Era o António Pires, de Serrape,
a esposa Lurdes do Carqueijal e
a Aurora do Carqueijal, pessoas
de Dem a viver aqui na Paróquia e
já com provecta
idade. A Família
Carqueijal, em
Dem, l a n ç o u
uma Banda de
Música que teve
como nome, a
Banda de Dem,
ou a Banda do
Carqueijal. Manuel Joaquim Pires
Carqueijal foi pai de 13 filhos:
9 rapazes e 4 raparigas. Eram
os rapazes: o Elias, que vive no
Brasil; o Abel e o Ezequiel, que
faleceram no mesmo dia em
circunstâncias diferentes; o Álvaro;
o Evaristo; o Isaías; o Constantino;
o Sidónio e o António, já falecido.
As raparigas eram: a Olívia, a
Elvira, a Aurora, que vai fazer 90
anos, e a Lurdes.
Hoje fui encontrar uma Aurora
diferente, a viver aqui na Paróquia,
ao cuidado de sua irmã mais nova
e da sobrinha Dr.ª Fernanda e
seu marido Dr. Gil Francisco,
com as suas filhas, Catarina e
Leonor. Todos felizes e alegres,
à excepção de Lurdes que tinha
tido, por casualidade neste Dia de
Domingo, problemas de saúde.
Fiquei contente porque fui
muito bem recebido não só
pelos mais velhos como pelos
mais novos, a Fernanda e o Gil,
dentistas, que casaram aqui na
Paróquia, embora na altura ainda
não habitassem nesta zona da
cidade, mas em Darque.
* M a r i a d a C o n c e i ç ã o
Fernandes Reguengo Sordo,
nascida na Meadela, em 1932, filha
de José Mário Sousa, proprietário
da Tipografia José de Sousa, e
de Maria das Dores Fernandes
Reguengo, da Meadela. O seu
pai era da Abelheira, casada com
Albano Gonçalves Sordo, que tem
agora 91 anos.
Trabalhou
na Fábrica
das Boinas,
reformou-se
por invalidez,
por causa da
vista, mas
vê ainda o
necessário
ao que falta
de casa e
ir fazer compras para a casa.
Tem 79 anos e está a cuidar do
marido… Era a única filha e não
tem geração. Gostava de passear
com o marido, mas agora não
pode. No dia 1 de Junho de 2011
fizeram 50 anos de casados.
*Virgílio de Passos Menezes,
nasceu em 23 de Junho de 1930,
filho de funcionário público
que trabalhava, em Braga, na
pecuária.
Teve mais duas irmãs: a
Ana Maria e a Eugénia. Todos
casados.
O Vergílio andou na Escola do
Carmo, depois foi trabalhar para
os Silvas e Irmãos e reformou-se
de 35 anos de caixeiro-viajante.
Casou com Teresa da Conceição
da Costa Rodrigues, que faleceu
aos 57 anos com câncer dos
pulmões, e não fumava, enquanto
o marido fuma desde os 12 anos. A
sua esposa era de Ponte de Lima.
Deixou viúvo o Vergílio e filhos: a
Alberta, solteira e que cuida do
pai; José Augusto; José Carlos
e Manuel, todos casados e com
geração.
O Vergílio está por casa, pouco
anda cá por fora, não pode, e tem
muitas saudades da sua carrinha e
de percorrer as terras portuguesas
onde tinha amigos e que, agora
nada sabe deles.
“Sou católico ao meu jeito, sou
religioso e admiro o Papa!”.
*Manuel Gonçalves tem agora
88 anos e era da Ribeira, mas
casou para a Bandeira com Maria
do Carmo Lopes Correia, que lhe
deu a Margarida,
a Rosa, a Gorete,
a L u r d e s , a
Lucinda e o José
Manuel, o mais
novo e que é
solteiro.
E l e e r a
conhecido na
Ribeira pelo “Sotaina”, por andar
sempre com uma farda grande.
Era pescador do mar. O seu
sogro era pescador do rio e era
conhecido pelo Xaveco. Aqui na
zona e, na Abelheira, o genro
tomou a alcunha de “Xaveco”.
Seja como for, encontra-se
sempre muito sereno e calmo
quando o visito.
A palavra xaveco refere-se
aos peixes pequenos do rio,
conhecidos por Caliços ou
xaliços.
*Umbelina Soares Pereira
de Brito, nasceu em 1928, em
Santa Marta. Andou na escola
de Santa Marta
e frequentou a
4ª classe. Era
filha de António
Pereira, caiador e
de Maria Barbosa
Soares.
Teve irmãos e casou com 20
anos na Igreja de Santa Marta
com José Parente Lajoso, empregado
de escritório nos ENVC.
e de 5 filhos, todos casados
e com geração.
A casa paterna era junto à casa
do Sales (Funerária), em Santa
Martinha. A Umbelina sempre se
dedicou ao regional e é conhecida
por Lina Lajoso.
*Rosa da Conceição Gonçalves
era filha de Joaquina Maria,
falecida em 1968, e de Manuel
Gonçalves,
j o r n a l e i r o ,
falecido em
1956.
Depois da
morte da mãe
veio para Viana,
onde foi
cozinheira no
Seminário do
Carmo, quando este tinha 90 alunos.
Passou dali para a Congregação
de Nª Srª da Caridade, de
onde se reformou aos 50 anos por
motivos de acidente de trabalho
– partiu a coluna em duas vértebras.
Sempre gostou de cozinhar.
“Conheci eu um cozinheiro que
numa semana serviu 37 pratos
diferentes num Congresso”.
No entanto, as ementas da
Rosa eram menos porque era o
que se podia e a Direcção mandava.
Está viúva de Manuel Pereira
Gonçalves, da PSP. Não tem
geração, mas criou 5 sobrinhos e
tinha 6 irmãos, todos nascidos em
Calheiros, Ponte de Lima.
Maria Franco: Maria Zulmira
Franco Gomes nasceu em 1934,
filha de Francisco Gonçalves Fonte
e de Maria Alves Franco. Era irmã
de António Alves Franco e de José
Alves Franco;
na
Abelheira.
Ficou solteira
p o r “ v o n t a d e
própria”, fez a 4ª
classe, aprovada
com distinção
na Escola da
Avenida, mas fez até à 3ª classe
no Posto de Ensino da Abelheira,
na Casa da Viscondessa Malheiro
Reymão. Por trás morava o Senhor
António Puga.
Tratou dos pais até falecerem
e trabalhava para os Cerqueiras,
Madalena e João. Depois da
morte dos pais, ela foi para a Drª
Alzira Cerqueira e sua sogra, onde
trabalhou.
“A Madalena Cerqueira faleceu
há 28 anos e - diz ela - o meu
irmão faleceu no mesmo mês e
ano. É uma família que deu de
comer a muita gente da cidade e
não só.”
Ivone de Lurdes Rodrigues,
1931, em Resende, Paredes de
Coura, filha de Isaías Pereira
Bacelar, pracista de Paredes de
Coura, e de Piedade da Pureza
Rodrigues. Não a conheceu, mas
era filha de gente
rica.
A avó não a
deixou andar na
escola. Fez a
4ª classe sem
vontade dos pais
e foi para um
Colégio de Valença.
Os pais não consentiram no
casamento dela com um viúvo,
que chegou de Venezuela, mais
velho e tinha dois filhos. Casou
em Paredes de Coura pela
Igreja, com 18 anos,António
Cândido de Araújo que teve o
Barrete Verde, à Bandeira, e
trabalhou na SAPPE e padaria
do Cais Novo.
Tem 5 filhos: José Manuel,
Maria do Livramento, José
António, falecido, solteiro,
Armindo e António Reinaldo.
Todos estão casados e com
geração, à excepção de Maria do
Livramento, conhecida por MIA e
voluntária na Paróquia.
Custódia de Castro Caridade
- Ponte de Lima, 92 anos, mãe
de 9 filhos: Jorge, António, Maria
Amélia, Estela, Fernanda, Aires,
Carlos, Paulo
e o Manuel,
falecido.
Todos
c a s a d o s e
c om f i l h o s .
Tem 11 netos
e 4 bisnetos.
Casou, com
mai s de 30
a n o s , c o m
Manuel João Franco, falecido
aos 83 anos, mais novo 3 anos
que ela. O marido era lavrador
e andou nas Barragens. Uma
família muito modesta, mas
toda a gente está a trabalhar
e “estão razoavelmente bem,
graças a Deus”. “Só eu é que
estou mal, tenho muita idade,
mas não me falta o conforto dos
filhos. Gostava de saber ler, mas
naquele tempo…”.Vai às festas
da terra de que tem saudades
quando está fora…
José Joaquim Gonçalves da
Costa, de 77 anos, natural de
Monserrate, era sapateiro. Herdou
a alcunha de “Zé do Relógio”
que vinha do seu sogro que era
electricista, talvez
do pai do sogro
tenha vindo esta
alcunha... Encontras
e v i ú v o h á 11
anos. Tem 77 anos
casou com Teresa
d a C o n c e i ç ã o
Gonçalves de quem
tem um filho, o José, solteiro.
Deixou de trabalhar de sapateiro
há 12 anos. Dedica-se à pesca
de cana, gosta de cozinhar já o
fazia quando a mulher foi trabalhar
para o Liceu e a cunhada também.
Também nos tempos livres gostava
de jogar a Sueca no “Nosso Café”
e na “Trincheira”. Teve 3 irmãos.
O seu sogro teve nove filhos e só
ficaram duas. Morreram todos de
meningite.
A Teresa, mulher, chegou a
trabalhar nos Silvas e a Maria José,
sua cunhada, era calceira.
*Maria das Dores Gomes
Mesquita, f i lha de Manuel
Gonçalves e Virgínia Soares
Mesquita, mãe de Darque e o pai
da Rua da Bandeira.O Pai era um
dos pescadores da Bandeira. A
Maria das Dores tem 88 anos e
viveu 71 anos na Casa da Rua da
Bandeira, na Rua das Taboínhas,
como dizem, mas era a Rua do
Taco. “Eu não sei quem crismou a
rua, mas era lá que vivia e gostava
mais do que agora aqui. Havia
mais vizinhança, proximidade entre
os vizinhos e no prédio como este
não se sente essa intimidade. É
tudo novo!...
Casou na Matriz, mas foi lá que
viveu, onde nasceram 11 filhos,
dois deles gémeos. Tem filhos
casados: uns com geração e outros
sem geração, e o João Manuel que
vive com ela e que é solteiro.
O pai dos seus filhos era o
António Alves Franco, natural da
Abelheira, da geração dos Francos,
por exemplo, era irmão da Zulmira,
solteira, que está ligada à Casa dos
Cerqueiras, da Abelheira. Tinha um
outro irmão, José Franco, casado e
com geração, em Cristelo.
Foi costureira nos “Badamecos”,
No Centro de Dia os utentes jogam e
trabalham!...
junto à Farmácia Simões.Tratou
dos filhos, trabalhava os campos
junto à casa e ainda ajudou a criar
Dos 11 filhos são vivos: António
(em Itália), Maria das Dores, na
Avenida Conde Carreira, o Mário
(Âncora), a Helena (Lisboa), o
João Manuel, Rua da Bandeira,
o Manuel João (Abelheira), a Ana
Maria, também na Avenida Conde
da Carreira e o José Carlos, o mais
novo, na Suiça.
Faleceram: a Maria das Dores, o
José e o Manuel, em crianças.
Casou- se aos 20 anos .
Nessa altura, a maioria da Rua
da Bandeira eram pescadores,
sapateiros, alfaiates, costureiras,
normalmente gente pobre. Poucos
eram os ricos.
Até aos 14 anos viveu na Casa
onde hoje é do José do Relógio,
pois são primos.
Era a Rua alegre e repartia-se
do que cada um tivesse pelos
vizinhos… Faziam trocas de
espécies para a cozinheira e para
vestir.
Um Arquitecto casou com uma
sardinheira da Bandeira, um dia,
eu com 8 anos
fui à Taberna do
Frasquinha que
ficava onde hoje
é o Ozanan2 com
um garrafão de
vinho e parti-o
e a senhora do
dito arquitecto
c h a m o u - a
e disse-lhe pega dinheiro, vai
comprar outro para levares para
a tua mãe.
A Casa dos Coutos, dos
Barrigas, dos Pintos da Cunha,
Rodrigues Abreu, Capitão Mendes,
Abrunhosa, Zamith, Veríssimos,
Brancos, Capitão Cruz, Merícia,
Espregueira, mas falavam com
toda a gente e também partilhavam
e recebiam.
A Bandeira era muito alegre,
“até se morria a dançar”.
Tem muita fé no Sagrado
Coração de Jesus oferecido pelo
seu marido já há 68 anos, Senhora
do Carmo...”e olhe a imagem para
ali” apontando uma grande imagem
de NªSª de Fátima “também me cai
bem fundo...era da minha mãe.
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