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terça-feira, 20 de março de 2012

O que é uma Paróquia Viva? A Paróquia viva é esta. Não pode ser uma comunidade de elites, de prosélitos, mas uma comunidade que tem uma chama grande, e à volta, tem um lume que ainda fumega ou cinzas que escondem algo que pode vir a fumegar.

Uma Paróquia Viva
O que é uma Paróquia Viva?
Ora uma Paróquia é uma Comunidade que faz caminho. Fazer caminho é caminhar. Jesus disse: “ Eu sou o CAMINHO, A VERDADE  E A VIDA”.
Na caminhada dos humanos, santos e pecadores, uns vão mais à frente, outros vão mais atrás, mas a meta para todos é chegar ao fim, sãos e salvos. Por isso a Igreja é Missionária e será sempre a partir da missão de cada um a partir do batismo. No cumprimento desta missão far-se-á crescer a vida e, na falta deste cumprimento, matar o espírito que dá vida a uma comunidade.
A Comunidade é um todo, uns mais comprometidos, outros menos, uns mais materialmente colaborantes, outros menos; uns ficam aquém do desejável apesar de batizado, outros ainda podem ser os indiferentes à fé, à religião a quem a Igreja não pode fechar as portas, os alheios que nós temos de saber acolher e continuar a caminhar ainda que alguns em vez de caminhar a 100km à hora vão a um metro à hora. Não podemos, por isso, dizer que os que vão à frente são mais santos do que os que vão atrás. Os que vão à frente devem acolher e criar espaço para acolhimento aos que vem em último lugar com uma diferença de muitos quilómetros, mas o que interessará à Comunidade Viva é que cheguem à meta, ainda que seja o último nos nossos critérios porque, naturalmente, os de Deus são muito diferentes.
 
 
 
Esta reflexão merecia mais aprofundamento teológico, ético, ecologia e espiritual e servir de base a todos os grupos proliferam por aí em nome da Igreja, mas de uma Igreja sem padre, ou um padre feito na fábrica dos galos de Barcelos. O trabalho ecuménico deve começar por estes grupos semifechados para irmos mais longe a todos os cristãos.
No entanto, há na igreja ou nas paróquias, ou comunidades dentro da Igreja que criam guetos fechados de elites que em vez de aproximar os que vão atrás, fogem-lhes demais com vontade de chegar primeiro ao céu e afastam-nos por serem impuros.
A Paróquia viva é esta. Não pode ser uma comunidade de elites, de prosélitos, mas uma comunidade que tem uma chama grande, e à volta, tem um lume que ainda fumega ou cinzas que escondem algo que pode vir a fumegar.
Sem o trabalho de cada um a sério, tolerante e confiante, humilde e verdadeiro à procura do outro, do irmão, faremos com verdade uma Paróquia viva, numa Páscoa de Ressuscitados!...
Caso contrário com um trabalho muito sério, mas de exclusão, não pode haver uma comunidade sequer que se possa chamar Comunidade de Cristãos, mas diabólica.
Alguns confundem a veste na cultura judaica e na Bíblia como o fato de domingo ou da semana em vez de ver nessa veste aquilo que a pessoa é de fato. Aquele não me acompanha no meu modo de ser e estar em Igreja, então ele é um enganador, um oportunista, está na Igreja, diz que acredita em Jesus, mas seu coração, seu pensamento e sua vida está longe de acreditar realmente na palavra de Jesus e de a viver.
Nós não conseguimos identificar tais pessoas, mas só Deus consegue e sabe distinguir o trigo do joio, o que está perto da salvação e o quer está mais longe. Só ele sabe quem vai em primeiro lugar se é o último, ou o primeiro.
A nossa pertença à Igreja é feita só de palavras e de costumes de família ou sociais ou da criação de grupos fechados muito rezadores ou generosos em todas as dimensões desta palavra?
Ou a nossa fé em Cristo é verdadeira, fruto de uma adesão pessoal que transborda em práticas de amor vividas numa comunidade de santos e pecadores, uma verdadeira comunidade eclesial aberta ao mundo, à esperança?
«A rua é espaço da Palavra e a Palavra fez-se carne para estar na "rua". Como viver a esperança «grande» numa «rua descren­te»? A esta questão, D. Anacleto respondeu com um con­vite ao testemunho de vida, «aquele que convence, atrai e que cria nos outros o dese­jo de algo diferente», afirmava em Barcelos.
Se existe este testemunho de forma simples e clara gerando vida, esperança e amor desprovido de bens materiais e apenas confiantes em Jesus, Deus e Homem, aí estará a  Paróquia viva.
Dêmos, então, visibilidade a esta IGREJA VIVA, feliz e sadia, capacitada para edificar, de conduta influenciadora  e arrastadora para a fé, sobretudo, fundamentada na Palavra de Deus para vibrar o caminho espiritual,  o potencial do evangelho, relevar a verdade, significar, cada dia, na vida social  aquilo que somos e não aquilo que temos de bens materiais.
Uma Igreja Viva, Uma paróquia Viva, uma Comunidade Viva tem o prazer de acolher e de viver com os outros e não na vez dos outros, ou acolher os outros para viverem exatamente ao nosso jeito.

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