Numa iniciativa de grupos de casais daquela comunidade, alguns do Movimento Casais de Santa Maria, esta professora de Braga confessou que a família de hoje tem de olhar mais para a de Nazaré para "vislumbrar" saídas para a "nossa vida e para a nossa família" preconizando a "perseverança" é o segredo para que a família cristã seja caminho de santificação.
Alertou os mais jovens, embora a mensagem sirva aos mais velhos, para a necessidade de "não queimar as etapas" no seu projecto vocacional de constituição de uma família recordando esta necessidade de se abrirem à transcendência. Enfatizou a questão do noivado como tempo de preparação para o matrimónio para quando entrarem neste projecto crescimento e realização pessoal e comum, as pessoas não se tornem "ilhas", ficando cada elemento isolado no seu mundo.
Sameiro Cruz, mais conhecida nos meios eclesiais como Sami, sublinhou que as crises, como noutras realidades e etapas da vida, fazem parte da família, obrigando à aprendizagem dos respectivos papéis, na certeza de que "Deus completa o que nos falta".
Falando das "noites da família", associadas a todo o tipo de "escravidão", realçou que a"solidão" é o "pior inimigo" no contexto familiar. As crises familiares, disse ainda, são o tempo onde o amor é posto à prova.
Ainda animada pelas vivências do Encontro Mundial de Famílias, que decorreu em Milão e onde participou com o marido e filhos, alertou para a necessidade de a vida ser pautada pelo trabalho e intercalada com a festa, que serve para restaurar energias, reequilibrar relações e aprofundar vivências com Deus e com a comunidade que celebra a mesma fé. O domingo, frisou é esse tempo para o "encontro sem a pressa do tempo para estar".
Os filhos, para terem desde cedo consciência das dificuldades da construção do projecto familiar, "precisam de entrar nas coisas que são da família", saberem que dificuldades enfrentam, nomeadamente as económicas que hoje pesam sobre muitos casais. A isto chamou "estágio para a vida" que o prepara para serem muito mais responsáveis, enquanto filhos e membros, mas também quando se propuserem encetar o seu próprio projecto de comunhão. Neste capítulo recomendou aos pais que não esqueçam o seu real papel no contexto da família.
Terminou a sua "viva" intervenção com um pequeno filme que alertava para o flagelo da falta de paciência e abando dos "velhinhos" entregues à sua sorte. Se em qualquer família ºe um drama, na família cristã é de uma forma mais profunda porque resulta como contratestemunho da vivência da caridade que pode ser expressa na cuidado do mais frágil. de Paulo Gomes, in NV de 15.06.2012
Sem comentários:
Enviar um comentário