A Ordem dos Carmelitas Descalços (ou, simplesmente, Carmelitas Descalços) é um ramo da Ordem do Carmo, formado em 1593, que resulta de uma reforma feita ao carisma carmelita elaborada por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz. Este ramo divide-se em três diferentes tipos de família carmelita: os padres ou frades, as freiras de clausura e os leigos.
No caso particular dos leigos Carmelitas Descalços, dá-se-lhes o nome de Carmelitas Descalços Seculares.
Índice [esconder]
1 Origem dos Carmelitas Descalços
2 História dos Carmelitas no Mundo
3 Denominações e siglas
3.1 Denominações em latim
3.2 Denominações em português
3.3 As siglas do ramo descalço
4 Santoral dos Carmelitas Descalços
5 Ver também
6 Ligações externas
[editar] Origem dos Carmelitas Descalços
Uma religiosa carmelita na solidão da sua cela, a rezar e a meditar a Bíblia.No século XVI, Santa Teresa de Ávila iniciou um processo de reforma ao carisma carmelita. Fez um voto de que haveria de seguir sempre o caminho da perfeição, e resolveu mantê-lo o mais próximo possível daquilo que a Regra do Carmo permitia. Numa noite do mês de Setembro de 1560, Teresa de Ávila decidiu reunir um grupo de freiras na sua cela e, tomando a inspiração primitiva da Ordem do Carmo e a reforma descalça de São Pedro de Alcântara, propôs-lhes a fundação de um mosteiro de tipo eremítico. Em 1562 é, então, fundado um novo mosteiro (que foi especialmente dedicado a São José). Por seu lado, em Duruelo, São João da Cruz e António de Jesus fundaram também um novo e primeiro convento masculino destinado aos frades Carmelitas Descalços. Em 1593, o Papa Clemente VIII concedeu total autonomia ao ramo dos Carmelitas Descalços (separando o seu carisma do carisma do ramo dos Carmelitas da Antiga Observância, desde então também chamados de Carmelitas Calçados para que melhor se pudesse estabelecer a diferença).
Para um carmelita descalço, a oração é um momento profundamente teológico. É guiada pela experiência de vida e pelos ensinamentos deixados por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz, e ainda seguida pelo mesmo exemplo deixado por outros santos carmelitas como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, Santa Isabel da Trindade, Santa Teresa de Jesus dos Andes, e mártires como Santa Teresa Benedita da Cruz entre outros. Cada dia é marcado pelo silêncio (para que se possa criar um ambiente adequado a uma casa de oração) e, além da celebração diária da Liturgia das Horas, pelo menos duas horas ficam reservadas para uma oração silenciosa e ininterrupta.
A vida no Carmelo deve ser sempre bem equilibrada: as comunidades masculinas e femininas de religiosos carmelitas deverão manter-se razoavelmente pequenas para que se possa criar uma genuína atmosfera de fraternidade e de partilha.
Enquanto que as comunidades masculinas de padres ou frades carmelitas possuem um carisma contemplativo e apostólico (à semelhança de Jesus que viveu a oração no deserto e o ministério da piedade junto das multidões), no caso das freiras carmelitas descalças, estas possuem um carisma essencialmente contemplativo e clausural. Em ambos os casos, porém, o seu projecto de vida enquanto Carmelitas Descalços é, primeiramente, prestarem um serviço à igreja inteira. De resto, a sua vida é igualmente marcada por um compromisso sério de estudo e conhecimento do coração humano, e marcada pela crescente sensibilidade pessoal e espiritual. Wiknet
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