Antigamente quando tocava o sino arebate não havia ninguém que ficasse em casa.
Toda a gente corria de balde nas mãos, sachola e vassoura de giesta…e quando os bombeiros chegavam, às vezes, limitavam-se a apagar melhor o rescaldo.
Hoje a solidariedade só é para algumas coisas, toquem ou não, os sinos a arebate!
A caminho das termas ia eu e passado o caminho de acesso à barragem de Touvedo, encontrei o reinício de um incêndio.
Parei. Com os pés e um pau que ali estava no chão procurei apagar as chamas que estavam a uns quatro metros de um pinheiral verdinho e elas perseguiam com certeza e o resto também era para arder.
Quanto mais batia e apagava brasas com os sapatos, mais incendiava, parecia petróleo.
A fagulha era muita e a erva seca também. Comecei a lançar terra com o pau e parecia que até esta ardia, ardia.
Ao fim de muito esforço… venci aquela história, mas não me esquece que passaram muitos carros e ninguém parou para me ajudar.
Um dos carros, olhei e era um gipe cheio de gente e uma senhora com o polegar virado para cima dizia (?) muito bem, seria!...
Liguei depois o telefone do carro e chamei o 112 uns minutos e foi abaixo. Ninguém atendeu.
Depois de andar uns quilómetros, havia fogo dos dois lados da estrada. Estavam 4 bombeiros e carro a controlar ou a ver como fazer, um deles era uma menina.
Falei-lhes no que estava mais atrás que era conveniente irem ver. Tive pena dos bombeiros, só não gostei de quem passou, viu e andou, não quis saber. Como se isso não fosse nosso.
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