Um símbolo,
uma Comunidade Paroquial
Dada a grande complexidade do trabalho social desenvolvido na Comunidade foi pedido o estudo dum símbolo ao Carlos Loureiro. Aceite, foi registado e vai ser usado. A explicação dada pelo o autor foi a seguinte:
O peixe, elemento central do símbolo, é um ideograma cristão que-simboliza Cristo, uma vez que as cinco letras gregas que integram a palavra peixe (Ichtus) são também iniciais de “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador Usada pelas primeiras comunidades cristãs em diferentes tipos de artefactos e monumentos, a imagem do peixe invoca Mateus e a poderosa metáfora usada por Cristo: “Vinde após Mim e Eu farei de vós pescadores de homens ” (4, 19).
Uma chama é suportada e alimentada por dois braços e duas mãos estilizados. O fogo simboliza, de acordo com o Catecismo da Igreja Católica, a “energia transformante ” do Espírito Santo (p. 167). A comunidade deve manter acesa e viva a chama e, desse modo, aquecer a sua alma. A luz emanada pela chama é sinal de vida e felicidade. Jesus é a luz do Mundo (João, 8, 12).
Um conjunto de traços circulares procura transmitir a ideia de movimento/dinamismo. A ideia de uma comunidade atenta e aberta ao Mundo e, por isso, capaz de encontrar resposta aos desafios por ele lançados, tendo presente a mensagem e a práxis de Jesus. Uma comunidade de leigos empenhados que realiza a missão da Igreja no Mundo “antes de tudo, por aquela coerência da vida com a fé, pela qual se tornam luz do mundo; pela honestidade nos negócios, com a qual a todos atraem ao amor da verdade e do bem e, finalmente, a Cristo e à Igreja; pela caridade fraterna gwe, fazendo-os participar das condições de vida, dos trabalhos dos sofrimentos e aspirações de seus irmãos, prepara insensivelmente todos os corações para a acção da graça salutar; por aquela plena consciência da participação que devem ter na construção da sociedade, a qual os leva a esforçarem-se por desempenhar com magnanimidade cristã a actividade doméstica, social e profissional" (Apostolado dos Leigos, 13).
Não há propositadamente nenhuma referência local. A comunidade paroquial não se pode isolar e alhear da restante comunidade eclesial. Pelo contrário, a sua acção sendo local integra-se numa comunidade universal. Ela é uma célula de um corpo mais vasto. Como afirma Barnabé: “Não vivais isolados, fechados em vós mesmos, como se já fosseis justificados; mas reuni-vos para procurar em conjunto o que é de interesse comum”. A individualidade da comunidade não está em nenhuma construção material mas nos valores que a alimentam: na solidariedade, na partilha de ideias, sentimentos e responsabilidades, na vontade de mudar a sociedade, na vida fraterna e na fé. Uma comunidade que, não se reduzindo à sua dimensão sacramental, mantém uma experiência religiosa profunda, abrindo-se a um estilo de vida plural.
As cores têm também a sua simbologia. São usadas as cores primárias. A cor amarela está associada à luz e ao calor da chama, mas também à alegria e energia que a comunidade
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deve emanar. E, igualmente, elemento da bandeira da Igreja. O azul é a cor do infinito, do sonho, da frescura e da paz; em tom escuro, recorda a penitência, a oração e a conversão. O vermelho é a cor da marca do sinal do sangue dos mártires e da liturgia.
Dr. José Carlos Loureiro
Junho 2002 |
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