O presidente da Assembleia-geral das Conferências de São Vicente de Paulo, organismo de apoio social pertencente à Igreja Católica, afirmou que a ação da instituição tem procurado conter eventuais revoltas populares causadas pela pobreza. "Queremos ajudar Portugal para que não haja nenhuma convulsão social. Mas temos algum receio. Estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para evitar que isso aconteça", disse Manuel Guedes à ECCLESIA, à margem da inauguração de um lar residencial em São João de Ver, Distrito de Aveiro e Diocese do Porto, este domingo.
As pessoas "com uma vida digna e organizada" que "perderam os empregos e não têm outra possibilidade de receber dinheiro estão fechadas em casa.
"Estes são os novos pobres, que ainda não desceram à rua", sublinhou o responsável, que não sabe até quacrdo será possível "aguentar" o "sufoco financeiro" dessas famílias.
As equipas das Conferências de São Vicente de Paulo implementadas nas paróquias estão "sobrecarregados com solicitações" mas encontram-se "claramente descapitalizados", pelo que "têm menos possibilidade de ajudar", apontou o responsável, que preside ao Conselho Central do organismo na Diocese do Porto.
Manuel Guedes referiu que o financiamento conta com os donativos recolhidos pelo Fundo Social Solidário, criado em 2010 no âmbito da Conferência Episcopal Portuguesa, e pela estrutura similar existente na Diocese do Porto desde 2008.
Os recursos têm sido aplicados no pagamento de dívidas, medicamentos e propinas no ensino superior, bem como no apoio a investimentos necessários para o arranque de pequenas empresas, sustentando o autoemprego.
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