Bispo de Viana exorta cristãos a levar esperança para a rua
Na rua «cada vez menos cristã, que não se limita a ser ateia, mas goza e achincalha, os cristãos responderão com o testemunho de uma vida alegre e feliz. Porque é de esperança que o mundo de hoje precisa». Foi esta a mensagem que D. Anadeto Oliveira, bispo de 'Viana do Castelo, deixou aos cristãos, no início da III Semana Bíblica de Barcelos, promovida pela Paróquia de Santa Maria Maior no auditório da Câmara Municipal.
Comentando os primeiros capítulos da Primeira Carta de S. Pedro, o conferencista exortou a levar a esperança para a rua, isto é para a sociedade que não conhece senão as esperanças pequenas, de horizontes curtos que, uma vez alcançadas, deixam a sensação de vazio.
A Esperança de que os cristãos são portadores, porque tem outros fundamentos, nunca termina e torna-se um convite permanente a avançar, superando os próprios limites porque o «limite» foi ultrapassado: a morte foi vencida no Ressuscitado, referiu o prelado.
Com a Ressurreição de Jesus - núcleo fundamental da fé cristã - «realiza-se o sonho de cada pessoa», disse D. Anacleto, referindo que como Ele se «levantou da morte para uma vida de glória, para uma vida nova, então ò ser humano pode aspirar ao mesmo».
Como viver a esperança «grande» numa «rua descrente»? A esta questão, D. Ana- deto respondeu com um convite ao testemunho de vida, «aquele que convence e atrai e que cria nos outros o desejo de algo diferente».
Lembrando que a "rua" no tempo dos primeiros cristãos era sujeitar-se à perseguição e até à morte, o bispo disse que os cristãos devem olhar as difculdades como oportunidade de crescimento e amadurecimento na fé . Assim, concluiu D. Anacleto, a «ambigüidade» propositada do tema «Para a Rua com a Esperança» torna-se convite a entrar na profundidade de sentido das Cartas de Pedro.in semana Bíblica de Barcelos sob o lema "Palavra e rua encontro ou/e confronto", iniciou-se segunda-feira, acontecendo pela terceira vez na cidade de Barcelos.
«A rua é espaço da Palavra e a Palavra fez-se carne para estar na "rua". É esta a grande verdade da revelação cristã que desafia os crentes a viverem a sua fé na Rua e não na sacristia», referiu.
Numa sociedade em crise, acrescentou o sacerdote, «todos, mas com maior razão os cristãos, são chamados não a um olhar condenatório ou fiscal para descobrir causas do mal, mas a uma atitude de compromisso em fazer crescer o bem».
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