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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Manuel de Passos Oliveira Cambão

Manuel de Passos Oliveira Cambão




É um dos nascidos na Abelheira que vive fora, mas com coração da Abelheira. Nasceu em 1947 filho de Cândido Rodrigues Cambão e de Conceição Oliveira Viana.
O seu pai era padeiro na Abelheira e chegou a ter um depósito de pão na Rua da Bandeira onde o “Hilário” veio depois a fazer o seu trabalho de sapateiro. O Hilário que eu conheci muito bem. O Manuel é irmão de mais três: A Conceição, o Carlos Alberto e o João Luís, casados e com filhos.
O seu pai morreu cedo, mas já tinha abandonado a Padaria e entrado na restauração, precisamente, o Restaurante Cambão, hoje do Manuel Cambão, casado com Maria Clara da Silva Évora Cambão que a conheceu em Moçambique quando lá fez a tropa e é mãe dos seus dois filhos casados e tem quatro netos.
Disse-me o Manuel Oliveira Cambão que os da Abelheira raramente iam à Matriz, só para as grandes festas. A sua primeira comunhão foi feita em 19.03.1956, quase com 10 anos na Igreja da Caridade com o padre Domingos, muito velhinho. Parece que esta data o marcou profundamente porque a disse tão depressa que não é muito vulgar dizer sem esperar que lhe perguntasse,   
Depois fez a Comunhão Solene com o Monsenhor Corucho e foi tal o aproveitamento dele que recebeu um prémio, um missal que agora o ofereceu a uma neta por ser catequista na sua Paróquia.
Nem ele nem os irmãos vivem nesta Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, mas sempre desde que estou aqui na Paróquia de N.ª de Fátima, que faz este ano 50 anos de existência a participar em tudo o que pode. É muito sensível a tudo o que é religioso. A data da primeira comunhão a disse de memória com facilidade como se fosse hoje.
Tem muita fé, reza e quando toca a ajudar, ajuda. Vive em Stª Maria Maior e está a assumir encargos na organização de procissões, coisa que não é fácil, porque a juventude não colabora muito e só os antigos e alguns já não podem mesmo recorrendo mesmo aos moradores antigos da Abelheira.
Quando em 1978 se criou a Paróquia ele era jovem e cantou num grupo de jovens que animava a Missa, fez a festa do Menino na Abelheira e foi mordomo da Senhora das Necessidades, mas desde que começaram a ir para a tropa se desfez o grupo que muito colaborava com o primeiro pároco, Padre António da Costa Neiva.
Sempre tem colaborado nas coisas da igreja e muito gosta quando faz falta…

Agora explora o Restaurante como sempre, mas é difícil. Antigamente fazia-se muito ao balcão ou à mesa fora das horas da refeição, agora é só à refeição e enquanto antigamente fechava às 11.00H da noite, fecha às 19.00H e ninguém anda na rua.




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