Joaquim Barbosa Batista,
natural de Ponte de Lima, veio
muito novo trabalhar para uns
lavradores de Carreço e casou
depois com Adelaide Fernandes
Moreira e são pais de 3 filhos: a
Maria Aldina, aMaria Fernanda
e o Manuel.
Depois foi trabalhar nos
caminhos de ferro e começou
a andar pelas vias de limpeza
da erva, das pedras fora de
sítio, tudo tinha de andar
direito e acompanhava o chefe
Lanço com a barra de medição
(com uma régua para ver se
havia desvios dos carris que
se chamava gueija e verificar
também as juntas dos carris ou
os trifusos que apertavam os
carris às travessas de madeira.
Ainda foi do tempo dos
comboios a carvão, mas só foi
por um período pequeno.
Passou a agulheiro, um
trabalho difícil, uma coisa de
muita responsabilidade porque
uma agulha mal metida, um
ponta de ferro que entrasse
mal podia fazer um comboio
descarrilar. Era um perigo.
“Nunca me aconteceu nada.
Agora estou reformado”.
Na estação também engatava
os vagões, ou desengatava,
enchia as cisternas.
Havia vagões que transportavam
barris de vinho “Ia muito vinho de
Caminha para Faro”. Os vagões
fechados e abertos cada um para
a sua missão.
A zorra era para transportar
ferramentas, travessas, ferros,
etc…Era composta a zorra por
quatro rodas de ferro com dois
eixos onde assentava uma base
de madeira. Quando ganhava
balanço, só podia ser travada
com um caibro que era metido
por um buraco que ia à roda para
a premir e travar à custa da força
dos trabalhadores.
O Joaquim começou em
Viana, mas andou por outros
sítios até vir para Viana e onde
se reformou.
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