Vivência da Dor Fibromiálgica
A Fibromialgia é uma doença como todas as outras, mas a mistura de "alhos com bogalhos" é tão grande que começa a aparecer como um raio, isto é, vem sem se esperar e sem avisar, a ponto de doer tudo e todos os órgãos nos seus maiores ou menores músculos, cada um por sua vez o que faz o doente andar de médico em médico, de especialidade em especialidade e sempre desconfiado e deprimido porque não sabe o que se passa. "Não tem nada!". "Está tudo bem".
O doente acaba por andar com dores, com contracções musculares e com um grito de dor depois de acordar numa posição fetal. Muita confusão mental, muita perturbação na memória e muita falta de concentração. O doente encontra-se num tecido de energias que não sabe o que há-de fazer à vida. Já ninguém acredita nele.
Depois da descoberta a fibromialgia, acabam-se os males, controlam-se as dores e o doente fica com as duas faces: a face verdadeira normalmente é a de trás lágrimas interiores, peso de uma cruz da vida, cara de sofrimento, chorar para dentro.
O portador desta doença continua a ter perturbações, confusões mentais, assim como falta de memória recente e faltas de concentração, pensa uma coisa e diz outra, escreve uma palavra fora do contexto e não era aquela que queria.
A dificuldade da sensibilidade à periferia faz com que cada vez diminui a possibilidade ou o domínio para escrever direito, para escrever coisa que se leia e se entenda ou a deixar cair ao chão coisas de que se gostam.
É preciso um maior esforço para escrever e ler, duas, três, quatro vezes a mesma coisa para chegar ao fim.
O portador desta doença que aprende a controlar-se naturalmente sabe melhor mostrar a todos aquilo que não é inteiramente verdade, é a outro face: é o riso e o aparente bom humor, é o cara alegre… Os peões, na imagem representam os pontos de dor que não nos levam a ver estrelas… mas um emaranhado, numa rede energética que faísca com facilidade.
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