Carícias de Deus
Os mais velhos, os nossos avós são os maiores, isto é, são os mais velhos que têm muito peso, porque cresceram no corpo e na alma e têm uma sabedoria empírica, suave, leve e imensa; passado que convém que passe para o futuro.
Os avós são uma obra de arte que, normalmente, partem para a perfeição plena da Arte que é Deus.
Têm um poder enorme que hoje está a ser esquecido, mas cantado no hino nacional como “nossos egrégios avós”.
É esta memória que nos falta hoje na ética, do que moralmente, é aceitável. É a persistência, a história, o exemplo apontando caminhos e soluções com profundidade e grandeza de sentimentos vividos antes.
É um papel que só eles sabem fazer: ligar o passado com o presente para vivermos o presente com prazer e harmonia… e prepararmos um futuro melhor.
São para mim carícias de Deus a presença do velhinho, como da criança recém-nascida que me leva ao princípio da história, da minha história, das histórias dos nossos antepassados, dos outros que existem e a quem ainda não me dei.
As carícias de Deus Pai são infinitas que nos fazem felizes como quando vejo o outro a fazer melhor do que eu, ou a necessitar de agradecer a Deus alguma coisa de boa que dizem ter feito. A bondade de Deus em perdoar-me porque não me aproximo, porque não amo como Cristo, o Filho de Deus, me ensinou.
A bondade de Deus e a sua misericórdia acompanhada de justiça leva-me a sentir afagos de uma mão grande, cansada e leve porque velhinha, ou de uma mão pequenina inocente que me faz uma grande carícia porque se sente amada que não me posso esquecer que é o meu Deus que me ama, chama e me leva a ser fiel ao seu Amor.
As carícias de Deus são Graças que agradeço do coração procurando na minha vida dar testemunho da minha correspondência, às vezes, nem sempre tão claro como devia.
PAC
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