UM LIVRO NOVO: «Naufrágios “no Mar de Viana”» de OLIVEIRA MARTINS
UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A CULTURA DE VIANA DO CASTELO
UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A CULTURA DE VIANA DO CASTELO
Este livro é mais um do amigo Comandante de Oliveira Martins sobre um tema que a qualquer pessoa que viva no litoral interessa, já para não falar ao comum dos mortais. Vemos o mar, contemplámo-lo na sua imensidão volumosa de água que se mexe, observamos os barcos maiores ao longe da Costa da faina marítima e os mais pequenos de trabalho ou recreio. Ficamos estarrecidos quando a bravura das suas águas levantam ondas enormes que até parece que o medo se apodera de nós. Esmagam-nos. A terra parece que nos foge debaixo dos pés e ficamos com vontade de nos afastar.
Todos estudamos em geografia o Mar e os Mares, os Oceanos, os Lagos e os Recifes, figuras mitológicas e que a água cobria montanhas de areia de areia, penedia, os mais quentes e mais frios, o peixe que nos oferece e a história de alguns acidentes trágicos.
No fim de contas não sabemos nada. Ouvimos os marinheiros falar e pouco mais. Ora este livro é bem elucidativo do que é o Mar e que todos devíamos conhecer para deixar de ter tanto medo. Também na terra acontecem tragédias, assim como no ar.
Quando era jovem gostava de nadar e mergulhar no mar, de cortar as ondas ou de me deixar embalar por elas. Era bom quando o mar estava mais calmo, mas se elas subissem alto também gostava de me afazer com coragem e força para as subir ou cortá-las a meio para elas andarem e eu ficar, vencer e sair salvo à procura de uma outra, e sempre mais outra até vir ao areal da praia!...
Para além da história do barco feito de um tronco de árvore até chegarmos aos barcos a vapor, muita mais história se passou, mesmo a propósito de naufrágios e há um que nunca esquece que é o de Luís Vaz de Camões em que apenas se salvou ele e o seu livro “Lusíadas” que tinha escrito, caso contrário, talvez esta obra épica fosse hoje desconhecida no mundo.
Este livro, «Naufrágios “Mar de Viana”» que é prefaciado pelo Doutor José Carlos Loureiro, presidente do CER, associação regional que o editou, traz-nos muitos conhecimentos do mar não só para todos os que se encontram junto à Costa, como os vianenses que sempre trabalharam e viveram desta planura de água, mas também a todos os que usufruem das actividades marítimas.
A todos os do interior chega o fruto deste trabalho, por vezes difícil e tramado por uma “volta de mar” inesperada e sem hipótese de poder escapar trazendo apenas sofrimento dor e morte como fruto da luta pela sobrevivência de todos. Trabalhar no mar é belo!...Nunca experimentei é só pelo que vejo e pelos testemunhos que me dão, mas não é um trabalho fácil, pois a bravura do mar quando arreganha os dentes engole seja o que for, isto é, nunca se sabe o resultado do que possa acontecer com a iniciativa do homem para a vencer…
Quando era jovem gostava de nadar e mergulhar no mar, de cortar as ondas ou de me deixar embalar por elas. Era bom quando o mar estava mais calmo, mas se elas subissem alto também gostava de me afazer com coragem e força para as subir ou cortá-las a meio para elas andarem e eu ficar, vencer e sair salvo à procura de uma outra, e sempre mais outra até vir ao areal da praia!...
Para além da história do barco feito de um tronco de árvore até chegarmos aos barcos a vapor, muita mais história se passou, mesmo a propósito de naufrágios e há um que nunca esquece que é o de Luís Vaz de Camões em que apenas se salvou ele e o seu livro “Lusíadas” que tinha escrito, caso contrário, talvez esta obra épica fosse hoje desconhecida no mundo.
Este livro, «Naufrágios “Mar de Viana”» que é prefaciado pelo Doutor José Carlos Loureiro, presidente do CER, associação regional que o editou, traz-nos muitos conhecimentos do mar não só para todos os que se encontram junto à Costa, como os vianenses que sempre trabalharam e viveram desta planura de água, mas também a todos os que usufruem das actividades marítimas.
A todos os do interior chega o fruto deste trabalho, por vezes difícil e tramado por uma “volta de mar” inesperada e sem hipótese de poder escapar trazendo apenas sofrimento dor e morte como fruto da luta pela sobrevivência de todos. Trabalhar no mar é belo!...Nunca experimentei é só pelo que vejo e pelos testemunhos que me dão, mas não é um trabalho fácil, pois a bravura do mar quando arreganha os dentes engole seja o que for, isto é, nunca se sabe o resultado do que possa acontecer com a iniciativa do homem para a vencer…
Este livro 346 páginas editado pelo CER consta de seis capítulos sob a autoria de Dr. Manuel Oliveira Martins, relata-nos um património cultural sobre o mar de Viana nos séculos 19 e o 20. São histórias que todos os vianenses deviam conhecer desde a costa negra passando pelos faróis, as sinalizações dos barcos, a ronca dos nevoeiros que ainda eu conservo na memória auditiva do tempo de criança, tipos de barcos, de imagens, assim como documentos coloridos, os vários naufrágios, desastres, socorros, pequenos e grandes barcos e os seus nomes, as suas proveniências, os locais que por algum motivo houve registo, a morte de pilotos, pescadores e outros. As diversas embarcações tipos de socorros, geometrias de salva-vidas, tragédias de rebocadores, barcos em perigo, inspecção marítima, visita de D. Carlos à estação de socorros a náufragos, alarmes, formação, subsídios, medalhas, bombeiros voluntários, ex-votos, missas pedidas, a religiosidade popular, depoimentos de náufragos, um deles do próprio autor. Além disso este livro contém um rico glossário marítimo e trata-se de um trabalho científico, de rigor, bem fundamentado como demonstra a sua longa bibliografia.
Na página 62 refere-se a um iate “Barbosa” que em 1989 se perdeu na pedra do ladrão a 20 de Abril, fico com curiosidade de descobrir o seu proprietário e a sua naturalidade. Outro pormenor na página 169 é que em 1924 houve um naufrágio do “Britónia” seria de facto o nome atribuído pelo nome da cidade antiga de Santa Luzia, ou provenientes de outros topónimos. Existe outro topónimo Britónia na Serra d’Arga e mais que ouvi, sobretudo, na zona da Galiza. Parece-me que esta palavra devia ser estudada para linguistas e historiadores…
Viana do Castelo através deste autor depois dos livros que já publicou como os Pilotos da Barra de Viana e a Pesca do Bacalhau a juntar a este é já muito bom e uma generosa dávida de muito trabalho que este comandante Martins, natural de de Vale de Cambra está a oferecer a esta cidade, região de Viana do Castelo. E se Deus lhe der vida e saúde ainda não ficará por aqui.
Parabéns, amigo. Continue que Viana parece nunca ter tido um Comandante assim tão profícuo e trabalhador pela causa pública vianense. Parabéns ao CER por mais esta edição.
A última foto é de arquivo
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