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sábado, 8 de outubro de 2011

O SENHOR É MEU PASTOR, Nada me falta

O SENHOR É MEU PASTOR
















Hoje gostaria de refletir convosco sobre um salmo totalmente impregnado de confiança, em que o salmista exprime a serena certeza de que é guiado e protegido, posto a salvo de todo perigo, porque o Senhor é o seu pastor. Trata-se do Salmo 23 (22, segundo a numeração greco-latina), um texto familiar a todos e amado por todos.

“O Senhor é o meu pastor, nada me falta”: assim começa esta bela oração, evocando o ambiente nómada do pastoreio e a ex-periência de conhecimento recíproco que se estabelece entre o pastor e as ovelhas que compõem o seu pequeno rebanho. A imagem remete para uma atmosfera de confiança, intimidade, ternura: o pastor conhece as suas ovelhas, uma a uma, chama-as pelo seu nome e elas o seguem porque o reconhecem e se fiam dele (cf. Jo 10, 2-4). Ele cuida delas, protege-as como bens pre-ciosos, pronto a defendê-las, a garantir o bem-estar delas, a fazê--las viver em tranquilidade. Nada pode faltar-lhes se o pastor está com elas. A esta experiência se refere o salmista, chamando a Deus seu pastor e deixando-se guiar por Ele rumo a pastos seguros:

“Ele faz-me descansar em verdes prados, a águas tranquilas me conduz.





















Restaura minhas forças, guia-me pelo caminho certo, por amor do seu nome” (vv. 2-3).

A visão que se abre aos nossos olhos é o de prados verdes e fontes de água límpida, oásis de paz rumo aos quais o pastor acompanha seu rebanho, símbolos de lugares de vida aos quais o Senhor conduz o salmista, que se sente como as ovelhas recostadas no campo, ao lado de um manancial, em situação de repouso, não em tensão ou em estado de alar-me, mas confiadas e tranquilas, porque o lugar é seguro, a água é fresca e o pastor vela por elas. Não nos esqueçamos de que a cena evocada pelo salmo está ambientada numa terra em grande parte desértica, tostada pelo sol abrasador, onde o pastor semi-nómada do Médio Oriente mora com o seu rebanho nas estepes áridas que se estendem ao redor dos povoados. Mas o pastor sabe onde encontrar erva e água fresca, essenciais para a vida, sabe guiar para o oásis, onde a alma se “refresca” e é possível recuperar as forças e extrair novas energias para retomar o caminho.

Como diz o salmista, Deus guia-o para “verdes prados” e “águas tranquilas”, onde tudo é superabundante, onde tudo é dado com fartura. Se o Senhor é o pastor, inclusive no de-serto, lugar de carestia e de morte, não diminui a certeza de uma radical presença de vida, até ao ponto de se poder dizer: “Nada me falta”. O pastor, de facto, tem a peito o bem do seu rebanho, adapta os seus próprios ritmos e exigências às das suas ovelhas, caminha e mora com elas, guiando-as por caminhos “justos”, isto é, adaptados a elas, com atenção às suas necessidades e não às próprias. A segurança do seu rebanho é a sua prioridade e a isso obedece a sua orientação.

Queridos irmãos e irmãs, também nós, como o salmista, se caminharmos seguindo o “Bom Pastor”, por muito difíceis, tortuosos ou longos que possam parecer os caminhos da nossa vida, inclusive muitas vezes em regiões espiritualmente desérticas, sem água e com um sol de racionalismo abrasador, sob a orientação do bom pastor, Cristo, estamos seguros de caminhar por caminhos “justos” e de que o Senhor que nos guia está sempre perto de nós e de que nada nos faltará. BENTO XVI, Alocução na Audiência Geral de 5/10/2011]
in Igreja Viva, 09.Out.2011.

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