Aurora Maria Lopes Correia, nascida em 1934 à Rua da Bandeira, junto ao fontanário de que é hoje o do Largo das Carmelitas. Foi baptizada na Matriz.Filha de Manuel Passos Correia e de Maria Monte Lopes, ele pescador no Rio Lima e a mãe vendia o peixe que o marido trazia.
Tinha oito irmãos e seriam 14 se todos estivessem vivos, segundo a sua mãe lhe dizia. Não foi para a Escola porque tinha que trabalhar e, numa altura, diziam que as mulheres não precisavam de saber ler. Por isso, começou a trabalhar aos 9 anos mais ou menos, para costureira de alfaiate até aos 16-17 anos. Foi trabalhar para a Grande Chique, junto à Matriz, depois no Meireles à Rua da Bandeira. No primeiro trabalho ganhava 7$50 por semana, depois 3$00 por dia.
Casou com 33 anos. Podia ter casado mais cedo, aos 21, mas o homem ideal e a decisão foi aos 33 anos, casando com Salvato Peres Xavier que tinha feito a tropa na Força Aérea tendo estado em Angola em Comissão de Serviço, antes de começar o terrorismo,mas antes de passar a Sargento resolveu deixar e vir trabalhar em Matosinhos, numa Casa de Assistência a Radares e Sondas de Navios e na electrónica.
Entretanto, a Aurora trabalhava em casa de costureira de alfaiate . Teve dois filhos, uma falecida e o filho Salvato que é casado e tem 3 filhos. O filho trabalhou na Vodafone e vive no Alto da Maia e a nora no Bar-Cantina do Desportivo de Deficientes.
Ficou viúva há dois meses do seu marido que faleceu com uma doença pulmonar própria desta época.
Foi sempre muito feliz, "graças a Deus" e só teve esta perda que lhe deixou saudade eterna, mas com a mesma graça de Deus, há-de vencer. Tem fé e esperança que assim será. Voltou a Viana em 2001.
D. Maria Emília de Sá Coutinho Lopo de Carvalho, irmã do Conde d'Aurora visitou-nos, uma senhora cheia de vida logo com 90 anos, e conduziu o seu carro e que segundo ela juntou cerca de 70 pessoas no Natal. Teve nove filhos. Oito casaram e todos têm geração. Tem cerca de 35 netos e agora já olha mais para os bisnetos, que são 19.
Esta visita de uma "Condessa" foi para nós muito gratificante, sobretudo pela sua vivacidade e com um discernimento e raciocínio raro nesta idade. A primeira coisa que nos disse é que sabia e acompanhava bem as obras desta Paróquia.
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