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sábado, 22 de outubro de 2011

Renovação dos serviços de leitores

Quem não recorda o trecho do Evangelho de São Lucas em que Jesus, em dia de sábado, foi convidado a fazer uma leitura na Sinagoga da sua terra (Lc 4, 16-30)? Estavam postos em Jesus os olhos de toda a assembleia. E, depois, de ter proclamado uma passagem do profeta Isaías sobre o Messias, Jesus declarou que essa profecia estava a cumprir-se, precisamente, na sua Pessoa. Em Jesus, a Palavra lida tornou-se acontecimento. Deixou de ser um texto do passado, tornou-se atualidade da salvação: «Hoje»!


É à luz desta passagem que podemos compreender o serviço litúrgico dos leitores. Não se trata apenas de exercer uma função: ler. Trata-se de tornar presente na Igreja o único Leitor em todos os leitores: Jesus Cristo. E de transformar uma leitura, porventura correcta, num ato de proclamação, num anúncio da sal-vação que continua a acontecer no encontro do «Hoje» de Deus que fala como o «hoje» dos ouvintes que aderem à revelação, respondem na fé e se comprometem de forma vital.

Para o bom desempenho deste autêntico ministério, não basta ser alfabetizado. É requerida uma preparação específica, pessoal e comunitária, que ajude, numa primeira fase, a resolver problemas de «leitura», mas que desenvolva, sobretudo, uma atitude interior de identificação com a Palavra – Cristo – que sempre fala nas palavras do texto sagrado, atitude interior que se traduz depois numa postura condizente e num acto eficaz de proclamação. Só assim o Leitor poderá declarar, no final: «Palavra do Senhor!» e os fiéis poderão aclamar: «Graças a Deus!»

Qualquer dia faremos o 7º curso de Leitores que servirá para relembrar a todos os leitores e para outros novos que assumam este ministério na Liturgia.

Para o exercício dos diferentes ministérios requeridos para uma celebração litúrgica, a Igreja formulou uma regra: «cada qual faça tudo e só o que lhe compete» (SC 28). Não é, por isso, correcto que, na mesma celebração, a mesma pessoa acumule o desempenho do ministério de leitor com, por exemplo, o de ministro extraordinário da comunhão ou outro qualquer. Essas «acumulações» só se justificam a título excepcional, por carência de pessoas idóneas para cada ministério ou para suprir emergências de última hora.

Na nossa paróquia temos um serviço de leitores responsáveis que fazem a distribuição mensal dos mesmos para não se repetirem, para isso foi eleito o Fernando Amado, mas não o faz para o Domingo em virtude de falta de leitores preparados para as missas das 9.30h e como para a do meio-dia, o casal Eira assumiu esse trabalho, mas também os leitores se repetem muito porque são poucos e sendo a missa de jovens e para jovens, talvez houvesse necessidade de recorrer a eles para equilibrar mais as participações de todos, pois muitos limitam-se apenas a participar com as mãos nos bolsos. Os jovens gostam de participar.Há necessidade de interceder mais.

Boa parte dos leitores têm sido recrutados nos coros. Bem hajam por tão bons serviços prestados à comunidade! Mas chegou a hora de entrarmos na regra. É um assunto para ser discutido no CPP próximo.

Temos que apostar numa escala própria e pública para os leitores em serviço nas missas de domingo na Igreja. Condição para entrar nessa escala é querer ser Leitor e demonstrar idoneidade para tal. Em concreto, isso supõe a frequência de reuniões a criar no futuro que eu proponho bimensal e isnserção de novos leitores com curso para isso. Não estão excluídos desta inscrição e frequência os coralistas, desde que no dia em que forem escalados não tenham intervenções a solo nos seus coros. O mesmo vale para todos (MECs, etc.). Há algumas pessoas que fazem tudo, lêem, cantam, deitam foguetes e apanham as canas. Ora isto pode acontecer excepcionalmente. O que é excepção não é regra, ou princípio. P.C.

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