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Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

IPSS

INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE SOLIDARIEDADE
como expressão de Caridade ou Solidariedade numa Comunidade
1. Boa Nova de Jesus Cristo
“Dou-vos um mandamento novo: que vos amais uns aos outros; que vos
ameis uns aos outros assim como que vos amei. Por isto é que todos conhecerão
que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros.” (João 14, ou 16...)
Quando esta Boa Nova atinge os corações ela é aceite, isto é, a adesão e o
compromisso modelam, forçosamente, o agir humano ao jeito da pessoa de Jesus
Cristo.
a) A Fome e a Miséria
Ninguém pode descansar enquanto não forem irradicados problemas como os
da fome e da miséria. É a fome e a miséria que têm de ser combatidas para que a
salvação se dê na globalidade do corpo e da alma: o ser físico, mental e espiritual.
Caso contrário, constituirão sempre um bloqueio a essa salvação. Essa miséria vai
desde a fome, privação de bens essenciais à sobrevivência do ser humano até aos
sem abrigo, marginalidade, etc..
b) A atitude de Jesus
A opção de Jesus Cristo foi sempre muito clara. Logo após o seu nascimento,
ele voltou-se para a gente simples e abandonada, e durante a vida sempre optou
pelos pobres a quem muitas vezes matou a fome. (Mt. 14, 13-21).
Não vemos Cristo a ocupar outro lugar. Está sempre ao lado dos pobres e
dos que precisam, dos aleijados, dos estropiados, dos doentes, dos pecadores e dos
pecadores públicos, dos que passam fome e sede...
c) A nossa atitude
A atitude dos crentes também não pode ser outra na vida. Não devemos estar
tão preocupados com o aparato e as grandes obras. Quando Jesus nos diz que
“Vejam as vossas obras e louvem o vosso Pai do Céu” (Mt. 5,6), é para que sejamos
grandes realizadores com meios simples e humildes, pois só na humildade e na
simplicidade é que seremos capazes de descobrir sinais de Deus.
Tanto hoje, como ontem, numa região com o menor poder de compra do país,
onde encontramos pessoas que nos batem à porta esfomeadas, também Jesus
nos diz, como aos seus discípulos: “Dai-lhes vós mesmo de comer!” (Mt. 14,16).
2. Na história da Igreja
No princípio da Igreja “pôr em comum os bens” era normal. Sobretudo era
esse o testemunho que mais cativava... “Olha como eles se amam”. Depois, na
época patrística, aparecem também testemunhos claros de preocupação pelos
pobres como, por exemplo:
* S. Gregório de Nissa (335-394): “O tempo actual apresenta-nos uma
quantidade de nus e de sem abrigo. Há multidões de escravos junto de cada porta.
O estrangeiro e o emigrante também não faltam. Por toda a parte mãos estendidas
buscando auxílio” (Os padres da Igreja e a questão social, 25).
* S. Gregório de Nazianzo (330-390): “... mas, e aqueles, num sofrimento
enorme, enquanto nós bem abrigados em casas luxuosas... e os míseros, tremendo
de frio, nos seus farrapos grosseiros... quem não se angustia com estes lamentos?
Que olhos são capazes de ver este espectáculo?” (idem, 43).
* S. João Crisóstomo (345-407): “Age com misericórdia e bondade: socorre
a penúria, mata a fome, afasta as tribulações. Recomendo que aos necessitados se
dê com abundância” (idem, 79).
Depois, na Idade Média, começou-se a desenvolver a liturgia e tudo o que
envolve esta acção, como seja, a arte. Por isso, houve na história da Igreja, tempos
em que a acção sócio-caritativa não era considerada missão da Igreja ou, pelo
menos, era relegada para último lugar. E no mesmo sentido se afirmava que a
função essencial da Igreja era ser missionária: “Ide e ensinai todos os povos” (Mt.
28, 19-20). Pregar e baptizar era a sua particular missão.
Ainda hoje, a função da Igreja continua a ser objecto de algum tabu ou de
algum medo. Falta muitas vezes a coragem de S. Paulo: Fazer tudo, para a todos
levar a Cristo. Isto significa risco e ser cristão é um risco.
3. O Concílio Ecuménico
Este Concílio ajudou-nos a não esquecer, a partir das missões de Jesus
Cristo como Sacerdote, Profeta e Rei, que ser Rei era servir e servir era amar, era
dar a vida pois não basta celebrar a fé e proclamá-la, é preciso também vivê-la.
Em Jesus Cristo, fomos baptizados nesta tríplice missão e se Cristo era o
Caminho, a Verdade e a Vida, temos, como pessoas de fé e comprometidas com
Cristo, também nós de ser sacerdotes para santificar, profetas para proclamar a
verdade e reis para abrirmos caminhos de felicidade aos que dela precisam. Isto dizse
para os ministérios ordenados e não ordenados, realçando-se não a
responsabilidade, mas a co-responbilidade.
4. A Instituição Particular de Solidariedade Social
Uma I.P.S.S. é uma iniciativa unicamente de leigos ou de leigos
comprometidos na Igreja, com estatutos próprios e com objectivos definidos e
aprovados pelo Bispo da diocese. Mas a I.P.S.S. pode ser fundação de um outro
movimento eclesial, a nível diocesano ou paroquial, desde que aprovado pelo
Bispo. Tem de ser autónoma para cumprir 3 objectivos fundamentais na
comunidade, como sua mandatária: expressar a generosidade individual, articular a
generosidade e equilibrar ou coadjuvar a organização social com os serviços do
Estado. Esta autonomia é-lhe concedida pela comunidade, reconhecida pelo Bispo e
também, se for o caso, pelo Estado. Não resulta da lei, nem da autoridade estatal,
resulta da iniciativa generosa e espontânea da comunidade. Ela é um meio pelo
qual a Igreja exerce parte da sua missão socio-caritativa para com os Homens. É
um meio eficaz para o exercício, permanente e obrigatório, da caridade, pois não
basta a pregação e a oração, é preciso testemunhar por meio de obras para que
façamos parte da Luz que, por excelência, é Jesus.
Uma I.P.S.S. deve ser, numa diocese ou numa paróquia, um lugar de
comunhão fraterna, um espaço onde a comunidade ou as comunidades exercem o
Amor e a Solidariedade entre as pessoas.
A grande força moral e a riqueza do serviço aos outros deve resultar do facto
da I.P.S.S. ser um serviço de leigos da Diocese ou da Paróquia, onde a co-
-responsabilidade laical pode ser mais notória, visto abrir as portas da integração e
participação a pessoas com várias sensibilidades. A I.P.S.S., neste caso, é apenas
uma oportunidade criada pela comunidade, presidida pelo Bispo, para servir de
suporte a todos os que assumem a estrutura comunitária e institucional para as
necessidades encontradas, envolvendo voluntários, na resolução das necessidades
da Igreja.
Quem trabalha por esta causa dá provas de saber o que quer, saber fazer
com fé, justiça e verdade, passando teimosamente por cima de muitas
contrariedades.
5. Necessidade de Informação e Formação.
Como obra da Igreja não podemos falar de Identidade sem falar de
Espiritualidade.
Algumas questões poderão ser levantadas em relação à formação de
voluntários, para uma colaboração orgânica e articulada, de acordo com as
capacidades de cada um. Poderá ainda a I.P.S.S., numa Comunidade, colaborar
com outros serviços e movimentos como a Cáritas, Vicentinos, a Legião de Maria e
por aí fora..., para dar uma perspectiva social que também os deve nortear.
Desnecessário é dizer que a solidariedade cristã, para cristãos confessos,
tem de ser iluminada pela fé. Não pode ser uma opção puramente humana. Daí a
necessidade da Igreja lutar pela formação dos voluntários e trabalhadores
assalariados das nossas obras sociais, nas I.P.S.S.. Há que apostar em equipas
profissionais multi- -disciplinares e com habilitações próprias, com características
humanas e de formação cristã adequadas à missão de qualidade exigida a
respostas sociais que damos.
É importante o estudo da acção social e da sua relação com a missão da
Igreja, da Comunidade, da vida de fé, esperança e caridade. É importante o estudo
dos textos da Doutrina Social da Igreja, da vocação do cristão, da nova
evangelização, do compromisso social como exigência da fé dos baptizados.
Os problemas da pobreza, da marginalidade, das diversas carências da fome,
da deficiência, da doença, da velhice, dos isolados e ainda das crianças
abandonadas ou vítimas de maus tratos, são todos objecto da acção I.P.S.S.. Visto
se tratar de grupos vulneráveis, têm de ser objecto do Amor de Deus através da
Igreja e essa Igreja é constituída por todos nós.
6. I.P.S.S. - Espaço de liberdade e globalidade.
Uma I.P.S.S. tem uma exigência legal diferente dos outros movimentos e
grupos de acção da mesma Igreja, pelo facto de se envolver em acções em que o
Estado pode e deve, por justiça, colaborar com o que hoje fazemos por caridade ou
solidariedade. E quando o Estado o fizer por justiça, nós, I.P.S.S., faremos outra
coisa...
A Instituição dá a cara em nome da Igreja, de um donativo, de uma partilha e
até de um serviço. Deste modo, garante a liberdade do beneficiário e do beneficiado
e, ao mesmo tempo, pode memorizar a oferta do benfeitor prolongando a sua
memória. É uma forma de oferecer e garantir a estabilidade e eficácia da acção de
quem dá, de quem se dá sem se comprometer e que quer fazer bem sem mostrar o
rosto. É uma questão de liberdade! A luz põe-se sobre o alqueire, mas em nome
duma Comunidade pode ser mais forte!... Pode iluminar mais... e ir mais longe.
A I.P.S.S. tem por isso personalidade jurídica, canónica e civil, e é
responsável administrativamente, perante a Igreja e perante o Estado, pelo que faz,
e como faz. Ela tem, sobretudo, a obrigação de prestar contas, à Igreja hierárquica,
sobre a qualidade dos serviços que presta à Comunidade.
Ao Estado pode interessar o tecnicismo; à Igreja, mais do que o tecnicismo,
interessa a técnica iluminada pelo amor, o modo como se faz para que outro não
sofra, ou sofra menos. O Amor está sempre, na Igreja, acima da lei e da técnica.
7. Conclusão
Muitos leigos, com capacidades excepcionais, permanecerão afastados de
certas práticas de solidariedade Cristã, ao serviço da Comunidade, por
desconhecimento do que é uma I.P.S.S. e qual o seu objectivo.
Na Diocese tem de haver lugar para Cáritas, Vicentinos, Legião de Maria,
Centro de Cristandade, Serviços de Doentes e também para as I.P.S.S. que,
animadas pela Doutrina Social da Igreja, podem ir mais longe em relação aos mais
pobres, vulneráveis, desprotegidos, que são os predilectos do Senhor.
Diz S. Paulo aos Romanos (14,47) que o Reino de Deus não é uma questão
de comida ou bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
A I.P.S.S. deve ser cada vez mais Serviço aos Pobres, serviço à
Comunidade, que, por missão, tem de cumprir.
A IGREJA E OS CENTROS SOCIAIS PAROQUIAIS
O serviço do padre Artur Coutinho, em relação à Igreja, sempre se pautou por
um serviço social e de há vários anos para cá, como pároco de Nossa Senhora de
Fátima, continuou a desenvolver esse seu serviço no Centro Social Paroquial, criado
na comunidade desde que lá chegou.
Ele realiza este trabalho na linha da "opção pelos pobres", apontada pelo
Concílio Vaticano II.
A Boa Nova de Jesus Cristo só atinge os corações quando as mentes são
esclarecidas e, para que isso aconteça, é preciso vencer primeiro a fome e a miséria
para que a salvação se dê na globalidade do corpo e da alma, o ser físico, mental e
espiritual.
A Igreja e a opção pelos Pobres
A opção pelos pobres foi sempre a atitude tomada por Cristo pois sempre se
voltou para a gente simples e abandonada e à qual teve de matar muitas vezes a
fome (Mat. 14, 13-21).
Não vemos Cristo a ocupar outro lugar. Está sempre ao lado dos pobres, e
dos que precisam, dos aleijados, dos estropiados, dos doentes, dos pecadores e dos
pecadores públicos, dos que passam fome e sede...
Não nos preocupa tanto o aparato e as obras grandes, porque quando Jesus
nos diz "vejam as vossas obras e louvem o vosso Pai do Céu" (Mat. 5,16) é para
que sejamos grandes realizadores com meios simples e humildes.
Hoje, como ontem, numa região das mais pobres do País onde nos
encontramos e diante de populações esfomeadas que nos cercam, também Jesus
nos diz, como aos seus discípulos: "Dai-lhes vós mesmo de comer!" (Mat. 14,16).
Um dever da Igreja
Durante algum tempo se ensinou que a acção caritativa não era missão da
Igreja. Nesse sentido, se afirmava que a função essencial da Igreja era ser
missionária: "Ide e ensinai todos os povos" (Mat. 28, 19-20). Pregar e baptizar era a
sua particular missão.
O Concílio Ecuménico levou-nos a não esquecer as outras dimensões da fé
cristã, a partir das missões de Jesus Cristo que é Sacerdote, Profeta e Rei.
Em Jesus Cristo fomos baptizados, por isso, participamos neste Jesus Cristo
Sacerdote, Profeta e Rei, ou seja, neste Cristo que é Vida, Verdade e Caminho.
Como sacerdotes a Igreja, que somos todos nós os baptizados, tem de vivificar,
santificar; como Profetas cabe à Igreja a missão de proclamar a verdade, anunciá-la
e como Caminho temos de ser luz, exemplo a seguir por todos...
Por isso, um Centro Social é um meio pelo qual a Igreja exerce parte da sua
missão para com os homens. O Centro Social é o meio para o exercício da caridade
de modo eficaz, permanente e obrigatório, pois fazem parte da tríplice missão de
Jesus Cristo manifestada nas obras. Não basta oração e pregação, é preciso o
testemunho para que sejamos parte da Luz que, por excelência, é Jesus.
Força unificadora da Paróquia
O nome de "Centro", que se deu a esta Obra Social da Paróquia, evidencia a
função que lhe cabe: uma força unificadora. Se a Paróquia é uma porção do Povo
de Deus, uma Comunidade de comunidades, um lugar de comunhão fraterna, o
Centro Social ajuda a Comunidade Paroquial a encontrar-se, pois é o Centro Social
que exerce o amor e a Solidariedade entre as pessoas.
Centro Social e Paróquia
A grande força moral e a riqueza do serviço aos outros deve resultar do facto
de esta Instituição ser um Centro Social paroquial, portanto um serviço de Leigos na
Paróquia. ´E através da sua integração e da sua participação na vida da Paróquia -
da qual faz parte - que o Centro Social paroquial atinge toda a sua dimensão na
Igreja local que o criou e que lhe dá suporte.
O Centro não pode ser uma estrutura à parte da Paróquia. O Centro é uma
resposta Institucional da Paróquia às necessidades encontradas e deve envolver os
paroquianos - voluntários - no processo de resolução dessas mesmas necessidades.
Neste campo, levantam-se algumas questões quanto à necessidade de
informação e de formação de voluntários para que todos possam colaborar duma
forma orgânica e articulada de acordo com as capacidades de cada um;
simultaneamente, o Centro poderá também colaborar com os outros serviços e
movimentos da paróquia dando-lhes a perspectiva social que também os deve
nortear.
É importante que seja clara, para todos, a ideia que se tem da acção social e
da sua relação com a missão da Igreja, da Paróquia e da vida de fé, de esperança e
de caridade. É importante encontrar meios de estudar certos textos da Doutrina
Social da Igreja, da vocação do cristão, da nova evangelização, do compromisso
social como exigência da fé de baptizados.
É importante movimentar o Centro Social Paroquial para que faça cada vez
mais parte da Igreja local e Paroquial, e que a Paróquia e o Centro vivam, em
conjunto, as respostas a dar à comunidade. Os problemas da pobreza, da
marginalidade, das diversas carências, da fome, da deficiência, da doença, da
velhice isolada e ainda das crianças abandonadas ou vítimas de maus tratos,
constituem os grupos sociais com o qual o Centro Social Paroquial normalmente
trabalha.
Estes grupos devem ter, na Paróquia, um lugar predilecto e devem ser uma
preocupação constante, exactamente porque são os mais vulneráveis de entre todos
os paroquianos.
Além dos meios materiais e humanos a Paróquia tem ainda de dar prioridade
à oração por todos aqueles que trabalham nos seus Centros, para o que fazem seja
de uma forma cada vez mais humana e cada vez mais fiel ao Espírito da caridade
cristã.
Dirigentes, voluntários e técnicos
O Centro Social paroquial é dirigido, por exigência legal, civil e canónica, por
um conjunto de pessoas que constituem os órgãos sociais dirigentes da Instituição.
Estes são voluntários de entre os paroquianos que estejam dispostos a desenvolver
os conhecimentos que têm, na perspectiva do exercício da Acção Social e da
Solidariedade Cristã.
Mas não é só de voluntários dirigentes que o Centro Social Paroquial precisa.
Muitas outras actividades, eventuais ou mais ou menos regulares, poderiam vir a
beneficiar as pessoas que delas precisam se mais Leigos voluntários dessem
algumas horas dos seus tempos livres ao serviço destes irmãos. Para isso, estamos
agora a implementar mais uma vez o serviço de voluntários. E não esqueçamos que
Frederico OZANAN, jovem universitário, começou por juntar lenha para os pobres se
aquecerem e não passarem frio. O P.e Américo acolheu e promoveu a pessoa
humana. O P.e Adolfo Kolping promoveu o trabalho comunitário. O P.e Cardijn lutou
por maior dignidade da classe operária. O P.e Óscar Romero foi assassinado por
defender os direitos dos explorados. A Madre Teresa de Calcutá acolheu os
moribundos abandonados. Monsenhor Airosa fundou uma obra para "Regeneração"
das raparigas da rua. O P.e Abel Varzim criou uma obra de raparigas marginais.
Mons. Moreira das Neves e Maria Luísa Ressano Garcia fundaram a obra do
“Ardina“. Frei Bartolomeu dos Mártires deu tudo o que pôde para salvar da peste de
1570 e da carestia de 1574. João de Deus (S.) deu a vida pelos doentes.
Muitas pessoas com capacidades excepcionais permanecerão afastadas de
certas práticas de Solidariedade Cristã, ao serviço da Paróquia e do Centro Social,
por desconhecimento do que é o Centro e qual o seu objectivo.
Dizemos solidariedade cristã porque, para paroquianos confessos, esperamos
que esta seja iluminada pela fé, que seja uma questão de opção cristã e não apenas
por opção puramente humana.
É de salientar que o Centro Social Paroquial, à medida que cresce o âmbito
da sua acção e que assume exigências de qualidade comprovada, tem de integrar
na sua equipa profissionais com habilitações próprias e com características
humanas e de formação cristã adequadas à missão que desempenham e ao cariz
da Instituição que representam. Daí o nosso esforço na melhoria da qualidade das
respostas sociais que damos.
A Paróquia atinge a sua dimensão de Igreja na medida em que vive
conscientemente a missão de louvor, anúncio e serviço em união com Cristo e com
a sua Igreja, na Eucaristia.
Lugar do Centro Social Paroquial na missão eclesial da Paróquia
Se há lugar para Vicentinos, Legião de Maria, Serviço de Doentes e muitos
outros, há, por certo, também um lugar próprio para o serviço, de uma forma regular,
contínua, estruturada e organizada segundo normas e indicativos técnicos
comummente aceites pelos Serviços Oficiais e pela Doutrina Social da Igreja, aos
mais pobres, vulneráveis e desprotegidos, pois são os predilectos do Senhor.
S. Paulo afirma: "O Reino de Deus não é uma questão de comida ou bebida,
mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rom. 14,47).
O Centro Social Paroquial deve ser cada vez mais o SERVIÇO aos Pobres,
serviço que a Paróquia, por missão, tem de cumprir.
A VISIBILIDADE DA IGREJA ATRAVÉS DA INTERVENÇÃO SOCIAL
1. A Igreja e os sinais de Caridade
Os sinais de Caridade são os únicos e inequívocos sinais de visibilidade da
acção pastoral da Igreja por vontade de Jesus Cristo. Como pessoa divina, assim
reconhecido pelos Magos no Presépio, proclamado no seu baptismo e reconhecido
como tal nos diversos milagres que acompanharam a sua acção e, como pessoa
humana que concomitantemente reunia na sua essência, sempre se manifestou
sensível, muito humano, a participar das alegrias e das tristezas dos seus
comtemporâneos, nas Bodas de Caná ou na morte de Lázaro e, quer num quer
noutro acontecimento, surgem dificuldades. Apesar de tudo, Jesus está atento e
transmite sempre a alegria. Fez o milagre da transformação da água em vinho para
que os noivos não ficassem mais preocupados e menos alegres ao verem os seus
convivas bem. Restituiu a alegria às irmãs e aos amigos de Lázaro, ao dar de novo a
vida a um corpo morto e já fétido...
Os Apóstolos entenderam bem esta mensagem pelo que, desde a primeira
hora, após a Ressurreição de Jesus e a sua subida ao Céu, logo realizaram
comunhão de vida e se dedicaram ao serviço fraterno.
Fomentaram entre os primeiros cristãos verdadeiras e autênticas
comunidades que interpelavam os estranhos, sobretudo pela comunhão de vida a
partir dos bens. Por isso, os estranhos exclamavam “Vêde como eles se amam”.
Formando-se assim em comunidades verdadeiramente modelares porque não eram
obras do poder, mas obras do Espírito.
Criaram tradição. Este é o património deixado pela tradição apostólica. Ainda
hoje é regra de ouro na actualização permanentemente das orientações pastorais e
na vivência cristã da Igreja.
Depois dos Apóstolos somos nós, a igreja de hoje que tem de continuar esta
tradição, esta comunhão de vida e este serviço fraterno. É por isso que dizemos que
a nossa missão, a partir do baptismo, é uma missão tríplice porque é participação da
mesma missão de Jesus Cristo, como sacerdote, profeta e rei, ou seja, há que
conhecer estudando e partilhando saberes, há que celebrar pontualmente as
alegrias do Mistério que se nos é revelado e há que servir, na vivência com os
outros, as exigências dos mesmos mistérios para que este serviço seja luz do
mundo, isto é, se transforme em luz que se coloca sobre o alqueire, em sal da terra
para que deixe de ser insípida, em fermento na massa para que a levede, em
semente que morre na terra para dar fruto.
Isto é visibilidade.
2. A Lei do Amor e o distintivo das nossas obras
Isto não é outra coisa senão o AMOR que atinge o coração de qualquer
homem da sociedade contemporânea. Arde por dentro e nos projecta para a
transformação total em Jesus Cristo. “Amai-vos uns aos outros...”
Segundo Santo Agostinho: “O Amor a Deus é o primeiro na ordem do
preceito, mas o amor ao irmão é o primeiro na ordem da acção...”; “ Ama o próximo
e examina, esse amor pelo outro. Naturalmente encontrarás a causa de Deus. Então
reparte o teu pão com o faminto, abre a tua casa ao que não tem abrigo, veste o nú
e não desprezes a nenhum dos que são da tua raça humana.”
Só o Amor é capaz de gerar solidariedade e fraternidade e de nos conduzir a
vencer em comunidade a fome e a miséria para que a salvação se dê na
globabilidade do corpo e da alma: o ser físico, mental e espiritual.
A nossa missão é por isso Caridade, Amor e Acção. Amor sem Caridade não
é Amor. Serviço fraterno sem Amor não é Caridade. Aqui está o segredo da nossa
competência, imprimir uma certa disciplina social à nossa vida, fundada sobre os
valores humanos de justiça, responsabilidade e solidariedade. Esta Caridade
comprometida é símbolo dum Amor soberano, pessoal e colectivo, foco irradiante da
essência cristã.
“É escandaloso a pretensão de exercer a caridade sem promover a justiça e a
luta por ela” dizem os nossos Bispos na Instrução Pastoral sobre a Acção Social da
Igreja.
Jesus continua hoje a dizer quando nos lamentamos da miséria, do
sofrimento, dos marginais, dos drogados, dos toxicodependentes, dos alcoólicos, da
presença dos imigrantes de Leste: “Dai-lhes vós mesmo de comer!” (Mt.14,16).
Pregar e Baptizar já não é missão única para a Igreja. Esse tempo já passou.
A “Rerum Novarum”, de Leão XIII, em 1891, é um exemplo de que não basta matar
a fome é preciso humanizar as estruturas e fazer o mundo mais humano, como
concluía Paulo VI. Doutrina que todos os Papas têm proclamado nas diversas
encíclicas sociais até aos nossos dias. O culto não pode estar antes da justiça e da
solidariedade para com os que sofrem. “Eu detesto as vossas festas...e não gosto
dos vossos cultos...(cf. Amós 5) “ O jejum que eu aprecio é este: abrir as prisões
injustas, desatar os nós do jugo, deixar ir livres os oprimidos, quebrar toda a
espécie de jugo...” Só quando isto acontecer, a tua luz surgirá como a aurora e as
tuas feridas cicatrizarão. (cf. Isaías 58)”A nossa missão vai mais longe...
3. A Paróquia célula visível da comunidade.
A Paróquia é um espaço de comunhão bem curto, bem pequeno. A
comunhão começa na família, estende-se ao conjunto de famílias, à Paróquia, às
Paróquias, isto é, à Diocese, que coordena a Comunhão máxima da Igreja local, em
relação à Igreja Universal.
Por isso, na Paróquia, o espaço próprio para o encontro da identidade cultural
e social dum grupo de famílias que se conhecem mutuamente e pelo nome, onde a
Comunhão é mais viável e evidente, encontramos o espaço onde a visibilidade da
Igreja se torna sacramento mais fácil e eficaz.
Para a concretização ordenada desta missão eclesial, existe um Conselho
Paroquial de Pastoral, o meio pelo qual a Igreja exerce parte da sua missão para
com os homens. O exercício da Caridade é exercido de modo mais eficaz,
permanente e espontâneo, mas obrigatório.
É na Paróquia que mais facilmente nos envolvemos de uma forma integral na
vida íntima duma comunidade, isto é, na comunhão com os outros enraizada na fé
de Jesus Cristo, ressuscitado, que está sempre vivo, presente e actuante no meio da
mesma. É na Comunidade onde nos identificamos com mais facilidade e podemos
também, com facilidade, exercer a Caridade de Jesus Cristo, que ilumina a
solidariedade humana nos deveres para com as pessoas singulares ou colectivas.
Dissolvendo protagonismos, brilhará mais longe a Grande Luz, a primeira que
inspirou a Comunidade a reunir a generosidade individual para dar corpo à acção
do espírito.
Esta Luz faz com que as nossas obras tornem a Igreja visível porque fará das
nossas obras ofertas preciosas de Amor e nisto serão obras diferentes das do
Estado. É na visibilidade do Espírito que os outros encontrarão a diferença e nos
apontarão... “Vêde como eles se amam!”.
Esta competência e missão da Igreja numa sociedade altamente competitiva,
de violência e de luta de classes, manifestar-se-á através dos leigos como bons
profissionais, bons políticos, bons companheiros de trabalho e bons membros de
família. Nesta competência estão as denúncias públicas de injustiças sociais, as
respostas às situações mais diversas de pobreza, tendo em conta que o conceito de
pobreza da Igreja é diferente do conceito de pobreza dum político. Uma vez que,
segundo a lógica Cristã, o rico pode ser pobre e o pobre pode ser rico.
A nossa própria linguagem tem de ser sinal de caridade e criar novidades
para que as nossas obras ultrapassem o domínio das de origem política ou de puro
altruísmo. O que estamos a fazer, aqui e agora, é procurar que, nesta semana,
aprendamos a dar um sentido novo à vida. A vida no Amor...
4. Opção preferencial pelos pobres.
Cristo fez uma opção preferencial pelos pobres, foi uma atitude clara e
sempre se voltou para a gente simples, abandonada, e marginal, à qual teve muitas
vezes de matar a fome (Mat. 14, 13-21). Não vemos Cristo a ocupar outro lugar.
Está sempre ao lado dos pobres e dos que precisam, dos aleijados, dos estropiados,
dos doentes, dos pecadores e dos pecadores públicos, dos que passam fome e
sede. Não basta, no entanto, pôr as obras de misericórdia em dia porque muita outra
gente é capaz de dar de comer também aos famintos, mas que as nossas obras
sejam distinguidas pelas razões com que as fazemos.
A pobreza em si é um mal para o homem. Deus criou o homem para ser feliz
e criou os bens da terra para os pôr à disposição dos homens, de todos os
homens, segundo a justiça, inseparável da caridade para que por eles fossem
administrados, trabalhados e os mesmos dessem frutos (Gen. 1,28...e cf. G. S. 69)
As promessas de Deus incluem bem-estar material: “A geração dos justos
será abençoada, haverá em sua casa abundância e bem-estar” (Salmo, 112,3).
O grito dos pobres ultrapassa as nuvens e não descansa enquanto não
chegar a Deus. O pobre não se consola enquanto Deus não o atender e o juiz justo
lhe fará justiça. (cf. Ecl. 35)
Deus revela-se como o Deus de todos, pobres e ricos, mas vêmo-lo na
pessoa do seu Divino Filho ao lado de quem sofre.
Embora sendo o Pai de todos, Deus ama o rico, mas repudia os seus bens
injustos e, no amor ao pobre, pede solidariedade e exige justiça para com ele.
Jesus nasceu pobre, é acolhido pelos pastores, gente pobre. Vive uma vida
pobre e humilde, em Nazaré. Começa sua vida pública aliando-se nas filas dos que
se reconheciam pobres pecadores ao procurar o perdão pelo baptismo de João.
Este procedimento era visto com desdém pelos fariseus, ricos e “justos”.
Em Nazaré, declara-se cumpridor precisamente da promessa messiânica aos
pobres: “o Espírito do Senhor me ungiu para levar a boa nova aos pobres, para
proclamar a libertação aos cativos, dar vista aos cegos, libertar os oprimidos,
anunciar o ano de graça do Senhor” (Lc. 4, 16 ss).
Só o Amor consegue compreender esta dicotomia de pobres e ricos e Deus,
que não quer a pobreza, sendo criador, é Pai de todos; a todos ama com justiça e
com bondade.
Está longe de viver a fé cristã quem diz que não há pobres. “Na minha
paróquia não há pobres”, tantas vezes se ouve dizer. Quem assim fala não entende
nada do que é o sentido da Caridade cristã, da mensagem de Jesus de Nazaré.
É urgente, onde este tipo de comportamentos existe, fazer uma revolução.
Não uma revolução de armas, mas uma revolução onde o paradigma seja amor.
Em primeiro lugar, é preciso conhecer a realidade comunitária em relação à
vida e à dor dos que sofrem o esquecimento, a solidão, a opressão, as inquietações
de injustiça, de fraude, de isolamento que todos os dias envenenam a convivência
social, da ignorância, dos que sofrem a marginalização...
Em segundo lugar, Amar e amar segundo Jesus Cristo é criar atitudes e
comportamentos de honradez, austeridade de vida, de solidariedade com todos os
pobres que sofrem a miséria e a fome, abrir caminhos e descobrir causas passíveis
de solução, criar consciência em toda a comunidade de que a dimensão sóciocaritativa
é fundamental para ela, e de que o serviço da Caridade deve implicar uma
resposta comunitária visível.
5. Organigrama duma Comunidade Visível
A organização paroquial tem de ser visível, como prova do Amor que pulula
nos corações dos aderentes e que interpela os alheios e os indiferentes.
Desse modo a Comunidade tem de contar com o padre, com o Bispo e com
as estruturas que com eles governam ou gerem a coordenação pastoral e que
incluem leigos responsáveis, comprometidos que devem ser testemunho de vivência
de fé, preocupados com as diversas dimensões da teologia pastoral, isto é, a
Catequese, a Liturgia e a Acção Social e Caritativa.
No sector da catequese dirigida às famílias, idosos, trabalhadores, jovens e
crianças tem de haver catequistas e escolas.
No sector da Liturgia dirigida ou destinada à celebração alegre de todos,
conta com leitores, acólitos, cantores, animadores, etc..
No sector Social e Caritativo destinada a todos e não só aos carentes, aos
pobres. Quem não é pobre aos olhos de Deus? Todos precisamos da Caridade e
todos precisamos na Igreja de usar de Caridade. Ela é a alma visível através do
nosso comportamento na comunidade e, por ela, os outros poderão abandonar a
indiferença e o seu alheamento, para aderirem à fé de Jesus Cristo e integraram-se
na Comunidade- igreja visível.
Tem, como as outras dimensões da Igreja, de contar com animadores através
dos movimentos próprios, como os Centros Sociais, os Vicentinos ou Cáritas, os
grupos voltados para os doentes, para a integração social, para a juventude...
É grato aos Bispos de Portugal testemunhar aqui o seu apreço pela
actividade altamente meritória que tantas Instituições, grupos e Cristãos em geral
vêm desenvolvendo em todo o País e nos mais diferentes domínios de acção social.
(cf. I. P. De Episcopal Portuguesa, 1997).
Da visibilidade através da intervenção social da Igreja, pelo que expus,
parece-me não restarem dúvidas. Quanto aos sinais vividos nas comunidades
paroquiais, encontram-se presentes, quando qualquer situação de dificuldade é
capaz de fazer levedar a massa da solidariedade, conduzindo as pessoas a uma
maior comunhão de vida e de bens, fazendo festa, celebrando com alegria a
palavra, a comunhão da disponibilidade, do serviço porque Deus é, porque Deus
Ama, porque Deus é AMOR (S. João).
Artur Coutinho, in “Semana de Pastoral Social”, em Fátima
MISSÃO DO CENTRO SOCIAL E PAROQUIAL
DE N.ª Sr.ª DE FÁTIMA
O Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora de Fátima surgiu da iniciativa
da Legião de Maria e da Conferência Vicentina que criaram um grupo de idosos a
reunir na sacristia e a fazer daí um centro de convívio.
Mais tarde, por iniciativa da Comissão Fabriqueira, aparece a obra da
Residência Paroquial, que foi aproveitada para, sob ela, ser feito um grande salão
com o objectivos de lá instalar os idosos. A Comissão prepara então os estatutos e a
residência paroquial é erecta canonicamente em 26 de Abril de 1982, por sua Ex.ia
Rev.ma Sr. Arcebispo-Bispo de Viana do Castelo D. Júlio Tavares Rebimbas.
É uma Instituição Particular de Solidariedade Social (I.P.S.S.) que
disponibiliza à comunidade Paroquial um apoio global e abrangente, através de um
serviço de atendimento diário no âmbito do apoio à Infância, à Juventude, à
população Sénior e ao acompanhamento familiar das famílias dos utentes das
diversas valências.
Desde a sua génese, tem sido uma preocupação desta Instituição contribuir
para inclusão e promoção integral de todas as pessoas, em situação de exclusão
social, que a procuram, e dar uma resposta concertada às problemáticas familiares
que lhe batem à porta. Esta instituição estende a sua acção aos habitantes das
paróquias vizinhas, coadjuvando os serviços públicos e privados num espírito de
solidariedade humanista e social.
Neste sentido, tem feito um esforço por trabalhar em sintonia com as diversas
Instituições da cidade que, directa ou indirectamente, prestam serviço à populaçãoalvo.
Conta com um grupo de voluntários e com vários protocolos de cooperação
com diversas instituições da cidade – Centro Distrital de Solidariedade e Segurança
Social de Viana do Castelo, Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério
da Juventude e Desporto e Escola Superior de Enfermagem.
Para a prossecução dos seus objectivos, está ainda envolvido noutros
programas e projectos como, por exemplo: os Alcoólicos Anónimos, a Escola de
Música, o Projecto Ser do Leste, Associação Nacional de Formadores
(A.N.FOR.C.E.), Gabinete de Atendimento à Família (GAF), Comissão Local de Luta
Contra a Sida, Centro de Saúde de Viana do Castelo - Projecto MIMAR de apoio à
terceira idade para concelho de Viana do Castelo, Hospital de Santa Luzia,
Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Viana do Castelo, Conselho Local
de Acção Social... Projectos onde experimenta a riqueza de um trabalho realizado
em parceria.
Para levar a cabo os objectivos a que se propõe, o Centro Social dispõe de
vários serviços:
"BERÇO" de Nossa Senhora das Necessidades
Centro de Acolhimento de Bebés e Crianças Abandonadas ou de Alto Risco
(maltratadas), no lugar da Abelheira, com acordo de cooperação celebrado com o
Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Viana do Castelo, para 12
bebés e crianças.
Jardim de Infância
O Centro Social abriu, em 1987, um infantário com capacidade para 50
crianças, após a sua abertura oficial, em 28 de Agosto de 1986.
Refeitório Social
O Serviço de Refeitório Social (SRS) desenvolve-se a partir de uma estrutura
já existente (Centro de Dia) e destina-se exclusivamente a utentes Sem-abrigo,
Toxicodependentes, Alcoólicos, Passantes e Casos de Emergência Social.
CECAN/RD - Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e
Distribuição
Abriu igualmente um Centro Comunitário de Apoio ao Necessitado, Recolha e
Distribuição, designado por CECAN/RD, na rua Campo Morteiro, Lote 1. Esta
iniciativa partiu da Comissão Fabriqueira em colaboração com a Conferência
Vicentina.
Centro de Dia
Na tentativa de responder às necessidades detectadas a Instituição criou, em
Julho de 1980, um equipamento social – O Centro de Dia para Idosos.
Centro de Convívio para idosos
Em Janeiro de 2002, para fazer face à demanda, implementou-se o Centro de
Convívio para idosos.
ADI -Apoio Domiciliârio Integrado
Ele assume uma natureza preventiva, reabilitadora e de apoio às pessoas em
situação de dependência. (Apoio Social e Cuidados de Saúde Continuados Dirigidos
a Pessoas em Situação de Dependência, Despacho Conjunto, n.o 407/98)
SAD -Serviço de Apoio Domiciliârio
Desde Fevereiro de 2002, o Centro Social colocou em marcha o Serviço de
Apoio Domiciliário (SAD).
Escola de Música
O Centro Social, através da sua Escola de Música, oferece um leque variado
de propostas para ocupação dos tempos livres e aquisição de conhecimentos
musicais.
Alcoólicos Anónimos
O Centro Social acolhe a Associação dos Alcoólicos Anónimos para combater
o flagelo do alcoolismo, a nível distrital, do qual muitas famílias são vítimas desta
patologia.
Entidade Formadora
Processo de creditação como entidade formador com o número 3041,
atribuído pelo INOFOR.
Voluntariado
O Centro Social conta com cerca de 20 voluntários a apoiarem as diversas
valências. A actividade do trabalho voluntário é mais expressivo no Berço de Nossa
Senhora das Necessidades, Jardim de Infância, CECANIRD, Centro de Dia e de
Convívio para idosos, ADI e SAD. Os voluntários têm todo o apoio que solicitarem,
quer seja logístico quer seja técnico.
Animação cultural
Tem organizados vários eventos e certames, como jornadas de estudos sobre
o idoso, jornadas sobre o ambiente, Semana do Euro, Celebração do Dia
Internacional do Idoso, da Água e da Música...
José da Costa Calçada, Sociólogo
Centro Social Paroquial de N.ª Sr.ª de Fátima
CENTRO PAROQUIAL DE FORMAÇÃO
(C. P. F.)
O Centro Paroquial de Formação é a designação dada à actividade de
Catequese de Adultos e cujo programa se esboça também ano a ano. Como é
sabido, a educação cristã dos adultos tem constituído uma das prioridades pastorais
da Igreja Católica e a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima não foge a esse
desafio que, frequentemente, parte dos próprios leigos.
Uma das preocupações da Comissão Episcopal da Educação Cristã é “educar
os crentes na fé, dar-lhes cultura religiosa suficiente e formação sólida, capaz de os
manter fiéis num mundo descristianizado”.
Desde 1988 que se têm realizado, no Centro Social Paroquial, sessões
sistemáticas de formação de adultos, constituídas por palestras, debates, grupos de
reflexão e partilha de palavra.
Frequentam essas sessões adultos de diversos níveis sociais e culturais, bem
como membros de movimentos apostólicos e de acção pastoral que sentem
necessidade de formação cristã adequada e actualizada.
Confrontados com os problemas novos que se colocam na vida de cada um e
na sociedade em que desenvolvem a sua actividade, necessitam de alimentar a sua
fé para responder convenientemente a esses problemas e melhor dar testemunho
dela.
Uma catequese bem organizada e com um programa bem definido melhor
pode responder às necessidades das sociedade e da Igreja.
Tendo em conta que o Concílio Vaticano II, há trinta anos, foi já a preparação
para o grande jubileu do 3º Milénio, para este ano o C. P. F. terá este tema em
conta. No entanto, e por propostas de participantes nestes encontros quinzenais,
optamos por continuar a seguir o Catecismo Romano, cuja temática e
calendarização formulamos, provisoriamente, do seguinte modo:
PLANO PARA ESTE ANO DE 2001/2002
29/10/2001- A Lei Moral (Lei moral natural, lei antiga e lei nova)
12/11/2001- A Graça e a Justificação (graça, mérito e santidade)
26/11/2001- Idem
10/12/2001- A Igreja, Mãe e Educadora (Vida Moral, Magistério, Preceitos e
Testemunho)
14/01/2002- 1º Mandamento
28/01/2002- 2º Mandamento
18/02/2002- 3º Mandamento
04/03/2002- 4º Mandamento
08/04/2002- 5º Mandamento
22/04/2002- 6º Mandamento
06/05/2002- 7º Mandamento
03/06/2002- 8º Mandamento
15/06/2002- Avaliação e encerramento
Claro que esta formação que se estrutura, a partir do Catecismo da Igreja,
será aquela que achamos suficiente, mas o aprofundamento desta temática será
difícil. Para ir mais longe que o nosso nível... estaremos muito próximo de uma
Escola de Teologia, onde se poderá saciar mais à vontade...
A equipa coordenadora esforçar-se-á por divulgar as actividades do C. P. F.,
mas desde já considera convidados todos os paroquianos interessados em
aproveitar esta iniciativa da Paróquia, nomeadamente os membros mais
empenhados nos grupos de liturgia, acção sócio-caritativa e catequese.
“ (...) a terra era um caos sem forma nem ordem. Era um mar de
escuridão.
Então Deus disse: Que a luz exista!”
(Gén. 1, 2-3)
SOCIEDADE S. VICENTE DE PAULO
À PROCURA DE DEUS PAI
com S. Vicente de Paulo e com o beato Frederico Ozanan
Uma Surpresa para Si?!...
“Vencer sem perigo é triunfar sem glória. Quanto mais difícil for a obra, tanto
mais belo é desempenhá-la.”
Frederico Ozanan
“O exercício de acção social e caritativa não se pode reduzir a um mero
sentimento de compaixão ou à partilha por ocasião de uma calamidade local ou
geral...”
“... Há ainda muitas comunidades que carecem de qualquer estrutura
organizativa”.
D. José Augusto Pedreira
“ A solidariedade ajuda-nos a ver o “outro” – pessoa, povo ou nação – não
como um instrumento qualquer, de que se explora, a baixo preço, a capacidade de
trabalho e a resistência física, para o abandonar quando já não serve: mas sim,
como um nosso “semelhante”, um “auxílio” (cf. Gén. 2,18-20), que se há-de tornar
participante, como nós, no banquete da vida para o qual todos os Homens são
igualmente convidados por Deus”
Enc. “A solidariedade Social da Igreja” – João Paulo II
Sociedade de S. Vicente de Paulo  Movimento de serviço
Fundada em Paris, em 1883, por Frederico Ozanan, a Sociedade de S.
Vicente de Paulo está actualmente espalhada por todo o mundo.
A S.S.V.P. é uma organização católica de leigos que, voluntariamente, se
empenham no apoio a pessoas e famílias marginalizadas, privilegiando o contacto
pessoal e a visita domiciliária, com vista a descobrir e a ajudar a solucionar os seus
problemas.
Área de actuação:
- Pessoas vítimas de doenças ou de diminuição física ou mental;
- Famílias com carências económicas;
- Idosos vítimas de solidão;
- Crianças sem amparo familiar, vítimas de maus tratos, ou em situação de
perigo moral;
- Pessoas vítimas de alcoolismo ou toxicodependência;
- Pessoas vítimas de prostituição;
- Reclusos e suas famílias;
- Desempregados;
- Ciganos e outros grupos sociais minoritários e marginalizados.
A S.S.V.P. também mantém e dirige Lares, Centros de Dia, Jardins de Infância
e Colónias de Férias.
___________________________________________________________________
CASA OZANAN – Santa Maria da Feira
Áreas de actuação:
- Acolhimento de idosos e deficientes em situação de abandono;
- Acolhimento temporário de crianças em situação de risco;
- Acolhimento temporário de pessoas sem abrigo.
INFORMAÇÕES
Sociedade de S. Vicente de Paulo
Rua de Santa Catarina, n.º 769
4000 – 454 PORTO
Tel./Fax: 22.2006255
___________________________________________________________________
OZANAN – Centro de Juventude  Viana do Castelo
Largo das Carmelitas, 19
4900 – 463 Viana do Castelo
Tel. 258 821538
Áreas de actuação:
* Serviço à família
- Visita domiciliária;
- Apoio material, moral e jurídico;
- Apoio a prostitutas, mães solteiras e toxicodependentes;
- Recolecções espirituais.
* Serviço a doentes:
- Visitas;
- Acompanhamento;
- Consultas;
- Conforto;
- Farmácia.
* Serviço a presos:
- Visitas;
- Campanhas de Natal e Páscoa;
- Reintegração social.
* Serviço a Idosos:
- Visitas, festas e convívios;
- Passeios;
- Praia;
- Comunhão Pascal.
* Serviço a Crianças:
- Acolhimento;
- ATL;
- Alimentação;
- Acolhimento de abandonados.
* Serviço a Jovens:
- Ocupação de tempos livres;
- Campos de férias;
- Retiros;
- Encontros de formação;
- Informática;
- Labores.
* Outras:
- Construção de casas;
- Recuperação e restauro de casas;
- Pagamento de rendas de casa;
- Pagamento de água e luz;
- Empréstimos pecuniários;
- Assistência a tempos livres;
- Criação de postos de trabalho;
- Encaminhamento no mundo do trabalho;
- Distribuição de roupas;
- Distribuição de electrodomésticos;
- Distribuição de mobílias e brinquedos;
- Distribuição de bens alimentares.
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* Sede Internacional
- Paris
- Presidente: César Viana (português)
Existem 50.000 Conferências Vicentinas com cerca de 1.000.000 de membros
em todos os Continentes.
* Em Portugal há:
- 1 Conselho Nacional cujo presidente é o Sr. Manuel Torres (tel.: 21
3535882);
- 21 Conselhos Centrais;
- 42 Conselhos Particulares;
- 900 Conferências;
- 10.000 Vicentinos.
* Em Viana do Castelo:
- Conselho Central
Presidente: Maria Rita Guerreiro (tel. 258 826876);
- Conselho Particular Norte
Presidente: Dr.ª Maria Piedade Cachadinha Gonçalves (tel. 258 823793);
- Conselho Particular Sul
Presidente: Dr. Tomás Belo (tel. 258 321710);
- Conselho Particular de Ponte de Lima
Presidente: José Xavier de Lima (tel. 258 941762/942868);
- Conselho Particular de Caminha
Presidente: Eng.º Eduardo Caldas (tel. 258.727453);
- Serviço de Jovens.
“Ao servir os pobres serve-se Jesus”
* Se desejar contactar os Vicentinos, para mais informações, dirija-se aos
respectivos presidentes dos Conselhos ou, por escrito, aos mesmos, para:
Largo das Carmelitas, 19 – r/c
4900 - 463 Viana do Castelo
Tel.: 258 821538
A OBRA “FAMÍLIA KOLPING”
A Obra Kolping nasceu na Alemanha por iniciativa de Adolfo Kolping, no séc.
XIX, aquando da revolução industrial em que o artesanato começou a correr riscos
de extinção, dando origem ao desemprego e a inúmeros famílias sem meios de
subsistência.
Adolfo Kolping sentiu dolorosamente a situação dos seus colegas de trabalho
que, dia após dia, caíam na miséria.
Aos 23 anos deixou o trabalho e continuou os seus estudos tendo em mente o
sacerdócio. Ele foi ordenado aos 32 anos.
No dia 6 de Maio de 1849 deu início ao seu projecto cujo método de trabalho
fundamentava-se na vida comunitária dos seus membros. Nas «famílias Kolping»
cultivava-se o relacionamento amigo, o clima de família, a participação comunitária e
o espírito democrático.
Adolfo Kolping formou as comunidades para serem escolas de vida, tanto no
campo do trabalho, como na família e na sociedade ou ainda na religião ou na
recreação.
A “Família Kolping” apareceu, em Portugal, há mais de trinta anos, em
Bragança com várias «famílias», assim como em Lamego. Em Viana do Castelo, por
iniciativa de Nuno Cachadinha (já falecido), existiu um grupo, na Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima, desde Outubro de 1986 até 1989.
ESTATUTOS DA “FAMÍLIA KOLPING”
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima
Art. 1º - A Associação “Família Kolping” da Paróquia de N.ª Sr.ª de Fátima tem por
fim:
• Preparar os seus associados a serem cristãos autênticos no mundo
e, deste modo, afirmarem-se na profissão, no matrimónio e na família,
na Igreja, na Sociedade e no Estado;
• Prestar ajuda, na vida, aos seus associados e à comunidade;
• Promover o bem estar comum num espírito cristão, através das
actividades dos seus associados e agrupamentos, e colaborar na
contínua renovação e humanização da sociedade.
Art.º 2º - A associação tem a sua sede na rua da Bandeira, na freguesia de Sta.
Maria Maior, no concelho de Viana do Castelo, e durará por tempo
indeterminado a contar de hoje.
Art.º 3º - Os direitos e obrigações dos associados, as condições da sua admissão e
exclusão, bem como os termos da extinção da associação e consequente
devolução do seu património, serão constantes do Regulamento Interno
aprovado em Assembleia Geral.
Art.º 4º - Constituem receita da associação as quotas mensais dos associados, os
subsídios e donativos, os rendimentos da actividade promovidas e
quaisquer outros rendimentos.
Art.º 5º - Os órgãos da associação são:
• a Assembleia Geral;
• a Direcção;
• o Conselho Fiscal.
Art.º 6º - A competência e a forma de funcionamento da Assembleia Geral são as
previstas no Regulamento Interno.
Art.º 7º - A mesa da Assembleia Geral será composta por um Presidente e dois
Secretários.
Art.º 8º - A Direcção compõe-se de 5 (cinco) elementos, competindo-lhe a gerência
social, administrativa, financeira e disciplinar, nos termos do Regulamento
Interno;
Art.º 9º - O Conselho Fiscal é constituído por um Presidente, um Secretário, um
Relator, competindo-lhe fiscalizar os actos administrativos e financeiros da
Direcção, conforme o Regulamento Interno.
Art.º 10º - No que estes estatutos sejam omissos, rege-se esta associação pelo
Regulamento Interno e pelas Disposições legais aplicáveis.

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