AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O Moinho antigo e as peças

1 - Moinho de rodízio


1 - Força motriz:

a - Levada (rego de água captada em rio ou ribeiro, por meio de um açude transversal).

b - Cubo (depósito, em abertura, para a água).

c - Bucha ou seteira.

c’ - Jacto de água, impulsionador do movimento.

d - Ferida (diferença de nível entre a superfície superior da água no Cubo e a da sua saída na Bucha. Do seu maior valor, depende, em parte, a maior ou menor potência do moinho).



Movimento

e - Penas, Impenas ou Pás (que recebem o impulso do jacto de água, gerador do movimento).

f - Rodízio.

g - Cambota ou Veio (eixo vertical, fixo ao rodízio e à mó móvel. Passa pelo centro da mó fixa).

h - Aguilhão (ponta terminal inferior da cambota, constituída por um seixo (sílax) oblongo).

i - Arrela (outro seixo, rolamento, com uma pequena concavidade, onde assenta e gira o aguilhão).

j - Sigurelha (terminação superior da cambota, em forma de T, que entalha na parte inferior da mó móvel, obrigando-a a girar simultaneamente com o rodízio).



3 - Aparelho de aliviadouro

Este aparelho destina-se a levantar ou baixar a mó, para regular a grossura da farinha. Consta de:

k - Intosta (peça em forma de cruz, que pode ser levantada ou baixada com auxílio da Panca – l, e sustentada na altura mais conveniente, por meio de cunhas – m).

l - Panca (espécie de alavanca).

m - Cunhas.

n - Tirante Vertical (que transmite os movimentos da intosta ao :)

o - Urreiro (barrote onde, como vimos, assenta, sobre a arrela – i, todo o peso do aparelho do movimento, que, por ele, pode, pois, ser levantado ou baixado).



4 - A moagem

p - Moega, Tremonha ou Adela (caixa em forma de pirâmide triangular invertida, onde se deita o grão a moer).

q - Quelho ou Adelhão (que conduz o grão até ao :)

r - Olho da mó.

s - Trambelha (fio ou arame que regula a inclinação do quelho).

t - T(a)ramela, Cadelo ou Tangedouro (ripa que com a ponta pousada sobre a mó, trepida e faz correr o grão).

u, u - Mó móvel.

v, v - Mó fixa.

x, x - Caixa (onde se deposita a farinha que vai sendo moída).



5 - Pisos do moinho

z, z - Sobrado: separa os dois pisos do moinho:

- Rés – Chão, na parte superior, onde funciona a Moagem;

- Cabouco ou Inferno, na parte inferior, onde funciona o Movimento.


Moinho

A – Antes de chegar ao moinho

1º - Açude ou levada – para captações da água a um nível superior ao moinho.

2º - Regueira – canal natural ou artificial em granito para condução das águas do açude ao moinho.

3º - Cubado (sem cubo?) – passagem apertada no final da regueira (com a forma de um cone torneado) em granito.

4º - Seiteira (seteira?) – ponte em madeira em forma de cana (torneado) que liga o cúbalo desde que a água saia com pressão para fazer rodar o rodízio.





B – Moinho propriamente dito:

1º - O Pé – grande pedra redonda onde gira a mó.

2º - A Mó – pedra circular que gira e mói o grão.

3º - Moega – (comum?) – Peça de moinho onde se deita o grão e por onde sai pela calha.

4º - Calha – rego feito em madeira, pedra ou metal para facilitar o curso de qualquer coisa (neste caso, o grão).

5º - Caneleiro - peça que liga à moega que roda sobre si e gira com o movimento da mó fazendo trepidações para facilitar a saída do grão. Também se chama Taramela mas quando a peça é um simples pau, furado num dos extremos e que ligava à calha para fazer passar o grão. Em caneleiro quando a peça tinha uma roda de cortiça que girava sobre si.

6º - Tremunha – peça de moinho em forma de pirâmide eviváctica e por cuja extremidade inferior passa o grão.

7º - Segurelha – peça em pau mira o ferro que segura a mó inferior. Peça enfiada no espigão da pá (mó inferior) passa trure uniforme o movimento do superior.

8º - Pijadoiro (pujadouro?) – tábua por cima do rodízio que não deixa baixa a água nas penas (tira a pujança (força e a água)).

9º - Alavanca - levanta ou baixa a mó para que a farinha seja mais moída ou menos moída.

10º - Rodízio – peça do moinho de água que faz rodar a mó no qual estão presas as penas.

11º - Penas – peças que fazem parte do rodízio, têm forma de “canela” para melhor minimizar o rodízio.

12º - Seixo – pedra rolada branca e que apoia o rodízio para, rodar sobre si, e uma outra de base.

13º - Pá – em madeira para apanhar a farinha.



Os moinhos tinham “consortes” (vários donos) os quais tinham cada um deles x ”roldas” (espaço de tempos e tempos aceites), ou seja certos dias da semana e certas horas para moer o grão. Na Serra d'Arga havia-os com 20 ou mais...

No moinho a água era e é em rodízio vertical.

A azenha era o moinho movido a água, mas em vez do rodízio vertical e movido por uma roldana gigante, extra-moinho, pendente neste.

Também havia moinhos movidos a vento – os moinhos de vento.

Faltou o desenho que não o encontro, neste momento, mas aí vai...

" O moinho do meu pai
Eu bem e sem mexê-lo
Quando está alto, bai-lo
quando e está bixi arguê-lo

Isto quer dizer que quando faz fatlta um farinha molinha , muito moída para bo pão, era necessário baixar a mó e quando era necessária uma farinha mais áspera ou viva para o gado era necessário erguer a mó...

4 comentários:

Adelino Pereira disse...

Amigo.. Os meus cumprimentos e votos de um dia feliz. Sou Sarg. Aj da marinha de Guerra, neste caso járefoemaDO, E TENHIO-ME DEDICADPO À pUBLUICAÇÃO DE V´+ARIOS ARTIGOS EM POESIA E PROSA, MAS COMO SOU ORIUNDA DAS TERRAS ALTAS, MAIS PROPRIAMENTE DA fREGUESIA DE <mONTEIRAS - cASTRO dAIRE, (VIVO AGORA EM vISEU, E TENHO JÁ VÁRIOS LIVROS PUBLICADOS. EM POESIA E SOBRE A MINHA TERRA UM EM PROSA. qUERIA EDITAR OUTRO SOBRE AS POVOAÇÕES E SEUS RELIGIOSOS VALORES, COMO POR EXEMPLO O MOINHO QUE EU DESCOBRI E QUE NA MINHA TERRA HAVIAM, MAS JÁ SE FORAM. eRA SOBRE A SUA LINDÍSSIMA E AUTÊNTICA HISTÓRIS DOS MOINHOS DE ÁGUA QUE EU QUERIA ME DESSE AUTORIZAÇÃO PARA QUE EU PUDESSE PUBLICAR E DIVULGAR O QUE O SR. TEM ESCRITO NO SEU BLOGUE. o livro irá cahamar-se "ENTRE DOIS pLANALTOS"!
sERÁ O MEU 4º lIVRO NA eDITORA eDIUM- mATOSINHOS.
é QUE NA MINHA TERRA, HAVIS, ESSEESS MOINHOS SÓ QUE TUDO DESA+PARECEU, COM A EMIGRAÇÃO E OS ANOS A PASSAREM. E EU QUERIA DEIXAR, COM 68 ANOS DE VIDA E COM O FRENESDIM DA PROSA E DA POESIA PARA A NOVA GERAÇÃO ALGO DEPROVEITOSO. oRA SOBRE ESSES MOINHOS EU NADA POSSO TER , POEQUE ESTÁ TUDO AO ABANDONO..
dESCULPE EU ENCOMODAR, APENAS QUERIA ESSAS INFORMAÇÕES LINDAS PARA OS QUE AINDA LÁ VIVEM E PARA OAS QUE VIRÃOUM DIA A VIVER, OLHANDO PARA O RIO PAIVÓ E VEREM UMA CASA TODA EM DERRUCADA, MAS QUE ANTES FORA UM MOINHO DE ÁGUA, IGUAL AO SEU QUE MUITO BEM RELEMBRA, TAL COMO EU JÁ FIA AO mOINHO DE VENTO EXISTENTE NA MINHA ALDEIA, - ÚNICO POR ALI . uM ABRAÇO
poetadarelva@hotmail.com.

Adelino Pereira disse...

amigo, é apenas um pedido... que agradecia.

Adelino Pereira disse...

Fazer um pedido em nome da cultura e do meu frenesim, em poesia e teatro

Artur Coutinho disse...

Amigo não sei se respondi na altura, mas em nome da cultura não se pede, usa-se e melhor ainda se citar.