AVISO

Meus caros Leitores,

Devido ao meu Blog ter atingido a capacidade máxima de imagens, fui obrigado a criar um novo Blog.

A partir de agora poderão encontrar-me em:

http://www.arocoutinhoviana.blogspot.com

Obrigado

terça-feira, 2 de setembro de 2025

O CRISTIANISMO E OS PADROEIROS DE MAZAREFES

 


O CRISTIANISMO E OS PADROEIROS DE MAZAREFES
S. Paulo teve intenção de vir à Península (Rom. 15,24-28), mas ninguém sabe se chegou a concretizar ou não a viagem. S. Tiago é o que se sabe. Não vamos falar dos caminhos de Santiago. (No entanto, um testamento do séc. XVII, suponho que da família de A . Forte, meus vizinhos e que li quando andava no Seminário, dizia que deixava bens a quem fosse por si a Santiago após a sua morte, uma vez que não o pôde fazer em vida).
Por ocasião das perseguições de Décio, no Séc III havia várias dioceses na Península Ibérica. Em princípios do século IV houve um Concílio peninsular e no séc V o bispo de Braga esteve presente no Concílio de Toledo (ano 400). É, por isso, muito provável que no século V houvesse já numerosos cristãos nesta zona da Península, inclusivé em Mazarefes.
Nessa altura, já tinham passado muitas gerações sobre a quebra do mito a propósito do Rio Lima, que o corajoso Décimo J. Bruto ultrapassou. A invasão da Península, em 411, não veio alterar muito os hábitos romanizados...
No século VI, vindo do Oriente, S. Martinho, bispo de Dume, ajudou com zelo apostólico, firmeza e dedicação a conversão dos suevos e a purificação das superstições ainda conservadas do paganismo nesta zona. Também, em meados deste século, realizou-se o 1º Concílio de Braga.
S. Simão teria sido o primeiro padroeiro da freguesia de Mazarefes, pois os castrejos, habitantes pré-romanos, teriam já deixado, há alguns séculos, os altos dos Montes e o vale do Lima teria sido procurado não só para a agricultura colectiva, como também zona habitacional, e o rio para a pesca. S. Simão era o apóstolo advogado das tempestades e dos afogamentos, e não o S. Simão estilita, aliás, como é natural porque os cristãos de Mazarefes dedicavam-se também nessa altura, a actividades aquáticas (à pesca, à extracção do sal e ao transporte pelo rio...).
A existência da actual Capela e documentos antigos, um deles de 985 (um dos poucos, anterior à nacionalidade), 1220, 1258, 1290, 1320, 1402, 1528 e 1551 mostram-nos que S. Simão de Junqueira era de tempos imemoriais: foi vila, foi couto, freguesia e a existência de dois padroeiros: “Sam Simam de Junqueira que ora se chama Sam Nicolau de Mazarefes.”
Não se trata de duas freguesias, mas uma única freguesia de S. Simão da Junqueira de Mazarefes que a partir do séc. XV-XVI começou a aparecer o nome de um segundo Santo, o S. Nicolau de Mazarefes que era o padroeiro da igreja do antigo convento ou dos fidalgos.. Os seus limites, em 1063, seriam com Sabariz, Vila Fria, Darque e Anha.
O documento mais antigo existente é anterior à nacionalidade, é de 985, século X, segundo consta de alguns autores de incontestável mérito. Este documento é uma doação das terras da vila de Mazarefes aos frades beneditinos de Ante-Altares de Santiago de Compostela.
“985, doação do conde Telo Alvites «in hora maris villa vocitata Mazarefes cum domibus (...) et cum suas salinas», a que, em 1603, Fernando Magno deu carta de couto: «in villa Mazarefes incipimus terminis id sunt (...) inter Gundulfe et Mazarefes (...) dividet inter Savariz et Villa Fria et Mazarefes (...) dividit inter Agnea et Mazarefes (...) Rio Covo (...) illa Junqueyra et inde in derecto at Limia recto estariz de Foz Maiore» («Arq. Port.» XXVII, ps150-154). D. Fernando deu carta de Couto, na vila dos Arcos de Valdevez, a Mazarefes.
A presença dos Monges beneditinos é incontestável, e não haverá dúvida que os monges deveriam ter propagado a devoção a S. Bento. Alguns achados, disso nos dão conta. Mas a Vila de Mazarefes já existia há mais tempo, e já se tinha perdido na memória dos “avoengos”.
A subida das águas do rio, a inundação das suas margens devido ao assoreamento obrigaram os habitantes a refugiarem-se mais para sul, em zona mais alta e longe das águas.
É tradição viva ainda falar-se do cemitério junto a S. Simão. A calçada romana entre S. Simão e o antigo Passal onde acaba a Veiga e começam as bouças, ainda a conheci. Fala-se da última casa de Mazarefes quando a população se distribuía à volta da Capela de S. Simão como sendo no local onde hoje é a casa do “Necas Reis” e a primeira depois de toda a freguesia passar para cima. A primeira casa a construir-se mais a sul da casa do “Necas Reis” teria sido a casa das “Capotas”. É vulgar na Veiga, nos esteiros e nos muros encontrarmos pedras trabalhadas, antigos tranqueiros de portadas de quintais ou de casas. Como foram lá parar... Não é difícil, apenas lá foram abandonadas e, caídas em ruínas. Serviram, mais tarde, para paredes umas, e outras estão, ou encontram-se, enterradas nos esteiros. Assim, observei na minha infância quando andava lá com o gado, e na minha juventude, quando comecei a interessar-me por estes assuntos.
Depois dos habitantes terem abandonado a zona baixa e terem ao lado a Capela da Senhora dos Prazeres, no lugar da Senhora, que depois lhe deram o nome de Nª Sra. das Boas Novas, após a imigração para o Brasil, não admira que a igreja do ex-convento começasse a servir a população.
Esta freguesia teve por isso dois padroeiros, mais tempo usufruiu do patrono S. Simão desde o século X, se não remontar ao século IV ou V, até ao século XVI, altura em que passou a existir alguma dúvida entre S. Simão e S. Nicolau. Esta dúvida deveria manter-se até ao séc. XVIII, segundo podemos deduzir de escritos do abade Matos.
O uso como igreja paroquial foi facilitado pelos possuidores do domínio útil do mosteiro, os fidalgos Pereiras e os Azevedos que tinham o direito da apresentação do abade.
Em 1551, o mosteiro e todos os bens vieram a pertencer aos Fidalgos «Pereiras», os quais fizeram obras na Igreja. Depois vieram os «Azevedos» a serem os possuidores, completando as obras que os «Pereiras» tinham começado, sobretudo de talhas de altares.
A igreja de S. Nicolau passou a ser a paroquial e, segundo diz o Abade António Francisco de Matos, daqui natural e pároco durante 50 anos, numa monografia que ele escreveu sobre Mazarefes. Foi em 1724 que os «Azevedos» oficialmente cederam a igreja, à freguesia.
A Capela de S. Simão é uma memória da iniciativa do Padre José R. Araújo Coutinho, depois de regressar do Brasil, que construiu sobre os escombros da antiga igreja de S. Simão uma capela. Esta foto talvez de 1964, foi depois de uma requalificação da iniciativa do Casimiro Araújo, regresssado de Moçambique casado com a Emília Coutinho no lugar de bis-sobrinha do referido Padre Coutinho.

Capela de S. Simão da Junqueira de Mazarefes

 

Capela de S. Simão
S. Simão da Junqueira de Mazarefes era inicialmente o nome cristão desta terra implantada na margem esquerda do Lima, confrontado do poente com Darque, do sul com vila Fria e do nascente com Vila Franca. Assim se chamava no século X, antes da fundação de Portugal.. Esta designação lembra-nos, como aliás é tradicional dizer-se na terra que a população desta freguesia era ribeirinha, condensava-se na veiga do mesmo nome, Veiga de S. Simão, pela existência da Igreja paroquial no centro da mesma.
A seis quilómetros aproximadamente da capela de S. Lourenço, no Cais Novo, em frente à Vila de Viana e também não muito longe da Capela da Senhora das Oliveiras, na Areia, e mais próxima da Capela de S. Brás, ainda em Darque.
Esta igreja paroquial, também pela tradição que chegou até nós e de que o abade António de Matos escreveu, não seria um grande templo, mas o suficiente para servir a população local. O local onde a capela se situa hoje, construída em meados do século XIX, seria ali a implantação dessa igreja sob a invocação de S. Simão, padroeiro da terra. No entanto, como já referi noutro apontamento, a população, devido ao assoreamento do rio Lima, foi-se mudando para a parte mais alta, a partir do lugar de Gavindos, e ter-se-á estendido pelo lugar de Regadia, do Ferrais, da Conchada e do Monte.
Por esse motivo a Igreja foi ficando isolada, solitária e ao abandono porque ficava longe. Os cristãos teriam outras alternativas como a capela da Senhora dos Prazeres, hoje Capela de Nª. Srª. das Boas Novas e a Igreja do convento beneditino existente no lugar de Ferrais.
Não é difícil antever o desmoronamento completo da referida igreja, embora no século XIX ainda fossem evidentes as suas ruínas, pelo que, pela acção de um padre natural da terra, foi construída sobre essas ruínas a capela que ainda hoje podemos admirar. Lá permanece a manter a memória colectiva de um povo nómada porque deixou de viver onde primitivamente se estabeleceu para fugir mais para sul e para o alto...
Ao fazermos uma visita a esta capela observamos que se encontra de facto construída numa curta e abrupta elevação de terreno, junto a um afluente do rio Lima a que vulgarmente lhe chamam “o esteiro de S. Simão” e que lhe passa no sentido de noroeste para nordeste. É notório para um espírito um pouco observador que, na base das muralhas construídas como suporte do referido terreno, se vem com clara evidência, pedras e pedaços de pedra trabalhadas, pedaços de colunas, tranqueiro, lajedo que facilmente nos ajudam a perceber qu

e esta reconstrução deveria Ter sido sobre os escombros da antiga igreja paroquial.
Também consta na tradição que na capela da Senhora das Boas Novas foi aplicada muita pedra que veio dessa igreja, assim como pedra para esta capela, quando foi construída, veio da Casa dos Melos de Vila Franca, junto ao...., um pouco mais para nordeste... Por esse motivo, sobre a pedra do entravamento cimeiro da porta e pelo lado de dentro, lê-se algo que também já referi: “Esta sala a mandou fazer (...) e sua mulher...).
Continua esta capela branquinha, de pequenas dimensões, muito simples, quase sem arte, a ser memória de uma fé que já não é muito vivida na devoção a S. Simão, embora a 15 de Agosto se realizem aqui grandes festejos. Grande acção desenvolvida para manter este documento preservado, quase como símbolo da união de Mazarefes da antiguidade, com Mazarefes da modernidade. São os mais novos, os jovens que, naturalmente com o apoio de toda a freguesia, fazem os festejos com grande animação. Nesta acção podemos recordar do nosso tempo os “galhofas” que durante muito tempo conduziram as operações. Mais tarde, um homem natural de Vila Franca, e casado com Emília Coutinho, irmã de Monsenhor Vaz Coutinho,, muitos anos ausente em Moçambique, mas que regressou a Portugal com a família, estabelecendo-se em Lisboa, mais concretamente em Almada, procurou dar novo empurrão para que a capela não entrasse, de novo, em ruínas. Foi Casimiro Araújo, pai da Cecília Coutinho de Araújo e de Clara.
Apesar da pobreza desta Capela, agora não brilha tanto no meio da veiga porque os olmos lhe fazem um pouco de sombra e a escondem, os de Mazarefes, quando pensam no passado, na história, na sua origem, ainda olham com saudade para a Capela de S. Simão e todos apontam: “a nossa terra nasceu ali, isto é, a nossa comunidade, este povo, nasceu junto ao rio e teve S. Simão como seu patrono”.
E são jovens que mantêm a festa anual em 15 de Agosto.

Igreja Paroquial de Mazarefes

 

A IGREJA PAROQUIAL DE MAZAREFES
Esta igreja, nos primeiros tempos da sua edificação constituía o mosteiro do convento beneditino, aqui fundado pelos monges de Santiago de Compostela.
Quanto à sua actual posição topográfica, fica situada a 2km da capela de S. Simão, para o lado sul, num local onde se torna vista e admirada desde Santa Luzia a S. Silvestre, sem, todavia, acontecer o mesmo do lado sul, nascente e poente. Destes dois últimos pontos cardeais duas perspectivas maravilhosas se desfrutam mas só podem ser focadas a menos de 500m.
Pela retirada dos monges e passagem destas terras para os Pereiras, começou a ser utilizada pelos fidalgos como capela da sua casa, sob a invocação de S. Nicolau.
Foram várias as transformações por que passou até aos nossos dias, como indica a diversidade de estilos.
Vejamos: A capela-mor apresenta-nos do lado norte e nascente uma parede românica, actualmente coberta com cal. A cornija do norte é diferente da cornija do lado sul e do lado nascente (em papo de rola). A cornija do lado sul é igual à cornija do corpo da igreja.
As duas cruzes que encimam a capela-mor são diferentes da que está na parte frontal da igreja. São duas cruzes estreadas e de pequenas dimensões. A que se encontra sobre a frente é uma cruz latina trevada e de maiores proporções.
Portanto, não há dúvida em afirmar que é a capela-mor a parte mais antiga, talvez uma das partes primitivas do convento.
O corpo da igreja, bem como a ampliação da capela-mor com a sua tão artística tribuna e os dois altares laterais em talha de estilo barroco-renascentista, foi obra dos Pereiras, continuada depois pelos Azevedos, vendo-se a águia (brasão dos Azevedos) sobre os referidos altares.
Por cima da porta de travessa, na parte exterior, encontra-se um brasão com as armas dos fidalgos «Pereiras» e «Pessanhas» (?).
Também a ornamentar a porta principal existe em cantaria um frontal aberto simples com uma concha na abertura e mais acima uma rosácia e um nicho com a imagem, em pedra, do padroeiro. A frente deve ser dos fins do séc. XVIII.
Há ainda várias obras, como a construção do passadiço, da casa para o coro, a construção da torre, a ampliação do coro e das escadas que para ele dão entrada.
Diz o Pe. Matos que sobre o levantamento da torre é um facto ainda bem vivo na tradição. Sabe-se, diz ele, que antes desta obra os sinos se encontravam pendurados nos troncos de castanheiros a pequena distância da igreja. A torre é obra dos princípios do séc. XIX.
É recente a construção e ampliação do coro, bem como os dois últimos altares laterais, (fins do séc. XVIII?) feitos em estilo bastante diferente do que já existia e o sanefão adquirido na igreja de Caminho em estilo barroco tardio (D. João V) e aqui adaptado.
O guarda-vento existente na porta principal também foi construído neste século em 1903.
A tribuna do estilo barroco-renascentista está deveras bem centrada, com um grande altar na base. A talha é admirável. Os arcos reais e as colunas salmónicas com o fuste retorcido imitando os pâmpanos de ramos e parra com cachos de uvas a serem comidos pelas aves estão bem delineados. Os arcos reais estão unidos por um grande laço ao centro. Aqui e acolá encontram-se repolhudos, ora mostrando só o rosto, ora mostrando todo o corpo suspenso do conjunto das colunas com as suas bases áticas de pequena dimensão e com capitéis de ordem composita e folhas de acanto. Todo um conjunto é de uma beleza incomparável embora de tom um tanto pesado.
Os degraus do trono apresentam características de um estilo posterior (D. João V) e sobre eles existe um resplendor com uma dezena de rostos de anjos em adoração.
Em alguns retábulos vê-se com frequência folhagem serpeante e algumas grinaldas.
É também interessante a configuração do sacrário: Tem em forma de espelho, por baixo da porta, um dístico com as palavras da consagração; a porta tem o livro dos evangelhos e sobre ele descansa o cordeiro pascal; ao centro da porta vê-se uma bandeira formando o monograma de Cristo; em toda a volta encontra-se um floreado ou arabescos com dois grandes anjos sustentam e por cima dela uma cornija com umas palmetas ou volutas amplas formando um pequeno frontal com uma flor ao centro, característica da renascença.
O altar-mor é muito posterior e talvez do séc. XIX. Do lado esquerdo da capela-mor há um grande jazigo do séc. XVI, metido na parede com uma armação em madeira e uma bela pintura da época. Vendo-se ao centro o brasão de fidalgo e cavaleiro. Na parte superior tem a seguinte legenda: «Este jazigo mandou fazer o doutor Gaspar Pereira senhor dos Coutos de Mazarefes e Paradella cavaleiro da ordem de Cristo, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor e do Conselho do mesmo Senhor Chanceler da Casa de Suplicação. 1579.»
Os dois altares laterais são posteriores mas de estilo semelhante ao da tribuna.
Os arcos reais dos referidos altares são entremeados por uma espécie de cairel. Os meninos geralmente apresentam-se com uma faixa azul e branca ou vermelha e branca, conforme o altar. Sobre a cornija do altar encontram-se dois meninos enfaixados, de pé, com uma palma da mão direita. Ainda sobre a cornija vê-se uma espécie de frontão triangular feito de folhas de acanto e anjos, com um espelho ao centro e uma águia sobre o vértice superior, símbolo heráldico dos Azevedos.
O púlpito é da mesma ocasião, com base em pedra, pintada com motivos da época e gradeamento em madeira torneada e pintada.
São de bela e variada escultura as imagens. De entre elas distinguem-se pelo seu valor histórico a de S. Simão e a de S. Bento; a primeira com todas as características da sua antiguidade, de escultura bastante tosca, popular, mas feita numa das madeiras mais preciosas do tempo e a segunda é ainda a da antiga ermida desta invocação e de talha bastante perfeita. Outras se distinguem pela sua talha artística modelar e escultura antiga de grande perfeição. São elas a do padroeiro S. Nicolau, bem como S. Paulo que se erguem na tribuna.
A mais bela, pelo seu valor artístico, é a da Sr.ª do Rosário, uma grande imagem de escultura e pintura muito perfeita.
As cancelas em ferro do adro foram colocadas pela junta em 1883, quando os enterros começaram a ser feitos no adro. Fica mais ou menos descrita a igreja paroquial, modesta mas rica no confronto dos seus tons arquitectónicos e na beleza do seu ambiente perfeitamente religioso. O muro e as cancelas ainda chegaram ao nosso tempo, mas foi retirado o muro e as cancelas há muitos antes, antes das obras de requalificação, restauros e ampliações por que foi passando esta igreja.
Já em 1882 foi estucado todo o tecto. A obra esteve a cargo de um mestre de Vila de Pune que a faria de Agosto a Outubro por 165.480 réis.
Em 1887 o trono e a tribuna estavam em muito mau estado.
15 de Agosto de 1971.