta porque é a cor dos corvos. Santa Escolástica a pomba é vermelha à moda do fogo sinal do Espírito Santo que a iluminou pedir ao irmão para, naquele dia, ficar mais tempo com ela , advinhando o fim das conversas espirituais que ambos tinham com frequência.A difrença foi de 4 dias.Também São Gregório conta que, por sua ordem, o corvo levou o pão até onde ninguém o encontrasse.




Santa Escolástica, virgem  faleceu em  543







"Santa Escolástica era irmã gémea do grande São Bento, pai do monaquismo. Nasceu numa região do centro da Itália em 480; infelizmente perdeu sua mãe no parto.



Gémea de Bento, tornou-se também gémea de busca de santidade e missão, já que ambos deram testemunho de santos fundadores. A vida totalmente consagrada a Deus de Escolástica começou até antes do irmão; porém, foi aprofundada quando seguiu o irmão até que ele se instalou em Cassino. Desta forma, Escolástica, fundadora das irmãs beneditinas, sempre esteve ligada com Bento.













Relata-nos o Papa São Gregório Magno que Escolástica e Bento embora morassem pertinho, apenas se encontravam para diálogos santos uma vez ao ano. Daí que, no encontro que seria o último, Santa Escolástica pediu ao irmão que desta vez ficasse, a fim de se enriquecerem em conversas santas até ao amanhecer, mas foi repreendida pelo irmão, pois seria causa de transgressão da Regra.

Diante da resposta negativa do irmão e com o coração pulsando de amor fraterno, Santa Escolástica entrelaçou as mãos, abaixou a cabeça e rapidamente conversou com Deus. De repente, levantou-se um tamanha tempestade que São Bento ficou impedido de sair com seus irmãos.

Vendo o irmão zangado, Santa Escolástica esclareceu: "Pedi-te a ti e tu não me ouviste; pedi ao Senhor e ele me ouviu. Vai-te embora, se puderes, volta para o teu mosteiro". Depois daquela providencial partilha de graça e oração, São Bento regressou ao mosteiro e passados três dias percebeu numa visão a morte de sua irmã que o antecedeu 40 dias no céu.








“Nos mosteiros beneditinos de toda a Europa medieval, os monges eram arrancados ao minguado conforto dos seus colchões de palha e ásperos cobertores pelos sineiros, que os despertavam às 2 horas da madrugada. Momentos depois, dirigiam-se apressadamente, ao longo dos frios corredores de pedra, para o primeiro dos seis serviços diários na enorme igreja (havia uma em cada mosteiro), cujo altar, esplendoroso na sua ornamentação de ouro e prata, resplandecia à luz de centenas de velas. Esperava-os um dia igual a todos os outros, com uma rotina invariável de quatro horas de serviços religiosos, outras quatro de meditação individual e seis de trabalhos braçais nos campos ou nas oficinas. As horas de oração e de trabalho eram entremeadas com períodos de meditação; os monges deitavam-se geralmente pelas 6.30 horas da tarde. Durante o Verão era-lhes servida apenas uma refeição diária, sem carne; no Inverno, havia uma segunda refeição para os ajudar a resistir ao frio.


No quadro da cidade romana, cada comunidade cristã organiza-se tendo à sua cabeça um bispo - episcopos, que quer dizer vigilante = eleito pelos fiéis. Com o número crescente de igrejas, os bispos localizam-se apenas nos centros mais importantes, enquanto se desenvolve, nas outras cidades, o papel dos presbíteros = do grego presbyteroi, os anciãos = donde vem a palavra francesa =prêtre=, sacerdote.

Foi nestas cidades que surgiram as Escolas Paroquiais (ou Presbitérias). As primeiras remontam ao século II. Limitavam-se à formação de eclesiásticos, sendo o ensino ministrado por qualquer sacerdote encarregado de uma paróquia, que recebia em sua própria casa os jovens rapazes. À medida que a nova religião se desenvolve, passa-se das casas privadas às primeiras igrejas nas quais o altar substitui a tribuna. O ensino reduz-se aos salmos, às lições das Escrituras, seguindo uma educação estritamente cristã”.




SÃO BENTO DE NÚRSIA

" São Bento de Núrsia, Patriarca dos Monges do Ocidente, Patrono da Europa e Fundador da Ordem Beneditina, é um dos maiores santos da Igreja.

Bento, cujo nome significa "bendito" ou "benedito", nasceu pelo ano 480 na cidade de Núrsia, no centro de Itália, conjuntamente com a sua irmã gémea Santa Escolástica. Morreu a 21 de Março em Montecassino no ano de 547. A sua festa celebra-se, actualmente, no dia 11 de Julho.

Desde a sua juventude, Bento teve o coração e a sabedoria dum velho; não concedia nada aos prazeres dos sentidos e, podendo gozar no mundo os bens passageiros, desprezou todas as vaidades.

O Papa S. Gregório Magno escreveu uma obra com o título de "Livro dos Diálogos" e aí nos apresenta S. Bento como o ideal do monge perfeito, acrescentando que ele descendia duma família nobre e cristã e ainda que, tanto ele como a sua irmã Escolástica, brilharam pela virtude e foram, pouco depois da morte, proclamados santos pelo povo e pela Igreja.

Aos 17 anos, foi acabar os estudos em Roma, mas aí, ao ver a libertinagem e imoralidade dos companheiros e temendo sucumbir como eles ao torvelinho das paixões, resolveu evitar a sua companhia.

O mundo sorria-lhe, mas ele, advertido pela graça, renunciou aos estudos literários, abandonou o mundo, disse adeus às comodidades desta vida e fugiu para um lugar seguro.

Confiou este segredo à sua ama, que muito o amava e o acompanhava, e também ela quis segui-lo, o que na realidade aconteceu.

O espírito reflexivo de Bento levou-o a considerar a vaidade das coisas mundanas e, desejando agradar apenas a Deus, renunciou a tudo e abraçou a austera vida eremítica.

Nesta breve resenha da sua vida, não falaremos da sua obra principal, A REGRA, ou seja o seu código de leis admiráveis que com pendiam toda a doutrina evangélica. Quem a praticar segue o caminho seguro da perfeição e da santidade."










A MORTE DE S. BENTO




"Quarenta dias depois de ter estado com a irmã, Bento anunciou a alguns discípulos o dia do seu próximo passamento. Restavam-lhe apenas seis dias de vida, embora nada fizesse prever um fim tão próximo. Mandou então abrir um túmulo para si junto do de sua irmã, onde pretendia repousar para sempre. Logo a seguir, foi tomado de febre violenta e, ao sexto dia, depois de ter recebido o santo viático, com os braços erguidos ao céu, entregou a alma ao Senhor, enquanto murmurava uma última prece.

Nesse mesmo dia, dois monges, um no mosteiro e outro num país distante, tiveram a mesma visão, conforme ele tinha predito antes da morte. Eles viram uma escada que subia do lugar onde Bento tinha exalado o último suspiro até ao céu, a qual estava coberta de ricas tapeçarias e iluminada por uma multidão de estrelas. No cimo estava um venerável ancião, envolto em luz divina, o qual lhes disse:

-"Este é o caminho pelo qual Bento, o bem amado do Senhor, subiu ao céu"...

Os monges sepultaram-no ao lado do corpo de Santa Escolástica, como era seu desejo. Era o dia 21 de Março de 547.

Durante muitos anos a festa litúrgica de S. Bento celebrou-se a 21 de Março, mas, actualmente, encontra-se fixada a 11 de Julho, com honras de Patrono da Europa."




MILAGRE DE SANTA ESCOLÁSTICA

"Quem haverá no mundo maior do que S. Paulo? Contudo, ele rogou três vezes ao Senhor que o livrasse do aguilhão da carne e não o conseguiu. É por isso que vou contar como o venerável abade Bento desejou uma coisa e não a conseguiu.

Com efeito, o santo tinha, como já foi dito, uma irmã chamada Escolástica, consagrada a Deus desde a sua infância, a qual costumava visitá-lo uma vez por ano. Para a ver, o homem de Deus descia até uma propriedade do mosteiro situada não muito longe do mesmo.

Um dia, ela veio, como de costume, e o venerável irmão desceu com alguns monges para estar com ela. Passaram todo o dia ocupados nos louvores divinos, em santos colóquios, e, quando advertiram, já era bastante tarde. Procurou ele despedir-se, mas a irmã suplicava-lhe que ficasse, para continuarem a falar dos gozos da vida celestial até de manhã. Bento respondeu-lhe que não era possível, porque não podia ficar fora do convento.

Estava então o céu tão limpo que não se via nem uma nuvem. Mas a santa religiosa, ao ouvir a resposta negativa do irmão, juntou as mãos e rezou a Deus. Ao levantar a cabeça, viu a violência dos relâmpagos e trovões, de tal modo que houve uma enorme inundação de chuva, pelo que nem Bento nem nenhum dos frades que o acompanhavam ousaram sair à rua.



É conhecido um episódio que ocorreu poucos dias antes de sua morte. Como Bento, no zelo de cumprir a Regra, estabelecera que os dois só se veriam uma vez ao ano, para conversas e conselhos espirituais, os encontros eram sempre muito desejados e sempre curtos demais. Daquela vez, que seria a última, Escolástica quis prolongar o tempo com seu irmão, mas Bento foi inflexível. Serena e confiantemente, ela começou a rezar e uma tempestade fortíssima desabou, impedindo que Bento voltasse a seu mosteiro. “Pedi a ti e tu não me ouviste; pedi ao Senhor e Ele me ouviu”, disse-lhe a irmã muito contente. Bento não reclamou.


São Bento de Núrsia, nascido Benedetto da Norcia (Nórcia, c. 480 — monastério de Montecassino, c. 547) foi um monge italiano, fundador da Ordem dos Beneditinos, até hoje uma das maiores ordens monásticas do mundo. Foi o criador também da "Regra de São Bento", um dos mais importantes e utilizados regulamentos de vida monástica existentes e inspiração de muitas outras comunidades religiosas. Foi designado santo padroeiro da Europa e um grande intercessor pelo Papa Paulo VI em 1964, sendo venerado não apenas por católicos, como também por ortodoxos. Foi o fundador da Abadia do Monte Cassino, na Itália (destruída durante a Segunda Guerra Mundial e posteriormente restaurada). É comemorado a 11 de Julho".






"A fonte de todos os acontecimentos da vida de São Bento são os Diálogos de São Gregório Magno, que se baseou em fatos narrados por monges que conheceram pessoalmente São Bento.

Gregório, São Bento foi filho de um nobre romano, tendo realizado os primeiros estudos na Segundo São região de Núrsia (próximo à cidade italiana de Spoleto). Mais tarde, foi enviado a Roma para estudar retórica e filosofia, mas, tendo se decepcionado com a decadência moral da cidade, abandona logo a capital e se retira para Enfide (atual Affile). Ajudado por um abade da região chamado Romano, instalou-se em uma gruta de difícil acesso, a fim de viver como eremita. Depois de três anos nesse lugar, dedicando-se à oração e ao sacrifício, foi descoberto por alguns pastores, que divulgaram a fama de santidade.

A partir de então, foi visitado constantemente por pessoas que buscavam conselhos e direção espiritual. É então eleito abade de um mosteiro em Vicovaro, no norte da Itália. Por causa do regime de vida exigente, os monges tentaram envenená-lo, mas, no momento em que dava a bênção sobre o alimento,saiu da taça que continha o vinho envenenado uma serpente e o cálice se fez em pedaços. Com isso, São Bento resolve deixar a comunidade. Volta à caverna onde, recebendo grande quantidade de discípulos, funda diversos mosteiros. Em 529, por causa da inveja de um sacerdote da região, tem de se mudar para Monte Cassino, onde funda o mosteiro que viria a ser o fundamento da expansão da Ordem Beneditina. Em 540 escreve a Regula Monasteriorum (Regra dos Mosteiros). Morre em 547.

As representações de São Bento geralmente mostram, junto com o santo, o livro da Regra, um cálice quebrado e um corvo com um pão na boca, em memória ao pão envenenado que recebeu de um sacerdote invejoso. São Gregório conta que, por sua ordem, o corvo levou o pão até onde ninguém o encontrasse.

As relíquias de São Bento estão conservadas na cripta da Abadia de Saint-Benoît-sur-Loire (Fleury), próximo a Orleáns e Germigny-des-Prés, no centro da França.

[editar] Oração

Em Latim:

"Crux Sacra Sit mihi lux;

non draco sit mihi dux;

vade retro satana!;

non suad mihi vana;

sunt mala quae libas;

ipse venena bibas"

Tradução:

"A Cruz sagrada seja a minha Luz.

Não seja o Dragão meu guia.

Retira-te Satanás!

Nunca me aconselhes coisas vãs.

É mal o que tu me ofereces.

Bebe tu mesmo do teu veneno !"


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