A gateira
Normalmente, a gateira é uma
portinha ou uma janela quase sempre redonda no fundo de uma porta para dar
entrada à luz e ao ar, ou para o gato entrar e sair. Se for fora da porta, apenas
na parede de uma casa, pode chamar-se também postigo ou gateira.
Agora não faltam “gateiras”,
isto é, zonas de gatos que se multiplicam continuamente e, por exemplo, conheço
uma rua que tem uma população inferior ao número de gatos. Isto, é ou não é,
uma grande “gateira”?
Antigamente, cada casa tinha
o seu gato, ou até, mais do que um e, por isso, tinha na porta, uma entrada ou
saída para eles se sentirem “consolados”, irem ao encontro do sol ou das
plantas ou procurarem ratos, mesmo que os seus donos lhes dessem de comer. Hoje,
isso não acontece. Também há menos ratos e os ambientalistas deviam
preocupar-se com isso, pois não basta haver gatos predadores, mas também ratos para
que tanto uns como outros exerçam a sua função normal no meio ambiente.
O meio ambiente precisa de
todos os animais, porque também eles são obra de Deus e irmãos de S. Francisco
de Assis. Às vezes esquecemo-nos deste tratamento, mas enquanto os animais
vivem sem regras, sem projectos para os executar, o Homem tem de ajudar a
natureza a gerir o projecto de Deus.
Enquanto se procura
multiplicar os animais, às vezes, não fazemos o mesmo com os seres humanos. Ora,
cuidar dos animais e abandonar os humanos é contra a natureza. Os homens têm o
seu projecto de vida, mas os outros viventes, por mais “inteligentes” que lhes
possamos chamar não têm projectos. É tudo ao sabor do instinto que admiramos e
cuidamos, mas há quem vá longe demais em detrimento dos seres humanos que
passam fome, não têm abrigo, etc…
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