Paróquia de Nossa Senhora de Fátima -
Ano Pastoral 2016-2017
A Família Amor e Vida”
Formação-Tema: A realidade e os
desafios da família” – 2ª Sessão
Local: Igreja da Sagrada Família
(Abelheira) – Dia 12 de Novembro às 15H
Relator: José Rodrigues Lima
1 – Objectivos:
1.1
Acreditar que a família é fonte de Amor e Vida;
1.2
Aprofundar a relação matrimonial;
1.3
Anunciar o Evangelho da família;
1.4
Reconhecer o bem da família como decisivo para o
futuro do mundo;
1.5
Analisar as dificuldades e desafios actuais das
famílias;
1.6
Praticar as três palavras na vida familiar: com
licença, obrigado e desculpa.
2
–
Texto Bíblico
“Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento” (Carta aos Efésios,
4,26)
3.1 A situação atual
da família
«Fiéis ao ensinamento de Cristo,
olhamos a realidade actual da família em toda a sua complexidade, nas suas
luzes e sombras. (...) Hoje, a mudança antropológico-cultural influencia todos
os aspectos da vida e requer uma abordagem analítica e diversificada ». Já no
contexto de várias décadas atrás, os bispos da Espanha reconheciam uma
realidade doméstica com mais espaços de liberdade, «com uma distribuição
equitativa de encargos, responsabilidades e tarefas (...). Valorizando mais a
comunicação pessoal entre os esposos, contribui-se para humanizar toda a vida
familiar. (...) Nem a sociedade em que vivemos nem aquela para onde caminhamos
permitem a sobrevivência indiscriminada de formas e modelos do passado».10 Mas
« estamos conscientes da direcção que vão tomando as mudanças antropológico-culturais,
em razão das quais os indivíduos são menos apoiados do que no passado pelas
estruturas sociais na sua vida afectiva e familiar».
33. Por outro lado, «há que
considerar o crescente perigo representado por um individualismo exagerado que
desvirtua os laços familiares e acaba por considerar cada componente da família
como uma ilha, fazendo prevalecer, em certos casos, a ideia dum sujeito que se
constrói segundo os seus próprios desejos assumidos com carácter absoluto».12
«As tensões causadas por uma cultura individualista exagerada da posse e
fruição geram no seio das famílias dinâmicas de impaciência e agressividade
».13 Gostaria de acrescentar o ritmo da vida actual, o stresse, a organização
social e laboral, porque são factores culturais que colocam em risco a
possibilidade de opções permanentes. (A
Alegria do Amor) – Papa Francisco
3.2 Costumes Inaceitáveis
Neste relance sobre a realidade,
desejo salientar que, apesar das melhorias notáveis registadas no
reconhecimento dos direitos da mulher e na sua participação no espaço público,
ainda há muito que avançar nalguns países. Não se acabou ainda de erradicar
costumes inaceitáveis; destaco a violência vergonhosa que, às vezes, se exerce
sobre as mulheres, os maus-tratos familiares e várias formas de escravidão, que
não constituem um sinal de força masculina, mas uma covarde degradação. A
violência verbal, física e sexual, perpetrada contra as mulheres nalguns
casais, contradiz a própria natureza da união conjugal. Penso na grave
mutilação genital da mulher nalgumas culturas, mas também na desigualdade de
acesso a postos de trabalho dignos e aos lugares onde as decisões são tomadas.
A história carrega os vestígios dos excessos das culturas patriarcais, onde a
mulher era considerada um ser de segunda classe, mas recordemos também o «
aluguer de ventres» ou « a instrumentalização e comercialização do corpo
feminino na cultura mediática contemporânea » ( A Alegria do Amor) Papa
Francisco
4 – Três Palavras Fundamentais
Vejamos: a primeira palavra é «com
licença». Quando nos
preocupamos em pedir gentilmente até aquilo que talvez julguemos que podemos
pretender, construímos um verdadeiro baluarte para o espírito da convivência
matrimonial e familiar. Entrar na vida do outro, mesmo quando faz parte da
nossa existência, exige a delicadeza de uma atitude não invasiva, que renova a
confiança e o respeito. Em síntese, a confidência não autoriza a presumir tudo.
E quanto mais íntimo e profundo for o amor, tanto mais exigirá o respeito pela
liberdade e a capacidade de esperar que o outro abra a porta do seu coração. A
este propósito, recordemos aquela palavra de Jesus no livro do Apocalipse: «Eis
que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta,
entrarei na sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo» (3, 20). Até o Senhor
pede licença para entrar! Não o esqueçamos! Antes de fazer algo em família:
«Com licença, posso fazer isto? Queres que eu faça assim?». Uma linguagem bem
educada, mas cheia de amor. E isto faz bem às famílias.
A segunda palavra é «obrigado».
Certas vezes pensamos espontaneamente que estamos a tornar-nos uma civilização
malcriada, de palavrões, como se eles fossem um sinal de emancipação.
Ouvimo-las com frequência, inclusive publicamente. A gentileza e a capacidade
de agradecer são vistas como um sinal de debilidade, e às vezes até chegam a
suscitar desconfiança. Esta tendência deve ser evitada no próprio coração da
família. Devemos tornar-nos intransigentes sobre a educação para a gratidão e o
reconhecimento: a dignidade da pessoa e a justiça social passam ambas por aqui.
Se a vida familiar ignorar este estilo, também a vida social o perderá. Além
disso, para o crente a gratidão encontra-se no próprio cerne da fé: o cristão
que não sabe agradecer é alguém que se esqueceu da língua de Deus. E isto é
feio! Recordemos a pergunta de Jesus, quando curou dez leprosos e só um deles
voltou para dar graças (cf. Lc 17, 18). Certa vez ouvi uma pessoa
idosa, muito sábia, boa e simples, mas dotada da sabedoria da piedade e da
vida, que dizia: «A gratidão é uma planta que só cresce na terra de almas
nobres». Esta nobreza de alma, esta graça de Deus na alma impele-nos a dizer
obrigado à gratidão. É a flor de uma alma nobre. E isto é bonito!
A terceira palavra é «desculpa».
Certamente, é uma palavra difícil, e no entanto é deveras necessária. Quando
ela falta, pequenas fendas alargam-se — mesmo sem querer — até se tornar fossos
profundos. Não é sem motivo que na prece ensinada por Jesus, o «Pai-Nosso», que
resume todas as questões essenciais para a nossa vida, encontramos esta
expressão: «Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido» (Mt 6, 12).
Reconhecer que erramos e desejar restituir o que tiramos — respeito,
sinceridade, amor — torna-nos dignos do perdão. É assim que se impede a
infecção. Se não soubermos pedir desculpa, quer dizer que também não seremos
capazes de perdoar. No lar onde as pessoas não pedem desculpa começa a faltar o
ar, e a água estagna-se. Muitas feridas dos afectos, muitas dilacerações nas famílias
começam com a perda deste vocábulo precioso: «Desculpa». Na vida matrimonial
muitas vezes há desacordos... e chegam a «voar pratos», mas dou-vos um
conselho: nunca termineis o dia sem fazer as pazes. Ouvi bem: esposa e esposo, brigastes? Filhos e pais, entrastes em
forte desacordo? Não está bem, mas o problema não é este. O problema é quando
este sentimento persiste inclusive no dia seguinte. Por isso, se brigastes,
nunca termineis o dia sem fazer as pazes em família. E como devo fazer as
pazes? Ajoelhar-me? Não! A harmonia familiar restabelece-se só com um pequeno
gesto, com uma coisinha. É suficiente uma carícia, sem palavras. Mas nunca
permitais que o dia em família termine sem fazer as pazes. Entendestes isto?
Não é fácil, mas é preciso agir deste modo. Assim a vida será mais bonita.
Estas três palavras-chave da família são simples, e num primeiro
momento talvez nos façam sorrir. Mas quando as esquecemos, deixa de haver
motivos para sorrir, não é verdade? Talvez a nossa educação as ignore demais. O
Senhor nos ajude a repô-las no lugar que lhes cabe no nosso coração, no nosso
lar e na nossa convivência civil.
E agora convido-vos a repetir todos juntos estas três palavras:
«com licença», «obrigado», «desculpa». Todos juntos (praça) «com licença», «obrigado»,
«desculpa». São as três palavras para entrar no amor da família, para que ela
vá em frente e permaneça tal. Depois, repitamos aqueles conselhos que eu dei,
todos juntos: nunca termineis o dia sem fazer as pazes. Todos: (praça): nunca
termineis o dia sem fazer as pazes. Obrigado!
(A Família gera o mundo) – Papa Francisco
10 Mandamentos dos pais
cristãos
1
- Dê a devida liberdade aos seus filhos. .(Galatas 5:1) Devida não é
total... pense nisso.
2 - Permita que eles questionem os valores que significam muito
para suas vidas(1 Pedro 3,4)- A omissão de uma resposta pode ser o início de um
longo problema.
3 - Tenha paciência com suas manias passageiras ! (Timóteo 4:5)-Elas passam rápido...
aproveite todos os momentos com seu filho e tire proveito disso.
4 - Exerça autoridade sobre seus filhos sem irritá-los, estabeleça limites (Provérbios
22:28) Lembre-se que você é quem
'manda' na casa.
5 - Demonstre calor e simpatia, sem mimá-los muito, para não se tornarem
inseguros (I Coríntios 14:20)
Não confunda amor com superproteção.
6 - Aprenda com seus filhos, eles
também tem lições maravilhosas para nos ensinar (Colossenses 2:19)
Tenha seu filho como um professor em sua vida.
7 - Aceite as falhas de seus filhos (Filipenses 4:6)- Você crescerá
com isso também.
8 - Seja leal aos seus filhos,
compartilhe com eles a vida no lar (Efésios 4:25) - Não esqueça que seu filho,
não importa a idade, também é um membro da sua casa. Merece atenção.
9 - Seja íntimo de seus filhos, torne-se seu confidente (Romanos
10:13-15) É melhor você ser o melhor amigo do seu filho o que um
estranho.
10- Seja enérgico mas, com SABEDORIA (Tiago 1:5)- Não desconte
a sua raiva em seus filho, mas também não deixe de educá-lo. Fonte: 12th August
6 – Pai e Mãe!
6.1 Saiba Acreditar;
6.2 Saiba Agradecer;
6.3 Saiba Contemplar a
Família…
7 – Oração
Meu Deus!
Peço-Te a Bênção para nós
– Pais;
Peço-Te a Bênção para
nossos filhos;
Peço-Te a alegria da vida
familiar.
Amén
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