Malucos, loucos e doidos são sinónimos e há um ditado que me faz lembrar: “De sábio e louco todos temos um pouco”. Ora toma e leva. Se és sábio… julgas que sabes tudo… e afinal não sabes nada. Sábio, Sábio só Deus é omnisciente.
Os outros atributos cabem mais a mim e a quem me lê. Ora pense um bocadinho se não tem nada de louco, de tolo ou de maluco ou de doido.
Se me disser que não, digo-lhe que devia ser tratado do corpo e da alma. Do corpo temos muitas casas para tratamento de doenças mentais; quanto à alma faça um bom retiro espiritual, encontre-se consigo mesmo, com os outros e com Deus e verá como melhora depressa. A partir daí não chamará louco ou tolo ao vizinho do lado, ou a quem passe na rua, ou a algum familiar ou colega de trabalho.
Quem assim proceder, cumpre a lei de Deus e deixa que o Espírito Santo atue em todos; não é déspota, psicótico, mentiroso, neurótico…
Se o teu irmão está a fazer algo mal não toques o sino, repreende-o a sós em primeiro lugar, dialoga com ele.
Se os pontos de vista são diferentes é como dizer que Viana é Roma ou Roma é Viana. É um disparate abrir a boca para comparar o que é incomparável. Isso é uma loucura, é tonto, maluco e não pode encontrar um bocadinho de sabedoria sábia.
Quanto menos conhecedor da realidade de uma região, da sua história e de seu povo, mais se concentra um distúrbio em grande quantidade para enfrentar ou afrontar quem quer que seja. Isso é loucura não de um génio, mas de uma ignorância supina.
É como ir eu agora para Panoias e chegar lá criticar toda a gente porque tudo o que fizeram está mal feito. Mas quem sou eu?
Às vezes chamamos doença a quem assim procede, atua de cabeça quente sem colocar os pés no chão como anjos diabólicos que estão preparados para destruir e não construir e dialogar no lugar onde tem assento. É azar!
É preciso ser sábio mas prudente para ser louvado e não louco porque se sente bem na ignorância e na estupidez.
Há génios, artistas da loucura, isso é outra coisa…
Não se trata com loucura o louco. Se é sábio, a propósito da loucura, leia a Sagrada Escritura. Cristo não chamou louco a ninguém. É que o louco tem tanto de sábio como o sábio de louco, daí o provérbio que é bom tê-lo em conta quando falamos.
É que, chamar louco a alguém que tem os mesmos objetivos que os meus e me ajuda a carregar com a “minha loucura” faz sangrar o coração sensato e de leal amigo e irmão em Jesus Cristo.
“A vida é feita de pequenos nadas” e delicio-me com esses pequenos nadas por onde se começa a vida, desde que se nasce até morrer: seja louco, seja sábio. A forma de eu viver com objetivos claros na missão que recebi e que, por ela, me dou a quem me foi confiado, aí está o segredo da minha “loucura”, se assim se pode chamar a um discípulo que procura caminhar pelos do Mestre que vai à frente.
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