AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

terça-feira, 3 de julho de 2012

A recuperação dos verdadeiros VALORES HUMANOS- aRTUR fERNANADES- dIÁRIO DO mINHO


 
 


 
  • Os engenheiros (ou os arqui­tetos), quando elaboram um projeto de construção, con­tam com um fator de reserva - a margem de segurança - , fazendo os seus cálculos de modo que o edifício possa resistir a um esforço multas vezes maior do que o nor­mal para poder escapar a um gran- ' de número de cataclismos. 0 mes­mo se passa com o espírito huma­no, onde esse elemento de reserva é da maior importância. O fator cru­cial na sobrevivência é não tanto a capacidade de cumprir as exigên­cias habituais como a capacidade de dominar circunstâncias impre­vistas - as crises e as ocorrên­cias negativas e funestas. Em altu­ras de emergência, pressão e an­gústia, cada um tem de ir buscar forças às suas reservas de habili­dade e de capacidades; os que as não têm em estado de alerta são arrasados.
  •  
  • As últimas décadas vêm sendo ca- raterizadas por um enorme progres­so científico e tecnológico, mas, pa­radoxalmente, as pessoas não ven­ceram a ansiedade, o desespero, a melancolia, os sentimentos mórbi­dos e as perturbações graves, fa­miliares e sociais. A alegria de vi­ver e a felicidade que a deve acom­panhar desceram a níveis baixos nunca vistos, ultrapassando o es­tado psicológico de melancolia que se viveu na sociedade medieval no período das epidemias ou, mais re­centemente, durante o tempo em que alastrou a vaga das doenças pulmonares do século XIX e início do século XX e que inspiraram o romantismo literário que espelhou essas situações sociais.
  •  
  • Este sucedâneo de coisas e de es­tados sociais e culturais arrastou as comunidades para uma posição tal que não se poderá garantir a so­brevivência da verdadeira humani­dade, se não se respeitar a sua es­sência e os valores que ela encerra. A dita humanidade terá que supe­rar os erros e os atropelos come­tidos e repará-los de modo a recu­perar a sua autêntica natureza, mes­mo sabendo que, para isso, tenha de suportar e vencer muitos sacri­fícios e contrariedades e, concomi- tantemente, introduzir as modifica­ções comportamentais necessárias para atingir esse objetivo. A verda­deira solução dependerá do respei­to pelo único ingrediente absoluta­mente essencial, embora complexo: a natureza humana.
  •  
  • As causas da insegurança moram sempre dentro de nós próprios, mas, infelizmente, é fácil esque­cer ou negar este facto. Pode ha­ver alturas em que parece poder­mos prosseguir a vida diária sem qualquer tipo de religião; contudo, uma vida sem fé está privada da sua maior força. A única segurança real que um homem pode ter nes­te mundo é sentir Deus e possuir uma reserva de conhecimentos, ex­periências e competências corretos. A natureza aponta, de maneira sua­ve mas firme, que há qualquer coi­sa de errado em nós, quando fa­lhamos. E nós, por nosso lado, di­zemos que há qualquer coisa erra­da no mundo.
  •  
  • Enquanto a nossa maneira de vi­ver não for a adequada e consen- tânea com a essência humana e en­quanto os seres humanos tiverem a ideia fixa de que o fim principal da existência do homem é a realiza­ção das suas ambições e o amon­toar de riquezas, não haverá verda­deira paz sobre a terra, não acaba­rão as ganâncias, as violências, os atropelos aos direitos humanos e o desrespeito pelos princípios éticos e morais. Segurança, paz e justiça não são problemas separados uns dos outros e só serão eficazes se forem aplicados de um modo glo­bal unificado. A sociedade será o que forem os seus homens. Não há nem haverá paz, justiça e se­gurança, se os homens não liberta­rem os corações da cobiça, da ga­nância e do ódio que leva aos abu­sos e ao crime.
  •  
  • Estamos num tempo em que os governantes receitam e prometem soluções para todos os nossos problemas, mas foram expulsan­do Deus das escolas e de todos os organismos públicos a cober­to dos princípios de serem esta­dos laicos. No entanto, depressa resvalaram para o laicismo, es­quecendo que o homem precisa de Deus para moderar e transfor­mar a sua natureza. A dimensão espiritual do homem não pode ser aviltada, desprezada ou rejeitada sem as conseqüências que todos conhecemos.
                                       
            In DM de Artur Gonçalves Fernandes

Sem comentários: