Com as devidas vénias do amigo Jorge Barbosa
...façamos nosso o estilo do bom samaritano,
Reposta desde logo à segunda parte da Encíclica “Deus caritas est”.
o Bom Samaritano é Ele, que Se faz próximo de todos os homens e «derrama sobre as suas feridas o óleo da consolação e o vinho da esperança» (Missal Romano, Prefácio Comum VIII)
Esta dimensão do próximo que sou eu do outro e não o outro de mim. A pedagogia de Jesus utiliza, neste caso, uma espécie de “case study” que implica que o escriba tire uma conclusão e actue.
pertencem, na diversidade de rostos unidos na reflexão das questões sociais e sobretudo na prática da compaixão, voltada para os pobres, os doentes, os presos, os sós e desamparados, as pessoas com deficiência, as crianças e os idosos, os migrantes, os desempregados e os sujeitos a carências que lhes perturbam a dignidade de pessoas livres.
Dimensão teológica da palavra: um dos atributos de Deus no AT e relacionado com a misericórdia de que falou particularmente na Homilia da Missa de 13 de Maio
O cenário actual da história é de crise sócio-económica, cultural e espiritual, pondo em evidência a oportunidade de um discernimento orientado pela proposta criativa da mensagem social da Igreja.
A chamada “fantasia da caridade” de que falava João Paulo II, Novo Millennio ineunte, n. 50.
Na sua dimensão social e política, esta diaconia da caridade é própria dos leigos, chamados a promover organicamente o bem comum, a justiça e a configurar rectamente a vida social (cf. Bento XVI, Enc. Deus caritas est, 29).
Seria bom que os padres compreendessem isto. Ao mesmo tempo deveriam ler e reler o n. 28 de “Deus caritas est”.
Os pedidos numerosos e prementes de ajuda e amparo que nos dirigem os pobres e marginalizados da sociedade impelem-nos a buscar soluções que estejam na lógica da eficácia, do efeito visível e da publicidade. E todavia a referida síntese é absolutamente necessária para poderdes, amados irmãos, servir Cristo na humanidade que vos espera. Neste mundo dividido, impõe-se a todos uma profunda e autêntica unidade de coração, de espírito e de acção
Pois é e cai-se facilmente no funcionalismo e até na competição. Trata-se de algo a redescobrir, este equilíbrio entre a vida espiritual e acção apostólica. Até entre padres muito preocupados com o social mas que descuram a evangelização…
Exprimo profundo apreço a todas aquelas iniciativas sociais e pastorais que procuram lutar contra os mecanismos sócio-económicos e culturais que levam ao aborto e que têm em vista a defesa da vida e a reconciliação e cura das pessoas feridas pelo drama do aborto.
Forma indirecta de abordar a questão. E não será tanto despropositada assim… ao que sabemos
Tudo isto bem se enquadra na mensagem de Nossa Senhora que ressoa neste lugar: a penitência, a oração, o perdão que visa a conversão dos corações. Esta é a estrada para se construir a referida civilização do amor, cujas sementes Deus lançou no coração de todo o homem e que a fé em Cristo Salvador faz germinar.
Francamente não me parece das intervenções mais bem conseguidas. Esperava um pouco mais de quem escreveu “Caritas in Veritate”.
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