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sábado, 11 de dezembro de 2010

Cochichos e gritos

Cochichar é segredar, falar baixinho para que não se ouça. Quando é em frente de alguém até é uma falta de respeito. Esta coisa de dizer em voz baixa palavras ao ouvido de alguém e depois passar entre alguns do mesmo grupo para outro é “produzir em som alto” de comunicação que conduz sempre a um mal estar. Exprimir e criar o mexerico, o murmúrio, o sussurro donde vai surgir com sequência um protesto num “estouro”. Sussurra-se no ouvido do amiguinho por um lado e vai rebentar no outro ouvido, talvez do mesmo amigo.


Onde entram os cochichos, normalmente, entra o grito do Ipiranga, por exemplo que se tornou o símbolo da independência do Brasil. É uma questão de “vida ou de morte” seja junto ao rio Ipiranga, seja junto a outro rio qualquer, seja num dia 7 de Setembro do séc. XIX ou no dia 7 de Janeiro de 1947 ( século XX).

Costuma dizer-se que”quem cochicha seu rabo espicha”.

É que, com o cochichar de que queria reflectir não se trata de falar baixo ao ouvido num velório, ou numa assembleia litúrgica, ou em alguma conferência, ou no corredor do hospital. É completamente reprovável na frente de um doente.

Portanto, o que quero dizer é que no cochicho entre o seu amiguinho e deixando o terceiro de fora, nem pelo telemóvel é aceitável. É péssimo, feio e mau.

Profissionalmente ou não, é uma atitude irresponsável, deselegante e criadora de mal-estar, num ambiente, onde ninguém se sente à vontade.

Gritar é o antónimo de cochicho… Também se grita chorando e há quem cochiche lamentando.

Quem pede socorro é capaz de gritar e assim há o grito de dor, um gemido alto que atrai, um grito de clamor, que me faz erguer, ver e vou deitar a mão, mas o cochicho pode atingir o tal grito, um berro que pode trazer um grito de raiva, uma bomba, uma perturbação ou um tiro com ricochete, um tiro no pé.

Nunca vás “cochichar com superior, pois é antiprofissional e com o colega na frente do chefe é desejo de ser demitido”.

A correcção fraternal do evangelho é o melhor caminho para seguir em qualquer situação em que alguém se encontra.

É que o Mestre é sempre o Mestre. É preciso conhecer a Bíblia, vivê-la e tudo será mais claro e harmonioso.

Desse modo não haverá surpresas desagradáveis trazendo amargos de boca, a falta de paz, de serenidade, de fraternidade tão útil para uma realização pessoal pelo trabalho.

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