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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Paróquia e Comunicação

A PARÓQUIA E A COMUNICAÇÃO
O dom mais importante que Deus deu à natureza foi o dom do Homem
se entender por palavras e gestos. Como todos os seres vivos, os animais
irracionais entendem-se também, cada um com sua espécie, pela sua
linguagem. Os seres inanimados sentem o frio ou o calor, a mão do Homem
inteligente e “aceitam” que este lhe faça mal ou bem. Não se queixam.
O Homem, enquanto ser racional e supostamente inteligente, destrói por
destruir ou destrói para construir. Às vezes gere tão mal a natureza que sofre
depois facturas pesadas.
Ao Homem, Deus deu-lhe o dom da fala que, na relação com os outros,
o leva a uma vida em comum que será encontrada na cruz, por isso, esta
comunidade humana não pode ser vivida na solidão do claustro, mas no
acompanhamento, mesmo do inimigo, como Cristo chegou à Cruz
acompanhado dos blasfemos e dos malfeitores.
Aí está uma missão difícil, uma tarefa árdua. “O reino de Jesus Cristo
deve ser edificado no meio dos seus inimigos. Quem rejeita isto renuncia a
formar parte deste reino, prefere viver rodeado de amigos, entre rosas e lírios,
cheios de maldade, em círculo de gente piedosa. Não vedes que assim
blasfemais e atraiçoais a Cristo? Se Jesus tivesse actuado assim como
vós...quem seria possível salvar-se?” (Lutero).
A Comunidade Cristã significa construção em Jesus Cristo e por Jesus
Cristo. Nenhuma comunidade cristã poderá ser nem mais nem menos do que
isto, pois tem de ser uma comunidade de crentes que apresenta Cristo como
mediador, como a nossa paz (cf. Et. 2, 14).
Cristo mediador entre Deus e os Homens, e, pelo baptismo, fomos
eleitos para sempre. Por isso, somos a fraternidade cristã não com o ideal
humano, mas na realidade de Deus e na realidade da ordem espiritual e
psíquica.
O Homem tem uma espiritualidade psíquica e o dom gratuito de Deus,
elemento essencial na vida comunitária que forma a igreja cristã em missão
com Cristo cabeça e nós os seus membros.
A vida de comunidade deve ter regras de conduta desde o nascer ao pôr
do sol, desde o deitar ao levantar.
Quer dormámos quer trabalhemos, é sempre este Reino que está em
causa.
Alimentemo-nos, em comum, com a leitura da Bíblia, com o cântico, com
a oração e com o partir do pão, com o trabalho, com a festa, com a comida e
também com o saber estar só no teu quarto mas, em comunidade, unida pelo
mesmo espírito de todos.
As tarefas de Comunidade têm de ser em comunhão, senão não são de
comunidade, daí a importância do diálogo entre os Homens, como primeiro
meio de comunicação ao serviço dos outros, sem altivez mas sempre sabendo
escutar, ajudar, aceitar o próximo e respeitá-lo ainda que por ventura caia em
pecado.
O pecado destrói a comunhão com Deus e com os irmãos. Saber
suportar o pecado do irmão, sem o desprezar, significa dar-lhe perdão e abrir
caminho para entrar de novo na comunidade. (Cf. Sal. 6,1. ).
A Palavra de Deus deve ser sempre seguida com o mesmo objectivo
através das obras, do testemunho e da palavra que utilizamos, através dos
meios de comunicação social a nosso alcance, porque todos eles, sem
excepção, devem estar ao serviço de Deus.
É por aqui que temos de caminhar e não devemos ter medo da
televisão, da rádio, da Internet. Só tem medo quem não souber viver em
comunidade fraterna.
Não podemos ter medo de dizer por esses meios que “Confessamos
mutuamente os nossos pecados”.
Deus veio por nós pecadores, para nos salvar. Alegrai-vos!
Se fordes verdadeiros este mensageiro vos libertará. Não podeis ocultar
a Deus, por maior que seja a vossa máscara diante dos Homens. (cf.
Provérbios 23).
O convite a confessar-se com o irmão e a receber o perdão fraternal no
seio da comunidade cristã é um convite a aceitar a graça de Deus na igreja.
Pela confissão chegamos à comunidade. O irmão que não sente, não o
fez em próprio nome, nem por uma própria autoridade pessoal, mas por ordem
de Jesus Cristo, isto é, em nome da comunidade de que Cristo é a cabeça.
A raiz de todo o pecado é o orgulho e soberba, e a confiança perante o
irmão é a humilhação que o torna capaz de conduzir à cruz numa vida nova. A
ruptura do passado e a gratidão para com a misericórdia divina é o fato novo
para se sentar à mesa dos convidados, na Eucaristia.
Quando chegarmos a usar todos os meios ao nosso alcance para falar,
sem medo nem preconceitos, desta fé que nos invade, a Comunidade estará a
ser uma Comunidade de Salvação e de Comunicação.

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