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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mazarefes- Carvalho

O Laureano foi GNR e deixou 8 filhos; a Genoveva casou com o proprietário da Barbearia Leão e deixou um filho; a Amélia era doméstica e deixou um filho; o Mário trabalhador empresário por conta própria, casado e deixou 8 filhos; o Fernando casado com uma senhora goesa e sem filhos; o José, funcionário da Agência Avic, casado e sem geração; a Maria casada com um fotógrafo e com 4 filhos; a Dália casada com o Xico Fininho (António Freitas) e sem filhos.
O Fernando Faria de Carvalho, nasceu a 22.09.1930, em Viana, filho do Eugénio e da Aurora Pereira Faria (de Alvarães).
Nessa altura seus pais moravam à Rua da Videira, freguesia de Sta. Maria Maior. Foi empregado do Comércio dos 11 aos 20 anos de idade, isto é até ir para a tropa. Assentar praça em Lisboa, no Batalhão telegrafista. Faz 3 comissões na India. Em Goa, foi prisioneiro aquando da invasão de Goa, durante seis meses.
Passou um mau bocado dormindo no chão, com alimentação fraca, mesmo muito fraca, sem água durante mais concretamente cinco meses e meio. Casou 2 anos da invasão de Goa, na Igreja de Sta. Maria Maior de Poudá, Goa com uma senhora de Bombaim, filha de pais Goeses, chamada Lúcia. Não tem geração.
Esteve na tropa 18 anos. Foi Sargento. Fez mais duas comissões em Moçambique em Vila Cabral, capital do distrito de Niassa. Viu morrer muitas dezenas de companheiros nesta zona de activo terrrorismo. Sempre se safou, pois não era difícil. Estava sempre junto do Comando, pois era Chefe de Transmissões.
Numa Comissão na Guiné (de 1966 a 1968) numa altura de muito e intenso terrorismo. Esteve em Bissau. Sempre o acompanhou a esposa que era professora de Ciências de Educação, no Ensino Secundário. Quase sempre foi professora de Inglês por onde passou. Na Guiné foi professora no Liceu Honório Barreto. Em Moçambique não, porque não havia Escola de Ensino Secundário, mas preparava os alunos para irem a exames a Nampula.
O Fernando deixou a tropa aos 38 anos. Dedicou-se depois à Industria Hoteleira. Teve 3 casas ao mesmo tempo: o Café Avenida, o Restaurante Zip-Zip e a Cervejaria Cantinho.
Foi proprietário dum escritório do ramo imobiliário "Compra e Venda" de Imóveis, na Praça da República, onde hoje é a companhia de Seguros "Fidelidades".
Dedicou-se à construção e compra de imóveis para venda. Tudo funcionou ao mesmo tempo.
Entretanto a esposa deu aulas no Ensino Particular e no Ensino Oficial, sobretudo no Colégio do Minho, Extrenato de Lanheses, Liceu de Viana, Escola C+S de Ponte de Lima e Escola Frei Bartolomeu dos Mártires.
Como adulto o Fernando estudou e fez o 5ºano liceal, mas sempre foi um estudioso, por exemplo, no campo musical, como autodidacta, música instrumentista e teórica. Toca vários instrumentos: o orgão, o saxofone, o trompete, o clarinete e a flauta de bissel. Foi-lhe concedido um bacharelato em musicologia pela universidade do Alto-Minho (UMATI) a Autodilate da 3ª Idade.
Faz composição.
Conheceu a Banda do seu avô que ainda funcionava na sua juventude, no tempo da regência do seu primo Casimiro Alves de Carvalho que ao casar para Anha a levou para lá, depois do Luciano.
A Banda acabou, segundo ele, com o Manuel Peixoto, de Alvarães que tocava clarinete e a regeu também.
No campo do desporto foi júnior do Vianense e como profissionalmente foi militar, jogou 6 anos futebol em campeonatos militares.
Foi presidente da Direcção do S.C.Vianense, ocupou ainda vários lugares de responsabilidade ao longo dos anos nos orgãos sociais do nosso Vianense.
Ofereceu com a sua esposa, uma senhora goesa que goza de muita simpatia em Viana, um busto de Frei Bartolomeu dos Mártires à Escola Frei Bartolomeu dos Mártires, o valioso e imponente orgão à Sé Catedral, entregará em Junho deste ano Instalações novas para a Sede do Coral Polifónico de Viana do Castelo - um piso para ensaios e auditório e outro piso para serviços e convívios dos coralistas e para breve também prevê fazer a oferta de espaço para sede de UMATI.
A UMATI concedeu-lhe para além do título de bacharrelato em musicologista, também um condecoração do "grau de Comendador" (particularmente).
No campo da música não esquecemos que o seu avô também fazia as partituras, assim como a sua tia avó, a Cândida e os tios avós, tios e primos tocavam na "Banda do Carvalho", assim conhecida a Banda de Mazarefes que adquiriu o nome do seu fundador.
Politicamente o Fernando foi dirigente do CDS e chegou a ser proposto para deputado pelo distrito. Atraiu-o a sigla do CDS, de política mais moderada, sem extremos à esquerda ou à direita. Hoje, não se encontra enamorado pela militância seja de que partido for.
Religiosamente falando o Fernando é um católico não frequentador assíduo. Foi baptizado na Igreja Matriz de Viana, hoje Sé Catedral, pelo Monsenhor Corucho.
Quanto ao seu avô, recorda-o como um bom proprietário, um bom professor, um bom músico, amigo de fazer bem e muito recto.
Vestia-se com gosto e tinha sempre muito brio em apresentar-se bem...
Quanto à esposa licenciou-se em Bombaim, república da India, e tem o curso de Reforma do Ensino Secundário. Tem ido à India. Nos últimos 7 anos foi lá 5 vezes e fez uma benfeitoria na Igreja onde casou, pavimentando o adro, fazendo a electrificação exterior e equipando a igreja de bancos.
Ofereceu também um porta principal nova.

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